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Relatório de Estágio em Futebol

1.º Ciclo de Educação Física e Desporto – Ramo de Treino

Desportivo Época Desportiva 2021/2022

TREINADOR ESTAGIÁRIO: João Pedro Flor Natal Tinoco


SUPERVISOR: Rui Pedro Modas Pacheco
TUTOR: André Rodrigues Teixeira
AGRADECIMENTOS
ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO
O ano de 2021 trouxe inúmeras dificuldades a todos, devido à pandemia em que o
mundo se encontra, porém, mesmo nesse ano de tantas dificuldades e adaptações, eu,
João Pedro Flor Natal Tinoco, aluno do 3.º ano da licenciatura de Educação Física e
Desporto, do Ramo Treino desportivo, da Universidade Lusófona do Porto, estou a
viver umas das experiências profissionais mais Enriquecedoras que já tive vivência.

No âmbito de concluir a licenciatura, devemos exercer o cargo de treinador adjunto


estagiário em alguma instituição desportiva, que no meu caso, foi a escola de Futebol
Dragon Force Gondomar, onde aliando os conhecimentos apreendidos em sala de
aula, e os conhecimentos adquiridos nas aulas práticas, ao longo da licenciatura,
teremos que os por em prática num contexto real de treino de futebol de 7, auxiliando
e intervindo de maneira apropriada nos treinos.

A partir dessas vivências nessa nova realidade de treino, devemos construir um


relatório completo sobre nosso dia a dia e o dia a dia da nossa equipe, afim de, no final
da época, fora toda experiência adquirida, consigamos obter o Grau 1 de treinador de
futebol.

Como falado anteriormente, o ano de 2021 impôs dificuldades e adaptações a todos,


porém, mesmo em um ano tão complexo, minha experiência não poderia estar sendo
mais proveitosa, tanto em relação ao ambiente em que trabalho, como em relação a
estrutura e principalmente aos profissionais que tenho a chance de trabalhar e
aprender todos os dias, onde desde o dia em que cheguei , me receberam e se
propuseram a tirar dúvidas e me dar abertura para crescer dentro da instituição.

Como treinador adjunto estagiário, para obter o grau 1 de treinador de Futebol, tenho
a obrigação de treinar uma equipe de futebol de 7, porém, em busca do máximo
conhecimento possível, fui além, e me encontro não só como adjunto do escalão sub
10, como no futebol de 11, me encontro como treinador adjunto da equipe sub 15 e
treinador adjunto esporádico na equipe 13, capitaneada pelo meu tutor André
Rodrigues Teixeira, um treinador e diretor, que é um dos grandes responsáveis pelo
incrível ambiente que a escola Dragon Force Gondomar se encontra, e que cabe um
parágrafo específico para ele.

Desde o início, sempre esteve disposto a ajudar a todos, seja fornecendo materiais, ou
para tirar dúvidas e até mesmo conversas sobre o futebol em geral, que afinal, é o
esporte que amamos. E toda essa disponibilidade para ajudar, faz com que o ambiente
em Gondomar seja incrível para ir trabalhar todos os dias, sendo um motivador a mais.

Para concluir essa breve introdução, e dar início ao relatório detalhado, acho
importante constatar, que mesmo com apenas 3 meses de estágio, fui chamado para
integrar o campo de férias Dragon Force, mostrando que o esforço, a determinação e
foco são sim recompensados nessa instituição, onde a meritocracia é determinante e
só cabe a mim aproveitar, aprender e usufruir cada vez mais dessa incrível
oportunidade.
1.1 IPDJ:

Os cursos de treinadores de desporto estão estruturados por graus, com


responsabilidades e competências próprias inerentes à tipologia de praticantes junto
dos quais os treinadores intervêm, conforme o estabelecido nos perfis profissionais
definidos.
Os cursos de treinadores de desporto estão organizados em 2 componentes de
formação letiva, a Componente de Formação Geral e a Componente de Formação
Específica, neste caso Futebol, cada uma delas com os respetivos de referenciais de
formação e uma componente de formação prática (estágio) cujos objetivos e
organização são definidos pelas entidades que regem as diferentes modalidades
desportivas, no cumprimento da matriz e regras estabelecidas no âmbito do Programa
Nacional de Formação de Treinadores. Desta forma, apresento a Lei n.o 40/2012 de 28
de agosto, que estabelece o regime de acesso e exercício da atividade de treinador de
desporto. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.o
da Constituição, o seguinte:
• Capítulo II, Artigo 6o, Requisitos de obtenção do título profissional:
1 — Podem ter acesso ao título profissional de treinador de desporto de uma dada
modalidade desportiva os candidatos que satisfaçam um dos seguintes requisitos: a)
Licenciatura na área do Desporto ou da Educação Física, tal como identificada pela
Direção -Geral do Ensino Superior; b) Qualificação na área do treino desportivo, no
âmbito do Sistema Nacional de Qualificações, por via da formação ou através de
competências profissionais adquiridas e desenvolvidas ao longo da vida reconhecidas,
validadas e certificadas, nos termos do artigo 12.o do Decreto -Lei n.o 396/2007, de 31
de dezembro, e da respetiva regulamentação; c) Qualificações profissionais
reconhecidas nos termos da Lei n.o 9/2009, de 4 de março.
2 — O reconhecimento dos cursos previstos na alínea a) do número anterior, para
efeitos de atribuição do título profissional, é da competência do IPDJ, I. P.
3 — A emissão do título profissional compete ao IPDJ, I. P., sendo o respetivo modelo
definido por despacho do presidente do IPDJ, I. P., publicado no Diário da República.
4 — Para efeitos da alínea b) do n.o 1, os referenciais de formação na componente
tecnológica para a obtenção de uma qualificação e os requisitos para homologação dos
cursos conducentes à obtenção da mesma integram o Catálogo Nacional de
Qualificações e são definidos por despacho do presidente do IPDJ, I. P., mediante
parecer prévio favorável da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino
Profissional, I. P., publicado no Diário da República, o qual deve definir os níveis de
competências dos formadores e o perfil profissional, incluindo os objetivos das
unidades e subunidades curriculares e conteúdos, as atividades, as competências de
saída, as condições de acesso, as saídas profissionais, as unidades de formação e as
cargas horárias.
5 — Os cursos para obtenção da qualificação referida no número anterior são
ministrados por entidades formadoras certificadas no âmbito do Sistema Nacional de
Qualificações nos termos do artigo 9.o ou por federações desportivas dotadas do
estatuto de utilidade pública desportiva.
Artigo 11o, Treinador de grau I:
O grau I corresponde ao nível mais elementar do exercício da profissão, conferindo ao
seu titular, tendo em vista a consolidação de valores e hábitos desportivos para a vida,
competências para: a) A condução direta das atividades técnicas elementares
associadas às fases iniciais da atividade ou carreira dos praticantes ou a níveis
elementares de participação competitiva, sob coordenação de treinadores de desporto
de grau superior; b) A coadjuvação na condução do treino e orientação competitiva de
praticantes nas etapas subsequentes de formação desportiva.
2- Escola De Futebol Dragon Force Gondomar/FC Porto/Gens
SC

2.1. História
Para falar sobre a história da Dragon Force Gondomar é importante antes falar sobre a
história do futebol clube do Porto, fundado em 1893 por António Nicolau D’almeida
que escolheu as cores azul e branco para o clube por acreditar que esses trariam
tranquilidade e pureza, cores que poderiam representar o país, que na época possuía
as mesmas cores em sua estandarte. No ano de 1922, a Câmara Municipal autorizou o
clube a utilizar o brasão da cidade. Depois disso, o clube continuou a crescer e tornou-
se depois das ultimas 3 décadas o clube com mais títulos a nível nacional, com 74
títulos conquistados, entre eles 2 Champions League. Foi a partir desse sucesso, que se
deu início a um projeto Inovador, o projeto Dragon Force, com o objetivo de melhor
desenvolver e formar jovens jogadores e jogadoras de 4 aos 14 anos, que com o lema
do poder do dragão e história de excelência do clube, que cativou inúmeros jovens
jogadores. É importante frisar que já existiam escolas de formação por todo o país,
porém, a cultura do FC Porto cativava toda a população, sobre o lema de “ você tem o
poder do dragão”, fez com que o projeto se desenvolvesse cada vez mais, elevando
seu nível de formação de novos jogadores, com melhores estruturas e competências
de recursos humanos, se tornando exemplo em formação em todo o país.

Por todas essas competências, a Dragon Force foi atribuída pela APCER com o
certificado de qualidade, distinção nunca antes atribuída a um clube de formação. Com
isso, o projeto cada vez mais se expandiu, e hoje detém 20 escolas por todo o país,
incluindo a Dragon Force Gondomar, local que realizo meu estágio, que se localiza em
Gens, tendo como campo de treinamento o campo do Gens SC..
E agora, entramos em outra história importante que é a do clube parceiro da DF, o
Gens FC, fundando em 1925 e que tem como atual presidente Mário Santos. O Gens
que é importante frisar, é um dos clubes mais antigos do concelho de Gondomar, e
compete desde o ano de 1944 na Associação de Futebol do Porto, sendo membro
benemérito.
Por fim, em 2019, o Gens SC firmou uma parceria com a Dragon Force, dando início a
Dragon Force Gondomar, que hoje conta com mais de 200 jogadores, que defendem o
emblema do Gens SC.

2.2. Estrutura Dragon Force

Sendo a Dragon Force uma escola de formação do FC Porto, a estrutura tem que
honrar a estrutra da mesma, com isso a escola de Futebol encontra-se organizada da
seguinte forma:
• Gestor do projeto;
• Gestor operacional;
• Gestor administrativo;
• Coordenador técnico geral;
• Coordenador técnico (supervisor de escola);
• Coordenador técnico-adjunto;
• Coordenador operacional;
• Responsável operacional;
• Treinador;
• Team manager – delegado;
• Departamentos transversais;
• Técnico de equipamentos;
• Nutricionista;
• Psicólogo;
• Mediador socioeducativo;
• Fisioterapeuta.
2.2.1 Recursos Materiais

Figura 1 – Parque Desportivo de Gens (Gens - Gondomar)


Parque Desportivo de Gens
Localiza-se em Gens – Gondomar e tem capacidade para 2500 adeptos
O Parque Desportivo de Gens possui:
• Secretaria
• Sala de treinadores / sala de coordenação
• Sala de reuniões
• 2 balneários para atletas,
• Balneário dos árbitros
• Sala de material
• Gabinete médico
• Bar
• Bancada
Como material disponível para os treinos, os treinadores têm à sua disposição:
• 8 Balizas de Fut1
• 6 Balizas de Fut3
• 5 Balizas de Fut5
• 2 Balizas de Fut7
• 2 Balizas de Fut11
• 10 Barreiras
• 2 Escadas de Coordenação
• 40 Coletes
• 50 Bolas (diversos tamanhos)
• 4 Arcos

2.2.2Recursos Humanos

Os recursos humanos do clube estão divididos entre recursos da DF e recursos do


clube parceiro, o Gens SC.
A parte operacional, Coordenador Técnico e Responsável Operacional e Staff técnico
(treinadores) são recursos DF.
O Bar do clube está a cargo do próprio Clube( Gens SC)
A equipa sénior, o escalão Sub.17 e Sub.19 são coordenados e treinados pelo staff do
clube, uma vez que o projeto DF Gondomar compreende atletas entre os 3 (turma de
Iniciação) e os 15 anos (Sub.15).
O clube tem ainda um técnico de equipamentos que organiza tudo aquilo que tem a
ver com a equipa sénior e auxilia todos os escalões de formação (DF e Gens SC).
O departamento médico é composto por um fisioterapeuta da DF que acompanha os
diversos escalões em todos os treinos e jogos. Sempre que necessário o clube parceiro
auxilia com fisioterapeutas da equipa sénior e da formação, sobretudo nos jogos, ao
fim de semana.
O departamento de psicologia e pedagogia é composto por dois psicólogos estagiários
(DF), devidamente tutorados pelas coordenadoras dos departamentos de Psicologia e
Pedagogia DF e, acompanham os escalões de Sub.15 e Sub.13 em todos os treinos e
jogos, auxiliando e implementando dinâmicas em todos os escalões da escola.

2.3 Objetivos
2.3.1 Objetivos de formação

Em relação a formação, tem como objetivo principal fazer com que todos os seus
jogadores e jogadoras adquiram valores, não só em relação ao Futebol, dentro do
campo, respeitando os amigos, adversários, árbitros ou qualquer outra pessoa com o
qual interajam, mas também, fazer com que esses princípios possam passar para fora
de campo, no seu dia a dia.
Também são instruídos valores nos jogadores para que possam amadurecer do ponto
de vista pessoal e sejam um exemplo na sociedade, sendo assim virtuosos cidadãos
que se preocupam não apenas com si, mas com a sociedade como um todo.
Aliando assim, a formação de um bom jogador de futebol, e de um cidadão que vai
saber interagir e integrar uma sociedade.

2.3.2 Objetivos de preparação

Em relação ao que diz respeito à preparação dos atletas, os objetivos devem ser
impostos com vista a que os atletas evoluam e alcancem patamares de desempenho
cada vez mais altos.
Citando o meu tutor André Teixeira “Os objetivos de preparação passam por
proporcionar uma adequada formação tático-técnica, motora, psicológica e cívica, ou
seja, desenvolver capacidades e habilidades de caráter mais individual. Depois,
preparar os jogadores taticamente, no sentido melhorar os seus conhecimentos de
jogo, assumindo o processo de treino um papel decisivo na transmissão deste mesmo
conhecimento. Outro dos objetivos é o de aliar a adequada formação desportiva a
boas prestações desportivas que permita aos atletas ter acesso nos diversos escalões
etários do Clube, a competições do mais alto nível competitivo possível. Os objetivos
de preparação são dirigidos, essencialmente, para a melhoria do jogador, tendo em
conta os pressupostos definidos no Manual Técnico DF, com vista à formação de um
jogador de qualidade, que lhe
possibilite atingir um elevado patamar de rendimento”.

2.3.3. Objetivos da Competição

Os objetivos da competição na DF são elevar os atletas para que esses possam atingir o
seu mais alto rendimento. Em relação ao meu escalão( sub 10) em específico, temos
como objetivo conseguir que a equipe se desenvolva e atinja a divisão de elite, já que
possuíamos uma equipe com grande margem para crescimento, e até o momento, o
objetivo está a decorrer bem, estando nossa equipe em 1.º lugar

2.4. Equipes da Dragon Force Gondomar

• 2 Turmas de Iniciação
• Sub.7
• Sub.8
• Sub.9
• Sub.10
• Sub.11
• Sub.12
• Sub.13 (duas equipas)
• Sub.15
A escola conta com 150 alunos distribuídos pelas diversas equipas e turmas.
2.5. Regulamento Interno

O regulamento interno da Dragon Force não pode ser colocado nesse relatório por ser
apenas de uso interno para funcionários e colaboradores.

2.6. Minhas Funções Atribuídas

Dentro do clube, existe uma grande meritocracia, já, que assim que cheguei no clube,
minhas funções eram mais baseadas em preparação do treino, garantir que o material
estivesse completo para prática( se tinham bolas suficientes, coletes para todos…) e
garantir que o treino fosse o mais fluido possível repondo bolas e ajeitando medidas,
porém, com paciência, esforço, e sede de apreender, cada vez mais foram sendo
atribuídas mais funções pelos meu mister, desde cada um ficar coordenando uma
parte do exercício, desde ter mais liberdade para das feedbacks nos treinos e nos
jogos, além de passar a ser da minha responsabilidade maior o posicionamento do
guarda redes. Além disso, a construção dos treinos também estou presente, e no
âmbito de jogos e treinos, ainda possuo a função de contabilizar as presenças, fazer
relatórios dos jogos, anotar os tempos de jogo, gols, assistentecias e ocorrências, além
de observações.

2.7. Filosofia
A filosofia da Dragon Force se sustenta em formar jogadores à FC Porto e possui 3
pilares:
-Ensinar futebol de acordo com a idade e o desempenho do aluno
-Ensino integrado de diferentes áreas Educacionais ( saúde, cidadania, ambiente..)
Durante os treinos e outros eventos desportivos
-Utilizar os jogadores da equipe principal do Porto como modelo a seguir

2.8. Organigrama

Devido a proteção de dados, o organigrama não pode ser colocado neste relatório.

2.9. Caracterização da equipe

Sub 10

•Organização Ofensiva:
Coletivamente/Sectorialmente
•1º Sub-momento – saída do guarda-redes/ reposição
oCampo grande em largura e profundidade;
oFormação de triângulos/ losangos;
oAjustes posicionais/saídas de marcação;
oSaída/reposição em segurança: perto ou longe;
oGuarda-redes – Distribuição mãos e pés em contexto de reposições e bola
atrasada;

Coletivamente/Sectorialmente
•2º Sub-momento – identificação e/ou criação de espaços
oCampo grande em largura e profundidade; 
oAtrair com bola (em condução ou em passe)
●Passe de 1ª e 2ª estação para a frente (perto e longe);
●Coberturas para reciclar pelo DC e GR (para chegar novamente à frente);

Coletivamente/Sectorialmente
•3º Sub-momento – entrada nos espaços
oPassar linhas de pressão;
oContramovimentos (apoio/rotura, dentro/fora);
oMovimentos de rutura e ataque à profundidade; 
oPasses e penetrações;
oEquilíbrio;

Coletivamente/Sectorialmente
•4º Sub-momento – finalização
oTiming de entrada;
oEnquadramento bola-baliza;
oFinalização de diferentes formas;
oFinalização de 1ª e 2ª linha;
oEquilíbrio;
Coletivamente/Sectorialmente
•Relação com bola 
oReceções: orientadas e com diferentes partes do corpo (1º toque para avançar ou
guardar); 
oPasses: diferentes trajetórias e superfícies do pé;
oPasse curto e longo;
oRemates: diferentes trajetórias e superfícies do pé e cabeça;
oRemate de 1ª e 2ª linha
oCondução: travagens, mudanças de direção e de velocidade;
oSimulações e proteções;
oDrible vertical e horizontal;
oDrible 1x1;
oGuarda-redes – Variabilidade de gestos técnicos e distância na distribuição; 

•Organização Defensiva:

Coletivamente/Sectorialmente
•1º Sub-momento – Fecho dos espaços interiores/ Condicionamento
oFecho das linhas em profundidade e largura;
oPreferencialmente com pressão alta e condicionamento para as zonas laterais; 
oGuarda-redes - Posicionamento de baliza, fecho de ângulos, ações
diagonais/trajetórias aéreas e 1x1 (duelos);
 

 Coletivamente/Sectorialmente
• 2º Sub-momento – Criação de zona de pressão
oReagir juntos a indicadores de fragilidade na posse adversária;
oAproveitamento das zonas laterais do terreno de jogo;
oFecho dos espaços de saída da pressão;
•3º Sub-momento – Recuperação da bola
oInterceção/ desarme orientado (para transição);
oGuarda-redes - Proteção das costas da defesa (guarda-costas); 

Individualmente
•Condicionar o portador da bola
oPosição defensiva;
oContenção (temporizar até à reorganização coletiva);
oCondicionamento através do direcionamento dos apoios;
oGuarda-redes – Quedas, posição base, trajetórias aéreas, posicionamento
bola/baliza, receções baixas, médias e altas; 
oGuarda-redes – Agarre e encaixe; 
•Recuperação de bola 
oCapacidade de antecipação;
oAgressividade no desarme;
oDesarme para ficar em posse; 

•Transição Defesa/Ataque :

Coletivamente/Sectorialmente
•Transição para 1º ou 2º sub-momento em posse 
oSaída da zona de pressão em segurança;
oCampo grande;
oManutenção da posse de bola em segurança:
• Transição para 3º ou 4º sub-momento em posse 
oSaída da zona de pressão aproveitando o espaço à frente da bola;
oChegada à frente com vários jogadores;
oSubir linhas em conjunto;
oEquilíbrio;
oGuarda-redes – identificar vantagem;

•Transição Ataque /Defesa


Coletivamente/Sectorialmente
•Transição para 2º ou 3º sub-momento sem posse
oPressão imediata sobre a bola;
oFecho dos espaços próximos à bola para não deixar sair;
oGuarda-redes - Proteção das costas da defesa;
• Transição para 1º sub-momento sem posse
oPressão imediata sobre a bola individual e coletiva;
oFecho dos espaços perto e longe da bola (campo pequeno);
oGuarda-redes - Posicionamento de baliza, fecho de ângulos, 1x1 (duelos);
oGuarda-redes – Manter posicionamento adiantado;

Individualmente
•Condicionar o portador da bola
oPosição defensiva;
oDirecionamento através dos apoios;
oGuarda-redes – Quedas, posição base, posicionamento bola/baliza, receções
baixas, médias e altas; 
oGuarda-redes – Agarre e encaixe; 
2.9.1 Apresentação Do Plantel
O
2.10. Pré Temporada

Durante a última semana de agosto, minha equipe ( Sub 10) em conjunto com o sub 9
e Sub 11, já que durante a pré temporada, não são todos jogadores que partiram desse
período “ Extra “, participaram da Dragon Force Cup, onde tivemos treinos durante
toda a semana para começar a preparar os jogadores para a época. Devido a grande
diferença de idade, houve alguma dificuldade na equipe, já que existiam por exemplo
jogadores de 6 e 10 anos treinando juntos, porém, foi de grande aprendizado para
conhecermos os jogadores, e durante a dragon force cup que ocorreu no último fim
de semana de agosto, conseguimos tirar muitos pontos positivos, apesar de não
conseguirmos ganhar nenhum jogo contra as equipes da Dragon Force Foz e
Constituição.
CAPÍTULO 3 :
MODELO
ORGANIZACION
AL DA ESCOLA
DF
3.0. Modelo Organizacional DF Gondomar

3.1. Modelo de jogo

O modelo de jogo exercido por nossa equipe se encontra em um sistema tático 1-3-1-
2
3.2. Organização Defensiva

Na nossa equipe do sub 10, adotamos uma postura de pressão alta, com a pressão
sendo exercida na saída de bola adversária, assim sufocando o adversário. Esse cenário
se repete em grande parte dos jogos, porém, em alguns jogos, podendo baixar o bloco
para médio/ alto, devido a qualidade de saída do adversário. Por isso, durante os
treinos trabalhamos os diferentes cenários, para preparar para adversidades que
possam acontecer durante o jogo.

3.2.1 Macro princípios

- A equipe exerce uma pressão por zona, em bloco Alto, podendo passar para
Médio/alto, trabalhando para recuperar a bola o mais rápido possível, sem dar espaços
para o Adversário, ou seja, uma pressão agressiva, que recupere a bola o mais próximo
da baliza adversária possível. Nossos avançados, tem que tentar induzir ao time
adversário que jogue pelas laterais, onde os nossos jogadores estão instruídos a
pressionar de forma mais forte, principalmente em situações de vantagem, como um
mal domínio do adversário, ou o adversário estar de costas.

3. 2. 2. 1.º fase: FASE DO REEQUILÍBRIO DEFENSIVO


Meso princípios:

O equilíbrio é garantido pela movimentação dos 2 atacantes( depende do lado) que


condicionam o time adversário a sair jogando pelas laterais, e com isso existe a
oportunidade para a linha de 3 se reorganizar( a bola estando na esquerda, o ala
esquerdo sobe, o central preenche o lugar do ala, e o ala direito preenche o lugar do
central) existindo assim o equilíbrio da equipe

Micro princípios:
- coberturas Defensivas
- condicionamento através do direcionamento dos apoios
- Fecho da linha em profundidade e em largura

3.2.3. 2.º Fase: Fase de Equilíbrio


Meso princípios:

- Equipe compactada e em bloco, atenta as infiltrações e bolas nas costas, já que o


bloco é alto para médio/ Alto.
- Equipe induz ao adversário para o jogo pelas alas, evitando que a equipe adversária
progrida pelo meio
- Guarda redes avançado, para ser o primeiro apoio defensivo, em caso de bola
lançada nas costas da defesa

Micro Princípios:

- fechos dos espaços de saída de pressão


- coberturas
- contenção bem definida

3.2.4. 3.º Fase : Fase de Recuperação


Meso princípios:

-Induzir ao time adversário ao jogo pelas alas, onde está definida nossa área de
pressão.

- Como falado anteriormente, o guarda continua sendo o primeiro apoio defensivo em


caso de infiltrações ou bolas nas costas do adversário

- O bloco continua compacto, e reage junto a indicadores de fragilidade da equipe


adversária

-Intercessão e desarme orientado para transição

Micro Princípios:

- capacidade de antecipação
- Agressividade no desarme
- Desarme para ficar em posse
- Guarda redes- proteção das costas da defesa
- coberturas

3.3. Transição Ofensiva

3.3.1 Macro princípios


-Assim que recuperamos a bola, jogar de forma segura a manter a posse, identificando
as vantagens, de preferência, tentando acelerar ao máximo o jogo com os 2 atacantes
que vão procurar a demarcação. A equipe tem que estar postada em Campo Grande,
dando amplitude de jogo, e opções para o desenrolar da jogada. Caso a equipe
adversária não de espaço por estar organizada, volta-se a bola, e a trabalha em
segurança até que se identifique uma oportunidade de ataque.

- A equipe deve chegar a frente com vários jogadores e subir as linhas em conjunto,
aproveitando para sair da zona de pressão com o espaço a frente da zona da bola.

Meso princípios:

- manutenção da posse de bola em segurança


- Rápida mudança de postura
- Movimentação e demarcações para criar linhas de passe
- Mobilidade

MICRO PRINCÍPIOS:

- Avançado do lado contrário apoia a transição com o outro avançado


-Avançados procura a profundidade
-Resto da equipa sobe rapidamente as linhas

3.4. Organização Ofensiva

3.4.1. Macro princípios


-Time objetivo, que busca infiltrações rapidamente, e inversões de jogo
para os alas contrários, ambos, com o objetivo de quebrar as linhas
adversárias, mantendo o equilíbrio, para, caso perca a bola, rapidamente a
recuperar

3.4.2. 1.º Fase: Fase de construção do jogo ofensivo

Meso princípios

- Campo Grande em largura e profundidade. Os alas abrem quase que até as linhas,
dando amplitude, vindo o camisa 10 mais atrás para ajudar na construção de jogo. Os
dois atacantes se movimentam variante o lado que a bola se encontra para dar opção
da jogada em profundidade nas costas da defesa adversária

- Saída do guarda Redes em segurança: perto ou longe, dependendo do


posicionamento do adversário( se em bloco baixo, médio ou alto)

- A equipe joga em jogo posicional, sabendo os jogadores onde devem estar em


determinada situação.

- Preferência por sair jogando desde trás, em segurança, sem perder a posse, com o
central vindo dar opção de saída e os alas bem abertos. O camisa 10 recua para dar
oportunidade do jogo interior, enquanto os atacantes buscam a desmarcação.

Micro Princípios

- ajustes posicionais
- Saídas da marcação
- atrair com bola
- formação de triângulos em campo
- Preenchimento dos espaços corretos
3.4.3. 2.º fase: Fase de Criação de situações de Finalização

-Meso Principios:
- time em Campo Grande em largura e profundidade
- provocar sem a bola
- jogar em segurança, tentando acelerar o jogo em situações de vantagem e
oportunidade.
- caso contrário, jogar de forma segura, trabalhando e circulando a bola até que surja
espaço para o avanço
- Criar situações de superioridade Numérica
- Atrair com bola em condução ou Passe
- Jogo prioritariamente entre linhas.

-Micro Principios :
- reação rápida
- ataque direcionado
- tomada de decisão
-Ajustes posicionais em função, da bola , companheiro ou adversário
- passes de rotura

Comportamentos setoriais :

-Guarda redes:
-joga como um libero, adiantado, primeiro apoio defensivo em caso de contra-
ataque.
- Apoio para desacelerar o jogo

-Central:
- provocar os adversários com e sem bola, criando linhas de passe
- Opção de passe mais recuado para um jogo mais renhido

- Alas:
- Amplitude de jogo, quebrando a marcação com jogadas interiores ou por fora,
em jogadas de tabela ou 1x1.
- Atrai com a bola para dar espaço para o jogo interior
- Passes de 1.º ou 2.º para criar demarcações para os atacantes
- Ala do lado contrário a bola, não deve subir, e fica como apoio em caso de
contra ataque

-Meia
- opção de passe interior
- Provoca sem a bola
- joga em 1.º ou 2.º passe buscando o avanço dos alas, ou passes em rotura para
os atacantes.

-Atacantes:
-procuram a desmarcação para dar linhas de passe
- fixar defesas adversários
-Provocar com e sem bola

3.4.4 3.º fase: Fase de Finalização

-Meso Princípios:
- Timing de Entrada
- Enquadramento bola/ baliza
- Atacar sempre com pelo menos 1 dos alas
- Tranquilidade para trabalhar a bola perto da área, sem a perder, esperando o melhor
momento para finalizar a jogada
- O bloco se mantém alto, para uma rápida recuperação caso se perca a posse
- o ala contrário ao lado da bola, não sobe, caso exista um contra ataque.
- Remates de média distância, devido a qualidade dos jogadores nesse quesito

-Micro Principios

-finalização de 1.º e 2.º linha


-Finalização de diferentes formas
- Coragem para o 1 x 1
- Finalizar quando houver a oportunidade

3.5. Transição Defensiva

3.5.1. Macro principio :


- Recuperar a bola o mais rápido possível, e o mais perto da área adversária possível.
Fechando possíveis linhas de contra ataque, e tendo no guarda redes um grande apoio
defensivo para essas bolas que poderiam entrar nas costas do central. Caso a equipe
adversária passe nossa linha de pressão inicial, devemos condicionar para que joguem
pelas alas, e aí, pressionar novamente, ou botando a bola para lateral, para dar tempo
de a equipe entrar em equilíbrio novamente. Caso a bola entre pelo corredor central,
devemos realizar a contenção com a ajuda de um dos avançados, até que a equipe
entre em equilíbrio, caso seja necessário, em último recurso, realizar a falta para
tempo da equipe se reorganizar.
Meso principios :

- Rápido poder de reação pós – perda,


- bloco compacto e coeso
- condicionar através do direcionamento dos apoios
- Pressão imediata sobre a bola
- fechos dos espaços próximos a bola, para não deixá-la sair
- Guarda redes adiantado

Micro principios:

- campo pequeno
- contenção
- Agressividade pós perda

3.6. Esquemas táticos


3.6 1. Esquemas táticos defensivos

3.6.1.1. Cantos defensivos

3.6.1.2. Livres defensivos


3.6.2. Esquemas Táticos Ofensivos

3.6.2.1. Cantos Ofensivos


3.6.2.2. Livres Ofensivos
3.7. Organização época 2021/ 2022

3.7.1 Cronograma da época pré competição


3.7.2 Planificação dos conteúdos tático-Técnicos da época

Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
3.8. Fichas de ciclos de treino

-Mesociclo de setembro

-PRESENÇAS ( Setembro)
-Microciclos:

1.º
Reflexão do 1.º microciclo:
Nesta semana, por ainda ser o começo da época, e por ser uma volta as
férias, os jogadores estavam muito ansiosos para jogar, com muita energia.
E isso acabou atrapalhando um pouco a atenção que eles tiveram aos
conteúdos dados. Neste final de semana, começamos os jogos amistosos,
para preparação ao campeonato que mais tarde se iniciará.
2.º
Reflexão do 2.º microciclo:
Nesta semana priorizamos trabalhar a organizado defensiva, tendo em vista
oque aconteceu no jogo do fim de semana, e os jogadores, agora já mais
tranquilos deram início ao processo de aprendizagem e das ideias que
queríamos passar

3.º
Reflexão do 3.º microciclo

Nesta semana, depois de uma melhora significativa na semana anterior,


começamos a introduzir a organizado ofensiva como objetivo semanal.e
alguns jogadores começavam a demonstrar um grande potencial.
4.º
Reflexão do 4.º microciclo:

Esta semana, alguns jogadores demonstraram ter um temperamento forte, e


algumas lideranças começaram a chamar atenção. Inclusive, demonstrando
um certo conhecimento teórico
Mesociclo de Outubro
Presenças de Outubro
Microciclos
1.º
Reflexão Microciclo 1.2

Esta semana, depois de um bom resultado em amistoso preparatório, o time


vem ganhando cada vez mais confiança, e acredito que estamos no
caminho certo para atingir os objetivos da temporada. Os jogadores estão
cada vez mais assimilando as ideias, sendo um defeito ainda notório a
organização defensiva, que ainda aparece pouco compactada.
2.º
Reflexão microciclo 2.1

Nesta semana trabalhos tanto organização ofensiva como transição


defensiva. Ganhamos mais um jogo amistoso no final de semana, fora isso,
sem muitas coisas a acrescentar
3.º
Reflexão do microciclo 2.3:

Durante essa semana, fiquei encarregado de tentar melhorar o


posicionamento do nosso Guarda redes e suas saídas da baliza, devido que
no último jogo amistoso, notamos que ele tem algum receio de sair da
baliza, e por isso sofremos alguns gols. Mas vejo muito potencial de
crescimento, e nessa semana mesmo já notei alguma melhora.
Mesociclo novembro

O mesociclo completo ainda não está disponível, mas na próxima


atualização do relatório já estará, porém, segue abaixo todos os microciclos
de novembro

Presenças novembro
Microciclos:

1.º
Reflexão do microciclo 1.3

Com a proximidade do campeonato chegando, os jogadores parecem estar


muito mais focados e empenhados, melhoramos bastante a saída do nosso
Guarda redes, e a compactação do bloco defensivo, e fora isso ganhamos
mais um amistoso importante, fator que eleva muito o ânimo da equipe
para o jogo do próximo dia 13

2.º
Reflexão do microciclo 2.3

Finalmente o dia da estreia chegou, e com uma grande vitória( os jogos e


todos dados sobre o campeonato estarão mais à frente num próximo
tópico), começamos a temporada competitiva muito bem, apesar de saber
que ainda existem muitas áreas a melhorar, principalmente nas transições
defensivas.
3.º
Reflexão do microciclo 3.3

Depois de uma boa vitória no último fim de semana, temos o final de


semana livre, já que não temos jogo por causa da folga, por isso tiramos a
semana para tentar melhorar os pontos que achamos mais fracos no último
jogo, focando exatamente na transição defensiva e um pouco na transição
ofensiva.
4.º
Reflexão do microciclo 3.4

Depois da semana livre para trabalhar os pontos mais fracos da equipe,


parece ter surtido efeito e viemos com mais uma boa vitória, focando
durante a semana dessa vez na organização defensiva, viemos agora com 6
pontos em 2 jogos e a busca pela liderança

Mesociclo Dezembro
Assim como o mesociclo completo de novembro, ainda não está
disponível, mas até o final de janeiro já vai estar disponível, e estará na
próxima atualização do trabalho. Porém, segue abaixo todos os microciclos
de dezembro

Presenças Dezembro
Microciclos
1.º
Reflexão do microciclo 1.4

Essa semana, focamos mais na organização ofensiva, já que perdemos


alguns aspectos a melhorar do último jogo( mais uma vitória) e para nos
preparar para enfrentar uma das melhores defesas do campeonato, do SC
Rio Tinto na próxima semana.
2.º
Reflexão do Microciclo 2.4

Ganhamos, e convencemos. Depois de uma semana de treino dura, sabendo


do adversário que enfrentaríamos( atual líder do campeonato), vencemos
por 3 a 2 em nossa casa. Depois de ter trabalhado intensamente a
organização defensiva da equipe, que se postou muito bem, mas em 2 erros
bobos, levou 2 gols
3.º
Reflexão do microciclo 3.4.
Depois dos bons resultados e incríveis 4 vitórias em 4 jogos, tivemos a
semana de preparação para nosso último jogo antes da pausa de natal,
talvez, no nosso melhor momento até agora, tanto tático como psicólogo e
físico e técnico. Por isso, trabalhamos mais uma vez intensamente para
irmos para as férias de natal com a liderança e 5 vitórias em 5 jogos.
4.º
Reflexão do microciclo 4.4

Na última semana, já sem jogos antes da pausa, e vindo de mais uma


vitória, tivemos uma semana mais lúdica e relaxada, com temáticas de
natal. Nessa semana, também fui chamado para participar do campo de
férias Dragon Force, mas mesmo assim, fui aos treinos, tendo nessa mesma
semana, a visita do Professor Rui Pacheco, que veio nos avaliar em campo .

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