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Plano de Modernização

da Arbitragem Brasileira

MANUAL DE
SÚMULAS E
RELATÓRIOS
PARA
ÁRBITROS
(2ª
(2ª EDIÇÃO)
EDIÇÃO)
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Manual de Súmulas e Relatórios
para Árbitros
(2ª Edição)
II Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros
Comissão de Arbitragem

Um bom árbitro não é somente aquele que apresenta boas arbitragens,


técnica ou disciplinarmente falando. De nada valerá isto, se no momento
de relatar ocorrerem falhas geradas por desatenção, pressa para elaborar o
relatório, omissões motivadas por inúmeros fatores, etc. O inconformismo
de muitos com decisões proferidas pelos tribunais, muitas vezes deve ser
debitado ao próprio árbitro por relatos incorretos, ou demasiadamente
“poéticos e floridos”.

Seja um relator fiel e claro dos acontecimentos, deixe de lado a


subjetividade, seja CURTO, GROSSO e OBJETIVO para não permitir “portas
abertas” nos relatórios, possibilitando assim absolvição aos infratores.

Por derradeiro, os árbitros deverão observar o Art. 266, do CBJD:

“Deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou


equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a
punição aos infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar
fatos que não tenha presenciado. Pena: Suspensão de 120 a 720
dias.”

Senhores Árbitros,

“ A arbitragem exige concentração, controle emocional, pleno domínio


das Regras do Jogo, condicionamento físico, bom posicionamento em
campo, firmeza nas decisões e, acima de tudo, imparcialidade e
entusiasmo.”

Livro de Regras do Jogo 2008/2009

CA/CBF

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros III


IV Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros
Prefácio

O "Manual de Redação de Súmula e Relatórios" foi lançado pela


Confederação Brasileira de Futebol – CBF, por meio de sua Comissão de
Arbitragem – CA, em 2007, em cumprimento ao "Plano de Modernização do
Futebol Brasileiro" determinado pelo presidente da CBF, RICARDO TEIXEIRA.

Nos últimos dois anos, no entanto, a CA-CBF promoveu, com o apoio e


sugestões de diversos árbitros e entidades afins ao tema, alterações na
súmula, com vistas a facilitar sua compreensão, minimizando a possibilidade
de erros no momento de seu preenchimento. As principais alterações para
este ano que se inicia, em relação a 2008, foram as seguintes:

1. inclusão do nome do delegado ou do quinto árbitro da partida na


equipe de arbitragem (campo 6);
2. inclusão de uma linha, na relação de jogadores, destinada à repetição
do número e do nome do capitão de cada equipe (campo 8);
3. incorporação do antigo "Relatório de Incidentes" ao campo de
"Expulsões", que agora passa a ser denominado de "Expulsões e/ou
Incidentes" (campo 14);
4. inclusão de espaço destinado ao resultado final da partida, além dos
nomes das equipes, no cabeçalho de cada página da súmula;
5. exclusão do resultado final da partida do relatório de "Comunicação
de Penalidades".

Em razão das alterações promovidas na súmula nos últimos anos, esta


Comissão decidiu, então, atualizar este Manual. Os leitores perceberão que as
alterações feitas nesta segunda edição dizem respeito mais à forma do que ao
conteúdo. As diretrizes do Manual anterior continuam, em sua grande
maioria, válidas e foram devidamente aproveitadas nesta publicação.
Entretanto, a estrutura do Manual teve de ser alterada.

Na primeira seção, são transmitidas informações gerais sobre súmula, como


definição, orientações de preenchimento, prazo de entrega e de publicação.
Na seção seguinte, fazemos a análise detalhada dos dezesseis campos que
compõem a súmula e o relatório da partida. Em seguida, analisamos os

1
Para simplificar a leitura, toda referência feita a "árbitro" atinge também árbitros assistentes e
quarto árbitro, dos gêneros masculino e feminino.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros V


anexos à súmula (Comunicação de Penalidades; Relação de Jogadores; e
Relatório Anexo). Nas duas seções seguintes, reproduzimos artigos do
Regulamento Geral das Competições da CBF em 2009 – RGC e do Código
Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD, que guardam alguma relação com o
trabalho da arbitragem. Por fim, a última seção traz novos modelos de relato
de advertências e expulsões, que foram revisados para auxiliar a equipe de
arbitragem no preenchimento da súmula.

Importante ratificar que os objetivos deste Manual são:

1. Orientar os árbitros a respeito de súmulas e relatórios, chamando a


atenção para a importância de seu correto preenchimento, e
2. Padronizar esse preenchimento, de modo a minimizar a ocorrência
de erros e facilitar o entendimento por parte dos agentes envolvidos
no futebol, em especial, dos tribunais desportivos.

A CA-CBF pôde observar que ainda há árbitros que carecem de atenção, no


momento de relatar os fatos e incidentes da partida.

Esperamos que haja bom proveito desta publicação, pois uma boa
arbitragem exige, além de concentração, controle emocional, pleno domínio
das regras, condicionamento físico, bom posicionamento, firmeza,
imparcialidade, entusiasmo, inteligência e, para coroar o trabalho, uma boa
redação de súmula.

Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol


Maio/2009

VI Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


Índice

I – Súmula da Partida ............................................................................03

II – Súmula e Relatório da Partida........................................................09

III – Anexos à Súmula ............................................................................25

IV – Regulamento Geral das Competições CBF – RGC/2009 ..............30

V – Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD................................44

VI – Estatuto de Defesa do Torcedor – EDT ........................................47

VII – Tipificação de Advertências e Expulsões ....................................49

VIII – Súmula e Relatório de Partida ....................................................61

IX – Comunicação de Penalidades ........................................................64

X – Cartões de Substituição ..................................................................65

XI – Colaboradores ................................................................................66

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 1


2 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros
I – Súmula da Partida

I.1 – Definição

A súmula é o documento oficial em que o árbitro, com a ajuda dos demais


integrantes de sua equipe, relata os fatos e incidentes ocorridos em uma
partida. Com base nesse relato na súmula, que goza de presunção relativa de
veracidade2, os tribunais desportivos julgam eventuais infratores, a entidade
organizadora aprova a partida e mantém o controle administrativo e
estatístico da competição, e o torcedor pode verificar o que de fato ocorreu
no campo de jogo. Por isso, as informações relatadas em súmula devem ser
fidedignas, reproduzindo o que efetivamente ocorreu na partida.

A partir de 2008, a súmula e os relatórios do árbitro foram condensados


em um único documento que se convencionou chamar de "Súmula e
Relatório da Partida". A diferença fundamental é que, na súmula, o árbitro
simplesmente transcreve informações que lhe são fornecidas antes da partida,
à exceção obviamente do "Resultado Final"; enquanto, no relatório, o árbitro
descreve os fatos e incidentes ocorridos antes, durante e depois da partida.

Atenção!
Todas as páginas da súmula devem ser assinadas ou rubricadas pelo árbitro
da partida, após conferência. A última página será assinada também pelos
demais membros da equipe de arbitragem.

I.2 – Orientações de preenchimento

* Antes do preenchimento *

"Frequentemente, na redação das súmulas e relatórios, verificam-se erros


primários, além de omissões e equívocos praticados, na maioria dos casos, por
falta de atenção dos árbitros. No entanto, o árbitro que quiser bem cumprir a
tarefa pertinente à redação da súmula deverá agir com prudência, equilíbrio,

2 A presunção relativa de veracidade deve-se à competência que é conferida à Justiça Desportiva


de julgar as infrações disciplinares em defesa da moralidade do desporto, com base em provas
fotográficas, fonográficas e cinematográficas, de vídeo-tape e as imagens fixadas por meios
eletrônicos. Recomendamos a leitura do artigo do Dr. Paulo Marcos Schmitt; "A polêmica da
utilização de imagens na Justiça Desportiva", disponível em
http://justicadesportiva.uol.com.br/artigo.asp?id=5838, e do artigo do Dr. Eric Azeredo ; "O Art.
253 do CBJD e a importância da prova de vídeo", disponível em
http://justicadesportiva.uol.com.br/artigo.asp?id=2593.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 3


I – Súmula da Partida

justiça e sem precipitação. Antes do início da elaboração da súmula e do


relatório, a equipe de arbitragem deve se reunir para conferir as informações
de modo a evitar equívocos materiais e contradições". (Circular CA Nº
002/2003)

Essa consulta aos árbitros assistentes e ao quarto árbitro é fundamental,


mas não dispensa o árbitro de cumprir com sua obrigação de relatar de próprio
punho os fatos e incidentes ocorridos antes, durante e depois da partida.

Às vezes, o árbitro compromete uma boa atuação dentro de campo com


uma confecção desatenta ou apressada da súmula. Esse árbitro demonstra
despreparo e terá certamente sua atuação manchada, o que pode levá-lo a
julgamento e, inclusive, à suspensão pelo tribunal de justiça desportiva.

Para evitar esse tipo de constrangimento, anote todos os fatos da partida


(gols, cartões e motivo, substituições etc.) e peça para que seus assistentes e
quarto árbitro façam o mesmo. Não confie na memória, pois ela pode trai-lo.
No intervalo do jogo, confira com os assistentes os fatos ocorridos e anotados
na primeira etapa.

Antes de confeccionar a súmula após o jogo, confira todas as anotações


novamente com sua equipe. Não se apresse. Não deixe de ouvir a opinião de
seus assistentes e do quarto árbitro. Tenha muita atenção, cuidado e
tranquilidade ao transcrever essas anotações para a súmula. A presença de
pessoas estranhas (outros árbitros, dirigentes, amigos etc.) no vestiário é
proibida e, se ocorrer, deverá ser relatada.

Mantenha-se sempre atualizado com as regras do jogo, circulares,


legislações desportivas e regulamentos das competições. No regulamento da
competição, constarão informações que o auxiliarão na condução da partida e
no preenchimento da súmula, tais como: denominação da competição,
quantidade de substituições, numeração dos jogadores, equipes participantes,
forma de disputa, dirigentes permitidos na área técnica etc. Além disso,
durante a partida, há situações, como queda de luz, mal súbito de jogador e
outros incidentes incomuns, em que o conhecimento do regulamento será
exigido da equipe de arbitragem.

Observação: a equipe de arbitragem deve ter consigo, além do livro de


Regras do Jogo atualizado, uma edição dos Regulamentos (Geral e da
competição que estiver atuando) e deste manual.

4 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


I – Súmula da Partida

• De acordo com o Estatuto de Defesa do Torcedor – EDT (Lei Nº 10.671/2003):

"Art. 11 ...
...

§2º A súmula e os relatórios da partida serão elaborados em três vias, de


igual teor e forma, devidamente assinados pelo árbitro, árbitros
assistentes e pelo delegado da entidade responsável pela organização
da competição."

Importante notar que "os formulários da partida já são carbonados. Assim,


antes do preenchimento, os respectivos blocos da súmula devem ser
separados, de modo a evitar que as informações de um formulário apareçam
indevidamente em outro." (Circular CA Nº 041/2008)

Além disso, verifique se as três vias do mesmo bloco estão alinhadas, de


modo a facilitar a leitura daqueles que receberão cópias do original e para
evitar sobreposição de textos. O zelo pela conservação, limpeza e clareza da
súmula depende muito do trabalho do quarto árbitro também, que manuseia
a súmula antes, durante e depois do jogo.

* Durante o preenchimento *

"O árbitro deve narrar, sucinta e objetivamente, os fatos, acidentes e


incidentes ocorridos antes, durante e depois da partida". (Circular CA Nº
002/2003)

"Na descrição dos fatos e ocorrências, o árbitro deve fazê-lo


objetivamente, sem entrar no mérito da questão e tudo do próprio punho e
não deixar essa obrigação aos cuidados de qualquer outra pessoa, inclusive de
seus assistentes e do quarto árbitro." (Circular CA Nº 006/2004)

"O árbitro deve atentar para a confecção de relatórios, conferindo e


registrando todas as ocorrências com absoluta fidelidade, o que, portanto,
não pode ser feito apressadamente, mas com muita calma e sempre com
assessoria dos demais integrantes do quarteto". "O equívoco na confecção dos
relatórios poderá ensejar um trabalho de reorientação para toda equipe de
arbitragem". (Circular CA Nº 051/2008)
Portanto, relate os fatos da partida na súmula de maneira precisa e

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 5


I – Súmula da Partida

fidedigna; se possível, com letra de forma, sem erros gramaticais nem rasuras
ou redundâncias.

O preenchimento da súmula leva tempo e não deve ser reduzido ou


apressado em função de compromissos assumidos fora da arbitragem. O
árbitro não pode, sob nenhuma hipótese, ser desleixado, preguiçoso,
apressado ou desorganizado no momento de preencher a súmula, sob pena
de, não apenas estar sujeito ao trabalho de reorientação mencionado acima,
mas principalmente de ser punido, conforme dispõe o Código Brasileiro de
Justiça Desportiva – CBJD:

"Art. 266 - Deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova


ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição de
infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha
presenciado.
PENA: Suspensão de 60 (sessenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias."

O árbitro deve evitar que haja campos em branco, invalidando esses


espaços com um traço simples. O árbitro deve, também, relatar cada fato em
seu campo correspondente, indicando de forma clara, caso utilize vários
campos para relatar um mesmo fato.

Ao relatar os fatos de uma partida, seja breve, mas nunca omisso; seja
simples, mas nunca simplório; enfim, seja árbitro, mas nunca juiz. Lembre-se
que arbitrar é a arte de pensar.

* Depois do preenchimento *

Depois de tudo pronto, toda equipe de arbitragem verifica novamente a


súmula antes de assiná-la.

Então, separe as vias, junte a elas os anexos à súmula (ver Seção III) e dê a
destinação prevista no EDT:

"Art. 11 ...
...

§3º A primeira via será acondicionada em envelope lacrado e ficará na


posse do representante da entidade responsável pela organização da

6 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


I – Súmula da Partida

competição, que a encaminhará ao setor competente da respectiva


entidade até as treze horas do primeiro dia útil subsequente.

§4º O lacre de que trata o §3º será assinado pelo árbitro e seus auxiliares.

§5º A segunda via ficará na posse do árbitro da partida, servindo-lhe como


recibo.

§6º A terceira via ficará na posse do representante da entidade


responsável pela organização da competição, que a encaminhará ao
Ouvidor da Competição até as treze horas do primeiro dia útil
subsequente, para imediata divulgação."

I.2.1 – Erro ou esquecimento no preenchimento da súmula

Quando houver a necessidade de alterar aquilo que já foi relatado por


erro ou esquecimento, apesar de todas as orientações contidas acima, evite
usar corretor de texto (liquid paper) ou rasurar a súmula. Nos casos de erro,
utilize o termo "digo" ou "(sem efeito)" e prossiga com seu relato
normalmente. Para os casos de esquecimento, se a súmula permitir, utilize o
termo "em tempo" e relate aquilo que foi esquecido.

Caso não seja possível fazer essas correções por faltar espaço, prejudicar a
clareza da redação ou já ter sido "fechada" a súmula, o árbitro deve utilizar o
"Relatório Anexo", informando tal fato no campo correspondente da súmula.

I.2.2 – Súmula invalidada

No caso em que a súmula ou um de seus anexos seja invalidado (ou seja,


rasgado, molhado, perdido, furtado etc.) e, fortuitamente, nenhum membro
da equipe de arbitragem possua um documento reserva, o árbitro deve
encontrar uma solução. Pode relatar os fatos da partida até mesmo em um
papel branco, seguindo os moldes de uma súmula e justificando o motivo da
não utilização da súmula original.

É sempre recomendável que o árbitro tenha em sua posse um conjunto


reserva de súmula. Reitera-se aos integrantes da arbitragem levar também o
livro de regras do jogo, o regulamento geral da competição, o CBJD e outros
manuais e materiais que julgar relevantes para auxiliá-lo no preenchimento
da súmula.
Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 7
I – Súmula da Partida

I.3 – Prazo para entrega da súmula

Sobre a entrega da súmula pelo árbitro, o Estatuto do Torcedor estabelece


que:

"Art. 11 - É direito do torcedor que o árbitro e seus auxiliares entreguem,


em até quatro horas contadas do término da partida, a súmula e os relatórios
da partida ao representante da entidade responsável pela organização da
competição.

§1º Em casos excepcionais, de grave tumulto ou necessidade de laudo


médico, os relatórios da partida poderão ser complementados em até
vinte e quatro horas após o seu término."

Além disso, o RGC também prevê que:

"Art. 66 - ...
...

§ 4° O delegado do jogo deverá utilizar-se de uma das vias da súmula para


remessa imediata à Diretoria de Competições da CBF – DCO, inclusive
anexos, através de fax, logo após a sua entrega pelo árbitro da
partida, utilizando aparelhagem instalada no próprio estádio e não
havendo tal instalação no estádio, na manhã seguinte ao jogo.

§ 5° Não serão considerados o envio ou a entrega de relatórios extras após


as súmulas terem sido encaminhadas à CBF, salvo se disserem respeito
a fatos ocorridos após a saída do árbitro de seu vestiário ou se
solicitado pela CA, pela DCO, ou pelo STJD."

I.4 – Publicação da súmula

Determina o EDT que:

"Art. 12 - A entidade responsável pela organização da competição dará


publicidade à súmula e aos relatórios da partida no sítio de que trata o
parágrafo único do art. 5° até as quatorze horas do primeiro dia útil
subsequente ao da realização da partida."

8 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

Nesta seção, passaremos a analisar detalhadamente cada um dos 16


campos que compõem uma súmula.

II.1 – Súmula da Partida (Campos 1 a 9)

A primeira parte (ou o primeiro "bloco") da súmula, que podemos chamar


de "Súmula da Partida", é destinada as informações pré-jogo (nomes das
equipes; competição; local, data e horário; estádio; equipe de arbitragem e
delegado local; nome dos jogadores e dos membros da área técnica). A única
exceção a essa regra diz respeito ao campo 5, destinado ao "Resultado Final"
da partida, que obviamente será informado após o jogo.

II.1.1 – Análise detalhada dos campos

Campo 1 – Nomes das equipes


Campo 2 – Competição
Campo 3 – Local, data e horário da partida
Campo 4 – Estádio

As informações solicitadas nesses campos constam da escala que é


divulgada pela CBF, bem como do regulamento da competição, conforme
salientamos anteriormente. Esses campos podem ser preenchidos
(preferencialmente datilografados) pelo quarto árbitro, responsável pela
entrega da súmula ao árbitro da partida.

Campo 5 – Resultado final da partida

Atenção!
Não se esqueça de preencher esse campo ao final da partida,
preferencialmente, numericamente e por extenso. Por exemplo: 3 (três) x 2
(dois). Informe, também, o nome da equipe a cujo resultado final foi

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 9


II – Súmula e Relatório da Partida

favorável. Caso a partida termine empatada, escreva "Empate" ao lado de


"Em favor de".

Novo!
A partir deste ano, há um espaço para "Obs.:" nesse campo, para que o
árbitro possa inserir informações sobre uma eventual disputa de tiros do
ponto penal. Lembre-se que essa disputa não faz parte da partida e, portanto,
não altera o resultado final. Esse campo de "Obs.:" também pode ser usado
quando o árbitro, por motivos previstos nas regras do jogo ou no
regulamento da competição, suspende uma partida.

Campo 6 – Arbitragem

A exemplo dos campos 1 a 4, as informações solicitadas nesse campo


constam da escala que é divulgada pela CBF e devem ser preenchidas
(preferencialmente datilografadas) pelo quarto árbitro.

Vale lembrar que a "Categoria" do árbitro é aquela divulgada pela CBF,


quais sejam: FIFA; ESPECIAL; ASP-FIFA; CBF-1; CBF-2.

Novo!
A partir deste ano, o nome do delegado da partida é informado logo após
os nomes dos membros da equipe de arbitragem, nesse campo.

10 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

Campo 7 – Nome e número dos jogadores titulares


Campo 8 – Nome e número dos jogadores substitutos
Campo 9 – Nome e número de identificação dos componentes da área
técnica

Esses campos serão preenchidos pelo árbitro com base na relação de


jogadores e demais funcionários que é entregue pelas equipes, devidamente
assinada por seu respectivo capitão (ver Seção III.2).

"A arbitragem, em momento adequado, irá transcrever os nomes dos


jogadores para o local apropriado da súmula (no local onde os mesmos
assinavam), inclusive os jogadores substitutos e substituídos, mesmo ao
entrarem em jogo". (Circular CA Nº 001/2006)

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 11


II – Súmula e Relatório da Partida

Quanto à numeração das camisas, "os jogadores serão identificados


através de numeração de 1 a 18, sendo destinados os números de 1 a 11 para
os que iniciarem a partida e os números de 12 a 18 para os substitutos, salvo
situações excepcionais aprovadas pela CBF, mediante solicitação do clube
interessado". (Art. 85, do RGC)

A assinatura dos capitães das equipes não é mais exigida na súmula, mas
apenas na "Comunicação de Penalidades" (ver Seção III.1).

Embora também não haja mais necessidade de colher a assinatura de


dirigentes e funcionários das equipes na súmula, o quarto árbitro deve seguir
o mesmo procedimento adotado para os jogadores e exigir os registros
profissionais ou os documentos de identificação dessas pessoas que irão, de
acordo com o regulamento da competição, permanecer na área técnica.

II.2 – Relatório da Partida (Campos 10 a 16)

A segunda parte da súmula, composta de dois "blocos", pode ser chamada


de "Relatório da Partida" e destina-se ao relato do árbitro sobre os horários
da partida (entrada e retorno das equipes; início e término do 1º tempo e do
2º tempo; acréscimos e motivos que os determinaram); os gols; as
substituições; as advertências; as expulsões e/ou incidentes; as condutas dos
membros das equipes; as condições do estádio; as despesas com arbitragem e
as assinaturas da equipe de arbitragem.

Novo!
Não se esqueça de informar, no cabeçalho de cada página da "súmula", as
equipes envolvidas no jogo, bem como o resultado final da partida. Isso será
muito útil no caso de uma parte da súmula se desprender das demais.

II.2.1 – Análise detalhada dos campos

Campo 10 – Horários

Nesse campo, o árbitro deverá relatar, com exatidão, os horários de


entrada das equipes para o 1º e 2º tempo; de início e de término do 1º e do
2º tempo; e os acréscimos do 1º e do 2º tempo. Em seguida, há espaço para
relatar os "motivos que determinaram eventuais atrasos no início, reinício
e/ou acréscimos".

12 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

Atenção!
Ao efetuar os cálculos de cronometragem, confira novamente os horários
com a equipe de arbitragem antes de preencher os respectivos campos no
relatório.

Lembre-se de que o horário de início do 1º tempo será influenciado por


eventuais atrasos e o horário de reinício do 2º tempo dependerá do horário
de início do jogo e dos acréscimos do 1º tempo. O horário de reinício da
partida, então, será igual ao horário do início da partida, mais 1 hora (45
minutos do 1º tempo mais 15 minutos do intervalo), mais os minutos de
acréscimo e mais eventuais atrasos de reinício, que serão devidamente
motivados. Convém sempre ao árbitro conferir esses horários para evitar
incompatibilidade de informações entre os horários informados e o relato dos
motivos que determinaram atrasos ou acréscimos.

Se não houve atraso nem acréscimos, escreva que "Nada houve" no espaço
destinado a "motivos que determinaram eventuais atrasos no início, reinício
e/ou acréscimos". Por outro lado, em caso de atraso e de acréscimo, o árbitro
deve "relatar com clareza e exatidão os motivos, se existirem, que
determinaram o atraso no início ou reinício da partida e, principalmente, os
acréscimos e os motivos que o determinaram". (Circular CA Nº 002/2003)

"Para efeito de possíveis penalidades por atraso de jogo, a serem aplicadas


pelo STJD, caberá ao árbitro da partida, em seu relatório, identificar os clubes

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 13


II – Súmula e Relatório da Partida

responsáveis pelo atraso no início e/ou reinicio das partidas, bem como
informar o tempo e as causas correspondentes a tais atrasos". (Art. 56, do
RGC)

Esse atraso das equipes deverá constar também do relatório de


"Comunicação de Penalidades", anexo à súmula (ver Seção III.1).

Importante lembrar que, após alteração no Art. 215 do CBJD, "as equipes
só serão consideradas atrasadas para o início ou reinício da partida, se sua
entrada em campo ocorrer após o horário previsto para início da partida,
constante da tabela oficial e não mais após os minutos que tinham de entrar
em campo com a antecedência recomendada". (Memorando CA Nº 20/2006)

Sabemos que os atrasos podem ser motivados por uma infinidade de


fatores. No entanto, cabe ao árbitro, com o apoio do delegado da partida,
prevenir para que os atrasos no início ou reinício da partida não sejam
provocados por eventual omissão, ausência de providências ou até mesmo
excesso da sua parte.

Para tanto, é recomendável que o árbitro verifique as condições e


instalações do estádio horas antes do início do jogo; informe-se sobre as cores
dos uniformes das equipes, inclusive dos goleiros; solicite ao delegado da
partida providências no sentido de retirar pessoas estranhas ao jogo antes do
início da partida; informe aos capitães os horários de início e, principalmente,
de reinício da partida. Enfim, tome as providências que julgar necessárias para
evitar atrasos no início e reinício da partida. Se ainda assim houver atraso,
relate as providências adotadas, ainda que as mesmas não tenham sido
suficientes para impedi-lo.

"Nas cidades onde é obrigatória a execução do Hino Nacional antes da


realização das partidas oficiais, as federações locais deverão providenciar no
sentido de que tal prática não implique no atraso das partidas. Na hipótese
de atraso na execução do hino, o delegado do jogo deverá informar no seu
relatório a causa desse atraso". (Art. 95, do RGC)

"Nas partidas em que se justificar o cumprimento do "minuto de silêncio",


as solicitações nesse sentido deverão ser necessárias e antecipadamente
encaminhadas à Diretoria de Competições da CBF – DCO ou ao Presidente da

14 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

Comissão de Arbitragem da CBF – CA para avaliação e aprovação". (Art. 101,


do RGC)

Temos percebido que muitos árbitros motivam os acréscimos ao final do 1º


ou do 2º tempo "em razão de atendimento médico a jogadores" ou "da
retirada de pessoas estranhas ao jogo". Nesse sentido, lembramos que tanto
as regras do jogo quanto as diretrizes FIFA sobre "jogadores lesionados"
proíbem tratar o jogador lesionado em campo, exceto o goleiro ou no caso de
lesões graves.

Essas normas determinam que "não é permitido atender o jogador no


campo de jogo" e que "o árbitro certificará que esse jogador seja
transportado com segurança e rapidez para fora do campo", permitindo "a
entrada no campo de jogo do médico, exclusivamente a fim de que possa
julgar a gravidade da lesão de algum jogador, e assim mesmo para
providenciar a retirada do jogador contundido". Desse modo, conclui-se que
os acréscimos, salvo as exceções mencionadas, não podem ser motivados para
atendimento a jogadores lesionados, mas sim para retirada de jogadores na
maca para atendimento fora do campo de jogo.

Sobre a retirada de pessoas estranhas ao jogo, "compete ao árbitro


escalado para a partida ou integrante da equipe de arbitragem por ele
designado providenciar para que, antes da hora marcada para o início da
partida, todas as pessoas não credenciadas sejam retiradas do campo de jogo
e das áreas adjacentes ao gramado, e que as pessoas credenciadas ocupem os
locais reservados para sua permanência". (Art. 19, "a", do RGC)

Adicionalmente, "compete ao delegado do jogo colaborar com o árbitro


no sentido de impedir a presença não autorizada de pessoas no campo de
jogo". (Art. 21, "a", do RGC)

Logo, o atraso que é motivado pela retirada de pessoas estranhas ao jogo


pode levar ao entendimento de que o árbitro não cumpriu com suas
obrigações regulamentares. Nesses casos, é conveniente relatar as atitudes
que foram tomadas, junto ao delegado da partida, para evitar que essas
pessoas estranhas permanecessem em campo.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 15


II – Súmula e Relatório da Partida

Campo 11 – Gols

Os gols serão relatados sempre em ordem cronológica dentro de cada


tempo.

No espaço reservado ao nome do jogador, não se esqueça de escrever pelo


menos o nome e um sobrenome, ainda que abreviado.

Em relação ao tempo, para gols marcados no 2º tempo, não há


necessidade de somar os 45 minutos do 1º tempo aos minutos do 2º tempo,
uma vez que já existe coluna própria para cada tempo.

No caso de gols marcados nos acréscimos, o árbitro deve preencher "45"


em "Min" e, ao lado, inserir "+ y", sendo que "y" é igual ao minuto do
acréscimo em que o gol foi marcado. Por exemplo: "45+2" ou "45+3" etc.

Se o gol for contra, esse gol não será anotado para a equipe do autor do
gol, pois, se assim o for, irá confrontar o escore informado pelo árbitro. O gol
contra será anotado para a equipe contrária ao do autor do gol; e ao lado de
seu nome será feita uma observação de que aquele gol foi "contra".

Campo 12 – Substituições

Nesse campo, o árbitro simplesmente transcreve, com base na relação de


jogadores fornecida pela equipe, o número e o nome do substituído e do
substituto, além do minuto e do tempo em que ocorreu a substituição.

16 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

O registro das substituições deve respeitar a ordem cronológica, não


havendo necessidade de somar os 45 minutos do 1º tempo aos minutos do 2º
tempo em que ocorreu a substituição. A coluna "Min" para informar os
minutos e a coluna "T-tempo" será usada para colocar 1º ou 2º. As
substituições realizadas no intervalo da partida podem ser registradas ao 1º
minuto do 2º tempo.

As substituições prévias ao início da partida, devido à expulsão por


infração à Regra 12, bem como à lesão durante o trabalho de aquecimento,
podem ser relatadas no campo 14 da súmula, relativo a "Expulsões e/ou
Incidentes", que veremos com mais detalhes a seguir.

No caso de substituições nos acréscimos, o árbitro deve preencher "45"


em "Min" e, ao lado, inserir "+ y", tal que "y" é igual ao minuto do acréscimo
em que foi feita a substituição. Por exemplo: "45+2" ou "45+3" etc.

Campo 13 – Advertências

Nesse campo, o árbitro informará o nome da equipe; o número e o nome


do jogador advertido; o minuto e o tempo (1º ou 2º) da advertência; e o
motivo da advertência. Essas informações devem estar em ordem cronológica
por equipe.

Obs.: para cada advertência use o número de linhas necessárias (motivo de


advertência) para relatar.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 17


II – Súmula e Relatório da Partida

Em relação ao tempo da advertência, também não há necessidade de


somar os 45 minutos do 1º tempo ao 2º tempo, uma vez que existe a coluna
"T" para colocar 1º ou 2º tempo e a coluna "Min" para informar os minutos
em que ocorreu a advertência ou expulsão.

No caso de advertências no intervalo ou após o término da partida, não


há que se falar em "Min" ou "T-tempo", senão em "IN-intervalo" ou "TP-
término da partida".

No caso de advertências aplicadas nos acréscimos, o árbitro deve


preencher "45" em "Min" e, ao lado, inserir "+ y", tal que "y" é igual ao
minuto do acréscimo em que o jogador foi advertido. Por exemplo: "45+2" ou
"45+3" etc.

No momento de informar o "Min" e o "T-tempo" da advertência, preste


atenção para não informar um tempo em que o jogador advertido não se
encontrava no campo de jogo por ter sido substituído ou por ser um jogador
substituto.

Quanto ao motivo, seja breve e sucinto. Lembre-se de que as sete infrações


puníveis com uma advertência, de acordo com a Regra 12, são as seguintes:

1. for culpado de conduta antidesportiva


2. protestar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem
3. infringir persistentemente as Regras do Jogo
4. retardar o reinício do jogo
5. não respeitar a distância regulamentar em um tiro de canto, tiro livre
ou arremesso lateral
6. entrar ou retornar ao campo de jogo sem a permissão do árbitro
7. abandonar intencionalmente o campo de jogo sem a permissão do
árbitro

Portanto, utilize os motivos acima em seu relatório. Se, ainda assim, o


espaço disponível for, por qualquer razão, insuficiente para relatar as
advertências, faça um "Relatório Anexo". Na Seção VII.1, fornecemos modelos
para relatos de advertências.

18 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

Lembramos que as advertências para jogadores substituídos e substitutos


podem ocorrer apenas no caso de conduta antidesportiva, retardar o reinício
de jogo ou por protestar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem. É
importante que, nesses casos, o árbitro informe tal fato em seu relatório.

O jogador que recebe duas advertências na mesma partida terá apenas a


primeira delas relatada nesse campo de "Advertências". A segunda, que
gerou a expulsão, será relatada no campo 14 da súmula, relativo a "Expulsões
e/ou Incidentes".

Campo 14 – Expulsões e/ou Incidentes

Esse campo é, certamente, aquele que exige maior atenção por parte da
equipe de arbitragem. Aqui, serão relatadas as expulsões de jogadores,
dirigentes e funcionários de uma equipe, além de incidentes ocorridos antes,
durante, no intervalo ou depois da partida. O campo também pode ser usado
para complementar informações de outros campos da súmula.

Preste muita atenção com os termos utilizados para relatar expulsões.


Relate exatamente o ocorrido. Não invente, subestime ou superestime os
incidentes. Seja fiel à realidade. Na Seção VII.2, fornecemos modelos para
relatos de expulsões de jogadores.

No caso de expulsão de integrantes da comissão técnica de uma equipe,


convém informar se o agente expulso foi advertido verbalmente antes.
Lembre-se de que apenas aqueles que são permitidos pelo regulamento da
competição a permanecer na área técnica têm seus nomes constantes da
súmula e podem, por isso, ser expulsos.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 19


II – Súmula e Relatório da Partida

"Compete ao árbitro escalado para a partida ou integrante da equipe de


arbitragem por ele designado, observar que no local designado ao banco de
reservas só poderão estar, além dos sete jogadores substitutos, mais quatro
pessoas credenciadas pelos clubes disputantes, a saber: o treinador, o
preparador físico, o médico e o massagista ou enfermeiro, sendo proibida a
presença de dirigentes no banco de reservas, ainda que ocupando uma das
funções previamente mencionadas quanto ao grupo dos não jogadores." (Art.
19, "b", do RGC)

Nas expulsões, os seguintes fatos deverão, necessariamente, constar do


relato do árbitro:

“ 1. Os minutos (no máximo 45´ no tempo normal ou citar o minuto de


acréscimo) e o tempo (1º ou 2º) em que ocorreu a expulsão, seguido
do verbo "expulsei";
2. O número do jogador punido;
3. O nome completo desse jogador (dirigente ou funcionário);
4. A equipe a que pertence esse jogador (dirigente ou funcionário); e
5. O motivo da expulsão (descrito nas Regras do Jogo – Regra 12),
detalhando a ação do infrator." (Circular CA Nº 002/2003)

Quanto ao motivo, lembre-se de que as sete infrações puníveis com uma


expulsão, de acordo com a Regra 12, são as seguintes:

1. jogo brusco grave


2. conduta violenta
3. cuspir em um adversário ou em qualquer outra pessoa
4. impedir um gol ou acabar com uma oportunidade clara de gol, com
uso intencional de mão na bola (isso não vale para o goleiro dentro
de sua própria área penal)
5. acabar com uma oportunidade clara de gol de um adversário, que se
movimenta em direção à meta adversária, mediante uma infração
punível com um tiro livre ou penal
6. empregar linguagem e/ou gesticular de maneira ofensiva, grosseira
ou abusiva
7. receber uma segunda advertência na mesma partida

20 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

No caso de expulsões por jogo brusco grave ou conduta violenta, é


recomendável relatar também:

“ 1. se a bola estava em jogo ou fora de jogo e em disputa ou fora de


disputa (apenas no caso de conduta violenta).
2. se o jogador atingido precisou de atendimento médico e se regressou
ao jogo ou teve de ser substituído.
3. se o jogador expulso insultou alguém ou resistiu em sair do campo,
precisando de intervenção externa." (Circular CA Nº 002/2003)

Se o árbitro não pôde ver o fato que motivou a expulsão, o membro da


equipe de arbitragem que presenciou o lance deve ser citado na súmula pelo
árbitro conforme modelo a seguir:

"Aos (tantos) minutos do (1º ou 2º) tempo (ou dos acréscimos ao 1º ou ao


2º tempo, se for o caso), expulsei, após informação do árbitro assistente (nº 1
ou nº 2 ou do quarto árbitro), (Ciclano), o jogador (ou jogador substituto ou
jogador substituído) nº (tal), (Fulano), da equipe (X), por (relatar o motivo da
expulsão)."

As expulsões por empregar linguagem e/ou gesticular de maneira ofensiva,


grosseira ou abusiva, devem ser relatadas "de forma clara as palavras ditas
pelo infrator, seja jogador ou qualquer outra pessoa, inclusive do banco de
reservas e, no caso de gestos, descrevê-los". (Circular CA Nº 002/2003)

No caso de expulsão por segunda advertência na mesma partida, ambas


deverão ser relatadas de forma independente. Em resumo, a primeira
advertência será relatada no campo 13 da súmula, relativo a "Advertências",
enquanto a segunda advertência constará nesse campo 14, relativo a
"Expulsões", com a ressalva se o jogador foi expulso diretamente ou em razão
do segundo cartão amarelo.

Saiba que, quando um jogador for advertido com um cartão amarelo e,


posteriormente, for expulso de campo com a exibição direta de cartão
vermelho, aquele cartão amarelo inicial permanecerá em vigor, para o
cômputo dos três cartões que importarão em impedimento automático e, se
for o terceiro da série, o jogador será penalizado com dois impedimentos
automáticos, sendo um pela sequência de três cartões amarelos e outro pelo
recebimento do cartão vermelho.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 21


II – Súmula e Relatório da Partida

Quando um jogador recebe um cartão amarelo e, posteriormente, recebe


o segundo cartão amarelo, com a exibição consequente do cartão vermelho,
tais cartões amarelos não serão considerados para o cômputo dos três que
geram o impedimento automático.

Há varias formas de se relatar as expulsões: por ordem cronológica; por


equipe; por motivo; e por equipe e motivo. A forma escolhida irá variar
conforme a preferência de cada árbitro e a disponibilidade de espaço.

Campo 15 – Condutas, Serviços e Outros

Nesse campo, o árbitro classificará, diante das evidências presenciadas na


partida, a conduta dos jogadores, da comissão técnica e do público das
equipes, além dos serviços de policiamento e médico. As condições do estádio
(gramado e vestiários da arbitragem) também serão objeto da análise do
árbitro. Toda vez que o árbitro classificar alguma conduta e/ou serviço como
"Ruim", ele deverá justificar tal classificação no campo 14 da súmula, relativo
a "Expulsões e/ou Incidentes".

A conduta dos jogadores não depende exclusivamente do número de


cartões na partida. O árbitro deve analisar as circunstâncias em que os cartões
foram aplicados, além de outros fatos ocorridos durante a partida. Ademais, a
conduta dos jogadores pode ser diferente entre as equipes.

22 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


II – Súmula e Relatório da Partida

Ao contrário do que muitos árbitros imaginam, a conduta dos dirigentes e


funcionários não se limita ao comportamento dos mesmos durante a partida.
Desde a recepção da equipe de arbitragem até a saída do estádio, a conduta
dessas pessoas deve ser avaliada. A conduta dos dirigentes, assim como a dos
jogadores, pode ser diferente entre as equipes.

A conduta do público depende, basicamente, de incidentes verificados.


Será "Ruim" sempre que houver interferência na partida. Nesse caso, o
árbitro deve identificar, quando possível, o causador dos distúrbios e a torcida
em que se encontrava.

Nas invasões do campo, relate o tempo de jogo, o número aproximado de


pessoas, suas intenções, consequências de suas ações e conclusão.

No caso de lançamento de objetos, relate o tempo de jogo, o tipo de


objeto, a origem (de que torcida veio, se for possível identificar), a
quantidade, consequências e conclusão. Não se esqueça de indicar, também,
se houve necessidade de paralisação do jogo ou de intervenção da polícia,
delegado da partida etc. Se possível, anexar o Boletim de Ocorrência Policial.

A chegada ao estádio com bastante antecedência da equipe de arbitragem


é muito importante para percepção das condições do estádio e para adoção
de eventuais medidas corretivas.

Os árbitros devem informar, no campo 14 da súmula, relativo a "Expulsões


e/ou Incidentes" ou no espaço destinado a "Obs.:", "quando o jogo for
realizado com portões fechados, em cumprimento a decisão do STJD, a
constatação da existência de público nas arquibancadas e setores equivalente
nos estádios (com percepção a partir do gramado) com estimativa do número
de público, se for o caso, de tal forma que essa informação possa ser
encaminhada ao STJD." (Circular CA Nº 004/2005)

Lembre-se de que o policiamento deve estar obrigatoriamente fardado e


em número suficiente para garantir a segurança do público. Jamais inicie uma
partida sem policiamento. Não assuma a responsabilidade de garantir, além
da sua segurança, também a do público presente e a dos jogadores.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 23


II – Súmula e Relatório da Partida

Por fim, o árbitro informará se as despesas com arbitragem (taxa, diárias e


passagem, quando for o caso) foram pagas. Para pagamentos em cheque, o
árbitro deverá especificar no campo 14 da súmula, relativo a "Expulsões e/ou
Incidentes", fornecendo os dados sobre o cheque (nome do banco; número
do cheque, da agência e da conta; proprietário do cheque; e valor). No caso
de falta de pagamento, a conduta dos dirigentes da equipe mandante será
classificada como "Ruim" e tal fato também será relatado no campo 14 da
súmula, relativo a "Expulsões e/ou Incidentes" ou no espaço destinado a
"Obs.:".

Campo 16 – Assinaturas (equipe de arbitragem)

O último campo da súmula prevê as assinaturas da equipe de arbitragem,


além do local e da data de realização da partida.

24 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


III – Anexos à Súmula

Os anexos são documentos que servem para complementar as informações


contidas na súmula e que não puderam, por qualquer motivo, ser relatadas
no campo 14 da súmula, relativo a "Expulsões e/ou Incidentes". São eles:

III.1 – Comunicação de Penalidades

É o documento entregue às equipes ao final da partida, em que constam,


além de dados gerais sobre a partida (nome das equipes; competição; local,
data e horário; estádio), o número da camisa e o nome dos jogadores
advertidos e expulsos, além de eventuais atrasos das equipes para entrar em
campo no 1º e/ou no 2º tempo.

Novo!
A partir de 2009, não será mais exigido o preenchimento do resultado final
da partida nesse relatório de "Comunicação de Penalidades".

Novo!
No campo destinado a jogadores expulsos, o árbitro deve informar se a
expulsão motivada pelo cartão vermelho foi direta (VD) ou em razão da
segunda advertência (SA).

Após os campos de jogadores advertidos e expulsos, o árbitro deve


informar se houve atraso por parte das equipes, em consonância ao que foi
relatado no campo 10 da súmula, relativo a "Horários".

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 25


III – Anexos à Súmula

Por último e após conferir as informações contidas na "Comunicação de


Penalidades", o árbitro assina o documento e entrega ao quarto árbitro para
que ele colha as assinaturas dos capitães, caso ele ainda não o tenha feito
antes da partida.

"O árbitro ou quem por ele for designado entregará, após o término da
partida, ao capitão de cada equipe, colhendo a sua assinatura, a relação dos
jogadores que tenham cometido falta disciplinar." (Art. 66, § 6º, do RGC)

Pode ocorrer eventualmente que, após a partida, o capitão da equipe se


recuse ou não esteja mais presente ao estádio para assiná-la. Nesse caso, o
árbitro deve relatar o incidente no campo 14 da súmula, relativo a "Expulsões
e/ou Incidentes".

Após a assinatura dos capitães, as cinco vias da Comunicação de Penalidades


serão destinadas às entidades descritas no rodapé do documento. As vias das
equipes serão entregues juntamente com os documentos de identificação de
seus jogadores.

III.2 – Relação dos Jogadores

Nesse documento, constam, além do cabeçalho com dados gerais sobre a


partida, o número da camisa, o nome e o respectivo documento de identificação
dos jogadores, titulares e substitutos, e dos dirigentes/funcionários das equipes.

A relação deve estar acompanhada dos documentos de identificação dos


jogadores, titulares e substitutos, e dos funcionários permitidos na área
técnica. O quarto árbitro deve conferir referidas relações com os documentos
de identificação e com a fisionomia dos jogadores, dirigentes e funcionários.
As relações devem estar assinadas pelos capitães das respectivas equipes.

26 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


III – Anexos à Súmula

Os procedimentos a serem adotados deverão ser os seguintes:

" a) Cada clube, 45 minutos antes da hora marcada para o início da


partida, deverá entregar a relação dos seus jogadores à equipe de
arbitragem;
b) O quarto árbitro, ao se dirigir aos vestiários dos clubes, deverá fazer a
identificação de cada jogador, tendo o mesmo que apresentar a
carteira expedida pela respectiva Federação ou documento de
identidade expedido por órgão público oficial do País. Esta
identificação é idêntica à que se realizava para a assinatura das
súmulas, ou seja, o jogador deverá estar uniformizado, e o quarto
árbitro irá conferir seu nome, número da camisa e número do
documento constantes da relação que o clube entregou à arbitragem;
c) A arbitragem, em momento adequado, irá transcrever os nomes dos
jogadores para o local apropriado da súmula (no local onde os
mesmos assinavam), inclusive os jogadores substitutos e substituídos,
mesmo ao entrarem em jogo;
d) Estas providências deverão ser adotadas primeiramente pelos
jogadores do clube que detenha o mando de campo." (Circular CA
Nº 001/2006)

Sobre esse anexo de "Relação de Jogadores", o RGC dispõe que:

"Art. 64 - O árbitro só dará início à partida após certificar-se de que todos


os jogadores foram identificados.

§ 1º O árbitro deverá anexar à súmula as relações apresentadas pelos


clubes, necessariamente na forma digitalizada, datilografada ou em
letra de imprensa, nas quais estejam registradas as escalações das
equipes e correspondentes reservas.

§ 2º Nas relações entregues ao árbitro pelos clubes, deverão constar os


números dos documentos de identificação dos jogadores e os seus
números de inscrição na CBF.

Art. 65 - Cada clube deverá entregar ao quarto árbitro, nos vestiários, até
45 minutos antes da hora marcada para o início da partida, a relação dos
jogadores definidos para o jogo, inclusive a escalação dos titulares, através do

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 27


III – Anexos à Súmula

supervisor da equipe ou pessoa designada, necessariamente assinada pelo


capitão da equipe, o qual deverá identificar-se.

§ 1º O quarto árbitro, recebida a relação dos jogadores a encaminhará à


imprensa, na saída dos vestiários.

§ 2° Ainda no prazo de 45 minutos, o supervisor do clube ou pessoa


designada afixará a escalação da sua equipe na parede externa do
vestiário próximo à porta de entrada, no quadro de avisos, para o
conhecimento da imprensa, registrando o horário da publicação.

§ 3º A identificação dos jogadores será feita pela exibição da carteira de


jogador expedida pela respectiva federação ou por documento de
identidade expedido por órgão público oficial do país.

§ 4º As providências determinadas no caput deste artigo deverão ser


adotadas primeiramente pelos jogadores do cube que detenha o
mando de campo."

O quarto árbitro deverá informar ao árbitro, para fins de registro em súmu-


la, o horário exato do recebimento das referidas escalações de cada equipe.
Nas competições da CBF, a "Relação de Jogadores" é fornecida pelos clubes
de maneira impressa, em 3 vias, a exemplo da súmula. De qualquer modo, é
importante que os árbitros carreguem consigo algumas vias em branco dessa
relação, no caso de as equipes solicitarem.

III.3 – Relatório Anexo

Documento que serve para relatar todo o incidente que, por algum
motivo, não pôde ser relatado em seus respectivos campos da súmula e
tampouco no campo 14, relativo a "Expulsões e/ou Incidentes". Além do
relato do incidente, deve constar, no cabeçalho do "Relatório Anexo", a
identificação da partida (conforme cabeçalho da súmula da partida), além da
indicação do campo da súmula a que se refere o relato. O "Relatório Anexo",
que pode ser manuscrito ou digitado em uma folha de papel branca, deve
conter a assinatura do árbitro e a data de sua elaboração.

28 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


III – Anexos à Súmula

Novo!
Agora, o campo 14 da súmula, relativo a "Expulsões e/ou Incidentes",
destina-se ao relato de expulsões, de informações complementares se necessá-
rio e, também, de incidentes ocorridos antes, durante e depois da partida.

Nesse sentido, a elaboração de relatório anexo separado da súmula deverá


ser menos comum e, sempre que possível, substituída por esse campo 14 da
súmula. O "Relatório Anexo" será usado, então, nos casos em que o espaço
para o relato de advertências, expulsões e incidentes (campos 13 e 14 da
súmula) for insuficiente, ou na ocorrência de erro de preenchimento, esque-
cimento ou incidente, percebido somente após a entrega da súmula.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 29


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
Transcrevemos, a seguir, alguns artigos do RGC/2009 afins ao trabalho da
arbitragem:

Art. 19 - Compete ao árbitro escalado para a partida ou membro do grupo


de arbitragem por ele designado:

a) Providenciar para que, antes da hora marcada para o início da


partida, todas as pessoas não credenciadas sejam retiradas do campo
de jogo e das áreas adjacentes ao gramado, e que as pessoas
credenciadas ocupem os locais reservados para sua permanência;
b) Observar que no local designado ao banco de reservas só poderão
estar, além dos sete jogadores suplentes, mais quatro pessoas
credenciadas pelos clubes disputantes, a saber: o treinador, o
preparador físico, o médico e o massagista ou enfermeiro, sendo
proibida a presença de dirigentes no banco de reservas, ainda que
ocupando uma das funções previamente mencionadas quanto ao
grupo dos não jogadores;
c) Providenciar para que, aos 15 minutos de intervalo, os jogadores de
ambas as equipes se apresentem para o segundo tempo da partida.
d) Não iniciar as partidas se não forem rigorosamente cumpridas as
disposições contidas no presente regulamento.

Art. 20 - Durante as partidas, somente os jogadores e os árbitros poderão


permanecer dentro do campo de jogo, sendo proibida a entrada de
dirigentes, repórteres ou quaisquer outras pessoas.

Art. 21 - Compete ao delegado do jogo:

a) Colaborar com o árbitro no sentido de impedir a presença não


autorizada de pessoas no campo de jogo;
b) Verificar a quantidade de policiais escalados para a partida;
c) Verificar as condições dos vestiários das equipes, antes que sejam
utilizados;
d) Verificar as condições do placar e do sistema de som do estádio;
e) Verificar as condições de regularidade do gramado;
f) Verificar as condições dos refletores do sistema de iluminação do
estádio;
g) Confirmar a existência e as condições de acomodações para a
delegação visitante;

30 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
h) Verificar a ocorrência de situações de anormalidades quanto ao
comportamento do publico;
i) Encaminhar relatório à DCO, no prazo de 24 horas, registrando todas
as observações oriundas das verificações solicitadas no presente
artigo e as que julgar relevantes.

Art. 22 - Compete ao clube que tiver mando de campo:

a) Providenciar todas as medidas locais de ordem técnica e


administrativa necessárias e indispensáveis à logística e à segurança
das partidas, inclusive as previstas na Lei n° 10.671, em seus Artigo
7°, Artigo 13, Artigo 14 e seu Parágrafo 1°, Artigo 18, Artigo 20 e
seus Parágrafos 1° a 5°, Artigo 21, Artigo 22 e seus Parágrafos 1° a
3°, Artigo 24 e seus Parágrafos 1° e 2°, Artigo 25, Artigo 26, Artigo
27, Artigo 28, Artigo 29, Artigo 31, Artigo 33 e seu Parágrafo Único;
b) Providenciar com a devida antecedência, a marcação do campo de
jogo, o que deverá obedecer rigorosamente às disposições da Regra
1 da IFAB – International Football Association Board, bem como a
colocação das redes das metas;
c) Manter no local da partida, até o seu final, o material e os
equipamentos de primeiros socorros, abaixo relacionados:
1. Maleta de primeiros socorros;
2. Maca portátil de campanha;
3. Equipamento adequado a ser utilizado para remover jogadores
com suspeita de fratura da coluna;
4. Ambulâncias estacionadas em local adequado à sua finalidade
(com o tamanho suficiente para transportar uma pessoa deitada),
uma para cada 10.000 torcedores presentes à partida, sendo pelo
menos uma delas dotada das características de UTI móvel;
5. Equipamentos e medicamentos apropriados para atendimento de
jogadores perante a ocorrência de situações de mal súbito e para
procedimentos de reanimação cardio-pulmonar.
d) Disponibilizar um médico e dois enfermeiros – padrão, para cada dez
mil torcedores presentes à partida.
e) Manter no local das competições das Séries A e B, sete bolas novas
da marca determinada pelo regulamento da competição, fornecidas
pela CBF via federações locais, sendo uma atrás de cada meta, duas
em cada lateral do campo e uma em jogo; no caso das demais séries,

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 31


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
manter um mínimo de três bolas, sendo uma em cada lateral do
campo e uma em jogo;
f) Ficar de posse das bolas utilizadas na partida, após o seu encerramento;
g) Providenciar no sentido de que o piso do gramado e os vestiários
estejam em condições normais de uso;
h) Adotar as providências necessárias para prevenir e reprimir
desordens no ambiente da partida, inclusive quanto ao lançamento
de objetos no campo de jogo;
i) Zelar pela segurança de equipamento e meios de transporte das
equipes de arbitragem e de controle de doping.

Art. 39 - Nenhuma partida poderá ser disputada com menos de sete


jogadores, por quaisquer dos clubes disputantes.

§ 1º Na hipótese do não atendimento ao previsto no caput deste artigo, o


árbitro aguardará até 30 minutos após a hora marcada para o início
da partida, findo os quais o clube regularmente presente será
declarado vencedor pelo escore de 3 x 0 (três a zero).

§ 2º Se o fato previsto no parágrafo anterior ocorrer com ambos os clubes,


os dois serão declarados perdedores pelo escore de 3 x 0 (três a zero).

§ 3º Se uma partida teve início e uma das equipes ficar reduzida a menos
de sete jogadores, dando causa a essa situação, tal equipe perderá na
partida os pontos em disputa no caso de vitória.

§ 4º O resultado da partida será mantido, na aplicação do parágrafo


anterior, se no momento do seu encerramento a equipe adversária
estiver vencendo a partida, e em caso contrário o resultado
considerado será de 3 x 0 (três a zero) para a equipe adversária.

Art. 40 - Nos casos em que uma equipe se apresentar com menos de sete
jogadores ou ficar reduzida a menos de sete, dando causa à não realização da
partida ou à sua suspensão definitiva, o clube a que pertencer, perderá a
quota da renda que lhe caberia, além de sofrer uma multa de R$ 10.000,00,
aplicada pela CBF, sem prejuízo das sanções previstas no CBJD.
Parágrafo único - Os documentos da partida serão encaminhados ao STJD
para verificação da ocorrência de infração disciplinar.

32 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
Art. 41 - Sempre que uma equipe, atuando apenas com sete jogadores,
tiver um ou mais jogadores contundidos, poderá o árbitro conceder um prazo
de 10 minutos para a sua recuperação.

Parágrafo Único - Esgotado o prazo previsto neste artigo, sem que o


jogador tenha sido reincorporado a sua equipe, o árbitro dará a partida como
encerrada, procedendo-se na forma prevista no parágrafo 3º do Artigo 39.

Art. 42 - No caso de uma equipe não se apresentar em campo para uma


partida previamente programada, o seu adversário será declarado vencedor
pelo placar de 3 x 0.

Art. 43 - Qualquer partida, por motivo de força maior, poderá ser adiada
pelo delegado do jogo, e desde que este o faça até duas horas antes do seu
início, dando ciência da sua decisão aos representantes dos clubes interessados
e ao árbitro da partida, posteriormente encaminhando relatório sobre os seus
motivos à DCO, no prazo de 24 horas decorridos da realização da partida.

§ 1º Nos casos em que o motivo de força maior for o mau estado do


campo, somente o árbitro da partida poderá decidir pelo seu
adiamento, nos termos definidos pelo artigo 44 deste regulamento.

§ 2º Quando a partida for adiada pelo delegado do jogo, conforme o


estabelecido no caput deste artigo, ficará automaticamente marcada
para o dia seguinte, no mesmo horário e local, salvo outra
determinação da DCO.

§ 3º O delegado do jogo será o presidente da federação mandante ou um


seu representante, conforme designação sua, a ser comunicada à DCO
no prazo de até dois dias úteis antes da partida.

Art. 44 - O árbitro é a única autoridade para decidir, a partir de duas horas


antes do horário previsto para o início da partida, sobre o seu adiamento,
ressalvada a causa de mau estado do campo, a qual poderá ser objeto de
decisão anterior ao período de duas horas, bem como, no campo, a respeito
da interrupção ou suspensão definitiva de uma partida, fazendo chegar à
DCO, em 24 horas, um relatório minucioso dos fatos.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 33


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
§ 1º Uma partida só poderá ser adiada, interrompida ou suspensa quando
ocorrerem os seguintes motivos:

a) falta de garantia;
b) mau estado do campo, que torne a partida impraticável ou perigosa;
c) falta de iluminação adequada;
d) conflitos ou distúrbios graves, no campo ou no estádio.
e) procedimentos contrários à disciplina por parte dos componentes dos
clubes e/ou de suas torcidas.
f) motivo extraordinário, não provocado pelos clubes, e que represente
uma situação de comoção incompatível com a realização ou
continuidade da partida.

§ 2º Nos casos previstos no parágrafo primeiro deste artigo, a partida


interrompida poderá ser suspensa se não cessarem, após 30 minutos,
os motivos que deram causa à interrupção.

I - O prazo poderá ser acrescido de mais 30 minutos se o árbitro entender


que o motivo que deu origem à paralisação da partida poderá ser
sanado após os 30 minutos previstos.

II - O árbitro poderá, a seu critério, suspender a partida mesmo que o


chefe do policiamento ofereça garantias, nas situações previstas nos
itens (a), (d) e (e) do parágrafo 1° deste artigo.

§ 3º Quando a partida for suspensa por quaisquer dos motivos previstos no


parágrafo 1° deste artigo, assim se procederá, após julgamento do
processo correspondente, pelo STJD:

I - Se um clube houver dado causa à suspensão e era na ocasião desta


vencedor, será ele declarado perdedor, pelo escore de três a zero (3 x 0)
e se era perdedor, o adversário será declarado vencedor prevalecendo o
resultado constante do placar, no momento da suspensão;

II - Se a partida estiver empatada, o clube que houver dado causa à


suspensão será declarado perdedor, pelo escore de três a zero (3 x 0).

Art. 45 - As partidas não iniciadas e as que forem suspensas até os 30

34 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
minutos do segundo tempo, pelos motivos enunciados no parágrafo 1º do
artigo 44, serão complementadas no dia seguinte, caso tenham cessados os
motivos que a adiaram ou a suspenderam, desde que nenhum dos clubes
tenha dado causa ao adiamento ou à suspensão.

§ 1º Caso a partida não iniciada não possa ser jogada no dia seguinte, por
persistirem os motivos que justificaram o seu adiamento ou algum
outro motivo aceito pela DCO, caberá à DCO marcar nova data para
sua realização e dela poderão participar todos os jogadores que
tenham condições de jogo na nova data marcada para a realização da
partida.

§ 2º A DCO decidirá se a complementação da partida, quando for o caso,


será realizada com portões do estádio abertos ou fechados.

Art. 46 - As partidas que forem interrompidas, após os 30 minutos do


segundo tempo, pelos motivos relacionados no parágrafo 1º do artigo 44,
serão consideradas encerradas, prevalecendo o placar, desde que nenhum dos
clubes tenha dado causa ao encerramento.

Art. 47 - A impugnação da validade da partida ou de seu resultado será


processada perante a Justiça Desportiva, na forma das disposições do CBJD.

Art. 51 - A inobservância ou descumprimento deste regulamento, assim


como dos regulamentos de cada competição, sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:

a) advertência;
b) multa;
c) desligamento da competição.

Art. 52 - A aplicação das penalidades previstas nos itens (a) e (b) do artigo
51 será de competência da DCO.

Art. 53 - A pena estipulada no item (b) do artigo 51 deste regulamento


será aplicada pela CBF independentemente das sanções disciplinares
cominadas pelo CBJD.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 35


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
Art. 54 - O jogador que for expulso de campo ou do banco de reservas
ficará automaticamente impedido de participar da partida subsequente,
independentemente de decisão da Justiça Desportiva, no julgamento da
infração disciplinar.

Parágrafo Único - Se o julgamento ocorrer após o cumprimento da


suspensão automática, sendo o jogador suspenso, deduzir-se-á da pena
imposta a partida não disputada em consequência da expulsão.

Art. 55 - Perde a condição de jogo para a partida oficial subsequente do


mesmo campeonato ou torneio, o jogador advertido pelo árbitro a cada série
de três advertências com cartões amarelos, independentemente da sequência
das partidas previstas na tabela da competição.

§ 1° O controle da contagem do número de cartões amarelos e vermelhos


recebidos pelo jogador é da exclusiva responsabilidade dos clubes
disputantes da competição.

§ 2º Na aplicação dos cartões amarelos deve prevalecer o seguinte


protocolo:

a) Quando um jogador for advertido com um cartão amarelo e,


posteriormente, for expulso de campo com a exibição direta de
cartão vermelho, aquele cartão amarelo inicial permanecerá em
vigor, para o cômputo dos três cartões que importarão em
impedimento automático;
b) Quando o cartão amarelo for o terceiro da série, o jogador será
penalizado com dois impedimentos automáticos, sendo um pela
sequência de três cartões amarelos e outro pelo recebimento do
cartão vermelho;
c) Quando um jogador recebe um cartão amarelo e, posteriormente,
recebe o segundo cartão amarelo, com a exibição consequente do
cartão vermelho, tais cartões amarelos não serão considerados para o
cômputo dos três que geram o impedimento automático.

Art. 56 - Para efeito de possíveis penalidades por atraso de jogo, a serem


aplicadas pelo STJD, caberá ao árbitro da partida, em seu relatório, identificar
os clubes responsáveis pelo atraso no início e/ou reinicio das partidas, bem
como informar o tempo e as causas correspondentes a tais atrasos.

36 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
Art. 59 - Quando um clube for declarado vencedor da partida por decisão
da Justiça Desportiva, a definição do placar corresponderá ao que dispõem os
itens I e II do parágrafo 3° do artigo 44, do presente regulamento.

Art. 60 - Nos casos em que um clube for apenado com perda de mando de
campo, caberá exclusivamente à DCO determinar o local onde a partida
deverá ser efetuada.

§ 1º A cidade do estádio substituto deverá estar situada a uma distância


superior a 100 km daquela originalmente prevista para a partida,
observados os padrões rodoviários oficiais.

§ 2º O estádio substituto poderá situar-se em outro estado, na inexistência


de alternativa aceitável no estado de origem, mediante análise e
aprovação da DCO.

§ 3° A DCO somente executará a pena de perda de mando de campo, na


partida que venha a ocorrer após decorridos cinco dias úteis da
decisão da Justiça Desportiva que a impuser, tendo em vista os prazos
necessários para as ações logísticas relacionadas com a mudança do
local do jogo, inclusive emissão e venda de ingressos, considerando os
prazos estabelecidos pela Lei nº 10.671, e ainda considerando as
necessidades de reservas de vôos e hospedagem das delegações dos
clubes envolvidos.

Art. 61 - A arbitragem das partidas ficará a cargo dos árbitros que integram
a Relação Anual de Árbitros, da CA - Comissão de Arbitragem da CBF.

§ 1º A critério da CA, árbitros do quadro da FIFA que atuam no exterior


poderão ser eventualmente convidados para arbitrar partidas das
competições.

§ 2º Os árbitros, ao se apresentarem para o exercício de suas funções,


deverão estar regularmente uniformizados e conduzindo o seu
equipamento na forma estabelecida pela CA.

Art. 62 - A escalação do árbitro, árbitros assistentes e quarto árbitro será


feita pela CA, na forma que a legislação federal assim determinar.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 37


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
Art. 63 - A CA dará ciência da designação do árbitro, dos árbitros
assistentes e do quarto árbitro às federações onde eles exerçam suas funções,
comunicando, quanto às partidas em que forem atuar, local, horário e clubes
participantes, através de ofício, fax ou e-mail, no prazo de até 48 horas antes
das partidas em questão.

§ 1º O árbitro e os árbitros assistentes designados para uma partida


deverão, cinco horas antes do horário previsto para seu início,
comunicar ao delegado do jogo, através do quarto árbitro, as suas
presenças na cidade onde a partida será realizada;

§ 2º Caso a comunicação prevista no parágrafo anterior não seja efetuada,


caberá ao delegado do jogo, após cientificar os clubes interessados,
tomar a iniciativa de designação do árbitro e dos árbitros assistentes
substitutos, os quais deverão ser escolhidos obrigatoriamente dentre
os pertencentes a Relação Anual de Árbitros da CBF ou, na sua
impossibilidade, ao Quadro de Árbitros da federação local.

§ 3º A apresentação, até 30 minutos antes do horário da partida, do


árbitro, árbitros assistentes e quarto árbitro designados pela CA, no
local da partida, invalida a designação prevista no parágrafo anterior.

Art. 64 - O árbitro só dará início à partida após certificar-se de que todos


os jogadores foram identificados.

§ 1º O árbitro deverá anexar à súmula as relações apresentadas pelos


clubes, necessariamente na forma digitalizada, datilografada ou em
letra de imprensa, nas quais estejam registradas as escalações das
equipes e correspondentes reservas.

§ 2º Nas relações entregues ao árbitro pelos clubes, deverão constar os


números dos documentos de identificação dos jogadores e os seus
números de inscrição na CBF.

Art. 65 - Cada clube deverá entregar ao quarto arbitro, nos vestiários, até
45 minutos antes da hora marcada para o início da partida, a relação dos
jogadores definidos para o jogo, inclusive a escalação dos titulares, através do
supervisor da equipe ou pessoa designada, necessariamente assinada pelo
capitão da equipe, o qual deverá identificar-se.

38 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
§ 1º O quarto arbitro, recebida a relação dos jogadores a encaminhará à
imprensa, na saída dos vestiários.

§ 2° Ainda no prazo de 45 minutos, o supervisor do clube ou pessoa


designada afixará a escalação da sua equipe na parede externa do
vestiário próximo à porta de entrada, no quadro de avisos, para o
conhecimento da imprensa, registrando o horário da publicação.

§ 3º A identificação dos jogadores será feita pela exibição da carteira de


jogador expedida pela respectiva federação ou por documento de
identidade expedido por órgão público oficial do país.

§ 4º As providências determinadas no caput deste artigo deverão ser


adotadas primeiramente pelos jogadores do cube que detenha o
mando de campo.

Art. 66 - Logo após a realização da partida, o árbitro deverá redigir a


súmula e correspondentes relatórios técnicos e disciplinares, utilizando os
modelos padrões aprovados pela CBF, elaborando-os em três vias devidamente
assinadas pelo próprio árbitro e seus auxiliares.

§ 1° A primeira via da súmula e seus anexos será acondicionada em


envelope lacrado e será entregue pelo árbitro ao delegado do jogo, o
qual providenciará a sua remessa à DCO em 24 horas, através de
serviço de remessa rápida.

§ 2° A segunda via ficará de posse do árbitro, servindo-lhe como recibo.

§ 3° A terceira via ficará de posse do delegado do jogo, o qual a


encaminhará diretamente ao Ouvidor da Competição, até às treze
horas do primeiro dia útil subsequente à partida, também através do
serviço de remessa rápida.

§ 4° O delegado do jogo deverá utilizar-se de uma das vias da súmula para


remessa imediata à DCO, inclusive anexos, através de fax, logo após a
sua entrega pelo árbitro da partida, utilizando aparelhagem instalada
no próprio estádio e não havendo tal instalação no estádio, na manhã
seguinte ao jogo.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 39


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
§ 5° Não serão considerados o envio ou a entrega de relatórios extras após
as súmulas terem sido encaminhadas à CBF, salvo se disserem respeito
a fatos ocorridos após a saída do árbitro de seu vestiário ou se
solicitado pela CA, pela DCO, ou pelo STJD.

§ 6° O árbitro ou quem por ele for designado entregará, após o término


da partida, ao capitão de cada equipe, colhendo a sua assinatura, a
relação dos jogadores que tenham cometido falta disciplinar.

Art. 67 - Nenhuma partida deixará de ser realizada pelo não


comparecimento do árbitro, dos árbitros assistentes e do quarto árbitro.

Art. 68 - A renda bruta das partidas, após deduzidos os devidos tributos de


ordem legal, dentre os quais se incluem os recolhimentos previdenciários em
favor do INSS, sofrerá as seguintes deduções:
a) aluguel de campo;
b) despesas administrativas da federação local, necessariamente
justificadas e comprovadas;
c) seguro de público presente;
d) impostos e taxas locais;
e) despesas com pessoal a serviço do jogo (quadro móvel), devidamente
justificada e comprovada;
f) taxa da FAAP, correspondente à 1% da renda bruta, que será recolhida
pela federação que sediar a partida , nos termos da legislação em vigor;
g) taxa da federação local, correspondente à 5 % da renda bruta;
h) custo dos materiais e despesas relativos ao exame anti-doping, o qual
deverá ser pago ao responsável pela coleta, logo após a partida;
i) remuneração dos árbitros e de seus auxiliares, sob a responsabilidade
da federação local, mediante dedução da renda bruta de cada
partida, conforme tabela oficial da CA, após os descontos legais;
j) despesas relativas à transporte, hospedagem e alimentação dos
árbitros;
k) prêmio relativo ao Seguro de Vida e Acidentes Pessoais para os
integrantes da arbitragem (árbitros, assistentes e reservas), cujo valor
constará do REC.

Art. 70 ...
...

40 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
§ 5º O não cumprimento do disposto no caput deste artigo e nos
parágrafos anteriores sujeitará os clubes infratores e a federação local
às penalidades previstas na legislação federal e no CBJD.

Art. 71 - Caberá às federações locais o recolhimento de todas e quaisquer


contribuições devidas ao INSS no tocante a partidas realizadas em sua
jurisdição, inclusive as relativas ao pagamento da remuneração dos árbitros,
da folha do quadro móvel e da mão de obra do exame anti-doping a serem
deduzidas da renda bruta das partidas.

Art. 77 - O acesso das autoridades aos estádios dar-se-á mediante a apre-


sentação de credencial expedidas pela FIFA, CBF ou pelas federações locais.

Parágrafo único - As credenciais ou documentos expedidos por quaisquer


outras entidades não autorizarão o livre ingresso de seus portadores nos
estádios, exceto quando tratar-se de pessoal à serviço, em funções previstas
pela legislação.

Art. 84 - As administrações dos estádios deverão fornecer ingressos às


Tribunas de Honra para:

a) Dirigentes, Observadores de Arbitragem, Inspetores e Ouvidores da


CBF, até dez ingressos:
b) Dirigentes da federação local: até três ingressos;
c) Dirigentes de cada clube disputante da partida: até três ingressos por
clube;
d) Autoridades públicas vinculadas à gestão do esporte: até três ingressos.

§ 1º Os ingressos citados no caput do presente artigo deverão ser


solicitados pela parte interessada, desde que requisitados por escrito
com três dias úteis de antecedência.

§ 2º No caso de a Tribuna de Honra não dispor de assentos suficientes para


atender à demanda de ingressos citados no caput deste artigo, a
administração do estádio deverá providenciar assentos em outro lugar
compatível.

§ 3º As administrações dos estádios deverão fornecer cartões e/ou


credenciais de trânsito livre para estacionamento dos veículos

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 41


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
relacionados às pessoas habilitadas aos ingressos citados no caput
deste artigo.

Art. 85 - Os clubes deverão usar nas competições os uniformes previstos em


seus estatutos, observado o disposto na legislação quanto ao uso de
publicidade.

§ 1º Os jogadores serão identificados através de numeração de 1 a 18,


sendo destinados os números de 1 a 11 para os que iniciarem a
partida e os números de 12 a 18 para os substitutos, salvo situações
excepcionais aprovadas pela CBF, mediante solicitação do clube
interessado.

§ 2º Um clube poderá utilizar numeração fixa para os seus jogadores na


competição, se assim desejarem, desde que encaminhem solicitação
expressa e justificada nesse sentido, para a análise e aprovação da
DCO.

§ 3º Os clubes deverão indicar o primeiro e o segundo uniformes de suas


equipes até 30 dias antes da sua primeira partida na competição,
enviando desenhos e fotos dos uniformes à DCO.

§ 4º Caso venha a ocorrer alguma alteração nos seus uniformes, ao longo


da competição, o clube deverá comunicar o fato à DCO, obedecendo o
prazo constante do parágrafo 3°.

§ 5º Em todas as partidas, salvo acordo entre os clubes disputantes, usará o


uniforme número um o clube que tiver o mando de campo; se houver
a necessidade de troca de uniforme esta será realizada pelo clube
visitante.

Art. 86 - Qualquer jogador que esteja relacionado para a partida estará


sujeito ao sorteio para o exame de controle de dopagem, observadas as
normas da legislação em vigor.

Art. 89 - O clube que tiver o mando de campo, em estádios neutros, terá


prioridade na escolha do vestiário a ser utilizado.

42 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


IV – Regulamento Geral das Competições CBF –
RGC/2009
Art. 95 - Nas cidades onde é obrigatória a execução do Hino Nacional
antes da realização das partidas oficiais, as federações locais deverão
providenciar no sentido de que tal prática não implique no atraso das
partidas.
Parágrafo Único – Na hipótese de atraso na execução do hino, o delegado
do jogo deverá informar no seu relatório a causa desse atraso.

Art. 99 - A entrada de crianças no campo de jogo para receber ou


acompanhar os jogadores que atuarão, somente poderá ocorrer no limite de
22 crianças por clube, no total, exceto situações absolutamente especiais, com
a prévia concordância da DCO, mediante solicitação formal do clube
interessado, se apresentada com dois dias úteis de antecedência.

Art. 100 - A presença de pessoas caracterizadas como figuras símbolos dos


clubes, portando fantasias ou vestimentas estilizadas, somente será permitida
na área de entorno do gramado antes, no intervalo, e depois das partidas,
sendo expressamente proibida a sua presença nessa área durante a partida.

Art. 101 - Nas partidas em que se justificar o cumprimento do "minuto de


silêncio", as solicitações nesse sentido deverão ser necessária e
antecipadamente encaminhadas à DCO ou ao Presidente da CA para avaliação
e aprovação.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 43


V – Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD

Transcrevemos, a seguir, alguns artigos do CBJD, que estão estreitamente


ligados à conduta da arbitragem, em especial aos documentos relacionados
ao jogo:

Art. 234 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público ou particular,


omitir declaração que nele deveria constar, inserir ou fazer inserir declaração
falsa ou diversa da que deveria ser escrita, para o fim de usá-lo perante a
Justiça Desportiva ou entidade desportiva.
PENA: suspensão de 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias e
eliminação na reincidência.

Art. 259 - Deixar de observar as regras da modalidade.


PENA : suspensão de 30 (trinta) a 120 (cento e vinte) dias e, na reincidên-
cia, suspensão de 120 (cento e vinte) a 240 (duzentos e quarenta) dias.

Parágrafo único – A partida, prova ou equivalente poderá ser anulada se


ocorrer, comprovadamente, erro de direito.

Art. 260 - Omitir-se no dever de prevenir ou de coibir violência ou


animosidade entre os jogadores, no curso da competição.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 180 (cento e oitenta) dias e, na reinci-
dência, suspensão de 180 (cento e oitenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias.

Art. 261 - Não se apresentar devidamente uniformizado ou apresentar-se


sem o material necessário ao desempenho das suas atribuições:
PENA: suspensão de 10 (dez) a 90 (noventa) dias.

Art. 262 - Deixar de apresentar-se, sem justo motivo, no local destinado a


realização da partida, prova ou equivalente com a antecedência mínima
exigida no regulamento para o início da competição.
PENA: multa de até R$ 1.000,00 (mil reais)

Art. 263 - Deixar de comunicar à autoridade competente, em tempo


oportuno, que não se encontra em condições de exercer suas atribuições.
PENA: suspensão de 10 (dez) a 90 (noventa) dias.

Art. 264 - Não conferir documento de identificação das pessoas físicas


constantes da súmula ou equivalente.

44 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


V – Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD

PENA: suspensão de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias.

Parágrafo único. Quando da omissão resultar a anulação da partida, prova


ou equivalente ou desclassificação do aleta, a pena será de suspensão de 60
(sessenta) a 120 (cento e vinte) dias.

Art. 265 - Deixar de entregar ao órgão competente, no prazo legal, os


documentos da partida, prova ou equivalente, regularmente preenchidos.
PENA: suspensão de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias.

Art. 266 - Deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou


equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição de
infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha
presenciado.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) 360 (trezentos e sessenta) dias.

Art. 267 - Deixar de solicitar às autoridades competentes as providências


necessárias à segurança individual de jogadores e auxiliares ou deixar de
interromper a partida, caso venham a faltar essas garantias.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias.

Art. 268 - Dar início à partida, prova ou equivalente, ou não interrompê-la,


quando no local exclusivo destinado à sua prática, houver qualquer pessoa
que não as previstas nas regras das modalidades, regulamentos e normas da
competição.
PENA: suspensão de 120 (cento e vinte) a 360 (trezentos e sessenta) dias.

Parágrafo único – Quando da infração resultarem ocorrências graves a


pena será de suspensão de 1 (um) a 2 (dois) anos.

Art. 269 - Recusar-se, injustificadamente, a iniciar a partida, prova ou


abandoná-la antes do seu término.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 270 - Dar publicidade a documento sem que esteja autorizado a fazê-lo.
PENA: suspensão de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 45


V – Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD

Art. 271 - Manifestar-se, publicamente, de forma desrespeitosa ou ofensiva


sobre a atuação de árbitros ou auxiliares, bem como sobre o desempenho de
jogadores e equipes.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 120 (cento e vinte) dias.

Art. 272 - Assumir em praças desportivas, antes, durante ou depois da


partida, atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva.
PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 120 (cento e vinte) dias.

Art. 273 - Praticar atos com excesso ou abuso de autoridade.


PENA: suspensão de 60 (sessenta) a 180 (cento e oitenta) dias.

46 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VI – Estatuto de Defesa do Torcedor – EDT

Reproduzimos, a seguir, alguns artigos do EDT, que estão estreitamente


ligados à arbitragem:

Art. 5 - São asseguradas ao torcedor a publicidade e transparência na


organização das competições administradas pelas entidades de administração
do desporto, bem como pelas ligas de que trata o art. 20 da Lei no 9.615, de
24 de março de 1998.

Parágrafo único. As entidades de que trata o caput farão publicar na


internet, em sítio dedicado exclusivamente à competição, bem como afixar
ostensivamente em local visível, em caracteres facilmente legíveis, do lado
externo de todas as entradas do local onde se realiza o evento esportivo:

V - A escalação dos árbitros imediatamente após sua definição;

Art. 11 - É direito do torcedor que o árbitro e seus auxiliares entreguem,


em até quatro horas contadas do término da partida, a súmula e os relatórios
da partida ao representante da entidade responsável pela organização da
competição.

§ 1º Em casos excepcionais, de grave tumulto ou necessidade de laudo


médico, os relatórios da partida poderão ser complementados em até
vinte e quatro horas após o seu término.

§ 2º A súmula e os relatórios da partida serão elaborados em três vias, de


igual teor e forma, devidamente assinadas pelo árbitro, auxiliares e pelo
representante da entidade responsável pela organização da competição.

§ 3º A primeira via será acondicionada em envelope lacrado e ficará na


posse de representante da entidade responsável pela organização da
competição, que a encaminhará ao setor competente da respectiva
entidade até as treze horas do primeiro dia útil subsequente.

§ 4º O lacre de que trata o § 3º será assinado pelo árbitro e seus auxiliares.

§ 5º A segunda via ficará na posse do árbitro da partida, servindo-lhe


como recibo.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 47


VI – Estatuto de Defesa do Torcedor – EDT

§ 6º A terceira via ficará na posse do representante da entidade


responsável pela organização da competição, que a encaminhará ao
Ouvidor da Competição até as treze horas do primeiro dia útil
subsequente, para imediata divulgação.

Art. 12 - A entidade responsável pela organização da competição dará


publicidade à súmula e aos relatórios da partida no sítio de que trata o
parágrafo único do art. 5o até as quatorze horas do primeiro dia útil
subsequente ao da realização da partida.

Art. 30 - É direito do torcedor que a arbitragem das competições


desportivas seja independente, imparcial, previamente remunerada e isenta
de pressões.

Parágrafo único. A remuneração do árbitro e de seus auxiliares será de


responsabilidade da entidade de administração do desporto ou da liga
organizadora do evento esportivo.

Art. 31 - A entidade detentora do mando do jogo e seus dirigentes


deverão convocar os agentes públicos de segurança visando a garantia da
integridade física do árbitro e de seus auxiliares.

Art. 32 - É direito do torcedor que os árbitros de cada partida sejam


escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles previamente selecionados.

§ 1º O sorteio será realizado no mínimo quarenta e oito horas antes de


cada rodada, em local e data previamente definidos.

§ 2º O sorteio será aberto ao público, garantida sua ampla divulgação.

48 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

Nesta seção, apresentamos as infrações puníveis com advertência (cartão


amarelo) e com expulsão (cartão vermelho), bem como modelos de relatos
que visam a facilitar o trabalho no árbitro no momento de confeccionar o
relatório da partida. A descrição das infrações contida nesses modelos pode
ser aproveitada literalmente ou adaptada aos incidentes que de fato
ocorreram na partida.

VII.1 – Infrações puníveis com uma advertência (cartão amarelo)

Um jogador será advertido e receberá o cartão amarelo se cometer uma


das seguintes sete infrações:

1. for culpado de conduta antidesportiva


2. protestar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem
3. infringir persistentemente as Regras do Jogo
4. retardar o reinício do jogo
5. não respeitar a distância regulamentar em um tiro de canto, tiro livre
ou arremesso lateral
6. entrar ou retornar ao campo de jogo sem a permissão do árbitro
7. abandonar intencionalmente o campo de jogo sem a permissão do
árbitro

Um substituto ou um jogador substituído será admoestado e receberá o


cartão amarelo se cometer uma das três infrações:

1. for culpado de conduta antidesportiva


2. protestar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem
3. retardar o reinício do jogo

1 – Situações de conduta antidesportiva


Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, adverti o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
conduta antidesportiva, ao:

1.1. Entrar no campo de jogo sem a minha autorização.

1.2. Distrair ou atrapalhar, de forma incorreta, o executor do arremesso


lateral.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 49


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

1.3. Fazer marcas não autorizadas no campo de jogo. (descrever quais marcas)

1.4. Recusar-se a sair do campo, na maca ou a pé, depois de autorizada a


entrada dos médicos no campo de jogo.

1.5. Deixar o campo de jogo por razões táticas para ganhar uma vantagem
ilícita ao retornar ao campo de jogo.

1.6. Distrair um adversário (descrever a ação do infrator).

1.7. Segurar* um adversário para impedi-lo de obter a posse da bola (ou


de se colocar em uma posição vantajosa).
* O fato de segurar um adversário também inclui o ato de estender os
braços para evitar que o adversário avance ou drible o infrator, utilizando as
mãos, os braços ou o corpo.

1.8. Tocar deliberada e acintosamente a bola com a mão para impedir que
um adversário a receba.

1.9. Tentar marcar ou marcar um gol, tocando deliberadamente a bola com


a mão.

1.10. Utilizar finta* ao executar um tiro livre ou um tiro penal para


confundir os adversários.
* O ato de utilizar fintas ao executar um tiro livre ou um tiro penal para
confundir os adversários faz parte do futebol e está permitido. Somente será
punido no caso de o árbitro considerar tal ato foi executado de maneira de
maneira antidesportiva.

1.11. Jogar de maneira perigosa*, na disputa da bola (descrever a ação do


infrator).
* Jogar de maneira perigosa não envolve contato físico entre os jogadores.
Se um jogador jogar de uma maneira perigosa em uma disputa "normal", o
árbitro não tomará nenhuma medida disciplinar. Se a ação for feita com um
risco claro de lesão, o árbitro advertirá o jogador por conduta antidesportiva.

1.12. Dar (ou tentar dar) um chute* no(a) (citar o local atingido) do
adversário, de maneira temerária, na disputa da bola.
* Normalmente, as advertências por "calço" estão enquadradas nesse item.

50 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

1.13. Passar (ou tentar passar) uma rasteira em um adversário, de maneira


temerária, na disputa da bola.

1.14. Saltar sobre um adversário, de maneira temerária, na disputa da bola.

1.15. Dar um tranco em um adversário, de maneira temerária, na disputa


da bola.

1.16. Atingir (ou tentar atingir) com o(a) (citar o que o infrator usou para
atingir; ex.: pé, bola etc.) o(a) (citar o local atingido; ex.: pé, tornozelo etc.) do
adversário, de maneira temerária, na disputa da bola.

1.17. Empurrar um adversário, de maneira temerária, na disputa da bola.

1.18. Dar um "carrinho" contra um adversário, de maneira temerária, na


disputa da bola.

1.19. Simular uma lesão (ou ter sofrido uma falta).

1.20. Trocar de posição com o goleiro durante o jogo sem a minha permissão.

1.21. Atuar de maneira a mostrar desrespeito ao jogo (descrever a ação).

1.22. Jogar a bola quando estava saindo do campo de jogo depois de ter
recebido permissão para deixá-lo.

1.23. Empregar um truque deliberado com a bola em jogo para passar a


bola a seu goleiro com (a cabeça, o peito, o joelho etc.)*.
* Esse ato constitui infração independentemente de o goleiro tocar ou não
a bola com suas mãos. A infração é cometida pelo jogador que tenta burlar
tanto a letra quanto o espírito da Regra 12.

1.24. Empregar um truque deliberado ao executar um tiro livre para passar


a bola a seu goleiro.

1.25. Fazer gestos provocativos contra (citar contra quem o infrator fez os
gestos) na comemoração de um gol.

1.26. Arremessar um objeto contra um adversário, de maneira temerária.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 51


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

2 – Protestar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem


Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, adverti o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
protestar contra (citar contra quem o infrator protestou), ao:

2.1. Proferir as seguintes palavras: "(citar exatamente as palavras


proferidas)."

2.2. Gesticular, de maneira acintosa, (descrever os gestos; ex.: jogando a


bola para longe etc.).

3 – Infringir persistentemente as Regras do Jogo


Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, adverti o jogador nº ___, Sr.
___, da equipe ___, por infringir persistentemente as regras do jogo.* (explicar
a maneira em que o faz)
* Os árbitros deverão considerar, sobretudo, que, mesmo quando um
jogador cometer um número de diferentes infrações, deverá ser advertido por
infringir persistentemente as Regras do Jogo. Não há um número específico
de infração que constitua "persistência" ou a existência de um padrão de
comportamento; isso é inteiramente uma avaliação do árbitro, que deverá ser
feita no contexto da efetiva administração eficaz da partida.

4 – Retardar o reinício de jogo


Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, adverti o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
retardar o reinício de jogo, ao:

4.1 Executar um tiro livre do lugar errado com a intenção de forçar sua
repetição.

4.2. Simular a intenção de executar um arremesso lateral, e, de repente,


deixar a bola para um companheiro executá-lo.

4.3. Chutar a bola para longe (ou carregar a bola com as mãos), depois de
o jogo ter sido paralisado.

4.4. Demorar excessivamente na execução de um arremesso lateral, tiro


livre, tiro de meta ou de canto.

52 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

4.5 Demorar para sair do campo de jogo durante uma substituição.

4.6. Provocar um confronto, tocando deliberadamente a bola depois de o


jogo ter sido paralisado

4.7. Atrapalhar deliberadamente a execução de um tiro livre por um


adversário.

5. Não respeitar a distância regulamentar em um tiro de canto, tiro livre


ou arremesso lateral
Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, adverti o jogador nº ___, Sr.
___, da equipe ___, por não respeitar a distância regulamentar* em um tiro
livre (ou tiro de canto ou arremesso lateral).
* Em um arremesso lateral, todos os adversários deverão permanecer a, no
mínimo, 2 metros de distância do local do arremesso. Em um tiro de meta, os
adversários deverão permanecer fora da área penal até que a bola entre em
jogo. Em um tiro de canto, os jogadores da equipe adversária deverão perma-
necer a, no mínimo, 9,15m de distância do quarto de círculo de canto até que a
bola entre em jogo. Quando necessário, o árbitro deverá chamar a atenção de
qualquer jogador que se encontre dentro dessa distância antes do reinício e ad-
vertirá o jogador se ele, subsequentemente, não obedecer a distância correta.
Se um jogador decidir executar um tiro livre rapidamente e um adversário
que está a menos de 9,15m de distância da bola, a intercepta, o árbitro
deverá permitir que o jogo continue.
Se a equipe defensora executar um tiro livre dentro de sua própria área
penal e um ou mais adversários ainda estiverem dentro dessa área porque o
defensor decidiu executar o tiro rapidamente e os adversários não tiveram
tempo de deixar a área penal, o árbitro deverá permitir que o jogo continue,
a não ser que essa bola tenha sido jogada ou tocada por qualquer jogador,
antes de sair da área penal.

6. Entrar no (ou retornar ao) campo de jogo sem a permissão do árbitro


Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, adverti o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
entrar no (ou retornar ao) campo de jogo sem a a minha permissão*.
* Todo jogador, que teve de sair do campo de jogo por problemas em seu
equipamento (Regra 4), não poderá retornar ao campo sem a autorização do
árbitro.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 53


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

Se um jogador sair do campo de jogo, com a autorização do árbitro, por


qualquer motivo, e retornar ao campo sem autorização do árbitro, ele será
advertido e instruído a sair do campo de jogo, se o problema com o
equipamento persistir.

7. Abandonar intencionalmente o campo de jogo sem a permissão do


árbitro
Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, adverti o jogador nº ___, Sr.
___, da equipe ___, por abandonar intencionalmente o campo de jogo sem a
minha permissão*.
* Se um defensor sair do campo de jogo pela sua própria linha de meta
com o intuito de deixar um adversário em posição de impedimento, o árbitro
deverá permitir que o jogo continue e, quando a bola estiver fora de jogo,
advertirá o defensor por deixar deliberadamente o campo de jogo sem a
permissão do árbitro.
Se um jogador acidentalmente ultrapassar uma das linhas demarcatórias
do campo de jogo, não terá cometido nenhuma infração. O fato de sair do
campo de jogo pode ser considerado como parte de um movimento de jogo.

VII.2 – Infrações puníveis com uma expulsão (cartão vermelho)

Um jogador, um substituto ou um jogador substituído será expulso e


receberá o cartão vermelho se cometer uma das seguintes sete infrações:

1. for culpado de jogo brusco grave


2. for culpado de conduta violenta
3. cuspir em um adversário ou em qualquer outra pessoa
4. impedir um gol ou acabar com uma oportunidade clara de gol, com
uso intencional de mão na bola (isso não vale para o goleiro dentro
de sua própria área penal)
5. acabar com uma oportunidade clara de gol de um adversário, que se
movimenta em direção à meta adversária, mediante uma infração
punível com um tiro livre ou penal
6. empregar linguagem e/ou gesticular de maneira ofensiva, grosseira
ou abusiva
7. receber uma segunda advertência na mesma partida

Um jogador, um substituto ou um jogador substituído que for expulso e rece-


ber o cartão vermelho deverá deixar os arredores do campo e a área técnica.

54 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

Modelos de relato de infrações puníveis com uma expulsão*


* Após relatar a infração punível com uma expulsão, conforme modelos a
seguir, é importante que o árbitro responda também em seu relato as
seguintes perguntas:
1) O jogador expulso deixou o campo sem oferecer resistência ou foi
preciso intervenção externa para que esse jogador deixasse o campo?
2) O jogador que sofreu a infração precisou de atendimento médico ou
continuou na partida normalmente, sem necessidade de atendimento
médico? Se houve o atendimento, ele voltou a jogar normalmente ou
teve de ser substituído?

1. Jogo brusco grave*


* Um jogador será culpado de jogo brusco grave se empregar força
excessiva ou brutalidade contra seu adversário no momento de disputar a
bola em jogo.

Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, expulsei o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por:

1.1. Dar (ou tentar dar) um chute no(a) (citar o local atingido) do
adversário, com uso de força excessiva, na disputa da bola.

1.2. Passar (ou tentar passar) uma rasteira em um adversário, com uso de
força excessiva, na disputa da bola.

1.3. Saltar sobre um adversário, com uso de força excessiva, na disputa da


bola.

1.4. Dar um tranco em um adversário, com uso de força excessiva, na


disputa da bola.

1.5. Atingir (ou tentar atingir) com o(a) (citar o que o infrator usou para
atingir; pé, bola etc.) o(a) (citar o local atingido; pé, tornozelo etc.) do
adversário, com uso de força excessiva, na disputa da bola.

1.6. Empurrar um adversário, com uso de força excessiva, na disputa da bola.

1.7. Dar uma entrada contra um adversário, com uso de força excessiva, na
disputa da bola.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 55


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

1.8. Se atirar contra um adversário na disputa da bola, frontalmente (ou


lateralmente ou por trás), utilizando um (ou ambos os pés), com uso de uma
força excessiva.
* Se, na execução correta de um tiro livre ou de um arremesso lateral, um
jogador joga intencionalmente a bola contra um adversário, de maneira não
imprudente, nem temerária ou com uso de força excessiva, com a intenção de
poder tocá-la novamente, o árbitro deverá permitir que o jogo continue.

2. Conduta Violenta (contra o adversário)*


* Um jogador será culpado de conduta violenta se empregar força
excessiva ou brutalidade contra um adversário com a bola fora de disputa, ou
contra um companheiro de equipe, torcedor, árbitros da partida ou qualquer
outra pessoa. A conduta violenta pode ocorrer dentro ou fora do campo de
jogo, com a bola em jogo ou fora de jogo.

Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, expulsei o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por:

2.1. Dar (ou tentar dar) um chute* no(a) (citar o local atingido) do
adversário, com uso de força excessiva, fora da disputa da bola.

2.2. Passar (ou tentar passar) uma rasteira em um adversário, com uso de
força excessiva, fora da disputa da bola.

2.3. Saltar sobre um adversário, com uso de força excessiva, fora da disputa
da bola.

2.4. Dar um tranco em um adversário, com uso de força excessiva, fora da


disputa da bola.

2.5. Atingir (ou tentar atingir) com o(a) (citar o que o infrator usou para
atingir; pé, bola etc.) o(a) (citar o local atingido; pé, tornozelo etc.) do
adversário, com uso de força excessiva, fora da disputa da bola.

2.6. Empurrar um adversário, com uso de força excessiva, fora da disputa


da bola.

2.7. Dar um "carrinho" contra um adversário, com uso de força excessiva,


fora da disputa da bola.

56 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

2.8. Arremessar um objeto contra um adversário* ou qualquer outra


pessoa com o uso de força excessiva.
* Se, na execução correta de um tiro livre ou de um arremesso lateral, um
jogador joga intencionalmente a bola contra um adversário, de maneira não
imprudente, nem temerária ou com uso de força excessiva, com a intenção de
poder tocá-la novamente, o árbitro deverá permitir que o jogo continue.

2. Conduta Violenta (e revide)


Aos ___ minutos do (acréscimo) ___ tempo, expulsei o jogador (ou jogador
substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por ter
atingido o adversário de nº ___, Sr. ___, no ___, (citar o local atingido), com
um ___ (pontapé, soco, tapa, etc) quando a bola se encontrava fora de
disputa ___ (citar o local onde estava a bola). Imediatamente o jogador
atingido revidou com um ___ (pontapé, soco, tapa, etc) no ___ (citar o local
atingido). Ato contínuo o expulsei também; ou

Aos ___ minutos do (acréscimo) ___ tempo, expulsei o jogador (ou jogador
substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, e o jogador
(ou jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___,
por haverem se atingido mutuamente com ___ (pontapé, soco, tapa, etc),
quando a bola se encontrava fora da disputa.

Informo que não presenciei o início da ocorrência por me encontrar em


local distante, acompanhando o andamento da partida, sendo alertado por
meu assistente (1 ou 2), Sr. ___ (citar nome do assistente) que informou ser o
iniciador o Sr.___, de nº___, da equipe___.

2. Conduta Violenta (contra o árbitro e árbitro assistente)


Aos ___ minutos do (acréscimo) ___ tempo, expulsei o jogador (ou jogador
substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por haver ___,
(após a marcação de uma falta ou um pênalti contra a sua equipe) ___,
(partindo em minha direção dizendo as seguintes palavras: “ladrão, safado,
etc) Após haver me dito essas palavras, ele atingiu-me com um ___ (soco no
rosto, nas costas, etc.); ou

por haver ___ (após a marcação de um pênalti contra a sua equipe,


partindo em minha direção e me atingindo com uma peitada nas costas); ou

por haver ___ (após a marcação de um impedimento contra a sua equipe,

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 57


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

partido em direção do árbitro assistente Sr. ___, e atingindo-o com um tapa


no rosto; ou

expulsei o treinador da equipe ___, Sr. ___, por haver ___ (após a marcação
de um impedimento, atingido o árbitro assistente (1 ou 2) Sr.___ com uma
rasteira nas pernas.

Obs.: para todas as situações, complementar a consequência da conduta


violenta.
Ex.: Causando-me___ (citar se houver ferimento, hemorragia, luxação, etc).
Segue anexo os seguintes documentos: ___ (B.O., exames, etc).

2. Conduta violenta (contra companheiro)


Aos ___ minutos do (acréscimo) ___ tempo, expulsei o jogador (ou jogador
substituto ou jogador substituído) nº ___ , Sr. ___ , da equipe ___ , por haver
___ (partido em direção de seu companheiro de equipe de nº ___ , Sr. ___ ,
atingindo-o com um soco no rosto.

3. Cuspir em um adversário ou em qualquer outra pessoa


Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, expulsei o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
haver ___ (partido em direção de seu adversário de nº ___ , Sr. ___, atingindo-
o com uma cusparada no rosto, fora da disputa de bola); ou

(partido em direção do gandula, Sr. ___, atingindo com uma cusparada no


braço); ou

(partido em minha direção e dizendo as seguintes palavras: ”safado,


ladrão”).

Após dizer estas palavras, atingiu-me com uma cusparada nas costas; ou

4. Impedir um gol ou acabar com uma oportunidade clara de gol, com uso
intencional de mão na bola (isso não vale para o goleiro dentro de sua
própria área penal)
Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, expulsei o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
impedir uma oportunidade clara de gol, com uso intencional de mão na bola*.

58 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

* Será expulso um jogador que impedir um gol ou uma oportunidade clara


de gol ao tocar deliberadamente a bola com a mão. Essa punição não se deve
à ação de o jogador tocar intencionalmente a bola com a mão, mas à
intervenção desleal e inaceitável de impedir a marcação de um gol.

5. Acabar com uma oportunidade clara de gol de um adversário, que se


movimenta em direção à meta adversária, mediante uma infração
punível com um tiro livre ou penal
Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, expulsei o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
impedir uma oportunidade clara de gol, por ___ (citar a falta).
* Se um jogador joga de maneira perigosa, o que não envolve contato
físico, mas acaba com uma oportunidade clara de gol, o árbitro deverá
expulsá-lo.

6. Empregar linguagem (e/ou gesticular de maneira) ofensiva, grosseira ou


abusiva
Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, expulsei o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
empregar linguagem (e/ou gesticular de maneira) ofensiva (ou grosseira ou
abusiva) contra (citar contra quem foi), ao:

6.1. Proferir as seguintes palavras: "(citar exatamente as palavras


proferidas)."

6.2. (descrever os gestos; ex.: mostrar o dedo médio para a torcida etc..).

7. Receber uma segunda advertência na mesma partida


Aos ___ minutos do (acréscimo ao) ___ tempo, expulsei o jogador (ou
jogador substituto ou jogador substituído) nº ___, Sr. ___, da equipe ___, por
receber uma segunda advertência, ao (descrever a infração punível com
advertência que ocasionou o 2º cartão amarelo).

Esperamos que haja um bom proveito desta publicação, pois uma boa
arbitragem exige, além de concentração, controle emocional, pleno domínio
das regras, condicionamento físico, bom posicionamento, firmeza,
imparcialidade, entusiasmo, inteligência e, para coroar o trabalho, uma boa
redação de súmula.

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 59


VII – Tipificação de Advertências e Expulsões

8. Orientações em relação a situações na partida onde ocorram


enfrentamento coletivo:

REF.: CIRCULAR Nº 24/74 da C.B.F. - (janeiro 1975)

Para os devidos fins, transcrevemos a circular em epígrafe referente à carta


nº 173 da F.I.F.A.:

REF.: “PROVIDÊNCIAS DOS ÁRBITROS EM CASO DE ALVOROÇO”

Na última sessão da Comissão de Árbitros, os membros tomaram nota de


que, de vez em quando a F.I.F.A. é informada que, especialmente nos jogos de
clubes, mas também algumas vezes em partidas de seleção, se desenvolvem
incidentes que se transformam em alvoroço no campo de jogo quando estão
implicados uns tantos jogadores e o árbitro e seus auxiliares não podem
controlar a situação, devido a que o incidente se generaliza por diferentes
partes do campo.

Muitos árbitros parecem pensar que é seu dever prosseguir a partida até o
final sob qualquer circunstância e por esta razão expulsar somente os
iniciadores do incidente e ignorar a grave conduta dos outros jogadores
envolvidos.

A Comissão de árbitros da F.I.F.A., recorda a todos os árbitros a alínea “n” do


Art. XII que declara que um jogador culpado de conduta violenta ou falta
grave, deverá ser expulso do campo de jogo, e que o dever do árbitro em
respeitar a Regra é mais importante que o seu dever de continuar a partida até
o final, apesar dessas circunstâncias. Se o árbitro não pode identificar a todos os
jogadores culpados para expulsá-los de campo porque são muitos, ele deve
interromper a partida e informar dos fatos às autoridades competentes para a
sua decisão e medidas a tomar. Os jogadores devem compreender que não
podem participar em tais graves incidentes com impunidade, acreditando que o
árbitro não tem poder para tratar em tal situação. A interrupção do jogo deve
conduzir às medidas disciplinares apropriadas tomadas pela entidade nacional
interessada, contra os jogadores ou clube responsável.
Rogamos a todos os árbitros atuar em consequência.
Muito atentamente
FEDERATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION

El Secretario General “Dr. H. Kaser”

60 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VIII – Súmula e Relatório de Partida

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 61


VIII – Súmula e Relatório de Partida

62 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


VIII – Súmula e Relatório de Partida

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 63


IX – Comunicação de Penalidades

64 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


X – Cartões de Substituição

Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros 65


XI – Realizadores e Colaboradores

Presidente da CBF
RiCARDO TERRA TEIXEIRA

Presidente da CA-CBF
SÉRGIO CORRÊA DA SILVA

Integrantes da CA-CBF
Luiz Cunha Martins
Manoel Serapião Filho
Paulo Jorge Alves (licenciado)

Curso Futuro III – Argentina 2008 / Chile 2009


Antônio Pereira da Silva
Aristeu Leonardo Tavares
Dionisio Roberto Domingos
Manoel Serapião Filho
Silvia Regina de Oliveira

Colaboradores Especiais
Carlos Emanuel Manzolillo Sautchuk
Edson Rezende de Oliveira
José Rene Galdino
Raimundo Nonato Lopo de Abreu
Rodrigo Batista Raposo
Sandro Meira Ricci

Revisão
Marcio Verri Brandão

Participações
Joel Teixeira Caires
Roberto Perassi
Válter José dos Reis

66 Manual de Súmulas e Relatórios para Árbitros


Plano de Modernização
da Arbitragem Brasileira

MANUAL DE
SÚMULAS E
RELATÓRIOS
PARA
ÁRBITROS
(2ª
(2ª EDIÇÃO)
EDIÇÃO)
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