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Bem-vindo ao E-Book de Avaliação Postural!

Parabéns por estar lendo este material e por ter feito este
investimento no seu conhecimento. Pode ter certeza de que me
comprometo em honrar seu investimento com informações que vão
ser importantíssimas e um diferencial no desenvolvimento do seu
trabalho, contribuindo diretamente com o resultado que você vai ter
com seus clientes e lhe valorizar muito mais como profissional.

A situação mais comum que encontramos hoje em dia são


profissionais de educação física que falam de boca cheia que “a
musculação é a atividade que mais respeita a INDIVIDUALIDADE
BIOLÓGICA”, mas quando você aborda essa pessoa e pergunta:

“Ok! Me explica como você respeita os objetivos e


limitações do indivíduo?”

Normalmente a resposta que ouvimos é a seguinte:

“Eu faço o controle do número de séries, da carga, das


repetições, do intervalo de descanso, da cadência de acordo
com método, a divisão de treinamento e finalidade do
treino, que pode ser terapêutico, recreacional ou até mesmo
estético”

Tudo isso não deixa de ser importante também, porém você está
esquecendo do principal. Qual é o principal?

A musculação é feita de exercícios! Exercícios são resultados de ações


musculares, ou seja, MOVIMENTO. Se estamos falando de
movimento, o que é movimento?

Movimento é INDIVIDUAL.

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A individualidade biológica, começa na seleção dos


exercícios.

Por quê? Porque grupos musculares diferentes, tem diferentes


ganhos tanto de força como de flexibilidade e, o que é mais comum
de encontrarmos hoje nas pessoas são desequilíbrios musculares.

Desequilíbrios musculares são alterações compensatórias que o corpo


vai criando por posturas viciosas, como por exemplo nossa postura
de trabalho. Pessoas que trabalham longas horas em uma postura
cifótica, protusa com os ombros para frente, o corpo vai criar
adaptações para que ele possa permanecer nessa posição
economizando o máximo de energia possível. Desta forma, nosso
corpo acaba ficando travado com algumas limitações. Uma pessoa
nessas condições, na sala de musculação, terá uma sobrecarga com
os movimentos repetitivos.

Imagina então colocar sobrecarga e movimento repetitivo em cima


de uma postura totalmente alterada. Não será possível conseguir uma
sequência de ativação muscular correta e qual a consequência disso?
Isso vai resultar em um PADRÃO ALTERADO.

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Padrão Alterado são movimentos imprecisos devido as compensações


musculares que o corpo criou. Isso vai expor as articulações a micro
traumas e no decorrer dos dias, das semanas, dos meses e dos anos
vão acabar se tornando macro traumas e quando o seu cliente sentir
aquela dor no ombro, quadril ou joelho o processo lesivo já estará
instalado, sendo necessária intervenção médica, uso de anti-
inflamatório, fisioterapia, ou seja, ele vai ter que deixar o treinamento
de lado para cuidar de algo que poderia ter sido evitado.

Sempre é melhor prevenir do que


remediar!!

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Síndromes de
Desbalanceamento Muscular
Uma das vertentes que aborda a questão dos Padrões Alterados são
as síndromes do desbalanceamento muscular de Vladimir Janda. Em
uma abordagem neurológica ele usou a lei de Sherrigton, a lei da
inibição recíproca, que diz o seguinte:

“ao se contrair um músculo para um movimento ocorre uma


inibição neural reflexa que promove o relaxamento do seu
antagonista”

O que isso quer dizer basicamente? Exemplificando: quando acontece


uma contração do meu Bíceps, automaticamente é feito um disparo
neural que vai fazer o relaxamento do meu tríceps. Pois se meu
tríceps não estiver relaxado eu não consigo contrair o bíceps, porque
eu estou fazendo um movimento de alongamento do tríceps e
contração do bíceps.

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Janda então dividiu o corpo em músculos tônicos e músculos fásicos.

Músculos tônicos são os músculos responsáveis pelo equilíbrio


estático e marcha. Estes músculos têm uma tendência de
encurtamento e hiperatividade em desuso.

Músculos fásicos são músculos especializados em atividades


dinâmicas, eles tendem a inibição e a atrofia em desuso.

Janda conseguiu fazer um cruzamento de adaptações musculares que


acontecem de acordo com a classificação desses músculos. Na
imagem logo abaixo, temos a tabela dos músculos tônicos que
tendem ao encurtamento/hiperatividade e dos músculos fásicos que
tendem a inibição/atrofia.

Vai ser importantíssimo que você tenha essa tabela guardada porque
será a partir dela que você poderá montar estratégias para corrigir
esses desbalanços musculares.

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Como se instala esse desbalanceamento muscular? Expliquei o que


é uma postura viciosa. Mas como isso acontece? Vamos pegar como
exemplo a mulher das imagens abaixo:

Ela tem o hábito de dormir de lado com uma perna esticada e a outra
dobrada sobre ela, então o que ela está fazendo? Ela está fazendo
uma adução da coxa. Durante o dia ela trabalha a maior parte do
tempo sentada, com pouca movimentação e tem o hábito de ficar
com as pernas cruzadas uma sobre a outra, ou seja, mais uma vez
está ocorrendo a adução da coxa, aproximando a origem e inserção
dos músculos adutores, ao mesmo tempo que está alongando,
afastando a origem e inserção dos músculos abdutores.

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Vamos voltar na tabela. Adutores são músculos tônicos eles entram


em hiperatividade e se encurtam, inibem glúteo médio e glúteo
mínimo.

Então o que vai acontecer aqui? Esse grupo muscular vai ter um
disparo fusal que vai falar para a musculatura abdutora:

”Hei, eu estou contraído aqui, então fica relaxada aí”.

O Glúteo Mínimo e a porção posterior do Glúteo Médio vão ficar em


alongamento e isso vai gerar uma insuficiência. Essa musculatura vai
deixar de ter uma tensão passiva eficiente. O problema é que este
grupo muscular é um importante estabilizador da pelve, ou seja, a
pessoa vai ficar sem nenhum equilíbrio pélvico. Está então instalada
uma Síndrome do Desbalanceamento Muscular.

A síndrome citada neste exemplo foi inclusive classificada por Janda


com o nome de Síndrome de Abdução do Quadril. Vamos abordar
mais detalhes desta e de outras síndromes na sequência.

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SÍNDROME DE ABDUÇÃO DO QUADRIL.

Tem como característica uma hiperatividade dos Adutores, Tensor da


Fáscia Lata, e Quadrado Lombar. Inibindo Glúteo Médio
(principalmente a porção posterior) e rotadores externos profundos
que são eles: Obturador Interno, Obturador Externo, Gêmeo
Superior, Gêmeo Inferior, Piriforme e Quadrado da Coxa.

Conforme descrito anteriormente, a pelve desta pessoa vai ficar


completamente desbalanceada, ao ponto de, em uma simples corrida
não ter capacidade de sustentar a pelve em neutro e isso vai afetar
diretamente as demais articulações. Se a pelve está instável como vai
ficar o joelho, como vai ficar o ângulo Q, como vai ficar o tornozelo
com tudo girando internamente?

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Em uma simples corrida, algo que muitas vezes uma pessoa


sedentária usa como o primeiro passo para sair do sedentarismo, que
é uma atividade democrática que qualquer pessoa pode fazer, ela
pode estar se prejudicando se não recuperar esse desbalanço
muscular antes de praticar a corrida.

Outra síndrome que Janda também classificou, é a SINDROME


PÉLVICA CRUZADA. Então temos neste caso uma hiperatividade de
Iliopssoas e Reto Femoral, que vai inibir o Glúteo Máximo. Temos
uma hiperatividade de Paravertebrais Lombares, que como vimos na
tabela, vai inibir Reto Abdominal e Transverso do Abdômen.

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Este desbalanço de força vai acabar gerando essa inclinação anterior


da pelve, chamada anteroversão, que vai acabar acentuando a
curvatura fisiológica da lombar. A lordose lombar, vai virar uma
hiperlordose. Por quê? Porque nosso corpo é uma unidade única,
então sempre que ocorrerem desbalanços musculares, isso vai
criando um efeito cascata e afetando outras partes do corpo.

Outra síndrome que Janda classificou é a SINDROME CRUZADA DE


OMBROS, nesse caso temos aqui uma hiperatividade de Peitoral
Maior e Menor, que como vimos na tabela, vai inibir Romboides e
Serrátil Anterior. Temos também uma hiperatividade de Trapézio e
Elevador da Escápula, que vai inibir Flexores Profundos do Pescoço.

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Essa é aquela famosa postura cifótica que a pessoa adota, uma das
síndromes mais comuns de encontrarmos hoje em dia. Todo mundo
o tempo todo mexendo no celular de cabeça baixa ou trabalhando
sentado com uma postura cifótica e protusa.

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Por fim, Janda definiu também, a SÍNDROME DAS CAMADAS. E o


que é essa síndrome? É a união de todas as síndromes em uma só
pessoa. Você tem a Síndrome Cruzada de Ombro, a Síndrome Pélvica
Cruzada e a Síndrome dos Abdutores, todas reunidas. E isso não é
uma situação rara de acontecer, na verdade é bem comum.

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A síndrome do desbalanceamento muscular definida por JANDA não


é capaz de nos mostrar todas as alterações que podem ocorrer com
relação aos movimentos. Então temos também a abordagem da
Doutora Shirley Sahrmann, que em uma abordagem cinesiopatológica
definiu 23 SÍNDROMES DE DISFUNÇÃO MOTORA.

Estas síndromes de forma bem resumida, ocorrem devido a uma


diferença de stiffness entre os músculos.

A Stiffness se refere ao grau de rigidez relativa entre os grupos


musculares antagônicos e sinergistas gerada pela TITINA.

TITINA é uma proteína sarcomérica que vai da linha Z à linha M, ela


tem o papel de uma “mola bidirecional” regulando o comprimento do
sarcômero. Quando a stiffness está alterada entre músculos que
atuam em uma mesma articulação, é neste ponto que aparecem os
movimentos compensatórios e as síndromes dolorosas. Um exemplo
bem bacana para conseguir entender isso é a mesa flexora.

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O que acontece? Existe uma diferença de stiffness do abdômen para


o reto femoral, se estivesse em equilíbrio, o abdômen iria estabilizar
a pelve e impedir que ela entrasse em anteroversão. Quando o
abdômen está com a stiffness reduzida e o reto femoral está com a
stiffness aumentada, acontece a anteroversão da pelve.

Não adianta o personal/treinador empurrar a pelve da pessoa para


baixo com a mão, não é o momento dessa pessoa fazer este exercício,
primeiro você precisa recuperar essa diferença de stiffness, para que
em uma segunda fase ela esteja apta a executar esse exercício da
maneira correta, com total estabilização da pelve e com a sequência
de ativação muscular correta.

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Somente as alterações na Stifnness não são capazes de explicar todas


as alterações de movimento, portanto nós chegamos também na
abordagem Miofascial de Thomas Mayers.

Mayers não criou ou descobriu as rotas miofasciais, ele era discípulo


da Doutora Ida Pauline Rolf e deu continuidade ao trabalho dela,
conseguindo abordar de uma maneira mais didática e simples, o que
inclusive nos tempos atuais foi capaz de finalmente despertar a
atenção das pessoas para a importância das fáscias.

Nosso corpo funciona como uma unidade única, dependendo de uma


Tensegridade que nada mais é do que a composição de tensão e
integridade

TENSEGRIDADE = TENSÃO + INTEGRIDADE

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Nesta figura se observarmos os palitos


podemos ver que eles não se tocam,
pois estão sustentados pelas cordas,
que geram uma tensão ideal
sustentando a figura como um todo.

Transferindo este mesmo conceito para


o nosso corpo, isso nos ajuda a
entender como todas as estruturas e
sistemas, locomotor, passivo e ativo,
estão todos conectados, não sendo
possível isolar uma coisa da outra.

As fáscias não são somente um tecido,


mas sim um sistema que é capaz de
transmitir informações mecânicas na
interação entre tensão e compressão
através das fibras colágenas dessa rede
que recobre todo nosso corpo, desde as
camadas mais superficiais até as mais
profundas que se interconectam.

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Através do entendimento de todo esse sistema interligado é possível


identificar como um desequilíbrio de forças que gera uma pronação
no pé esquerdo, pode desencadear uma lesão no ombro direito.

A partir da pronação do pé, a tíbia e o fêmur sofrem uma torção


interna, o que vai acarretar uma inclinação inferior da pelve no
mesmo lado, isso vai gerar uma escoliose compensatória, que por sua
vez vai alterar a Stiffness dos músculos escápulo torácicos e escápulo
umerais, que vai alterar a mecânica da articulação glenoumeral
tornando propícia uma lesão de ombro.

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Como algumas das principais Rotas Miofasciais podemos citar as


seguintes linhas:

Linha Superficial Posterior (LSP)

Ela conecta toda a superfície posterior do nosso corpo. Tem início na


fáscia plantar e toda musculatura flexora dos dedos do pé, se junta
ao tendão calcâneo subindo pelo gastrocnêmio, que se conecta nos
tendões dos isquiotibiais subindo até se unir ao ligamento
sacrotuberal, continua através da fáscia toracolombar em todos os
eretores espinhais até a aponeurose epicraniana e fáscia do couro
cabeludo.

Sua função postural é dar apoio em extensão completa, ou seja, ela


ajuda a sustentar a postura.

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Como função de movimento essa linha proporciona extensão e


hiperextensão dorsal, ou seja, movimento de extensão posterior, com
exceção da flexão dos joelhos.

Linha Superficial Anterior (LSA)

Ela conecta toda a superfície anterior do nosso corpo. Tem início na


superfície dorsal das falanges dos dedos dos pés, extensores curto e
longo, subindo pelo compartimento anterior da tíbia a longo do tibial
anterior que se conecta ao tendão infrapatelar e sobe através do reto
femoral e toda a musculatura do quadríceps até a pelve onde ela faz
o transporte da força ao longo do reto abdominal até a quinta costela
onde há uma conexão com a fáscia external, até o manúbio external
e termina com o esternocleidomastóideo.

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Lembrando que assim como a LSP nós temos duas rotas, uma do lado
direito e uma do lado esquerdo.

A LSA se opõe a LSP, sua função postural é equilibrar a LSP


fornecendo apoio de tração para cima das partes do esqueleto

Como função de movimento essa linha proporciona flexão de tronco,


flexão do quadril, extensão dos joelhos e dorsiflexão dos pés.

Linha Lateral (LL)

Ela conecta toda a superfície lateral do nosso corpo. Tem início pelos
fibulares e compartimento lateral da tíbia, se junta ao ligamento
anterior da cabeça da fíbula que vai se unir ao trato iliobitial e também
as fáscias de glúteo médio, mínimo, tensor da fáscia lata e glúteo

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máximo, ou seja, toda essa fáscia lateral descarrega força ao longo


do trato iliotibial. Essa fáscia continua através de obliquo interno e
externo, chegando até a caixa torácica e segue ao longo de toda a
musculatura intercostal interna e externa, até chegar ao esplênio da
cabeça e esternocleidomastóideo.

Sua função postural é equilibrar a região anterior e posterior, como


uma mediadora de forças entre a LSP, LSA, Linha Espiral e as Linhas
dos membros superiores.

Como função do movimento essa linha proporciona flexão lateral de


tronco, abdução do quadril, eversão do pé, além de controle para
movimentos laterais e rotacionais do tronco.

Linha Espiral (LE)

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Ela circula ao redor do corpo em uma espiral. Tem início no esplênio


da cabeça e do pescoço, atravessa por romboide maior e menor do
lado oposto, se junta na fáscia do serrátil anterior que se conecta com
obliquo externo, se junta na linha alba e desce através de obliquo
interno, chegando no tensor da fáscia lata e desce se conectando ao
trato iliotibial, na sequência desce pelo tibial anterior, contorna o pé
e sobe pelo fibular longo, passa para bíceps femoral, ligamento
sacrotuberal e retorna através dos paravertebrais até chegar de volta
ao esplênio.

Lembrando que nós temos duas, uma de cada lado!!!

Sua função postural é manter o equilíbrio em todos os planos através


de uma dupla espiral envolvendo o corpo. Promove também um
alinhamento eficiente dos joelhos durante a marcha

Como função do movimento esta linha cria e faz a mediação de


espirais obliquas e rotações do corpo.

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Linha Profunda Anterior (LPA)

Ela compreende o nosso núcleo miofascial. Tem início com o tibial


posterior e flexor longo dos dedos, passa por trás dos joelhos na
fáscia do poplíteo e capsula articular do joelho se juntando ao adutor
magno, que através do septo intermuscular vai se unir ao adutor
longo e curto, chegando ao assoalho pélvico, passando pela
musculatura ílio e pubo coccígea, subindo por dentro do pectíneo e
iliopsoas. Neste ponto a linha se divide em três, sendo o ligamento
longitudinal anterior a mais profunda, a fáscia pré vertebral que é
considerada mais medial e a fáscia endotorácica que é a mais
superficial das três que envolve também o transverso do tórax, na
sequência através do esterno ela se conecta com os escalenos e a
fáscia dos escalenos, passando para a musculatura infra hioidea e a
fáscia pré traqueal que é a nossa musculatura flexora profunda do

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pescoço, continua com os músculos infra hioideos até chegar na


musculatura da mandíbula.

Sua função postural é levantar o arco interno dos pés, estabilizar cada
segmento das pernas e quadril, sustentar a região lombar da coluna,
estabilizar a região torácica permitindo a expansão e o relaxamento
da respiração e equilibrar o pescoço e a cabeça.

Como função do movimento podemos citar adução do quadril, flexão


profunda do pescoço e a onda de respiração do diafragma, além
destes não há nenhum movimento que seja responsabilidade direta
da LPA.

Linhas do Braço

Anteriormente temos a Linha Superficial Anterior do Braço (LSAB) que


inicia pelo peitoral maior e grande dorsal, desce através do septo

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intermuscular medial onde existe uma conexão com os flexores do


punho e o túnel do carpo.

Ainda anteriormente temos também a Linha Profunda Anterior do


Braço (LPAB) que tem início na fáscia clavipeitoral e peitoral menor,
se conecta facialmente através do processo coracoide ao bíceps
braquial, que se conecta com o periósteo do rádio e ao ligamento
colateral do rádio.

Posteriormente temos a Linha Superficial Posterior do Braço (LSPB)


que tem início no trapézio (todas as fibras), se conecta com deltoide
(todas as fibras) e desce através do septo intermuscular lateral até
os extensores do punho.

Ainda posteriormente temos também a Linha Profunda Posterior do


Braço (LPPB) que tem início em elevador da escápula e romboides,
que se conectam ao manguito rotados, tríceps braquial, periósteo da
ulna até os músculos hipotênares.

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As linhas do braço não possuem uma função postural direta, porém


devido ao próprio peso dos membros superiores, a tensão gerada
durante a movimentação, pode afetar diretamente as costas, ombros,
pescoço e cabeça.

Como função do movimento podemos citar todas as atividades


manuais diárias, porém na dependência do trabalho em harmonia
com as demais linhas, principalmente as linhas Lateral, Espiral e
Funcionais.

Linhas Funcionais

As linhas funcionais não estão diretamente envolvidas na função postural


de sustentação em pé, porém elas participam do padrão de compensação
postural contrabalanceando o posicionamento da cintura escapular e da
pelve, pois atuam como extensões das linhas do braço através dos
músculos mais extrínsecos do tronco em direção ao membro inferior
contralateral.

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Como função do movimento elas fornecem força e precisão aos


movimentos dos membros superiores e inferiores, pois alongam os
braços de alavanca e devido a ligação por todo o corpo ao membro
oposto, sendo fundamentais principalmente em movimentos atléticos
onde um membro é ativado ou estabilizado pelo seu par contralateral.

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Para recuperar um padrão alterado de movimento e corrigir um


desbalanço muscular, é imprescindível intervir de uma maneira
GLOBAL-LOCAL-GLOBAL. O que isso significa?

GLOBAL -> LOCAL -> GLOBAL

Vamos associar a postura ideal de um corpo a esta figura formada


por duas hastes sustentadas por um cordão.

As hastes representam a nossa estrutura óssea, e o cordão


representa nossos músculos. Vamos imaginar que um cliente chega
até você e apresenta este quadro postural da foto abaixo e vamos
também fazer uma associação desta pessoa com a figura formada
pelas hastes.

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Por isso temos que conhecer o certo, temos que saber qual é o
posicionamento ideal de toda essa estrutura para que a partir disso,
sejamos capazes de identificar o que está errado.

Como vemos a seguir, temos uma tensão excessiva nas rotas


destacadas na cor laranja, ou seja, esta área apresenta um
encurtamento, ao mesmo tempo em que existe uma insuficiência nas
rotas destacadas na cor verde, elas não estão gerando tensão
suficiente, e foram tracionadas pelas rotas que estão com tensão
excessiva.

Baseado nisso, como vou intervir? Eu vou alongar as rotas que estão
tensas, e fortalecer as rotas que estão insuficientes, que não estão
gerando tensão ideal.

Vou montar então o protocolo de exercícios a ser utilizado, tanto de


alongamento como de musculação, e aplicar esta rotina no cliente
durante um mesociclo de 7 semanas, por exemplo. Ao final do
mesociclo é realizada uma nova avaliação.

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Resumindo, analisamos globalmente, realizamos as intervenções


localmente e analisamos globalmente mais uma vez. Estes são os
conceitos básicos que temos que entender para desenvolver o nosso
trabalho.

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As análises descritas a partir de agora, em alguns casos utilizam como


referência o simetrógrafo e o fio de prumo para descrever o
posicionamento ideal das estruturas, assim como também identificar
possíveis alterações. Independente se você utiliza um simetrógrafo
físico ou virtual os parâmetros são os mesmos.

6.1 CABEÇA
Considerando o alinhamento ideal que deveríamos encontrar da
cabeça, em uma visão lateral é esperado que o fio de prumo passe
em cima do lobo da orelha. Em uma visão frontal, numa postura ideal,
devemos visualizar o fio de prumo passar em cima do nariz. Qualquer
posicionamento do fio de prumo fora destas referências já nos mostra
uma alteração.

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Protusão / Anteriorização da Cabeça Neste caso em


uma visão lateral o lobo da orelha do cliente se encontra a frente do
fio de prumo

Inclinação Lateral da Cabeça Neste caso em uma visão

anterior a linha média da cabeça (nariz) está fora do fio de prumo.


Também é possível observar o lobo de uma das orelhas mais baixo
quando comparado com o outro.

Desencadeando estas alterações, temos Esternocleidomastóideo


totalmente encurtado, tracionando a cabeça para frente. Ele é um
músculo tônico que tem a tendência de se encurtar e inibir
diretamente Escaleno e Esplênio, ambos acabam ficando travados em
um bloqueio longo, devido a tração que o Esternocleidomastóideo
está fazendo na cabeça.

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Lembrando que o Esternocleidomastóideo tem a função de sustentar


a cabeça. Quando ele contrai é feita a extensão da cervical, porém
quando ele se encontra encurtado, ele não vai travar a cervical em
extensão, ele vai tracionar a cabeça para baixo e para frente, ou seja,
ele vai perder essa função de sustentar a cabeça e outros músculos
vão ter que assumir esta função. Lembra das rotas miofasciais? Se
levarmos em consideração todas as rotas ligadas a esses músculos,
vamos entender que essas alterações na cabeça vão gerar um colapso
em todo o restante do nosso corpo. Afinal de contas:

A Cabeça é o Leme do Corpo!

Como corrigir isso? Tem necessidade de fazer exercício isolado para


o pescoço? Ninguém vai sair igual ao Mike Tyson no meio da
academia fazendo exercício para o pescoço! Não há necessidade
disso. Para corrigir este desbalanço de forças, basta que durante a

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execução do exercício e durante a execução dos alongamentos, você


faça o posicionamento correto da cabeça, encaixando o queixo para
dentro e alinhando a cervical, desta forma você estará alongando o
Esternocleidomastóideo que estava puxando a cabeça pra frente, ao
mesmo tempo que você vai estar contraindo os músculos Supra
Hioideos, Infra Hioideos, Escaleno e o Esplênio.

6.2 OMBROS
Antes de começar a falar de ombro e escápula, vamos revisar qual é
o posicionamento ideal, tanto da escápula como do úmero. No caso
da escápula, ela tem um ângulo em relação a caixa torácica que vai
variar entre 30° e 40°. Por que essa variação? Porque as pessoas
possuem estrutura óssea diferente. Algumas pessoas que possuem a
caixa torácica maior, outras possuem a caixa torácica mais rasa. No
caso do úmero, a cabeça do úmero deve estar dois terços a frente da
linha mediana.

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Ao avaliar o cliente no simetrógrafo em uma visão lateral, o


posicionamento ideal do fio de prumo é passar pela extremidade do
acrômio e que seja possível visualizar a cabeça do úmero dois terços
a frente da linha mediana. Em uma visão frontal, é esperado que as
fossas cubitais estejam apontadas para frente e em uma visão
posterior a que o olecrano esteja apontado para trás.

Protusão de Ombro: Em uma visão lateral a cabeça do úmero


encontra-se a frente do fio de prumo.

Retração de Ombro: Em uma visão lateral a cabeça do úmero


encontra-se atrás do fio de prumo.

Rotação Interna de Ombro: Em uma visão anterior a

fossa cubital está rotacionada internamente ao mesmo tempo que em


uma visão posterior os olecranos estão rotacionados externamente.

Rotação Externa de Ombro: Em uma visão anterior a

fossa cubital está rotacionada externamente, em uma visão posterior


os olecranos estão rotacionados internamente.

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Todas essas alterações estão diretamente ligadas ao posicionamento


das escápulas, portanto elas serão abordadas com mais detalhes no
tópico Escápulas.

Slide Anterior do Úmero: Neste caso ocorre uma

anteriorização excessiva da cabeça do úmero, ou seja, a cabeça do


úmero está mais de 2/3 a frente da linha média acromial, enquanto
o olecrano está atrás do fio de prumo. Mas atenção, isso não é uma

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regra, eu já avaliei casos em que o olecrano estava alinhado ao fio


de prumo, mas a cabeça do úmero estava anteriorizada mesmo
assim. Nesse caso você pode traçar uma linha do epicôndilo lateral
até a cabeça do úmero, para confirmar. No caso de uma avaliação
presencial, você pode fazer o teste palpatório, é possível observar
uma “covinha” atrás do ombro, era para a cabeça do úmero estar ali.

Como principais características que influenciam diretamente nesta


alteração, podemos citar como músculos encurtados: Peitoral Maior,
Deltóide Posterior, Infraespinhoso, Redondo Menor. Apesar da
literatura incluir o Peitoral Maior neste grupo, ele não é o grande vilão
aqui, mas sim Deltóide Posterior, Infra-espinhoso e Redondo Menor.
Associado a uma insuficiência ou alongamento excessivo de
Subescapular e Bíceps Braquial, neste caso principalmente do
Subescapular.

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Pode parecer um pouco confuso afirmar que a cabeça do úmero está


anteriorizada por causa dos músculos que fazem a rotação externa
do úmero. Mas é exatamente isso! Estes músculos fazem um
contorno, uma curva, arrodeiam a cabeça do úmero, quando eles se
encurtam ao invés deles tracionarem a cabeça do úmero em uma
rotação externa, eles a empurram para frente.

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6.3 ESCÁPULAS
Antes de abordar as alterações nas escápulas, vamos relembrar qual
é a movimentação que ela realiza assim como também a importância
do sincronismo do complexo articular do ombro.

Para a correta movimentação do braço existem várias articulações


que vão agir em conjunto como a acrômio-clavicular, esterno-
clavicular, etc; mas vamos focar principalmente em duas, sendo elas
a articulação escapulotorácica e glenoumeral. Para a correta
movimentação durante uma abdução do ombro, por exemplo, deve
ocorrer um movimento sincronizado entre o úmero e a escápula. Até
aproximadamente 30° de abdução vai acontecer o movimento
exclusivamente na articulação glenoumeral, a partir destes 30° a
escápula vai entrar em ação, alguns autores afirmam que esta
movimentação ocorre em um ritmo de 2:1, ou seja, a cada dois graus
de abdução do úmero vai acontecer um grau de abdução da escápula,
então os 180° de abdução do úmero, são compostos por 120° de
abdução do úmero somados a 60° de abdução da escápula.

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A articulação escápulo-torácica é considerada uma articulação falsa,


porque não existe um encaixe ósseo nessa articulação. A escápula se
movimenta no gradil costal sustentada pelos músculos: Romboide
Maior, Romboide menor, Elevador da Escápula, Trapézio, Serrátil
Anterior e Peitoral Menor.

Ao mesmo tempo é importante observarmos que a articulação


glenoumeral, é totalmente bizarra, porque temos uma cavidade
glenóide extremamente rasa, para se ter uma ideia de proporção
podemos comparar como se a cabeça do úmero fosse uma bola de

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golf sustentada em uma moeda representando a cavidade glenóide,


ou seja, é uma articulação que depende totalmente não só do sistema
passivo que é a cápsula articular, mas principalmente do sistema ativo
que no caso são os músculos do manguito rotador, responsáveis em
fazer a coaptação da cabeça do úmero dentro da cavidade glenóide.

Qualquer alteração de força entre os músculos escápulotorácicos e


escápuloumerais, vai afetar completamente a correta movimentação
do ritmo escapuloumeral e a estabilidade da cabeça do úmero dentro
da cavidade glenóide.

Antes de abordarmos as alterações que ocorrem nas escápulas,


vamos entender qual é, e como identificamos o posicionamento ideal
das escápulas.

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Depressão Escapular: Em visão anterior será possível

observar a articulação Acromioclavicular alinhada na mesma altura ou


mais baixa do que a articulação Esternoclavicular. Em uma visão
posterior será possível observar que o ângulo superior da escápula
está alinhado abaixo de T2.

Músculos que estão envolvidos nesta alteração, podemos destacar em


encurtamento e/ou hiperatividade: Grande Dorsal, Peitoral Maior,
Peitoral Menor, Trapézio Inferior, Subclávio e Bíceps Braquial. No caso
do Grande Dorsal ele está inserido no úmero e ao se encurtar ele vai
tracionar o úmero para baixo, automaticamente vai trazer a
articulação junto e vai deprimir as escápulas. O Peitoral Maior é mais
um protrador do que um depressor, mas ele segue a mesma lógica
do Grande Dorsal. Agora um depressor fortíssimo é o Peitoral Menor,
ele é um dos principais agentes na depressão escapular. No caso do
Trapézio Inferior, ele é responsável por fazer o movimento de
depressão, mas ele não se encurta, ele vai perder força pelo fato da
escápula estar em depressão. O Bíceps se insere no mesmo lugar que
o peitoral menor, então ele também pode ser um depressor.

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Em Insuficiência ou Alongamento Excessivo temos Trapézio Superior,


que vai estar totalmente travado em um bloqueio longo/excêntrico,
Elevador da Escápula e Romboide Maior e Menor que até pela posição
das fibras, é possível entender que eles deveriam estar gerando uma
tensão passiva sustentando a escápula e não estão cumprindo essa
função.

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Abdução ou Protusão Escapular: Nesta alteração, ao

avaliar o cliente no simetrógrafo, é possível observar que o fio de


prumo passa atrás da linha média acromial. Em alguns casos os
ombros encobrem a visão da articulação esternoclavicular, isso em
uma vista lateral. Na visão posterior, o bordo medial das escápulas
está afastado mais do que 7-7,5cm da linha média corporal.

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Na literatura vemos que o Serrátil Anterior está classificado como


encurtado, ele é um dos músculos responsáveis por fazer a protração,
porém normalmente ele é um músculo que está fraco e inibido porque
Peitoral Maior e Peitoral Menor é que protrairam a escápula devido a
diferença de stiffness entre eles e a musculatura de romboides, o fato
da escápula estar mais a frente em protração, aproximou a origem e
inserção do Serrátil Anterior e por isso ele fica travado em um
bloqueio curto, mas não foi ele que encurtou e tracionou as escápulas
para frente, por isso normalmente ele estará fraco e inibido.

Adução Escapular: Esta alteração está ligada a retração de

ombro. O fio de prumo passa a frente da linha média acromial, isso


em uma visão lateral. Já em uma visão posterior, os bordos mediais
das escápulas estão a menos de 7 cm da linha média corporal.

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Normalmente essa adução está associada também a uma elevação


das escápulas. Nesse caso acontece exatamente o contrário da
abdução escapular, temos em encurtamento Trapézio todas as
porções, Romboide Maior e Romboide Menor. Em insuficiência ou
alongamento excessivo temos Peitoral Maior e Serrátil Anterior. Esta
é uma postura que até um tempo atrás algumas literaturas
classificavam como posição militar, que por ficarem muito tempo na
posição de “sentido”, acabavam desenvolvendo essa diferença de
stiffness entre esses músculos

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Tilt Escapular (inclinação anterior): Neste caso em

uma visão posterior será possível observar o ângulo inferior da


escápula se descolar do gradil costal. Em uma visão lateral, vemos a
escápula inclinada para frente, se projetando por cima do gradil
costal.

Os Músculos envolvidos nesta alteração são: Peitoral Menor,


Coracobraquial, Bíceps Braquial e Deltoide Anterior em encurtamento.
O principal vilão é o Peitoral Menor, Coracobraquial é um músculo

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relativamente fraco comparado aos demais, Bíceps Braquial mesmo


se inserindo na escápula junto com o Peitoral Menor também não terá
grande influência em puxar a escápula, na verdade o bíceps
encurtado vai tracionar o antebraço e o peso dele é que vai puxar a
escápula. Deltoide anterior também não possui uma grande
influência.

Em insuficiência ou alongamento excessivo temos Trapézio Inferior e


Serrátil Anterior feixes inferiores. Então anteriormente temos o
Peitoral Menor fazendo força tracionando a escápula e temos as fibras

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inferiores do Serrátil que deveriam estar fazendo a força contrária


puxando a borda inferior da escápula junto ao gradil costal, mas
devido essa diferença de stiffness, não estão conseguindo vencer
essa força do Peitoral Menor e estão perdendo nesse “cabo de
guerra”.

Rotação Interna/Superior da Escapula: Neste caso


o ângulo inferior das escápulas está mais próximo da linha média
corporal do que o ângulo superior.

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Temos em encurtamento Elevador da Escápula, Romboide Maior,


Romboide Menor, Peitoral Menor, Grande Dorsal e Peitoral Maior. Em
grande parte dos casos de rotação interna, é possível observar
também uma depressão escapular, desta forma não faz sentido ter o
encurtamento de Elevador da Escápula, Romboide Maior e Romboide
Menor, na verdade o Elevador da Escápula está em hiperatividade e
Romboide Maior e Menor estão em insuficiência. Basta observar a
direção das fibras para concluir que caso ele estivesse encurtado, não
seria possível a escápula estar em depressão. Peitoral Menor é um
rotador interno da escápula, Grande Dorsal e Peitoral Maior nem
tanto, eles estão inseridos no úmero e não na escápula, porém
quando eles se encurtam puxam o úmero para baixo, o úmero puxa
a articulação e a articulação vai puxar a escápula. Em insuficiência ou
alongamento excessivo temos Trapézio Superior, Trapézio Inferior e
Serrátil Anterior.

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Rotação Externa/Inferior da Escápula: Neste caso

o ângulo superior da escápula está mais próximo da linha média


corporal do que o ângulo inferior.

Em encurtamento temos Trapézio Superior, Deltoide Posterior,


Infraespinhoso, Redondo Maior e Redondo Menor, mais uma vez é
um exemplo que nem sempre se deve seguir exatamente o que
vemos na literatura. Como o Trapézio Superior participa da rotação
externa, ele é classificado como encurtado, porém se houvesse um
encurtamento de Trapézio Superior iria acontecer a adução das
escápulas que também tem uma leve elevação, o que não é o caso
neste quadro. Na verdade, temos aqui uma depressão, ou seja, o
Trapézio está travado em um bloqueio longo. Deltoide Posterior
também não terá grande influência. Infraespinhoso e Redondo
menor, não é que estejam fracos, porém eles têm uma ligação mais
intrínseca na cabeça do úmero. Já o Redondo Maior tem uma inserção
mais distante da cabeça do úmero então nesse caso quando ele se
encurta, ele vai tracionar a borda inferior da escápula na direção do
úmero. Músculos em insuficiência ou alongamento excessivo, temos:

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Trapézio Médio, Elevador da Escápula (nesse caso ele está totalmente


estirado), Romboide Menor e Romboide Maior.

Alamento Escapular: Neste caso vamos observar que a

borda medial da escápula se protrai do tórax, estática e/ou


dinamicamente. Em alguns casos fica difícil de observar isso
estaticamente ou mesmo presencialmente dependendo do percentual
de gordura, por isso é interessante realizar também a avaliação
dinâmica, solicitando que o cliente faça a flexão do ombro ou
abdução, desta forma será possível observar que o bordo medial vai
saltar do gradil costal principalmente durante a fase excêntrica do
movimento.

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Temos em encurtamento Deltoide Posterior, Infraespinhoso,


Redondo Maior, Redondo Menor, Esternocleidomastóideo e Elevador
da Escápula. Lembrando que quando falamos de Cabeça, as
alterações no Esternocleidomastóideo e Elevador da Escápula
desencadeiam um colapso em todo o restante da estrutura,
resultando por exemplo em uma Síndrome Cruzada de Ombro.

Nesta alteração o que ocorre é que Deltoide Posterior,


Infraespinhoso, Redondo Maior e Redondo Menor, tracionam a
escápula no sentido do ombro, o alamento vai acontecer por não
existir uma força contrária devido uma fraqueza excessiva ou inibição
de Serrátil Anterior, afinal a função dele é tracionar a borda da
escápula rente ao gradil costal, ou seja, existe uma diferença de
stiffness muito grande entre ele e a musculatura de Deltoide
Posterior, Infraespinhoso, Redondo Maior, Redondo Menor.

6.4 COLUNA
Coluna Cervical: Esta região possui uma curvatura natural

chamada lordose cervical, quando vamos avaliar o cliente o ideal é


que o fio de prumo passe através da maioria dos corpos vertebrais.

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A coluna cervical é uma curvatura secundária, nenhuma alteração vai


surgir especificamente nela, ela é um segmento da coluna que sofre
consequências devido as alterações dos outros seguimentos, então
ela vai sempre aumentar ou diminuir essa lordose. Podemos
encontrar uma Hiperlordose Cervical ou um Retificação
cervical, então temos um aumento ou redução da lordose.

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Coluna Torácica: Em um cenário ideal dentro de um

alinhamento perfeito e considerando a curvatura natural da Cifose


Torácica, o fio de prumo deve passar anterior aos corpos vertebrais.

Podemos encontrar uma Hipercifose Torácica onde o fio de prumo


acaba passando muito à frente dos corpos vertebrais, porque ocorre
uma acentuação excessiva da curvatura fisiológica natural,
normalmente essa alteração está acompanhada de: uma abdução de
escápula, uma protrusão de cabeça e uma hiperlordose cervical.

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Essa alteração pode ser adquirida por um desequilíbrio muscular, mas


também pode ser uma falha congênita. Para saber se é uma falha
estrutural congênita ou adquirida basta pedir que o cliente faça o
alongamento de suspensão parcial, ao adotar esta posição observe
se ocorre uma redução da acentuação excessiva na cifose, ou seja,
se ela se alinhar é porque a hipercifose dele é adquirida por posturas
viciosas, principalmente no trabalho, quando a pessoa passa muito
tempo sentada com pouca movimentação, acaba adquirindo essa
postura hipercifótica. Se você colocar ela em suspensão parcial e essa
acentuação se mantiver, trata-se então de uma alteração estrutural.

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No caso de uma hipercifose adquirida os músculos que estão


influenciando são Peitoral Maior, Peitoral Menor e Serrátil Anterior
com uma tensão acentuada, esse quadro parece uma síndrome
cruzada de ombros, protrusão de ombro e abdução de escápulas. Em
insuficiência temos Trapézio todas as porções, Romboide Maior e
Romboide Menor.

Ainda na Coluna Torácica, podemos encontrar uma Retificação


Torácica, neste caso o fio de prumo passa através dos corpos
vertebrais. Na maioria dos casos acompanhada de uma retificação
também na cervical, isso expõe a região a um alto risco de
herniamento, pois pode ocorrer inclusive uma inversão da curvatura
da região cervical, ao invés de uma lordose ela acaba criando uma
cifose. Nesta alteração temos uma tensão acentuada dos músculos
Eretores da Espinha Torácica

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Um importante ponto de atenção nesta alteração é com relação ao


posicionamento da cabeça, nesse caso você não deve falar para o
cliente encaixar o queixo para dentro, pois ele provavelmente já está
com a cervical retificada, o mais indicado é instrui-lo a levantar a
cabeça olhando para cima, este movimento vai contrair a musculatura
de Esternocleidomastóideo e Esplênio, que são os músculos que
atuam fazendo a lordose cervical. Se o instruirmos para que ele
coloque o queixo para dentro, esse movimento vai acionar a
musculatura Supra e Infra Hioidea que é justamente a musculatura
que faz a retificação. Resumindo, é preciso alongar Eretores da
Espinha, principalmente porque é uma região que concentra muita
fáscia e estimular a musculatura extensora cervical.

Coluna Lombar: No caso da Coluna Lombar, em alinhamento


ideal e considerando a curvatura natural da Lordose Lombar, o fio de
prumo deve passar através dos corpos vertebrais.

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Como alteração da curvatura nesta região, podemos encontrar a


Hiperlordose Lombar, neste caso o fio de prumo passa atrás dos
corpos vertebrais. Essa é uma alteração muito comum em mulheres
e normalmente ela tem relação direta com a anteroversão da pelve.

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Em insuficiência estão: Glúteo Máximo, Isquiosurais, Reto Abdominal,


Oblíquo Externo, Oblíquo interno e Transverso do Abdômen. Em
encurtamento: Iliopsoas, Reto Femoral, Tensor da Fáscia Lata,
Sartório, Eretores da Espinha (nesse caso não é um encurtamento
similar ao que vimos em retificação torácica, seria um encurtamento
concentrado na região lombar) e Grande Dorsal. Este é um caso
clássico de Síndrome Pélvica Cruzada que detalhamos no tópico sobre
as Síndromes do Desbalanceamento Muscular.

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Outra alteração da curvatura na região lombar muito comum é a


Retificação Lombar, neste caso o fio de prumo passa a frente dos
corpos vertebrais. Normalmente tem relação com a retroversão da
pelve, essa alteração pode ser tanto congênita, como adquirida de
uma postura viciosa, assim como na retificação cervical existe um
grande risco de herniamento aqui também.

Em insuficiência estão: Iliopsoas. Reto Femoral, Tensão da Fáscia


Lata, Sartório e Eretores da Espinha. Em encurtamento temos Glúteo
Máximo, Reto Abdominal, Oblíquo Interno e Oblíquo Externo.

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Quando falamos de encurtamento do Reto Abdominal, na verdade o


que está muito tenso é toda a fáscia abdominal e todos os músculos
que envolvem essa fáscia. A suspensão no espaldar já vai ajudar a
alongar essa região, porém em alguns casos é interessante adotar a
manobra de Mackenzie.

Escoliose: No caso da Escoliose nós temos a classificação em

curva simples em C e curva dupla em S. Ela sempre será classificada


a partir da sua convexidade, então no exemplo abaixo temos uma
escoliose em C à direita. No caso de uma curvatura dupla em S, ela
será classificada também pela convexidade, mas pela convexidade da
maior curvatura.

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A escoliose também pode ser uma falha congênita estrutural ou pode


ser uma escoliose adquirida por posturas viciosas e/ou por
desbalanços musculares. Para saber diferenciar se ela é estrutural ou
adquirida, podemos fazer o Teste Minuto ou Teste de Adams, a
pessoa deve fletir o tronco dela como se fosse fazer o alongamento
de tocar os pés, desta forma podemos observar em uma escoliose
estrutural que ela vai apresentar uma rotação das vertebras para o
lado da convexidade (gibosidade). Se a escoliose está na região
torácica, as vertebras vão rotacionar e isso vai puxar o gradil costal,
se a escoliose está na região lombar essa rotação vai até empurrar a
musculatura desta região e criar uma saliência. Essa escoliose é
irreversível, não há como corrigi-la, porém, toda alteração estrutural
piora normalmente com compensações funcionais, então você
consegue melhorar mesmo uma escoliose estrutural, porque você tira
o fator que ela teve de compensação funcional, além de dar mais
estabilidade para a coluna. Ainda falando do teste de Adams, o outro
resultado que podemos observar é não apresentar a rotação das
vertebras e a curvatura desaparecer quando o tronco é fletido à

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frente, nesse caso estamos falando de uma escoliose


Funcional/Adquirida, essa escoliose é reversível.

Com relação a localização da Escoliose


ela pode ser: Cervical, Cervicotorácica,
Torácica, Toracolombar, Lombar,
Lombossacral, Cervico Toracolombar.

No caso de uma escoliose funcional, antes de você aplicar exercícios


específicos de alongamentos contralateral como por exemplo o
método KLAPP, é importante que você investigue e faça uma
avaliação completa porque pode ocorrer uma inclinação inferior
lateral da pelve, uma pronação do pé e todas essas alterações
influenciam diretamente na coluna criando uma escoliose
compensatória. Muitas vezes ao corrigir desbalanços de força no pé
ou na pelve vai refletir corrigindo a escoliose, então muita atenção
em relação a avaliação para identificar todos esses fatores antes de

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entrar com exercícios específicos. Um exercício muito eficiente é o


“Bom Dia”, se a pessoa tem uma escoliose funcional e quando faz o
Teste Minuto a escoliose se alinha, quando ela executar o “bom dia”,
ou seja, quando ela fletir o tronco a escoliose também vai se alinhar,
desta forma é possível fortalecer toda a região paravertebral e com o
passar do tempo estabelecer um equilíbrio dos paravertebrais de
ambos os lados pela educação cruzada.

6.5 PELVE E QUADRIL


Pensando em um alinhamento ideal, podemos observar numa visão
posterior, cristas ilíacas alinhadas, em uma visão anterior esperamos
observar as espinhas ilíacas anterossuperiores alinhadas e em uma
visão lateral espinha ilíaca anterossuperior alinhada com a sínfise
pubiana. Lembrando que a pelve tem uma leve inclinação anterior em
torno de até 15°, justamente pela própria curvatura da Lordose
Lombar.

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Inclinação Lateral: Neste caso vamos observar que as

espinhas ilíacas anterossuperiores encontram-se fora de alinhamento


em uma visão anterior assim como as cristas ilíacas em uma visão
posterior. Importante entender que a pelve nunca vai ser um ponto
que desencadeia alterações. Normalmente ela paga o preço por
alterações ascendentes ou descendentes. Em um processo
ascendente posso ter uma inclinação inferior normalmente causada
por uma pronação. O pé prona, a tíbia gira, o fêmur gira e a pelve
desaba. Mas não necessariamente o quadril pode estar só inclinando
inferiormente, as espinhas ilíacas podem estar desalinhadas porque
ele sofreu uma elevação superior normalmente causada por uma
supinação do pé, o pé supina, a tíbia gira externamente, o fêmur gira
externamente e a pelve eleva superiormente.

Em um Processo Descendente, uma escoliose estrutural lombar pode


acarretar uma alteração descendente que acaba desalinhando a
pelve, nesse caso assim como a escoliose, não vou conseguir corrigir
esse desalinhamento pélvico, por se tratar de uma falha congênita.

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Outro ponto que está relacionado a Inclinação lateral é a Síndrome


de Abdução do Quadril, que conforme abordamos no tópico de
Síndromes do Desbalanceamento Muscular temos uma hiperatividade
de Adutores, Tensor da Fáscia Lata e Quadrado Lombar associado a
uma inibição de Glúteo Médio e Rotadores Externo Profundos, isso
causa um desalinhamento da pelve, é preciso alongar muito a
musculatura Adutora e fortalecer Glúteo Médio principalmente a
porção posterior.

Anteroversão: Refere-se à inclinação anterior da pelve, esta

alteração já foi abordada quando analisamos a hiperlordose lombar.


Esse quadro está relacionado a Síndrome Pélvica Cruzada onde temos
hiperatividade de Iliopsoas, Reto Femoral e Paravertebrais Lombares
associados a inibição de Reto Abdominal, Transverso do Abdômen e
Glúteo Máximo.

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Importante lembrar que se o cliente principalmente no caso das


mulheres, está acometido com uma síndrome pélvica cruzada, de
nada vai adiantar realizar agachamentos e leg press com o objetivo
de desenvolver o Glúteo, porque ele não terá ativação adequada
enquanto não retirar a hiperatividade fusal de Iliopsoas e Reto
Femoral, eles estão desligando a ativação do Glúteo. Além de alongar
esses músculos que se encontram em hiperatividade, uma boa
estratégia nestes casos é utilizar a potenciação pós ativação, onde o
cliente realiza um exercício que seria considerado isolado de Glúteo
antes do agachamento por exemplo, desta forma, ao executar o
agachamento ele terá uma ativação maior de Glúteo.

Retroversão: Observando a imagem abaixo você vai se lembrar


que já abordamos a Retroversão anteriormente pois ela está
relacionada com a retificação lombar. Neste caso ocorre a inclinação
posterior da pelve, ou seja, tenho uma situação totalmente contrária
da síndrome pélvica cruzada, nesse caso eu vou ter um alongamento
excessivo de Iliopsoas e Reto Femoral e vou ter um encurtamento de
Reto Abdominal e Glúteo.

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Rotação Lateral / Giro Pélvico: Nesse caso as espinhas


ilíacas anterossuperiores encontram-se desalinhadas, sendo um dos
lados em rotação interna e o outro em rotação externa. Isso é muito
comum de acontecer com mulheres que têm o hábito de sentar-se
em cima de uma das pernas.

No lado da pelve que está em rotação externa, o quadril se encontra


em rotação interna, Bíceps Femoral é um rotador externo, se o quadril
está em rotação interna o Bíceps Femoral deste lado estará alongado,
e Semitendinoso e Semimembranoso estarão encurtados. Do outro
lado, a pelve está em rotação interna e o quadril entra em rotação
externa, desse lado o Bíceps Femoral estará encurtado e
Semitendinoso e Semimembranoso estarão alongados porque são
rotadores internos.

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Uma pessoa com esta alteração ao sentar-se para realizar o


alongamento de afastamento de pernas, vai sentir o bíceps femoral
alongar mais em uma das pernas do que na outra, mantenha este
alongamento na rotina dela até que você consiga desarmar essa
dominância, esse é um alongamento que vai ajudar muito desde que
você se posicione corretamente, mantendo a pelve em neutro.

Torção Pélvica: Nesta alteração um dos lados da pelve está em


retroversão e o outro encontra-se em anteroversão. Essa é uma
alteração que dificilmente acontece em homens porque eles possuem

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essa região mais fundida, praticamente sem movimentação. Já no


caso das mulheres essa região possui uma maior mobilidade, pois ela
sofre uma frouxidão de acordo com o período menstrual. Esta
alteração também pode ter ligação com os pés, de um lado o pé
pronado e do outro um pé supinado, isso vai refletir direto na pelve
e a longo prazo causar essa alteração. Normalmente é mais comum
em pessoas acima da meia idade, justamente porque vai passando o
tempo e ela vai criando essa compensação.

Nesse caso o alongamento de pernas afastadas também vai auxiliar,


porém é importante ficar atento porque quando a pessoa se
posicionar para realizar o alongamento um dos lados estará em
retroversão, então você deve orientar a pessoa a colocar a mão por
baixo do glúteo e puxar o ísquio dela para posicionar corretamente,
caso contrário o alongamento não será eficaz. Não é aconselhável
fazer exercício unilateral, até mesmo o alongamento de posterior no
espaldar justamente por essa torção de um lado em retroversão e
outro em anteroversão. Outro alongamento muito interessante para
esta alteração é o de flexores e extensores do quadril ao mesmo

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tempo, nesse caso a pessoa vai executar somente de um lado, porque


em um lado temos o encurtamento da musculatura que faz a
retroversão e do outro temos o encurtamento da musculatura que faz
anteroversão, então o lado do quadril que está em anteroversão
vamos colocar a perna para trás para alongar Iliopsoas e Reto
Femoral, já o lado que está em retroversão vamos colocar a perna
para frente para alongar Glúteo Máximo e Isquiossurais.

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Rotação Interna e Rotação Externa: Diferente do que


algumas pessoas pensam o fêmur não é um osso reto, ele tem uma
direção para baixo e para dentro, no caso das mulheres essa
inclinação é ainda mais acentuada justamente porque a mulher possui
uma pelve naturalmente mais larga do que o homem. Unindo o fêmur
à cabeça do fêmur, temos uma região chamada de colo do fêmur. O
colo do fêmur tem dois ângulos de posicionamento, no plano frontal
temos o ângulo de inclinação normal em torno de 125° já no plano
transverso temos o ângulo de Torção Femoral onde o colo do fêmur
é girado anteriormente, em torno de 8° (homens) a 15°(mulheres) e
esses ângulos favorecem a congruência articular.

Quando o ângulo de inclinação é maior do que 125° temos uma


COXA VALGA, que vai acarretar um joelho valgo estrutural, ou seja,
aquela alteração que não vamos conseguir corrigir. Esse ângulo maior
vai causar uma sobrecarga tanto na articulação do quadril como na
articulação do joelho, além de uma sobrecarga muito maior na cabeça
do fêmur do que no colo do fêmur. Associado a isso eu posso ter um

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ângulo de torção femoral maior do que 15° e isso vai caracterizar


uma anteversão femoral, esse ângulo de torção vai ser maior para
uma correta coaptação no acetábulo e será necessária uma rotação
interna para o correto encaixe. Ambas as alterações vão acarretar um
aumento do ângulo Q e tanto pela mudança no braço de resistência
como pela rotação interna, a musculatura que é rotadora externa
ficará em uma posição alongada ou seja, vai desenvolver uma
insuficiência dessa musculatura.

Durante a realização do exercício agachamento, atenção ao instruir o


cliente para afastar as pernas e rotacionar os pés para fora buscando
a melhor linha mecânica. Como ele apresenta uma rotação interna,
realizar essa rotação externa durante o exercício pode fazer com que
a pelve entre em retroversão. Então quando você posicionar seu
cliente para fazer o agachamento, você deve buscar o posicionamento
da linha mecânica de maneira que o cliente consiga manter a pelve
em neutro.

Quando o ângulo de inclinação é menor que 125° temos uma COXA


VARA, o que acarreta muito mais pressão no colo do fêmur,
associado a isso posso ter um ângulo de torção femoral menor do

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que 8°, isso vai caracterizar uma retroversão femoral e para o


correto encaixe no acetábulo, será necessário acontecer uma rotação
externa. Nesse caso há uma redução do ângulo Q, provavelmente
uma supinação dos pés e uma retroversão pélvica associada a uma
retificação lombar.

Neste caso quando o cliente vai realizar o agachamento, atenção ao


instruir para que ele rode internamente o fêmur, pois pode ser que
ele comece a entrar em anteversão, então sempre que for buscar a
linha mecânica para realizar os exercícios, tanto no caso anterior
como neste quadro é necessário atenção no posicionamento da pelve,
para que ela sempre permaneça em neutro. Com relação aos
músculos, como temos uma rotação externa e uma redução do braço
de resistência, há uma melhora na vantagem mecânica dos músculos
abdutores, porém os músculos rotadores externos são mantidos em
encurtamento. Então será necessário fortalecer os rotadores internos,
os flexores do quadril e no caso do Glúteo dar preferência no
fortalecimento em posições alongadas.

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Ao colocar o cliente na posição do alongamento de borboleta, sentado


com a sola dos pés unidas. Fique atento quando o cliente se posiciona
com a pelve em neutro, se o joelho dele ficar excessivamente pra
cima e ele não conseguir descer o joelho, este pode não ser o caso
de um encurtamento dos Adutores e dos Isquiossurais mediais, mas
sim uma anteversão femoral.

Para confirmar o Ângulo de Torção Femoral sem a necessidade de


um exame de Raio X, você pode utilizar o Teste de Craig onde o
cliente se deita de barriga para baixo, flexiona o joelho de uma das
pernas e faz a rotação interna que tem uma amplitude máxima
normalmente entre 30º e 40º, já no caso da rotação externa a
amplitude máxima normalmente é de até 60º. Caso a Rotação
interna seja maior do que estas amplitudes citadas acima, isso indica
uma Anteversão Femoral. Caso a rotação externa seja maior do
que a citada acima, isso indica uma Retroversão Femoral

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6.6 JOELHOS
Geno Valgo: É possível identificar esta alteração ao observar a
aproximação dos côndilos femorais e afastamento dos maléolos
mediais em relação ao eixo mediano, a famosa perna em X. Essa
angulação vai aumentar muito a força de contato lateral entre o fêmur
e a tíbia, ou seja, o menisco lateral vai ser muito mais afetado. O
Geno Valgo pode ser uma alteração estrutural ou adquirida. Para
identificar isso é necessário observar os pés, se a pessoa tem uma
pronação dos pés, possivelmente é um valgo adquirido porque o pé
prona, a tíbia gira internamente e o fêmur gira internamente também
e isso traciona o joelho próximo da linha medial. No caso de pés
supinados será um geno valgo estrutural, nesse caso só é possível
amenizar a alteração, porque toda alteração estrutural tem uma piora
por um componente também adquirido, um processo de
compensação que vai sendo criado pelo corpo, é possível amenizar e
dar mais suporte para a articulação, mas não consigo corrigir ela
totalmente.

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No caso de um Valgo adquirido podemos citar as seguintes alterações


musculares: encurtamento de Semitendinoso, Semimembranoso,
Adutores, Grácil e Tensor da Fáscia Lata. Em insuficiência ou
alongamento excessivo podemos citar: Glúteo Máximo, Glúteo Médio
principalmente a porção posterior, Bíceps Femoral, Sartório e
Inversores dos Pés.

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Um ponto de atenção aqui, o Bíceps Femoral vai estar alongado


somente quando for um Geno Valgo adquirido, porque existe uma
rotação interna de fêmur, ele é um rotador externo e vai estar
insuficiente, alongado excessivamente, porém se for um valgo
estrutural ele não estará encurtado. A mesma coisa acontece com os
Inversores do Pés, vimos que no Geno Valgo adquirido tenho uma
pronação dos pés, então se existe a pronação eu vou ter os inversores
do pé em insuficiência, porém no Geno Valgo estrutural eu vou ter
uma supinação, então os inversores dos pés não estarão
insuficientes.

Durante a execução dos exercícios de Isquiossurais, como temos o


encurtamento de Semitendinoso e Semimembranoso, ou seja,
isquiosurrais mediais e insuficiência de Bíceps Femoral que são
isquiossurais laterais. Aconselho evitar exercícios isolados em uma
fase inicial enquanto existir esta dominância, dê preferência para
exercícios que trabalhem esses músculos em alongamento, como por
exemplo Stiff, Bom Dia, Extensão de quadril no banco 45, etc. Como
essa pessoa possui um encurtamento de Isquiossurais mediais é
importante que tome muito cuidado durante a execução do Leg Press
e do Agachamento em uma grande amplitude de flexão de quadril,
pois é bem provável que ela entre em retroversão, porque esse
encurtamento tanto de Isquiossurais medias como de adutores vai
acabar puxando a pelve em retroversão, normalmente você terá que
limitar a amplitude desses exercícios. Atenção também no
afastamento dos pés durante esses exercícios, porque ela tem uma
tendência a uma aproximação dos côndilos e você observa isso
principalmente na transição da fase excêntrica para a fase

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concêntrica. No caso das mulheres mesmo no final da fase


concêntrica muitas vezes ela desarma o Glúteo Médio e aproxima os
joelhos, então você sempre tem que dar o reforço verbal para que
ela mantenha ativo o Glúteo Médio para que ela consiga sustentar a
linha mecânica: coxas sobre tíbias e tíbias sobre pés o tempo todo.

Geno Varo: Neste caso será possível observar que os côndilos

femorais se afastam do eixo mediano, arqueando os membros


inferiores. Isso aumenta a força de contato medial entre o Fêmur e a
Tíbia (menisco medial).

Normalmente é uma falha


estrutural, é necessário tomar
cuidado com o afastamento das
pernas durante os exercícios,
porque já existe uma pressão
medial grande, então um
afastamento excessivo vai
acentuar ainda mais essa pressão.
Como Musculatura envolvida
podemos citar em encurtamento
Bíceps Femoral, Inversores dos pés (os pés vão estar em supinação)
e Sartório. Em insuficiência ou alongamento excessivo temos
Semitendinoso, Semimembranoso, Adutores, Grácil e Gastrocnêmios.

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Geno Recurvado: No caso desta alteração será possível

observar um desvio posterior da articulação em relação ao fio de


prumo ou eixo postural, esta pode ser uma compensação que vem
ascendente ou descendente. Ela será descendente quando temos
uma postura swayback em retroversão, ou pode ser ascendente
quando temos um encurtamento muito severo de Sóleos. Você pode

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notar um encurtamento severo de Sóleo até mesmo pelo ângulo da


articulação do tornozelo.

Como músculos associados a esta alteração, temos em


encurtamento: Glúteo Máximo, Sóleo e Eversores do Pé. Em
Insuficiência ou Alongamento Excessivo temos Bíceps Femoral,
Semitendinoso, Semimembranoso, Inversores dos pés, Grácil,
Gastrocnêmios e Iliopsoas.

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Esta alteração normalmente está associada também a um Geno


Valgo, isso porque se a tíbia e o fêmur estão rodados internamente,
isso vai empurrar o joelho para trás.

6.7 PÉS
Pé Pronado: Neste caso vamos observar uma abdução do

antepé, um desabamento da borda interna do pé, se passar uma tinta


na sola do pé dessa pessoa e pedir pra ela pisar em um papel, vamos
visualizar o bordo medial encostando no chão, normalmente pode
estar associada a uma anteversão do quadril, porque vai estar tudo
em rotação interna.

Nesse caso fortalecer os Inversores do pé e alongar os eversores do


pé. Podemos citar como músculos encurtados: Fibular Longo, Fibular
Curto e Extensor Longo dos Dedos. Músculos enfraquecidos temos:
Tibial Anterior, Tibial Posterior e Flexor Longo dos Dedos. Existem

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alguns exercícios que você pode passar para seu cliente como lição
de casa, como por exemplo o exercício da toalha. Ele vai colocar a
toalha no chão e com os pés ele vai fazer o movimento de puxar a
toalha, ativando novamente a borda interna do pé, o arco plantar.
Existem também alguns macetes durante a execução de exercícios
que você pode fazer, como por exemplo, no agachamento você pode
colocar um elástico ou um band próximo/acima do maléolo, isso vai
fazer com que durante a execução dos exercícios ela tenha que forçar
o arco do pé, então durante a execução do agachamento você já vai
trabalhando junto essa melhora do arco.

Pé Supinado: Neste caso temos Adução do Antepé, elevação da


borda interna, se fizer o mesmo teste de passar a tinta na sola do pé
e pedir para a pessoa pisar no papel o bordo medial não vai tocar no
chão porque ele está arqueado excessivamente. Pode estar associada
a uma retificação lombar e uma retroversão da pelve.

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Nesse caso temos que alongar Eversores do pé e Gastrocnêmios,


assim como fortalecer os Inversores do pé. Tanto o pé pronado como
o pé supinado, conseguimos corrigir prestando atenção no pé durante
a execução do exercício de panturrilha. O que acontece? A pessoa
tem a tendência de supinar ou de pronar, então durante a execução
do exercício de panturrilha você tem que sustentar a posição neutra
o tempo todo, durante a fase concêntrica na flexão plantar você vai
manter o apoio na base do primeiro e segundo dedo, ao mesmo
tempo durante a fase excêntrica principalmente do zero para baixo,
a tendência seria a pessoa entrar em pronação, mas você não vai
deixar isso acontecer, você vai sustentar ela em neutro o tempo todo
e de zero para baixo você vai apoiar mais a borda lateral exatamente
para isso não acontecer. Em nenhum momento você vai deixar
ocorrer a pronação e nem a supinação. Em uma fase do movimento
trabalharemos mais a musculatura inversora do que a eversora, já na
outra fase ocorre justamente o contrário, trabalhando mais a eversora
do que a inversora, então ninguém vai dominar sobre ninguém
durante o movimento e isso no decorrer do programa de treinamento
vai recuperar o equilíbrio de força entre as duas musculaturas.

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O que você aprendeu ao longo deste livro é algo prático, que pode
ser aplicado imediatamente no atendimento dos seus clientes, pois
você já está apto a realizar uma avaliação postural e identificar quais
músculos estão tensos em excesso e quais estão insuficientes, mas
ainda assim, muitos treinadores congelam no momento de selecionar
quais alongamentos o cliente deve realizar, quais exercícios e em que
amplitude executar cada um dos exercícios para recuperar um
desbalanço muscular de forças.

Por isso eu te convido para o


meu treinamento on-line
Avaliação Postural e
Exercícios Corretivos.

Neste treinamento além de nos


aprofundarmos ainda mais em
cada um dos desvios posturais,
vamos justos realizar uma
avaliação passo a passo de um
cliente e montar uma rotina com os alongamentos e os exercícios
mais indicados para correção dos desvios posturais.

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Além de saber realizar uma Avaliação Postural e conseguir selecionar


os melhores alongamentos e exercícios para cada cliente, você
gostaria de ter total domínio e ferramentas que lhe possibilitem
planejar e elaborar uma periodização com objetivos a curto, médio e
longo prazo bem definidos?

Vejo muitos profissionais ainda selecionando número de séries e


repetições ao mero acaso e com dúvidas na relação volume,
intensidade e até mesmo em como dividir corretamente os grupos
musculares e aplicar uma variação de estímulos dentro de um
microciclo de treino.

Se você tem todas estas dúvidas no momento de montar um


programa de treinamento, como espera obter resultados, seja no
atendimento presencial ou à distância?

Por isso eu criei o curso on-line


Descomplicando a Periodização
na Musculação, nele você vai
entender de uma vez por todas
como planejar o Macrociclo, como
fazer a evolução dos Mesociclos e
como controlar cada sessão de
treino dos Microciclos. Além de ter
acesso a um material de apoio
completo.

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