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FORMAÇÃO DE TREINADORES | FUTEBOL INTERATIVO

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Diagramação e Capa
Kenneth Anderson

FORMAÇÃO DE TREINADORES | FUTEBOL INTERATIVO


Entendendo a formação de
profissionais para o futebol
O futebol é um dos esportes mais
populares no mundo, sendo um
fenômeno midiático e cultural no
Brasil. O Brasil é referência no futebol
internacional, revelando craques
para o mundo inteiro, ajudando a
construir o sonho de milhares de
crianças e adolescentes. Ser jogador
de futebol, com certeza é o sonho de
grande parte dos jovens brasileiros.
As famílias, a imprensa e o próprio
esporte são agentes motivadores
para a criação e desenvolvimento
dos sonhos de diversas pessoas para
trabalharem no esporte (DOS ANJOS;
SANETO; OLIVEIRA, 2012). Apesar
disso, a atração não é apenas para
ser jogador de futebol, mas exercer
outras funções tem atraído cada
vez mais profissionais para atuar no
mundo da bola!
Uma das ocupações mais sonhadas
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pelos brasileiros é de ser treinador de
futebol e um dia treinar o seu clube
do coração. Porém, pouco se sabe
sobre o processo para se tornar um
desses líderes da paixão nacional.
Nessa perspectiva, nós do Futebol
Interativo, preparamos esse e-book
para que compreenda melhor os
seguintes pontos:
1. Quais são as características de um
treinador.
a. O que envolve a função do treinador.
b. Como ser um treinador efetivo
c. Maneiras de se obter conhecimento.
2. Questões legais da profissão
treinador de futebol.
a. É obrigatório realizar o curso de
Educação Física?
b. É necessária alguma certificação?
3. Formação para treinadores no Brasil.
a. Licenças da CBF.
b. Cursos complementares.

1. Características do treinador
a. O que envolve a função de
treinador?
Ser um treinador de futebol envolve
um processo dinâmico e sistemático
de treinamento que contêm diversos
passos como observação, avaliação, o
desenvolvimento de um plano de ação,
sua implementação e reavaliação para
possíveis modificações. Apesar desse
conceito apresentar os processos do
trabalho de um treinador, precisamos
destacar como o treinador elabora
o seu plano de ação, isto é, o seu
treino. Um estudo clássico de Cotê
et al. (1995), demonstrou quais são
os principais componentes que o
treinador deve analisar e estudar
para que consiga realizar e atingir os
seus objetivos.
O primeiro componente citado
pelos autores, e mais claro aspecto
do trabalho do treinador, é o objetivo
de sua função, que é o de desenvolver
atletas. E esse desenvolvimento deve
ser específico desde atletas que
estejam iniciando nas categorias de
base, até atletas de elite.
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Outro componente, que Cotê et al.
(1995) destacam, que é importante
e central na função do treinador
seria o processo de treinamento. O
processo de treinamento envolve
questões como organização,
treinamento e competição como
influenciadores dos resultados dos
atletas. A organização diz respeito
à utilização dos conhecimentos do
treinador para estabelecer condições
ótimas de treinamento e competição,
estruturando e coordenando tarefas
para que os atletas atinjam os seus
objetivos.
Em relação ao treinamento,
envolve a aplicação do conhecimento
do treinador, auxiliando atletas a
adquirirem melhor rendimento e
habilidades durante o treino. Esse
treinamento pode ser caracterizado de
acordo com os estilos de intervenção
preferidos pelo profissional, suas
habilidades técnicas e mentais.
Por fim, para Cotê et al. (1995), a
competição consiste na utilização do
conhecimento do treinador para que os

atletas desempenhem de acordo com
o seu potencial na competição. Esses
pontos (organização, treinamento
e competição) são constantemente
avaliados pelo treinador de acordo
com suas interações e influenciam
um outro importante componente da
prática do treinador, o modelo mental
do treinador do potencial do atleta.
O modelo mental do treinador
sobre o potencial do atleta consiste
na aplicação de conceitos e teorias
para tomada de decisões em
relação ao processo de organização,
treinamento e competição. Entretanto,
essas tomadas de decisão sofrem a
influência de componentes periféricos,
isto é, externos ao treinador.
Esses componentes determinam
a real estimativa do treinador em
relação ao potencial dos atletas. Os
componentes periféricos seriam as
características pessoais do treinador,
características pessoais dos atletas
e nível de desenvolvimento, além de
fatores contextuais.
As características pessoais do
treinador são determinadas por
suas filosofias de trabalho, crenças
e vida pessoal. Essas características
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podem ser vistas em treinadores
que sejam mais motivadores, que
exercem melhor gestão de pessoas
ou treinadores mais técnicos, que
buscam um estilo de jogo mais preciso
para alcançar a vitória. No futebol,
temos exemplos de treinadores que se
destacam por seus estilos específicos
de jogo, como Fernando Diniz, Mano
Menezes e Vanderlei Luxemburgo.
Esses treinadores utilizam de suas
filosofias próprias para atingirem os
seus objetivos.
Já as características pessoais dos
atletas e o nível de desenvolvimento
dos mesmos, estariam relacionados
com as variáveis de estágio de
aprendizagem, habilidades pessoais
e outras características que podem
afetar o processo de treinamento.
Exemplos claros que podem
demonstrar essas características
seriam as diferenças entre atletas da
categoria sub-15 e sub-20.
Finalmente, em relação aos fatores
contextuais, podemos dizer que
seriam fatores externos aos atletas e
ao treinador que podem impactar no
processo de treinamento. Exemplos
dessas situações seriamainfraestrutura

do clube, questões administrativas e
políticas da modalidade.
Um ponto que deve ser destacado, é
que em todas as questões relacionadas
ao processo de treinamento e funções
do treinador, o conhecimento que o
Figura 1. Modelo do Treinador. Adaptado de COTÊ et al., 1995
Vale destacar que esses pontos
reforçam áreas que devem ser
levadas em consideração na prática do
treinador. A seguir, apresentaremos
questões relevantes não apenas
sobre o que treinador deve fazer,
mas também em como este treinador
pode se tornar mais eficiente.
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mesmo possui apresenta papel de
destaque em sua atuação.
A imagem abaixo demonstra de
forma esquemática o Modelo do
Treinador ou Coach’s Model (COTÊ et
al., 1995):
b. Modelo de eficiência
do treinador
Para que um treinador seja eficiente
em suas funções, diversos aspectos
são levados em consideração. O estudo
de Cotê e Gilbert (2009), destaca o
Conhecimento Profissional, o Contexto
do Treinador e o Resultado dos

Atletas como sendo os três aspectos
mais relevantes/importantes (COTÊ
e GILBERT, 2009). Vale destacar que
os treinadores não só evoluem as
habilidades específicas do esporte
do atleta, realizando treinamentos
técnicos e táticos, mas também um
desenvolvimento holístico do atleta
em seu desenvolvimento pessoal
e de comunicação (SMOLL; SMITH;
CUMMING, 2007). Para que o treinador
cumpra com o desenvolvimento de
atletas é necessário que o mesmo
utilize de seus conhecimentos
acadêmicos e adquiridos ao longo de
sua carreira.
O conhecimento do treinador é
característica primária que contribui
para a eficiência e a expertise em
sua atuação (SCHEMPP et al, 2006).
O conhecimento do treinador passa
por seu conhecimento profissional,
conhecimento interpessoal
conhecimento intrapessoal (COTÊ
e GILBERT, 2009). Em relação ao
conhecimento profissional, este estaria
relacionados às ciências do esporte
(Fisiologia, Biomecânica, Treinamento
Esportivo), conhecimentos
pedagógicos e conhecimentos de
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procedimento, isto é, saber aplicar os
conhecimentos teóricos. Essa forma
de conhecimento é o foco geral dos
cursos para treinadores ao redor
do mundo. Porém, isolada essa
forma de conhecimento não garante
a efetividade do trabalho desses
profissionais (COTÊ e GILBERT, 2009).
Já em relação ao conhecimento
interpessoal, este estaria relacionado
à gestão de grupo e interação com
outros profissionais envolvidos.
No futebol, nenhum resultado é
conquistado sozinho, o profissional
deve se relacionar com integrantes
da comissão técnica, dirigentes e
principalmente com os seus atletas.
Ainda, devemos destacar que cada
atleta pode apresentar uma realidade
social diferente e que deve ser levada
em consideração no momento das
interações (COTÊ e GILBERT, 2009).
e Outro conhecimento fundamental
na efetividade do treinador é o seu
conhecimento intrapessoal. Esse
conhecimento estaria relacionado
à capacidade de reflexão e
introspecção em relação aos
eventos de aprendizagem que foram
oportunizados ao profissional. Sendo

que essa reflexão pode ocorrer
durante a prática e após as suas
intervenções, buscando sempre o
seu desenvolvimento (GILBERT;
TRUDEL, 2001).
Assim, é demonstrado que não
basta ter o conhecimento acadêmico/
teórico, mas também do contexto no
qual se vai trabalhar, para alcançar
os melhores resultados com os seus
atletas. Lembrando que muitos desses
pontos, podem ser desenvolvidos
através de cursos específicos de
aperfeiçoamento voltados para o perfil
de atletas que pretende trabalhar.
Como exemplo, poderíamos citar os
cursos específicos para as categorias
de base, cursos específicos para
desenvolvimento de um modelo de
jogo e de tática para treinadores
(NELSON; CUSHION; POTRAC, 2006).
Outra questão chave para a
Tabela 1. Resultados de atletas guiados por treinadores efetivos
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efetividade do treinador se dá pelos
resultados de seus atletas. Porém,
como muitos podem imaginar, os
resultados do treinador não se
baseiam apenas nos resultados
de jogos, principalmente nas
categorias de base, onde o papel
de formação humana torna-se
essencial na formação de cidadãos.
Esses resultados podem impactar
diretamente no desenvolvimento de
jovens, auxiliando na qualidade de
vida desses futuros atletas (JELICIC
et al., 2007).
Sendo assim, os resultados que
devem ser levados em consideração
no momento de avaliar a efetividade
do treinador seriam: Competência,
Confiança, Conexão e Caráter. A
tabela abaixo detalha um pouco mais
esses conceitos (Adaptada de COTÊ e
GILBERT, 2009).

Por último, e não menos importante,
podemos destacar o contexto no qual
o treinador está atuando. Diversos
contextos estão presentes no mundo
do futebol e isso deve ser levado
em consideração para se avaliar
a efetividade de um treinador. Um
treinador pode apresentar um perfil
específico para categorias de base
e que o tornará mais efetivo nessa
situação em relação ao profissional.
Um exemplo dessa situação, é o
perfil de liderança específico para
treinadores que estiveram na Série
A do Campeonato Brasileiro, que
se demonstraram autocráticos em
suas tomadas de decisão (COSTA;
SAMULSKI, 2006).
Concluindo em relação à efetividade
do treinador, podemos afirmar que
ela gira em torno dos aspectos
relacionados aos seus conhecimentos,
ao resultado de seus atletas e ao
contexto em que o mesmo esteja
atuando. Segundo Cotê e Gilbert
(2009), a efetividade do treinador
consiste na aplicação integrada
do seu conhecimento profissional,
interpessoal e intrapessoal, buscando
melhorar as competências, confiança e
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conexão de seus atletas em contextos
esportivos específicos. Porém, essas
tomadas de decisão são baseadas
no conhecimento adquirido pelo
profissional com conteúdos teóricos
que abordam as especificidades
dessa situação (NELSON; CUSHION;
POTRAC, 2006).
A imagem abaixo esquematiza este
modelo, destacando os diferentes
tipos de conhecimentos envolvidos
na efetividade do treinador:
Figura 2. Modelo de efetividade ou eficácia do
treinador. Adaptado de Cotê e Gilbert (2009).
Sabendo agora que os
conhecimentos do treinador são
fundamentais na sua efetividade,
agora a pergunta é: Onde posso
buscar esses conhecimentos?

b. Situações de aprendizado: Da
preparação inicial formal até o
campo.
No mundo dos esportes, diferentes
estratégias são utilizadas para a
formação de treinadores, podendo ir
desde educação mais formal baseada
em cursos de Educação Física e
escolas de licenciamento, até cursos de
aperfeiçoamento para preparadores
físicos, analistas de desempenho e
treinadores. Junto à essas questões,
estágios e mentorias são uma
riquíssima fonte de conhecimento para
treinadores. Vale destacar, que essas
experiências por si só não conseguem
trazer aprendizado, pois é necessário
engajamento para que o mesmo
aconteça (ERICKSON et al, 2008).
Na questão formal, como cursos
de graduação em Educação Física, elas
são a base para o desenvolvimento
profissional do treinador, pois
oferecem os subsídios iniciais para a
prática como treinador, trabalhando
temas como treinamento esportivo e
cinesiologia (MILISTETD et al, 2015).
Também, não podemos esquecer dos
cursos específicos para treinadores
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oferecidos no mercado, como cursos
de modelo de jogo e de tática para
treinadores, que proporcionam
base teórica sólida e específica na
formação dos profissionais. Outra
forma de educação formal seriam os
licenciamentos oferecidos pela CBF
Academy, que se mostra estruturada
e hierarquicamente organizada, na
medida que existem licenças C, B, A e
Pro, com diferentes focos no contexto
esportivo, para treinadores no
esporte amador, categorias de base
e para profissionais em competições
nacionais e internacionais (CBF
A, 2020). Essas licenças serão
detalhadas no tópico 3 deste e-book.
Segundo pesquisas realizadas
com os próprios treinadores, que já
estavam no campo prático e que já
possuíam formação básica para ser
um treinador, outras duas fontes
de aprendizado importantes para o
seu desenvolvimento profissional
desses profissionais foram o
aprendizado “pelo fazer”, isto é, a
prática profissional e com os seus
mentores (ERICKSON et al, 2008). A
aprendizagem “pelo fazer” se dá pela
reflexão e tentativa de aprendizado

através do trabalho como treinador,
onde desafios emergem diariamente
e devem ser solucionados.
Em relação às mentorias, elas se dão
através do contato entre treinadores
mais experientes com treinadores
menos experientes, buscando o
desenvolvimento de liderança,
aspectos teóricos e pessoais do
treinador novato. Contudo, essa
forma de interação deve ser precedida
da realização de cursos que trarão
qualidade e embasamento nessas
discussões (NELSON; CUSHION;
POTRAC, 2006).
Ainda, a interação com outros
profissionais também é importante
fonte de conhecimento, pois consegue
fazer com que os treinadores possam
aprender com os erros e acertos
de seus colegas de profissão. Vale
destacar que essas interações
não, necessariamente, deverão ser
presenciais, mas também podem ser
realizadas através de videochamadas
e em fóruns de discussão voltados
para esse público, construindo
assim, uma comunidade para esses
profissionais (CUSHION; ARMOUR;
JONES, 2003).
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A presença de mentores e
experiências práticas, com certeza,
contribuem para uma formação
profissional de qualidade e para o
sucesso e oportunidades no futebol.
Porém, elas só se tornam eficientes
quando o profissional já possui
conhecimentos prévios do conteúdo,
isto é, cursos de formação. Sem o
embasamento teórico e discussão
técnica por parte do profissional,
nenhum conhecimento será extraído
da prática e de outros profissionais.
Sem uma base sólida de conceitos e
estudos, interações mais avançadas
podem se tornar desperdiçadas pela
falta de conhecimento de um dos
receptores da informação. Com isso,
as questões práticas só se tornam
úteis após a realização de cursos
teóricos (CUSHION et al, 2010). Caso o
profissional não tenha informações de
qualidade, sua prática será baseada
na tentativa e erro, se mantendo em
um “senso comum”, o que impactará
negativamente na eficiência de seu
trabalho e consequentemente nos
seus resultados.
Concluindo, ressaltamos a
importância da realização de cursos

como fonte de aprendizado do treinador
para embasar a prática no campo.
Sem os cursos, o profissional não
conseguirá progredir em sua carreira,
2.Questões legais para ser Treina-
dor de Futebol no Brasil. O curso
de Educação Física é obrigatório?
E as Licenças?
No Brasil, a regulamentação em
relação à formação para treinadores
não é muito clara. O artigo 3º da Lei
Nº 8.650/1993, do dia 20 de abril de
1993, que regulamenta a profissão
de treinador de futebol reporta (JUS-
BRASIL A, 2020):
“ Art. 3º O exercício da profissão de
Treinador Profissional de Futebol fi-
cará assegurado preferencialmente:
I - aos portadores de diploma expe-
dido por Escolas de Educação Física
ou entidades análogas, reconhecidas
na forma da Lei;
II - aos profissionais que, até a data
do início da vigência desta Lei, hajam,
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pois não terá o aprofundamento teórico
necessário para discutir com seus pares
e conseguir os resultados esperados
para sua trajetória profissional.
comprovadamente, exercido cargos
ou funções de treinador de futebol
por prazo não inferior a seis meses,
como empregado ou autônomo, em
clubes ou associações filiadas às Li-
gas ou Federações, em todo o territó-
rio nacional. “
Nesta lei, o termo “preferencial-
mente” abre diversas brechas na re-
gulamentação da profissão, que pela
interpretação da lei, prioriza a con-
tratação de profissionais de Educação
Física e cursos afins, porém não obri-
ga a formação superior na área dos
esportes para exercer a profissão.
Porém segundo a regulamentação
dos profissionais de Educação Física

a lei 9696/ 1998, que regulamentou
o Conselho Federal (CONFEF) e os
Conselhos Regionais (CREF) para es-
ses profissionais, diz que (JUSBRA-
SIL B, 2020):
“Art. 3º – Compete ao Profissional
de Educação Física coordenar, pla-
nejar, programar, supervisionar, di-
namizar, dirigir, organizar, avaliar e
executar trabalhos, programas, pla-
nos e projetos, bem como prestar
serviços de auditoria, consultoria e
assessoria, realizar treinamentos
especializados, participar de equipes
multidisciplinares e interdiscipli-
nares e elaborar informes técnicos,
científicos e pedagógicos, todos nas
áreas de atividades físicas e do des-
porto.”
Nessa perspectiva, atividades rela-
cionadas ao treinamento seriam res-
ponsabilidades de um Profissional
de Educação Física. Porém, a mesma
lei, não traz definições em relação
ao Treinador de Futebol e não repor-
tar a necessidade desse profissional
estar inscrito no sistema CONFEF/
CREF, uma vez que essa profissão,
possui a sua própria lei, como foi
visto anteriormente. Essa não é uma
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discussão encerrada, diversos pro-
jetos de leis passaram pelo poder
legislativo com o intuito de debater
necessidade ou não da necessidade
do curso de Educação Física para ser
Treinador de Futebol.
No ano de 2017, esse debate res-
surgiu através de recurso especial
do Conselho Regional de Educação
Física da 4ª Região, ao tentar incluir
a profissão de Treinador de Futebol
entre as atividades exclusivas para
Profissionais de Educação Física. Po-
rém, a Segunda Turma do Superior
Tribunal de Justiça negou este texto.
O termo “preferencialmente”, desta-
cado acima, foi um dos argumentos
utilizados para a negação, já que não
obriga os treinadores de futebol a se
inscreverem nos Conselhos de Edu-
cação Física (STJ, 2020), além de não
necessitarem possuir a respectiva
graduação.
No ano de 2015, foi apresentado
um projeto de lei (nº 369) pelo ex-se-
nador e atual governador do Acre,
Gladson Cameli, e que alteraria a lei
nº 8.650. Nesse projeto, o ex-senador
alteraria a redação do Artigo 3º, re-
tirando o termo preferencialmente.

Assim, tornaria obrigatória a realiza-
ção da graduação em Educação Físi-
ca para Treinadores de Futebol. Um
dos principais argumentos utilizados
foi (AGÊNCIA SENADO A, 2020):
“Ademais, é imperioso ressaltar a
importância de se delegar a um pro-
fissional da área de educação física
a missão de realizar treinamento
desportivo especializado. A presença
desse profissional faz com que haja
um aumento na qualidade e seguran-
ça com que os treinamentos são rea-
lizados.”
No ano de 2019, houve uma audi-
ência em relação à esse projeto de
lei. E essa alteração foi recusada pelo
relator do processo, Senador Romá-
rio. Um dos argumentos utilizados no
documento foram (AGÊNCIA SENADO
B, 2020):
“A variedade de aptidões e qualida-
des exigidas de um técnico profissio-
nal de futebol certamente não cabe
na grade curricular de um curso su-
perior de educação física. O futebol,
apesar de seus avanços, não é ciên-
cia. É muito mais. “
“Além disso, a maior parte do
aprendizado dos técnicos só pode ser
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obtido lá mesmo, em campo, subme-
tido a todas às condições favoráveis e
hostis dos gramados e dos estádios:
motivação, controle, orientação, visão
do fluxo e da qualidade dos jogadores
na partida etc.”
Ainda, o relator do processo, o Se-
nador Romário, reportou que essa
alteração poderia ser uma reserva
de mercado e que seria difícil de ser
cumprida integralmente. Também,
reforçaram a importância da presen-
ça de ex-jogadores de futebol como
Treinadores de Futebol:
“Finalmente, no mundo competiti-
vo do futebol, é fácil perceber que os
treinadores com melhores resultados
e mais sucesso profissional, são aque-
les que possuem um longo histórico de
evolução, que começa nas categorias
de base ou na prática pessoal do es-
porte. Toda essa vivência não pode ser
menosprezada. Embora não possuam
diploma, possuem outros títulos.“
Apesar disso, a formação superior
em Educação Física ou Esportes con-
tribui na construção de saberes rela-
cionados à prescrição de treinamen-
tos físicos, tais como disciplinas de
biomecânica, fisiologia do exercício e

pedagogia. O que pode ter contribuí-
do para treinadores como Carlos Al-
berto Parreira, Tite e Mano Menezes
conquistarem a sua carreira.
Outra questão importante em rela-
ção às legislações para atuar como
treinador de futebol seriam as licen-
ças da CBF. Em termos de organiza-
ção da Constituição Federal, não é
uma lei, mas a própria Confederação
faz essa exigência. Adicionalmente,
para que um treinador esteja dispu-
tando o Campeonato Brasileiro Série
A e a divisão principal do Campeona-
to Paulista, desde 2019, é obrigatório
que o mesmo possua a Licença A da
CBF Academy (AMBROSIO, 2018). O
mesmo ocorre para disputas de com-
petições internacionais, como a Copa
Libertadores e a Sul Americana, onde
é obrigatório a partir de 2020, a reali-
zação da Licença Pro da CONMEBOL.
Esta data que foi adiantada, já que
inicialmente, a licença Pro para a Li-
bertadores era prevista apenas para
2021 (RIZZO, 2019).
Vale ressaltar que a Licença Pro
da CBF, inicialmente, foi aceita como
Licença Pro da CONMEBOL. Isto é, a
licença obtida no Brasil foi validada
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a nível internacional sem a necessi-
dade da realização de outros cursos.
Porém essa medida foi tomada em
um primeiro momento, pois nenhum
treinador de times brasileiros pos-
suía essa licença. Para este processo
de validação, os treinadores tiveram
de enviar documentos comprovando
a certificação de Licença Pro da CBF.
Recentemente, também ocorreram
reuniões entre a Conmebol e a UEFA,
onde foram discutidas questões rela-
cionadas à capacitação e formação de
treinadores. Assim, novas questões
relacionadas à habilitação de treina-
dores e intercâmbio entre América do
Sul e Europa podem surgir (CBF B,
2020).
Já nas categorias de base, para que
um clube seja considerado pela CBF
um clube formador, alguns requisitos
são necessários, tanto relacionados à
saúde e educação dos atletas como
em relação aos profissionais atuan-
tes. Em relação aos profissionais, é
solicitada a relação dos técnicos e
preparadores físicos responsáveis e
que tenham habilitação exigida por
lei para o exercício da função. Apesar
de não estar clara a questão da ne-

cessidade da Licença B (voltada para
profissionais de categoria de base),
se sabe que ela já é exigida por al-
guns clubes do futebol brasileiro, no
momento da contratação de treinado-
res para as categorias de base.
Outro documento que reforça a
necessidade das licenças da CBF no
futebol brasileiro, que seria o Regu-
lamento de Licença de Clubes, isto é,
os requisitos para que um clube pos-
sa ser regulamentado pela CBF (CBF
C, 2020). Inicialmente, em relação
aos treinadores de categoria de base,
está explicitado:
“O Clube Requerente deverá desig-
nar ao menos um treinador para cada
equipe das categorias de base, sendo
cada qual responsável pelas ques-
tões futebolísticas de suas respecti-
vas equipes, com formação e habilita-
ção compatíveis e certificação da CBF,
como, por exemplo, a Licença B.”
Assim como exposto acima, a CBF
reporta que os treinadores podem
possuir habilitações compatíveis com
sua Licença B. Porém, até o presente
momento, a confederação não regu-
lamentou qualquer curso compatível
à sua Licença B em instituições no
FORMAÇÃO DE TREINADORES | FUTEBOL INTERATIVO
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Brasil.
Nas questões relacionadas aos trei-
nadores de equipe principal, lê-se:
“O Clube Requerente deverá con-
tar com um primeiro treinador, de-
signado para ser o responsável final
por todas as questões futebolísticas
da equipe principal, com formação
e habilitação compatíveis, como, por
exemplo, possuir a licença de mais
alto nível recomendada pela CONME-
BOL ou pela CBF, como, por exemplo,
a Licença Pro, ou qualquer diploma
estrangeiro equivalente reconhecido
pela CBF.”
Apesar de estar destacada Licença
Pro, neste documento, sabe-se que
a CBF exige a Licença A para trei-
nadores de futebol no Campeonato
Brasileiro desde 2019. Já no caso de
treinadores para equipes femininas,
também é solicitada certificação pela
CBF, neste caso a Licença A.
Ainda, os treinadores devem se
manter sempre atualizados com os
novos conhecimentos gerados pela
comunidade do futebol, fazendo no-
vos cursos de aperfeiçoamento. Des-
tacamos que a certificação por si só,
não é garantia de oportunidades. Para

que os treinadores obtenham resulta-
dos que trarão chances profissionais
o aprendizado deve ser constante,
buscando o desenvolvimento de seus
conhecimentos em um mercado ex-
tremamente dinâmico e imprevisível
como o do futebol.
Concluindo, não há requisitos mí-
nimos legais para que você possa
atuar no futebol profissional (em
relação aos diplomas de curso su-
perior) por outro lado, com base no
que ocorre na prática até o presen-
te momento, parece ser necessário
estar inscrito no CREF. Entretanto,
são necessários as Licenças da CBF
Academy para a atuação no futebol
brasileiro, dependendo da catego-
ria e nível de competitividade. Para
3. Formação no Brasil - Licenças
da CBF e cursos complementares
A partir da necessidade de formação
para uma prática sólida de treinadores
no Brasil, diversos cursos emergiram
no mercado nacional. Historicamente,
mais precisamente no ano de 2008,
um dos primeiros cursos oferecidos
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disputar o Campeonato Brasileiro
profissional e o Campeonato Pau-
lista, é necessária a certificação
A. Já para as categorias de base,
é importante a certificação nível B.
Ainda, para a disputa de competi-
ções internacionais, é necessária
a Licença Pro da CONMEBOL. Para
além dos requisitos mínimos, é vi-
tal que o profissional se mantenha
atualizado das novas evidências
para um treinamento técnico/táti-
co mais eficiente e que gere, por
consequência, mais resultados.
Por fim, a qualificação contínua é
parte fundamental para o desenvol-
vimento da carreira de treinadores
de futebol. Apenas ter licenças não
garantem resultados na prática.
para a formação de treinadores de
futebol foi através de uma parceria
entre a Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e
a CBF, por meio da Escola Brasileira
de Futebol, quem organizou um dos

primeiros cursos para treinadores de
futebol no Brasil (PUC-MINAS, 2008).
Sendo este, o primeiro curso para
treinadores chancelado pela entidade
máxima do futebol brasileiro.
Até o ano de 2013, os cursos
para treinadores no Brasil foram
realizados pela PUC-MG. Após este
período, os cursos começaram a
ser geridos e executados através de
uma empresa terceirizada, a Aoxy
Experiências (AOXY EXPERIÊNCIAS,
2017). No ano de 2016, um novo
projeto se iniciou, a CBF Academy.
A CBF Academy é um departamento
dentro da Área de Desenvolvimento
Técnico da CBF, buscando ampliar
a gama de cursos oferecidos pela
entidade. Esses cursos foram
desenvolvidos seguindo a convenção
da Licença de Treinadores, de acordo
com a CONMEBOL.
Segundo a organização, a CBF
Academy teria os seguintes objetivos:
• Oficializar as Licenças e certificados
da CBF que fazem parte do programa
de profissionais do futebol brasileiro
em nível nacional e internacional.
• Desenvolver um programa de
formação de profissionais do futebol
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baseado no conhecimento científico e
com aplicabilidade direta na rotina de
trabalho desses profissionais (reality
based), com bases de natureza ética e
pedagógica.
• Promover a sistematização do
conhecimento teórico e prático
do futebol brasileiro através de
publicações e registros.
• Valorizar e preservar a história
de conquistas do futebol brasileiro e
suas características de brasilidade.
• Construir e unificar
internacionalmente o processo de
equivalência dos cursos oferecidos
pela CBF Academy.
A organização também possui como
missão: “Produzir e disseminar o
conhecimento, tecnologia e know-how
do futebol brasileiro, contribuindo
para o seu desenvolvimento técnico
e social, através da qualificação
acadêmica de profissionais.”.
Já como visão: “Tornar a CBF Academy
uma referência mundial na qualificação
de profissionais do futebol.“
Os cursos e licenças foram
desenvolvidos a partir de modelos
internacionais da formação de
treinadores, seguindo as diretrizes

da FIFA. São oferecidos cursos tanto
para profissionais de escolinhas de
futebol quanto para profissionais que
atuam no mais alto nível do futebol
brasileiro. Esses cursos, seriam
licenças em 4 níveis: C, B, A e Pro e
serão descritos adiante. Vale ressaltar
que todas as informações contidas
nessa seção, foram retiradas do site
oficial da CBF Academy.
Essas licenças foram organizadas
de forma sequencial e hierárquica,
buscando uma progressão lógica
dos conhecimentos do treinador.
Iniciando na Licença C até a Licença
Pro, que apenas convidados pela
entidade podem realizar.
Licença C - Para profissionais que
desejam atuar como professores de
escolas de futebol:
Pré requisitos: Profissional
de Educação Física e/ou Esporte
(Licenciatura ou Bacharelado) ou;
Acadêmicos de Educação Física e/ou
Esporte que estejam no último ano de
curso ou; Ex-Atleta de Futebol com
Ensino Médio Completo e pelo menos
7 anos de experiência comprovada
ou; Treinador/Professor de escola de
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futebol com Ensino Médio Completo
e pelo menos 5 anos de experiência
comprovada.
Objetivo: Qualificar o profissional
que atua ou deseja atuar no futebol
na condição de treinador/ professor
em escolas de iniciação para crianças
e adolescentes, para uma prática
profissional competente e atualizada
cientificamente alicerçada em bases
de natureza ética e científica.
Carga Horária: 150 horas, sendo:
105 horas de disciplinas teórico-
práticas de conteúdo específico, 15
horas de estudos especiais e 30 horas
de Acompanhamento e Observação
de Treinamento.
Valor: R$ 4.480,00
Modelo: Semipresencial
Licença B - Para profissionais que
desejam atuar como treinadores em
equipes de base:
Pré requisitos: Certificado de
Conclusão da Licença C da CBF
ou; Ensino Médio Completo e ter o
mínimo de 7 anos (7 temporadas
completas) de experiência atuando
como atleta em equipes e competições
de futebol profissional ou; Ensino

Médio Completo e ter o mínimo de 5
anos (5 temporadas completas) de
experiência como treinador principal
de equipe de categorias de base.
Obs.1: Será considerado para a
contagem de tempo a atuação como
treinador principal de categorias de
base de equipes que disputam as
competições nacionais e estaduais.
Experiência com competições que
não se enquadram nas citadas acima
ou em competições internacionais,
terão seus currículos analisados de
forma personalizada.
Obs.2: Os auxiliares-técnicos
e preparadores físicos com o
mínimo de 10 anos (10 temporadas
completas) atuando em equipes de
categorias de base, poderão pleitear
o ingresso na Licença B, após análise
técnica personalizada do currículo.
Profissional de Educação Física e/ou
Esporte (Licenciatura ou Bacharelado)
ou; Acadêmicos de Educação Física e/
ou Esporte que estejam no último ano
de curso ou; Ex-Atleta de Futebol com
Ensino Médio Completo e pelo menos
7 anos de experiência comprovada
ou; Treinador/Professor de escola de
futebol com Ensino Médio Completo
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e pelo menos 5 anos de experiência
comprovada.
Uma informação importante em
relação à licença B, e as seguintes,
é a necessidade da realização de
nivelamento para os profissionais que
não realizaram a licença C da CBF, o
que gera um valor extra de R$ 895,00.
Objetivo: Qualificar o profissional
que atua ou deseja atuar no futebol na
condição de treinador em equipes de
categorias de base, para uma prática
profissional competente e atualizada
cientificamente alicerçada em bases
de natureza ética e científica.
Carga Horária: 210 horas, sendo 145
horas de disciplinas teórico-práticas
(35h de Ensino à Distância, 30h de
conteúdo online - pré presencial - e 80h
de conteúdo presencial), 25 horas de
estudos especiais e tutoria e 40 horas
de Acompanhamento e Observação
de Treinamento supervisionado
obrigatório.
Valor: R$ 6.170,00
Modelo: Semipresencial
Licença A - Para profissional que
atua ou deseja atuar no futebol na
condição de treinador em equipes

profissionais:
Pré requisitos: Certificado de
conclusão da Licença B CBF ou;
Ensino Médio Completo e no mínimo
5 anos (5 temporadas completas) de
experiência como treinador principal
de equipe profissional
Obs.1: Será considerado para a
contagem de tempo a atuação como
treinador principal em competições
nacionais das Séries A, B, C e D,
Copa do Brasil, Copa Verde, Copa do
Nordeste e/ou as divisões principais
dos campeonatos regionais.
Experiência com competições que
não se enquadram nas citadas acima
ou em competições internacionais,
terão seus currículos analisados de
forma personalizada.
Obs.2: Os auxiliares-técnicos e
preparadores físicos com o mínimo de
10 anos (10 temporadas completas)
atuando em equipes profissionais
poderão pleitear o ingresso na
Licença A, após análise técnica de
currículo personalizado.
Uma informação importante em
relação à licença A, e as seguintes,
é a necessidade da realização de
nivelamento para os profissionais
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que não realizaram a licença B da
CBF, o que gera um valor extra de R$
1004,00.
Objetivo: Qualificar o profissional
que atua ou deseja atuar no futebol
na condição de treinador em
equipes profissionais, para uma
prática competente e atualizada
cientificamente alicerçada em bases
de natureza ética e científica.
Carga Horária: 270 horas. Sendo
200h de Disciplinas Teórico-Prático
(20h de Ensino à Distância, 50h de
conteúdo online - pré presencial - e
130h de conteúdo presencial), 50h
de Acompanhamento e Observação
do Treinamento e 20h de Estudos
Especiais e Trabalhos. O curso é
dividido em módulo amarelo e verde.
Valor: R$ 8.840,00
Modelo: Semipresencial
Licença Pro - Para profissional
que atua ou deseja atuar no futebol,
em equipes profissionais, na
condição de treinador, para uma
prática competente e atualizada
cientificamente:
Pré requisitos: Possuir a Licença A
As turmas são montadas por

processo de seleção qualitativa. Após
receber o convite, o aluno deverá fazer
a pré-inscrição e enviar os seguintes
documentos:
>Currículo Vitae atualizado;
>Cópia do Certificado de Conclusão
do Ensino Médio ou cópia do Histórico/
Diploma de Curso Superior, mesmo
que esteja em curso.
Uma informação importante em
relação à licença Pro é que a mesma
só pode ser realizada por profissionais
convidados pela CBF. Vale ressaltar
que esta licença também pode ser
concedida de forma honorária, para
treinadores com mais de 60 anos e com
determinado somatório de conquistas
determinados pela Conmebol.
Treinadores como Luiz Felipe Scolari
e Vanderlei Luxemburgo receberam a
licença de forma honorária.
Objetivo: Qualificar o profissional
que atua ou deseja atuar no futebol
na condição de treinador em
equipes profissionais, para uma
prática competente e atualizada
cientificamente alicerçada em bases
de natureza ética e científica.
Carga Horária: 370 horas no total.
Sendo 60h de Ensino à Distância (EAD),
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180h de Atividades Presenciais, 60h
de Acompanhamento e Observação
de Treinamento, e 50h de Estudos
Especiais e Trabalhos.
Valor: R$ 19.130,00
Modelo: Semipresencial
Vale ressaltar que ao longo de todo
o processo formativo do Treinador
através da CBF Academy, giraria em
torno de R$ 38.620,00 reais e uma
carga horária de 1.000 horas.
Para além das Licenças da CBF,
existem outros cursos específicos
para embasar e qualificar a prática
profissional de treinadores. Nessa
questão, ainda vale destacar que para
uma formação completa do treinador,
que deve gerir uma equipe técnica
especializada e interpretar informações
de diferentes profissionais, não só
cursos para treinadores podem
ser suficientes. É necessário que o
treinador compreenda funções de
outros profissionais, como os analistas
de desempenho e preparadores físicos,
e estejam em constante comunicação
para que se atinja os melhores
resultados. Portanto, é fundamental a
realização de cursos nessas áreas como
formação complementar e composição

de uma mentalidade global.
Nós, do Futebol Interativo,
acreditamos nessa perspectiva
de formação global. Oferecemos
cursos das mais diversas áreas que
contribuem para o desenvolvimento
do treinador.
No geral, nossos cursos apresentam
as seguintes características:
Carga horária: 50 horas, incluindo
não só aulas ao vivo com profissionais
atuantes no mercado, mas também
atividades contextualizadas para a
fixação dos conhecimentos.
Modalidade: On line, porém com
aulas ao vivo e com possibilidade de
Segue alguns dos nossos cursos que contribuem diretamente, para a atuação
do Treinador de Futebol.
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experiências práticas.
Destacamos também, que as aulas
ao vivo permitem a interação direta
com o professor, solucionando dúvidas
do aluno de forma muito mais efetiva
em relação a cursos gravado, comuns
no mercado. Além disso, ao final do
curso, os melhores alunos possuem
a chance de concorrer à experiências
práticas em grandes clubes do Brasil.
Assim, o Futebol Interativo busca não
só capacitar os seus alunos através do
conhecimento teórico, mas também
testando os seus conhecimentos e
com possibilidade de criação de um
network extremamente produtivo.
 24

Ainda, existem outros cursos que beneficiam a prática dessa profissão e a

interação com outros profissionais da comissão técnica.

Esses cursos complementares Concluindo essa parte do nosso

buscam aprofundar conhecimentos
específicos do campo de atuação
do treinador, tornando a visão do
treinador ainda mais ampla a respeito
do desempenho do final de sua equipe.
e-book, expomos detalhes das
licenças ofertadas pela CBF Academy
que são pré-requisitos na atuação
de profissionais na elite do futebol
nacional.

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cursos@futebolinterativo.com

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REFERÊNCIAS
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Sobre os autores
Lucas Alves Facundo
Bacharel em Educação Física pela UFMG. Mestre em Ciências do
Esporte pela UFMG. Já atuou como treinador de Futebol para Amputados
pela Associação Mineira de Desportos para Amputados. Também, é staff
técnico da Seleção Brasileira de Futebol para Amputados atuando na
preparação física e treinamento técnico-tático. Possui experiência na
análise de sono de atletas de elite com vivência no Futebol. Além disso,
possui experiência com estudos relacionados à formação de treinadores.

Ricardo Neves de Sá
Ricardo Neves de Sá é Bacharel em Educação Física pela PUCRS,
com Especialização em Preparação Física de Futebol pelo Centro de
Alto Rendimiento (Alcoy, Alicante – ESP). Mestre em Preparação Física
e Readaptação no Futebol pela Universidade Pablo de Olavide (Sevilha –
ESP). Mestre em Treino de Alto Rendimento com Especialização no Futebol,
pela Universidade do Porto (Porto – POR). Como Preparador Físico de
Futebol, têm passagens por clubes do Brasil como o SC Internacional (Sub-
17) e Joinville EC (Sub-17). Possui passagem pela Espanha no Pontevedra
CF (Sub-13), no Real Murcia CF (Sub-17) e no Real Bétis Balompié
(Readaptador Sub-17, Sub-15, Sub-14 e Feminino). Passagem em Portugal
no FC Infesta (Categoria Profissional) e, também, passagem pelo México
no Delfines de Xalapa (Sub-15), no CF América do México (Sub-14, Sub-15
e Sub-16) e no Club Necaxa (Sub-17, Sub-20 e Sub-23). Com mais de uma
década de experiência no Futebol, já disputou torneios como Preparador
Físico em países de 3 continentes diferentes.

Victor Amorim
Graduado em Educação Física pela UFAL. Especialista em
Treinamento Desportivo pela UNIFESP. Especialista em Futebol pela
UFV. Doutor em Nutrição pela UFPE, com Estágio na Victoria University
da Austrália. Ex-professor do Centro Universitário CESMAC. Passagens
pelo Nacional Atlético Clube de SP, Internacional de Limeira, Nepean
City Soccer Club do Canadá. Ex-Analista de desempenho do Dimensão
Capela, Sergipe, CSA sub-20 e Coruripe-AL.

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