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Metodologias para

o FUTSAL
Marquinhos Xavier
Graduado em Ed. Física com Especializações em
Ciência do Movimento Humano e Fisiologia do
Exercício

Autor dos Livros


Futsal Início, Meio e Finalidade (2010)
Futsal – Da Formação ao Alto Rendimento (2017)

Professor e Palestrante em Cursos de Capacitação


E Especializações em Futsal e Futebol.

Técnico da Associação Carlos Barbosa de Futsal ACBF


Técnico da Seleção Brasileira de Futsal - CBFS

www.marquinhosxavierfutsal.com
Metodologias para o FUTSAL
Identificação do Modelo de Jogo Proposto:

MATRIZ DE PLANEJAMENTO

• Identificação do ”Modelo” Cultural


• Eleger os Modelos Validos para cada MOMENTO DO JOGO
• Elaborar Exercícios de Controle (Nível de Respostas)
• Controlar a Eficiência (Transferência do Treino/Jogo)

COMPORTAMENTOS INDIVIDUAIS
Modelos Culturais – Comportamentos Individuais

Europa Central – Moral, Caráter, Temperamento Sólido;


Alemanha, Áustria, Bélgica, Hungria, Polônia.
Europa Norte – Tranquilos, Cultos, Confiantes;
Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia.
Europa Sul – Emocionais (ultras);
Espanha, Portugal, Itália.
América do Sul – Ardentes, Agitados;
África – Mágicos e Irracionais. FONTE: Pesquisa UEFA/FIFA (Curso Conmebol)

Dá-se o nome de ULTRAS a torcedores que apoiam intensamente sua equipe de preferência.
Catálogo de Treinamento
Definição da Matriz de Planejamento

Exercícios de Controle e
Modelos validos para cada
avanço que produzam
Situação e Momento do Jogo
respostas ao nível de atuação

Controle da Eficiência do
treino e o grau de transferência
para as situações do jogo

“Passamos da concepção mecanicista de DESCARTES para uma visão de TOTALIDADE”.


Catálogo de Treinamento
Definição da Matriz de Planejamento

Modelos validos para cada Exercícios de Controle e Controle da Eficiência do


Situação e Momento do Jogo avanço que produzam treino e o grau de transferência
respostas ao nível de atuação para as situações do jogo
• Ataque Móvel
1- MODELOS VALIDOS • Marcação de Indução
Modelos Validos para cada • 4x8
Situação e Momento do Jogo • 3 Setores (ABC)
• Saída Pressão/ataque
Os Modelos validos para situações • Jogo das Traves
de treinamento servem para • Passes e Passagens
• 3x2 / 3x2
desenvolver princípios e • Ajuda Laterais/Ataque
subprincípios da forma de jogar. • Posse efetiva (Fundo)
As atividades são realizadas em
forma de Atividades/Jogos
condicionantes e seguem regras
específicas podendo, na medida do
necessário alterar as regras para
gerar instabilidades e/ou
adaptações.

Atividade: Ação; capacidade ou tendência para agir,


para se movimentar, para realizar alguma coisa.
• Transições (todos os conjuntos)
Exercícios de Controle que • As ações Individuais/Coletivas
produzem respostas ao nível de (FT)
• Reposições dinâmicas (estruturas
atuação.
de igualdade/inferioridade
• Recomposições
2 – EXERCÍCIOS DE CONTROLE defensivas/ofensivas
(Finalizações/Recomposição)
• Saída Pressão (Diretas/Indiretas)
São os exercícios de aprimoramento
técnico/tático que desenvolvem a construção
individual/coletiva da equipe.
Os exercícios potencializam a forma de jogar
definindo o seu modelo e produzindo
respostas ao nível de atuação.

Exercícios: Atividade que se pratica para aperfeiçoar ou desenvolver


uma habilidade, qualidade, capacidade
• Jogo Lançado
Monitorar, Controlar e Avaliar • 3 formações
o grau de transferência das • Ataque Lateral/Diagonal
situações do treino/jogo. • Posse contra ataque (7min.)
• Saída Pressão (Bolas de fundo)
• Jogo de Superioridade
3 – CONTROLE DA EFICIÊNCIA • Jogos Especiais
• Vivências Emocionais
Elevar o máximo possível de suas máximas
capacidades e de forma constante.
Medir o nível de transferência das
atividades/exercícios do catálogo para a realidade
do jogo e da construção do modelo pretendido.
Ao desenvolver a construção das capacidades
individuais e coletivas, manter o controle dessa
eficiência de transferência.
Comportamentos Individuais

Entre os diversos fatores e recursos que compõem uma EQUIPE, destaca-se como o
mais complexo e com uma ampla área de estudo a ser abordada, o recurso
humano, ou seja, as pessoas que compõem e interagem no ambiente COLETIVO e
o desenvolvimento de suas tarefas.

Uma vez influenciados por inúmeros fatores como sentimentos, emoções, tristezas,
alegrias e ESTRESSE entre outros, o indivíduo AGE e REAGE de diferentes
maneiras de forma que pode acarretar queda do seu desempenho
Individual/Coletivo.
Comportamento Individual/Coletivo
Atleta Característica Individual Comportamento Individual / Comportamento Jogo Especial Jogo Especial Bola Parada
Defesa Individual / Ataque 5x4 Ataque/Defesa 4x3 Ataque / Defesa

JOÃO • Marcação Individual • Agressividade na • Movimenta para Defesa: Defesa: Atua na


• Movimentação marcação saídas de pressão • Ocupa a Primeira • Ocupa a primeira Defesa
• Ocupa a primeira linha • Oxigena o sistema e/ou segunda linha linha defensiva
defensiva de movimento da defensiva • Executa as induções
• Realiza 20% dos equipe • Gatilho para da marcação
desarmes da equipe • Linhas de passe tempo 1

PAULO • Arrastar a posse de • Coberturas • Movimenta para Defesa: Defesa: Atua na


bola • Ocupa a segunda linha saídas de pressão • Ocupa a segunda • Ocupa a segunda Defesa
• Movimentação e de defensiva • Armação ofensiva linha linha defensiva
armação de jogo • Realiza 15% dos dentro do padrão • Coberturas • Executa as
desarmes da equipe de movimento Ataque: coberturas
• Base de armação e
passes
• Fluência ao ataque
Comportamento Individual/Coletivo
Atleta Característica Individual Comportamento Individual / Comportamento Jogo Especial Jogo Especial Bola Parada
Defesa Individual / Ataque 5x4 Ataque/Defesa 4x3 Ataque / Defesa

PEDRO • Movimentação e • Atua no conjunto • Movimenta para Defesa: Defesa: Atua no


Armação dentro do coletivo saídas de pressão • Na segunda linha, • Não Atua Ataque,
sistema. • Segunda linha e • Oxigena o sistema recomposição e Ataque finalização
• Jogo individual Coberturas de movimento da ajuste da defesa • Atua na base 2 e 4 de (E)
• Realiza 8% dos equipe Ataque: armação e finalização
desarmes da equipe • Linhas de passe • Atua na base 2 e 4
Bases de Passe e
finalização

PAULO • Arrastar a posse de • Coberturas • Atua na primeira Defesa: Defesa: Atua no


bola • Ocupa a segunda linha reposição de bola • Como opção • Como opção ataque,
• Movimentação e defensiva para armação e Ataque: Ataque finalização
armação de jogo • Realiza 7% dos saídas de pressão • Base de armação e • Na primeira linha de (D)
• Jogo 1x1 desarmes da equipe • Linhas de passe passes finalização e armação
• Finalizador de Média e • Fluência ao ataque
longa distância
POSICIONAMENTO JOGO ESPECIAL 5X4 POSICIONAMENTO JOGO ESPECIAL 4X3

DEFESA DEFESA
3 linha – Cobertura 2 linha – Contenção
e Coberturas

2 linha – Contenção 1 linha – Indução

1 linha – Indução

1 linha – Armação
1 linha – Armação
e Finalizações
2 linha – Passe/Final.
2 linha – Apoio
e Finalizações
3 linha – Apoios
ATAQUE ATAQUE
REFLEXÃO

“É evidente que o COMPORTAMENTO agressivo, competitivo, se fosse


absolutamente o ÚNICO, tornaria a vida impossível. Mesmo os indivíduos mais
ambiciosos, mais orientados para a realização de determinadas metas, necessitam
de apoio compreensivo, contato humano, e de momentos de espontaneidade e
descontração.
(Fritjof Capra)
Desequilíbrio entre os níveis de
Dificuldade e Capacidade
DIFICULDADE

Apatia

CAPACIDADE
As teorias, por mais reais que possam parecer nunca estarão aptas a fornecer uma descrição
completa e definitiva da realidade do jogo.

ELEMENTOS DE INSTRUÇÃO AOS MÉTODOS DE TREINAMENTO


• Estimular a criatividade, assimilando conceitos e resolução das tarefas propostas na atividade.

• Compreender a ideia de fragmentação do jogo, do tempo e do jogo real sem reducionismo da competitividade.

• Focar na ideia de que se deve sempre ir do mais simples ao mais complexo:


1. A progressão metodológica é a chave;
2. Quando as correções são infinitas de nada adianta a atividade;
3. Avaliar e reavaliar as atividades.

Aceitar o fato de que devemos modificar ou mesmo abandonar alguns de nossos conceitos ao
ampliarmos a esfera de nossa experiência ou de nosso campo de estudo.
ELABORAÇÃO DE ATIVIDADES E CONTROLE DE EVOLUÇÃO

• Conhecer o terreno de jogo – Espaços, Estruturas e as Linhas;


• Ter claro as fases e os momentos do jogo;
• Ter como objetivo a melhora das capacidades cognitivas (Toda a atividade é neuromuscular);
• Unir capacidades físicas, técnicas, táticas e emocionais;
• Melhorar a velocidade de execução (Processo gradativo);
• Buscar as aptidões ótimas.

PERCEPÇÃO – O ATLETA SÓ DECIDE SE PERCEBE, ENTÃO TUDO PASSA A SER PERCEPÇÃO DO QUE ACONTECE.
FASES DO JOGO MOMENTOS DO JOGO

ESTRUTURA DEFENSIVA
FASE
1. RECUPERAÇÃO DA POSSE / TRANSIÇÃO
EVOLUÇÃO III
2. RECUPERAÇÃO DA POSSE / ATAQUE POSICIONAL

ESTRUTURA OFENSIVA
FASE 1. ORGANIZAÇÃO DO ATAQUE
EVOLUÇÃO II 2. CONCLUSÃO OFENSIVA

REESTRUTURAÇÃO
FASE
EVOLUÇÃO I 1. TRANSIÇÃO DEFENSIVA
2. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
Organização das Fases e Momentos do Jogo
Desenvolvimento

Formação Percepção
Finalização
do Desenho e Tomada do Ataque
de Ataque de Decisão

Momento de
Recuperação da
Posse

O método analítico consiste em decompor pensamentos e problemas em suas partes e assim


dispô-las em sua ordem lógica.
INDICAÇÕES PARA MONTAGEM DOS TREINOS
DA DEFESA AO ATAQUE
• Montagem dos desenhos ofensivos(Vantagem Numérica).
• Interligação dos Sistemas (Resposta rápida).
• Pontos e Passes de abertura e avanço.
• Pontos de Pressão de avanço.

DO ATAQUE A DEFESA
• Formação das linhas de defesa (3 linhas).
• Pontos de aperto e desmanche.
• Rotações defensivas e retornos.
• Compensação da inferioridade defensiva.
PROPOSTA DE ATIVIDADE PRÁTICA
ATIVIDADES DE SIMULAÇÃO

• Perda da posse na ação individual;


• Perda da posse com passe de meio;
• Perda da posse na ala oposta;
• Perda da posse com contra direto.
DESENVOLVIMENTO DE PRINCÍPIOS DE JOGO
Formações da Desfesa
Defender não é SÓ uma questão de gosto ou preferência, Defender é uma questão de
organização e princípio.

*Princípios: *Sub-princípios

Abordagens e Comandos Tempo de Abordagem


Indução e Fulga Leitura de Predominância
Retomada e Equilibrio Ajustes e correções de ocupação
Velocidade e/ou Temporização
Balanços e Rotações

Como desenvolvemos os princípios e sub-princípios?


As atividades propostas proporcionam ao atleta enxergar-se dentro do sistema.
DESENVOLVIMENTO DE PRINCÍPIOS DE JOGO
Formações do Ataque
Atacar não é SÓ uma questão de gosto ou preferência, Atacar é uma questão de
organização e princípio.
*Princípios: *Sub-princípios

Definição das linhas de evolução Linhas de passes e desmarcações


Interligação dos pares Mobilidade das bases
Finalidade da ação Ligações simples e avançadas
Fixações das bases defensivas (Par/Impar) Tomada de decisão
Ação individual e apoio coletivo

Como desenvolvemos os princípios e sub-princípios?


As atividades propostas proporcionam ao atleta enxergar-se dentro do sistema.
INSTRUÇÃO PARA TREINADORES DE FUTSAL
ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS DO JOGO:
• Ainda necessitamos de uma profunda investigação para o entendimento dos
conceitos específicos do FUTSAL.

• A utilização de conceitos de outras modalidades podem nos servir de importante


suporte, porém é importante avaliar sua relevância e aplicabilidade.

• A nossa capacidade de diagnóstico intuitivo ajudará na adaptação das táticas aos


objetivos, criando estratégias inteligentes e ajustadas para cada situação.
REFLEXÕES
SOMOS UM ESPORTE JOVEM
Voleibol - 1915 Handebol - 1919

Basquetebol – 1891 / 1896

FUTEBOL – 1874 FUTSAL - 1934


INSTRUÇÃO PARA TREINADORES DE FUTSAL
FRAGMENTAÇÃO DAS ESTRUTURAS: (Espaço / Tempo / Jogo)

1. Início de Jogo – Modelo Estrutural 5 x 5


2. Desenvolvimento do Jogo – 4 x 4
3. Elaboração de estratégia – 4 x 3 / 3 x 2
4. Potencialização do Ataque – 2 x 1 (SUCESSO DA AÇÃO).
Quanto mais complexo:
• Maior o risco das Ações / Maior sucesso para defesa.
• Maior dificuldade de desenvolvimento / Facilidade de Recuperação
• Menos eficiência da Ação Ofensiva / Maior sucesso da Ação Defensiva
INSTRUÇÃO PARA TREINADORES DE FUTSAL
FRAGMENTAÇÃO DAS ESTRUTURAS: (Espaço / Tempo / Jogo)
INSTRUÇÃO PARA TREINADORES DE FUTSAL
PROGRESSÃO DAS METODOLOGIAS DO TREINO:

. Elaborar a estruturação das formações táticas da equipe seguindo o modelo de


jogo proposto.

. Adequar a aplicação de atividades ao modelo de jogo.

• Estruturar os processos de evolução tática e a montagem das formações


ofensivas e defensivas.

• Desenvolver atividades práticas que contemplem o modelo de jogo.


INSTRUÇÃO PARA TREINADORES DE FUTSAL
Métodos de Treinamento Realinhamento da Atividade
AS ETAPAS DE EVOLUÇÃO: (Avalição/Feedback)
Introdução Competitiva
(Jogos de Aprimoramento)
Aplicação da atividade
(Sem e Com Resistência)
Fixação da Atividade
(Ajustes e Correções)

Exposição da Atividade
(Tornar claro as Orientações)

Elaboração da Atividade
(Processo de Criação)
Como definimos?
FUTSAL Individual?
Coletivo?

Predominância COLETIVA com elevada


Exigência INDIVIDUAL
Conexões Individuais
INDICAÇÕES COMPLEMENTARES
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Acredite na força do
seu ambiente, ele é
transformador.
Pela Confiança de Todos...

MUITO OBRIGADO!!!

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