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O que é a Retificação da Coluna?

Para sustentar aproximadamente dois quintos do peso corporal, a coluna não é reta,
ela possui suaves curvas que se formam durante o desenvolvimento, reação do
corpo contra a ação da gravidade. São elas:

1. Lordoses: Cervical e Lombar
2. Cifoses: Torácica e Sacral

A alteração na formação dessas curvas é o tema que abordaremos nesse artigo.

A retificação da coluna é caracterizada pela perda de uma ou mais curvaturas da


coluna, ou seja, pela diminuição dos ângulos das curvas fisiológicas, e pode ocorrer
em qualquer porção da coluna vertebral.

Esse desequilíbrio pode ocorrer por diferentes motivos, entre eles fatores
hereditários, hábitos diários e laborais, vícios posturais e encurtamento muscular ou
alteração de força dos músculos envolvidos com a estrutura da coluna.

Quando relacionamos com encurtamento e força muscular, a retificação pode surgir


como forma compensatória, por exemplo: uma retificação da coluna lombar pode
acontecer em função de um desequilíbrio nos músculos rotadores de quadril.

Anatomia da Coluna Vertebral


Lá na graduação, e também na formação do Pilates, aprendemos que a coluna é a
estrutura óssea localizada entre o crânio e a pelve, responsável por sustentar nosso
tronco, proteger a medula espinhal e estruturar o corpo.

Bom, relembrando um pouco: são 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5


vértebras lombares, 5 vértebras sacrais (fusionadas) e o cóccix (quatro vértebras
fusionadas).

O tamanho das vértebras que compõem a coluna aumenta de cima para baixo. Elas
precisam ser maiores embaixo, pois absorvem mais impacto nessa região. O corpo
vertebral está localizado à frente na coluna e suporta a maior parte do peso corporal,
já os processos posteriores regulam os movimentos.

Peça chave para absorção do impacto são os discos intervertebrais, que em função
das suas características teciduais amortecem o impacto gerado.

Até aí está fácil e habitual. Mas a coluna não é somente ossos, ela é composta, ainda,
por ligamentos, tendões, nervos (que passam pelo canal vertebral) e músculos. E são
os músculos que nos interessam, porque é com eles que a intervenção do Pilates
tem maior ação. Mais adiante vamos conversar sobre isso.

Os ligamentos são responsáveis, assim como em qualquer outra articulação, por dar
estabilidade. Atuam em conjunto com os músculos para isso. Os nervos que passam
pelo canal vertebral estão dispostos em um feixe, oriundo do cérebro para formar o
sistema nervoso central.

Antes de encerrarmos essa revisão anatômica, vamos ainda relembrar que a função
da coluna, além de sustentar o tronco, é de proteger os nervos e a medula, que
passam pelo canal vertebral, auxiliar na locomoção e dar flexibilidade e mobilidade
ao tronco.

E é essa última função que vai ter maior relação com os problemas que abordaremos
a seguir.

Exercícios de Pilates para Retificação da Coluna

Feita a avaliação, vamos aos exercícios!


Direcionar os exercícios que melhor atenderão as necessidades do nosso paciente é
imprescindível. Definida a sequência que iremos trabalhar, é muito importante
observar a forma como o exercício será executado.

Precisamos ficar de olho se o nosso paciente não está aumentando a retificação


durante o movimento. Lembrando: buscamos curvaturas fisiológicas.

Antes de abordar os exercícios do método, vamos descrever alguns exercícios que


podem ser usados para iniciar a conscientização da mobilidade com seus pacientes.
São eles:

Mobilidade Cervical
O SIM: Em decúbito dorsal, percebendo o apoio da região occipital, das escápulas e
do cóccix no chão, membros inferiores com joelhos e quadril flexionados, pés
apoiados no chão e ombros relaxados. O paciente irá “arrastar” a cabeça levando o
queixo para cima (direção do teto), estendendo a cervical, na inspiração e para baixo
(direção do peito) na expiração, flexionando-a, sem tirá-la do apoio, simulando o
movimento do “sim”.

O NÃO: Na mesma posição inicial do exercício anterior, o paciente fará rotação da


cervical para um lado ao inspirar, e para o outro ao expirar, sem tirá-la do apoio,
simulando o movimento do “não”.

Mobilidade Torácica
CAT STRETCH: Em quatro apoios, o paciente fará o movimento do exercício
CatStretch, mas, ao invés de mobilizar a coluna lombar, ele tentará mobilizar a
porção torácica. Então, ao inspirar ele levará o peito para direção do chão,
aproximando as escápulas ao estender a coluna, e ao expirar, ele levará a coluna
torácica para o teto, aproximando as escápulas flexionando a coluna.

Mobilidade Lombar
BÁSCULA: Em decúbito dorsal, com os joelhos e quadril flexionados, coluna neutra,
membros superiores ao longo do corpo. Ao inspirar o paciente fará a retroversão da
pelve, tirando o cóccix do chão, e ao expirar fará anteroversão apoiando o cóccix no
chão e tirando a lombar do apoio.

DICA: A nossa sugestão é de iniciar com dez repetições de cada exercício e, conforme
percebemos que nosso paciente já está dominando o movimento, podemos
aumentar a dificuldade dele, mudando a posição para execução do exercício ou
inserindo acessórios. Essa sequência pode, inclusive, ser passada como “tema de
casa” para os praticantes.

Com certeza, dentro da infinidade de exercícios que integram o Método, podemos


selecionar uma infinidade de variações a ser trabalhadas. Quer um exemplo?

Shoulder Bridge
1. Roll Up
2. Roll Over
3. Monkey
4. Half Roll Back
5. Mermaid

Trabalham mobilidade? Sim! Trabalham estabilidade? Sim!


BURSITE E TENDINITE DO OMBRO

A dor no ombro é uma situação tão comum, que até 70% das pessoas terão
este tipo de dor ao menos uma vez ao longo das suas vidas. Entre as várias
causas possíveis de dor no ombro, a bursite do ombro, também chamada de
bursite subacromial é uma das mais comuns.
Bursite é o nome que damos à inflamação da bursa, também conhecida como
bolsa sinovial, que é uma pequena bolsa cheia de líquido que age como um
amortecedor, diminuindo o atrito entre músculos, tendões e ossos ao redor das
articulações.

O ombro é uma das articulações mais complexas do nosso esqueleto, sendo


formado por três ossos e vários músculos, tendões e ligamentos.
Com o agravamento da dor, o paciente começa a limitar os seus movimentos
com o braço. Coçar as costas, vestir um casaco, fechar o zíper de um vestido,
fechar o sutiã ou levantar o braço acima da cabeça tornam-se atitudes muito
dolorosas.
O diagnóstico da bursite no ombro e da síndrome do impacto é habitualmente
feito após avaliação conjunta da história clínica, do exame físico e de exames
de imagens.

TRATAMENTO
O tratamento inicial da bursite subacromial consiste em repouso, aplicação de
gelo local e controle da dor com analgésicos e anti-inflamatórios.
Após o controle da dor, a fisioterapia pode ser indicada, para que o paciente
restabeleça sua força muscular e amplitude dos movimento do ombro.
Nos raros casos de bursite crônica que não respondem a nenhum tipo de
tratamento, a cirurgia para remoção da bursa pode ser a solução.

PREVENÇÃO DA BURSITE NO OMBRO


Após o efetivo tratamento da bursite no ombro, algumas medidas podem ser
implementadas para diminuir o risco de recorrência:

 Atividade física orientada por profissional para fortalecimento da


musculatura.
 Alongamentos com orientação profissional.
 Evitar tarefas que exijam movimentos repetitivos do ombro durante muito
tempo.
 Se não for possível evitar tarefas que sobrecarreguem os ombros, procure
ao menos fazer algumas pausas durante o dia.
 Usar as duas mãos para segurar ferramentas ou objetos pesados.
 Não ficar com o ombro imobilizado por longos períodos de tempo.
 Procurar manter um boa postura ao longo do dia, principalmente durante o
trabalho.
 O Pilates na reabilitação! Isso porque seus exercícios restauram a força e o
condicionamento do corpo, melhorando o quadro clínico de diversas
patologias.
 Por isso, o Método é muito importante no tratamento das patologias do
ombro, pois seus movimentos fortalecem e estabilizam a área afetada
melhorando as dores e reabilitando a articulação.
 Além disso, o Pilates também promove flexibilidade, equilíbrio muscular e
ainda previne as futuras lesões que podem acometer o ombro, ajudando na
sua funcionalidade.
 Sendo assim, ele é muito benéfico para aqueles que praticam com o intuito
de reabilitar as lesões no ombro.

 ATIVANDO O ABDÔMEN NAS AULAS DE PILATES


 Em toda aula o professor pede ao aluno que “contraia o abdômen”, que
“sugue o umbigo”, que “sinta a barriga achatar” e que “não deixe a
barriga estufar”, mas afinal, pra que servem os músculos abdominais ?
Por que precisamos mantê-los contraídos ? O que eles fazem ?
 Os músculos abdominais tem como principal função proteger as
vísceras e promover uma pressão interna que auxilia em diversas
necessidades fisiológicas. Mas a parte mais interessante a todos é
a estética, quando se vê um abdome “chapado” ou “em tanquinho”.

 A musculatura abdominal serve para realizar alguns movimentos de
tronco, estabilizar a coluna enquanto a pelve e os membros se movem.
Por essa função estabilizadora da coluna, precisamos manter o
abdômen contraído durante os exercícios para não sobrecarregar e
tensionar a região lombar . Dessa forma, com uma boa ação dos
músculos abdominais temos uma melhora da postura.


 O Pilates trabalha intensamente com o Core ativado de forma integrada
com os movimentos, através da respiração. O trabalho realizado com a
técnica faz com que o músculo transverso do abdômen (responsável
pela sustentação da coluna) e o assoalho pélvico (responsável pela
elevação dos órgãos) sejam estimulados. No Pilates, a região é
chamada de “Power House” – casa de força!

 CONDROMALÁCIA PATELAR

 A Condromalácia patelar consiste em uma patologia degenerativa da
cartilagem patelar e dos côndilos femorais correspondentes. Trata-se de
uma espécie de amolecimento desta cartilagem pelo atrito incorreto
contra os côndilos do fêmur. Ocorre um desconforto e dor ao redor ou
atrás da patela. Já o termo mais genérico, síndrome da dor patelo-
femural, se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os
sintomas ainda podem ser completamente revertidos.


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 Sintomas da Condromalácia patelar
 Os principais sinais da patologia são:
 – Inchaço por baixo da rótula do joelho;
 – Dor constante no meio do joelho;
 – Dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito
tempo sentado.
 A condromalácia patelar pode ser classificada em quatro níveis distintos,
daí a necessidade de um tratamento o mais breve possível para que a
cartilagem não fique inteiramente desgastada, culminando em sua perda
total.
 GRAU I : amolecimento da cartilagem e edemas
GRAU II : fragmentação e fissura da cartilagem em uma área menor ou
igual à proximadamente 1,5 cm
GRAU III: fragmentação e fissura da cartilagem em uma área maior ou
igual à aproximadamente 1,5 cm
GRAU IV: erosão ou perda da cartilagem articular com exposição do
osso subcondral
 Tratamento:
 Não há um protocolo rígido de tratamento. É importante analisar o grau
da lesão adquirida e se direcionar às causas, sempre tentando
reequilibrar o alinhamento da patela, inicialmente através de tratamento
fisioterapêutico.
 A Fisioterapia pode auxiliar, especialmente, no fortalecimento de alguns
músculos e de exercícios que enfatizam o alongamento. Músculos fortes
permitem que o joelho tenha boa estabilidade, além de tornar atividades
muito exigentes para o joelho, relativamente, mais leves. O treinamento
de força também fortalece a cartilagem, deixando-a mais resistente aos
possíveis desgastes. Mas esse tratamento fisioterapêutico deve ser
sempre baseado numa avaliação detalhada de todos os fatores que
podem estar relacionados ao desenvolvimento da condromalácia,
podendo associar a métodos analgésicos e antiinflamatórios.  Em casos
graves muitas vezes é necessário tratamento cirúrgico.

 O PILATES age de forma fantástica no alinhamento patelar, bem como


na estabilização do quadro da condromalácia. Já que um dos grandes
alicerces do método é o fortalecimento e estabilização dos músculos
centrais do corpo aliada às técnicas que potencializam a respiração e
seus benefícios, atingindo assim, o objetivo do aluno através do
equilíbrio muscular.  No caso da condromalácia patelar são inclusos
exercícios de potência, força, alongamento e mobilização do membro
inferior, sempre com o cuidado de evitar sobrecarga na articulação em
questão.

 DESVIOS POSTURAIS


 Na postura padrão, a coluna é composta por quatro curvaturas
(regiões cervical, torácica, lombar e sacral) que se distribuem de
forma ideal para sustentar o peso, permitir a locomoção e o bom
funcionamento dos órgãos respiratórios, equilibrar a cabeça, proteger
a medula espinal. Em outras palavras, postura correta é quando o
eixo da coluna vertebral encontra-se em harmonia com o corpo;
permitindo assim que a coluna exerça suas funções com a máxima
eficácia.  No entanto, desvio de coluna é uma alteração que ocorre no
alinhamento da coluna vertebral, e que, dessa forma, provoca um
esforço e uma sobrecarga maior sobre as articulações, o que altera a
eficiência das funções.
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 Quem tem problemas de coluna nem sempre pode praticar alguns exercícios
físicos. Mas uma atividade recomendada é o Pilates, método de treinamento
indicado para qualquer pessoa. “O exercício pode ser praticado tanto por quem
quer fortalecer a musculatura, tem sérios problemas de coluna ou até um atleta
de alto nível. A técnica consegue, com seus equipamentos e atendimento
personalizado, promover melhora em pacientes.
 Não há como mensurar a quantidade de sessões em que os desvios poderão ser
corrigidos. “Temos que analisar a gravidade do desvio, o tempo que está
instalado no corpo, a quantidade de sessões realizadas por semana e como o
corpo reage ao tratamento, entre outras questões. É necessário praticar uma
atividade física sempre, e no caso do Pilates, não há dúvida, pois o treinamento é
personalizado e individualizado”.

 Para Lordose
Fortalecer principalmente:
 Abdômen

 Para Cifose
Fortalecer costas
 Para Escoliose
Como esse desvio pode ocorrer tanto na coluna lombar quanto na torácica é
necessário saber exatamente onde está o desvio para realizar os exercícios.
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 Para uma coluna saudável é necessário cuidar dos hábitos, como praticar
exercícios físicos, fazer alongamento, cuidar da postura, desde a infância. Trata-
se de uma questão de base cultural que visa prevenir desvios de coluna quando
causados, principalmente, por maus hábitos posturais.

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