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3ª FASE – ENSINO MÉDIO

Ed. Física

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AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO

O aspecto cultural é um fator importante para determinar as atividades a ser selecionada


para as aulas de Educação Física. Cada pessoa tem um estilo próprio e identifica-se com
as modalidades que vão ao encontro dos seus interesses e características.

No Ensino Médio vamos estudar alguns esportes coletivos e individuais, danças, ginástica,
lutas, além de outras atividades que, com a globalização, estão tendo destaque e fazem
parte do nosso cotidiano. Iremos abordar temas como nutrição, fisiologia e outros ligados
à saúde e à qualidade de vida, para que você o aluno possa ter um desenvolvimento
global.

Atividade física saudável

Atualmente, é comum a ocorrência de lesões ou acidentes graves durante as práticas


esportivas, pois as pessoas muitas vezes se confundem com relação à verdadeira
finalidade da atividade física. Exemplo: é comum que os iniciantes do jogging (corrida)
fiquem empolgados e se inscrevam em provas de meia-maratona ou de maratona. Como
ainda não estão preparados fisicamente para percorrer longas distâncias, eles podem ter

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sérios problemas de saúde — lesões musculares, articulares ou ósseas, problemas


respiratórios e cardíacos e desidratação —, quando, na verdade, a prática física deveria
ter como objetivo a melhora na qualidade de vida desses indivíduos.

O termo usado pelos médicos para designar essas pessoas é “atleta de final de semana”
e diz respeito aos indivíduos que não buscam o condicionamento físico necessário para
a atividade que fazem, mas, mesmo assim, esforçam-se de forma exagerada e
extrapolam o limite da prática saudável.

É necessário saber que existem práticas físicas adequadas a cada perfil. Além disso, na
maioria dos casos, as academias, clubes e escolinhas separam os praticantes por níveis
para evitar que haja grandes desigualdades no preparo físico e no desempenho técnico
e tático dos esportistas.

Outro problema é que, na prática física, as coisas não funcionam como em outras
atividades do cotidiano. Por exemplo: quando o professor dá ao aluno o prazo de um
mês para entregar um trabalho de 15 páginas, o estudante pode fazê-lo por etapas (meia
página por dia, uma a cada dois dias, duas por dia ou as 15 páginas no último dia) e o
resultado será praticamente o mesmo. Mas correr 20 minutos diariamente não é a
mesma coisa que correr uma única vez por semana durante 2 horas. Se na regularidade
da corrida diária a tendência é o aumento gradativo do condicionamento físico e,
consequentemente, a melhora da saúde do indivíduo, é provável que o desgaste
ocasionado pela corrida de longa distância realizada uma única vez por semana leve o
praticante a uma série de problemas. Assim, há mais malefícios do que benefícios na
atividade física.

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Cabe diferenciar o praticante de atividade física do atleta. Este vive em função do


desempenho e, para isso, treina com muito afinco. Mas a prática que realiza — de alto
rendimento — não é sinônimo de saúde, pois normalmente causa ao corpo uma série de
transtornos. Em contrapartida, o praticante de atividade física deve procurar melhorar
sua saúde por meio da prática de esportes ou exercícios sem preocupar-se com o
rendimento.

Dessa forma, o bom senso é fundamental. Tanto os exageros quanto o excesso de


brincadeira são extremamente prejudiciais à saúde daqueles que praticam atividades
físicas. Portanto, de nada adianta a prática regular de atividades físicas se esta for
antecedida ou sucedida da ingestão de bebidas alcoólicas ou do consumo de carnes
gordurosas — como acontece nas churrascadas após as partidas de futebol.

Independentemente do tipo de prática física escolhida, o correto é sempre ter


moderação. Isso serve também para as atividades normais do cotidiano, como dormir,
alimentar-se, trabalhar e estudar, pois não existe prática física que dê ao praticante uma
vida saudável se ele não tomar os devidos cuidados em relação a esses aspectos.
Entendendo os Esportes Radicais

Desde a década de 60, uma nova tendência esportiva vem crescendo vertiginosamente:
são os esportes não-formais, aqueles cuja principal característica é fugir do trivial, ou
seja, escapar dos convencionais esportes coletivos praticados com bolas em quadras ou
campos. Mais do que simples práticas esportivas, essas modalidades constituem um
estilo de vida, já que, embutido nelas, encontra-se um modo de se vestir, falar,
comportar-se, enfim, um cotidiano próprio.

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Além disso, uma condição quase essencial é o contato com ambientes naturais — como
praias (surfe, windsurfe, paraglide), bosques (paintball), florestas e montanhas

(montanhismo e escalada técnica), cachoeiras (rapel), rios (canoagem), até mesmo o ar


(pára-quedismo) ou ambientes arquitetônicos adaptados à prática — a urbanidade das
ruas, praças, escadarias, corrimões, etc. (esqueite, patinação on line, ciclismo), pontes e
viadutos (bungee jumping) e estradas secundárias, na sua maioria, de terra (rally). Assim,
de acordo com a escolha do espaço físico, a maioria dessas atividades ganha bastante
em emoção, pois o praticante geralmente está submetido a intempéries, principalmente
naqueles esportes em contato com a natureza, ou correndo risco por estar exposto a um
ambiente urbanizado cuja finalidade não é a prática esportiva, portanto, estando
também sujeito a imprevistos. Não é difícil, então, supor o motivo da nomenclatura
desse tipo de modalidade: esportes radicais.

É interessante observar que a gama de esportes radicais atende a todos os perfis de


atleta. Alguns requerem um investimento alto para a compra de equipamentos,
enquanto outros quase não os utilizam ou têm custos relativamente baixos. O número
de praticantes também é bastante flexível, variando de uma pessoa até algumas
centenas. Além disso, o próprio local da prática esportiva é diversificado: vai desde praias
e mar, passando por ruas e estradas, e chega a sistemas ecológicos ricos, como matas,
florestas e montanhas. A escolha depende do gosto de cada um.

Essas modalidades são riquíssimas em benefícios à saúde de seu praticante, mas, para isso,
o futuro atleta deve estar atento a alguns fatores. O mais importante é se informar
bastante sobre como é a modalidade — por exemplo, quais são os equipamentos
necessários para garantir segurança e onde ela pode ser aprendida com instrutores

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capacitados. Caso não exista nenhuma “escolinha” específica sobre a modalidade, a


solução é procurar pessoas que já a pratiquem por um bom tempo e pedir auxílio.

Os profissionais altamente treinados em suas modalidades afirmam que os praticantes


que se submetem a riscos desnecessários não são radicais, mas ignorantes! Assim, o ideal
é usar o material de segurança e não tentar fazer nada sem saber a consequência que
pode acarretar. Vale lembrar que, antes de tentar uma manobra ou atitude radical, é
sempre bom treiná-la em um ambiente simulado e, de preferência, também controlado
por pessoas capacitadas.

Depois de ter tomado esses cuidados, é só aproveitar a sensação prazerosa que os


esportes radicais propiciam e o melhor: a possibilidade de aproximação a novas pessoas
e, portanto, de surgimento de novas amizades.

Cuide bem de sua coluna

A coluna vertebral é a principal responsável por toda a sustentação do corpo, ou seja,


todo o sistema músculo-esquelético necessita dela para estabelecer os movimentos
essenciais do ser humano, como caminhar ou sentar, por exemplo. Portanto, os cuidados
com essa parte vital do corpo são fundamentais para se ter uma vida mais saudável, com
qualidade e menos riscos de doenças ligadas ao estresse do dia a dia.

Mas como cuidar bem da coluna?

Primeiro: o trabalho preventivo sempre traz resultados mais satisfatórios do que os


desenvolvidos somente quando aparece algum desvio ou problema na coluna vertebral

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(como escoliose, cifose, lordose, hérnia, lombalgia, etc.). Isso porque, quando esses
casos são diagnosticados, apenas um tratamento específico — realizado em conjunto
por médicos, fisioterapeutas e, em algumas circunstâncias, professores de Educação
Física — pode trazer melhoras. A técnica mais usada e também uma das mais eficientes
se chama RPG (reeducação postural global), e mesmo assim, trata-se de um trabalho de
médio/longo prazo que necessita muito da colaboração do paciente.

Dessa forma, a prevenção é a melhor estratégia, ainda mais porque ela exige cuidados
simples: ao caminhar e correr, mantenha a coluna alinhada; a cabeça, erguida; e os olhos,
na linha do horizonte. A princípio, pode ocorrer uma sensação de desconforto, mas, em
pouco tempo, você vai se habituar a manter essa posição. Nas aulas de Educação Física,
tente fazer os movimentos exatamente como o professor descreve, pois, para cada
atividade física ou modalidade esportiva, já houve uma pesquisa que mesmo em sala de
aula, preste atenção ao se sentar: é necessário manter a coluna ereta; use o encosto para
se apoiar, dando sustentação a ela. No caso de praticar a leitura, é mais recomendável
levantar o livro do que deixá-lo na carteira e abaixar a cabeça, já que se inclinar agrava
ainda mais a situação.

No dia a dia, alguns cuidados básicos são a escolha de um bom colchão, do travesseiro e

de calçados apropriados (para as meninas, o uso constante de sapatos de salto pode

trazer sérios problemas); o uso adequado da mochila escolar e o cuidado com o

sobrepeso — é muito melhor para a saúde fazer várias vezes o mesmo trajeto carregando

um peso pequeno do que levar tudo de uma só vez numa carga pesada. buscou posições

que causassem o menor prejuízo possível à coluna.

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Além desses cuidados, para evitar riscos à coluna, é fundamental a prática de exercícios
de alongamento e compensação. Algumas práticas esportivas — como o tênis, o futebol
e o voleibol — trabalham mais um lado do corpo do que o outro, portanto, o
alongamento compensando o excesso de exercícios de um lado do corpo evita desvios
posturais como a escoliose. E isso não se restringe somente à prática física. Até o hábito
de escrever deve ser seguido de uma compensação para o lado oposto. Use e abuse
desse tipo de exercício porque ele não tem contraindicação, além de ser uma condição
necessária à saúde.
Lazer e Qualidade de Vida

Ver televisão, jogar videogame, conversar com os amigos — seja ao vivo, por telefone ou
pela Internet —, ouvir música, ler, sair para dançar, praticar esportes, ir ao cinema ou
passear no shopping... Enfim, são várias as atividades gostosas de fazer quando se tem
tempo disponível. Mas será que todas elas são benéficas à saúde?

Atualmente, existe uma grande preocupação com o que as pessoas andam fazendo
durante seu tempo livre, pois se sabe que isso se reflete diretamente em sua produção
diária. Exemplificando: um aluno que passa todos os dias muitas horas na frente da
televisão vai encontrar dificuldades para se sociabilizar com os colegas na escola. Além
disso, hábitos sedentários — como assistir à TV — fazem com que os alunos tenham
baixo rendimento nas práticas físicas. Então, mesmo que as atividades realizadas no
tempo livre tragam prazer, é preciso se preocupar em como contrabalanceá-las,
dividindo o tempo de ócio entre atividades lúdicas quaisquer e outras específicas que
privilegiem a qualidade de vida e, consequentemente, a saúde.

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Uma divisão adequada necessita de pelo menos algumas práticas físicas semanais.
Podem ser atividades sistemáticas, como a ginástica em academia, a musculação, a
natação e a “escolinha” esportiva, ou atividades não-formais, como a caminhada, os
esportes com os amigos, a dança, entre outras. O importante é a regularidade, que pode
variar de duas vezes por semana a diariamente. O ideal é iniciar fazendo duas ou três
vezes por semana e, à medida que se sentir motivado e preparado, aumentar a
frequência semanal. É recomendável que não se cometam exageros — fazer quinhentos
abdominais em um único dia não é a mesma coisa que fazer cem abdominais diários
durante cinco dias —, e que se mantenha o mesmo intervalo: quem faz natação três
vezes por semana obtém melhores resultados praticando, por exemplo, às segundas,
quartas e sextas-feiras que aqueles que a fazem em dias variados todas as semanas.

Entretanto, cada vez mais, as pessoas têm tarefas diárias, preferindo, quando em seu
escasso tempo de ócio, não abrir mão daquelas atividades que lhes trazem mais satisfação,
independentemente de estas lhes propiciarem melhores condições de saúde ou não. É
novamente o caso de assistir à TV que, do ponto de vista da saúde, traz mais transtornos
que benefícios. Diante dessa situação, a sugestão é a seguinte: por que não unir o útil ao
agradável? Assistir à TV enquanto se faz exercícios de alongamento ou abdominais. Em vez
de conversar horas com amigos ou com o(a) namorado(a) pelo telefone ou pela Internet,
convidá-los para uma conversa enquanto realizam uma saudável caminhada ou praticam
algum esporte. Ouvir música e dançar é outra combinação muito boa. O importante é usar
a criatividade, tornando aquela prática que, a princípio, parecia ser desagradável em algo
extremamente motivador.

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Atletismo

História da Atletismo, origem, modalidades, corridas, saltos, lançamentos, arremessos,


maratona, decatlo

Atletismo: tradição e diversidade de modalidades

ORIGEM DO ATLETISMO:

O atletismo é um conjunto de atividades esportivas (corrida, saltos e arremessos), que


tem a origem nas primeiras Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos primeiros
Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C, eram realizadas provas de corridas e
arremessos de peso.

Grande parte das provas de atletismo é realizada em estádios fechados.


Nestes estádios, existem as demarcações específicas para cada prova e
também os equipamentos como, por exemplo, no salto com varas.
Algumas competições como, por exemplo a maratona, são realizadas em
vias públicas.

As principais modalidades do atletismo são:

Corrida de pista

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É a mais tradicional competição do atletismo e envolve várias provas. - Corridas


disputadas em pistas ovais (cada atleta corre numa faixa): 100 metros rasos, 200
metros rasos e 400 metros rasos,

- Corridas de Meio Fundo (os atletas não precisam ficar na raia): 800 metros
e 1.500 metros.

- Corridas de Fundo (dentro da pista): 5.000 metros e 10.000 metros. -


Maratona (disputada nas ruas): percurso de 42,19 km.

Corridas com obstáculos

São realizadas dentro dos estádios e se dividem em quatro modalidades: 100


metros (feminino), 110 metros (masculino), 400 metros (masculino e feminino) e
3.000 metros (feminino e masculino).

Revezamento

As provas de revezamento são disputadas por grupos compostos por quatro


atletas cada. Cada atleta corre um quarto da pista e passa um bastão para o
atleta seguinte de sua equipe.

Saltos

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- Salto em distância: o atleta corre numa pista, de no mínimo 40 metros, e


deve efetuar o salto antes de uma tábua de 20 cm de largura. Ao cair na areia é
feita a medição da distância obtida. Vence o atleta que conseguir o salto com
maior distância.

- Salto em altura: nesta competição o atleta deve percorrer uma pista


(mínimo de 20 metros) e com uma vara saltar por cima do sarrafo (barra
horizontal). O atleta pode tocar o sarrafo, porém o mesmo não pode cair. A altura
vai aumentando a cada salto positivo. Vence o atleta que conseguir saltar maior
altura sem derrubar o sarrafo.

Arremessos e Lançamentos

Existem quatro modalidades nesta categoria: arremesso de peso, lançamento de


dardo, de marte e de disco. Em todas elas, vence o atleta que conseguir
arremessar o objeto a uma distância maior.

Decatlo

Praticada por homens, numa mesma prova são envolvidas dez modalidades do
atletismo. As modalidades do decatlo são: corrida (100 metros), salto em
distância, salto em altura, lançamento de peso, 400 metros, 110 metros com
barreira, lançamento de disco, lançamento de dardo, salto com vara e corrida de
1500 metros. Vence o atleta que conseguir maior pontuação no geral das provas.

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Heptatlo

Prova combinada somente para mulheres. Envolve sete modalidades do


atletismo: 100 metros com barreira, lançamento de peso, lançamento de dardo,
salto em altura, salto em distância, corrida de 200 metros e 800 metros.
Vence a atleta que conseguir maior quantidade de pontos no geral.

Federações e Confederações

- As competições, regras e atividades internacionais de atletismo são organizadas pela


IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo).

- No Brasil, as competições de atletismo são organizadas pela CBAt (Confederação


Brasileira de Atletismo).

Olimpíadas

Origem das Olimpíadas, História dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, Era

Moderna, política e esporte, Jogos de Inverno, Esportes Olímpicos, Brasil nas

Olimpíadas

Olimpíadas na Grécia Antiga

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Introdução

A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para
disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica
representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis
entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade
e o bom relacionamento entre os povos são os princípios dos jogos olímpicos.

Origem dos Jogos Olímpicos


Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 a.C, os gregos
já faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus, com realização de
competições. Porém, foi somente em 776 a.C que ocorreram pela primeira vez
os Jogos Olímpicos, de forma organizada e com participação de atletas de várias
cidades-estado.

Atletas das cidades-estados gregas se reunião na cidade de Olímpia para


disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de
cavalo e pentatlo ( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de
disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam
uma coroa de louros.

Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e a


harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também
a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo
saudável.

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No ano de 392 d.C, os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do


politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após
converter-se para o cristianismo.

Jogos Olímpicos da Era Moderna

No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do


francês Pierre de Fredy , conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira
Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando
provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo,
natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de
ouro e um ramo de oliveira.

Jogos Olímpicos e Política

As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações


políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os
povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela ideia
de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano
negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da Alemanha
em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro, matou
11 atletas da delegação de Israel. A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos ganharam
uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.

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Jesse Owens: quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim (1936)

Em plena Guerra Fria, os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscou (1980)


em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas. Em 1984,
foi a vez da URSS não participar das Olimpíadas de Los Angeles, alegando falta de
segurança para a delegação de atletas soviéticos.

Você sabia?

- No ano de 1916, as Olimpíadas deveriam ocorrer na Alemanha. Porém, em função da


Primeira Guerra Mundial, os Jogos Olímpicos foram cancelados.

- Em função da Segunda Guerra Mundial, os Jogos Olímpicos de 1940 e 1944 também


foram cancelados.

- Criquete, golfe e cabo de guerra já foram esportes olímpicos no começo do século XX.
Nas Olimpíadas de 1920 (Antuérpia - Bélgica), o tiro ao pombo também fez parte do
quadro de jogos olímpicos.

Vale lembrar:

- Em 2016, as Olimpíadas ocorrerão na cidade do Rio de Janeiro.


- As próximas Olimpíadas ocorrerão no ano de 2012, na cidade de Londres. - No ano de
2007, ocorreu, na cidade do Rio de Janeiro, um outro evento esportivo internacional de
grande importância: Os Jogos Pan-Americanos. - No ano de 2008, as Olimpíadas foram
realizadas na cidade chinesa de Pequim (China) e contou com a participação de atletas
de 205 países.

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- As próximas Olimpíadas ocorrerão no ano de 2012, na cidade de Londres.

Jogos Olímpicos da Era Moderna

Veja onde ocorreram todas as Olimpíadas da Era Moderna

Jogos Olímpicos da Era Moderna

Todos os Jogos Olímpicos da Era Moderna

1896 - I Jogos Olímpicos - Atenas, Grécia ;


1900 - II Jogos Olímpicos - Paris, França;

1904 - III Jogos Olímpicos - Saint Louis, Estados Unidos da América ;


1906 - Edição comemorativa - Atenas – Grécia;

1908 - IV Jogos Olímpicos - Londres, Reino Unido;


1912 - V Jogos Olímpicos - Estocolmo, Suécia ;
1916 - VI Jogos Olímpicos -Não houve em função da Primeira Guerra Mundial;
1920 - VII Jogos Olímpicos - Antuérpia, Bélgica;
1924 - VIII Jogos Olímpicos - Paris, França;
1928 - IX Jogos Olímpicos - Amsterdã, Países Baixos (Holanda);
1932 - X Jogos Olímpicos - Los Angeles, Estados Unidos da América;

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1936 - XI Jogos Olímpicos - Berlim, Alemanha ;


1940 - XII Jogos Olímpicos - Não houve em função da Segunda Guerra Mundial; 1944
- XIII Jogos Olímpicos - Não houve em função da Segunda Guerra

Mundial;
1948 - XIV Jogos Olímpicos - Londres, Reino Unido ;
1952 - XV Jogos Olímpicos - Helsinque, Finlândia;
1956 - XVI Jogos Olímpicos - Melbourne, Austrália;
1960 - XVII Jogos Olímpicos - Roma, Itália;
1964 - XVIII Jogos Olímpicos - Tóquio, Japão;
1968 - XIX Jogos Olímpicos - Cidade do México, México ;
1972 - XX Jogos Olímpicos - Munique, República Federal da Alemanha;
1976 - XXI Jogos Olímpicos - Montreal, Canadá ;
1980 - XXII Jogos Olímpicos - Moscou , União Soviética;
1984 - XXIII Jogos Olímpicos - Los Angeles, Estados Unidos da América;

1988 - XXIV Jogos Olímpicos - Seul, Coréia do Sul;


1992 - XXV Jogos Olímpicos - Barcelona, Espanha;
1996 - XXVI Jogos Olímpicos - Atlanta, Estados Unidos da América;
2000 - XXVII Jogos Olímpicos - Sydney, Austrália;
2004 - XXVIII Jogos Olímpicos - Atenas, Grécia;
2008 - XXIX Jogos Olímpicos - Pequim, China (saiba mais em Olimpíadas 2008). 2012 -
XXX Jogos Olímpicos - Londres, Reino Unido (saiba mais sobre

Olimpíadas de Londres 2012 );


2016 - XXXI Jogos Olímpicos - Rio de Janeiro, Brasil.

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História do Basquete

Conheça a História do Basquete, inventor do esporte, primeiro jogo, primeira bola,


origens, destaques do basquete brasileiro

James Naismith : o criador do basquete

Origem

O basquetebol (popularmente conhecido como basquete) surgiu no ano de 1891, nos


Estados Unidos. Seu criador foi James Naismith, professor de Educação Física da Associação
Cristã de Moços de Springfield (estado de Massachusetts – EUA).

Primeira partida da história

O primeiro jogo de basquete que temos conhecimento e registro foi realizado no dia 20
de janeiro de 1892. Foram formadas duas equipes da Associação Cristã de Moços de
Springfield. Este jogo foi interno e não foi presenciado por público. Somente no dia

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11 de março deste mesmo ano uma partida pôde ser assistida por público de fora da
Associação. Nesta ocasião, os alunos da associação venceram o time dos professores
pelo placar de 5 a 1. Aproximadamente duzentas pessoas assistiram ao jogo.

Formalização das regras

Durante dois anos os jogos só eram realizados na Associação Cristã e as regras ficaram
restritas a este local. Em 1894, profissionais da União Atlética Amadora tomaram
conhecimento do novo esporte e resolveram formalizar as regras.

No ano de 1896, foi realizado o primeiro jogo feminino de basquete. Na ocasião, as alunas
da Universidade de Stanford venceram a equipe da Universidade da Califórnia.

Nos primeiros anos do basquete ainda não havia uma bola específica para este esporte.
As partidas eram realizadas com uma bola de futebol. Porém, no ano de 1894, a Chicope
Falls, empresa de Massachusetts, desenvolveu a primeira bola de basquete.

Basquete espalha-se pelo mundo

Foi somente no começo do século XX que o basquete começou a se espalhar pelos quatro
cantos do mundo. Ligas e federações começaram a organizar campeonatos e o esporte,
de tão popular, começou a fazer parte dos Jogos Olímpicos. Atualmente, o basquete é
muito praticado no mundo todo. Além de estar organizado profissionalmente, este
esporte é presença obrigatória nas aulas de Educação Física de escolas e faculdades
brasileiras.

As grandes potências da atualidade no basquete e suas conquistas:

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- Em 2006, a seleção masculina de basquete da Espanha foi campeã mundial de


basquete. Neste mesmo mundial, a seleção feminina da Austrália sagrou-se campeã.

- Nos Jogos Olímpicos de 2008 (China), as seleções masculina e feminina de basquete


dos Estados Unidos tornaram-se campeãs.

História do Voleibol

Conheça a História do Voleibol, inventor do esporte, primeiro jogo, primeira bola,


origem do vôlei

William G. Morgan: o criador do voleibol

Origem do voleibol

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O voleibol foi criado nos Estados Unidos, no dia 9 de fevereiro de 1895, pelo diretor de
educação física da ACM (Associação Cristã de Moços de Massachusetts) William George
Morgan.

Ao inventar o voleibol e suas regras, Morgan tinha como objetivo principal a criação de
um esporte sem contato físico entre os jogadores. Desta forma, ele pretendia oferecer
às pessoas (principalmente aos mais velhos) um esporte em que as lesões físicas,
provocadas por choques entre pessoas, seriam raras.

Primeiros anos do esporte

Nos primeiros anos, o voleibol ainda não contava com uma bola específica, sendo
praticado com uma câmara da bola de basquete. A rede era improvisada, a mesma usada
nas partidas de tênis. Neste período, o esporte era conhecido por Mintonette. Com o
passar do tempo, foi ganhando o nome popular de volleyball, que acabou se tornando
oficial.

Principais fatos após a invenção do voleibol:

- 1900 - voleibol chega ao Canadá, primeiro país fora dos Estados Unidos ; - 1908
- o esporte vai para o continente asiático e começa a ser praticado na China e no
Japão;

- 1910 - o esporte chega ao Peru, primeiro país da América do Sul a praticar o esporte
;

- 1942 – morre, aos 72 anos de idade, o criador do voleibol, William George

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Morgan ;
- 1947 - fundada na França a FIVB ( Federação Internacional de Voleibol);
- 1949 - realizado o primeiro campeonato mundial masculino na Tchecoslováquia
(foi vencido pela Rússia);
- 1951 – realizado o primeiro campeonato sul-americano de voleibol, na cidade do

Rio de Janeiro. O Brasil tornou-se campeão masculino e feminino;


- 1952 – realizado o primeiro campeonato mundial feminino;
- 1964 – o esporte passa a fazer parte do programa oficial das Olimpíadas, realizadas
em Tóquio no Japão.

Últimos campeões de voleibol:

- A seleção brasileira masculina de voleibol foi campeã mundial nos anos de 2002 e
2006. A seleção feminina italiana foi campeão em 2002, enquanto a da Rússia obteve
o título em 2006.

- As Copas do Mundo de Vôlei de 2003 e 2007 também foram vencidas pela seleção
brasileira masculina.

- Em 2008, nas Olimpíadas de Pequim, a seleção masculina de vôlei dos Estados Unidos
obteve a medalha de ouro. Na categoria feminina, as jogadoras brasileiras fizeram
bonita e conquistaram o ouro para o Brasil.

História do futsal no brasil. Origem e o Histórico do futsal

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A Origem do futsal tem duas versões sobre o seu surgimento, como em outros esportes,
há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que diz que o Futebol de Salão
começou a ser jogado no Brasil por volta de 1940 por frequentadores da Associação
Cristã de Moços, em São Paulo, pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos
de futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas "peladas" nas
quadras de basquete e hóquei. No inicio jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores
em cada equipe ,mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe.

As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal ou de cortiça granulada mas


apresentavam o problema de saltarem muito e frequentemente saiam da quadra de
jogo. Então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado. Por este fato o

Futebol de Salão passou a ser chamado de "O Esporte da Bola Pesada".

Temos também a versão que nós, gaúchos, amantes deste esporte damos como a mais
provável, o Futebol de Salão foi inventado em 1931 na Associação Cristã de Moços de
Montevidéu/Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte
de "Indoor-Foot-Ball".

Destaca-se em São Paulo o nome de Habib Maphuz, que muito trabalhou nos primórdios
do Futebol de Salão no Brasil. O professor da ACM de São Paulo, Habib Maphuz no inicio
dos anos cinqüenta participou da elaboração das normas para a prática de várias
modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no
âmbito interno da ACM Paulista.

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Este mesmo salonista fundou a 1ª Liga de Futebol de Salão, a Liga de Futebol de Salão da
Associação Cristã de Moços e após foi o 1º presidente da Federação Paulista de Futebol
de Salão. Foi colaborador de Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes

História do Futebol

Origens do futebol, Chegada do futebol no Brasil, Charles Miller, FIFA, Copa do Mundo.

Final da Copa de 1950: Brasil perde na final para o Uruguai

O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas de países,


este esporte desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente.

Origem do futebol

Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores


descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola
ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém
demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos.

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O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola,
equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos
possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou
até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam
a praticar o futebol.

Charles Miller : pai do futebol no Brasil

História do Futebol : origens

Origens do futebol na China Antiga

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na
verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça
dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas
por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito
jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a
para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio
de cera.

Origens do futebol no Japão Antigo

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No Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se
chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari
acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de
fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8
para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o
acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.

Origens do futebol na Grécia e Roma

Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo,
soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num
terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também
militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde
se realizavam as partidas, em Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram formadas
por quinze jogadores.Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com
a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação
muito mais violenta.

O futebol na Idade Média

Há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a


violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que
dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos,
pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns
jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos
tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guardaredes.

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Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em
praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que
ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os
participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por
questões sociais típicas da época medieval.

O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que
decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém,
o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com
regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam
fazer cumprir as regras do jogo.

O futebol chega à Inglaterra

Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta
do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e
sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam
instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar.
Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da
nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em
Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi
criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na
bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida
a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta
dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.

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O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria


criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era
estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário.

No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora
da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.

Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e


campeonatos internacionais.

No ano de 1904, foi criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association ) que
organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes
campeonatos de seleções ( Copa do Mundo ) de quatro em quatro anos. Em 2006,
aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França
como vice. A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a

Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa
SulAmericana, entre outros.

Bola de futebol : final do século XIX

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História do Futebol no Brasil

Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos
de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894,
trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras.

Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil. O


primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 entre funcionários
de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de
origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA.
FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.

O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de maio
de 1888.

No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação
de negros em times de futebol.

Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu
o título, em pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2 x Brasil 1). Em 2014, a
Copa do Mundo de Futebol será realizada novamente no Brasil.

Você sabia?

- Comemora-se em 19 de julho o Dia do Futebol.

História do Handebol

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Conheça a História do Handebol, inventor do esporte, primeiros jogos, origem e


evolução do esporte

Início do esporte: partidas disputadas em campos de futebol

Origem do Handebol

O handebol é um esporte coletivo que foi criado pelo professor alemão Karl Schelenz, no
ano de 1919. Após ter as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica, o esporte
começou a ser praticado de forma competitiva em países como, por exemplo, Áustria,
Suíça e Alemanha.

Nesta fase inicial, as partidas de handebol eram realizadas em campos gramados


parecidos com de futebol. Assim como no futebol de campo, cada equipe de handebol
era composta por onze jogadores.

No ano de 1925, foi realizada a primeira partida internacional de handebol, entre as


equipes da Alemanha e da Áustria. Os austríacos levaram a melhor, vencendo os alemães
por 6 a 3.

Fatos importantes da história do handebol:

- Em 1934, o COI (Comitê Olímpico Internacional) inclui o handebol como esporte Olímpico.

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- Nas Olimpíadas de Berlim (1936), seis países disputaram a medalha de ouro. A Alemanha
tornou-se campeã, após derrotar a Áustria por 10 a 6.

- Em 1938, foi disputado, na Alemanha, o primeiro campeonato mundial de handebol.

- Em 18 de julho de 1946, foi fundada a IHF (International Handball Federation), atualmente


com sede na cidade de Basiléia (Suíça).

- No ano de 1966, os jogos de handebol em campo gramado foram descontinuados,


passando o esporte ser realizado somente em salão.

- Após um período sem participação, o esporte volta a fazer parte das Olimpíadas nos Jogos
Olímpicos de Montreal, em 1976. Porém, com regras reformuladas e partidas disputadas
em quadra.

- Atualmente o esporte é praticado em 183 países, envolvendo mais de um milhão de


equipes e trinta milhões de profissionais (jogadores, treinadores e outros profissionais do
esporte).

Curiosidade:

- Embora seja praticado por milhares de pessoas em nosso país, a equipe brasileira ainda
não conseguiu ganhar medalha olímpica, nem título mundial no handebol.

DOPING NO ESPORTE

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Imagine esta cena: um halterofilista se prepara para tentar um levantamento de 160 kg.
Ele caminha para o recipiente com magnésio, passa um pouco nas mãos e pega a barra.
Levanta-a com dificuldade até ao pescoço, arfa de esforço enquanto prepara o segundo
passo do levantamento, mas depois de iniciar o movimento para levantar a barra por
cima da cabeça, o músculo que rodeia a omoplata direita cede violentamente,
desprotegendo a coluna do atleta.
A carreira desse halterofilista foi interrompida nesse instante. O impacto de 160 kg o
atirou irremediavelmente em uma cama de hospital, tetraplégico. A conclusão do
inquérito imediatamente instaurado não deixou espaço para dúvidas: as constantes
ingestões de anabolizantes "esticaram" o músculo de tal maneira que, numa situação de
esforço, este rompeu-se brutalmente.

Moral da história: os anabolizantes, que antes haviam adquiriram a virtudes de poção


mágica, provaram pelas razões expostas que não produzem bons resultados.

Esse acontecimento não foi inventado por ninguém. É a história verídica de um atleta
finlandês que estava disputando um campeonato mundial e viu sua carreira de vitórias
e conquistas ser destruída em poucos segundos. Tudo porque ele, em vez de melhorar
seu desempenho através de treinamento, utilizou um meio ilegal.

Infelizmente, nas academias a coisa não está muito diferente. Muitos garotos estão
tentando ficar mais fortes usando substâncias químicas que aumentam seu desempenho
de uma maneira antinatural.

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Você seria capaz de utilizar uma substância dessas, mesmo sabendo que poderia ser
punido? E os efeitos colaterais dessas drogas no nosso organismo? Você pensa sobre
isso?

Devido ao uso abusivo de


Doping no esporte: saiba mais sobre esse assunto
substâncias químicas proibidas, o Comitê
Olímpico Internacional (COI)

criou em 1967 uma comissão formada por médicos para combater o crescimento do
doping.

Através da análise da urina do atleta, facilmente coletada, é possível detectar as cinco


principais classes de substâncias proibidas:

Estimulantes

Narcóticos e analgésicos

Esteróides anabolizantes

Betabloqueadores

Diuréticos

A partir de 1992, o COI passou a coletar amostras de sangue para investigar a presença de
alguma droga que não tivesse sido detectada na urina.

O controle do doping

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O maior problema para os especialistas que travam essa batalha incansável contra a
utilização de substâncias proibidas é que se descobre o teste antidoping somente depois
da criação da droga, ou seja, quem usa está sempre alguns passos à frente, mas a cada
dia está perdendo essa vantagem.

Conclusão

Fica no ar a dúvida: você usaria uma droga para tentar ganhar uma competição, mesmo
sabendo que o doping coloca em risco sua saúde?

Lembra-se do halterofilista que acabou com sua carreira esportiva por usar uma droga
proibida? Ele pensou que isso iria trazer sucesso para ele. No entanto, acabou com a sua
vida.

RISCOS DA MUSCULAÇÃO

Antes de se falar dos riscos da musculação, é preciso que você determine o seu objetivo,
se é competir em alguma modalidade ou somente manter o corpo em forma. Isso porque
há uma forma de treinamento distinta para cada caso e é claro que a segunda é mais
leve e segura do que a primeira. Vamos aos riscos:

Fadiga: quando você apressa o treino ou utiliza uma carga elevada demais para a sua
capacidade, o que é muito comum acontecer, pode entrar em um processo de fadiga
rapidamente, o que não ajuda no treinamento.

Lesões: treinar de forma errada, sem a supervisão de um profissional e com carga


inadequada, pode causar lesões nas articulações e nos músculos.

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Fraturas: novamente o excesso de carga (não adianta tentar apressar o processo) e o


erro na técnica (é preciso ter mais consciência) são os causadores da maioria das fraturas
em pessoas que praticam musculação.

Lesões crônicas: o treinamento precoce, por tempo prolongado, pode acarretar lesões
crônicas, principalmente nos joelhos e na coluna vertebral. Nos joelhos, pode ocorrer
uma lesão conhecida como Osgood-Schlatter, devido à sobrecarga nessa região. Quanto
à coluna vertebral, o maior problema são as alterações que ela pode sofrer com o
treinamento, devido à pressão que recebe, em especial quando se realizam exercícios
em que é preciso levantar pesos acima da cabeça — estes são os mais perigosos e, por
isso, não são recomendados.

Anabolizantes: todos nós sabemos que a musculação só apresenta resultados a longo


prazo, mas muitos não têm paciência para esperar e utilizam essas drogas para ganhar
massa muscular mais rapidamente, sem pensar nas conseqüências. Veja também

COMO E QUANTO FAZER

Qualquer que seja o seu objetivo, antes de começar a fazer musculação, você deve buscar
a orientação de um médico - especialmente de um ortopedista - para que ele verifique o
estágio de sua maturação óssea. Dessa forma, evita-se o uso de uma carga inadequada,
que venha a prejudicar o seu crescimento. Com a avaliação médica em mãos, o próximo
passo é procurar um professor de Educação Física, que vai determinar e acompanhar o
treinamento.

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Até os 14 anos, recomendam-se sessões de 30 minutos em dias alternados. Duas a três


séries de 6 a 15 repetições são as mais adequadas e a progressão da carga deve ficar na
faixa de 500 a 1.500 gramas. Entre cada série, é conveniente descansar de 2 a 3 minutos.
A partir dos 14 anos, as séries devem ter entre 8 e 12 repetições para os membros
superiores e entre 15 e 20 repetições para os membros inferiores. À medida que se
obtêm resultados, aumenta-se primeiramente o número de repetições e somente depois
a intensidade da carga. Três séries são suficientes para cada tipo de exercício. O
treinamento deve se iniciar com exercícios de alongamento e cargas baixas e, em
nenhum momento, deve-se utilizar carga máxima. As sessões de treinamento não devem
ser muito prolongadas. Após a puberdade, pode-se aumentar as cargas se a maturação
óssea permitir.

Outra recomendação é que o treinamento de força seja uma forma de complementar a


sua atividade física. Ele não deve substituir as suas atividades normais. Quando o
treinamento de força é utilizado para melhorar o rendimento em outros esportes, devem
ser incorporados no programa movimentos similares aos utilizados no treinamento
normal.

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