Descubra como montar um

modelo de jogo para seu time de futebol

INTRODUÇÃO��������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
ENTENDENDO UM JOGO DE FUTEBOL��������������������������������������������������������������� 6
MODELO X PROPOSTA DE JOGO������������������������������������������������������������������������� 9
VISÃO SISTÊMICA DENTRO DO MODELO DE JOGO���������������������������������������� 11
ORGANIZANDO O JOGO: ATAQUE E DEFESA��������������������������������������������������� 13
O PAPEL DO TREINADOR������������������������������������������������������������������������������������ 17
DO MODELO À PRÁTICA������������������������������������������������������������������������������������� 19
CONCLUSÃO��������������������������������������������������������������������������������������������������������� 22
SOBRE A UNISPORT BRASIL������������������������������������������������������������������������������ 24
Introdução
INTRODUÇÃO

P
or se tratar de um fenômeno complexo,
jogar futebol exige muita capacidade e habilidades
dos jogadores. No entanto, além desses fatores,
a tomada de decisão e a escolha de uma estratégia de
jogo, em detrimento de outro, pode definir o sucesso
ou o fracasso de sua equipe dentro do jogo.

Na imprevisibilidade das dinâmicas decorrentes do

confronto de duas equipes de futebol em uma partida,
terá mais chance de vencer aquela que apresentar
dinâmicas que têm maior fluidez sobre as do seu
adversário. Isto é, estratégias que se encaixam melhor
e respondem mais adequadamente aos problemas do
jogo que, de modo geral, constituem o modelo de jogo.

No contexto do futebol existem padrões de jogo que

permitem a aplicação de diversas estratégias de forma
eficiente. Nesse sentido, usa-se o termo periodização
tática, ou esquema tático, para definir as formas de
organização de uma equipe dentro de campo.

4
INTRODUÇÃO

É importante ressaltar a importância

de uma boa visão sistêmica antes e
no decorrer da partida. Afinal, diversos
aspectos influenciam o modelo de jogo,
sobretudo a estruturação coletiva do
espaço de jogo, a operacionalização das
ações, a interdependência e a ação dos
elementos e a inter-relação dos elementos.

Tendo em vista a complexidade da

organização do jogo, explicaremos,
neste material, como construir o modelo
de jogo no futebol. Acompanhe e saiba
mais sobre o assunto!

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Entendendo um
jogo de futebol
ENTENDENDO UM JOGO DE FUTEBOL

G
rande parte das pessoas conhece,
mesmo que superficialmente,
a estrutura do jogo de futebol.
Ele é composto por dois times com
11 jogadores, em uma partida de dois
períodos de 45 minutos. O objetivo de cada
time é fazer pontos na equipe adversária
e evitar também sofrer gols. Os jogadores
são divididos em goleiros, zagueiros,
volantes, laterais, meias e atacantes.

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ENTENDENDO UM JOGO DE FUTEBOL
Diferentemente do que muita gente acha,
tudo o que acontece dentro do campo no
jogo de futebol não é inesperado e nem um
talento individual do jogador. Todo o trabalho
exaustivo em campo compreende o chamado
modelo de jogo. Teoricamente, esse é o treino
realizado pela equipe no dia do jogo para
que ela saiba se comportar nos diferentes
momentos da partida. Trata-se do conjunto de
princípios que dão organização à equipe, por
isso, é extremamente relevante.
O modelo de jogo pode ser considerado
um processo dinâmico e não linear,
em permanente construção, na qual sempre
parte das propostas que o treinador tem para
resolver os problemas que o jogo levanta.
Qualquer comissão técnica tem um
modelo próprio, independentemente de sua
complexidade, efetividade ou sua estruturação.
Isso porque, em muitas situações, o modelo
não é organizado por etapas, mas sim de modo
intuitivo, no qual os padrões a serem adotados
são determinados para cada situação do jogo,
sem a utilização de uma visão mais global.
Além de considerar os princípios táticos gerais
e específicos, para construir um modelo de jogo
é fundamental considerar a cultura do clube,
caso ela exista e seja cultivada no contexto.
A capacidade e as características dos
jogadores também devem ser consideradas no
modelo de jogo, devido às responsabilidades
que eles assumem individualmente.
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 Modelo X
proposta de jogo
MODELO X PROPOSTA DE JOGO
O
modelo de jogo é a ideia que se destaca
no decorrer das quatro fases do jogo,
além da maneira e dos meios como a ideia
predominante é buscada e realizada. Por exemplo,
uma equipe que trabalha muito com passe de bola
tem seu modelo de jogo pautado nesse sentido.
De modo geral, digamos que o modelo de jogo
funciona basicamente assim: o treinador deve
analisar o material humano que detém e avaliar as
capacidades e funcionalidades dos jogadores e suas
individualidades. Depois, proporcionar exercícios
que condicionem seus atletas a desenvolverem
seus pensamentos no treino e no jogo, instruindo os
jogadores a uma mentalidade na qual todos pensem
sob a mesma perspectiva nas diversas circunstâncias
do jogo. Dessa forma, é possível estabelecer
objetivos e metas bem definidas do modelo de jogo.
Agora que esse conceito já ficou bem claro,
vamos explicar sobre a proposta de jogo,
destacando as principais diferenças em
relação ao modelo de jogo de uma equipe.
A proposta de jogo é o que o time se
propõe a fazer em campo, ou seja, consiste
no posicionamento da equipe durante as
partidas, que varia conforme o nível dos
adversários ou mando de campo.
Nesse sentido, como a proposta de jogo está
associada ao que o time fez na partida, não
necessariamente ela está ligada ao modelo
de jogo da equipe. Já que em uma partida
um time pode ter um modelo de jogo, mas
devido às circunstâncias, teve que adotar uma
proposta diferente da qual está habituado.
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Visão sistêmica
dentro do
modelo de jogo
VISÃO SISTÊMICA DENTRO DO MODELO DE JOGO

A
ssim como em outros contextos, o termo “visão sistêmica”
quer dizer conseguir enxergar e compreender o todo por meio
da análise das partes que o formam. A análise do processo na
perspectiva sistêmica proporciona o estabelecimento de conjunções
entre o planejamento, o treinamento e o jogo, oferecendo um ciclo que
constantemente toma novas formas por meio das relações de organização.

No meio futebolístico, muitas vezes, acredita-se que ter uma visão

sistêmica se resume a ver o jogo como um todo, conhecer e dominar
todas as questões técnicas. Todavia, o seu conceito vai além, pois o time
como um todo é um sistema complexo e hierarquizado.

Um dos grandes erros dos clubes atualmente é não compreender que

cada detalhe, desde a dinâmica de funcionamento da empresa até o
relacionamento dos integrantes, pode afetar diretamente o desempenho
organizacional e a atuação do jogador em campo.

Desenvolver o jogo em todos os âmbitos sob a perspectiva da visão

sistêmica é considerar o conjunto das táticas individuais, de grupo
e coletivas como responsáveis pela maioria dos acontecimentos do
campo. Isto é, cada um, dentro de sua particularidade, pode contribuir de
alguma forma para o crescimento do time.

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Organizando o
jogo: ataque
e defesa
ORGANIZANDO O JOGO: ATAQUE E DEFESA
C
omo visto, um modelo de jogo é composto
por princípios que articulam entre si e que
proporcionam um certo modo de jogar, com
determinados padrões de comportamento em diferentes
organizações defensivas e ofensivas — também
chamados de esquemas táticos.
É importante ressaltar que a dimensão tática no futebol
não se restringe apenas à disposição espacial dos
jogadores, ela engloba as tomadas de decisão e as
estratégias utilizadas na partida. Os esquemas táticos
são tipicamente identificados por três números que
indicam, respectivamente, o número de jogadores na
defesa, meio-campo e ataque.
O primeiro esquema criado foi o 4-2-4, quando acreditava-
se que o objetivo do futebol era apenas marcar gols. Com
o tempo, esse modelo perdeu espaço para o 3-4-3 e o 4-3-
3. Atualmente, os esquemas mais utilizados são o 4-4-2 e
o 3-5-2. Conheça as características de cada um deles:
• 4-2-4: formado por 2 laterais, 2 zagueiros,
2 meios-campos e 4 atacantes;
• 3-4-3: formado por 3 defesas, 4 meios-campos
e 3 avançados;
• 4-3-3: formado por 4 defesas, 3 meios-campos
e 3 ataques;
• 4-4-2: formado por 2 laterais, 2 zagueiros
e 4 meios-campos e 2 atacantes;
• 3-5-2: formado por 3 defesas, 5 meios-campos
e 2 avançados.
Definir, de forma precisa, como o time está organizado
em campo nem sempre é o fator determinante para a
vitória. Nesse caso, os atletas precisam ser capazes de
compreender as ações defensivas e ofensivas da sua
equipe e da adversária.
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ORGANIZANDO O JOGO: ATAQUE E DEFESA

Entender como organizar o ataque e a defesa é

extremamente importante para a criação do modelo
de jogo. O sistema defensivo se inicia a partir do
momento no qual o jogador não ataca mais, passando
a ser defensor. Na defesa, as situações estão
basicamente relacionadas à ocupação do espaço,
e podem ser norteadas pelas seguintes situações:
recuperação da bola, atrapalhar o progresso adversário
e proteção da baliza ou do campo.

Já no sistema ofensivo, as situações estão

relacionadas à primeira fase de construção e ao
ataque do espaço. Nela, utilizam-se os seguintes
princípios: conservação da bola quando é
recuperada, progressão para a baliza adversária
e resultado lógico do ataque.

Confira, a seguir, as quatro fases de uma partida de

futebol, formadas por aspectos táticos que convergem.

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ORGANIZANDO O JOGO: ATAQUE E DEFESA
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
Caracteriza-se pelos comportamentos que
uma equipe assume quando tem a posse
de bola. Sua finalidade é preparar e criar
situações ofensivas com o objetivo final de
marcar gol. Está relacionada ao modo como
a equipe vai atacar, a movimentação dos
jogadores, ao estilo de passe que será dado e
ao tipo de finalização.
TRANSIÇÃO DEFENSIVA
É quando o time perde a bola em ação ofensiva,
pois não foi eficiente no ataque. Em outras
palavras, é o momento rápido de reação do time
que estava com a bola, e o tempo no qual o time
que está sem a bola demora para se organizar.
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
É exatamente o contrário da organização ofensiva,
trata-se do modo como esse time vai se posicionar
para marcar o adversário enquanto ele estiver com
a bola. Os princípios trabalhados são: recuperação
da posse de bola, contenção do avanço adversário
e defesa da meta.
TRANSIÇÃO OFENSIVA
Ocorre quando uma equipe recupera a bola.
Nesse momento, a equipe deve apresentar respostas
individuais e coletivas que estejam previstas no
seu modelo de jogo, independentemente do que ele
propõe. Os jogadores devem ter em mente quais as
ações que eles deverão tomar no instante imediato
após a recuperação da bola ou de sua perda.
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O papel do
treinador
O PAPEL DO TREINADOR

N
ão há como aplicar um bom modelo e obter vantagens no jogo sem o excelente trabalho dos treinadores. O papel desse integrante é um
dos mais importantes para o time de futebol. Além de orientar os treinos e dirigir a equipe durante os jogos, o treinador é responsável por
prepará-la para um bom rendimento e para obter resultados positivos.

Trata-se de um profissional especialista em orientação técnica e tática e no desenvolvimento psicológico e físico do jogador. Também, apresenta
conteúdo, ideias de jogo e conhecimento para efetuá-las nos treinamentos. A capacidade de o treinador ser líder, gerir um grupo, entender e
resolver as situações e dificuldades enfrentadas, bem como motivar os jogadores, influencia diretamente o futebol da equipe em campo.

Embora não seja obrigatória a formação em

esportes ou educação física, é necessário que
os treinadores busquem se desenvolver cada vez
mais, por meio de cursos, estudos e práticas nas
relações diárias. Isso porque a base do sucesso
do time está, na maioria das vezes, na qualidade
dos treinadores.

Esses profissionais devem estar dispostos a

sempre aprender, buscando aperfeiçoamento
fora de campo, sobretudo nas áreas de psicologia,
sociologia e comportamento humano, para resolver
situações na prática. Dessa forma, é possível que o
trabalho atinja níveis melhores de rendimento.

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Do modelo à
prática
DO MODELO À PRÁTICA

N
o futebol, é comum dizer que conforme se quer
jogar, assim se deve treinar, o que sugere uma
relação de interdependência e reciprocidade entre
a preparação e a competição. Tal relação é consolidada
por um dos princípios do treino, que recomenda que
sejam treinados os aspectos que se prendem diretamente
no jogo, com o intuito de permitir maior transferência de
aprendizados no treino para o contexto da partida.

No entanto, nem sempre todos os princípios e

estratégias criadas no modelo de jogo, e utilizadas no
treino, são colocadas em prática. Isso porque existem
circunstâncias no decorrer da partida que exigem uma
nova proposta de jogo.

Em razão disso, é importante que o treinador desenvolva,

por meio do modelo de jogo, metodologias de treino
apropriadas, visando potencializar e maximizar as
qualidades e capacidades dos jogadores. Afinal,
quanto maior o grau de coerência entre o modelo e
o treino, maiores serão as possibilidades de superação
e sucesso da equipe.

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DO MODELO À PRÁTICA

A modelação de jogo permite fazer emergir problemas, determinar objetivos de aprendizagem e de treino, construir e selecionar exercícios e
detectar o progresso dos jogadores. Por isso, é fundamental que o modelo de jogo seja reproduzido de forma sistemática pelo modelo de treino.

Além disso, a aplicação dos princípios táticos durante o jogo de futebol, feito a partir da análise de pontos fortes e fracos da equipe em si
e do time adversário, auxilia a equipe no melhor controle de jogo e melhora o desempenho esportivo dos jogadores, identificando quais as
possibilidades de se destacar no campo.

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Conclusão
CONCLUSÃO

É
evidente, portanto, que todos os
aspectos aqui mencionados têm
grande relevância no ambiente de jogo.
Em geral, tudo gira em torno do modelo
de jogo e das estratégias utilizadas nos
treinos, pois, assim, é possível estabelecer
um direcionamento dos comportamentos e
atitudes da equipe como um todo.

Por fim, para garantir o sucesso desportivo,

deve-se adotar métodos e táticas mais
eficazes e estimulantes que correspondam
às necessidades específicas dos praticantes
dentro do contexto de atuação e perfil do
time. Isso contribui para a organização e o
desempenho dos jogadores no campo.

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 Sobre a
UniSport
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