Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
C SUB10/14
O GUIA DE
TREINAMENTO
ÍNDICE DE CONSULTA
• ATIVAÇÃO NEURAL............................................................................................................................7
• CARACTERÍSTICAS DA CATEGORIA......................................................................................................8
• RECOVER.........................................................................................................................................14
• AVALIAÇÃO FÍSICA...........................................................................................................................16
• GESTÃO DO PROJETO.......................................................................................................................19
• REFERÊNCIAS...................................................................................................................................20
A HISTÓRIA DE UM CLUBE FORMADOR – CELEIRO DE CRAQUES
Oficialmente, a data de fundação do Nacional Atlético Clube é 16 de fevereiro de 1919,
mas surgiu em 1903 da iniciativa de funcionários da São Paulo Railway Company, uma
companhia ferroviária inglesa que criou o clube para ser uma alternativa de entretenimento
e lazer para os ferroviários e seus familiares. Durante esses anos, o clube é conhecido como
um verdadeiro “Celeiro de Craques”, onde diversos jogadores de renome internacional
vestium sua camisa e passaram pelas instalações de seu centro de treinamento – barra
funda.
No entanto, acredita-se que o Nacional Atlético Clube – também conhecida como
Naça – é uma agremiação que jamais será esquecida pelo futebol. Uma instituição de
grande tradição ainda tem despertado interesse e envolvimento de grande parte dos
apaixonados que militam no cenário futebolístico brasileiro. Portanto, é de interesse dos
envolvidos no projeto, a materialização de um conceito metodológico de treinamento,
onde se pretende externar todo esse respeito e admiração pelo Nacional A.C.
Leia mais: https://nacionalac.webnode.com.br/historia/
ATLETAS ANO
DODÔ 1989 á 1994
KAHÊ 2002 á 2004
PAULO CÉSAR 1995
MAGRÃO 1997 á 1999
CACAU 1997 á 1999
CAFÚ PENTA – MUNDIAL
QUADRO 1
3
A CIÊNCIA DO FUTEBOL – PROJETO COROA/NACIONAL A.C
RECOVER
FORÇA
FUNCIONAL/CORE
CARACTERÍSTICAS DA CATEGORIA
2- Coordenação Motora pode ser definida como uma habilidade motora básica,
capaz de controlar o movimento de forma harmônica e econômica (Roth et al.
2015). Sendo assim, ela é caracterizada como determinante no processo de controle
e regulação do movimento, possibilitando a aprendizagem de novas habilidades
técnicas especificas (Greco., 2013). Dentro de nossa metodologia, o
desenvolvimento dessa habilidade motora será utilizada como mecanismo de
ativação neural no período de aquecimento e desenvolvida em atletas que estão
adentrando no período do pico de velocidade de crescimento – estirão.
7
CARACTERÍSTICAS DA CATEGORIA – tópico VERDE da pirâmide
TODAS Coleta de dados para As avaliações físicas acontecerão de seis em seis meses com duas finalidades (1)
prescrição de treinamento. coletar dados de evolução do atleta (2) utilizar os dados no final do ano como um
CATEGORIAS dos critérios de credenciamento para o atleta ir ou não para a próxima categoria.
AVALIAÇÃO
FÍSICA
SUB 10/11 Fase de aumento do Nesta categoria, será prioritário o desenvolvimento dos padrões motores básicos
repertório motor através das como empurrar, segurar, sentar, levantar, pular, girar etc. Desenvolvimento das
capacidades coordenativas capacidades coordenativas como coordenação motora, noção de espaço/tempo,
ritmo, velocidade de reação, lateralidade, equilíbrio/propriocepção, agilidade,
flexibilidade, velocidade de reação, força básica funcional. Dando atenção
também a capacidade aeróbia e, principalmente, anaeróbia alática.
Fase de aumento do Nesta categoria, além da prefixação da fase anterior, nesta fase o futebolista será
SUB 12/13 repertório motor com submetido ao refinamento dessas capacidades coordenativas com a finalidade de
prefixação das capacidades aperfeiçoar o repertório motor adquirido na categoria anterior. Nesta fase, todo o
coordenativas aperfeiçoamento dos movimentos funcionais será mais direcionado a fase
posterior de especialização, sem se esquecer do estímulo mais direcionado a
capacidade aeróbia e, principalmente, anaeróbia alática.
Fase de especialização das Nesta categoria, as capacidades coordenativas estimuladas nas categorias
SUB 14 capacidades coordenativas e anteriores ainda serão aplicadas, mas dentro da especialização e refinamento de
início do desenvolvimento regime fechado. Além disso, aos atletas em período pubertário, serão submetidos
das capacidades ao desenvolvimento das capacidades físicas condicionantes como a resistência de
condicionantes força, força explosiva, força explosiva elástica, força explosiva elástica reflexa,
velocidade de deslocamento, velocidade de aceleração, capacidade aeróbia,
anaeróbia lática e alática.
Fase de aquisição de Nesta categoria, considera-se que o futebolista já tenha refinado todos os padrões
SUB 15 performance visando o básicos de movimento, tenha um vasto repertório motor adquirido do
futebol de alto rendimento desenvolvimento das capacidades coordenativas, além do aperfeiçoamento das
capacidades condicionantes. Do Sub15 em diante, a ênfase maior será direcionada
a potencialização das capacidades físicas condicionantes, incluindo a resistência de
velocidade.
Fonte: Elaborado pelo autor
QUADRO 3
O
• Estimular o • Fase de • Fase de • Fase de inicial de • Refinamento • Nível que atende a toda
maior desenvolvime prefixação das refinamento das fechado das complexidade da
número de nto das capacidades capacidades capacidades metodologia, com a
R vivências
motoras
capacidades
coordenativas;
coordenativas;
• Início da pré-
coordenativas;
• Início da pré-
coordenativas;
• Treinamento das
realização dos
movimentos com técnica
I
possíveis; • Vivência dos especialização fixação com capacidades perfeita em bases
• Pouca ou movimentos sobre orientação condicionantes; estáveis, instáveis, com
nenhuma básicos sobre orientação; superficialmente • Combinação de altas cargas e
E orientação
fechada;
orientação;
• Ampliação do
• Início dos
estímulos de
fechada;
• Início dos
movimentos com
sobrecarga de 10 a
complexidade máxima
dos movimentos;
estímulos de 20% do peso • Fase de potencialização
N
• Bastante repertório algumas
estímulo motor; capacidades algumas corporal; de todas as capacidades
verbal; • Predominânci condicionantes; capacidades • Fase de condicionantes;
A método;
• Contato
peso e maior
estímulos
das
capacidades
cargas com 10% do
peso;
• Atenção a idade
biológica/maturaci
• Avaliação Física.
Õ • Avaliação
física.
• Avaliação
Física.
unilaterais;
• Avaliação Física.
coordenativas;
• Maior
fechado em busca
da especialização
E
conscientização de do gesto;
estímulos • Avaliação Física.
unilaterais e
S antirotacionais;
• Avaliação Física.
ORIENTAÇÕES PARA A OPERACIONALIZAÇÃO DO MÉTODO EM CADA CATEGORIA
O QUE É CORE
Muito têm se falado sobre a estabilidade e fortalecimento do core nas principais
agremiações esportivas, o que ocorre é que nem sempre ele é evidenciado com objetivos
claros e definidos por grande parte daqueles que aplicam o treinamento. Resumidamente, o
core é centro do corpo, consistindo em alguns grupos musculares externos e profundos,
extremamente importantes para a prevenção e performance no esporte. Dentre eles,
encontra-se a musculatura do abdômen – reto abdominal, transverso do abdômen, oblíquo
interno e externo – quadril – adutor longo, ílio, psoas, pectíneo, glúteos mínimo, médio e
máximo – sendo esses os músculos predominantemente utilizados como estabilizadores –
inibidores de movimento. O core é cilindro, possui frente, verso, laterais e parte superior e
inferior, sendo, portanto, fundamental treina-lo em todas as partes. O centro do nosso corpo
é considerado um dos principais expoentes para gerar forca para as extremidades. Acredita-
se que, para gerar força no membro inferior ou superior do nosso corpo, é necessário que
haja estabilidade – antirrotação- do centro, sem movimentos compensatórios da coluna
vertebral ou pelve do quadril. Pesquisas apontam que todo e qualquer movimento que gera
algum gral de tensão muscular, precisa ser transmitida do solo e passa inevitavelmente pelo
centro do corpo (core). Em outras palavras, a força do tronco engloba estabilidade do core,
estabilidade de quadril, estabilidade de ombro e capacidade de transmissão da força do
solo para as extremidades (Boyle., 2015).
No senso comum, alguns grupos musculares são negligenciados nos mais diversos
movimentos que julgamos ser funcionais. Em especial, os glúteos é o principal grupo muscular
responsável por gerar estabilidade e eficiência funcional do CORE. Convencionalmente, é
possível encontrar atletas profissionais que ainda não conseguem utilizar adequadamente a
musculatura glútea e do core, acarretando em possíveis distensões musculares em
consequência do déficit funcional. No entanto, o fortalecimento do glúteo minimiza a
incidência de lesões do joelho, lombalgia, distensão dos músculos do jarrete e/ou isquiotibiais
(atrás da coxa) e dor anterior de quadril. Só esses benefícios já são contundentes e valiosos
para a aplicação de treinamentos com ativação do centro.
Imagem3: Categoria Sub11 realizando a prancha em decúbito dorsal com ativação glútea
11
CORE ROTACIONAL
O treinamento rotacional é uma combinação essencial de força e fortalecimento do core
(Boyle., 2015) para o jovem futebolista dentro do período de formação qualitativa a longo
prazo. Consiste em realizar movimentos rotacionais/giratórios com liberação de tornozelo,
joelho e quadril, deixando mais harmonioso o movimento especifico do jogo. Longe do senso
comum, acredita-se que os exercícios rotacionais devem ser específicos em cada região do
corpo, podendo trazer benefícios ou malefícios dependendo da forma que for executada. A
capacidade de resistir ou evitar a rotação é mais importante do que a capacidade de gerar
a rotação (Boyle., 2015). Assim, é possível afirmar que antes mesmo do futebolista gerar
movimento de rotação, é necessário que ele adquira força para suportar a resistência de
rotação do que gerar o movimento propriamente dito. Em especial, é necessário que os
futebolistas adquiram a conscientização corporal sobre as regiões responsáveis pela rotação
como o quadril e articulação escapulo-torácica. Em todos os movimentos, a rotação de
coluna lombar pode gerar perigos consideráveis.
COORDENAÇÃO MOTORA
Entende-se como coordenação motora uma interação coorporativa do sistema
nervoso central com os músculos esqueléticos. Para muitos, o desenvolvimento da
coordenação motora pode ser considerado um fator contribuinte para o desempenho
esportivo como a força, velocidade, resistência, potência e flexibilidade (Rigolin, 2010).
Neste ponto especifico, é necessário direcionar o olhar para a perspectiva da formação a
longo prazo, entendendo que o bom desenvolvimento das capacidades coordenativas
está associado as fases do desenvolvimento humano e, não necessariamente, relacionado
a modalidade. Além disso, evidências indicam que a qualidade do padrão das
capacidades coordenativas, proporciona maiores possibilidades de aquisição do maior
repertório motor, angariando na otimização mais rápida de novas aprendizagens das
habilidades específicas (Barbanti, 2001).
15
AVALIAÇÃO FÍSICA
Todos os atletas serão submetidos as avaliações físicas de seis em seis meses em nosso
Centro de Fisiologia Aplicada ao Futebol (CFAF). Fazendo uma abordagem mais suscita
daquilo que temos como perspectiva na formação do futebolista, iremos externar algumas
avaliações primária para a prescrição do programa de treinamento semestral. A coleta dos
dados será analisada e entregue a todos os profissionais da comissão, sendo os mesmos,
responsáveis pela orientação dos seus treinos mediante os dados obtidos da avaliação.
Neste momento, será possível encontrar atletas com necessidades extremas de maior
mobilidade das articulações, educativos de corrida, coordenação motora grossa e fina,
equilíbrio, ênfase na liberação miofascial de alguma musculatura e até mesmo algum
movimento que o futebolista tenha dificuldade de executa-lo. Portanto, acredita-se que o
grande diferencial desse pilar é despertar no atleta a senso crítico de melhora, com base nos
dados das avaliações iniciais, buscando sempre a necessidade de evolução consciente.
Todos os atletas receberão uma planilha individual, representando a sua necessidade de
melhora, facilitando a identificação de possíveis disfunções que serão trabalhadas até a
próxima avaliação que irá percorrer de 6s em 6s meses.
Sabe-se que existem duas vias energéticas responsáveis por gerar energia em
atividades de curta duração e altíssima intensidade, conhecida como vias anaeróbias
alática – ATC CP e lática – glicolítica. Pesquisas apuraram que durante o estirão de
crescimento, essas duas vias energéticas citadas aumentam significativamente (Mortati.,
2006).
17
ambientais como a nutrição e exercícios estão fortemente relacionados, podendo ser de
caráter prejudicial ou produtivo no processo de reprodução natural da criança (Rhea., 2009).
Em outras palavras, a nutrição e/ou educação alimentar orientada por um profissional
capacitado em conformidade com o treinamento, poderá resultar em ganhos significativos
na formação a longo prazo do futebolista, entendendo que essas duas ferramentas fazem
parte do fator ambiental responsável pelo crescimento e desenvolvimento da criança.
Portanto, tanto a educação alimentar como a suplementação alimentar – se for
necessário segundo a avaliação nutricional – são fatores que contribuem no desempenho do
futebolista nos treinos e nos jogos (Etacanelli., 2013). Pensando nesses atributos, a Ciência do
Futebol junto do seu centro de Nutrição Aplicada ao Futebol (CNAF), buscou associar o
treinamento com a alimentação individualizada para cara futebolista. Entendendo que
grande parte dos clubes brasileiros não possuem um profissional da área nutricional em seu
centro de formação e, quando há, a abordagem nunca será individual para cada
futebolista, a prescrição alimentar sempre será oriunda da categoria que o futebolista se
encontra.
MEDICINA
Pensando em toda a sua abrangência e expansão, nossa metodologia de treinamento
também conta com um especialista da saúde voltada ao contexto esportivo. Sabendo que
a medicina do esporte é uma área que possui um crescimento significativo nos últimos anos,
entendemos que seria inevitável a presença de um deles em nosso centro de medicina
aplicado ao futebol (CMAF). A medicina esportiva não está dentro do esporte somente para
promover melhor saúde por parte dos atletas, mas, também, para oferecer subsídios aos
profissionais do treinamento para que haja uma abordagem mais minuciosa sobre a
necessidade especifica de cada futebolista. Sendo assim, é possível afirmar que a medicina
esportiva é uma ótima vertente para a aquisição de melhores resultados relacionados a
performance e prevenção de lesões em atletas já nas fases inicias de formação.
Neste contexto, também buscamos a finalidade de atendimento longitudinal, onde o
profissional irá acompanhar o futebolista durante todo o seu período de formação,
entendendo suas variabilidades biológicas, taxa hormonal e todos os exames relacionados a
saúde como eletrocardiograma etc. Além disso, será possível a avaliação do gás carbono e
oxigênio do futebolista através da avaliação ergoespirométrica, coletando dados
significativos para gerar prescrição de treinamento o mais particular possível. Em suma,
buscamos todos esses profissionais para se envolverem em nosso centro de fisiologia,
justamente para agregar a multidisciplinariedade, tentando atender uma lacuna grande nas
grandes escolas de futebol e/ou categorias de base e, consequentemente, otimizando a
produtividade da formação a longo prazo do atleta.
GESTÃO DO PROJETO SUB10/15
CONTROLE DE ATLETAS
19
REFERÊNCIAS CONSULTADAS