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Uma Introdução à
Análise de Jogo
Conceitos
Táticos do
-
Rafael Marques O Guia Definitivo 1
Análise de Jogo
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Análise de Jogo
POR QUE
Fruto de mais de três anos de estudo sobre a
parte tática do Futebol, "20 conceitos táticos do
futebol - O guia definitivo" é um manual selecionado
para todos aqueles que querem aprender um pouco
mais sobre o jogo de futebol do ponto de vista
estratégico e enxergar o espetáculo além do que os
olhos veem.
Dividido em 21 capítulos totalmente
práticos, este guia ensina conceito a conceito todos os
métodos e técnicas que você precisa saber para
aprender a ler, entender e interpretar o jogo de futebol
de forma simples, direta e eficiente.
Sem sair de casa, você aprenderá 20
conceitos que quem trabalha com futebol domina e
aplica. Com exemplos de jogos de todo o mundo, de
maneira didática, prática e objetiva. 4
Análise de Jogo
Mickey Mantle
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Í Introdução ---- 7 e 8
Fases do Jogo ---- 9
Zonas ---- 10
Corredores ---- 11
Posição/Função ---- 12
Sistemas ---- 13
Fase
Defensiva
Bola
A bola parada é a fase acíclica do jogo, onde nenhuma outra fase Parada
conecta-se anteriormente a ela. Deve ser estudada por si só. Fator determinante
para vitória ou derrota de uma equipe. Reposição da bola ao jogo. 7
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Logo após recuperar a posse da bola, é a mudança de fase entre defender e atacar,
podendo-se aproveitar a desorganização adversária que ainda não está com sua fase defensiva
estabelecida.
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Logo após perder a posse da bola, é a transição da fase ofensiva para defensiva, a
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busca pela reorganização, seja pela rápida retomada da bola ou por aguardar atrás de sua linha.
O campo pode ser dividido, do ponto de vista horizontal, em 3 terços que se chamam
iniciação, criação e finalização, esses referenciais são para quando se tem a bola. E quando se
está defendendo, nomeia-se pelo referencial da “altura” do campo, onde o bloco de jogadores
iniciam a marcação, contando-se do 3º para o 1º terço: Alto, médio e baixo.
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Esquerdo
Já do ponto de vista vertical,
podemos dividir o campo em 3
corredores: direito, central e esquerdo.
Diferente das zonas horizontais, os
corredores não mudam a nomenclatura de
Central
acordo com a posse da bola.
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Os atletas, descontextualizados do coletivo, ainda que não integralmente, têm
características que os diferenciam entre si.
Do próprio atleta: São suas características fenotípicas, como peso, altura, comprimento
dos membros, aquilo que ele traz de herança genética que o definem como atleta e como
indivíduo e vão influenciar no seu modo de executar os gestos técnicos e no desempenho das
valências físicas.
Da posição: São especialidades básicas que a posição no campo demanda. Todo atleta
que jogar nessa posição terá que ter essas características no seu jogo, por exemplo: zagueiro e
marcação ou goleiro e saída do gol.
Da função: É a forma como executa a especialidade da posição correlacionando com
suas próprias características, ressaltando uma ou outra variação da seu modo de jogar que encaixa
na posição, por exemplo: volantes com boa infiltração ou bom passe ou boa condução de bola. A
diferença dos pormenores de cada atleta da posição define a função.
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O jogo de futebol pode ser jogador em
diferentes configurações de disposição do
posicionamento dos atletas em campo,
formando então linhas de marcação ou linhas de
organização ofensiva dependendo do
referencial, nomeando assim as plataformas de
jogo: 1:4:4:2, 1:4:3:3, entre outros.
É importante salientar que “esquema
tático” e “sistema tático” são conceitos
diferentes, pois o primeiro significa a variação
dinâmica do segundo, que, por sua vez,
significa a nomenclatura estática da plataforma.
Esquema pode simbolizar, por exemplo, o
desenho do meio campo, se quadrado ou
losango do 1:4:4:2, entretanto, a plataforma
continua sendo a mesma.
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Jogo Apoiado:
Princípio da organização ofensiva, jogar apoiado significa dar suporte ao portador da bola,
aproximar-se com intuito de facilitar o passe do seu companheiro que tem a bola em forma de apoio,
aproximando-se dele. A vantagem de jogar assim é que na aproximação, a dificuldade de achar o passe no
companheiro é menor, o que poderá facilitar a manutenção da posse, entretanto, a desvantagem é que o
marcador do companheiro de equipe que se aproxima passa a marcá-lo mais próximo, arrastando o seu
marcador como possível marcador do portador da bola, podendo facilitar a construção de zonas de pressão pelo
adversário. Tite, Roger Machado e Rogério Micalle são grandes nomes nesse princípio.
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Jogo Posicional:
Princípio da organização ofensiva diametralmente oposto ao anterior. Enquanto no jogo apoiado
acredita-se que é necessária uma aproximação ao portador da bola, no posicional, o portador da bola é quem
tem que ter a qualidade para achar o passe no seu companheiro dentro da sua posição. Não é a posição que
vai até a bola, é a bola que vai até a posição. A desvantagem óbvia é a dificuldade, principalmente sob
pressão, de encontrar passes distantes, entretanto, a progressão do jogo se torna mais consistente e aguda,
além da vantagem de não trazer a marcação de um outro companheiro até o portador da bola. Guardiola,
Sarri e Lopetegui são referências nesse princípio.
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Perde-Pressiona:
Conteúdo da transição defensiva, consiste em abordar o mais rápido possível, individual e
coletivamente (zona de pressão), o atleta adversário que tem a posse da bola logo após a perda da mesma
pela equipe. Quando o coletivo está em movimento de “caixote”, os atletas que têm a intenção de recuperar a
posse abrem mão de se reorganizar defensivamente com o intuito de recuperar a bola a partir de uma
pressão o mais rápido possível. Nesse princípio, minha equipe prioriza ter a bola em detrimento do
adversário.
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Temporizar:
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Perda da posse
É o ato de ganhar tempo para a
reorganização do sistema defensivo, retardando a
transição ofensiva adversária. Deste modo, ao
ganhar tempo, a equipe que temporiza consegue
passar os atletas para depois da linha da bola e
estabelecer novamente sua plataforma de jogo
para a organização defensiva, entrando mais uma
vez em fase defensiva e preparando-se de modo
2 organizado para receber o ataque adversário.
Perda da posse
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Individual aos pares:
É, talvez, o tipo de marcação mais antiga que existe no futebol, também chamada de marcação por camisa, ou seja, o camisa 2
marca o camisa 11 adversário até o fim, aconteça o que acontecer, e assim sucessivamente. Na fase defensiva, existem 3
referências coletivas de marcação: a bola, o indivíduo e o espaço. Uma equipe pode se valer de um deles ou de todos eles,
variando de acordo com setor, com característica de atleta, entre outros aspectos. Encaixes individuais por todo o campo, essa
maneira de se organizar defensivamente era muito utilizada até a década de 1990 (período em que se passou a estudar mais
futebol enquanto jogo).
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Individual por setor:
Esse tipo de marcação é uma evolução do individual aos pares, o meio termo entre individual puro
e marcação zonal, prioridade referencial é a marcação ao homem, porém as outras referências (bola e espaço)
também são levadas em consideração. Nesse tipo de marcação, cada atleta cuida do adversário que estiver
posicionado dentro de um setor do campo, a partir do momento que o atleta não está mais naquele setor,
ele passa a ser responsabilidade de um outro marcador e assim por diante. Note na imagem que existem áreas
de congruência entre setores, entre o lateral esquerdo e o quarto zagueiro há uma zona que é, teoricamente,
responsabilidade dos dois.
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Zona:
Marcação que tem como referência principal o espaço. A missão dos atletas, quando jogam com esse tipo
de marcação, é proteger a entrada da bola em um determinado setor do campo. Partindo da ideia de que o setor
pode estar povoado por atletas adversários, defender a entrada da bola naquele espaço pode ser a solução para que de
nada valha o adversário ali. Com finalidade de impedir que a bola chegue em um determinado setor defendendo
aquela região, o adversário pode preencher com quantos atletas preferir, se a bola não entrar ali, é ineficaz a vantagem
numérica. Proteção da zona, contrário da marcação individual que aborda o portador não tendo o espaço como
referencial a priori.
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Compactação pode se dar, basicamente, de dois modos, verticalmente e horizontalmente, fechando ou
explorando corredores e zonas. O seu conceito, quando ofensivo, consiste em dar a possibilidade de linha de passe
ao companheiro que tem a bola chegando próximo dele, dando ao portador a chance de exercer a posse pelas
aproximações. Quando defensiva, ocorre aproximação com intuito de povoamento, visando ter vantagem numérica
setorial sobre o adversário que tem posse de bola. Verticalmente se dá quando os integrantes da linha de marcação
aproximam-se entre si em relação a
profundidade do campo, impedindo o jogo
entrelinhas. Já do ponto de vista
horizontal, é a diminuição de espaço
lateralmente dos setores entre a linha no
campo, tomando como referência a
amplitude adversária.
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Pressão:
Exercer pressão sobre o portador da bola dentro de uma estrutura sistemática que se mantém,
desconfigurando-se apenas pelo jogador da ação, é um movimento individual dentro de um entendimento coletivo;
quando a bola é passada para outro jogador, a ação passa a ser ao novo jogador que está com a posse de bola e assim
por diante. Pode ocorrer em qualquer área do campo.
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Pressing:
Exercer pressão sobre o portador da bola e ao time adversário ao mesmo tempo, desconfigurando a
lógica sistemática e agindo de modo coletivo. Ação individual ao portador da bola e do time sobre o espaço,
eliminando ou tentando eliminar ao máximo as possibilidades de tomada de decisão do jogador que tem a bola,
fechando seus espaços e pressionado-o com intenção de roubar a posse. O pressing pode ser exercido em qualquer
altura do campo.
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A transição ofensiva pode se desenhar de formas diferentes no jogo e está intimamente ligada ao modo
como a equipe se defende, uma delas é usar apoios para retirada da bola da zona de pressão adversária,
geralmente com um passe de retorno, para só aí progredir em busca do lado oposto, mudando o centro de jogo e
procurando o lado débil, onde deve estar desequilibrada a defesa da equipe adversária. É jogar para trás para depois
jogar para frente, atrasar para progredir melhor, lógico que com velocidade para ainda encontrar desorganização na
reorganização da equipe rival. Geralmente utilizada por equipes que marcam puramente zonal ou usam marcação
mista.
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7- Transição Direta x Transição Construída
A transição direta é a busca rápida pela entrada no último terço, sem rodeios, passes verticais
procurando encontrar alguém em melhor situação de finalização da forma mais direta possível; bolas longas para o
camisa 9 geralmente é a opção mais forte para esse tipo de transição. Já a transição construída é quase que abdicar de
transitar, é construir de pé em pé (podendo ser de forma rápida) o caminho para chegar ao objetivo do gol ou deixar
alguém em situação boa de finalização, porém a posteriori da construção.
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Métodos de Jogo Ofensivo
• Contra-Ataque: É uma ação de conteúdo da transição ofensiva, que consiste em, imediatamente depois de ter
recuperado a bola em sua faixa defensiva de campo, ou após o meio do campo, chegar de modo mais veloz possível ao
gol da equipe rival, antes que o adversário tenha possibilidade, no seu tempo e espaço de jogo, para se organizar
defensivamente.
• Ataque Rápido: Conteúdo da organização ofensiva, o ataque rápido busca a definição ligeira da ação, transformação
rápida da circulação da bola em finalização, apesar do adversário estar organizado defensivamente. Com
predominância de passe em progressão e desmarque de ruptura (conceito 10), objetiva surpreender a organização
adversária a partir da velocidade de definição da posse.
• Ataque Posicional: É a organização ofensiva mais pensada, buscando, a partir da posse elaborada, desequilibrar
defensivamente o sistema adversário e valendo-se desses desequilíbrios para definir as ações ofensivas. É um ataque
mais cuidadoso e estudado que visa quebrar a organização defensiva adversária com mais passes que os outros
métodos e coberturas ofensivas, maior circulação da bola e maior construção da jogada antes da definição.
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É o espaço que de fato está sendo ocupado pelos atletas em campo, onde há possibilidade de jogar, ou seja,
qual zona do jogo realmente é privilegiada pelos jogadores e pelas equipes, em qual setor o jogo de fato acontece e
qual setor do campo é “descartado” nas ações dos atletas e equipe. Na imagem vemos onde o espaço de jogo
efetivamente vai acontecer naquele momento. Para que outras áreas do campo e do jogo sejam utilizadas é necessário
o deslocamento do bloco tendo como referência a bola no decorrer do tempo de jogo. Ao final da partida é possível
mapear qual espaço mais utilizado, ou seja, qual foi de fato o espaço efetivo de jogo.
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É a demarcação de onde vai se iniciar a pressão sobre
2 o portador da bola em relação ao posicionamento da sua primeira
linha de pressão. Linha 1 (imagem), significa que a primeira linha de
3 pressão inicia na demarcação amarela, linha 2 um pouco mais baixo
e assim sucessivamente. É comum encontrarmos técnicos que
metodologicamente definem seus modos de pressionar pelas linhas,
4 por exemplo: linha 1 - pressing total, linha 3 - jogo de reação e linha
5 – Prioridade de defender a meta. Variando assim o
comportamento da equipe de acordo com a altura em que o bloco
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começa a exercer sua marcação.
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•Zona passiva: Impedimento de ocupação de terreno pelo time adversário, não existe
pressão ao portador após entrada na zona, porém, existe obstáculo da entrada da bola no setor guardado
por ocupação de espaço, o adversário portador da bola, apesar de sem pressão, não enxerga brecha para
progressão da posse pois existe vantagem posicional da equipe em zona passiva.
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As coberturas podem ser ofensivas e defensivas. As ofensivas garantem ao portador a possibilidade de
retomada caso ele perca a bola, sendo também uma possibilidade de passe de retorno para reinicio da circulação da
posse e reconstrução da jogada. Já as defensivas garantem ao atleta que está combatendo que caso ele seja vencido
haverá uma outra barreira a ser ultrapassada pelo atleta adversário que obteve vitória sobre a primeira pressão. Elas
podem ter características curtas quando o atleta que exerce a cobertura está próximo do seu referencial ou elas podem
ser longas quando a cobertura está longe do seu referencial garantindo uma proteção à profundidade adversária.
Triangulação
Cobertura Ofensiva
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Existem diferentes maneiras de posicionar o sistema 1:4:4:2 quando se tem a bola, ou seja, no momento de atacar
(organização ofensiva). Vejamos as diferenças entre elas:
No 1:4:4:2 quadrado, o
No 1:4:4:2 com duas No 1:4:4:2 losango, os dois camisa 10 divide o papel de
linhas, os seus externos podem atacantes têm o suporte do camisa 10 organização do jogo com um outro
facilmente espetar e variar a que por sua vez tem o suporte de mais médio, que também tem característica
plataforma para um 1:4:2:4, deixando 2 médios com característica híbrida, de ritmar o jogo. Já os volantes, mais
os dois médios mais alinhados atrás. jogam bem com e sem bola, alinhados, dividem os combates
Essa variação privilegia equipe que tem independente da característica do pessoais no jogo interior e também
em seu elenco externos de velocidade, atleta. Geralmente nesse sistema a compensam os movimentos de avanços
com um bom 1x1, entretanto, não dá amplitude é feita pelos laterais, o que dos laterais em cobertura ofensiva.
vantagens para o camisa 10 clássico, pode resguardar os médios de estarem Quando se tem no elenco médios com
que na linha dos médios terá expostos nas transições defensivas. características distintas do momento
obrigações defensivas que, talvez, sua Sistema utilizado também para variar o defensivo para o ofensivo, essa
característica não favoreça. 1:4:3:3 com falso 9. plataforma talvez seja a melhor
solução.
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Existem diferentes maneiras de posicionar o sistema 1:4:3:3 quando se tem a bola, ou seja, no momento de atacar
(organização ofensiva). Vejamos as diferenças entre elas:
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Esquematicamente, existem várias possibilidades de
estabelecer 3 zagueiros dentro da plataforma de jogo, mas
vamos nos ater aqui apenas aos sistemas que já iniciam com 3
zagueiros. Grosso modo, a maior variação dessas plataformas
em relação a esses 3 atletas se devem ao posicionamento do
zagueiro central: se ele sobra como líbero, se joga mais a frente,
quase como volante ou se encaixa com os outros 2 para fazer
linha de 3. As diferenças conceituais passam também pelas
diferentes ideias em relação à fase do jogo. Podemos citar
exemplos de plataforma com 3 zagueiros o 1:3:5:2, 1:3:6:1 e
1:3:4:3 como as três mais comuns para essa ideia. Uma das
vantagens de jogar dessa forma é a possibilidade de encaixar
mais jogadores de característica de força e contenção na última
linha defensiva, contudo, essa escolha pode resultar em um
prejuízo de qualidade técnica para o time.
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18- Saída de 3
Sair jogando de pé em pé é o que busca a maioria das equipes que querem ter uma posse de bola com
qualidade. Sendo assim, tendo a bola, transformar a linha de 4 em linha de 3, geralmente com a entrada de um volante
entre os zagueiros, pode ser uma boa alternativa para dar essa qualidade na saída: Com 3 ao invés de 4, ganha-se um
jogador a mais no setor da frente e abre-se a possibilidade de jogar com os laterais mais "altos" no campo. Jogando
contra times que tenham "pontas" ou meias abertos, a saída de 3 causa dúvida nesse jogador, se encaixa a marcação no
zagueiro ou no lateral. Com laterais "altos" e dando amplitude é possível trazer os meias abertos ou "pontas" para
dentro, possibilitando uma superioridade numérica no meio. Apesar de ter suas vulnerabilidades, a saída de 3 é uma
boa possibilidade para equipes que têm jogadores técnicos e desejam qualificar a saída de bola preenchendo o setor
mais adiante do campo e, consequentemente,
mais gente próximo do gol adversário.
Além disso, uma linha de 4 que é
transformada em linha de 3 se torna uma
variação esquemática no sistema,
dificultando para o adversário encaixar a
marcação.
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19- Características do 4:2:3:1
1:4:2:3:1 é uma plataforma de jogo com característica aguda, ou seja, preenche mais verticalmente o
campo do que horizontalmente, podendo ter o lado oposto da bola como uma vulnerabilidade, no entanto, dos
sistemas com característica de profundidade, talvez seja o mais equilibrado na relação horizontal-vertical. Esse sistema
privilegia o 10, possibilitando a entrada do jogador como meia avançado para construção do jogo mais à frente. É
equilibrado na linha dos volantes tendo dois para gerir o espaço e tem os corredores fechados, sempre ocupados por
pelo menos um atleta, mas pode sofrer com alguma vantagem posicional de um ocasional camisa 10 entre os dois
volantes. Outra positividade desse sistema é a possibilidade de encaixar diferentes configurações de pressing com
apenas pequenos ajustes, como variar para pressionar em bloco alto para um 1:4:3:3 ou 1:4:2:4.
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20-Caracterísiticas do 4:1:4:1
Sistema que pode ser considerado uma adaptação compactada do 1:4:3:3. Com bola, os externos avançam
para linha do atacante de referência e os médios, que devem ter característica híbrida, ganham liberdade para jogar. Já
sem bola, os externos se alinham à linha do médio e dão sustentação ao bloco. O único volante de característca deve
ter boas valências físicas pois é responsável por todo o espaço entrelinhas de sua equipe. Vale salientar que essa
plataforma não privilegia o meia avançado, o camisa 10. É um sistema de característica horizontal, ou seja, preenche as
amplitudes mais do que ataca a profundidade. Vulneravelmente, esse volante entrelinhas, por ter muita faixa de campo
para cobrir, pode jogar exposto a flutuações de jogadores no seu espaço, como por exemplo num 1:4:4:2 quadrado. O
ponto forte está justamente na mobilidade dos externos na variação das fases. Equipes exemplos desse sistema são:
Seleção brasileira de 2018 e o Manchester City de 2017/2018.
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APGS