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UNIVERSIDADE UNOPAR

EDUCAÇÃO FÍSICA BACHALERADO

CARINE CRISTINA M. DOS S. MIRANDA


DIVINO CIPRIANO DA S. JUNIOR
MARIA EDUARDA F. GOMES
YLÂNA FIAIA BATISTA

MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

ANÁPOLIS
2024
CARINE CRISTINA M. DOS S. MIRANDA
DIVINO CIPRIANO DA S. JUNIOR
MARIA EDUARDA F. GOMES
YLÂNA FIAIA BATISTA

MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
Trabalho de conclusão da matéria Pensamento Científico.

Tutor: Wellington Costa

ANÁPOLIS
2024
SÚMARIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 04
MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA .......................................................................... 04
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 07
INTRODUÇÃO

A musculação na adolescência, para alguns, é correta, para outros não. Geralmente as pessoas
que não conhecem sobre o assunto diz que os adolescentes não podem praticar musculação, trazendo
malefícios para eles, como, atrapalhar o crescimento. Muito pelo contrário, a musculação ajuda no
crescimento, ganho de força, na socialização, sedentarismo, entre outros. A prática da musculação na
adolescência tem se tornado cada vez mais comum, sendo uma atividade que traz interesse para os
jovens atletas que buscam melhora no desempenho esportivo, quanto os que estão preocupados com a
estética corporal. Nesta introdução exploraremos os benefícios e as precauções necessárias ao se
iniciar a musculação durante a adolescência.

MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

Atividades físicas que envolvem força e resistência costumam ser um assunto controverso
entre profissionais e estudiosos da área. A musculação divide opiniões entre grupos que a consideram
prejudicial para adolescentes e outros que acreditam ser uma prática benéfica para esse público,
desde que seja bem supervisionada.

Orientações da Academia Americana de Pediatria (American of Pediatrics – AAP), publicadas


no jornal Pediatrics, admitem a realização da treinamentos de força e resistência para crianças e
adolescentes, desde que programados de forma adequada em relação a frequência, tipo, intensidade e
duração, sob acompanhamento de profissionais qualificados.

A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), considera que a realização de atividades para


fortalecer músculos e ossos de crianças pré-púberes contribui para o aperfeiçoamento da coordenação
motora e da execução de movimentos, deve-se considerar que existem atividades recomendadas para
antes e após a puberdade, fase em que os hormônios sexuais começam a ser liberados e promovem o
ganho de massa muscular.

Meninos que ainda estão passando pela fase de estirão de crescimento e meninas que ainda
não tiveram a primeira menstruação, devem tomar mais cuidado com a realização de algumas
atividades. Após essa fase, exercícios da musculação mais leves, com cargas menores e séries menos
intensas podem ser praticadas e aumentadas gradativamente, sempre supervisionadas por um
profissional da área.

Além do que, exercícios funcionais sem carga, em que se utiliza o peso do próprio corpo, são
ótimos para manter os jovens mais ativos.
A musculação pode oferecer diversos benefícios para o adolescente, como aumentar a
autoestima, a força e a resistência muscular, diminuir lesões e melhorar o desempenho esportivo. Mas
é preciso praticar a atividade de forma adequada. Os aparelhos permitidos são todos aqueles que vão
trabalhar movimentos e cargas usados no dia a dia, evoluindo com o passar do tempo e idade.

Além disso, a musculação pode ser benéfica para a saúde como um todo. Alguns médicos
falam, inclusive, do crescimento ósseo, da manutenção e do ganho da massa magra e citam a
importância da atividade física também no controle da ansiedade e obesidade, na melhora do sono e
aspectos hormonais, melhora postural, aumento do condicionamento físico, melhora da composição
corporal e maior concentração de sangue e nutrientes nos músculos durante e depois do exercício.

Alguns aspectos que merecem atenção são: os tipos de treinamento, o adolescente tem acesso
total às redes sociais e sites de busca, com nova febre do culto ao corpo, eles acabam adotando
sistemas de treinos sem o acompanhamento de um especialista. Outro fator importante é a duração
dos exercícios. A periodicidade ideal para começar é duas vezes por semana, durante 30 a 40 minutos
em cada dia, sempre associando atividades aeróbicas e alongamentos, a fim de trabalhar toda a
capacidade física relacionada à saúde.

O treino para adolescentes deve ser mais tranquilo, montado de forma gradativa e com mais
variações. Os pesos determinados para a execução dos exercícios devem ser mais amenos, nunca
iguais aos usados por um adulto. O ideal é que os profissionais façam uma ficha de treino mesclando
treinos de força, velocidade, flexibilidade e potência. Isso estimula outras capacidades físicas do
adolescente.

É importante respeitar a carga e os dias de treino que foram instruídos pelo profissional, para
garantir a segurança e evitar lesões durante os treinos. Já no final da adolescência, os exercícios de
resistência estão associados a benefícios para o conteúdo mineral ósseo, composição corporal e
redução no risco de lesões. Ouso de cargas máxima só devem ser realizados quando o adolescente
atingir o estágio puberal de Tanner (estágio de desenvolvimento completo).

Vale ressaltar que, independente da idade para fazer academia, devem ser respeitadas as
condições físicas e as habilidades individuais de cada adolescente.

Não há estudos suficiente para relacionar a prática de exercícios físicos a impactos negativos
no crescimento de adolescentes. As evidências estão mais relacionadas à intensidade das atividades,
principalmente quando aliadas a dietas, do que à idade para fazer academia ou ao tipo de exercício.
Isso, porque estudos apontam que para a inibição na liberação do hormônio de crescimento (GH)
quando adolescentes são expostos a má alimentação ou restrições alimentares, combinadas a
treinamentos intensos e com gasto calórico mais elevado do que o usual, além disso a Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP) alerta sobre o risco de lesões musculoesqueléticas e ósseas nessas
condições. Por outro lado, a SBP também destaca a importância de exercícios moderados para a
liberação e a circulação do hormônio do crescimento (GH) e uma série de outros benefícios à saúde
óssea, cardiovascular e metabólica para adolescentes.

È importante garantir as condições de saúde do adolescente, entender as limitações do corpo,


falar sobre bullying, garantir que façam uma atividade física prazerosa e da sua escolha, conciliando
os estudos e as práticas.

Durante os exercícios físicos, é importante o consumo de água para que não haja desidratação.
A ingestão de líquidos também pode ser feita por meio de suplementos alimentares, contribuindo ao
mesmo tempo, para a reposição de energia e de nutrientes. Uma alimentação balanceada ao longo do
dia e uma boa noite de sono são fundamentais para recarregar as energias e acelerar a recuperação
muscular.

A suplementação é indicada em casos específicos, como por exemplos adolescentes que


praticam atividades que exijam muito treinamento, como esportes olímpicos. Na maioria dos casos,
uma alimentação adequada consegue fornecer a quantidade de energia e nutrientes necessários para o
treinamento físico. O uso de hormônios é contraindicado para adolescentes, e os pais devem observar
quando o adolescente começa a apresentar ganho de massa muito rápido.

O treinamento para hipertrofia muscular geralmente envolve cargas de 40 a 50% da força


máxima do adolescente. Isso dificilmente provocará lesão. Durante a fase de crescimento, não se
deve permitir exercícios que visam o ganho de força pura, com uma a três repetições máximas (ou
seja, que não consiga fazer a quarta repetição).

Os benefícios das atividades são inúmeros e podem ser observados tanto em relação ao
desempenho dos jovens quanto à saúde de modo geral, além de auxiliar no controle dos índices de
obesidade na adolescência. Desse modo quando bem orientada, refletem em melhorias como:

- Desenvolvimento cognitivo

- Desempenho de habilidades motoras, equilíbrio e flexibilidade

- Ganho de velocidade e potência

- Aumento de resistência e redução do risco de lesões


- Reabilitação de lesões

- Condicionamento cardiovascular

- Composição corporal

- Composição corporal

- Densidade mineral óssea

- Perfis baixos de lipídios no sangue

- Sensibilidade à insulina e tolerância a glicose em jovens com sobrepeso

- Saúde mental

- Aumento do volume de ejeção cardíaca, dos parâmetros ventilatórios funcionais e do


consumo de oxigênio

- Redução da pressão arterial

CONCLUSÃO

Dessa forma, conclui-se por meio deste trabalho que o assunto referente a musculação na
adolescência é de extrema importância, envolvendo não somente o âmbito acadêmico, mas social.
Percebe-se no decorrer da pesquisa realizada que o adolescente pode sim estar praticando atividades
físicas, desde que tenha um acompanhamento especializado e individualizado, no qual será observada
de maneira muito atenta as necessidades e dificuldades do aluno.

Os treinos devem ser montados de maneira a se pensar não somente em ganho de massa
corporal, mas visando o bem-estar do aluno, de forma que este possa alcançar uma realização
pessoal, ter uma vida saudável e uma autoestima equilibrada. Que o discente tenha consciência de
que praticar exercícios de musculação não envolve somente ganho de massa corporal, mas também,
trará melhorias em saúde corporal e mental, gerando um maior bem-estar.

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