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CURSO AVALIAÇÃO POSTURAL

Professora Aline Cassaro

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AVALIAÇÃO POSTURAL

INTRODUÇÃO:
A avaliação funcional é composta por testes e medidas, durante a avaliação
buscamos conhecer todo histórico da saúde do indivíduo, assim como o de
seus familiares. Conhecer a sua rotina, seu trabalho, quanto e como são suas
horas de sono, seus hábitos alimentares, identificar o seu biotipo e
principalmente qual o objetivo a ser trabalhado.

QUAL A IMPORTÂNCIA DE REALIZAR A ANÁLISE POSTURAL?


Já foi o tempo em que o treino era elaborado simplesmente através de dados
que traçavam a situação atual do praticante em termos de composição
corporal. A musculação sempre teve como finalidade a manutenção da
funcionalidade corporal, porém faltavam conceitos que nos “provavam” que
através de exercícios resistidos conseguiríamos reabilitar a perda de função do
sistema musculoesquelético.

Shirley Sahrmann, no livro Diagnóstico e Tratamento de Disfunção dos


movimentos cita, “O exame é a base para a prescrição dos exercícios
corretivos”. O método de avaliação utilizado para analisar qual exercício utilizar
para recuperação deve ser criterioso e de acordo com a limitação de cada
indivíduo, iniciando com exercícios básicos, suas modificações e progressão
levando em consideração a individualidade e o tempo de recuperação de cada
um. A intervenção torna-se mais eficaz quando o paciente é orientado a
manter-se em uma posição correta durante seu dia e a utilizar movimentos
corretivos para suas atividades cotidianas.

Com a evolução da ciência, profissionais da Educação Física, se tornaram


totalmente responsável por educar e reeducar movimentos, através da
reabilitação de gestos funcional. E para que isso ocorra dentro de uma sala de
musculação, é fundamental a realização da ANÁLISE POSTURAL, seja através
de um ponto de referência, palmatória, estática, dinâmica, testes que nos
mostram quais músculos estão em desvantagem perante outros. Ter essa
percepção de como essas falhas estão afetando o movimento é o que permitirá
ao Treinador prescrever com segurança, promovendo resultados positivos ao
praticante.

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Podemos concluir que para prescrever com responsabilidade, atingindo a
finalidade que o exercício resistido pode nos proporcionar é preciso analisar e
identificar possíveis falhas no sistema musculoesquelético, o que leva a
padrões alterados no movimento.

POR QUE AVALIAR?


Avaliar para prescrever, vai permite ao profissional criar estratégias que
colocam a segurança do praticante em primeiro lugar, além de tornar o
treinamento INDIVIDUALIZADO E ESPECÍFICO, agindo diretamente na
situação atual visando o aperfeiçoamento do gesto motor através de exercícios
funcionais, que facilitarão as atividades diárias do indivíduo. Hoje em dia TUDO
É MOVIMENTO, andar, sentar, agachar, varrer, correr, trabalhar, quando mais
treinado o corpo humano, com mais facilidade ele irá reproduzir estes
movimentos, sem causar desconforto ou qualquer tipo de dor sobre as
estruturas proprioceptivas.

ANÁLISE POSTURAL
Durante a análise postural, precisamos ir em busca NÃO apenas das estruturas
que se apresentam fora do seu alinhamento ideal, precisamos buscar qual foi o
AGENTE INICIAL, por onde começou a surgir as falhas nas estruturas. Por
isso, ter o conhecimento sobre o alinhamento ideal e quais são os músculos
responsáveis por manter tal alinhamento, é fundamental para facilitar a
descoberta do ponto inicial.

As alterações posturais podem ser ASCENDENTES (de baixo para cima) ou


DESCENDENTES (de cima para baixo), isto não afeta de maneira relevante, o
que temos que ter sabedoria é que uma estrutura pode ter o seu alinhamento
prejudicado por alterações vindas de cima, como também debaixo, dificilmente
a falha está apenas no LOCAL, pode situar-se um pouco mais distante, pois o
corpo funciona como UM TODO.

Nosso corpo apresenta o sistema locomotor passivo e ativo, movimentos


imprecisos no sistema locomotor ativo dá inicio a movimentos compensatórios,
onde começa a formar uma cascata de desequilíbrios entre força, flexibilidade,
encurtamento e até mesmo o alongamento excessivo.

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Os músculos precisam serem mantidos sob um nível de tensão, para que não
fiquem “pendurados” no esqueleto, qualquer redução ou aumento no nível de
tensão muscular, pode causar frouxidão ou rigidez, afetando o posicionamento
da estrutura esquelética. Um olhar minucioso é necessário, pois indivíduos
podem apresentar a mesma alteração postural, com agentes causais diferentes
e só conseguiremos solucionar totalmente realizando a intervenção no agente
causal.

A intervenção deve ocorrer de maneira GLOBAL – LOCAL – GLOBAL,


ressaltando que o problema pode estar bem distante do local afetado. Por isso,
descartamos a hipótese de agir somente no local. No local isoladamente
agimos apenas em casos de dores crônicas, fazemos as primeiras medidas
terapêuticas até amenizar a dor, para agirmos no global, em casos de agir
apenas no local há probabilidade de a alteração retornar é grande.

O grande erro é realizar a análise no “automático”, não buscando aprofundar se


no caso de estudo, deixando para trás a chance de descobrir algo diferente que
possa contabilizar as suas experiências na prática. Cada individuo que chega
até nós precisa de uma solução diferente, para isso é preciso estudar todos os
dias sempre em busca de novas soluções.

IMPORTANTE: no momento da análise postural deve olhar e IDENTIFICAR AS


ALTERAÇÕES LOCAIS, após concluir as alterações locais, cruzar os dados e
identificar como estas afetam o corpo em movimento. Vale ressaltar que uma
alteração PODE ou NÃO estar “associada” a outra alteração, mas em uma
análise postural nada é regra, tudo pode acontecer.

As alterações podem ser: CONGÊNITAS (má formação óssea, desde o


nascimento, não é 100% reversível, mas pode ser amenizada e mantida em um
nível que não acarretará dores e desconfortos), ESTRUTURAIS (alterações
adquiridas ao longo da vida), alguns gatilhos podem acelerar a aparição destas
alterações como:

• Sedentarismo

• Atividade Ocupacional

• Gestos esportivos repetitivos

• Exercícios resistidos com uso de cargas e sobrecargas

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ELABORAÇÃO DO TREINO
Os exercícios prescritos no treinamento devem estar totalmente de acordo com
o resultado da análise postural, pois uma falha na postura estática compromete
também a postura em movimento. O movimento repetitivo em cima de uma
alteração gera uma série de falhas que ao longo do tempo podem piorar e não
ter mais volta.

Os músculos esqueléticos constituem praticamente 40% de todo o peso do


nosso corpo, sendo, portanto, a maior parte da musculatura do nosso
organismo. O tecido muscular esquelético permite que façamos movimentos
simples, como mover os olhos, e complexos, como os saltos, corrida,
levantamento de peso, etc.

Com o desenvolvimento do corpo humano, temos músculos responsáveis por


uma sustentação postural e músculos responsáveis por movimentos de
grandes amplitudes, por isso o sedentarismo contribui para que os músculos
responsáveis por geração de movimento entrem em desuso sobrecarregando
os músculos posturais.

A atividade ocupacional, demanda muito tempo em determinada postura que


nem sempre acaba sendo a melhor, principalmente para profissionais que
passam grande parte do tempo sentados, onde há uma desconexão entre
membros inferiores e tronco dificultando o posicionamento correto do corpo,
colocando alguns músculos em desvantagem perante outros.

A musculação é uma aplicação de sobrecarga, através de movimentos


repetitivos, com isso aumenta a possibilidade de gerar padrões alterados,
podendo desencadear quadro de dores e até mesmo lesões. Por isso, o
objetivo é TREINAR AS FRAQUEZAS e não O EGO do praticante.

O profissional de educação física precisa encarar a realidade e dominar o que


precisa ser feito para reabilitar a funcionalidade do corpo humano, muitas
vezes isso vai contra o desejo momentâneo do indivíduo, saber o que faz e
fazer com precisão aumenta a segurança do profissional e também como este
passará as informações ao indivíduo, apenas reconhecendo suas
necessidades e limitações é que o praticante fará com mais determinação.

NADA É TÃO SIMPLES QUANTO PARECE! Não podemos resumir o


treinamento em simplesmente, fortalecer aqueles que estão fracos e alongar
aqueles que estão hiperativos, mas este é o INÍCIO, sem dúvidas, o melhor
caminho para começar a “quebrar” toda compensação formada por falhas
estruturais, pois devolvendo ao músculo a sua tensão, comprimento e força
este é capaz de alinhar as estruturas ósseas.

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EXERCÍCIOS CORRETIVOS
“A execução correta leva a correção de um padrão alterado, a execução
incorreta leva a um padrão alterado de movimento”.

Leve engano é pensar que existe um exercício milagroso para cada alteração
postural, RECUPERAR É REABILITAR, e para isso é preciso ir um pouco além
do exercício, atuar na conexão corpo e mente, onde a MENTE CONTROLA O
ALINHAMENTO GLOBAL, PARA O CORPO REALIZAR O MOVIMENTO
LOCAL, o músculo só terá sua ação efetiva caso a estrutura esteja no seu
posicionamento ideal.

Por exemplo: Realizar a cadeira abdutora com leve retroversão de quadril. Por
mais que seja leve, a estrutura não se encontra na sua posição neutra, isso
representa que alguns músculos estão sobressaindo sobre outros e o músculo
alvo pode estar trabalhando sob esforço mínimo e não máximo.

A cintura escapular e a cintura pélvica, são consideradas rotundas no corpo


humano, onde existem muitos vetores concorrentes, que no caso são conexões
que seriam para trabalhar de modo conjunto, porém com o mal posicionamento
destas articulações estes vetores (músculos) começam concorrer entre si.
Durante a execução importantíssimo manter olhares nos detalhes preservando
e dando ênfase a correção do posicionamento destas estruturas.

Não se apegue a alteração local, busque sempre encontrar globalmente a


melhor solução para harmonizar o corpo e devolver todas as capacidades
ampliando a saúde do sistema musculoesquelético.

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QUAL É A POSTURA CORRETA?

Nós seres humanos pagamos um preço muito alto ao aderir a postura bípede,
pois com isso temos uma estrutura alta sobre uma base muito pequena os
nossos pés, precisando mantê-los em equilíbrio para não gerar compensações
ascendentes.

A postura correta é aquela que oferece menos impacto sobre nossas estruturas
proprioceptivas. Ainda de acordo com ÁVILA, 2004 (“é aquela que se
apresenta associada com a ação gravitacional, isto é, interage com esta de
forma positiva, gerando menor stress mecânico as articulações, menor nível
tensional à musculatura, em função disto gera menor gasto calórico e também
obtém um ótimo controle do centro de gravidade”).

TUDO QUE SE APRESENTA FORA DO ALINHAMENTO É CONSIDERADO UM


PADRÃO ALTERADO DE MOVIMENTO, OU SEJA, CAUSA UMA “DISFUNÇÃO”
NA FUNCIONALIDADE DO CORPO HUMANO.

IDENTIFICAÇÃO DOS DESVIOS POSTURAIS


Existem duas maneiras mais conhecidas e confiáveis para realização da
análise postural.

• Biofotogrametria: considerada uma análise objetiva e quantitativa, pois


os desvios posturais são transformados em números e não depende do
olhar do avaliador, todo avaliador segue o mesmo protocolo para
quantificar essas alterações, não sofrendo variações de avaliador para
avaliador.

• Simetrografia: considerada uma análise subjetiva e qualitativa, realizada


através do simetógrafo, considerada qualitativa porque classifica os
desvios de leve a severo como ponto referencial o fio de prumo. E
subjetiva, pois a classificação é feita visualmente pelo avaliador, sendo
assim seu resultado pode variar de avaliador para avaliador.

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Por ser uma análise objetiva e quantitativa o uso da biofotogrametria é mais
indicada para aplicar em stúdios e academias, pelo fato de existir um protocolo
a ser seguido, transformando as alterações em números, dando a possibilidade
de nem sempre ter que realizar com mesmo avaliador.

A simetografia por ser uma análise subjetiva e qualitativa, pode apresentar


particularidades de profissionais para profissionais, não representando
necessariamente erros, mas sim uma classificação diferente que se encaixe
melhor a metodologia de cada profissional.

Por exemplo:

Em uma classificação através do ponto de referência podemos utilizar


sinais (+) para representar um desvio leve até severo.

+ (leve)
++ (leve/moderado)
+++ (moderado/severo)
++++ (severo)

Este tipo de avaliação permite mostrar a evolução aos poucos ao indivíduo


funcionando também como forma de motivação, nem sempre conseguimos
eliminar ou recuperar uma ação muscular a curto prazo, mas mostrar que tudo
está se reorganizando e aos poucos voltando para o lugar aumenta a
motivação e a credibilidade no trabalho que está sendo realizado.

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O SIMETÓGRAFO
Neste curso vamos aprender a manusear o simetógrafo. Então o primeiro
passo será a construção do simetógrafo que de uma maneira mais simples
podemos construí-lo em nosso próprio computador, o que nos garante um
trabalho presencial e também a distância.

• Programa utilizado: Microsoft Publisher/ Microsoft Power Point


• Tamanha da página: Altura 21cm, Largura 14,8cm
• Orientação da página: Retrato

6 colunas Fio de prumo


1cm Linha traçada na
vertical, que utilizamos
como ponto de
referência para
identificar os desvios
posturais.

Visão anterior
O fio de prumo deve
passar em cima da
incisura jugular
localizada no osso
esterno.
21 linhas
1cm Visão lateral
O fio de prumo deve
passar ligeiramente
anterior ao maléolo
lateral.

Visão posterior
O fio de prumo deve
passar na média entre
os dois pés, ideal que
corte todos os corpos
vertebrais.

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Incisura
jugular

Média entre
os dois pés

Importante!
• Que as fotos estejam centralizadas e a
câmera totalmente de frente para o
indivíduo.
• Observar todo cenário da foto para que esta
não se apresente girada mais para um lado
que para o outro.
• Manter um afastamento de mais ou menos
10cm entre os pés.
• Procure deixar o cliente confortável, pedindo
para não forçar a postura.
• Estes pontos de referência não podem serem
alterados, qualquer mudança ou falta de
observação no enquadramento das fotos
pode comprometer totalmente o resultado
da análise postural.
Ligeiramente
anterior ao
maléolo medial

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MANUAL PARA AVALIAÇÃO POSTURAL
1. PÉS (A BASE DE TUDO); manter o equilíbrio entre o arco longitudinal é
fundamental para evitar ações inadequadas de baixo para cima.

ALINHAMENTO IDEAL:

• Maléolo lateral e medial se encontram na mesma horizontal (visão posterior)


• Pés apontados para frente (visão anterior)

ALTERAÇÕES: PRONAÇÃO E SUPINAÇÃO

• São alterações identificadas através da articulação SUBTALAR


• A articulação subtalar é responsável pelos movimentos de eversão e inversão
dos pés
• Formada pelo tálus e calcâneo
• Sua função é absorver a rotação da tíbia e fêmur em cadeia fechada causada
pela supinação ou pronação
A. PRONAÇÃO (eversão excessiva): queda do arco medial dos pés, maléolo
medial se aproxima do solo.
Encurtamentos: fibular longo/ fibular curto (eversores e flexores plantares) e extensor
longo dos dedos.

Fraqueza: tibial anterior/ tibial posterior e flexor longo dos dedos.

B. SUPINAÇÃO (inversão excessiva): queda do arco lateral dos pés, maléolo


lateral se aproxima do solo.

Encurtamentos: tibial anterior/ tibial posterior/ tríceps sural

Fraqueza: fibular longo/ fibular curto e extensor longo dos dedos.

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2. JOELHOS
ALINHAMENTO IDEAL

• Côndilo medial encontra se na mesma vertical do maléolo medial (visão


anterior)
• Côndilo lateral encontra se na mesma vertical do maléolo lateral (visão
posterior)

ALTERAÇÕES: VALGO, VARO, HIPEREXTENSÃO

A. VALGO: caracteriza por uma aproximação dos côndilos femorais, desvio


interno da patela, podendo ser observado na visão frontal e posterior. O
valgo se caracteriza como estrutural quando os pés se mantêm em
supinação e adquirido quando os pés se mantém em pronação.
Encurtamentos: tensor da fáscia lata, semitendinoso, semimembranoso, grácil,
adutores (todas as porções).

Fraquezas: Glúteo máximo, glúteo médio, bíceps femoral, sartório, inversores


dos pés, vasto medial.

B. VARO: caracteriza por um afastamento dos côndilos femorais, causando


uma percepção arqueada nas pernas.
Encurtamentos: Bíceps femoral, tibial posterior, sartório e inversores dos pés.

Fraquezas: Adutores, Semitendinoso, semimembranoso, grácil, gastrocnêmios.

C. GENO RECURVADO: a articulação dos joelhos se desvia


posteriormente ao eixo postural, geralmente associada ao geno valgo.

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Encurtamentos: glúteo máximo, sóleo e eversores dos pés.

Fraquezas: Biceps femoral, semitendinoso, semimembranoso, gastrocnêmios,


inversores dos pés, iliopsoas.

3. QUADRIL: articulação considerada “rotunda” pela EIAS (Espinha Iliaca


ântero superior) apresentar vetores concorrentes, onde muitos músculos
se conectam e exercem forças em direções opostas. Podendo sofrer
alterações pelo mal alinhamentos dos joelhos e também da coluna
vertebral. Algumas de suas alterações podem estar “associadas” as
alterações da coluna vertebral.
ALINHAMENTO IDEAL:

• Espinhas ilíacas ântero-posterior alinhadas (visão anterior)


• Espinhas ilíacas póstero-superiores alinhadas (visão posterior)
• Espinha ilíaca ântero-posterior se encontra na mesma vertical da sínfise pubiana (visão
lateral)

Obs: uma maneira simples de confirmar esse posicionamento é observando a acentuação ou


diminuição da curvatura lombar, através de uma análise subjetiva.

ALTERAÇÕES: ANTEROVERSÃO, RETROVERSÃO, INCLINAÇÃO INFERIOR, ELEVAÇÃO


SUPERIOR, ROTAÇÃO INTERNA (COXA VALGA), ROTAÇÃO EXTERNA (COXA VARA),
DEPRESSÃO TROCANTÉRICA, ROTAÇÃO LATERAL, TORÇÃO PÉLVICA.

A- Anteroversão de quadril: vide informações hiperlordose lombar


B- Retroversão: vide informações retificação lombar

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C- Inclinação lateral: as espinhas ilíacas ântero superiores
se encontram fora de alinhamento no plano transverso, quando associada a uma
pronação temos uma INCLINAÇÃO INFERIOR, quando associada a uma supinação
temos uma ELEVAÇÃO SUPERIOR.

D- Rotação interna e externa: caracteriza pelo aumento ou redução do ângulo de


inclinação do fêmur, este formado pelo colo femoral e o corpo do fêmur,
quando abaixo de 125º temos uma rotação externa e quando acima de 125º
temos uma rotação interna.
E- Rotação lateral: quando um dos lados se fixam em rotação interna e o outro em
rotação interna, isso provocará um desvio do eixo gravitacional.
F- Torção pélvica: quando um dos lados se fixa em Anteroversão e o outro lado
em retroversão.
G- Depressão trocantérica: inibição neural de glúteo médios, confirmadas através
de teste de encurtamentos e posições dinâmicas.
4- COLUNA VERTEBRAL: classificamos as curvaturas da coluna como primárias e
secundárias.

❑ AS CURVAS SECUNDÁRIAS SÃO


MAIS DEPENDENTES DO
EQUILÍBRIO DOS MÚSCULOS
PARA MANTER SUA POSIÇÃO.

❑ A FALTA DE EQUILÍBRIO EM
UMA SECUNDÁRIA CRIA UM
MOVIMENTO
COMPENSATÓRIO NA
OUTRA CURVA SECUNDÁRIA
MAIS PRÓXIMA.

ALINHAMENTO IDEAL:

• Cervical: através dos corpos vertebrais (visão lateral)


• Torácica: anterior aos corpos vertebrais (visão lateral)

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• Lombar: através dos corpos vertebrais (visão lateral)
• O fio de prumo deve passar sobre todos os processos espinhosos (visão
posterior)

COLUNA LOMBAR (curvatura secundária)


A- Hiperlordose lombar: acentuação da lordose lombar, em uma visão lateral o fio
de prumo passa atrás dos corpos vertebrais.
Encurtamentos: iliopsoas, reto femoral, tensor da fáscia lata, sartório, eretores
da espinha, grande dorsal
Fraqueza: glúteo máximo, Isquiossurais, reto abdominal e oblíquo interno e
externo.

B- Retificação lombar: apagamento da lordose lombar, em uma visão lateral o fio


de prumo passa a frente dos corpos vertebrais
Encurtamentos: glúteo máximo, Isquiossurais, reto abdominal e oblíquo interno
e externo.
Fraquezas: iliopsoas, reto femoral, tensor da fáscia lata, sartório, eretores da
espinha, grande dorsal.

COLUNA TORÁCICA (curvatura primária)


C- Hipercifose torácica: em uma visão lateral é possível identificar uma
acentuação da curvatura torácica, o fio de prumo passa a frente dos corpos
vertebrais.
Encurtamentos e/ou hiperatividade: peitoral maior, menor e serrátil anterior
Fraqueza: eretores da espinha torácica, rombóides maior e menor, trapézio
(todas as porções)

D- Retificação torácica: em uma visão lateral o fio de prumo passa por cima dos
corpos vertebrais, causando o apagamento da curvatura fisiológica da coluna
torácica.

COLUNA CERVICAL (curvatura secundária)

E- HIPERLORDOSE E RETIFICAÇÃO CERVICAL: Por ser uma curvatura


secundária sofre com mal alinhamento da torácica e da cabeça, a
reorganização muscular entre os músculos Esternocleiomastódeo, escalenos,
esplênio, levantador da escápula através da manobra de bracing é fundamental
para melhorar o alinhamento desta curvatura, pois ela precisa de uma
harmonização entre os músculos citados acima.

F- ESCOLIOSE: podemos observar em uma visão anterior e posterior uma curva


lateral na coluna vertebral. Podendo esta ser congênita (má formação óssea),
adquirida (má postura) ou idiopática (causa desconhecida comum em
adolescentes). Caso a escoliose seja congênita irá apresentar a formação de
uma saliência chamada de gibosidade, para isso é indicado realizar o TESTE

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DO MINUTO, caso a saliência não desapareça em um minuto com a coluna
flexionada podemos classifica-la como CONGÊNITA.

Saliência na região torácica: vértebras apresentam rotação para o sentido


oposto ao gradil costal.
Saliência na região lombar: vértebras apresentam uma posteriorização
elevando assim os eretores da coluna.

A escoliose ainda pode ser classificada como uma curva simples em “C”, ou
dupla em “S”, quanto a sua localização pode ser: cervical, torácica, lombar,
cervicotorácicas, toracolombares, lombossacrais e cervico-toracolombares.

❑ Uma maneira de facilitar a


percepção quando a localização
da escoliose, é observando se a
curva inicia para o mesmo lado
que o quadril inclina, temos uma
escoliose iniciando no sacro, caso
a curva inicie para o lado oposto
temos uma escoliose iniciando na
região lombar.

Triângulo de Talles: Linha imaginária entre tronco e membros superiores, quando há


diminuição ou aproximação deste espaço, temos a convexidade da escoliose.

A NOMENCLATURA SEMPRE SERÁ PELO LADO DA CONVEXIDADE.

A CONCAVIDADE DA ESCOLIOSE, PODE CAUSAR INSUFICIÊNCIA DE MANGUITO ROTADOR,


TRAPÉZIO E ROMBÓIDES, DEIXANDO O INDÍVIDUO PROPÍCIO A DESENVOLVER A
SÍNDROME DO IMPACTO. a lateral do tronco e membros superiores.

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5- ESCÁPULAS: também considerada uma rotunda no corpo humano, sendo esta com
uma fixação menor do que a fixação da articulação do quadril, estando mais sujeita a
alterações posturais. Sendo a articulação responsável pela boa movimentação da
articulação do ombro, alinhar as escápulas é fundamental para manter o grau de
liberdade da movimentação e segurança nos movimentos que envolvem os ombros.

ALINHAMENTO IDEAL:

• Ângulo superior da escápula e borda posterior do acrômio, alinhados entre T1


e T2 (visão posterior)
• As bordas mediais paralelas equidistantes entre 7 – 7,5 cm da linha média
corporal (visão posterior)
• O fio de prumo deve bissectar o acrômio (visão lateral)
• Clavículas angulando-se em aproximadamente 15 graus de inclinação

ALTERAÇÕES: abdução escapular, adução escapular, depressão


escapular, tilt escapular, alamento escapular, rotação interna e rotação
externa.

A- Abdução escapular: afastamentos dos bordos mediais da coluna


vertebral.
Encurtamentos: peitoral maior e menor, serrátil anterior.
Fraqueza: Rombóides maior e menor, trapézio médio.
B- Adução escapular: aproximação dos bordos mediais da coluna
vertebral.
Encurtamentos: Trapézios, rombóides maior e menor
Fraqueza: Peitoral maior e serrátil anterior
C- Depressão escapular: as clavículas se apresentam horizontalizadas, a
linha entre o ângulo superior da escápula e o acrômio se encontram
abaixo de T2.

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Encurtamentos: grande dorsal, peitoral maior e menor, trapézio
inferior.
Fraquezas: trapézio superior, elevador da escápula e rombóides maior
e menor.
D- Tilt escapular: inclinação anterior das escápulas, observa-se um
descolamento do bordo inferior do gradil costal
Encurtamentos: Peitoral menor
Fraquezas: Trapézio inferior
E- Alamento escapular: observa-se estática e/ou dinamicamente um
descolamento dos bordos mediais das escápulas do gradil costal
Encurtamentos: deltoide posterior, infraespinhal, redondo maior e
menor, esternocleidomastodeo e elevador da escápula
Fraquezas: Serrátil anterior (inibido pela hiperatividade de trapézio
superior)
F- Rotação interna: o ângulo inferior das escápulas se aproxima da
coluna vertebral.
Encurtamentos: elevador da escápula, peitoral menor e maior, grande
dorsal.
Fraqueza: trapézio superior, serrátil anterior.
G- Rotação externa: o ângulo inferior das escápulas se afasta da coluna
vertebral.
Encurtamentos: trapézio superior, deltoide posterior, infraespinhal,
redondo maior e menor.
Fraquezas: Trapézio médio, rombóide maior e menor, elevador da
escápula.

6- OMBROS:

ALINHAMENTO IDEAL:

• Fossa cubital deve estar apontada para frente (visão anterior)


• O fio de prumo deve passar em cima do acrômio (visão lateral)
• O olecrano deve estar apontado para trás (visão posterior)

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ALTERAÇÕES: PROTUSÃO, RETRAÇÃO, ROTAÇÃO INTERNA,
ROTAÇÃO EXTERNA, SLIDE ANTERIOR

A- PROTUSÃO: a cabeça umeral se encontra a frente do fio de prumo


B- RETRAÇÃO: a cabeça umeral se encontra atrás do fio de prumo
C- ROTAÇÃO INTERNA: fossa cubital rotacionada para dentro em
uma visão anterior e olecrano rotacionado para fora em uma visão
posterior.
D- ROTAÇÃO EXTERNA: fossa cubital rotacionada para fora em uma
visão anterior e olecrano rotacionado para dentro em uma visão
posterior.
E- SLIDE UMERAL: a cabeça umeral se encontra a mais de 2/3 a
frente da linha média acromial, podendo observar uma linha
diagonal entre o acrômio e o olecrano.
Considerações: através do ajuste e da recuperação das ações dos
estabilizadores das escápulas, conseguimos ajustar também o alinhamento da
articulação do ombro.

6- CABEÇA: a cabeça é o leme do corpo, responsável por causar alterações


descendentes pelo mal posicionamento, muitas vezes adquirido por posturas
viciosas, cabeça anteriorizada para mexer ao celular, dirigir e até mesmo em
casos de estressa onde cria uma zona de rigidez nos músculos do pescoço.

ALINHAMENTO IDEAL:

• O fio de prumo deve passar em cima do nariz (visão anterior)


• O fio de prumo deve passar em cima da orelha (visão lateral)

ALTERAÇÕES:

A- PROTUSÃO: em uma visão lateral é possível observar o lobo da orelha


a frente do fio de prumo
B- RETRAÇÃO: em uma visão lateral é possível observar o lobo da orelha
atrás do fio de prumo
C- Inclinação lateral: em uma visão anterior e posterior é possível observar
o centro do rosto (nariz) inclinando-se para direita ou esquerda.

Considerações: a melhor maneira e mais eficiente de reorganizar os


músculos envolvidos é através do treinamento diário da manobra de
bracing feita ao solo, onde temos uma zona de contato maior para
quebrar todas as tensões e ativar os músculos inibidos.

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1- CONCLUSÃO

O conhecimento nos trás a certeza da identificação e da transmissão de


informações ao nosso cliente. Neste curso aprendemos a ter uma aproximação
maior do cliente, levando a ele informações precisas e que são suficientes para
entender o real motivo por realizar a avaliação funcional periodicamente.

A identificação dos desvios posturais, principais grupos musculares que por


diferenças de força e flexibilidade acabam gerando uma série de
compensações no padrão postural, a articulação não foi feita para suportar
cargas e sim os músculos, por isso através desse entendimento vocês já estão
conscientes da importância de aos poucos devolver a funcionalidade ao nosso
cliente, preservando sempre a integridade física e agindo para seu bem estar e
saúde.

CONHECIMENTO NUNCA É DEMAIS, ESTE É O INÍCIO, PODEMOS


MERGULHAR MUITO MAIS PROFUNDAMENTE PARA ENTENDER O
FUNCIONAMENTO DA MÁQUINA HUMANA, MAS É NECESSÁRIO
CONHECER MUITO BEM O QUE ESTÁ NA SUPERFÍCIE PARA
ALCANÇARMOS AS PROFUNDEZAS.

Aline G. Cassaro

AGC CONSULTORIA E TREINAMENTO


SÃO PAULO/ SP

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