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Natação

Caracterização da modalidade

A natação, enquanto desporto aquático, apresenta diferentes


disciplinas, tais como: natação pura, polo aquático, natação
sincronizada, águas abertas e saltos. A natação pura é a disciplina
que reúne o maior número de praticantes em Portugal.

São quatro as técnicas de nado utilizadas na natação pura desportiva:


costas, bruços, mariposa e estilo livre (crol).

As provas em piscina longa são realizadas em piscinas de 50 metros


(jogos olímpicos) e as de piscina curta em piscinas de 25 metros.
Os campeonatos europeus e mundiais têm edições nos dois tipos
de piscina.
Princípios específicos defensivos

Provas que compõem o calendário olímpico:


Técnicas de nado
Técnica alternada – crol (estilo livre)

Ação dos membros superiores:

Fase propulsiva: Fase de recuperação:


• Entrada na água deve ocorrer entre a linha • Saída da água através da flexão e elevação do
média do corpo e a projeção do ombro, à frente cotovelo, arrastando o antebraço e a mão (virada
da cabeça, com o cotovelo fletido e em posição para dentro) [5].
alta, seguida de um curto deslize, mantendo • Manter o cotovelo alto. A mão passa numa
a palma da mão virada para baixo [1]. trajetória próxima do corpo [6].
• Deslocamento da mão para baixo e ligeiramente • Cotovelo permanece fletido, preparando-se nova
para fora, numa trajetória curvilínea [2]. entrada na água do membro superior [7].
• Flexão do cotovelo, mantendo-o num plano
superior à mão [3], preparando o início da fase
de recuperação [4].
Técnica alternada – crol (estilo livre)

Ação dos membros inferiores:

Na fase propulsiva (ação descendente):


Flexão do membro inferior [2], com o pé em extensão
e tornozelos soltos, obtendo-se um efeito de
«chicotada» [1].

Na fase de recuperação (ação ascendente):


Membro inferior em extensão [3] com flexão do outro
membro, que inicia a fase de propulsão [2].
Técnica alternada – crol (estilo livre)

Sincronização dos membros superiores:


Quando uma mão está a entrar na água o membro superior contrário
está a efetuar a flexão do cotovelo na fase propulsiva.

Sincronização dos membros superiores e inferiores:


Normalmente, realizam-se seis batimentos de pés por um ciclo
de braçadas, permitindo uma maior estabilização do alinhamento
lateral e melhor rotação dos ombros.

Respiração:
A inspiração faz-se pela rotação lateral da cabeça, no início da fase
de recuperação do membro superior do mesmo lado, acompanhando
a rotação dos ombros em torno do eixo longitudinal. A inspiração pode
ser efetuada só para um lado (unilateral – duas em duas braçadas),
ou para os dois lados (bilateral – três em três braçadas). A expiração
deve ser contínua e constante (volume expirado), sendo mais vigorosa
no momento que antecede a saída da boca da água.
Técnica alternada – costas

Ação dos membros superiores:

Fase de propulsão: Fase de recuperação:


• Entrada da mão na água com o membro superior • Saída da mão da água pelo polegar, reduzindo a
em extensão e alinhada com o braço, antebraço e resistência [5].
ombro [1-2]. • A elevação do membro superior é precedida por
• Dedos colocados na diagonal e orientados para uma ligeira rotação interna sobre o eixo longitudinal,
fora [2]. permitindo a elevação do ombro respetivo.
• Executar uma trajetória semicircular com o • Rotação externa da mão ao alcançar a vertical (por
membro superior para cima e para dentro, cima do ombro), antecipando a entrada da mão na
formando um ângulo de 90º entre o antebraço e o água [6-1A].
braço [2-3].
• Extensão do membro superior, até a mão se
encontrar abaixo da bacia, tendo os dedos
orientados para fora [3-4].
Técnica alternada – costas

Ação dos membros inferiores:

Na fase propulsiva (ação ascendente):


Elevação ativa da coxa para cima, em direção
à superfície da água [1]. Extensão ativa do
joelho [2], mantendo os pés em flexão plantar
[3].

Na fase de recuperação (ação descendente):


Recuperação, com o membro inferior em
extensão [4].
Técnica alternada – costas

Sincronização dos membros superiores:


Uma das mãos entra na água quando a outra está a terminar a fase
propulsiva. Esta sincronização está associada a uma ligeira rotação
do tronco em torno do eixo longitudinal.

Sincronização dos membros superiores e inferiores:


É utilizada uma sincronização de seis batimentos por cada ciclo de braçadas,
permitindo uma rotação eficaz dos ombros.

Respiração:

A inspiração deverá coincidir com a fase de recuperação de um


dos membros superiores, podendo realizar-se em cada ciclo de braçada,
ou a cada dois ou três ciclos. A expiração deve ser contínua e constante.
Técnica simultânea – bruços

Ação dos membros superiores:

Fase propulsiva: Fase de recuperação:


• Afastamento simultâneo das mãos (palma da mão orientada • Após junção abaixo dos ombros, as mãos
para fora) até ultrapassar a linha dos ombros, mantendo são lançadas para a frente através da
os membros superiores em extensão [1]. extensão ativa dos cotovelos [4].
• Movimento circular, para baixo e para dentro, dos membros • A extensão dos cotovelos é acompanhada
superiores, com flexão dos cotovelos, mantendo-os numa pela rotação exterior dos membros
posição alta, próxima da superfície [2]. superiores, iniciando posteriormente nova
• A ação termina quando as mãos se aproximam uma fase propulsiva [5].
da outra, numa ação interior e ascendente [3].
Técnica simultânea – bruços

Ação dos membros inferiores:

Na fase propulsiva (ação descendente):


• Joelhos afastados à largura dos ombros e calcanhares
próximos das nádegas [1].
• Pés rodam para fora [2] e os membros inferiores para trás,
para fora e para baixo, terminando em extensão completa [3].

Na fase de recuperação (ação ascendente):


• Após realização de um pequeno deslize com os membros
inferiores unidos e em extensão, aproximação progressiva
dos membros inferiores [4].
• Pés mantidos em flexão plantar, reduzindo a resistência
ao avanço e preparando a fase propulsiva seguinte [5].
Técnica simultânea – bruços

Sincronização dos membros superiores e inferiores:


As ações propulsivas dos membros superiores ocorrem durante o deslize
dos membros inferiores.
Já a ação propulsiva dos membros inferiores ocorre durante a fase final
da recuperação dos membros superiores, devendo o rosto e o tronco
permanecer alinhados.

Respiração:
A inspiração ocorre durante a ação interna dos membros superiores,
projetando a cabeça para cima e para a frente, em simultâneo com
a elevação dos ombros. A expiração deve ser contínua e constante, sendo
mais vigorosa no momento que antecede a saída da cabeça da água.
Técnica simultânea – mariposa
Ação dos membros superiores:

Fase propulsiva: Fase de recuperação:


• Entrada das mãos à frente da cabeça, no prolongamento • Realizar a saída da água com as palmas das mãos orientadas
da linha dos ombros [1]. para dentro, rompendo a água com o dedo mínimo [5].
• Execução de um pequeno deslize, direcionando as mãos • Os membros superiores saem da água vigorosamente com
para baixo, para fora e para trás, até que ultrapassem ligeira flexão dos cotovelos [5].
a linha dos ombros [2]. • Saída dos ombros da água, facilitando a trajetória aérea dos
• Efetuar uma trajetória circular para baixo, fletindo braços.
os cotovelos e mantendo-os numa posição elevada [3]. • A cabeça deve estar submersa antes dos membros superiores
• Realizar uma rotação interna dos membros superiores entrarem na água [6].
com extensão parcial dos mesmos, preparando a saída
para a fase de recuperação [4].
Técnica simultânea – mariposa

Ação dos membros inferiores:

Na fase propulsiva (ação descendente):


Flexão dos membros inferiores [2], a partir
do momento em que os pés atingem a superfície
da água [1], terminando com uma extensão vigorosa
dos membros inferiores para baixo [3].

Na fase de recuperação (ação ascendente):


Com os membros inferiores em extensão [3], executar
uma elevação dos mesmos até atingirem uma posição
que possibilite o alinhamento de todos os segmentos
corporais [1].
Técnica simultânea – mariposa

Sincronização dos membros superiores e inferiores:


Deverão ocorrer dois ciclos de pernadas por cada ciclo de braçadas.
O primeiro batimento coincide com a entrada, extensão e deslocamento
lateral das mãos e o segundo antecipa a extensão e saída das mãos.

Respiração:

A inspiração deve ser realizada com a elevação da cabeça a anteceder


a fase de recuperação dos membros superiores. Nesta fase, os ombros
devem ser projetados para a frente. À medida que os membros
superiores se aproximam da entrada na água o rosto deve entrar
na água. A inspiração poderá ser efetuada a cada dois ciclos
de braçadas. A expiração deve ser contínua e constante.
Técnicas de partidas

Partida para prova de nado ventral:

• Ligeira flexão dos membros inferiores e superiores, com as mãos a agarrarem


o bordo do bloco [1].
• Impulso pela flexão dos membros inferiores, seguida de forte extensão [2], cabeça
«bloqueada» entre os membros superiores e elevação da bacia [3].
• Entrada na água com o corpo em extensão [5], seguida de deslize com
alinhamento corporal, antecedendo o início do nado [5].
Técnicas de partidas

Partidas para provas de nado dorsal:

• Agarrar as pegas do bloco, membros inferiores fletidos e «almofadas» dos pés em


contacto com a parede [1].
• Impulsionar o corpo para cima e para trás [2], com elevação das ancas e dos
membros inferiores, com a cabeça colocada entre os membros superiores [3-4].
• Entrada na água com os membros superiores em extensão e alinhados com a
cabeça [5] e execução de movimentos ondulatórios até ao romper da superfície ou
o reinício do nado [6-7].
Técnicas de viragens

Técnicas alternadas:

• Aproximação em velocidade máxima, com


o início de rotação realizado pela cabeça e
com movimento simultâneo dos membros
inferiores [1].

• Rolamento corporal com flexão/extensão


dos membros inferiores na parede, deslize
lateral [2] e posterior alinhamento corporal
[3].
Técnicas de viragens

Técnicas simultâneas:

• Toque das mãos na parede, seguida


de deslocamento da anca em direção
a esta [1], toque com os pés e impulsão
forte com o corpo em posição lateral [2].

• Corpo alinhado com a cabeça entre


os membros superiores e deslize com
braçada aquática completa a antecipar
o ciclo normal de nado [3].

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