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Aptidão física e saúde


Maria Leonor Botelho Nº16 12ºLH1

Educação física
Índice

Índice.................................................................................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 3
2. DESENVOLVIMENTO........................................................................................................................................... 4
2.1. Fatores associados a um estilo de vida saudável......................................................................4
2.2. Desenvolvimento de capacidades motoras................................................................................. 4
2.3. Composição Corporal............................................................................................................................... 5
2.4. Alterações orgânicas no corpo em consequência de um treino.......................................6
2.5. Alimentação.................................................................................................................................................. 7
2.6. Repouso........................................................................................................................................................... 7
2.7. Higiene............................................................................................................................................................. 8
2.8. Qualidade do meio-ambiente.............................................................................................................. 8
3. CONCLUSÃO.......................................................................................................................................................... 10
4. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................................... 11

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1. INTRODUÇÃO

Data-se na antiguidade o início da atividade física. O Homem desenvolveu desde


cedo habilidades físicas tais como a marcha, a corrida, o salto, entre outros.
Verifica-se um grande avanço e desenvolvimento da atividade física praticada,
desde a antiguidade até à atualidade.

Considera-se atividade física todos os movimentos do corpo que envolvem a


contração dos músculos. Todas as atividades que fazemos ao longo do dia e que
envolvem movimento, como caminhar, levantar alguma coisa, limpar, e trabalhar no
quintal, são exemplos de atividade física. A maioria das pessoas realiza pelo menos
algumas atividades físicas todos os dias, mesmo sem perceber. Por exemplo, ficar
em pé e cozinhar, ou sair para colocar uma carta no correio, exige movimento
básico, que acaba por se traduzir em atividade física. Hoje, sabemos da importância
que manter a prática frequente de atividades físicas tem nas nossas vidas, a longo e
a curto prazo.

A atividade física, e a aptidão física consequente tanto do nosso património genético


como dos hábitos de vida têm uma grande importância e influência na nossa saúde.
A OMS recomenda a prática regular de atividade física. Quer isto dizer, todos os
dias, pelo menos 30 minutos e com intensidade suficiente para aumentar a
frequência cardíaca.

Como dito anteriormente, a aptidão física define-se como um conjunto de atributos,


derivados tanto do património genético de cada indivíduo, como também dos seus
hábitos físicos, ou seja, mesmo que não tenha uma predisposição genética
favorável à prática de atividade física, um indivíduo que pratique desporto
frequentemente terá, em princípio, uma melhor aptidão física do que um indivíduo
que não o faça e não estimule estes atributos de nenhuma outra forma, mesmo que
este tenha uma predisposição genética mais favorável à prática de atividade física.

A aptidão física tem uma grande ligação com a saúde, já que passa por conseguir
realizar atividades cotidianas com menos esforço e mais conforto. Para além do
componente físico, está provado que a prática frequente de atividades físicas
estimula a produção de dopamina, serotonina, endorfina, e oxitocina, (os principais
neurotransmissores ligados ao sentimento de felicidade) sendo assim também uma
forma recomendada frequentemente por psicólogos e psiquiatras para ajudar a
aliviar sintomas de depressão. A prática frequente de exercício físico não só previne
o aparecimento de algumas doenças, como facilita o desenvolvimento motor e
psicológico da pessoa.

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Neste trabalho, irei analisar e relacionar a saúde e a aptidão física de forma mais
profunda, bem como identificar alguns dos principais fatores associados a um estilo
de vida saudável.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Fatores associados a um estilo de vida saudável

O conceito de “estilo de vida” é amplo, correspondendo a vários aspetos. Estes


aspetos combinam-se para formar a saúde de um indivíduo em várias áreas: saúde
física, saúde mental, saúde social, e saúde espiritual. Assim, o estilo de vida inclui
todas as nossas relações de trabalho, familiares, recreativas, entre outras.

Um estilo de vida saudável é importante para a nossa vivência diária em sociedade,


pois ajuda a manter o corpo e a mente preparados para enfrentar diferentes
desafios. Isto é importante porque, naturalmente, quando um indivíduo envelhece,
começa a perder, gradualmente, as suas capacidades físicas.

Um bom estilo de vida deve ser desenvolvido o mais cedo possível, e todos os
hábitos saudáveis criados devem ser mantidos durante a idade adulta, e dentro dos
limites inevitáveis, na senilidade.

Os principais fatores associados a um estilo de vida saudável são o


desenvolvimento de capacidades motoras, a composição corporal, as alterações
orgânicas durante e após um treino, a alimentação, o repouso, e a qualidade do
meio.

2.2. Desenvolvimento de capacidades motoras

Apesar de uma predisposição genética favorável a um bom desenvolvimento das


capacidades motoras de um indivíduo seja uma grande ajuda no mesmo, as
capacidades motoras são medidas treináveis, e um bom desempenho e
desenvolvimento das mesmas é atingível pela maioria da população.

De uma forma fundamental, as capacidades motoras podem dividir-se em três tipos:

● Capacidades Condicionais, relacionadas com processos de energia, como a


resistência e a força;

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● Capacidades Coordenativas, que se relacionam com processos de controlo de
movimentos, como a reação motora, do equilíbrio e da coordenação;

● Capacidades tanto Condicionais como Coordenativas, sendo este o caso da


flexibilidade, da destreza e da velocidade.

A velocidade e facilidade de aperfeiçoamento de cada uma das diferentes


capacidades motoras varia consoante certos fatores. Além disso, no desporto, é
muito difícil que as capacidades motoras sejam pedidas em forma pura e singular,
geralmente manifestando-se de forma associada a outras capacidades.

2.3. Composição Corporal

O peso corporal, apesar de estar ligado ao conceito de boa saúde física, e poder ser
um bom indicador dessa condição, não diz tudo. É preciso, assim, conhecer a
composição corporal, ou seja, a quantidade percentual dos diferentes tecidos do
corpo humano.

Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quantidade de massa muscular


estão entre as maiores preocupações de grande parte da população, no que diz
respeito à aparência física; e esta preocupação deve ser considerada, não somente
de um ponto de vista estético, mas também de qualidade de vida dos indivíduos, já
que ter um peso abaixo ou acima do geralmente recomendado está associado a um
grande número de doenças degenerativas e perturbações psicológicas.

A composição corporal é o termo utilizado para definir o conjunto de componentes


que formam a massa corporal. Esta é constituída maioritariamente por massa
gordurosa, massa muscular, água e ossos. A composição corporal visa determinar a
percentagem de massa corporal que corresponde a cada um dos elementos acima
citados.

A avaliação da composição corporal é uma importante aliada no planeamento das


ações e dos hábitos que devem ser praticados por cada indivíduo, de acordo com
seus objetivos e necessidades. Este método pode ser utilizado com diferentes
finalidades, tendo sempre como principal objetivo a melhora da aptidão física, da
saúde e do bem-estar de maneira individualizada.

Apesar de algumas pessoas considerarem o seu peso total, ou as suas medidas


corporais, como os componentes mais importantes da massa corporal para a sua
saúde, estes parâmetros não são o suficiente para avaliar a constituição corporal de
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um indivíduo. O aspeto mais importante, objetivamente, é a percentagem de massa
gordurosa. Quando se trata de composição corporal, o ideal é que a percentagem
de gordura no corpo seja pequena, e que em comparação, o teor de massa
muscular seja mais elevado. Assim, um indivíduo pode apresentar um peso maior
devido à massa muscular e à densidade dos seus ossos, mas isso não significa que
este é menos saudável, mesmo que chegue a apresentar um índice de massa
corporal acima da média recomendada para a sua altura e idade. O índice de massa
corporal é considerado por vários especialistas como uma medida antiquada, por
não considerar componentes genéticos e incontroláveis, bem como ignorar a massa
muscular.

2.4. Alterações orgânicas no corpo em consequência de um treino

Durante a prática de atividade física, o cérebro está a trabalhar constantemente,


tendo milhões de reações químicas ao movimento. Apesar de normalmente serem
os principais objetivos, a atividade física não apenas queima massa gordurosa e
aumenta a massa muscular, como também ajuda nos processos de concentração e
atenção.

Um estudo realizado por estudantes do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, na


Escola Superior de Desporto e Lazer, mostra que crianças com uma maior prática
de atividade física tendem a ter um desempenho escolar melhor e um
desenvolvimento mais fácil.

Porém, apesar de não ser percetível por muita gente, as melhores mudanças no
corpo de um indivíduo ocorrem pouco tempo depois da prática desportiva e/ou da
atividade física. Por uma questão de sobrevivência integrada no nosso ADN, todo o
novo movimento, a que não estamos habituados, é um alerta para o corpo, e ativa
os nossos instintos primitivos. No entanto, a forma como o corpo é desafiado é
positiva.

Para além da melhoria da aptidão física, sentida em ações quotidianas e na sua


decrescente dificuldade, existe uma notável melhoria no metabolismo dos
indivíduos. Se uma pessoa que anteriormente levava uma vida sedentária começar
a praticar atividades físicas mais exigentes, o organismo rapidamente acelera os
gastos calóricos, já que passa a ser necessária mais energia para completar as
atividades exigidas. E justamente pela aceleração do metabolismo, um indivíduo
passa a ter muita mais disposição para as atividades do dia a dia.

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O ser humano tem capacidade para reagir a estímulos, que promovem fenómenos
de adaptação, promovendo evolução e progressão do organismo, de forma a
adaptar-se aos novos desafios que lhe são colocados. Um estímulo entende-se
como um fator, que pode ser interno ou externo ao organismo, que gera uma
resposta específica de um sistema, órgão ou tecido. Os estímulos internos,
geralmente, concorrem para a unificação, integração e coordenação dos processos
orgânicos, ou seja, para a manutenção do equilíbrio do meio interno, a chamada
homeostasia, uma forma dinâmica que o organismo humano usa para manter o seu
equilíbrio interno em relação com o meio.

2.5. Alimentação

Os próprios estilos de vida assumem, atualmente, um grande papel na saúde de um


indivíduo. A obesidade, o sedentarismo, o stress, os tabacos, entre outros, são
fatores de risco importantes e influenciam de forma direta a mortalidade.

Assim, também os hábitos alimentares de cada um de nós influenciam a saúde e o


nosso estilo de vida.

A grande explosão da indústria alimentar, que diariamente coloca no mercado novos


alimentos cuja composição nutricional não é conhecida pela maior parte das
pessoas, levou a uma normalização de hábitos alimentares pouco saudáveis.

Apesar de dietas serem algo comum, visando melhorias estéticas e um estilo de


vida mais saudável, e ser frequentemente praticada a restrição de certos alimentos
(normalmente ricos em carboidratos), não podemos esquecer que é através dos
alimentos que o organismo obtém energia e outros nutrientes essenciais na prática
de atividade física. Os músculos e o cérebro necessitam constantemente de
carboidratos para se alimentarem e responderem de forma adequada.

2.6. Repouso

Durante a prática de atividade física frequente, nada é mais importante do que


descanso e pausas quando estas forem necessárias, para não acabar por
sobrecarregar o nosso organismo. É durante este descanso que o corpo se repara,
reforça e reconstrói.

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Especialistas criaram o termo overtraining para descrever o estado em que o atleta
se encontra após um esforço físico com exigência maior do que o que o seu corpo
consegue aguentar.

O descanso reduzido, e consequentemente o overtraining, podem causar


resultados indesejados na disposição, saúde, condição física, e psicológica de um
indivíduo. Em estudantes, a falta de repouso cria uma perda de rendimento escolar.

Considera-se ideal descansar entre 8 e 10 horas, todos os dias. A falta de repouso


pode manifestar-se em sintomas como perturbações de sono, irritabilidade, perda
de apetite, dificuldades de atenção, etc…

2.7. Higiene

A Higiene é o conjunto de conhecimentos e técnicas que visam a promover a saúde


e evitar as doenças infeciosas, contra as quais ela utiliza a desinfeção, esterilização
e outros métodos de limpeza.

A higiene pessoal pode ser dividida em dois subtipos: a higiene corporal, e a higiene
oral.

 A higiene corporal tem como objetivo limpar a pele, unhas, cabelo, e todos os
tecidos corporais externos, de forma a eliminar resíduos prejudiciais,
micróbios, e maus odores que possam ser acumulados ao longo da vida
diária. Assim, o corpo é protegido. Outro componente importante da higiene
corporal é o uso de vestuário e calçado limpo e confortável, principalmente as
peças que contactam diretamente com a pele.

 A higiene oral é essencial para a saúde humana, consistindo na lavagem dos


dentes e gengivas, o que os torna mais fortes e resistentes a micróbios e
futuras ameaças. Para além disso, dentistas indicam que o mantimento de
uma boa higiene oral pode ajudar na mastigação de alimentos, bem como na
dicção de um indivíduo. É recomendado lavar os dentes duas ou três vezes
ao dia, e visitar o médico dentista uma vez a cada 6 meses. Quando uma
pessoa não goza de saúde oral não está de perfeita saúde.

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2.8. Qualidade do meio-ambiente

Meio-ambiente é o conjunto de elementos físicos, químicos, biológicos e sociais que


podem causar efeitos sobre os seres vivos e as atividades humanas.

Sabendo que a prática de atividades físicas ao ar livre aumentou nos últimos anos,
já que o contacto direto com a natureza está relacionado com a redução da
ansiedade e o stress, a qualidade do meio-ambiente é mais importante que nunca
para a prática de atividade física.

O número de atividades ao ar livre oferecidas, bem como a sua diversidade,


também aumentou.

Um meio-ambiente com uma boa qualidade traduz-se numa maior saúde coletiva, e
maior satisfação durante a prática de exercício, que levam a um aumento na saúde
individual de uma determinada pessoa.

Cuidar do ambiente em que praticamos atividades físicas é uma grande prioridade


para todos nós.

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3. CONCLUSÃO

Uma prática frequente de atividade física, e a crescente aptidão física que se cria
como consequência, acaba por trazer benefícios para a vida de todos os indivíduos.

Existem vários fatores que contribuem para uma boa qualidade de vida, dois dos
mais importantes sendo a composição corporal e a higiene.

A atividade física tem uma grande importância e influência na nossa saúde, e a sua
prática frequente é recomendada por vários órgãos médicos internacionais, como
forma a manter uma saúde estável e prevenir doenças.

Assim, sendo a aptidão física definida como a capacidade de praticar diferentes


atividades cotidianas com menos esforço físico, podemos dizer que esta tem uma
forte e inegável relação com a saúde.

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4. BIBLIOGRAFIA

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ambiente

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