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REABILITAÇÃO

DO JOELHO
PROTOCOLOS PÓS-CIRÚRGICOS
DR. GABRIEL LEÃO

Licenciado para Marcel Vinicius Silva Goncalves - 83830367520 - Protegido por Eduzz.com
REABILITAÇÃO
DO JOELHO
PROTOCOLOS PÓS-CIRÚRGICOS

Licenciado para Marcel Vinicius Silva Goncalves - 83830367520 - Protegido por Eduzz.com
DR. GABRIEL LEÃO

Licenciado para Marcel Vinicius Silva Goncalves - 83830367520 - Protegido por Eduzz.com
SUMÁRIO
05 O Autor

06 Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior

18 Reconstrução do Ligamento Cruzado Posterior

29 Reparo Meniscal

35 Artroplastia Total de Joelho

43 Reconstrução do Complexo Posterolateral do Joelho

Licenciado para Marcel Vinicius Silva Goncalves - 83830367520 - Protegido por Eduzz.com
O AUTOR
Sou formado em Fisioterapia no ano de 2009, fiz especialização em
Fisioterapia no Esporte pelo Centro de Traumatologia do Esporte da
Universidade Federal de São Paulo, mestrado e doutorado em Ciências da
Reabilitação na Universidade de São Paulo com a temática Dor
Patelofemoral e Osteoartrite de Joelho, respectivamente.
Possuo título de especialista em Fisioterapia Esportiva pela Sociedade
Nacional de Fisioterapia Esportiva, devidamente reconhecido pelo
COFFITO.

Como professor do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal


do Ceará, coordeno o Laboratório da Análise do Movimento Humano
(LAMH), módulo de Clínica Fisioterapêutica nas Lesões Desportivas,
Projeto de Assistência e Prevenção das Disfunções do Joelho (PAPO-Joelho)
e sou um dos coordenadores da Liga de Fisioterapia Esportiva (LIFE).

Possuo mais de 30 artigos publicados e dezenas de trabalhos


apresentados em eventos científicos no âmbito regional, nacional e
internacional.

A ideia de criar o Joelho em Evidência surgiu da necessidade de transmitir


informações publicadas em artigos científicos de alto impacto para
fisioterapeutas, educadores físicos, médicos, outros profissionais da área
da saúde e pacientes de forma clara, direta e objetiva. Agora começamos
um novo momento de divulgação do conhecimento científico na área de
prevenção, avaliação e tratamento das lesões do joelho.

Esse livro é o início de mais um novo projeto, aqui você encontrará um


manual com o passo-a-passo para o tratamento pós-operatório das
principais lesões do Joelho.

DR. GABRIEL LEÃO


@joelhoemevidencia

05
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RECONSTRUÇÃO
DO LIGAMENTO
CRUZADO
ANTERIOR

06
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Uma das lesões mais comuns no joelho é
uma entorse ou ruptura do ligamento
cruzado anterior.

Os atletas que participam de esportes de


alta demanda como futebol, futebol e
basquete são mais propensos a lesionar os
seus ligamentos cruzados anteriores.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

PRÉ-OPERATÓRIO

Objetivos 2 - 12 semanas

ADM completa X

Dor mínima X

Edema mínimo X

Força adequada de quadríceps X

Melhora da capacidade funcional X

1-2 3-4 - 6 7 - 8 9 – 12 4 5 6 7-12

X (X)

X X X

X X X

X X X X X X X X X

X X X X X X X X X

08
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Edema mínimo X

Força adequada de quadríceps X


PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO
Melhora da capacidadeDO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
funcional X

PÓS-OPERATÓRIO

Semanas de P.O. Meses de P.O.

1 - 2 3 - 4 5 - 6 7 - 8 9 – 12 4 5 6 7-12

Imobilização (Brace) X (X)

Metas para ganho de ADM

0° - 110° X

0° - 120° X

0° - 135° X

Descarga de peso

Metade do peso corporal X

Peso completo X

Mobilização patelar X X X

Recursos (se necessário)

Eletroestimulação muscular X X X

Controle de dor/edema (crioterapia) X X X X X X X X X

Alongamento
Isquiotibiais (3ª sem p/ enxerto dos flexores),
X X X X X X X X X
tríceps sural, banda iliotibial, quadríceps

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

Fortalecimento
Ativação do quadríceps (deslizamento patelar X (X)
superior)
Isométrico de quadríceps: elevação da perna (X) X X
estendida, extensão ativa de joelho
CCF: treino de marcha, flexão plantar, X X X X X
agachamento isométrico na parede, mini-
Flexão de joelho (90°) - enxerto dos flexores* X X X X X X

Quadríceps: isometria (90°) X X

Quadríceps: extensão de joelho (90° - 45°) X X X X X X X

Abdução/adução de quadril X X X X X X X X X

Leg press (70° - 30°) X X X X X X X X

Treino de equilíbrio/propriocepção

Transferências de peso X X

Treino sensório-motor X X X X X X

Condicionamento

Bicicleta (estática) X X X X X X X X

Programa aquático X X X X X X X X

Natação (chute) X X X X X X

Caminhada (com extensão total de joelho) (X) X X X X X X X

Elíptico X X X X X X

Corrida: trote (X) X

Corrida: ininterrupta (X) X X X

Cutting, Pivot, Carioca, Figura-8, etc (X) X X X

Treino pliométrico X X X

Retorno ao esporte X X

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

EVOLUÇÃO DO PACIENTE

Objetivos Critérios de progressão

1 - 2 semana
Deambular com muletas, usando 50% do
Amplitude de movimento 0° - 110°;
peso quando:
Contração adequada de quadriceps
Controle da dor no pós-operatório;
(superiorização da patela);
Hemartrose controlada;
Controle de inflamação;
Alcançar contração do quadríceps
Sustentar 50% do peso corporal.
voluntária.
3 - 4 semanas
Amplitude de movimento 0° - 125°; Descarga de peso total quando:
SLR sem sinal de Lag Dor controlada, sem medicamentos;
Controle de inflamação e edema; Edema controlado;
Suporte de peso de 100%. ADM de 0° - 100°;
Descarga de peso total e marcha normal. Biomecânica da marcha normal.
5 - 6 semanas
Amplitude de movimento 0° - 135°;
Deambulação independente:
Extensão do joelho em CCF com ADM
Dor controlada, sem medicamentos;
controlada;
Edema controlado;
Reconhecimento de complicações (déficit de
ADM de 0° - 120°;
ADM, dor, instabilidade);
Controle muscular durante toda a ADM;
Reconhecimento de disfunção
Biomecânica normal da marcha.
patelofemoral;
7 - 8 semanas
Sem edema;
ADM sem dor;
Estabilidade articular com ADM 0° - 135°;
Aumentar força e resistência.
Executa atividades da vida diária;
Suporta todo o peso corporal;
Pode caminhar 20 minutos sem dor.
9 - 12 semanas
Sem derrame;
Aumentar força e resistência. ADM sem dor;
Estabilidade articular com ADM 0°-135 °;

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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

Executa atividades da vida diária;


Aumentar força e resistência Suporta todo o peso corporal;
Pode caminhar 20 minutos sem dor.
13 - 26 semanas
Sem derrame;
ADM sem dor;
Aumentar força e resistência. Estabilidade articular com ADM;
Executa atividades da vida diária;
Pode caminhar 20 minutos sem dor.
27 - 52 semanas
Sem edema;
ADM sem dor;
Aumentar a função, força e resistência;
Estabilidade articular com ADM;
Retornar ao nível de atividade anterior.
Executa atividades da vida diária;
Pode caminhar 20 minutos sem dor.

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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

PROGRESSÃO DE CORRIDA

Esteira Rua
Andar 160 metros / trotar 160 metros: Trote em linha reta / caminhada nas
Nível 1
repita 10 vezes. curvas (3,2 km).
Alternar 160 metros andando / 322 Trote em linha reta / trote com 1 curva
Nível 2
metros de trote (3,2 km). na volta seguinte (3,2 km).
Alternar 160 metros andando / 483 Trote em linha reta / trote com 1 curva
Nível 3
metros de trote (3,2 km). em cada volta (3,2 km).
Alternar 160 metros andando / 644 Trotar 1 da volta / caminhada curva
Nível 4
metros de trote (3,2 km). (3,2 km).
Nível 5 Percorrer 3,2 km completos de trote. Trotar em todas as voltas (3,2 km).

Nível 6 Aumentar treino para 4 km. Aumentar treino para 4 km.

Nível 7 Aumentar treino para 4,8 km. Aumentar treino para 4,8 km.
Alternar entre correr/trotar a cada 400 Aumentar a velocidade nos trotes em
Nível 8
metros. linha reta e curvos.
O progresso para o próximo nível ocorre quando o paciente é capaz de realizar a atividade
por 3,2 km sem aumento de edema ou dor. Não realizar mais que 4 vezes em uma semana.
Não progrida mais de 2 níveis em um período de 7 dias.

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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

CRITÉRIOS DE INÍCIO DA FASE DE RETORNO AO ESPORTE


Mínimo de 6 meses de pós-operatório
Resultado igual ou superior a 90%:
- Índice de Simetria do Quadríceps;
- Hop tests (Simples, Triplo, Cruzado, 6-m no Tempo);
- Na pontuação do ACL-RSI;
- Na pontuação do IKDC;
Obs.: Todos os critérios devem ser atendidos antes de iniciar uma progressão de retorno
ao esporte.

Treinamento da agilidade e velocidade Não


Continue treino de agilidade
total sem dor ou apreensão

Sim

Prática sem oposição de habilidades


Não
específicas do esporte, sem dor ou Continue prática sem oposição
apreensão

Sim

Prática com oposição corpo-a-corpo Não Continue prática de habilidade


de habilidades específicas de esporte corpo-a-corpo

Sim
Obs.: Prática sem oposição refere-se a
prática de habilidade sem um parceiro
Atividade prática completa com a equipe de treinamento de tentar defender-se ou
inibir o desempenho da habilidade.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

Treinamento da agilidade e
velocidade total sem dor ou NÃO Continue treino de agilidade
apreensão.

SIM

Prática sem oposição de habi-


lidades específicas do esporte, Continue prática
NÃO
sem dor ou apreensão. sem oposição

SIM

Prática com oposição corpo-


a-corpo de habilidades especí- Continue prática
NÃO
ficas de esporte. de habilidade corpo-a-corpo

SIM
Obs: Prática sem oposição
Atividade prática completa refre-se a prática de
com a equipe. habilidade sem um parceiro
de treinamento de tentar
defender-se ou inibir o
deempenho da habilidade.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
! !
RECONSTRUÇÃO
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DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

PRECAUÇÕES

Técnica de enxerto de tendão patelar:


- Esteja ciente da força patelofemoral e da possível irritação durante a progressão dos
exercícios resistidos.
- Se surgir dor patelofemoral, tratá-la com recursos, possível uso de taping patelar.
- Considere alteração do ângulo de flexão mais confortável do joelho entre 90°-45° para
fortalecimento do quadriceps femoral em CCA.
Técnica de enxerto de tendão dos isquiotibiais:

- Não realizar fortalecimento dos isquiotibiais até a semana 12.

Meniscectomia parcial:

- Sem modificações necessárias; progresso por tolerância do paciente e protocolo.

Reparo meniscal:
- Sem agachamento além de 45° durante 4 semanas.
- Descarga de peso em extensão total aprovada.
- Considerar o protocolo de reabilitação específico para reparos meniscais.
Concomitante à abrasão de condroplastia:
- Descarga de peso tolerada com muletas axilares: 3-5 dias.
- Nenhuma modificação necessária, a progressão segue por tolerância do paciente e
protocolo.
Microfraturas concomitantes:
- Sem descarga de peso: 2-4 semanas com muletas axilares.
- Sem atividades de descarga de peso no tratamento durante 4 semanas.

Obs.: Considere localização e tamanho da lesão para alterações específicas de exercício.


Reparação condral:

- Se feito concomitantemente, seguir o procedimento específico do protocolo.

Transplante de menisco:

- Se feito concomitantemente, seguir o procedimento específico do protocolo.

Lesão LCM:
- Restringir o movimento ao plano sagital até a semana 4-6 para permitir a cicatrização do
LCM.
- Execute a progressão dos exercícios resistidos com a tíbia em rotação interna durante o

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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

período pós-operatório precoce para diminuir o stress de LCM.


- Considere o uso de brace para o exercício e períodos de atividades caso haja entorse
e/ou paciente com dor grave.

Obs.: Restrições de ADM não reparadas: Grau 1 (sem restrições de ADM); Grau 2 (0-90°) 1ª
semana, (0-110°) 2ª semana; Grau 3 (0-30°) 1ª semana, (0-90°) 2ª semana, (0-110°) 3ª
semana.
Lesão LCP:

- Siga as orientações dos guias de reabilitação de LCP. (Não em protocolos de LCA).

Reparo do Complexo Posterolateral


- Minimizar torques de rotação externa e estresse em varo nas semanas 6-8.
- Evitar hiperextensão.
- Sem flexão resistida de joelho até 12ª semana.

Revisão da reconstrução de LCA:


- Retardar a progressão da corrida, teste de salto, exercícios de agilidade e retorno ao
esporte por 4 semanas. Muletas e imobilizador serão usados 2 semanas após a cirurgia.
Caso contrário, siga as mesmas metas.

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RECONSTRUÇÃO
DO LIGAMENTO
CRUZADO
POSTERIOR

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Seja em traumas de alta energia, tais como
quedas de moto e acidentes de carro com o
choque do joelho no painel, ou seja em
traumas de baixa energia, como queda no
solo, a lesão do LCP normalmente ocorre
por trauma direto no joelho.

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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

PRÉ-OPERATÓRIO

Objetivos 2 - 12 Semanas

ADM completa X

Dor mínima X

Edema mínimo X

Força adequada de quadríceps X

Melhora da capacidade funcional X

Pós-operatório

Semanas de P.O. Meses de P.O.

Todos os exercícios devem ser realizados


evitando a posteriorização da tíbia até o 3º
mês;
Cuidado com hiperextensão e rotação externa
da tibia; 1-2 3-4 5-6 7-8 9-12 4 5 6 7-12
Cuidado com inclinação anterior do tronco no
início da CCF .

Brace longo articulado


Joelheira patelar X X X
Brace funcional

Metas para ganho de ADM

0° - 60° X

0° - 90° X

0° - 120° X

0° - Total (após 3 meses) X

Descarga de peso
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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

PÓS-OPERATÓRIO

Semanas de P.O. Meses de P.O.

Todos os exercícios devem ser realizados


evitando a posteriorização da tíbia até o 3º
mês;
Cuidado com hiperextensão e rotação externa
da tibia; 1-2 3-4 5-6 7-8 9-12 4 5 6 7-12
Cuidado com inclinação anterior do tronco no
início da CCF .

Brace longo articulado


Joelheira patelar X X X
Brace funcional

Metas para ganho de ADM

0° - 60° X

0° - 90° X

0° - 120° X

0° - Total (após 3 meses) X

Descarga de peso

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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

25% do peso corporal X

50% do peso corporal X

Peso completo (após 10ª semana) X

Mobilização patelar X X X X

Recursos (se necessário)

Eletroestimulação muscular X X X X X

Controle de dor/edema (crioterapia) X X X X X X X X X

Alongamento
Isquiotibiais, tríceps sural, banda iliotibial, X X X X X X X X X
quadríceps
Fortalecimento
Isométrico de quadríceps: elevação da perna X X X X X
estendida, extensão ativa de joelho
Treino de marcha, flexão plantar X X X X X X

Flexão de joelho: 90° - 0° X X X X

Extensão de joelho: 60° - 30° X X

90° - 30° X X

Completa X X X X

Abdução/adução de quadril X X X X X X X X

CCF: 10° - 45° X

Completa X X X X X X X

Treino de equilíbrio/propriocepção

Transferências de peso X X

Treino sensório-motor X X X X X X

Condicionamento

Bicicleta (estática) X X X X X X X

Programa aquático X X X X X

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

Natação (chute) X X X X

Caminhada X X X X X

Corrida: trote X

Cutting, Pivot, Carioca, Figura-8, etc X

Treino pliométrico X

Retorno ao esporte X

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RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

Evolução DO
EVOLUÇÃO do paciente
PACIENTE

Objetivos Critérios de progressão

1 - 2 semana
Amplitude de movimento 0° - 60°; Suporte de 25% de descarga de peso;
Contração adequada de quadriceps; Controle da dor no pós-operatório;
Controle de inflamação e edema; Hemartrose controlada;
Prevenir contraturas teciduais; Boa mobilidade patelar e contração do
Proteger a reconstrução do ligamento nos quadríceps;
locais de inserção. Nenhuma contratura tecidual.
3 - 4 semanas
Amplitude de movimento 0° - 60°; Descarga de 50% de peso quando:
Controle muscular; Dor e edema controlados;
Controle de inflamação e edema; Controle muscular durante toda a ADM;
Prevenir contraturas teciduais; Boa mobilidade patelar e contração do
Proteger a reconstrução do ligamento nos quadríceps;
locais de inserção. Nenhuma contratura tecidual.
5 - 6 semanas
Amplitude de movimento 0° - 60°; Descarga de peso total quando:
Controle muscular; Dor controlada, sem medicamentos;
Controle de inflamação e edema; Edema controlado;
Reconhecimento de complicações (déficit de Resposta inflamatória ausente;
ADM, dor, instabilidade); Boa mobilidade patelar;
Reconhecimento de disfunção patelofemoral. Controle muscular (3/5).
7 - 8 semanas
Amplitude de movimento 0° - 90°;
Descarga de peso total;
Descarga de peso total;
Boa mobilidade patelar;
Marcha normal;
Controle muscular (4/5);
Controle de inflamação e edema;
Resposta inflamatória ausente.
Controle muscular.
9 - 12 semanas
Sem edema, ADM sem dor e estabilidade
Amplitude de movimento 0° - 120°; articular;
Aumentar força e resistência; Executa atividades da vida diária sem dor;
Retorno à marcha normal; Sem inchaço e crepitação;
Retorno às atividades de vida diária. Marcha simétrica;
Teste muscular manual 4/5.
13 - 26 semanas

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Sem edema, ADM sem dor e estabilidade


articular;
Amplitude de movimento total; Executa atividades da vida diária;
Aumentar força e resistência. Marcha simétrica;
Teste muscular manual 5/5;
Pode caminhar 20 minutos sem dor.
27 - 52 semanas
Sem edema, ADM sem dor e estabilidade
Aumentar a função;
articular;
Manutenção de força e resistência;
Executa atividades da vida diária;
Retornar ao nível de atividade anterior.
Pode caminhar 20 minutos sem dor.

PROGRESSÃO DE CORRIDA
Progressão de corrida
1. Caminhada na esteira.

2. Caminhada/corrida na esteira com intervalos.

3. Corrida na esteira.

4. Trilha: corrida em retas, caminhada em curvas.

5. Trilha: corrida em retas e curvas.

6. Corrida na estrada.
O progresso para o próximo nível ocorre quando o paciente é capaz de realizar a atividade
por 3,2 km sem aumento de edema ou dor. Não realizar mais que 4 vezes em uma semana.
Não progrida mais de 2 níveis em um período de 7 dias.

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CRITÉRIOS DE INÍCIO DA FASE DE RETORNO AO ESPORTE


Mínimo de 6 meses de pós-operatório
Resultado igual ou superior a 90%:
- Índice de Simetria do Quadríceps;
- Hop tests (Simples, Triplo, Cruzado, 6-m no Tempo);
- Na pontuação do ACL-RSI;
- Na pontuação do IKDC.
Obs.: Todos os critérios devem ser atendidos antes de iniciar uma progressão de retorno
ao esporte.

Treinamento da agilidade e velocidade Não


Continue treino de agilidade
total sem dor ou apreensão

Sim

Prática sem oposição de habilidades Não


específicas do esporte, sem dor ou Continue prática sem oposição
apreensão

Sim

Prática com oposição corpo-a-corpo Não Continue prática de habilidade


de habilidades específicas de esporte corpo-a-corpo

Sim
Obs.: Prática sem oposição refere-se a
prática de habilidade sem um parceiro
Atividade prática completa com a equipe de treinamento de tentar defender-se ou
inibir o desempenho da habilidade.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

Treinamento da agilidade e
velocidade total sem dor ou NÃO Continue treino de agilidade
apreensão.

SIM

Prática sem oposição de habi-


lidades específicas do esporte, Continue prática
NÃO
sem dor ou apreensão. sem oposição

SIM

Prática com oposição corpo-


a-corpo de habilidades especí- Continue prática
NÃO
ficas de esporte. de habilidade corpo-a-corpo

SIM
Obs: Prática sem oposição
Atividade prática completa refere-se a prática de
com a equipe. habilidade sem um parceiro
de treinamento de tentar
defender-se ou inibir o
deempenho da habilidade.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

PRECAUÇÕES

Meniscectomia parcial:
- Nenhuma modificação necessária, a progressão vai de acordo com a tolerância do
paciente e protocolo.
Reparo meniscal:
- Nenhuma modificação necessária, a progressão vai de acordo com a tolerância do
paciente e protocolo.
Lesão do LCA:

- Siga as orientações de LCP.

Condroplastia:
- Descarga de peso restrita durante 4 semanas.
- Sem exercícios de peso durante 4 semanas.
- Considere o uso de brace para facilitar a participação precoce em atividades de
reabilitação funcional, se limitado pela dor.
Lesão do LCM:
- Restringir o movimento no plano sagital até a 4-6ª semana para permitir a cicatrização do
LCM.
- Execute exercícios resistidos com a tíbia em rotação interna durante o período pós-
operatório precoce para diminuir estresse de LCM.
- Considere brace para o exercício e períodos de atividade se houver entorse e/ou paciente
com dor grave.

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REPARO
MENISCAL

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Historicamente, a meniscetomia era o
tratamento de escolha para lesões meniscais.
Hoje, a palavra de ordem é PRESERVAR os
meniscos para evitar futuras complicações
como Artrose de Joelho. Por isso, o reparo do
menisco ou sutura meniscal tem sido a
escolha cirúrgica preferencial.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
REPARO MENISCAL

Pós-operatório
PÓS-OPERATÓRIO

Semanas de P.O. Meses de P.O.

1-2 3-4 5-6 7-8 9-12 4 5 6 7-12

Imobilização X X C

Metas para ganho de ADM

0° - 90° X C

0° - 110° X C

0° - 135° X C

Descarga de peso
Tocar pé no chão: metade do peso
X
corporal
a peso completo X

Tocar pé no chão: do peso corporal C

a do peso corporal C C

Peso corporal completo X C

Mobilização patelar X X X

Recursos

Eletroestimulação muscular X X X

Controle de dor/edema (crioterapia) X X X X X X X X X

Alongamento
Isquiotibiais, tríceps sural, banda
X X X X X X X X X
iliotibial, quadríceps
Fortalecimento
Isométrico de quadríceps: Ativação X X X X X
muscular (deslizamento patelar superior),
CCF: treino de marcha, flexão plantar,
X X, C X X X X X
mini agachamento
Flexão de joelho (90°) X C X X X X X

Quadríceps: isometria (90°) X X X X X X X

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
REPARO MENISCAL

Quadríceps: extensão de joelho (90° - 30°) X X X X X X X

Abdução/adução de quadril X X X X X X X X

Leg press (70° - 10°) X X, C X X X X

Treino de equilíbrio/propriocepção

Transferências de peso X X, C X X X X X X

Treino sensório-motor X X, C X X X X X X

Condicionamento

Bicicleta (estática) X X X X X X X

Programa aquático X X X X X

Natação (chute) X X X X X

Caminhada (com extensão total de joelho) X X X X X

Elíptico X X X X X

*Corrida: ininterrupta X X C X

*Cutting, Pivot, Carioca, Figura-8, etc X C X

*Pliometria X X, C

*Retorno ao esporte X
Legenda: C = reparos centrais, estendendo-se até a região de terço médio do menisco; X = reparos
centrais e periféricos.
*A progressão paras as fases de corrida, cutting, pliometria e retorno ao esporte é baseada em
múltiplos critérios. Pacientes com notáveis danos à cartilagem articular são orientados a retornarem.
retornarem

Evolução do paciente

Objetivos Critérios de progressão

1 - 6 semanas
Diminuir a inflamação e edema;
Dor e edema controlados;
Restaurar ADM;
Controle do quadríceps (superiorização
Restabelecer atividade do músculo
da patela);
quadríceps;
SLR sem sinal de Lag.
Descarga de eso.
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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
REPARO MENISCAL

Evolução do
EVOLUÇÃO DOpaciente
PACIENTE

Objetivos Critérios de progressão

1 - 6 semanas
Diminuir a inflamação e edema;
Dor e edema controlados;
Restaurar ADM;
Controle do quadríceps (superiorização
Restabelecer atividade do músculo
da patela);
quadríceps;
SLR sem sinal de Lag.
Descarga de eso.
6 - 12 semanas
Normalizar possíveis déficits de ADM;
ADM completa sem dor;
Tratar qualquer resquício de dor;
Nenhuma dor ou sensibilidade;
Contração adequada de quadríceps;
Biomecânica normal de marcha.
Descarga de peso completa.
3 - 5 meses
Aumentar força e resistência; Bom índice de simetria de quadríceps;
Aumentar condicionamento e equilíbrio; Capaz de executar AVDs com
Iniciar treino de corrida. independência.
5 - 12 meses
Manutenção de força, resistência e função;
Retorno ao nível de atividade e função
Treinos pliométricos e de cutting;
anterior.
Preparação para retorno ao esporte.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
REPARO MENISCAL

Recomendações
RECOMENDAÇÕES e Orientações
E ORIENTAÇÕES
Descargas de peso excessivas são evitadas no PO imediato, assim como forças
compressivas e de cisalhamento, pois interferem no processo de cicatrização nos locais
de reparo.
É de suma importância que o fisioterapeuta tenha conhecimento sobre o tipo de reparo
meniscal que foi realizado para instituir um programa de reabilitação adequado.
Protocolo de crioterapia, compressão e elevação são importantes na fase imediata do PO
para controle de edema e dor, de modo que os pacientes devem ser instruídos a fazê-lo
frequentemente.
Flexão passiva e extensão passiva e ativa/ativa-assistida de joelho devem ser iniciadas no
primeiro dia de PO. Flexão ativa de joelho deve ser evitada para prevenir tração dos
meniscos pelos isquiotibiais.
Pacientes com reparo periférico iniciam treino de equilíbrio e propriocepção quando
suporte de peso parcial é alcançado. Já aqueles com reparos centrais iniciam 3 a 4
semanas após a cirurgia. Suportes externos são mantidos durante esses exercícios até
que a descarga de peso completo seja suportada.
Exercícios em CCF com descarga de peso são iniciados na 3ª ou 4ª semana, quando os
pacientes já consigam realizar descarga de 50% do peso corporal, entre 0° a 60° para
proteção do corno posterior do menisco.
Exercícios em CCA são iniciados na 5ª ou 6ª semana. Extensão de joelho com resistência
progressiva é inicialmente realizada entre 90° a 30° para proteção da articulação
patelofemoral. Dessa forma, forças mínimas serão impostas nos locais de reparo.
Cuidado com ganho de extensão e exercícios em CCA para extensão do joelho nos
reparos meniscais no corno anterior, e ganho de flexão e exercícios em CCA para flexão
do joelho nos reparos meniscais no corno posterior.
O programa de condicionamento deve ser feito pelo menos 3 vezes na semana, de 20 a
30 minutos, entre 60% e 85% da frequência cardíaca.
O programa de corrida é iniciado cerca de 5 meses após a cirurgia, em pacientes com
reparo periférico e com déficit de torque não maior que 30% entre quadríceps e
isquiotibiais. Para pacientes com reparo complexo, o início dessa fase deve ocorrer por
volta do 6º mês.
A corrida começa com combinação entre andar e correr, com distâncias entre 18 e 91 m e
velocidade 25% a 50% da velocidade normal do paciente. Ao atingir a meta de correr em
linha reta com velocidade normal, manobras laterais e cruzadas podem ser adicionadas
ao treinamento.
Treino pliométrico é iniciado com pacientes que obtiveram sucesso em completar o
programa de corrida adequadamente.
O retorno às atividades esportivas é baseado no sucesso em completar os programas de
corrida e de treinamento funcionais.

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ARTROPLASTIA
TOTAL DO
JOELHO

35
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Quando o joelho está muito lesionado pela
artrose ou por outra lesão, atividades
simples, como caminhar ou subir escadas,
podem se tornar difíceis. Pode haver dores
mesmo sentado ou deitado.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO

Pré-operatório
PRÉ-OPERATÓRIO
A fraqueza do quadríceps e limitações funcionais podem ser persistentes nos pacientes que estão
prestes a receber uma prótese de joelho; no entanto, deve ser enfatizado o fortalecimento do
quadríceps nos estágios iniciais de osteoartrite de joelho. Para aqueles que irão ser submetidos à
Artroplatia Total de Joelho (ATJ), a força de quadríceps no pré-operatório é um forte preditor do
desempenho funcional após 1 ano de cirurgia. Fisioterapia antes da ATJ deve focar no
fortalecimento, condicionamento aeróbico e programas educacionais.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO

PÓS-OPERATÓRIO
Pós-operatório

Semanas de P.O. Meses de P.O.

1-2 3-4 5-6 7-8 9–12 4 5 6

Imobilização: apenas para pacientes de alto X X


risco (realinhamento patelar concomitante,
Metas para ganho de ADM

0° - 90° X

0° - 100° X

0° - 110° X

0° - 120° X

Descarga de peso

Tocar o pé no chão X

Metade do peso corporal X

Auxílio mínimo (X) X

Peso completo (X) X

Mobilização patelar e tibiofemoral X X X X

Recursos (se necessário)

Controle de dor/edema (crioterapia) X X X X X X X X

Eletroestimulação muscular X X X X

Alongamento
Isquiotibiais, quadríceps, trato iliotibial, sóleo e
X X X X X X X X
gastrocnêmios
Fortalecimento

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO

Contração voluntária de quadríceps X (X)


(deslizamento patelar superior)
SLR: flexão, adução, abdução e extensão (X) X X X
(somente se já alcançou extensão total do
Flexão plantar X X X X X X X X

Mini agachamento (0 - 45º) X X X

Agachamento (0 - 90º) X X X X

Flexão de joelho (90°) X X X X X X

Extensão de joelho (90° - 30°) X X X X X X X

Abdução/adução de quadril X X X X X X X X

Leg press (70° - 10°) X X X X X X X

Treino de marcha

Choque do calcâneo - saída do hálux X

Transferência de peso X

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO

PÓS-OPERATÓRIO
Pós-operatório (continuação)

Semanas de P.O. Meses de P.O.

1-2 3-4 5-6 7-8 9–12 4 5 6

Caminhada anterior, posterior e lateral X X X

Caminhada com obstáculo X X X

Subir e descer escada X X X X

Treino de equilíbrio/propriocepção

Treino sensório-motor X X X X X X X

Condicionamento

Bicicleta (estática) X X X X X X X

Programa aquático X X X X X X

Caminhada X X X X X X

Natação (chute) X X X X

Elíptico X X X

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO

Evolução do paciente
EVOLUÇÃO DO PACIENTE
Objetivos Critérios de progressão

1 - 2 semana

Amplitude de movimento 0° - 90°; Dor e edema controlados;


Contração adequada de quadríceps; Boa mobilidade patelar;
Controle de inflamação e edema Boa contração voluntária de quadríceps
Proporcionar mais mobilidade e (deslizamento patelar superior);
independência. Transferências independentes.
3 - 4 semanas

Amplitude de movimento 0° - 100°; Dor e edema controlados;


Controle de inflamação e edema; Boa mobilidade patelar;
Controle muscular; Contração voluntária do quadríceps;
Início de retorno às AVDs. Extensão completa de joelho.
5 - 6 semanas

Amplitude de movimento 0° - 110°; Deambulação com auxílio mínimo;


Reconhecimento de complicações Dor e edema controlados;
(patelofemoral, déficit de ADM, dor, Controle muscular durante toda a ADM.
instabilidade).
Introdução leve a atividades de
condicionamento.
7 - 8 semanas

Amplitude de movimento 0° - 120°; Marcha simétrica;


Descarga de peso total; ADM completa;
Força muscular adequada em todo o MI; Independência em AVDs;
Biomecânica normal da marcha. Consegue ficar de pé/andar por 30 minutos.
9 - 12 semanas

Aumentar força e resistência; Deambulação independente e sem


Aumentar estabilidade e coordenação; antalgias;
ADM completa. ADM completa;
Força muscular 4+/5 (TMM) em todo o MI.
13 - 26 semanas

Aumentar força e resistência; ADM completa sem dor;


Aumentar estabilidade e coordenação; Pode caminhar 20 minutos sem dor;
Retorno a atividades recreacionais/esportivas. Força muscular 4+/5 (TMM) em todo o MI.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO

RECOMENDAÇÕES
Recomendações Ee ORIENTAÇÕES
Orientações
Crioterapia é indicada desde o primeiro dia de PO, 1 a 3 vezes por dia durante 15 a 20
minutos, para controlar edema e inflamação. Também é indicada após as sessões de
fisioterapia e do programa de exercícios para casa.
Obeservar sinais de trombose venosa profunda: aumento da temperatura local, eritema,
edema excessivo, dor e rigidez muscular (principalmente na panturrilha).
Mobilização de tecidos moles e massagens superficiais podem ser realizadas para
minimizar hipersensibilidade e possíveis restrições teciduais pós-cirúrgicas.
Monitorar sinais vitais durante as sessões.
Treinar transferências (deitar, sentar, levantar) a partir do primeiro dia de PO para
promover autonomia do paciente.
Os dispositivos de assistência mais comuns usados em pacientes imediatamente após
ATJ são andadores, muletas axilares e, em alguns casos, apenas um cana-de-linha reta ou
uma única muleta. Os pacientes devem progredir para dispositivos menos restritivos no
decorrer do tratamento.
Não realizar exercícios com resistência ou pesos na fase mais aguda. Evite torque ou
força de torção na articulação do joelho, principalmente se o suporte de peso estiver no
membro envolvido.
A utilização de EENM, juntamente com um programa de exercícios, tem demonstrado
melhora da força e ativação do quadríceps e é recomendado no início de um programa
de reabilitação.
Resistência progressiva de grandes grupos musculares (especialmente nas extremidades
inferiores) deve ser realizada de 2 a 3 vezes por semana e a aeróbica em 3 vezes por
semana durante 30 a 40 minutos.
O treinamento aeróbico deve incluir uma caminhada em terreno plano inicialmente,
acrescentando colinas, e escadas. Exercícios aeróbicos de alto nível que minimizem o
impacto no joelho, tais como natação, ciclismo, hidroginástica, e caminhada mais rápida,
também são recomendados.
Pacientes com ATJ são fortemente aconselhados a evitar até mesmo o nível mais baixo de
impacto e atividades recreativas atléticas até que seus quadríceps e isquiotibiais estejam
reabilitados suficientemente.

42
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RECONSTRUÇÃO
DO COMPLEXO
POSTEROLATERAL
DO JOELHO

43
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Nas lesões com maior instabilidade/falseios
do joelho ou associadas à lesão do
complexo ligamentar posterolateral ou à
lesão do LCA, a cirurgia está indicada.

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Bandeiras -vermelhas!
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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO COMPLEXO POSTEROLATERAL DO JOELHO

PÓS-OPERATÓRIO
Pós-operatório

Semanas de P.O. Meses de P.O.

1-2 3-4 5-6 7-8 9-12 4 5 6 7-12


Imobilização X (X)

Metas para ganho de ADM

0° - 90° X

0° - 110° X

0° - 120° X

0° - 135° X

Descarga de peso

Nada X X

25% a 50% do peso corporal X

Peso corporal completo X

Mobilização patelar X X X X

Recursos

Eletroestimulação muscular X X X X (X)

Controle de dor/edema (crioterapia) X X (X) (X) (X)

Alongamento
Isquiotibiais, tríceps sural, banda X X X X X X X X
iliotibial, quadríceps
Fortalecimento
Isométrico de quadríceps: ativação X X X
muscular (deslizamento patelar
Extensão ativa de quadríceps X X X X
CCF: treino de marcha, flexão plantar,
X X X X X X
agachamento isométrico na parede,
Flexão de joelho (90°) X X X X
Quadríceps: extensão de joelho (90° - X X X X X X
30°)
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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO COMPLEXO POSTEROLATERAL DO JOELHO

Abdução/adução de quadril X X X X X X X X

Leg press (70° - 10°) X X X X

Treino de equilíbrio/propriocepção

Transferências de peso X X X

Treino sensório-motor X X X X X

Condicionamento

Bicicleta (estática) X X X X X X X

Programa aquático X X X X X

Natação (chute) X X X X X

Caminhada X X X X

Elíptico X X X X X

Corrida: trote X

Corrida: ininterrupta X

Cutting, Pivot, Carioca, Figura-8, etc X

Treino pliométrico X

Retorno ao esporte X

Evolução do paciente

Objetivos Critérios de progressão

1 - 2 semana
ADM de 0° - 90°; Sem descarga de peso, máxima proteção:
Contração adequada de quadriceps; Órtese cilíndrica bivalvular;
Controle de inflamação; Deve evitar hiperextensão de joelho,
cargas em varo, abertura articular.
3-4 semanas
ADM de 0° - 100°; Sem descarga de peso, máxima proteção:
Contração adequada de quadriceps; Órtese cilíndrica bivalvular;
Controle de inflamação. Deve evitar hiperextensão de joelho,
cargas em varo, abertura articular.
5-6 semanas 46
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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO COMPLEXO POSTEROLATERAL DO JOELHO

Abdução/adução de quadril X X X X X X X X

Leg press (70° - 10°) X X X X

Treino de equilíbrio/propriocepção

Transferências de peso X X X

Treino sensório-motor X X X X X

Condicionamento

Bicicleta (estática) X X X X X X X

Programa aquático X X X X X

Natação (chute) X X X X X

Caminhada X X X X

Elíptico X X X X X

Corrida: trote X

Corrida: ininterrupta X

Cutting, Pivot, Carioca, Figura-8, etc X

Treino pliométrico X

Retorno ao esporte X

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO COMPLEXO POSTEROLATERAL DO JOELHO

EVOLUÇÃO DOpaciente
Evolução do PACIENTE

Objetivos Critérios de progressão

1 - 2 semana
ADM de 0° - 90°; Sem descarga de peso, máxima proteção:
Contração adequada de quadriceps; Órtese cilíndrica bivalvular;
Controle de inflamação; Deve evitar hiperextensão de joelho,
cargas em varo, abertura articular.
3-4 semanas
ADM de 0° - 100°; Sem descarga de peso, máxima proteção:
Contração adequada de quadriceps; Órtese cilíndrica bivalvular;
Controle de inflamação. Deve evitar hiperextensão de joelho,
cargas em varo, abertura articular.
5-6 semanas
ADM de 0°- 120°; Descarga de 50% do peso corporal:
Controle de edema; Dor controlada e edema controlados,
Controle muscular; sem medicamento;
Reconhecimento de complicações (déficit de ADM de 0° - 120°;
ADM, dor, instabilidade, dor patelofemoral); Controle muscular de quadríceps durante
Descarga de 25 - 50% do peso corporal. toda a ADM.
7-8 semanas
ADM 0º - 135º; Descarga de peso total:
Desgarda de peso total; Sem edema;
Controle muscular; ADM sem dor;
Controle de edema. Estabilidade articular com ADM 0° - 135°.
9-12 semanas
Descarga de peso total:
ADM completa;
Dor e edema controlados;
Aumentar força e resistência;
Controle muscular durante toda a ADM;
Marcha normal, sem varo e hiperextensão.
Biomecânica normal da marcha.
13-26 semanas
Sem edema;
Aumentar força e resistência.
ADM sem dor;
Melhorar condicionamento, equilíbrio e
Executa atividades da vida diária;
coordenação.
Pode caminhar 20 minutos sem dor.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO COMPLEXO POSTEROLATERAL DO JOELHO
Pode caminhar 20 minutos sem dor.
27-52 semanas
Sem edema;
Aumentar a função, força e resistência;
ADM sem dor;
Preparar para retorno ao esporte.
Retorno ao nível de atividade e função
anterior.

49
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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO COMPLEXO POSTEROLATERAL DO JOELHO

Bandeiras vermelhas!
BANDEIRAS VERMELHAS
Sinais e sintomas de infecção (dor excessiva, febre, vermelhidão ao redor das incisões
cirúrgicas), dor ou sensibilidade na panturrilha, falta de extensão completa do joelho,
queixas de instabilidade articular, queixas de travamento e edema aumentado após
atividades/fisioterapia.

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Bandeiras vermelhas!
Sinais e sintomas de infecção (dor excessiva, febre, vermelhidão ao redor das incisões
PROTOCOLO DEsensibilidade
cirúrgicas), dor ou REABILITAÇÃO:
na panturrilha, falta de extensão completa do joelho,
RECONSTRUÇÃO DO articular,
queixas de instabilidade COMPLEXO POSTEROLATERAL
queixas de travamento e edema DO aumentado
JOELHO após
atividades/fisioterapia.

RECOMENDAÇÕES
Recomendações Ee ORIENTAÇÕES
Orientações
Permanecer com o joelho imobilizado em extensão durante as primeiras 6 semanas
quando não estiver realizando os exercícios de ganho de ADM e de ativação do
quadríceps.
Não fazer descarga de peso no membro nas primeiras 6 semanas.
Evitar a rotação externa da tíbia, e também a rotação externa do pé/tornozelo,
principalmente quando sentar durante as 4 primeiras semanas.
Exercícios em CCA resistidos para isquiotibiais e em CCF com profundidade maior que
70° de flexão de joelho devem ser evitados nos primeiros 4 meses para preservar o
enxerto.
Se o joelho esquerdo for o operado, dirigir está liberado após a primeira semana. Se for o
joelho direito, dirigir apenas após a 7ª ou 8ª semana. Os pacientes devem estar
confortáveis com movimentos breves e rápidos nas extremidades do membro inferior
para poder frear.
O controle do edema deve ser feito através de protocolo de crioterapia, compressão e
elevação, associado a contração muscular (dorsoflexão e flexão plantar repetidas).
Hiperextensão deve ser evitada para não gerar estresse na região posterior do joelho.
Biofeedback eletromiográfico, estimulação elétrica neuromuscular, taping e outras
técnicas podem ser utilizadas para melhorar o recrutamento do quadríceps.
SLR deve ser realizado com o imobilizador até que o Sinal de Lag esteja ausente.
Fortalecimento de isquitibiais em CCF deve ser realizado com co-contração do quadríceps
para a neutralização da translação posterior da tíbia.
Aos 4 meses de PO, os pacientes podem iniciar caminhadas diárias em ritmo acelerado,
mas apenas se já tiver um padrão normal de marcha e ausência de edema ao fazer
caminhadas longas. Pode-se começar com 20 minutos diários, aumentando 5 minutos a
cada semana.
Para iniciar a fase de treinos pliométricos e trote, o paciente precisa: andar sem dor por 3
a 5 km, com episódios de caminhada rápida e em terrenos irregulares; demostrar
biomecânica e controle adequados em agachamento unilateral de pelo menos 60° por 20
repetições.

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PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO:
RECONSTRUÇÃO DO COMPLEXO POSTEROLATERAL DO JOELHO

Antes da fase de retorno ao esporte, treinos de mudança de direção devem ser


supervisionados pelo fisioterapeuta ou preparador físico, que darão o feedback
necessário para coorrigir inadequações durante a realização dos treinos.
Para iniciar a fase de retorno ao esporte, o paciente deve alcançar resultado igual ou
superior a 85% de índice de simetria entre os membros tanto na avaliação isocinética
quanto nos testes funcionais e simuladores do gesto esportivo.

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@joelhoemevidencia

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