Você está na página 1de 23

exercícios físicos

para grupos especiais


Grupos Especiais
Antes de qualquer coisa é preciso entender o que é e como se classifica
os alunos/pacientes denominados “grupos especiais”, pois somente
assim é possível determinar a prescrição do exercício físico para cada
cliente e é claro, controlar todas as variáveis relacionadas ao exercício.

De maneira geral, todo indivíduo que apresenta algum problema de


saúde ou condição de caráter reversível ou irreversível, que influencie
diretamente na prática de exercícios físicos ou que apresente cuidados
específicos, é classificado como grupo especial.

Dados de 2014 recolhidos pela VIGITEL revelaram que uma grande


parte da população se encontra com uma ou mais patologias e/ou
distúrbios cardiometabólicos. Esses dados são tão alarmantes em
nível nacional e internacional, que o Colégio Americano de Medicina
Esportiva (ACSM) publicou um trabalho intitulado, o exercício físico é
remédio, no qual lançou profissionais da saúde e da atenção primária
à saúde devem encorajar a população quanto a prática de exercícios
físicos como forma de tratamento não farmacológica de várias doenças.

A população denominada/classificada como grupo especial se


enquadra em uma das 3 classificações:

• Aparentemente saudáveis: indivíduos que são assintomáticos e


aparentemente saudáveis, com não mais do que um fator de risco
coronário;
• Risco aumentado: indivíduos que têm sinais e sintomas que sugerem
uma possível doença cardiopulmonar ou metabólica e/ou dois ou
mais fatores de risco coronário;

• Doença diagnosticada: indivíduos com uma doença cardíaca ou


pulmonar diagnosticada.

Quanto maior o risco cardiometabólico do aluno/paciente, maior deverá


ser a supervisão e cuidado em cada uma das sessões de exercícios,
garantindo assim segurança e qualidade do processo de treinamento.

O presente curso se limitará a apresentar sobre a importância do


exercício físico para 3 dos grupos especiais, sendo eles o obeso, o
portador de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.

Sobrepeso, Obesidade e Distúrbios


Cardiometabólicos: a importância
do exercício físico para prevenção e
tratamento.
Não é segredo que a obesidade enquanto morbidade está relacionada
ao desenvolvimento de doenças cardíacas e metabólicas e assim, neste
capítulo discutiremos os mecanismos de associação existentes entre
obesidade e as doenças cardiometabólicas mais prevalentes, como a
dislipidemia, a aterosclerose e o Diabetes Mellitus tipo II (DM TII).

Aproximadamente 40% da população brasileira apresenta algum tipo


de dislipidemia, de característica fenotípica ou genotípica, sendo
esta considerada como alterações metabólicas lipídicas (elevação da
lipoproteína de baixa densidade - LDLc, redução da lipoproteína da alta
densidade - HDLc e elevação dos triglicerídeos circulantes) observadas
no jejum e decorrentes de distúrbios no metabolismo lipídico com
repercussões sobre os níveis séricos das lipoproteínas.

Reconhecidamente a obesidade está associada a diversos distúrbios


cardiometabólicos e desta forma é essencial ao profissional da saúde
informar ao paciente que esta condição patológica deve ser inicialmente
evitada e essencialmente tratada, evitando assim complicações mais
sérias a saúde e relacionadas a eventos crônicos degenerativos.

A obesidade representa um grande problema de saúde pública, e por


este motivo, a realização de avaliações diagnósticas para identificação
e classificação do estado nutricional das pessoas em: baixo peso (massa
corporal); peso normal; sobrepeso e obesidade é essencial para uma
melhor compreensão da necessidade de ganhar, manter ou perder peso
corporal.

O acúmulo de gordura na região abdominal está associado ao


desenvolvimento de doenças cardiometabólicas, e baseado nesta
informação, a World Health Organization (WHO) (Organização Mundial
da Saúde) (2011) apresentou valores de referência da CC para predizer o
risco de complicações cardiometabólicas.

Para a prevenção e tratamento da obesidade, a alimentação balanceada


e o aumento do nível de atividade física são essenciais. A prática
regular do exercício físico com intensidade de moderada a vigorosa
(>3 METs ou acima de 60% da frequência cardíaca máxima – FCM),
induz importantes adaptações fisiológicas que favorecem o controle
da adiposidade corporal (relação massa magra e massa de gordura
corporal) e manutenção da saúde cardiometabólica, atuando assim
na prevenção primária e tratamento do excesso de massa corporal e
comorbidades associadas.
De forma geral, o treinamento aeróbio envolve a participação de
grandes grupos musculares e promove importantes adaptações
cardiorrespiratórias que potencializarão a oxidação de ácidos graxos
(gordura). Por outro lado, o treinamento de força é realizado de
forma intermitente/intervalada, com a combinação de exercícios
mono e multiarticulares, que promovem adaptações neuromusculares,
morfológicas (aumentando da massa magra e/ou muscular esquelética –
hipertrofia), aumento do gasto energético em repouso e força muscular.

Alterações morfológicas podem influenciar no gasto calórico total diário


representado pela somatória entre taxa metabólica basal, efeito térmico
do alimento e níveis de atividade física. Deste modo a avaliação da taxa
metabólica de repouso (TMR) é uma forma de quantificar o impacto da
variação do peso e composição corporal sobre este gasto.

A quantidade de massa magra (MM) e massa gorda (MG) influencia na


TMR e assim, alterações na composição corporal afetam o gasto calórico
total diário por modular a TMR. O conhecimento sobre as respostas
morfofisiológicas relacionadas aos distintos protocolos de treinamento
aeróbio e força podem auxiliar na escolha do melhor protocolo.
Aumento na MM eleva a TMR e por este motivo, as estratégias de
treinamento têm sido utilizadas para o auxílio na perda de MG e
manutenção e/ou ganho da MM.

O TF realizado de forma crônica pode elevar a TMR como consequência


do aumento da MM, contribuindo com o aumento gasto calórico total
diário, condição esta não observada com o treinamento aeróbio. O
programa de exercícios prescritos para melhorar a composição corporal
deve favorecer a perda de gordura corporal e aumentar/manter a
MM, melhorando desta forma o gasto calórico total diário portanto
uma junção entre os diferentes tipos de treinamento possa ser uma
estratégia interessante para favorecer o processo de emagrecimento de
obesos.
Aparentemente o treinamento aeróbio leva vantagem em relação ao
treinamento de força quando a variável analisada é o peso corporal e
o IMC, entretanto, destacamos que reduções no peso corporal podem
levar a reduções no gasto calórico total diário se o componente perdido
for a massa magra, o que a longo prazo poderia levar a dificuldades de
manutenção da perda de peso e desta forma, pode-se sugerir que as
respostas relacionadas ao treinamento de força, como o aumento na
massa magra/muscular, poderia favorecer o gasto calórico total diário,
por elevar a TMR, colaborando assim para a manutenção da perda de
peso a longo prazo.

Diabetes Mellitus e Distúrbios


Cardiometabólicos: a importância
do exercício físico para prevenção e
tratamento.
A atividade física é um dos pilares do tratamento do diabetes. Assim,
reduções no comportamento sedentário tem impacto significativo tanto
na melhora do controle glicêmico quanto na melhora das comorbidades
associadas, como excesso de peso, hipertensão arterial, dislipidemia,
risco cardiovascular, insônia, entre outras.

A prática regular de exercício físico é benéfica para qualquer indivíduo,


com ou sem diabetes. Em crianças e adolescentes, a prática é
fundamental para o desenvolvimento físico e mental; já em adultos,
tem grande relevância no aspecto cardiovascular;3 em idosos, por
sua vez, além dos benefícios já citados, a atividade física é importante
para a manutenção da massa magra, ajudando também na prevenção
e no tratamento da sarcopenia. Grande proporção de indivíduos com
diabetes não pratica exercícios físicos regularmente.

Tanto no diabetes mellitus tipo 1 (DM1) quanto no diabetes mellitus


tipo 2 (DM2), o exercício físico pode requerer cuidados especiais.
Assim, é papel de todo profissional de saúde estimular – e capacitar –
indivíduos com diabetes, de todas as idades, a praticar exercícios físicos
regularmente, de maneira progressiva e segura.

Indivíduos com DM2 e aumento leve a moderado da glicose


experimentam, em geral, queda da glicose durante e após o exercício
físico como consequência do aumento na captação da glicose
independente da sinalização da insulina.

As adaptações fisiológicas relacionadas ao exercício são dependentes


das variáveis do exercício como intensidade, volume, frequência e tipo,
assim como das características do indivíduo (condicionamento físico,
doenças presentes, genética etc.).

Com relação ao metabolismo da glicose, o exercício físico resulta em


diminuição da secreção de insulina (a basal e a estimulada por glicose);
enquanto isso, no músculo esquelético, tanto o treinamento aeróbico
quanto o resistido levam a aumento da expressão do transportador
de glicose tipo 4 (GLUT4) muscular, com aumento da capacidade
de transporte de glicose nos indivíduos treinados, melhorando a
sensibilidade periférica à insulina. O mecanismo pelo qual as atividades
físicas aeróbica e resistida aumentam a captação periférica de glicose é
semelhante, embora o exercício resistido tenha mais chances de induzir
ganho de massa muscular e, portanto, capacidade de armazenamento
de glicose.
Hipertensão Arterial Sistêmica: a
importância do exercício físico para
prevenção e tratamento.
A doença cardiovascular (DCV) compreende a aterosclerose,
insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e cerebrovascular, entre
outras. Indivíduos com alguma dessas condições patológicas muitas
vezes são denominados de cardiopatas, porém, para a Organização
Mundial da Saúde (OMS), qualquer tipo de intervenção (ex., exercício
físico) a ser realizada deve preconizar pela separação do indivíduo e
doença. Assim, o termo mais apropriado é portador de cardiopatia, ou
com presença de cardiopatia. Ou seja, parte-se do pressuposto que o
indivíduo não é a doença, e isto de certa forma ajudará o processo de
intervenção e controle da patologia por parte do profissional da área da
saúde.

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de DCV


sintomas é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), a qual está relacionada
à morbidade e à mortalidade e é responsável por complicações
cardiovasculares, encefálicas, coronarianas, renais e vasculares
periféricas. Atualmente, a HAS na população mundial está entre os
fatores de risco cardiovasculares que resultam em maior gasto financeiro
para o tratamento/reabilitação. No entanto, a HAS pode ser evitada
ou amenizada por meio da prática regular de exercício físico (EF),
uma vez que já foi descrito na literatura que o EF é determinante na
mudança da HAS. Esta crescente síndrome epidêmica é mais observada
na população idosa, devido à insuficiência cardíaca (diminuição do
débito cardíaco e fração de ejeção reduzida). Pensando no cotidiano
das pessoas com cardiopatias, isto acaba resultando em barreiras como
fadiga, dispneia e intolerância aos esforços, além de outras barreiras
como dor, e desconforto que limitam a prática sistematizada de EF.
O controle da hipertensão arterial tem se mostrado eficaz na redução
de complicações nesta população, assim torna-se importante
considerar a prática sistemática de EF como uma terapêutica não
medicamentosa. Estes indivíduos possuem consumo de oxigênio pico
diminuído (prejudicado), o que aumenta risco de mortalidade e diminui
qualidade de vida2. De fato, a inatividade física é considerada o maior
problema da saúde mundial do século XXI e isto resulta em aumento
da obesidade, que em conjunto com as cardiopatias, reduzem a
expectativa de vida destas pessoas.

As mudanças no estilo de vida, incluindo modificações na dieta


e combate ao sedentarismo, têm sido apontadas como fatores
importantes na prevenção e controle da hipertensão arterial. Assim,
a melhor opção, neste caso, é a prática regular de EF associada a
mudanças em hábitos de vida, reduzindo assim fatores associados a
síndrome metabólica e consequentemente a doenças metabólicas e
cardíacas.

Tem sido observado que o treinamento aeróbio praticado com


uma frequência de 3 sessões semanais com duração de 60 minutos,
intensidade de 40-50% da frequência cardíaca de reserva e incremento
da intensidade baseado em consideração médica, resultou em aumento
da modulação parassimpática em repouso em indivíduos idosos com
cardiopatias.

Por outro lado, o método intervalado pode ser uma opção para
aumentar a adesão a um programa de exercícios para pessoas com
cardiopatias, devido ao menor tempo de estímulo para realização
da prática regular de exercício físico (≥ 15 minutos acumulados).
Em recente metanálise foi demonstrado que o método intervalado
promoveu maiores adaptações no VO2pico do que o método contínuo
de moderada intensidade em pessoas com insuficiência cardíaca
e fração de ejeção reduzida, após um período de 3 a 24 meses
de reabilitação cardíaca. Como no método contínuo, constantes
considerações clínicas também são recomendadas antes que o sujeito
seja submetido a prática do método intervalado, tais como avaliação
inicial, contra indicações absolutas, recomendações para que não seja
adiada a sessão de treinamento, monitoramento durante a sessão, além
dos indicativos para interrupção da mesma.

Antes do início das sessões de treinamento é de extrema importância a


observação de sinais e sintomas como mal-estar, angina e/ou dispneia
recente, e durante as sessões, sinais e sintomas como angina, dispneia,
confusão e diminuição da frequência cardíaca com constante carga de
trabalho, entre outros.

Exercício Físico o verdadeiro remédio


Anatomicamente o músculo estriado esquelético é o maior órgão
do corpo humano, constitui aproximadamente 40% de toda a massa
corporal e é caracterizado principalmente pela sua atividade mecânica.
A mais de 50 anos foi postulado que este tecido poderia secretar fatores
humorais (circulantes) denominados naquela época de “fatores de
trabalho” e assim afetar outros órgãos e sistemas e hoje, as evidências
comprovam que, como previsto no passado, as células musculares
produzem e secretam várias centenas de peptídeos/moléculas
classificadas como miocinas.

A descoberta de que as miocinas possuem funções autócrina, parácrina


e endócrina abriu portas para a compreensão de como os músculos se
comunicam e afetam outros órgãos e tecidos, como o fígado, ossos,
adiposo, cérebro, etc. e ainda, como a prática regular da atividade/
exercício físico medeia as respostas relacionadas à saúde.

O efeito anti-inflamatório das miocinas, responsável pela supressão das


citocinas pró-inflamatórias e redução da inflamação crônica de baixo
grau; a biogênese mitocondrial (aumento no número das mitocôndrias),
responsável pelo aumento na capacidade de oxidação de ácidos graxos
e consequente redução da lipotoxicidade e adipogênese; o processo
regenerativo e a hipertrofia celular muscular; a lipólise (quebra dos
triglicerídeos); a neurogênese e pôr fim a melhora na funcionalidade
imunológica são alguns dos principais efeitos das miocinas relacionados
a saúde e prevenção de doenças associadas a inatividade física e
elevado comportamento sedentário.
REFERÊNCIAS
Ahmad R, Al-Massa Um, Atizado V, Al-Hubail A, Al-Ghimlas F. Expressão
elevada dos receptores de pedágios 2 e 4 em indivíduos obesos: sua
importância para a inflamação induzida pela obesidade. J Inflamm. 2012;
9(1): 48.

Almeda-Valdes P, Aguilar-Salinas CA, Uribe M, Canizales-Quinteros


S, Méndez-Sánchez N. Impact of anthropometric cut-off values in
determining the prevalence of metabolic alterations. Eur J Clin Invest.
2016; 46(11): 940 - 946.

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome


Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 / ABESO -
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica. – 4.ed. - São Paulo, SP.

Avussin E, Burnand B, Schutz Y, Jequier E. Twenty-four-hour energy


expenditure and resting metabolic rate in obese, moderately obese, and
control subjects. The American Aournal of Clinical Nutrition, 1982; 35
(3): 566-573.

Banz WJ, Maher MA, Thompson WG, et al. Effects of resistance versus
aerobic training on coronary artery disease risk factors. Experimental
Biology and Medicine, 2003; 228(4): 434-440.

Benito PJ, Bermejo IM, Peinado AB, et al. Change in weight and body
composition in obese subjects following a hypocaloric diet plus different
training programs or physical activity recommendations. Journal of
Applied Physiology, 2015, 118(8): 1006-1013.
Bonganha V, Conceição MS, Dos Santos CF, Chacon-Mikahil MPT,
Madruga VA. Taxa metabólica de repouso e composição corporal em
mulheres pós-menopausa. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e
Metabologia, 2009; 56 (4): 755- 759.

Borga M, West J, Bell JD, Harvey NC, Romu T, Heymsfield SB, Dahlqvist
Leinhard O. Advanced body composition assessment: from body mass
index to body composition profiling. J Investig Med. 2018; 66(5): 1 - 9.

Bortoluzzi S, Scannapieco P, Cestaro A, Danieli GA, Schiaffino S (2006)


Computational reconstruction of the human skeletal muscle secretome.
Proteins 62:776–792

Brandini LG, Schoeller DA, Dietz WH. Energy expenditure in obese and
no obese adolescents. Journal of Pediatrics, 1990; 27 (2): 198-283.

Bryner RW, Ullrich IH, Sauers J, et al. Effects of resistance vs aerobic


training combined with an 800 calorie liquid diet on lean body mass
and resting metabolic rate. Journal of the american college of nutrition,
1999; 18(2): 115-121.

Cancello CK. Is obesity an inflammatory illness? Role of low-grade


inflammation and macrophage infiltration in human white adipose tissue.
An International Journal of Obstetrics & Gynaecology. v.113, n.10, p.
1141–1147, 2006.

Carvalheira JBC, Zecchin HG, Saad MJA. Vias de Sinalização da Insulina.


Arq Bras Endocrinol Metab. 2002; 46(4): 419-425.

Cederberg H, Stančáková A, Yaluri N. Increased risk of diabetes with


statin treatment is associated with impaired insulin sensitivity and insulin
secretion: a 6 year follow-up study of the METSIM cohort. Diabetologia.
2015;58(5):1109–1117.
Coffey VG, Hawley JA. The molecular bases of training adaptation.
Sports Medicine, 2007; 37(9): 737-763.

Donges CE, Duffield R, Drinkwater EJ. Effects of resistance or aerobic


exercise training on interleukin-6, c-reactive protein, and body
composition. Medicine and science in sports and exercise, 2010; 42(2):
304-313.

Donnelly JE, Blair, SN, Jakicic JM, et al. Appropriate physical activity
intervention strategies for weight loss and prevention of weight regain
for adults. Medicine & Science in Sports & Exercise, 2009; 41(2): 459-
471.

Donnelly JE, Honas JJ, Smith BK, Mayo MS, Gibson CA, Sullivan DK.
Aerobic exercise alone results in clinically significant weight loss for men
and women: midwest exercise trial 2. Obesity, 2013; 21(3), E219-E228.

Elagizi A, Kachur S, Lavie CJ, Carbone S, Pandey A, Ortega FB, Milani


RV. An Overview and Update on Obesity and the Obesity Paradox in
Cardiovascular Diseases. Prog Cardiovasc Dis. 2018; 61(2): 142 - 150.

Faludi AA, Izar MC, Saraiva JF, Chacra APM, Bianco HT, Afiune Neto A,
et al; Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da
Aterosclerose. Arq Bras Cardiol. 2017;109(2 supl):1-76.

Fantuzzi, G. Adipose tissue, adipokines and inflammation. The Journal of


the Allergy and Clinical Immunology. v.115, n.5, p. 911-919, 2005.

FERNANDEZ-REAL, J. M.; VAYREDA, M.; RICHART, C.; GUTIERREZ, C.;


BROCH, M.; VENDRELL, J.; RICART, W. Circulating interleukin 6 levels,
blood pressure, and insulin sensitivity in apparently healthy men and
women. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v. 86, n. 3,
p. 1154-1159, 2001.
Flack KD, Davy KP, Hulver MW, et al. Aging, resistance training, and
diabetes prevention. Journal of Aging Research,2011; 1-1234.

Foreaux G, Pinto KMC, Dâmaso A. Efeito do consumo excessivo de


oxigênio após exercício e da taxa metabólica de repouso no gasto
energético. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2006; 12(6): 393-
8.

Francisqueti FV, Nascimento AF, Corrêa CR. Obesidade, inflamação e


complicações metabólicas. Nutrite. 2015; 40(1): 81-89.

Gallagher D, Belmonte D, Deurenberg P, Wang Z, Krasnow N, Pi-Sunyer


FX, Heymsfield SB. Organ-tissue mass measurement allows modeling
of ree and metabolically active tissue mass. The American Journal of
Physiology, 1998; 275 (2): 249-58.

García-Hermoso A, Ramírez-Vélez R, Ramírez-Campillo R, Peterson MD,


Martínez-Vizcaíno V. Concurrent aerobic plus resistance exercise versus
aerobic exercise alone to improve health outcomes in paediatric obesity:
a systematic review and meta-analysis. Br J Sports Medicine. 2018; 52(3):
161-166.

Goldstein MS (1961) Humoral nature of the hypoglycemic factor of


muscular work. Diabetes 10:232–234

Görgens, S. W., Eckardt, K., Jensen, J., Drevon, C. A., & Eckel, J.
(2015). Exercise and regulation of adipokine and myokine production.
In Progress in molecular biology and translational science (Vol. 135, pp.
313-336). Academic Press.
Grundy SM, Cleeman JI, Daniels SR, Donato KA, Eckel RH, Franklin BA,
et al; American Heart Association; National Heart, Lung, and Blood
Institute. Diagnosis and management of the metabolic syndrome: an
American Heart Association/National Heart, Lung, and Blood Institute
Scientific Statement. Circulation. 2005;112(17):2735-52. Erratum in:
Circulation. 2005;112(17):e298. Circulation. 2005;112(17):e297.

Guelfi KJ, Donges CE, Duffield R. Beneficial effects of 12 weeks of


aerobic compared with resistance exercise training on perceived
appetite in previously sedentary overweight and obese men.
Metabolism, 2013; 62(2): 235-243.

Harding JL, Pavkov ME, Magliano DJ, Shaw JE, Gregg EW. Global trends
in diabetes complications: a review of current evidence. Diabetologia.
2018.

Haskell WL, Lee IM, Pate RR, et al. Physical activity and public health:
updated recommendation for adults from the american college of sports
medicine and the american heart association. Medicine & Science in
Sports & Exercise, 2007; 116(9):1081.

Henningsen J, Rigbolt KT, Blagoev B, Pedersen BK, Kratchmarova I


(2010) Dynamics of the skeletal muscle secretome during myoblast
differentiation. Mol Cell Proteom 9:2482–2496

Henry CJ. Basal metabolic rate studies in humans: measurement and


development of new equations. Public Health Nutrition, 2005; 8(7a):
1133–52.

Herdy, AH, López-Jimenez F, Terzic CP, Milani M, Stein R, Carvalho T.


Diretriz Sul-Americana de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular. Arq
Bras Cardiol, 2014;103(2, Supl): 1-31.
Hosogai, N.; Fukuhara, A.; Oshima, K.; Miyata, Y.; Tanaka, S.; et al.
Adipose tissue hypoxia in obesity and its impact on adipocytokine
dysregulation. Diabetes, v. 56, n. 4, p. 901-911, 2007.

Huang X, Liu G, Guo J, Su Z. The PI3K/AKT pathway in obesity and type


2 diabetes. Int J Biol Sci. 2018; 14(11): 1483-1496.

Huh, J. Y. (2017). The role of exercise-induced myokines in regulating


metabolism. Archives of pharmacal research, 41(1), 14-29.

Ikeda SI, Tamura Y, Kakehi S, Sanada H, Kawamori R, Watada H (2016)


Exercise-induced increase in IL-6 level enhances GLUT4 expression
and insulin sensitivity in mouse skeletal muscle. Biochem Biophys Res
Commun 473:947–952

Iser BPM, Stopa SR, Chueiri PS, Szwarcwald CL, Malta DC et al.
Prevalência de diabetes autorreferido no Brasil: resultados da Pesquisa
Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde. 2015; 24(2): 305-314.

Ismail I, Keating SE, Baker MK, & Johnson NA. A systematic review and
meta-analysis of the effect of aerobic vs. Resistance exercise training on
visceral fat. Obesity Reviews. 2012; 13(1): 68-91.

Iyer A, Fairlie DP, Prins JB, Hammock BD, Brown L (2010) Inflammatory
lipid mediators in adipocyte function and obesity. Nat Rev Endocrinol
6:71–82

Jakicic JM, Otto AD. Treatment and prevention of obesity: what is the
role of exercise? Nutrition Reviews, 2006; 64(suppl_1): S57-S61.

Kelly M, Gauthier MS, Saha AK, Ruderman NB (2009) Activation of


AMP-activated protein kinase by interleukin-6 in rat skeletal muscle:
association with changes in cAMP, energy state, and endogenous fuel
mobilization. Diabetes 58:1953–1960
Lee JH, Jun, HS. Role of Myokines in Regulating Skeletal Muscle Mass
and Function. Frontiers in Physiology. January 2019 | Volume 10 | Article
42. 2019.

Madden AM, Smith S. Body composition and morphological assessment


of nutritional status in adults: a review of anthropometric variables. J
Hum Nutr Diet. 2016; 29(1): 7 - 25.

Manna P, Jain SK. Obesity, oxidative stress, adipose tissue dysfunction,


and the associated health risks: causes and therapeutic strategies.
Metabolic Syndrome and Related Disorders, 2015; 13(10): 423-444.

Maury E, Brichard SM (2010) Adipokine dysregulation, adipose tissue


inflammation and metabolic syndrome. Mol Cell Endocrinol 314:1–16

Mcardle WD, Katch FL. Katch VL. Fisiologia do exercício: energia,


nutrição e desempenho humano. 7ª ed. Guanabara koogan, rio de
janeiro, 2011.

Mcmurray RG, Soares J, Caspersen CJ, Mccurdy T. Examining variations


of resting metabolic rate of adults: a public health perspective. Medicine
& Science in Sports & Exercise, 2014; 46 (7): 1352–1358.

Molarius A, Seidell JC, Sans S, Tuomilehto J, Kuulasmaa K. Varying


sensitivity of waist action levels to identif y subjects with overweight
or obesity in 19 populations of the WHO MONICA Project. J Clin
Epidemiol. 1999; 52(12): 1213 - 1224.

Mozaffarian D. Dietary and policy priorities for cardiovascular


disease, diabetes and obesity: a comprehensive review. Circulation.
2016;133(2):187-225.

Nelson KM, Weinsier RL, Long CL, Schutz Y. Prediction of resting energy
expenditure from fat-free mass and fat mass. The American Journal of
Clinical Nutrition, 1992; 56(5): 848-56.
Obesity task force; American Association of Clinical Endocrinologists;
american college of endocrinology. aace/ace Position statement on
the prevention, diagnosis, and treatment of obesity (1998 revision).
Endocrine practice,1998 4(5): 297 - 350.

Ogurtsova K, da Rocha Fernandes JD, Huang Y, Linnenkamp U,


Guariguata L. IDF Diabetes Atlas: Global estimates for the prevalence of
diabetes for 2015 and 2040. Diabetes Res Clin Pract. 2017; 128: 40-50.

Oliveros E, Somers VK, Sochor O, Goel K, Lopez-Jimenez F. The concept


of normal weight obesity. Prog Cardiovasc Dis. 2014; 56(4): 426 - 433.

OUCHI, N.; PARKER, J. L.; LUGUS, J. J.; WALSH, K. Adipokines in


inflammation and metabolic disease. Nature reviews. Immunology, v. 11,
n. 2, p. 85, 2011.

Pauli JR, Cintra DE, Souza CT, Ropelle ER. Novos mecanismos pelos
quais o exercício físico melhora a resistência à insulina no músculo
esquelético. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009; 53(4): 399-408.

Pedersen BK, Febbraio MA (2012) Muscles, exercise and obesity:


skeletal muscle as a secretory organ. Nat Rev Endocrinol 8:457–465

Pedersen BK, Steensberg A, Fischer C, Keller C, Keller P, Plomgaard P,


Febbraio M, Saltin B (2003) Searching for the exercise factor: is IL-6 a
candidate? J Muscle Res Cell Motil 24:113–119

Pedersen, B. K. (2013). Muscle as a secretory organ. Comprehensive


Physiology, 3(3), 1337-1362.

Pereira AA, Santos GFS, Baganha RJ, et al. Effects of aerobic


training versus resistance training on body composition and systemic
biochemical parameters of overweight or obese adults. Journal of
Exercise Physiology online, 21(2):227-239, 2018.
Potteiger JA, Claytor RP, Hulver MW, et al. Resistance exercise and
aerobic exercise when paired with dietary energy restriction both reduce
the clinical components of metabolic syndrome in previously physically
inactive males. European Journal of Applied Physiology, 2012; 112(6):
2035-2044.

Raschke S, Eckel J. Adipo-myokines: two sides of the same coin—


mediators of inflammation and mediators of exercise. Mediators
Inflamm. 2013;2013:320724.

Redmond M, Pierson RN, Pi-Sunyer FX, Van Itallie TB. Prediction of the
resting metabolic rate in obese patients. The american Journal of Clinical
Nutrition, 1983; 37 (4): 595-602.

Rexrode KM, Carey VJ, Hennekens CH, Walters EE, Colditz GA,
Stampfer MJ, Willett WC, Manson JE. Abdominal adiposity and coronary
heart disease in women. JAMA. 1998; 280(21): 1843 - 1848.

Ross R, Janssen I, Dawson J, et. al. Exercise-induced reduction in obesity


and insulin resistance in women: a randomized controlled trial. Obesity
Research, 2004; 12(5): 789-798.

Ross R, Jones PJ, Smith H, et al. Reduction in obesity and related


comorbid conditions after diet-induced weight loss or exercise-induced
weight loss in men. Annals of Internal Medicine, 2000; 133(2): 92-103.

Schjerve IE, Tyldum GA, tjønna AE, et al. Both aerobic endurance and
strength training programmes improve cardiovascular health in obese
adults. Clinical Science, 2008; 115(9): 283-293.

Schwingshackl L, Dias S, Strasser B, et al. Impact of different training


modalities on anthropometric and metabolic characteristics in
overweight/obese subjects: a systematic review and network meta-
analysis. Plos One, 2013; 8(12): e82853.
Serrano AL, Baeza-Raja B, Perdiguero E, Jardi M, Munoz-Canoves P
(2008) Interleukin-6 is an essential regulator of satellite cellmediated
skeletal muscle hypertrophy. Cell Metab 7:33–44

Speretta GFF, Leite RD, Duarte ACGO. Obesidade, inflamação e


exercício: foco sobre o TNF-ALFA e IL-10. Revista HUPE. 2014; 31(1): 61-
69.

Steinbacher P, Eckl P (2015) Impact of oxidative stress on exercising


skeletal muscle. Biomolecules 5:356–377

Stevens J, Katz EG, Huxley RR. Associations between gender, age and
waist circumference. Eur J Clin Nutr. 2010; 64(1): 6 - 15.

Stiegler P, Cunliffe A. The role of diet and exercise for the maintenance
of fat-free mass and resting metabolic rate during weight loss. Sports
Medicine, 2006; 36 (3): 239-262.

Stolk RP, Wink O, Zelissen PM, Meijer R, van Gils AP, Grobbee DE.
Validity and reproducibility of ultrasonography for the measurement of
intra-abdominal adipose tissue. Int J Obes Relat Metab Disord. 2001;
25(9): 1346 - 1351.

Swift DL, Johannsen NM, Lavie CJ, Earnest CP, Church TS. The role of
exercise and physical activity in weight loss and maintenance. Progress
in Cardiovascular Diseases, 2014; 56 (4): 441-447.

The IDF consensus worldwide definition of the metabolic syndrome.


International Diabetes Federation, 2005.

Van Gaal, L. F.; MERTENS, I. L.; DE BLOCK, C. E. Mechanisms linking


obesity with cardiovascular disease. Nature, v. 444, n. 7121, p. 875,
2006.
Weibel ER, Hoppeler H. Exercise-induced maximal metabolic rate scales
with muscle aerobic capacity. Journal of Experimental Biology, 2005;
208(9): 635-1644.

WHO (2011) Waist circumference and waist-hip ratio: report of a WHO


expert consultation, Geneva, 8-11 December 2008. Geneva, Switzerland,
2011, World Health Organization.

Williamson DF, Kahn HS, Remington PL, Anda RF. The 10-year incidence
of overweight and major weight gain in us adults. Archives of Internal
Medicine, 1990; 150 (3): 665-672.

Willis LH, Slentz CA, Bateman, LA, et al. Effects of aerobic and/or
resistance training on body mass and fat mass in overweight or obese
adults. Journal of Applied Physiology, 2012; 113(12): 1831-1837.
Xavier HT, Izar MC, Faria Neto JR, Assad MH, Rocha VZ, Sposito AC et
al. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.
Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4): 20.

Yoon JH, Yea K, Kim J, Choi YS, Park S, Lee H, Lee CS, Suh PG, Ryu SH
(2009) Comparative proteomic analysis of the insulininduced L6 myotube
secretome. Proteomics 9:51–60

YUDKIN, J. S. STEHOUWER, C. D. A. EMEIS, J. J. COPPACK, S. W.


C-Reactive Protein in Healthy Subjects: Associations With Obesity,
Insulin Resistance, and Endothelial Dysfunction A Potential Role for
Cytokines Originating From Adipose Tissue? Arteriosclerosis Thrombosis
and Vascular Biology. v.19, n. 4, p. 972- 978, 1999.

Você também pode gostar