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O GUIA DE
TREINAMENTO
ÍNDICE
ATLETAS DA CIÊNCIA DO FUTEBOL ................................................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................................................... 4
UM MODELO DE EXCELENCIA............................................................................................................................................................5
KETTLEBELL .......................................................................................................................................................................................36
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................................................................52
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ATLETAS DO SÃO PAULO F.C ATLETA DO E.C CORINTHIANS P.
TIAGO TONELLI SUB 9 MÁRIO VASCONCELLOS SUB14
RAFAEL NOGUEIRA SUB12
GABRIEL MAIOLI SUB14
BRUNO FIDALGO SUB14 ATLETA DO SANTOS F.C
MARCOS OLIVEIRA (MARQUINHOS) SUB15 JOÃO CRUZ SUB11
GUILHERME BASAGLIA SUB15
ATLETAS DA RED BULL BRASIL
ATLETAS DA S.E PALMEIRAS LUCAS DAL SECCO SUB11
RENATO MARIN GK SUB11 MATHEUS SILVA SUB13
GUSTAVO LIMA SUB11 GUSTAVO SHINN SHYONG SUB13
BRUNO OLIVEIRA SUB13 LAWAN MATHEUS SUB13
LUCAS ALVIN SUB13 ROBERTO LIMA SUB13
RAFAEL MARIN SUB14 OBS: APENAS 35% DE NOSSOS ATLETAS ESTÃO NESTA LISTA
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• METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
UM MODELO DE EXCELÊNCIA
mos que toda a melhora física dentro de campo será reflexo do trabalho desen-
volvido na Ciência do Futebol e, com isso, buscamos sempre otimizar a evolução.
Por fim, acreditamos no crescimento do atleta para juntos se tornarmos um modelo
de excelência na intervenção de treinamento.
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• METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
crescente significativa nos últimos anos (Paschoal et al., 2013) em decorrência dos
fatores de volume e intensidade incompatíveis com a maturidade musculoesque-
lética dos futebolistas. No entanto, sabe-se que a lesão é oriunda de todos os es-
portes que exija certo grau de disputa e invasão, o que não inviabiliza a necessi-
dade de medidas preventivas para cercear esse acontecimento. Não obstante,
essa problematização não se assenta apenas nas categorias iniciais de formação,
pesquisas atuais apontam que o alto grau de incidência de lesões também está
no futebol profissional (Checchi., 2013), cabendo uma alerta ainda mais convin-
cente de que o trabalho preventivo deve fazer parte das periodizações já nas fa-
ses iniciais de formação.
Pesquisas apontam que as lesões em jovens futebolistas são oriundas da falta
de treinamento preventivo, orientação nutricional e fatores psicológicos. Sendo
assim, vale ressaltar que o treinamento preventivo pode viabilizar a redução da
incidência de lesões nas categorias de base (Paschoal., 2013). Pensando nisso, a
metodologia da Ciência do Futebol buscou através de evidencias cientificas
meios que viabilizam a materialização dessa redução de lesões através de exercí-
cios de força (Rhea., 2009), propriocepção e mobilidade (Boyle., 2015).
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• METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
RECOVERY
FORCE
CORE STABILITY
SPECIFIC NEED
MOBILITY, HEATING and NEURAL ACTIVATION
Coordenação motora pode ser definida como uma habilidade motora bá-
sica, capaz de controlar o movimento de forma harmônica e econômica (Roth et
al. 2015). Ter o domínio de bola, conduzi-la, fintar/driblar o adversário, encontrar o
companheiro melhor colocado para receber o passe, são as situações mais corri-
queiras do jogo de futebol, onde a demanda cognitiva e coordenativa precisam
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• METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
estar associadas para que o movimento ocorra com a melhor eficiência possível.
Ainda sobre essa complexidade sistêmica do jogo, entende-se que o desenvolvi-
mento das habilidades motoras globais são essenciais para o desenvolvimento de
novas aprendizagens na fase das habilidades motoras especificas (Gallahue et al.
2005). Em outras palavras, coordenação motora é caracterizada como determi-
nantes no processo de controle e regulação do movimento, possibilitando a
aprendizagem de novas habilidades técnicas especificas (Greco., 2013). Dentro
de nossa metodologia, o desenvolvimento dessa habilidade motora será utilizada
como mecanismo de ativação neural no período de aquecimento e desenvolvida
em atletas que estão adentrando no período do pico de velocidade de cresci-
mento – estirão.
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• METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
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• METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
CRITÉRIOS DE CREDENCIAMENTO
ATLETAS COM OBJETIVOS NA REDUÇAÕ DA INCIDÊNCIA DE LESOES FAZEM PARTE DESSE NIVEL.
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AGACHAMENTO BILATERAL
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FORTALECIMENTO DA REGIÃO CENTRAL
ATLETAS COM OBJETIVOS NA REDUÇAÕ DA INCIDÊNCIA DE LESOES FAZEM PARTE DESSE NIVEL.
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Mario Vasconcellos atleta do Sport Clube Corinthians Paulista
•METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
funcional do tronco e dominância de quadril. Além disso, o atleta terá que subir
na plataforma em espécie de avanço e não gerar falseio de joelho tanto na fase
concêntrica como excêntrica.
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O nível 4 é uma fase que pode perdurar algumas sessões de treinamento até
que o futebolista consiga realizar com perfeição as fases anteriores. Esse período
consiste com aquele gesto mais especifico para a modalidade (Boyle., 2015, Cam-
peiz et al., 2015) uma vez que adota a posição especifica do jogo. O nível 4 é o
período em que o futebolista irá realizar todos os movimentos anteriores com base
uni-lateral com sobrecarga e, adotando alguns gestos específicos da natureza
real do jogo. Esse método acredita-se ser o mais rico em especificidade pois, em
quase todas as ações de jogo os atletas estão com apenas uma perna em con-
tato com o solo. Este nível de desenvolvimento não possui o caráter de complexi-
dade uma vez que o futebolista já está adaptado as fases anteriores, o que se
busca neste período de progressão é o aumento da cargabilidade. Para o atleta
da Ciência do Futebol advindo da fase 1 de aprendizagem, este nível será permi-
tido mediante a uma periodização mínima de 1 ano - sempre respeitando as fases
de aprendizagem de cada indivíduo.
Exercícios unilaterais são de extrema importância para o futebol, uma vez que
atende a especificidade da modalidade além de estimular os estabilizadores pél-
vicos de quadril (Boyle., 2015). A prescrição de exercícios dessa natureza propor-
ciona diversas finalidades como a dominância de quadril, conscientização corpo-
ral, força concêntrica, excêntrica, com bases estáveis ou instáveis dentre outros
fins. Pense em qualquer ação especifica do futebol, todas elas possuem um cará-
ter de serem uni-laterais (uma perna no chão), tanto o movimento de corrida,
como passe, chute, drible etc. No entanto, é fundamental que o futebolista seja
estimulado a treinar mediante uma gama variada de situações que atenda a re-
alidade eminente da modalidade.
O treinamento de força unilateral possui diversos benefícios relacionados as
capacidades físicas, mas não pode ser negligenciado os aspectos voltados ás ha-
bilidades motoras. Movimentos com essa natureza desperta melhor a conscienti-
zação corporal, equilíbrio, coordenação, noção de espaço etc. Sendo assim, es-
ses movimentos também serão utilizados com base no desenvolvimento dessas
habilidades motoras básicas, entendendo toda a sua validade dentro do processo
de crescimento e desenvolvimento. Por fim, com todos esses benefícios com base
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em evidencias que alicerçam a validação desses movimentos, partimos do princí-
pio paulatino para angariar a familiarização desse movimento por parte do atleta,
levando sempre em consideração os fatores de aprendizagem.
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TRX – FITA DE SUSPENSÃO
A fita TRX consiste em uma faixa suspensa que permite o futebolista trabalhe
diversos movimentos com finalidades diferentes como força, fortalecimento, coor-
denação, conscientização corporal etc. em de cadeia fechada ou aberta. O
treinamento suspenso é um novo conceito de treinamento adotado pelas prin-
cipais equipes do cenário mundial, com objetivos voltados a assertividade do de-
sempenho relacionado ao equilíbrio, potência e velocidade do movimento. Ou
seja, esse tipo de equipamento é utilizado não somente para gerar performance
mais para angariar na redução do índice de lesões dos atletas, independente-
mente da idade.
KETTLEBELL
AVALIAÇÕES INICIAIS
Fazendo uma abordagem mais suscita daquilo que temos como perspectiva
na formação do futebolista, iremos externar alguns conteúdos práticos que serão
aplicados antes da ministração da primeira sessão de treinamento. Como já men-
cionado, o treinamento particularizado tem a intencionalidade exclusiva de aten-
der as reais necessidades do atleta. No entanto, para entender as necessidades,
será necessário que o mesmo seja submetido as avaliações físicas que nos trará
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dados significantes para qualquer prescrição de treinamento. Sendo assim, os tes-
tes de aplicação serão os seguintes:
MATURAÇÃO BIOLÓGICA
qualitativa a longo prazo. Através desses testes, será possível avaliar os movimen-
tos e identificar de forma objetiva os pontos fracos e assimetrias existentes dos fu-
tebolistas.
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AVALIAÇAO: Power Jump e Curva de Crescimento OMS
•METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
AVALIAÇÃO FÍSICA Coleta de dados As avaliações físicas acontecerão de três em três meses com duas finalidades
PROESP-BR (1994) como prescrição (a) coletar dados de evolução do atleta (b) credencia-lo a progressão para
de treinamento. fase posterior das etapas aprendizagem – evolução do nível 1 para o 2 e su-
cessivamente.
HABILIDADES MOTORAS BÁSICAS Movimentos bá- A avaliação e desenvolvimento das habilidades motoras básicas como empur-
Gallahue (2005) e Greco (2008). sicos motores. rar, segurar, sentar, levantar, pular, girar etc. Esses movimentos são a base
para qualquer atividade física e a análise da fase rudimentar, elementar e
madura é essencial.
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KEETBELL Princípios bási- Força Potência Fortalecimento
Cotter (2015) cos do treina-
mento com
Keetlebell
FORÇA Tipos de força Profilaxia Funcional Explosiva
Wilmore & Costill (2009)
LPO Tipos de movi- Jerk Clean Combinação
Dantas (et al., 2014) ou Oleshko mentos
(2008)
Fonte: Elaborado pelo autor
QUADRO 2
• Avaliação fí- • Treinamentos • Agachamento • Swing com as • Educativos de • Nível que atende a
sica; direcionados básico unila- duas mãos; LPO; toda complexidade da
• Vivência de ao início da teral com au- • Swing com • A puxada, tran- metodologia, com a
diversos base instável; xílio do trx na uma mão; sição, deslize e realização dos movi-
movimentos • Transferência plataforma; • Swing com fixação; mentos com técnica
básicos; do gesto mo- • Agachamento uma mão e aga- • Push press; perfeita em bases es-
unilateral na chamento; táveis, instáveis, com
• Correção da tor especi- • Jerk;
plataforma; • Swing com
biomecânica fico; • Clean; altas cargas e comple-
• Agachamento uma mão, aga-
do movi- • Início da fase • Combinação de xidade máxima dos
unilateral li- chamento e ex-
mento; transitória; movimentos movimentos.
vre; tensão de
• Início da • Avaliação
• Avaliação Fí- braço; com sobre-
fase transi- Físca. sica • Avaliação Fí- carga;
tória; sica. • Avaliação Física.
• Avaliação fí-
sica.
Etapas e atividades da metodologia em formato de quadro
Fontes: Greco (2008); Boyle (2015) Wilmore & Costill (2009); Cotter (2015); Coutinho (2014).
•METODOLOGIA DE TREINAMENTO DA CIÊNCIA DO FUTEBOL
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não possuem um profissional da área nutricional em seu centro de formação e,
quando há, a abordagem nunca será individual para cada futebolista, a prescri-
ção alimentar sempre será oriunda da categoria que o futebolista se encontra.
Dr: Renato Estrella, João Pedro e Gustavo Bexiga atleta da Ciência do Futebol
REFERENCIAS
1- Aoki, Marcelo Saldanha.
Fisiologia, treinamento e nutrição aplicados ao futebol / Marcelo Sandanha Aoki. – Jundiaí, SP. Fontoura, 2002.
Arruda, Miguel de
Treinamento de força em jovens / Miguel de Arruda, Jefferson Eduardo Hespanhol. – São Paulo; Phorte; 2009.
2- Boyle, Michael
Avanços no treinamento funcional ; Michael Boyle ; tradução: Ana Cavalcanti C. Botelho; revisão técnica; Ivan Jardim. –
Porto Alegre ; Artmed, 2015.
3- Cotter, Steve.
Treinamento com Kettlebell / Steve Cotter ; tradução: Vinicius Mancio ; revisão técnica: Ivan Jardim. – Porto Alegre ;
Artmed, 2015.
4- Dantas, Edimilson
Força e potência no esporte: levantamento olímpico/Edimilson Dantas, João Coutinho. – 2.ed. – São Paulo;
Icone. 2014.
5- Gallahue, David L.,
Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos/David L,. Gallahue, John C. Oznun,
revisão cientifica de Marcos Garcia Neira; (tradução de Maria Aparecida Pereira de Araujo, Juliana de Medeiros Pinheiros,
Juliana Pinheiro Souza e Silva). – 3.ed. – São Paulo; Phorte; 2005.
6- Garcia Manso, Juan M.
Treinamento dos músculos abdominais e lombares / Juan M. Garcia Manso, Marzo Edir Da Silva ; (tradução Mary Ha-
takeyama). – São Paulo ;Phorte, 2008.
7- Martin Dietrich
Manual de Teoria do Treinamento Esportivo / Dietrich Martin, Klaus Carl, Klaus Lehnertz; revisão cientifica Francisco-
Navarro;(tradução Martin Lobmaier). – São Paulo;Phorte, 2008.
8- Rhea, Matthew
Treinamento de força para crianças / Matthew Rhea; [tradutor Hatsuya Kimura]. – São Paulo; Phorte, 2009.
9- Rigolin, Luiz Roberto S.
Desempenho esportivo: treinamento com crianças e adolescentes / organizador Luiz Roberto Rigolin da Silva. – 2.ed. –
São Paulo; Phorte, 2010.
10- Roth, Klaus
Escola da Bola: Um ABC para iniciantes nos jogos esportivos – 2.ed – Phorte Editora.
11- Rowland, Thomas W.
Fisiologia do exercício na criança / Thomas W. Rowland ; (tradução de Maria Salete Trilelli). – 2.ed – Barueri,SP; Manole,
2008.
12- Samulski, Dietmar.
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Treinamento Esportivo 1.ed – Barueri SP; Manole, 2013.
13- Susan J. Hall
14- Biomecânica Básica / Susan J. Hall; 7 ed- Guanabara Koogan; Edição: 7ª
15- Oleshko, V. G
Treinamento de força ; teoria e pratica do levantamento de peso, powerlifting e fisioculturismo / V.G Oleshko ; tradução
de Felipe Freitas de Carvalho – São Paulo ; Phorte, 2008.