Você está na página 1de 434

APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.

COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

R. T. Floyd

Manual de
Cinesiologia Estrutural
16ª Edição

Manole
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Manual de cinesiologia estrutural


! @edição
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Manual de cinesiologia estrutural


16ª edição

R.TFloyd
EdD, ATC, CSCS
Oirector of Athletic Trainlng and Spons t.1edicine
Professor of Physical Education and Athletic Training
Chair, Department of Physical Education and Athletic Training
1ne Uníven;ity of West Alabama
Llvlngston, Alabama
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

'111ulo do Qrigin.-il cm lngl~; il-fa,,ual Q/$lroaural Kl11eslol()g)•. 16ih editlon


Cop)'Tight C 20f17 Thc Mc:CrAw·HIU Compo.nlcs, lnc. Todo6 os dlrcltoo """""3dM.

E.te ~vro <'Oatcmpla as "-V"" do Arordo Ortogr.ífko do !Jntlu• Ponugucsa ele 1990,
que cmrou mi vigor no Brasil.

Tr~dU(<'lo: Rodrigo Lui.t Y.tncinl


Doutor en1 Ciêtlcbs pel:I UNIFESP
ê5ped•IÍSl'l e111 Pislologl:I do Exeród<> e Treinamento Reobtido n.~ S.úde, na Ooen~ e no envelhecimento pel:I USP
l'.$pcd>llsl• cm 8!l$C$ l"islol6gk:ls e Mctodolóitlc:is do Trcln•mcn•o Ocsponlvo pelo VNll'F.SP

Revis:lo cicnlllka: P:aula Hcnisdicl Lobo d.t Cosu


Professora AdJunia do Dc:p:&namcnto de Educ:iç:lo F"astc. e Motricidade Humam cb lJl'SCaJ:
Uccndada cm Eduaiçào ~ica pela f:scob de 11du<11ção l'"&sia e Espone cb USP
Ooutondo em Biodinâmic:i do Movimento pela Escola de Educ:içào rlSic> e Espone <U USP

Revis:lo: Deplo. editOri:ll <U Edi1on Manole


Oiagr.un:iç:lo: Avít's l!sl6dlo Cr:l6co 1.tcJ,1.
Capo: Hclolso Hcm:mdcz do 1'"'5dmcmo

Dados Internacionais de Oualog;iç!o na Publictç:lo (CIP)


(Cãmaro BrnUcirn do Livro, SP, Brnsll)
Floyd, R. T.
Manual de cinesiologt:i c.sw1ur.d I R. T. Floyd ; hroduç:'lo Rodrigo Luiz
Vancinll. • - 16. ed. - - Barueri. SP : Manole, 201 1.

Tlmlo original: Manual of siruaurnl kineslology.


OíbUogtafia.
ISBN 978-85·~-2626-5

l. Cinesiologia 2. Locornoçlo humana 3- Músculos


1. Titulo.

CDD-612.76
10.12903 Nl..M-WE 103

fndkes parn colilogo siMcn"11.i co:


l. Canesiologi<t : 8iomcclnic:i : Sl$!em:i musculoesquelédco
Fisiologia hunun• : Oên<:i>.' médic:l.s 612.76

Todos os diK'itos l'C"""'2dos.


Nmhunu pane deMc livro podcri $<1' n:produzlcb, por qualquer
p~. ..,,., • pennl..são cxp~ dos editores.
f~ proibi<b reproduÇ"lO por XC1'C)X,
O
" Editora M3nole é fill•c:b à AllOR - A~Ç>lo llt:1$Ueira de Di.rcilOS Rep~

Edlç:lo bmll<:lra - 2011

Direitos cm lfngu:i porruguesa •dqulridos pcb:


Edl1ora M•nolc LI.d>.
Av. Ceei, 672 - Tamboré
<>6460-120 - ll•ru<'fi - SP - Dr.i.sU
Tcl.: ( li) 4196-6000 -F•x (11) 4196-óOZI
www.monole.com.bt
lnfoOm:anole.com.br

lmpicsso no Brn.sU
Prl11ted /11 Bmzfl
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

.
_um.ar10
/

Prefácio, vi
Sobre o autor, vüi

1 Fundamentos de cincsiologia estrutural, 1


2 Fundamentos neuromusculares, 37
3 Fatores e conceitos biomecãnicos básicos, 67
4 Cíngulo do membro superior, 87
5 Articulação do ontbro, 107
6 Articulação do cotovelo e articulação radiulnar, 137
7 Articulações do punho e da mão, 161
8 Análise muscular dos exercícios para o membro superior, 199
9 Articulaçào do quadril e óngulo do membro inferior, 221
1O Articulação do joelho, 265
11 Articulações do tornozelo e do pé, 285
12 Tronco e coluna vertebral, 321
13 Análise muscular dos exercícios para o tronco e par-d o membro inferior, 355

Apêndices, 371
Pranchas de exercícios, 381
Glossário, 399
Créditos das ilustrações, 407
fodice remissivo, 408
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

refácio
Ao revisar e~"ta edição, tentei aperfeiçoar os <.-apí- mesmo tempo que é utilizado principalmente na edu-
tulos para dar a eles ainda mais consistência e au- cação f'tSica, na ciência do exercício, no treinamento
mentar a abrangência e a precisão do texto. Como atlético, na fisioterapia, e em cursos de massoterapia, é
nas revisões anteriores, n"lllntive a abordagem bem- usado com frequência con10 referência constante por
sucedida que o dr. Clen1 Thompson estabeleceu entre oulJ'OS profissionais da saúde e educadores interessa-
1961 e 1989. Usei este livro pela primeira vez con10 dos nos aspectoo musculoesqueléticos de pessoas fisi-
esrudante de graduação e mais tarde en1 meus anos camente ativas. Cinesiologistas, treinadores, técnicos,
de ensino como professor. Desenvolvi grande res- educadores fisicos, &i(}{erapeutas, instnitores de aca-
peito por este livro e pelo estilo do dr. 111ompson, e dcrnia, especialistas cm condicionamento ftSiOO e força,
minha intenção é continuar preservando a eficácia per..Y111al trafners, rnas.sotcrapeuta~, m&iicos e outros
desta obra tradicional, ao adicionar material pt:ni- profissionais responsáveis por melhor.ir e manter a
nente às profissões que craball"lam com a população força muscular, a resistência, a flexibilidade e a saúde
fisicamente ativa, cada vez maior. Espero ter mantido global das pessoas irão se beneficiar d~ta obra.
um método daro, sucinto e simples de apresentação, Com o crescin1ento con!Úluo no número de panici-
complementado por uúormações aplicáveis adquiri- pantes de todas as idades em programas de atividade
das ao longo da n1inha carreira. fi.sica, é crucial que os profissionais da ãrea de saúde e
Esta obra submeceu-se a muitas atualizações ao longo educaç;.lo, envolvidos no fornecimento de instrução e
destes quase 6o anos. Meu ob,íetivo continua sendo pro- informação a indivíduos fisicamente ativos, sepm ca-
duzir o material mais aplicável possivcl na atividade fí- pazes de tranSmitir conhecimento de maneira correta
sica diária e tomá-lo ma~~ compreensível e de fácil utili- e responsável. A variedade de aparelhos, técnicas, mé-
zação para o ~tudante e o profissional. Com cs.'>E: todos de fortalecimento e flexibilidade, assim como de
propósito em mente, diversas tabelas e ilustrações forani programas de treinamento, está se expandindo e mu·
acrescentadas, e muitaS daquelas já existentes foram re- dando de forma contínua, mas o sistema musculoes-
vistas e atualizadas. Desafio os ~1Udantes e profwionais quelético mantém seu modelo e arquitetura const."ln-
de cinesiologja que lerem este Uvro a aplicar imediata- tes. Independentemente dos objetivos almejados ou
mente este conteúdo às atividades ftSicas que fa7..em das abordagertS en1pregadas na realização do exercí-
parte de sua prática díária. ~ que, durante a leirura, cio, o corpo humano é o ingrediente básico e deve
o estudarue possa palpar as p róprias ruticulações em ser completamente compreendido e considerado na
movimento e músculos em contração. Incentivo 13Jll- maximização de capacidades de desempenho e na
bém a fa1.crem o mesmo com os col(!g;lS, a fim de erui- n1inimização de resultados indesejados. A maioria dos
que<.-er seu aprendizado pratico, adquírir melhor com- avanços na cíência do exercício continua sendo resul·
preensão da ampla gama de aspe<tOS da anatomia tado de uma melhor compreensão do corpo e do seu
nonnal e, quando po5Sível, perceber a variação da nor- funcionamento. Não acredito que alguém nessa área
1nal.idade na anatomia musculoesquelética nos casos de consiga, en1 algun1 momento, aprender tudo sobre as
les.'io e no estado patológico. Além disso, <."Om o au- estruturas e as funções do corpo humano.
mento significativo da infonnação disponível e do uso Para aqueles incumbidos da responsabilidade de
da Inremec e de outrOS meios recnológicos, estimulo a instruir pessoas fisicamente ativas, este livro consis-
exploração cuidadosa e con!Úlua dessas fontes. Embora tirá cm uma fonte valiosa de recurso.s para sua infin-
esses recursos sejam úteis, devem ser conside.rlldos com dável busca por conhecimento e compreensão do
um oll"lar critico, como toda informação deve ser. movimento humano.

Público-alvo Novidades desta edição


F.ste livro é destinado a ~"tUdantes de graduação na A~ principais mudanças nesta edição inducm a
área de cinesiologia estrutural, com conhecimento dos suOOtituiç-Jo e revL~O de diversas tabelas e iluSttações
fundamentoo da anatomia e fi.siologia humanas. Ao em todoo os capítulos, bem como a adição de outras
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

na maloria deles. Foí cxpandído o conteúdo relativo ao Agradecimentos


entendimento da e:itrutu.r a e funç-Jo dos ossos, anicula-
Os sete revisores que colaboraram nesta ediç:lo
ções, músculos e nervos, bem como sua contribuição
proporcionaram inúmeros comcntári05, ideias e su-
individual e combínada ao movimento humano. Houve
gestões pelos quais a8f"'.ideço muito. ~ revisões
um esforço especial para melhorar a explícação das
foram orientações extremamente úteis, e suas suges-
palpações musculares.
tões, sempre que apropriadas, foram incorporadas na
O Capírulo 1. "Fundamentos de cincsiologia estru-
medida do possível. São eles:
tural", apresenta os conceitos básicos relativos aos
ossos e articulações, com diversas suplementações a
Eadric Bressel
respeito da terminologia, das caractcrist.icas, do cresci-
Utah State l;niversity-Logan
mento, das referências 6&cas e das propriedades dos
ossos e dos movimentos :ut.iculares. làmb<!m foí adi-
James Johnson
cionada a este capítulo uma tabela das figuras das
Smíth College
ações an.íeulares mais cornuns que poderão ser utili7.a·
das em capírulos que trotem de aniculações individuais,
Gary Kamen
pennitindo ao leitor identificar de forma mais clpida as
University oí M:issachusens-Amherst
ações de um músculo cm panicular. O Capírulo 2,
•rundarnentos neuromusculares", contilln infonnações
June Lindle
da ediçlo anterior sobre a funç:lo neuromuscular e traz
Cincinnati State Technical and Communlty
mais detalhes a rcspeíto da nomenclatura, do fonnato
College
dos músculos, da organií'.açào das ílbras musculares,
das propriedade!S do tecido muscular, da detenninação
Edith Smith
da ação e da contr.iç:io dos mfui<.i.1los, do controle neu-
Troy University
ral do movimento voluntário, da proprioccpção e da
cinestesia. O Capírulo 3. "Fatores e conceitos bion1edi-
Ben Velasquez
nicos básicos•, foi expandido e revisado em relação
University of Southem Mississippi
aos tipos de máquinas encontradas no corpo e à vanta-
gem mcclnica com novas ilUStraçõcs, incluindo expla-
Sean Wright
nações matemáticas. Nos oito capírulos que se referem
Tusculum College
a panes específicas do corpo, as t:.1belas foram revis:l-
das para detalhar de forma m:iis clara a origem, a inser- Gostaria de agradecer em especial a Stephanie Bura,
ção, a ação, o plano de movimento, :i palpação e a t.1AT, ATC; Randianne Scars, t.IAT; Brad t.1ontgomcry,
inervação de cada músculo. Todas as palpações foram MAT, ATC; e aos esrudantcs de cinesiologia e educação
revisadas e expandidas com cuidado, dando-se uma fisica da University of We5t Alabama, por seus conseo
ênfase maioc à combinação de movimentos e palpação lhos e dedicação aplicada durante toda esta revisão.
na maioria dos casos. rriguras que identificam as ações Seus auxílios e sugestões foram muito úteis. Sou grato
aniculares causadas por cada músculo foram adiciona- a Elizabeth Swann, Ph.O., ATC, por sua ajuda nas ques-
das aos tópicos correspondentes. O Capírulo 8, "Aná- tões de raciocínio aitico. Tambêo1 agradeço ao sr. John
lise muscular dos exercidos para o membro superior", Hood e à sra. Lisa Floyd, de Binninghan1 e Livíngston,
foi rc..ovisado e pal>SOl.I ;i incluir uma maior discussào e Alabama, respeaivamente, pelas excelentes fotografias.
explanação da ativid:ide de cadeia clnl1.lca, agora com Agradecimentos especiais :l sra. Unda Klmbrough, de
material relacionado ao condicionamento, que antes Birmingham, Alabama, pela pcrspiclcia e por suas mag-
fazia parte do Caplrulo 13. níficas ilustrações. Agradeço a05 modeloo das fotogra-
Diversas defm.ições no glossário foram revis.'ldas, e fias: sr. Fred Knighten, sr. Dam:ll Lockct, sna. Kala
n1ais de 40 tennos novos foram :idicionados a esta edi- Peak, sr. Donny Po,ve, sra. Zlna Pruin, sr. Jay Sears, sra.
ção. A lista de sites que con&a no fim de cad'I capírulo Randianne Sears, sr. Marcus Shapiro e sr. !)aviei \XThi-
foi atuallzad'I e expandida de nuneim signíficnlva. Per- taker. Meus agradecimentos ta1nb<!m a Lynd:1 l luene-
guntas e cxercíd05 diversos foram incluídos ao fim de feld e à equipe de funcionários da McGra,v-l lill, cuja
cada capírulo par.i cornplemenrar os j1I cxistences, tam- assistência e sugestões foram mui10 úteis no preparo
b<!m revisados. Por fun, um quano apêndice foi adicio- do m.'lnuscrilo para publicaçJo.
nado para fornecer a etlmologla da maioria dos termos
usados no livro. R. T. Floyd
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

obre o autor
R. T. Floyd trabalha como treinador espoltlvo na estadual, regional e nacional, tendo também diversos
University of West Alabao1a há 32 anos. Atualn1ente, artigos e vídeos publicados relacionados aos aspectos
é diretor de Treinamento Atlético e Medicina Espor- práticos do treinaincnto atl6cico. Em 1992, passou a
tiva para o Centro de Treinamento Atlético e Medi- ser o autor do Manual de cinesfolQ8ía estn,l11ral, que
clna Esportiva da Univcrsity of Wcst Alabama, diretor ~'lava em ~ua décima segunda edição, após a aprova-
do reconhecido programa de educaç-J.o em treina- ção do dr. Oem W. 111ompson, que íoi autor da quarta
mento atlético para o CAAHEI' da mesma universi- até a décima prin1eira edição.
dade e p rofessor no departamento de Educação Fí- Floyd é menlbro titular da 'ational Athletic Trainers'
sica e Treinamento Atlético, o qual preside. Desde Association, especialista certificado em Condicionamento
1980 vem ministrando diversos cursos de educação e Força e instrutor certificado d e Treinamento Persona-
risica e de treinamento atlético, incluindo cinesiolo- lizado da National Strengtl1 and Condicioning Associa-
gía, para estudantes graduados ou em fonnação. tion. Também é cenificado como Diretor de Equipa-
Floyd tem n1antido uma carreira ativa durante todos mentos Atléticos na AthJctic Equipament ManagerS'
esses anos de profissão. Recentemente foi ret:leito As.<;Odation, membro do American College of Sporcs
para atuar na National AthJctic Tr-Jlncrs' Association Medicine, da American Orthopaedic Society for Spon:s
(NATA, EUA), na Diretoria que representa o IX Distrito Medicine, da Ameri.can Osteopathic /\cademy of Spon:s
da Southeast Athletic Trainers' Association (SEATA, Medicine, da Ame.rican Spon:s Medicine Pello\vsh ip So-
EUA). Atuou dois anos como chefe do IX Distrito da ciety, da American Alliance for Health, Physical Educa-
NATA no Conselho da fundação NATA de Pesquisa e tion, Recreation and Dance e da Spons Physical ·n1e-
Educação, antes de ser eleito para a sua atual posição rapy Section. i\lêrn disso, 6 Uccnciado em Alabama como
de Chefe de Desenvolvin1ento no Conselho. Anterior- treinador atlético e técnico socorrista.
mente, de 1988 a 2002, atuou como representante do Premiado como o Treinador Atlético d e maior
IX Distrito no Cornítê Educacional de Multimídia da destaque pela NATA em 2003, Floyd tarnbérn recebeu
NATA. Foi presidente da Seleç.io da Convenção Local o Prêmio da /\thletic Trainer Service e m 1996. Por sua
para o IX Distrito de 1986 a 2004 e vem dirigindo a contribuição proemine nte no campo do Trei namento
Oficina Anual de Competência~ em Treinamento Atlé- Atlético, recebeu o Prê.m io do lX Distrito em 1990 e
tico para Estudantes da SEKrA, desde 1997. Atendeu também a concessão mais elevada da SEATA, o Prê-
tan1bém como examinador da NATA BOC por mais de n1io de Honra ao Mérito em 2001. Teve seu nome
uma década e, por diversas vezes, no Comitê de Revi- incluído no livro das personalidades mais importan-
são da União em Programas Educacionais de Treina- tes entre os professores da América do None em 1996,
mento Atlético para visitantes locais. Floyd foi apon- 2000, 2004 e 2005. Em 2001 enuou para a Sociedade
tado recentemente para ser conselheiro da Collegiate Honorá.ria da Phi Kappa Phi e para o bali da fama na
Sporcs Medicine Found'ltion. Miniscrou mais de cem University o f \Vest Alaban1a e na Alabama Athletic
apresentações profissionais nos EUA, em níveis lôC'al, Traincrs Assocíation, c m maio de 2004.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Para minha familia,


Lisa, Roben 111omas, je-anna, Rebecca e Kate,
que me encendcm, me apoiam e rnc permitem
seguir minha profissão,
e a meus pais,
.Ruby e George Franklin,
que me ensinaram a importância de um vigoroso
trabalho ético
coin resultados de qualidade.

R.T.E
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Capítulo
undatnentos de
cinesiologia estrutural

Objetivos
• Rever a anatonúa do sistema musculoesquelético
• Rever e compreender a terminologia usada para descrever localizações de partes do corpo, posições de
referência e dircçôcs anacônlicas
• Rever os planos de movimento e seus respectivos eixos de rotação em relação ao movimento humano
• Compreender e descrever os vários tipos de ossos e articulações do corpo humano e suas características
• Descrever e demonstrar os movimentos aJticulares

c ínesiologia estrutural é o estudo do envolvin1ento cios que envolvem os motores primários majores
A de n1úsculos, ossos e anicula~ na cit:ncia do
n1ovúnento. Os ossos apresentam diferentes tanlanhos
também envolvem os músculos menores.
Neste livro, são considerados cerca de 100 dos
e fomlaS, o que influencia na quantidade e no tipo de maiores e mrus unportantes 1núsculos: os motores
movimento realizado entre eles nas articula~. Os primários. Alguns músculos pequenos do coipo hu-
tipos de articulação variam em estrutura e função. Os mano, como o muhffido, o plantar, o escaleno e o
músculos também variam bastante cm tamanho, fonna scrrácil posterior, são omitidos por serem exercitados
e estrutura de uma pane do coipo para a outra. em cooperação com outros músculos motores primã-
No corpo humano são encontrados mais de 600 rios maiores. Além disso, muitos músculos pequenos
n1úsculos. Este livro enfati7.a os músculos nlaiores, os das mãos e dos pés, assi!n como os da coluna verte-
nlais envolvidos no movimento das articulações. No bra 1, não são considerados em detalhes.
entanto, também são fornecidos detalhes relac iona- É comun1 que os estudantes de dncsiologia fiquein
dos a muitos dos músculos peque.n os localizados nas tão concentrados oo aprenilizado de cada um dos
n1ãos, nos pés e na coluna vertebral. músculos separadaml!nte que perdem de vista o siS-
Anatomistas, profissionais de educação íisica, mé- tema muscular t()la]. Deixam de visualizar o "todo", ou
dicos fisioterapeutas enfenneíros massotera"''Utas
1 , ' Y"'1 scfi, o fato de que os grupos musculares movem ani·
treinadores esportivos e oull"O.S proí1SSionaiS da área culações em dinâmicas especificas, n~rias ao mo-
da saúde devem conhecer e compreender adequada- vimento corporal e ao desempenho aprimorado. em-
mente t<xlos os grandes grupos n1usculares, par<1 bora seja crucial aprender os pequenos detalhes das
poder ensinar às pessoas <.'Orno fortalecer, melhorar e ÍLxações n1usculares, é ainda mals i!nportantc ser capaz
conservar essas partes do corpo humano. Tal conheci- de aplicar as informações a situações da vida real
mento constitui a base dos programas de exercício U1na vez que a infonnação possa ser aplicada de ttla-
que devem ser seguidos para forta.l ecer e manter neira prática, os detalhes s;:io filais bem compreendi-
todos os 1núsculos. Na nlaloria dos casos, os exerci- dos e aplicados.

l
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Posições de referência informações de como ir de um ponto geográfico a


outro, utilizamos os termos esq11erda, direita, si14 oeste,
É fundan1ental que estudantes de cinesiologia te- nordeste. Do mesmo modo, para descrever o direcio-
nhan1 um ponto de referência para entender melhor o nan1ento anatômico, hã tem1os como latem~ 1nedfa4
sis1ema musculoesquelêtico, seus planos de movi- lnferior, amerior. O termo oeste pode designar tanlO a
n1cn10, a classificação das articulações e a tcnninolo- zona de wna cidade como a região de uni país. o
gia do movimento ani<.-ular. Para descrever movimen- mesmo é válido quando se refere a direções anatômi-
tos articulares, podem ser usadas duas posi<,"ÕeS de cas. É possível usar o termo superior pard indicar a
referência como base. A posição anatômica é a mais ex1remidade de um osso do membro inferior mais pró-
ampla1nente util izada e a mais precisa pard todos os xima ao joelho ou para se referir ao alio do crânio.
aspectos do corpo e está ilustrada na l'igura 1.1, com Tudo depende do contexto em que o termo é empre-
o indivíduo em pé na postura ereta, o lhando para a gado. Assim como sudeste ê a combinação de sul e
frente, com os pés paralelos e próximos e as palmas leste para indicar algun1 local entre as duas direções,
das mãos voltadas para a frente. A posição funda- podemos combinar anterior e lateral para obter ante-
mental é essencialmente a mesma que a ana1õmica, rolatera~ com o objetivo de descrever a direção geral
1nas nela os braços ficam de lado e as palmas das ou a localizaç-Jo na parte dianteira e na parte mais ex-
mãos, volradas para o corpo. terna. As Figuras 1.2 e 1.3 fornecem mais exemplos.

Terminologia direcional anatômica Anterior


(Figuras 1.1, 1.2, 1.3) Na frente ou voltado p-ara a frente.

É in1portante que todos sejam cap-.izes de se orien- Anteroin!erior


tar em relação ao próprio corpo. Ao receber ou dar Na frente e abaixo.

- -- Ante<iO<
fvenlraQ
P0>1eti0< - -
(d0<sol)

l'TGURA 1.1 • Posições e direções anatôn1icas. As direções a natômicas referem-se à posição de determinada
parte do corpo em relaç-.10 à outra.
De Van De Gr.>alf K.M: H11ma11 anatomy, (1 ed., Ncw Yori<. 100Z, McGr.>w·HUI.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo l fund me-rito.• Jc c,nc rologca cs1ru1ur:il 3

Anterol ateral Decúbito dorsal


'a frente e em direçilo ao lado externo. Deitado sobre o dorso; com a face voltada para cima;
em supinaçào.
AnteromediaJ
Na frente e cm din."Çào ao lado interno ou à linha me- Decúbito ven tral
clíana. O corpo deitado com a face voltada para b-.tixo; dei-
tado sobre o estômago; em pronaç:lo.
Anteroposterior
Distal
Relativo tanto à parte da frente corno à de trás.
Situado longe do centro ou da linha mediana do corpo
AJ:iterossuperior ou longe do ponto de origem.
'a frente e acima.
Dorsal
Bilateral Relativo ao dorso; localizado próximo, sobre ou em dire-
Relativo aos lados direito e esquerdo do corpo ou de ção ao dorso (parte posterior, ou superficie superior).
uma estrutura corporal, como as extremidades di-
reita e esquerda. lnferior/lnfra·
Aooixo em relação a outra estrutura; caudal.
Caudal
Abaixo em relaçJo a outra estrutura; Werior. loferolateral
Abaixo e na parte externa.
Ccflllico
Acirna em relação a outra estn1rura; mais alto, supe- InferomediaJ
rior. Abaixo e relativo à linha mediana ou parte interna.

ContralatcraJ I psilat eral


Pertinente ou relativo ao lado oposto. Do mesn10 lado.

Anterior
Anferomediol Tuberosidode do líbio Antero/otera/
Ligamento cruzado onlerior /
Menisco mediol

~ Plotô tibiol lolerol

---Menisco loterol

Posteromed;o/ Posferoloterol

ligamento cruzado posterior


Posferior
Joelho direito, vista superior com o fêmur removido

FIGURA 1.2 • Terminologia direcional anatômica.


APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
4 .\Ltn<Ul de cin'-'l>tologia c:<tru!ur.1'

Superior

Superoloteral Superomedial

Epicôndilo lateral Epicôndilo medial

Côndilo loterol do tlbio ---+--1


1-+-- Côndilo medial da llbia
Cabeça do líbula ---~\
~ T~berosidode do tíbio
Flbula - -....
Tíbia

lnferoloteral lnferomediol

Inferior
FIGURA 1.3 • Terminologia direcional anatômica.

Ülteral Posteromedial
No lado ou de lado; na pane de fora, mais longe do Au-ãs e do lado de dentro.
plano mediano ou do plano sagital médio.
Posterossup erior
Medial Alr.'ls e na pane de cin1:1.
Relativo ao meio ou ao centro, mais próxímo da linha
mediana e do plano sagital médio. Profundo
Abaixo ou sob a superfície; usado para descrever pro-
M ediano fundidade ou localização relativa de músculo.5 ou
Relativo ao meio, localizado no meio ou estenden - tecido.
do-se para essa direç;:1o; situado no meio; medial.
Proximal
Palmar t.1a.i s próximo do tronco ou do ponto de origem.
Relativo à palma ou face votar da nlão.
Superficial
Plantar Peno da supe.rficie; usado para descrever a profundidade
Relativo à planta ou superficie inferior do pé. ou localização relativa dos músculos ou tecidos.
Posterior Superior/Supra-
Atrás, no dorso, na pane traseira. Acima em relação a outra estrutura; mais alio, cefá-
lico.
Posteroinferior
Atr'.is e ab'ai.xo; no dorso e abaixo. Superolateral
Acima e na pane externa.
Posterolaccral
Atr'.is e de um dos lados, especific-.1I11ente na parte Superomedial
excema. Acima e em direção il linha medíana ou p-<1rte interna.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo l fu1><1 mr·rw" J.• "lc rologca cs1ru1ur:il 5

Planos de movimento
Ventral
Relativo ao ventre ou ao abdome, sobre o ventre ou Ao escudar as várias aniculações do corpo e anali-
na direção dele; parte anterior. sar seus m.ovimentos, convém ca.rac1erizâ-los de
acordo com planos específicos de movimento (Fig.
Volar 1.5), que podem ser definidos como superficies bidi-
Rel-ttivo à pallna da mão ou ã planta do pê. mensionais imaginárias, pelas quais um membro ou
segn1ento do corpo é movimentado.
Regiões do corpo Existem três planos de movin1enlo específicos, ou
cardinais, nos quais os v:iríos movimentos articula-
Como será mencionado adiante sobre o sistema res podem ser clas.5ificados. Os planos cardinais divi-
esquelético, o corpo pode ser dividido nas regiões den1 o corpo cm duas metades exaras e são clas.5ifi-
axial e apendicular. Cada uma delas pode ser, alén1 cados em sagital, frontal e transverso. Dentro de cada
disso, dividida em diferentes regiões, como cefálica, metade, hã um nfunero infinito de planos paralelos
cervical, tronco, 1nembros superiores e men1bros ín- aos cardinais. Os movimentos no plano sagital exem-
feriores. Dentro de cada uo1a, existem 01uitas sub- plificados a seguir ajudam a entender ~sso melhor.
regiões e regiões específicas. A Tabela 1.1 apresenta Exercícios abdominais envolven1 a coluna vertebral
uma análise detaU1ada dessas regiões e seus 001nes e, portanto, são desempenhados no plano cardinal
usuais, que estão ilustrados na Figura 1A.

TABfil.A 1.1 • Partes e regiões do corpo


Nome da região Nome usual da
Nome da região Nome usual Sub-região
csnecífic;1 n.: 'ào CSP ·-ca
Frontal Fronte
Cranial (crânio)
Qcdplral Base do crânio
Orbital Olho
Auricular Orelha
Cefálica Cabcç:t
Nasal Kariz
Facial (face)
Bucal Boclleclul
Oral l3oc:1
:.rcntual Queixo
Nuca Pescoço posterior
CCrvícal Pescoço
Garg:inia Pescoço anterior
Clavicular Clavícula
Peitoral Peito
Estemal
"~ Torácica Tórax
Costal
Estemo
Costelas
.'dam.'\ria ~iamas

Escapula.r Esclpula
Oors.'ll Dorso Venebral coluna venebr:1J
Lon1bar P:ine inferior do dorso
Tronco
Cc.líaca Alxlon1c
Abdominal Abdon1e
Umbilical Un1bigo
Inguinal Virilha
P(1bica Genital
Coxal Quadril
Pélvica Pelve
Sacral Entre os quadris
GIOtea Nãdegas
l'erincal l'erínco
(<X>11tl11ua)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

TABELA 1.1 ( co nt.) • Partes e regiões do corpo


Nome da região Nome usual da
Nome da região t\omc usw1l Sub-região
íflca n>oião íílca
Acron1ial Ponta do ombro
Ombro Ombro Dehoide
Axjfar AxjJa
Braquial Braço
Olêcrano Ponta do cotovelo
Cubiml Cotovelo
Membro superior
Antecubital frente do cotovelo
Antebraqulal Antebraço
Carnal Punho
Palmm
..
Palma
...
-·-a"' Manual Dorsal
Digital
Dorso da mão
Dedos
"Q
(:;

8. Femoral Coxa
< Patcl:I Rótula
Poplltco Alt'ás do joelho
Sural Paniurrílha
Cruml Perna
~lembro inferior Tálus Tornozelo
Calcânea Calcanhar
Dorsal Ahodo pê
Pedal Pé Tarsal Dorso do pê
Plantar Planta
Digital Dedos do pé

sagital, tambén1 conhecido co1no medlossagi.t al As Plano front.al, lareral ou coronal


roscas bíceps e as extensões de joelho são desempe- O plano frontal, também conhecido como lateral ou
nhadas nos planos parassagitals, paralelos ao plano coronal, bisseccíona o corpo de forma laleral de um
mediossagital. Mesmo que esses exemplos oão este- lado a ourro, dividindo-o nas metades anterior e poorc-
jam no plano cardinal, são considerados movimentos rior. Os movimentos de abdução e aduçiio, como poli-
no plano sagital. chinelos e fle.'l;ôes laterais da coluna, ocorrem nesse
Embora cada movimento articular especifico ocorr.i plano.
em u1n dos IJ'ês planos, nossos movimentos, em geral,
nào se chlo t0taln1cnte em um plano espccífiço, mas Plano transverso ou h orizontal
são uma combinação de movin1entos de mais de un1 O plano transverso divide o corpo horizontal-
plano. Para descrever os movimentos que se dão em mente em metades superior e inferior. De modo
planos oonlbinados, pode-se dizer que ocorrem em ge.r:LI, os movimentos rotacionais, como a pronaç:io,
planos de 01ovimen10 diagonais ou oblíquos. a supinação e a rotação espinal, ocorrem nesse
plano.
Plano sagital ou anteroposrerior (AP)
O plano sagital ou anteroposterior (AP) bi.ssec- Plano diagonal ou obliquo (Figura I.6)
ciona o corpo da porção anterior para a posterior, O plano diagonal ou oblíquo é uma combinação
dividind<>-0 em metades direita e esquerda simétri- de mais de um plano. Na verdade, quase todos os
cas. De modo geral, os movinlentos de ílexão e ex- nossos movimentos em atividades esportivas s-:io
tensão, con10 roscas bíceps, extensões de joelho e menos paralelos ou perpendiculares aos planos des-
abdominais, ocorrem nesse plano. critos e ocorrem em um plano diagonal.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo l fund:11nc·r1to.• Jc c,nc rologca cs1ru1ur:il 7

A B

- - - - -- Cranial
(ao redor cio cérebro)

·: ----+--Vertebral

-
-i:r---
(ookJna vertebral)
- B<aqulal (braço)
Abdominal
o~ano

-- r\-''---.!C_-:_ Lombal
(ponta c1o eo1ove1o)
(poição inferior do
---\-1~L- domo)
Sacral
-i--\---- Glútea (nádegas)
-Dorso
1 damão

Perineal
Femoral Genital - -- - - - Femoral (coxa)
(coxa)

:......l'------ Fossa popiltea


(atrés do foelho)

Crural
anterlot (perna) - - ' - - - - - - Sural (panturrilha)

Tàlus (tomoielol-----

Oorso do pé----- lJ~c--- Tarsal (dofso do pé)


_ _ _ Digital (dedos cio pé)
,.....
- - ' -- - - Plantar (planta)

PIGURA 1.4 • Regiões do corpo. A, Vista anterior; 8 , Vista posterior.

Eixos de rotação Eixo frontal, lateral ou coronal


Quando o movimento ocorre e1n um dererminado Se o plano sagital percorrer o corpo da pors,'ào
plano, a articula~ilo se move ou gira em tomo de um anterior para a posterior, encão seu eixo irá correr
eixo que possui relaç-lo de 90" co1n esse plano. Os de lado a lado. Esse eixo possui a mesma orienta-
eixos são deno1ninados de acordo oom sua orienta- ção direcional que o plano fronta l de movímento e
ção (Fig. 15). A Tabela 1.2 apresenta os planos de é nomeado de acordo. Quando o cotovelo é flexio-
movimento com seus eixos de rotação. nado e esrendido no plano sagital, ao realizar utna
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
8 .\Ltnld de cin'-'l>tologia c:<tru!ur.1'

Superior ---Eixo verticol


(lon9i1udlnol, longo)
Plono sogitol
[onleroposlerlor, API Plono frontal
Eixo onteroposlerlor Qoltlfol, coronal)
[sogitol, API

Eixo lolerol •
....._/
• V
' • •
, Plano lfonsver10
[frontol, coronal) (horizontol)

. ir~ •
.. .. • ...
.. • ••
••• 1
'

Aspecio
mecliol ......;::::...-.1-4
.' ,

Aspecto
lot&rol

Inferior

FIGURA 1.5 • Planos de movimento e eixos de rotação.

Modificado de lloOhcr J~1, Thlbodcau GA: Atbk!tú: lnjury US$t!$$1t1<ml, 41 N,, N.,.,, York, 2000, McGràw·Hill.

TABELA l.2 • Planos de movimento e seus eixos de rotação


Plano Descrição do plano Eixo de rotação Descrição do eixo Movimentos comuns
Sagiral Divide o corpo nas Frontal (lareral ou McdiaVfareral Flexão, extens:lo
(anteroposterior mettdes din.>!tt e coronal)
ou AP) esquerd.'l (medial-l:ueral)
Frontal Divide o corpo nas Sagit:tl Anterior/posterior Alxluç-.lo, aduç:lo
Oareral ou metades anterior e (anteroposterior
coronaO posterior ou AP)
Transverso Divide o corpo nas Vcrtic:tl Su pcrior/ infcrior Row~~io medial,
(horizon1al) n1e1ades superior e Oongirudínal rotação lateral
inferior ou longo)

rosca bíceps, o antebraço é na verdade rotacionado EIXo anteroposterior ou sagitaJ


em torno de um eixo frontal que se dirige lateral- Os n1ovimentos que ocorre1n no plano frontal
mente pela articulação do cotovelo. O eixo frontal giram em tomo do eixo sagítal. O eixo sagii.:ll apre-
1ambém pode ser denominado eixo bilateral. senta a mesma orientação direcional que o plano sa-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
9

gital de movímento e se estende da porção anterior guín~ na n1edula óssea vermelha. O sistema esque-
para a posterior, perpendicularmente ao plano de lético se divide em esqueleto apendicular e esqueleto
n1ovímento frontal. À n1edida que o quadril é abdu- axial. O primeiro é formado pelos apêndices (mem-
zido e aduzido durante o exercício de polichinelo, o bros inferior e superior), pelo ornbro e pelo cíngulo
fêmur gira e1n tomo de um eixo que se dirige da do membro inferior. O segundo é composto pelo crâ-
parte anterior para a posterior do quadril. nio, coluna vertebr-.il, costelas e esterno. Mesmo tendo
algum conhecimento de anatomia humana, uma revi-
Eixo vertical ou longitudinal são dos conceitos é necessária ao con1eçar o esrudo
O eixo vertical, também conhecido como eixo lon- de cinesiologia. Os demais capítulos trazem informa-
gitudinal ou longo, desce de forma reta a partir do ções adicionais e ilustrações mais detalhadas de ossos
topo da cabeça e se sil\Ja perpendicularmente ao específicos.
plano de movin1ento transverso. Quando a cabeça
gira de um lado para o outro indicando desaprova- Os teologia
ção, o crânio e as vértebras cervicais são rotacionados
ao redor de um eixo que percorre a coluna vertebral.
o esquelcco adulto concl!m 2o6 ossos e pode ser
dividido em esqueleto axial e apendicular. O esque-
leto axial contém 80 ossOl;, incluindo o cranio, a co-
Eixo diagonal ou oblíquo (Figura 1.6)
luna vertebral, o esterno e as costelas. O esqueleto
O eixo diagonal, também conhecido como oblí- apendicular contém 126 ossos, incluindo todos os
quo, atravessa o plano diagonal em uin ângulo reto. ossos dos membros superior e inferior. A pelve é ãs
Quando a articulação glenoumeral se move da abdu- vezes classificada como pane do esqueleto axial por
ção diagonal para a aduç-Jo diagonal em um arremesso conta de sua importância na ligação do esqueleto
feito acima da cabeça, seu eixo corre perpendi.cular- axial com a extrenl.idade inferior do esqueleto apen-
mente ao plano ao longo da cabeça do úmero. dicular. O número exato de ossos e suas característi-
cas espccíílcas ocasionalmente variam de pessoa para
Sistema esquelético pessoa.

A Figura 1.7 apresenta as vistas anterior e posterior


do sistema esquelético. C'..ompo~-to de 2o6 O.<;sos, ele Funções do esqueleto
proporciona apoio e proteção a outros sistemas do O esqueleto tem cinco funções principais:
corpo e fornece a fixação entre os ossos e os múscu-
los que realizam os movimentos. Outras funções são 1. Proteção dos cecidos moles vitais (p. ex., coraç-Jo,
o armazenamento de minerais e a realização de he- pulmões e cérebro).
matopoese, o processo de fonnaçào de células san- 2. Suporte para manter a posrura.

Plano de
movimento diagonal
Plano de
movimento diagonal

---
'
''
-- - - Eixo
'' Eixo

FIGURA 1.6 • Plano diagonal e eixos de rotação.


APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Clõnio
Vértebras ce<Vicois
(7)

1
~~·/
Os.os melocarpois l
fsquio' ' - - - Troconler moi0<
' - - - - Troconler mel\Of Falanges
Púbis
'- Túber isquló~co - - ' <:&dilo m<Kliol
""-~.- - - - F ê m u r - - - - - ' z - - dofãmur
~----- Pareio - Côndilo lateral
,,.______ Cobeço do lt'blilo ----A:'~li do fêmur
r:..----- Tíbio \l 11...
,...__ _ _ _ _ Flbulo

Mol6olo lo!erol

Tólus ---..__

~/" ~ Ossos melotorsob


'7,P - - - - - - - F olonges
A li

FIGURA 1.7 • Esqueleto. A, VisUI anterior; 8, Vis1a posterior.

Modilie1do dcl V-.tn De Gr.1:úf KM: Humarr """Iº"'>'• (i' ed., Ncw York, 21)02, McGr.iw·HUI.

3. Movimentação ao servir como ponto de ligação Ossos lo ngos


para os músculos, agindo como alavancas. COrnpõem-se de uma haste cilíndrica longa (diâfise)
4. Estoque de minerais, como o cálcio e o fósforo. com extremidades relativamente largas e proruberan-
S. Hematopoese, o processo de fonnaç:'lo do sangue tes; senrem como alavancas. A diáfise encerra o canal
que ocorre na medula óssea vermelha localizada nos n1edular. São exemplos as falanges, os metatarsaís, os
corpos vertebrais, filmur, úmero, eo&elas e esterno. metacarpais, a tíbia, a fíbula, o ffimur, o rádio, a ulna e
o úmero.
Tipos de ossos Ossos curtos
Os ossos variam muito de forma e tamanho, mas São pequenos, cúbicos e maciços. Em geral, são
poden1 ser divididos em cinco categorias principais dotados de uma superficie articular de tamanho pro-
(Fig. 1.8). porcional a fim de articular-se com mais de um osso.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Ulno

Osso esfenoide

Escópulo
~~~~

f êmur

VíslO anterior
do pai.lo

0$so
copítoto {corpoll ) VislO posletlor
do polelo
Ródio

Curto Plano Sesomoide

FIGURA 1.8 • Classific-.içào dos ossos pelo formato.

Modlflc:ado de llool>er JM, Thlbode<au GA: Atb/l!llc f11jury-..w111, 4' ed., New York, 2000, McGr:iw-Hill; Shier O, Butler J, Lewis R: llole~
b1m1a11 a11atomy 6 pbyslolOfO\ 9" ed., New Yorl<, 2002, Mc:Cr:iw-Hlll; "Sttley RR. Step~ '11), T2te P: Anlltamy 6 Pbysio/Qgy, 7" ed., New
York, 2006, Mc:Cr:iw-Hill.

Os ossos curtos proporcionam unl certo amorteci- Características típicas dos ossos
nlento e incluem os os.~os do carpo e do tarso.
Os ossos longos possuem características típicas dos
Ossos planos deiuais ossos, coroo iluscrado na Figura 1.9. Eles tênl
Normalmente, apresentam ~'Uperfície curva e variam uma haste ou dlãfise, que é uma porçilo cilindrica e
desde os mais finos até os mais espessos, nos quais se longa do osso. A parede da dl.áfi.se, formada por osso
ftxam os tendões. De modo geral, oferecem proceção e resistente, denso e co1npacto é o córtex. A superficie
incluem o ílio, as costelas, o esterno, a clavícula e a es- externa da diáftSC é revestida por un'la membrana fi-
cápula. bro.<;a e densa chamada periósteo. Uma membrana fi-
brosa similar, denominada endósteo, reveste o interior
Ossos irregulares do córtex. Entre as paredes da diãfise s itua-se a cavi-
Os ossos irregulares atendem a diversos propósitos dade mednln, que contém a nledula amarela ou adi-
e são compostos de ossos de toda a coluna, além de posa. Ao final de cada osso longo está a epífise, em
ísquio, púbis e maxilar. geral alargada e com fonnato especifico para se unir à
epífisc de um osso adjacente em uma artículação. Ela ê
Ossos sesam o idcs fonnada por um osso esponjoso, ou trabecular. Du-
Silo ossos pequenos, e1nbutidos em tendões de r::mte o crescimento ~>o, a diáfise e a epífise esiào
unidades musculotendineas, que servem para prote- scparacfas por um disco fino de cartilagem conhecido
ger e conferir maior vantagem mecânica a elas. Além c·umo d.isco ep lfisárlo, comumente denominado plac-.i
da patcla, há pequenos ossos scsainoidcs dencro dos de crescimento (Fig. 1.10). Quando se chega ã maturi-
tendões ílexorcs dos dedos hálux e polegar. dade esquelética, em uma escala cronológica que varia
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Discos epilisórios

Cortilogem or,;culor -
Osso 4»ponjoso _ / Epifise
proximol

Espaço ocupado pelo - - ' •


medula ósseo vermelho
Olâlise

Endósteo _ _ _ _ _ _ _:....;
Osso compocio - - - - -
Covidode medular-----
Eplfise
Modulo ósseo Oi6fise
omorolo - ------,:.-:-

Discos
oplfisârios

FIGURA 1.10 • A presença de discos epifisários,


como observado em uma radiografia da mão de
uma criança, indica que os ossos ainda estão
crescendo em comprimento. Classíficação dos ossos
pelo formato.
Mod1f1C11do de ~n Oc Cr.ufT KM: lfrtmar1 Anatomy. @ cd., •ew
Epillse Yori<, 2002, McCr.iw-Hill.
distal

fêmur
Enquanto os discos epifisários permanecerem
FIGURA 1.9 • Partes principais de um osso longo.
abertos, os ossos continuarão a crescer. Esses discos
De Shkr D, Bullcr J, Lewis R: Hole~ b1u111111 '111lllOmy6'pbplok/Jzy,
co1neçam a se fechar por volta ela adolescência e
9' cd., New York. 2002, McCraw-1 mi. então dcsaparcce1n. A 1naioria se fecha cm tomo dos
18 anos de idade, mas alguns podem estar prt.>scntes
até os 25. O crescimento cm cllil.metro continua por
tocla a vida. ISSO é realizado por uma camada interna
de osso para osso, como detalhado na Tabela 1.3, os do periósteo que con:.trói novas camadas concênlri·
discos são p~nchídoo por osso e se fecham. Para fa- cas sobre as antigas. Ao niesmo ten1po, o osso em
cilliar oo movimcncoo anicularcs, a cpíflsc é revestida voha da cavidade medular é reabsorvido e, dessa ma-
por uma canilagem articular, ou hiallna, que fornece neira, o díâlneuo é aumentado de forma contínua. Os
um efeit() amorte<.~or e reduz o atrito. novos ossos são formados por células especializadas,
chamadas osteoblastos, e as células que reabsorvem
os ossos velhos são os osteoclastos. Esse remodela-
Crescimento e desenvolvimento ósseos mento 6.~. descrito na Figura 1.12, í: necessário ao
A maior pane dos ossoo do esqueleto envolvidos na crescimento continuado dos ossos, ãs mudanças em
dnesiologia estrutural é chamada de ossos endocon- seu formato, aos ajustes às cargas impoStaS e ao re-
drnls, os quais se desenvolvem da canilagem híalina. À paro ósseo.
medida que oos desenvolvemos a paitir de um em-
brião, essa massa de canilagem hialina cresce rapida- Propriedades dos ossos
1nente em estruturas com formato similar aos ossos que
v-Jo originar. Esse crescimento continua, e a canilagem Carbonato de cálcio, fosfato de cálcio, colágeno e
sofre mudanças significativas e graduais para tomar-se água são a base da composição dos ossos. Por volta
um osso longo, como detalhado na Figur.i 1.11. de 60 a 70% do peso do osso é composto de carbo-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Cap[rulo 1 I· 1 .l m nt< " ,i,. l"llf''1<'i,'<'1. • • ''"~ 1 13

TABF.1.A 1.3 • Escala cronológica para o e aun1ento da fragilidade óssea, resultando em uma
fechamento epifisário maior probabilidade de fraturas.
A maior parte da face externa do osso é cortical; o
Idade aproximada Ossos
osso trabecular está abaixo desta. O osso cortical é
R:lmos inferiores do pôbis e do mais resistente e mais compacto, com apenas 5 a 30%
7a8
isquio (quase completos) de seu volume poroso, com tecido não mineralizado.
Escápula, epicôndilo lateral do O osso trabecular, por sua vez, é esponjoso, com
15 a 17
ômcro, olêcrano d:l ulna aproximadamente 30 a 90% de seu volume poroso.
Epicôndilo medial do (!mero, O osso cortical é rígido, podendo suportar uma carga
18 a 19 muiro gr-.tndc, mas é menos ílexível do que o osso
cabeça e diáflse do radio
trabe<."Ular. Em virtude de sua <.-araeteristica espon-
Cabeça do úmero, extremidade
<fu."tal do radio e da ulna,
josa, o osso trabecular pode suporur grande defor-
Em tomo de 20 mação antes de se fraturar.
extremidade distal do fêmur e
da fibula, extremicfadc O tamanho e o formato do osso são influenciados
proximal da u'bia pela direç-.lo e pela magnitude das forças que são
20a 25 Acetábulo pélvico
aplicadas a eles habitualmente. Os ossos se remode-
lan1 com base nas cargas aplicadas sobre eles, e sua
Vértebra e sacro, clavlcula, extre- n1assa cresce ao longo do tempo de acordo com o
25 midade proximal da fibula, aumento do estresse sofrido.
esterno e co.5telas
Adaptado de Goss C.1\f: Groy~ aru#lomyoftbe b11ma11 body, 29' cd.,
Phllioddphl•, 1973, L<-o. & R:biget. Referências ósseas
Os ossos têm referências específicas que existem
par.i melhorar sua relação funcional com as anicula-
ções, os mCísculos, os tendões, os nervos e os vasos
nato e fosfato de cálcio, e 25 a 30% é constlruído de sanguíneos. Muitas delas são importantes para deter-
água. O colágeno fornece alguma ílexibilidade e 1ninar a localização e as fixações musculares, alén1 da
força na tensão exercida contra unia resistência. O função an.icular. Basicamente, rodas as referências
envelhecimento causa perda progressiva de colágcno ósseas podem ser divididas cm:

Cartilagem
:::'oíglo de "-. ( articular

Puriõstoo em Osso c:iompaçto em


eplflsârlo l ' " J
desefflOMmenlo dese<M>Mmento \_Osso
./ / esponjoso
I
•••

•••
.. ~Vaso
sangulneo -cavidade - - -Cal/Idade
medular medular
- - Osso
~o Vestlglos

/:tio I
dediSCO$
epiffsállos
car111agem canuo de /_
calcfficada ossificação Osso
primârío :..------ esponjoso
- - Cartilagem
artlc:ular
(•} (b} (e} (d) (e) (f}

~lGURA J.11 • Estágios principais a-f no desenvolvimenro do osso endocondral (os tamanhos relativos dos
o..o;so.5 não estão em escala).

De Shier O, Butler J, Lewis R; Holc's es:umtlals o/bum"n m1momyl'rpb~\ 9' "'1., 1'cw Yoik, 2002, ~k:C.-~w·Hlll.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Crescimento eplnúrlo
Crescimento na ::...--- cartilagem
caiiilagem ao redor articular
da epffise
Cartilagem subslitufda
por0$$0
Remodelamento
ósseo
- -Unha epifisária

Crescimento em dllmetro 1
Adição óssea - - - - - ' -
Reabsotção óssea _ _ _ _..,.,..

Osso em etescimento Osso adutto

FIGURA 1.12 • Remodelamento dos ossos longos.

l)c Seeley RR. Srephens TI>, T~le P: Arraromy 6 Pby#ola(Jy, 7" cd., ~~ York, 2006, McCnw-Hlll.

1. Processos (incluindo elevações e projeções), que As articulações podem ser classificadas de acordo
formam as articulações ou serveo1 co1no ponco con1 sua estrutura e função. A classificação por estru-
de fixação para os músculos, tendões ou liga- tura as divide em três categorias: fibrosa, cartilagmea
mentos. e sinovial. A classificação funcional camb6m as cllvidc
2. Cavidades (depressões), que incluem abertur.is e cm t:rês: sinartrosc (sinart:rodial), anfiarcrose (anfiar-
sulcos que contêm tendões, vasos, nervos e espa- trodial) e <lia.rtrose (diartro<lial). Existem, no entanto,
ços para outraS estruturas. subclassificaçôcs cm cada categoria. Por causa da es-
treita relação entre estrutura e função, existe uma so-
Descrições detaUudas e e.xemplos de muitas refe-
breposição significativa ent:re as classificações dos
rências ósseas são fornecidos na Tabela 1.4.
sistemas. Isto é, existem niais semelhanças do que
diferenças entre os n1embros de cada uni dos seguin-
Tipos de articulações tes pares: articulações fibrosa e sinart:rodial, articula-
ções cartilagínea e anfianrodial, e articulações sino-
A articulaçao de dois ou mais ossos pennite vá- vial e diart:rodial. Entrccanto, nem iodas as articulações
rios tipos de movimento. A extensão e o t.ipo de se ajustam com pcrfeiç-.lo cm ambos os siStemas. A
movimento determinam seu nome. A estrutura óssea Tabela 1.5 fornece uma lista detalhada de todos os
limita a espécie e a quantidade de movimento de t.ipos de articulação de acordo com os dois sistemas
cada articulação. Algumas articulações, ou artroses, de clas.5ificação. Como este texto se refere sobretudo
não possuem niovi1nento; outras são dotadas de mo- ao movi1nento, os sisten1as mais funcionais (anicula-
vin1ento levemente perceptível, e existen1 tambên1 ção sinartrodial, anfiartrodial e diartrodiaJ) senlo vis-
as que se movimentam de modo livre, com grande tos em mais detallies, após breve explicação da clas-
variedade de an1plirudes. O tipo e a arnplitude dos sificação estrutural.
movin1entos são parecidos en1 todos os humanos, As an:iculaçôes fibrosas, em geral imóveis, são liga-
1nas a liberdade, a amplitude e o vigor dos movi- das por fibras de tcddo conjuntivo. As subcategorias são
mentos variam de indivíduo para indivíduo, em as sururas e as gonfoscs, que são imóveis, e as sindes-
razão das limitações impostas por ligamentos, mús- moses, que perm.item pooca quantidade de movimento.
culos e ligeiras variações na estrutura articular. As articuL-ições canilagineas são ligadas por cart.ilagem
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

hialina ou fibrocartilagem, o que pennite muito pouco Articulações slnartrodlais (imóveis)


movimento. As subcategorias incluem a sincondro6e e a (Figura 1.13)
sínfise. As articulações sinoviais, em geral diattrodiais, se
De acordo com sua estrutul".t, essas aniculações
n10vem con1 liberdade. Sua esourura e subcategori..1S são dlvidldas e1n dois tipos:
são discutidas em detalhes a seguir.
As articulações são agrupadas em três classes, de Sutura
acordo com sua estrutura e com a quantidade de mo- Encontrada nas suturas dos ossos craniais. As sururas
vimento possível. do Cl"ânio são verdadeiramente imóveis após a infância.

TABELA 1.4 • Referências ósseas


Referencia Descrição Exemplos Págín.a
Projeção proeminente e 222,
nrredoncfada da extremidade Cabeça do li!mur, cabeç:1 223,
Cabeça
proxímal de um osso, do úmero 109,
Processos que geralmente anículada 110
formam as Projeção J:u-g:i e arredondada 268
Côndilo lateral ou 1nedíal
articulações Cõndllo que geralmente se anicula
dof\imur
com um outro osso
Pequena superfide plana ou 323
Faceta Faceta anicular da vênebra
quase plana
Ângulos das regiões supe- 88
Ângulo Projeção angular ou curvada
rior e inferior da esclpul:i
Borda ou Unh:i marginal ou limite de Borda lateral e medial da 88
n1:ugcm um osso cscápula
Projeção proen1inen1e, 222,
cru.i:a estreita e cm fonna de crb1.a
Crista iliac:i da pelve
223
Projeção localizada acima de Epicôndilo lateral ou 138
Epicôndilo
um côndilo medial do úmero
Espinha Processo espinhoso da 322,
Projeção pontiaguda e
(processo vértebra, espinha da 323, 88
dclg:\da
espinhoso) escápub
Sulco de um osso menos 223
linha LI nha áspera do ffimur
Processoo nos proeminente que uma aista
quais músculos, Acrômio da 88,
tendões ou Qualquer proj<..'Ção
Processo csclpula, olêcrano do 1()1),
llgamentoo se proeminente
li mero 110, 138
unem
Pane de um osso de forma
irregul:lr que <: mais grossa
Ramoo superiores ou infe-
Ramo do que um processo, 222
riores do púbis
formando um ângulo com
o corpo principal
Sutura sagital entre os 17
Sutura linha de união entre os ossos
ossos parietais do crJnio
Trocanter m:tlor ou menor 222,
TrlX:tnter Projeção muito larg:i
do fêmur 223
Peque.n.-. projeção Tubérculo maior ou 109,
Tubérculo
arredondada menor do úmero 110
Tuberosidade Projeção larga e arredondada Tuberosidade do rádio ou 138,
ou acidentada da tíbia 268
(a>11111111a)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

TABELA 1.4 (cont.) • Referên cias ósseas


R<::fetênci:t Descriçllo ExCJnplos Página
Facet.1 Supetficie articulada plana Facetas inteNenebrais n:is vér-
ou rasa tebras cervicais, torácicas e 323
lombares
Fora me Furo arredondado ou Forame obt\lrado na
222, 223
abertura no osso pelve
Fossa Concavidade, depressão ou Fo.çsa S\lpraesplnal, fossa lliaca
88, 222
superfície plan:i
Cavidades Fóvea Cavidade muito pc..oquena Fóvea da cabt.~-a do ffimur
(depressões) ou depres.~o
lnci:>ura Depres:>ào na marge1n de um lncisuras troclcar e radial da
138
osso ulna
Me:ito Passagem semelhante a um Meato auditivo externo
332
rubo dcnt.ro do osso do osso temporal
Seio C:lvidade ou espaço oco dcn- Seio frontal
tro de um osso
Sulco Sulco ou depressão em um Sulco intenubercular
10'), 110
osso (bicipital) e do úmero

TABELA 1.5 • Classificação das articulações por sua estrutura e função


Classificaçào esirutural
Fibrosa Cartilagínea Sinovial

Gonfose
Sinanrodi:il
Surura -
Slnfise
Anfiaruodial Sindesmose
Sincondrosc -
Classificação
funcional Anrodial
Condllar
Enartroclial
Dlanrodial - - Ginglimoide
Selar
Trocóidca

Gonfose Si11flesn1ose
Encontrada noo soquetes doo dentes. O soquete de Tipo de articulação que se mantém unida por
un1 dente é muitas vezes denominado gonfose (tipo n1eio de estruturas ligamentares fortes, que permi-
de articulação na qual um pino cônico ajusta-se em tem o mínitno de movimento entre os ossos. Por
um soquete). Normalmente, deve existir uma quanti- exemplo, as articulações coracoclavicular e libiofi-
dade mínin1a de movimenco dos denrcs na mandíbula bula r inferior.
ou maxilar.
Sfnjise
Articulações anfianrodiais (ligeiramente móveis) Tipo de a.rticulação separada por um coxim de fi.
(Figura 1.14) brocartilagem. o que permite movimentoo insignifi·
De acordo com sua estrutu ra, essas articulações cantes entre os ossos. Por exemplo, a s'tnfise púbica e
são divididas em dois tipos: sindesmose e sínfise. os discos intervertebrais.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Cap[rulo 1 1 • .l n nt•' ,i,. r !lf''1<'>k'<'1. • ' ' ''"~ 1 17

Articulações diartrodiais (livremente móveis)


(Figura 1.15)
São conhecidas tanibém como sinovi.ais e apresen-
wn movimento livre. Suas e.'W'emidades ósseas são re-
vestidas por uma oobemira de tecido ligamencar sem.e -
lhante a uma manga de camisa, conhecida como
cápsula articular. Essa cápsula ligamentar é forrada
com uma cápsula sinoviaJ vascular que secreta fluido
Sutura
sínovial para lubrificar a ãrca do interior da cápsula arti-
cular, denominada cavidade articulru-. Em certaS âreas,
a cápsula S(! toma ~pessa para formar ligamentos duros
e inclástioos que proporcionam nuior SUSlcntação con-
tra movimento anormal ou abertura articular. Esses liga·
mentos variam de locali:zação, tamanho e força, depen-
dendo da articulação espeélfica.
Em muitos casos existen1 ligamentos a niais, não con-
Gonfose
IÍnuos à cápsula articular, que oferecem ainda niais sus-
tentação. Algumas vei,es, esses ligamentos adicionai'>
podem estar contidos por complero dentro das clpsulas
ou in!r:l-articulanncntc, como o ligamento cru;r.ado ante-
rior do joelho, ou extra-articulannente, como o lígamento
colateral fibular <lo jocU10, situado fOl".i da cáp.'>"llla articu-
FIGURA 1.13 • Aniculações sinanrodiais. lar. As superficies articulares das e.xtremidades cios 06506
Moolflc:ioo de llooher JM, Thibode:iu GA: Atbk!ttc ftzjury IUSe$Sm<'Pll, dentro da cavidade :uticular sào revestidas de can1adas
.p ed., New Yor1c, 2000, McCt:1W·Hlll. de cartilagem articular, ou cartilagem b1allna Trata-se
de uma caJtilagem elástica e amortecedora, que proc.ege
o osso que cobre. Quando as superflcies articulares silo
descarregadas e tracionadas, essa cartilagem articular ab-
sorve de forma lenta uma pequena quantidade de fluido
slnoviaJ da an:iculaç-Jo, secrccando-0 lenramente durante
Stnconárose a f'ase posterior de sustentação de peso e compressão.
Típo de articulação S(!par'.ida por uma fibrocartila· Alêm disso, alguma.~ articulaç'-Oes dialtrodiais poo.5Uem
gem que permite muito pouco movimento entre os um disco de fibrocartilagem entre suas superfides articu·
ossos. Por exemplo, as articulações costocondrais das lares. F.suuturalmente, esse tipo de articulação pode ser
costelas com o esterno. dividido em seis grupos, como mooua a Figura 1.16.

,-
- -..... ............... .
,. ....
..
,._
-

,_. . •.........••
...
...., "''... • ••. . ...
~
..• - ......
••

A B e
FIGURA l .14 • AnicuJações anfiartrodiais. A, Sindesmose; B, Sinfise; C, Sincondrose.
Modlflc:ido de llooi>cr JM, Thibodcau CA: Atbfctic fttjury a<s<tSSnumJ, 4' cd., New Yori<, 2000, .\!cCr:iw-Hill.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

-fl-------- Osso


1

Covidocle articular ~
(preenchido flOí -+-"-- Membrana sínovi~ Cópsulo
Ruido sinoviol)
Cartilagem--~=;:::::::::::==
Cópsulo fibroso J articular
articular

Bainho
tendíneo - - - - -

Camada fibroso }
Pariósleo
...,..- - - - Comodo
membronóceo

FIGURA 1.15 • Estrutura de uma articulação sinovial dianrodial.


De Sedey RR, Stephens TO, Tute P: A"atqmyê>pb~lology. @ ed., New Yo<lc, 2000, McCr:iw-HJll.

As articulações dianrodiais tain movimentos possí- pios o punho entre o rádio e a fileira proximal de
veis cm um ou mais planos. É C!Slabeloodo que as ar· o~ carpais ou a segund<t, a terceira, a quaru e a
ticulaçõcs que apresentam movimentos possíveis cm quinta articulações metacarpofalãngicas.
um único plano tenham 1 grau de liberdade de movi·
mento, ao passo que as articulações com movimentos Articulação enartrodial (esferóidea, bola-e-soquete
em dois ou n1ais planoo tenham, respectivamente, 2 mu1claxia1)
ou 3 graus de liberdade de movimento. Consultar a Tipo de articulação que permite movimento em
Tabela 1.6 par.i uma comparação das caracteriscicas todos os planos. São exen1plos as articulações do
das articulações dianrodiais por subcategoria. ombro (glenoumeral) e do quadríl.

Articulação artrodlaJ (deslizante, plana) Articulação gioglimolde (dobradiça)


C.-.racteriza·se por duas i.-uperficies ósseas planas Tipo de articulação que permite grande ampli·
que se confrontam diretamente. F.sse tipo de articula· rude de movimento e m apenas um plano. São
ção permite movimento limitado de deslizamento. exemplos as art iculações do cotovelo, do torno-
São exemplos os ossos carpais do punho e as articu- zelo e do joelho.
lações tarsometatrusais do pé.
Articulação selar ( en1 sela)
Articulação condllar (elipsoide, ovoide, bola--e- Esse tipo de recepção recíproca é encontrado
soquete biaxia1) apenas no dedo polegar e na articulação carpome·
Tipo de articulação em que os ossos pem1iten1 tacarpal, e permite o movimento de bola-e·so·
movimento em dois planos sem rotação. São exe1n · quete, com exceção de leve rotação.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Cobeço do úmero
Ena1hodial Trocóidea
M<uloçõo bolo-e- Articuloçõo
scqUOlo (~t) em pivt> (radiulnorl

Osso. do
corpo Ar1todlal
Ginglimoide Articuloçõo
Articvloçõo em deslizonle (intercorpol)
dobradiço (umeroulnor)

Osso do corpo - , Osso ITIAllocorpol


Osso--~ Folonge
Selar metocorpol _ _
Condilar
Atticuloçiõo em
..do (coipomelocorpol) Articuloçiõo elipsoide
(me1o<orpofol6ngico)

I ,,
P'IGURA 1.16 • Tipos de articulações diarttodlais ou slnoviais.
De Doohcr JM. lhlbodc:iu OA: Atbl<•llc fnjury ,_,,,,,,,4 "" cd., Ncw York, 2000, McOraw-HJll.

Articulação trocóidea (pivô, em espiral) Coloca-se o eixo do goniômetro, ou ponto de


Trata-se de um tipo de aniculação com movimento dobradiça, em uma posição paralela ao eixo de ro-
rotacional em tomo de um eixo longo. Um exemplo é tação na linha da articulação. No momento em que
a rOtação do rádio na articulação radiul nar. a aniculação é movida, ambos os braços do goniô·
1neuo são mantidos em uma posição qualquer ou
paralela ao eLxo longo dos ossos de cada lado da
M ovimentos nas articulações anlculaç:lo. É possível então fazer a leitura do ân-
gulo articular com o aparelho, corno demonstrado
Em muitas aniculações são possíveis diversos mo- na Figura 1.17. Como exemplo, poderíamos nlensu-
vin1entos diferentes. Algumas permitem apenas flexão rar o ângulo entre o fêmur e a tíbia na extensão
e extensão; outras permJtem uma grande variedade total do joelho (que em geral seria zero) e, e ntão,
de movimentos, dependendo muito de sua estrutura. pedir para que o indivíduo flexione o joelho o má-
A área pela qual uma articulação pode se movimentar ximo possível. Se n1ensurannos mais uma vez o ân-
norn1almente de forma livre e indolor é denominada gulo da flexão cotai de joelho atingida, encontrare-
amplitude de movimento. A quantidade específica mos uma leitura no goniômetro em torno de 1400.
de moviJnenco possível em uma aniculação pode ser Dependendo do ramanho da alt.iculação e de seu
medida com o uso de um instrumento conhecido potencial de movimento, diferentes goniômerros podem
como gonlô mctro, que:: con1para os ângulos inicial e:: ser mais ou menos apropriados. A Figura 1.18 rerrata
final da articulação. uma V'.trie<lade de goniômetrOS q ue pode ser utilizada
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

TABELA 1.6 • Classificação das artic ulações diartrodiais


Clas.5ificação Número Graus de 111ovilnentos E.'{emploo de Planoo para Eixoo para
nor nome de eixoo liberdade úoí~ a.nículac:lo exemolos exemploo
Anlculação do
Ginglimoide Flexão,
cotovelo Sagirol Fronwl
(dobradiç-.1) extensão
(umeroulnar)
Uníaxial Um Rotação
Trocóidea Aniculaçào
medial,
(pivô, em radiulnar Transverso Vertical
rotação
espiral) proximal e distal
lateral
Condilar
Fle.xào,
(elipsoide, Da2'à5ª
c:xtensão, Sagital Frontal
bola-e- Biaxial DoL~ articulações
abdução, Fronlal Sagital
soquete, mewcarpoíalângicas
aduçilo
ovoíde)
Anrodial
Anicul:tçào Vari~vel Vari~vel
(plano de
transversa do tarso Frontal Sagital
de&i:l.amento) Flexão,
extensão,
l!nanrodial
abduç;1o, Sagital Frontal
(bola-e- Aniculaç:lo
adução, Fronul Sagital
soquete, Mu lti.1Xlal Três glenoumeral
rotação Tran.5verso Venical
esferóidea)
medial,
rotação
Sagital Frontal
Selar (em lateral 11 articulação
Frontal Sagital
sela) C:trpõll1Ct3C:lrpal
Tran.çverso Vertical

FIGURA 1.17 • Mensuração goniométrica da flexão


da aniculaçào do quadril.

De Ptemi<ie WE: ANlbelMs prl1u:lpk:s Qf atb/etlç rm111if18, 11• ed.,


l':ew Y0<1c, 2003, McCmw-llW.

para determinar a ampli[ude de moVimento de articula- Ao u1ílizar a tenninologia do movimento, ê impor-


ções específicas. tante entender que os tennos são utilizados para des-
A amplitude no rmal de movi mento de uma ani- crever a real mudança na posição dos ossos cncrc si.
culaçào específica varia e m alguns graus de pessoa Isto é, os ângulos entre os ossos nludam, enquanto o
para pessoa. Os Apêndices 1 e 2 fornecem as am- movimento ocorre entre as supetficies articulares. Na
plirudes de movimento médias normais para todas descrição do movimento do joelho, pode-se falar em
as articulações. "flexão do joelho"; este cenno se refere ã aproximaç-Jo
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

FIGURA !.IR • Vários goniômetros utilizados para


medir a amplitude de n1ov\Jncnto articular.

entre a perna e a coxa. Alguns descrevem essa ação mos para enfatizar movimento reduzido ou cm ex-
como uma "flexão da perna" que ocorre na articulação cesso, respectivamente. Desses termos associados, hl-
do joelho, quando na verdade o que ocorre é uma perextensão é o de uso mrus comum.
flexão do joelho. Além dis.50, a tenninologia do movi-
mento ê utilizada para descrever movilnentos que
ocorrem na amplitude total ou em uma amplitude Termos que descrevem movimentos
muito ~uena. Ainda usando a fltOOio do joelho como gerais
exemplo, podemos realizar esse movimento por toda
a amplitude partindo de uma extensão total (0° de Abdução
flexão do joelho) e flexioná-lo por co1npleto, de modo Movimento lateral, afustando da linha mediana do
que o calcanhar toque as nádegas; isso corresponderia tronco no phmo frontal, 00010 ao levantar os braços
a aproximadamente 140" de flexão. Pode-se ainda ini- ou as pernas para o lado, horizontalmente.
ciar com o joelho em 90" de fle..'cio e então flexioná-lo
e m mais 300; esse movimento resulta e m um ângulo Adoção
de flexão de joelho de 1200, mesmo que o joelho fle-
xionasse apenas 30". Nos dois exernplos, o joelho se Movi1nento feito medialn1ence em direç-.lo à linha
encontra em díferentcs graus de flexão. Pode-se tam- 1nediana do tro nco no plano frontal , como ao abaixar
bén1 iniciar com o joelho em 90" de flexão e esten- o braço para o lado ou retomar a coxa à posição
dê-lo 400, o que resultaria em um ângulo de flexão de anatômica.
500. Mesmo tendo estendido o joelho, ele ainda ~'lá
flexionado, apenas menos do que antes. Flexão
Alguns tern1os podem ser usados para descrever Movimento de inclinação que resulta em diminui-
1novin1ento cm diversas articulações de todo o corpo, ~'.ào do ângulo da articulaç-.lo pela aproximaç-.lo dos
ao passo que outroS são relativamente específicos para ossos, normalmente no plano sagital. Um exeo1plo
uma determinada articulação ou grupo de articulações ocorre na articulaç-lo do cotovelo quando a mão ê
(Fig. 1.19). Em vez de relacionar os termos em ordem levada até o 01nbro.
alfabética, optamos por agrupá-los de acordo con1 a
área do corpo e colodi-los e1n par com seus termos Extensão
opostos, quando possível. Alêtn dlsso, prefixos como Movimento de fortalecimento que resulta em au-
hipo e hiper podem ser co1nbmados com esses ter- 1ncnto do â ngulo da articulaç-Jo pela separação dos
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

A a e
AGURA 1.19 • Movimentos articula.res. A, exe.m plos de movimentos no plano sagital; extensão dos dedos do
~ esquerdo, comozclo (flexão plantar), joelho, quadril, ombro, C01ovelo, punho, dedos da m:lo e pane cervical
da coluna venebr.il; tl~ dos dedos do pé díreito, tornozelo (flexão dorsal), joelho, quadril, o mbro, cotovelo,
punho e dedos da mão. B, exemplos de movin1entos no plano lateral; abdução da aniculação rransversa do
iarso/ sublalar esquerda (eversào), o mbro, punho, dedos da mão e rotação ascende nte do cíngulo do membro
superior, da pane cervical da coluna venebral (flexão lateral ã esquerda) e do quadril direito; aduçlo da
articulação traru.-versa do tarso/subtalar direita (inversão), ombro, punho, dedoo da mão e rotação descendente
do cíngulo do membro superior. C, exemplos de n1ovlmcntos no plano transverso; rotação medial do quadril
direito, ombro esquerdo, rutk."Ulaçôes radiulnares (pronação); rotação lateral do joelho esquerdo, quadril,
ombro direito, articulações radiulnares (supinação) e parte cervical da coluna vertebra l <rotação para a direita).

ossos, nonnalmcnte no plano sagital. Um exen1plo Adução diagonal


ocorre na articulação do cotovelo quando as mãos se Movimento de um membro em um plano diagonal na
afastam do ombro. direção da linha mediana do corpo ou cruzando-a, como
o que ocorre no quadril ou na articulação glenoumeral.
Circundução
Movinlento circular de um membro que delineia Rotação lateral
un1 arco ou descreve um cone. Traca-sc de uma co1n- Movimento rotacional en1 tomo do eixo longitu-
binação de flexão, extensão, abdução e adução, e às dinal de um osso, afastando-se da linha mediana do
vezes é denominado circunflexão. Por exemplo, corpo. Ocorre no plano tranSvcrso e também (: co-
quando as aniculaçõcs do 01nbro e do q uadril se nhecido como rotação realizada lateralmente, rota-
movem de modo circular cm tomo de um ponto fixo, ção para fora e rotação exte rna.
independenteme nte de o movimento ser exeC.'\ltado
no sentido horário ou anti· horário. Rotação medial
Movimento rotacional em tomo do eixo longitudinal
Abdução diagonal de um osso em direção à linha mediana do corpo.
Movimento de um membro em um plano dfagonal, Ocorre no plano transverso e tambén1 é conhecido
afastando-se da linha mediana do corpo, como o que como rotação realizada mediaimente, rotação para den-
ocorre no quadril ou na aniculação glc.noumeral. tro e rotação lntema.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Cap[rulo 1 l·un<lament•lS de anesio~1.1 • '' """ 1 23

Termos que descrevem os movimentos Termos que descrevem os movimentos


do tornozelo e do pé do cíngulo do membro superior
Eversão D ep ressão
Virar a planta do pé para for.i, ou lateralmente, no Movimento Inferior do cínguJo do membro supe-
plano frontal; abdução. Exemplo: flcar de pé com o rior no plano frontal, como ao retomar ã posição
peso sobre a borda interna do pé. nomial depois de um encolhimento de ombro.

lnversão Elevação
Virar a planta do pê para dentro ou mediaimente Movimento superior do cíngulo do membro supe-
no plano frontal; aduçào. Exemplo: flcar de pé com rior no plano frontal, como ao encolher oo on1broo.
peso sobre a borda externa do pé.
Protração(abduçâo)
Flexão dorsal ( dorsiflcxão) Movimento do cíngulo do men1bro superior no
MoviJnento de flexão do tornozelo que resulta no plano horizontal para a frente, afastando-se da co-
moviJncnco do dorso do pé na direção da tíbia ante- luna. Abdução da escápuL1.
rior no plano sagital.
Retração (adução)
Fl exão plantar Movimento do cíngulo do membro superior no
Movimento de extensão do tornozelo que resulta plano horizontal para tr.is, em direção à c:oluna. Adu-
no afasc.'Ullcnto do pê e/ou dos dedoo crn relação ao ção da escápula.
corpo no p lano sagital.
Ro tação descendente
Pro n ação Movimento rotacional da escápula no plano frontal
com o ângulo inferior da cscápula movendo-se me-
Co1nbinação de flexão dorsal do tornozelo, ever-
diaimente e para baixo. Ocorre basicamente ao retor-
são subtalar e abduç-Jo da pane dianteira do pé
nar da rotação ascendente. Na verdadt:, o ângulo Infe-
(hâlu.x para fora).
rior pode se mover para cima levemenle, enquanto a
escápula contin ua en1 rotação descendente extrema.
Supinação
Combinação de flexão plantar do tornozel o, in- Ro tação ascendente
versão subtalar e adução da parte dianteira do pé
Movilnento rotacional da cscápula no plano fron-
(hâlux para dentro).
tal com o ângulo inferior da esclpula movendo-se
lateralmente e para cima.
Termos que descrevem os movimentos
da articulação radiulnar Termos que descrevem os movimentos
da articulação do ombro
Pro nação
Rotacionar mediaimente o rádio no plano trans- Abdução h orizontal
verso, de modo que ele flque diagonal em relação à Movimento de afastamento, no plano horiZontaJ,
ulna, resultando na posição do antebraço con1 a palma do úmero em relação i\ linha mediana do corpo.
da mão voltada para baixo. Tam~m conhecido como extensão horizontal ou ab-
dução tran.<;versa.
Suptnação
Rotacionar lateralmente o rádio no plano trans- Adu ção h orizontal
verso, de modo que ele flque paralelo à ulna, resul- Movimento do úmero no plano horizontal em di-
tando na posição do antebraço con1 a palma da mão reç-Jo i\ linha mediana do corpo. Também conhecido
para cima. como flexão horizontal ou adução tra.nsversa.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Termos que descrevem os movimentos Ao longo deste livro, uma série de ícones é uti-
lizada para representar diferences movin1entos ar-
da coluna vertebral ticulares. Estes estão dispostos após as descrições
das ações a niculares dos músculos. Como será de-
Flexão lateral (inclinação lateral)
ta lhado no Capítulo 2, as ações demonstradas re-
Movimento lateral da cabeça e/ou do IJ'Onco no presentam movimentos que ocorrem quando o
plano frontal, afastando-St: da linha mediana. Abdu- n16scuJo se contrai de forma conct:ntrica. A Tabela
ção da coluna. 1.7 fornece uma lisca completa dos ícones. Reco-
menda-se <.'Onsu ltá-la se necessário durante a lei-
Redução tura dos capítulos 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11e12.
Retorno da coluna venebral no plano frontal para
a posição anatô1nica a parti r da flexão lateral. Adução
da coluna. Movimentos fisiológicos e
.
movrmentos ' .
acessonos
Termos que descrevem os movimentos A flexão, a extensão, a abduçiio, a aduçào e a ro-
do punho e da mão tação ocorrem por meio de movimentos dos ossos
em planos de movimento sobre um eixo de rotação
Flexão dorsal (dorsiflexào) articular. Esses movimentos poden1 ser denominados
Movimento de extensão do punho no plano sagi- fisiológicos. A movimentação dos ossos relativa aos
ta l com o lado dorsal ou posterior da mão moven- três planos cardinais resultantes desses movimentos ê
do-se cm direção ao lado posterior da lateral do an- denominada osteoclnemática. Para que ocorram
tebraço. movimentos osteocinem.1ticos, deve haver movi-
mento entre as superfícies articulares em questão.
Flexão palmar Esse movimento entre as superficies articulares tam-
Movimento de flexão do punho no plano sagital, bém ê conhecido como artroclnemática e inclui
com o lado volar ou anterior da mão movendo-se em três tipos especfficos de m.o vim.e ntos acessórios.
direção ao lado anterior do antebraço. Estes, denominados especificamente para descrever
a mudança real na relação encre uma superficic arti-
Flexão radial (desvio radial) cular de um osso e outra, são a rotação, o rola-
mento e o deslizamento (Fig. 1.20).
Movimento de abdução do punho no plano fron-
O rolamento é às vezes denominado balanço ou
tal, no qual o polegar se move em direção ã lateral
balanceio, enquanto o deslizruncnro é às vezes deno-
do antebraço.
minado escorregamento ou translação. Se o movi-
Flexão ulnar (desvio ninar) mento acessório é impedido, o movimento fisiológico
não acontece en1 qualquer grau substancial, a não ser
Movimento de adução do punho no plano frontal, pela con1pressão ou distração articular. Como muitas
no qual o dedo minimo se move em direção ã por- articulações diaruodiais no corpo são compostas de
ção medial do antebraço. uma superficie côncava que se articula com uma con-
vexa, o rolamento e o deslizamento devem ocorrer de
Oposição do polegar
forma sin1ultânea em algum grau. Por exemplo, con10
Movin1ento diagonal do polegar ao longo da su- ilustrado na Figura 1.21, para que uma pessoa parada
perfície palmar da mão para tocar os dedos. en1 uma posiç-lo de agachamento estenda o joelho, o
fêmur deve rolar anteriormente e, ao mesmo te n1po,
Reposição do polegar deslizar para trás sobre a tíbia. Para não deslizar, o
Movimento diagonal do polegar ao retornar à po- ren1ur deve rolar frontalmente à tíbia e, para nilo rolar,
sição anatômica após oposiç-Jo com a mão e/ou ele deve desliz.'U' posteriormente a ela.
dedos. A rotação pode ocorrer de forma isolada ou combi-
Esses movimentos são considerados em detalhe nada com o rolamento e o deslizamento, dependendo
nos próximos capítulos, tendo em vista que se apli- da estrutura articular. Ern algum grau, a rotação ocorre
cam a articulações individuais. na flexão e na extensão do joelho. No exemplo do
Podem ocorrer combinações de movimentos. A agachamento para a posição estacionária em p(l, o
flexão e a extensão poden1 ocorrer com abdução, fêmur roda medial ou internamente quando o joelho
adução e rotação. (0 ll!XIO COtttflllUI 1111 p. 28J
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

TABELA 1.7 • Ícones de movimentos representando ações articulares


Cingulo do membro superior

- -
\
'
Elevação da Depressão da Abdução da Aduçào da Rotação Rotação
esclpula escápula esclpula C5C.':i pula ascendente da descendente da
escipula esclpula
Glenoumcral

_"'r ....,~ "' R'=\j .... - - \. .~


'' ~~
.. {'
~7\ )
~-·~
(
t

.~
J \, fY

Rotação Rotação Abduç:lo Aduç:lo


flcxJo do Extens.~o Abdução Aduç:lo later-.ll do medial do hori1,ontal horizontal
ombro do ombro do ombro do ombro ombro ombro do ombro do ombro
Cotovelo Aniculaç.OOS radiulnares

Flexão do cotovelo Extensão do cotovelo Supínação radiulnar Pronação radiulnar

Punho

j
Extensão do punho Flexão do punho Abdução do punho Aduç:lo do punho
Articulação Cllrpometacarpal Attículação metacarpoíalãngica Aniculaç:lo interfalângica
(CMC) do polegar (t.iCF) do polegar (IP) do polegar

.-.

Extensão da ar- Pl<:xâo da Extens:1o da


Flcxilo da Abdução da ar- Flexão <la
Extensão da articulação ll'
articulação aniculaç:lo ticulação CMC articulação MCF ticulação t.iCF anículação II'
do polegar do polegar do polegar
CMCdo do polegar do polegar
CMCdo
polegar polegar
(contfmu1)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

TABELA 1.7 (cont. ) • ícones de m ovimentos representando ações articulares

21, 3', 4' e 9 articulações 2', 3', 4l e 9


2', 31, 4ª e 51 2', 3', 4ª e 51 2'1, 3'. .P e 5'
metacarpofalângicas (MCF) aniculações
e interfalãngkas (IF)
articulações articulações CF articulações TF
tvlCF e IF
proximais e distais
MCF proximais dlslai.s
proximais

;;; ..... ,
....
~
rr
Flexão da 2' à Extensão da 2' Flexão da
' rr
Flexão da 2' à
:;:fo'
Extensão da Flexão da
vr
{,
V

\
1
5 articulações à 9 aniculaçôes flex:.lo da
:za à 9 9 articulações :za à 9 :za à 5~ :za à 5ª
MCF e CF MCTelP articulaç-ôcs MCF artirulaçõcs articulações IF articulações IF
proximais proxima.is MCF e IF MCF proximais distais
e dista.i.s e distais

Quadril
,
~ ~_,,.
'
~ • -
~ )\ ~·\
('\
> l '
\~
.
,.,._ 1 )}; ~ ---0 1:
•lt

I \',. 1:1 ..-"+b}


, .1 ..
.- .. u

Flexão do Extensão do Abduç:lo do Aduçãodo Rotação lateral RO!aç:lo niedlal


quadril quadril quadril q uadril do quadril do quadril
Joelho
-
"~~
• 1
- 'J•
,, r~)
'
\\'\ ~
.1

-l Ll ~•
ll
D ~~ J
flexão do joelho E.~ens:1o do joelho Rocaç:lo lacera! do joelho Rocaç:lo medial do joelho
Tomoielo Aruculaçôes ln!nsversas do tarso e sublalar

>À~
. J I

L
1: --- ~:1
T
<'(\~
\

tt'l r:r i
'

lnvcrslo das arti<.ulações Eversão das articulações


Pie.ido planw do flexão dorsal do tran.wet:;aS do tarso cransvers.'IS do tarso
tomozelo 1omozclo e subcat.v e sulxabr
AltlcuJaçôes MCP e 11' do hálux 1!- à 9 :uti<:ulações ~1CF e IF proximais e ~
,
. ,_,. ,,,
~f
~ 1
t~-
(
t~ '
flexão das aniculações Extensão das alticulações Flexão da 2" à 5ª Extensão da 2' à 5ª
MCF e IF do hãJux tvlCF e l F do ht\lux articulações .M CF e IP aniculaçõe.s MCF e IF
proximals e dis1aL~ proximals e dlslais
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

TABELA 1.7 (cont.) • Ícones de movimentos representando ações artículares


Pane cervic:i l da coluna venebr:il
,,--
12::'-~..ll
r~
:.J- '\ p~
y ;:
1
~* -
Rotaç:lo cclVical
'
Flexão cervical Extensão cerviCll Flexão ccrvic:ll lateral
unilateral
Pane lombar da coluna venebral

~ .
- ~~
, ("'-,
·-
~
1

\../~
r & '"
.c:::::::r~' E=?J lJ~
Flexão lombar Extensão lomoor Flexão lombar lateral Rotação lombar unilateral

Rotoçõo

"
1
1
1 ..
'
""..
1 '

," ..

A B e
FIGURA 1.20 • Artrocinen1ãtica articular. A, Rotação; B, Rolamento; C, Deslizamento.

De Prenc!C<: WE: R<>babllltatfo" t«:b,,ftfl•l'S f or spons fft«lfcfne and otb/1!tltJ tmfnftig, 4' cd., New Yori<, 2004, WCB/Mc:<lrow-Hilt

/ : =1-~·~; ;:=: :~~~::::r::: .....~


, ._
,•
'

FIGURA 1.21 • Anrocineroática


da articulação do joelho. A, A
Partindo do agachamento para B
a posição em pé; B, Flexão a
,._
partir de uma posição sem
sustenraçJ.o de peso. 1

·
Modlllcado de Prcn1lce WE: i
Rdwbllltatfon tl!Cb"tquesfor sporis
ml'dlclne a1u1 atbletk tmfnlrig. 4' cd.,
New York, 2004, WCll/Mc:<lrnw·Hill.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

TABELA 1.8 • Movimeotos acessórios


Movimento acessório Exemplos de aniculações :inat.ôn1icas Analogia
Eic1en.'lão do joelho que oc.one quando os Pneu que rola sobre Co1nbl11t1ÇLlo de
cõndUos do fêmur rolam para a frente a ~-uperfide de uma rolanumto com
Rolamento
sobre a tibL1 :'l medkla que o lnclivíduo se estr.tda, corno ao desilzan1ent0'.
(balanço)
levania de urna posição agachada dirigir um carro com pneu girando no
boa uaç:1o gelo liso (i.e .. ira-
Extens:1o do joelho que ocorre quando Pneu que derrapa ç:lo fraca), mas
Desl~mento os côndilos do remur deslizam para trás em uma superficie ainda resulcando
(escorregamento ou sobre a tlbia :1 medida que o í.ndivíduo lisa com as rodas cm movimento
translação) se levania de uma posição ag;ichada travadas sobre a superfide
da estrada
Pronaçào/supinaç:lo radiulnar Peão de brinqut.'Clo girando ao rt.'Clor de um
R013çllO que ocorre por meio do giro da abeça pon10 no assoalho
radial de encontre ao capí1ulo do úmero

atinge a extensão total. A Tabela 1.8 fornece exemplos BBC Scicnce & Narure
de movimentos acessórios. www.bbc.eo.uk/Kiencelhumanbody/body/factfiles/joinW
ball_and_socketjoint.shtml
Rolamento (balanço)
Descreve cada tipo de articulação e fornece uma
Unu série de pontos de uma superfície articular visão de como as articulações se movem no corpo.
entra em contato com uma série de pontos de outr.i
supcrlicic articular. University of Michigan Lcarning Rcsource Center,
Hypermusde: Musde ínAction
Des lizamento (tranSlação, escorregamento)
www.med .umich.edu/lrc/HypermuKle/Hyper.htmlllflex
Um ponto específico de u1n.1 superficie atticular toma
Descreve cada movimento e fornece uma visão
contato com urna série de pontos de outra superficic.
dos movimentos realizados.

Rotação Articulations
Um único ponto de un1a ~-uperfície articular roda http-J/basic-anatomy.net
sobre um único ponto de outra superfície a1ticular. O
movimento ocorre ao redor de um eixo mecânico Un1a discussão completa sobre articulações.
longitudinal fixo no sentido horário ou anti-horário.
Foss Human Body
http'i/sv.berkeley.edu/showcase/pages/bones.html
Sites Um site interativo que permJte uma montagen1 do
esqueleto.
Anatomy & Physiology Tutoriais
www.gwc.maricopa.edu/class/bio201/index.htm Functions of tbe Skeletal Systcm
http-J/trainíng.seer.cancer.gov/module_anatomy/unit3_ 1_
BBC Science & Narure bone_functions.html
www.bbc.co.uklsciencelhumanbody/bodylfactfiles/ Diversas páginas con1 informações sobre tecido,
skeleton_anatomy.shtml desenvolvin1ento e crescímento ósseos, bem como
Descreve e fornece diferentes vistas de cada osso. sobre articulações.

BBC Scicnce & Naturc Wueframe Skeleton


www.bbc.co.uklsclencelhumanbodylbody/ www.2flashgames.com/flf·220.htm
interactives/3djigsaw_02/índex.shtml7skeleton Movimente os membros do esqueleto, como bra-
Apresenta os ossos e estruturas articulares de ma- ços, pernas e tronco, e faça-os executar n1ovirnentos
neira interativa. engraçados.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Skeletal Systen1 Radlographic Anaton1y of the Skeleton


www.bio.psu.eduffacultylsttauss/anatomy/skel/skeletal.htm www.szote.u-szeged.hu/Radiology/Anatomy/skeleton.htm
Figuras de ossos dissecados e seus pontos de re- Raios X com e sem marcas dos pontos de referência
ferência anatô1nicos. ósseôs.

Articulations Virtual Skelcton


www.douglas.bc.ca/biology/project/articulations www.uwyo.edu/RealLearning/421 Oqtvr.html

Detalha todos os tipos de articulação com figuras Osteologia humana tridimensional com vídeos
e questões para revisar. sobre cada osso.

Skeleton: TheJoints
c:Skeletons Projcct
www.zoology.ubc.ca/~bíomaníaftutoriallbonejt/outline.htm
www.eskeletons.org
Passe o mouse sobre a figura e clique par.i aces-
Um site interativo que mostra a morfologia, as ori-
sar ilustrações detalhadas das articulações.
gens, as inserções e as articulações de cada osso.
ForensicAothropology
Ex.RxArtlculatlons
www.personal.une.edu.au/-pbrown3/skeleton.pdf
www.exrx.net/Lists/Articulations.html
Detalha exercícios comuns demonstrando 1novi-
mentos de cada articulação e Hstando os 1núsculos PRANCHAS DE EXERCÍCIOS
envolvidos.
Para auxiliar o aprendizado, realizar exercícios em
Skeleton Sbakcdown sala de a ula ou em casa ou esrudar para provas, são
www.harcourtsc:hool.com/activity/skeVskel.html fornecidas pranchas no final do Hvro.
Auxilia a coloc:ar un1 et;queleto desartitulado de volta
ao lugar. Prand1a do esqueleto posterior (nG 1)
Na prancha do esquele to posterior, relacione os
Human Aoatomy Online nomes e todas as características ~pedficas de cada
www.lnnerbody.com/lmage/skelfov.html osso.
Classificação interativa do esqueleto.
Prancha do esqueleto ante.r ior (oº 2)
KLB Science Departmen t lnteractives Na prancha do esqueleto anterior, relacione os nomes
e tcxlas as caraaerísticas específicas de cada osso.
www.kibschool.org.uk/interactive/scíence/
skeleton.htm
Exercícios de classificação do esqueleto. EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E DE
REVISÃO
lntroductory Anatomy:Joints
www.leeds.ac.uk/chbllectures/anatomy4.html 1. Escolha, de modo aleatório, díversas posições di-
Notas sobre articulações. ferentes cm seu corpo e as descreva usando a
te.r minologia direcional anatômica correta.
Thc 1ntcractlvc Skclcton 2. Complete as lacunas nos parágrafos seguintes
www.pdh-odp.eo.uk/skeleton.htm usando cada palavra da lista abaixo somente uma
Passe o mouse sobre a figur.i e clique para aces- vez, com exceção das marcadas com d ois asteris-
sar ilustrações detalhadas do esqueleto. cos, que devem ser utilizadas duas vezes.

Radlog.raphic Anatomy of tbe Skeletoo


a nterior"º anterossuperior
www.rad.washington.edu/radanat/
anteroinferior bilateral
Raios X com e sem marcas dos pontos de referen- anterolateral caudal
cia ósseos. anteromedial cefálico
anceroposterior contralateral
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
30 ~ nual de e oi~ cstrurur.il

decObito dorsal posteroinferior me deitei parcialmente de costaS e sobre meu lado di-
decObito ventral posterolateral reito por um tempo. Veja qllt! a porção _ _ _ __ _
distal posteromcdial da minha coxa direita e a porção da
posterossuperior minha coxa esquerda estão tx.'111 bronzeadas mas infe·
dorsal .
lizrnente naquela posiç:1o a coxa direita _ _ _ ' _ __
inferior profundo
inferolateral proximal e a coxa receberam merios exposl-
infcron1cdial superficial çâo". Jacob comentou, "Sim, quando você se deita
ipsilateral superior sobre um lado a 1naior pane do te1npo, toma todo o
lateral superolateml.. sol no lado e nenhum sobre o
n1edial supcromedial - - -- - -·· Parece que você tinha uma coalha
palmar ventral cobrindo seus pés e tornozelos, já que a reglilo
plantar votar ------do s seu.~ membros inferiores não t:Stá
posterior •• tão brorv-eada quanto a região dos
membros inferiores". Slcphanie respondeu, "' 'ocê está
correto. Eu mantive a pane mais bai.Q das minhas per-
Quando Jacob cumprimentou Stephanie na praia,
nas cobertas quase todo o tempo enquanto esuva dei-
estendeu a superficie de sua mão
tada de ambos os lados, de modo que a pele sensível
para segurar a superficie da m:lo
dela em um aperto de mão. Quando a face
sobre minhas canelas e
não queimaram. Mas, eu consegui um bom bronzeado
------
- - - - - - de seus corpos ficou de frente uma
para a outro, Jacob observou que o cabelo posicio- - - - -- - sobre meu tronco - - - -- - •
C.'tcctO na face do meu cotovelo di-
nado na po~il<> maÍli da calx.-ça de reito, em que cu est:.rva :1poiad:i•. Quando Jacob desli·
Stephanle pareceu ser de uma cor diferente daquela zou suas sandáli.is paro protegera face _ _ __ __
de que ele se lembrava. Ele então pediu que e la se
dos pés d:i areia quente, ele disse, ·Bem, prazer em ver
virasse, assim, ele poderia cer uma vista - -- -- você. Eu tenho que ir ao consultório médico e tirar um
de seu c:ibelo. Quando ela fez isso, tomou-se claro para ter certeza de
raio X do tórax
que ela tinha uma mecha loira que corria de s ua re-
que estou livre de uma pneumonia".
gillo no sentido
por todo o caminho descendente até a regiilo
------
3. Os temios específicos dos movimentos articulares
-- - - - -·
Stephanie enlllo perguntou a Jacob se a queima-
do corpo surgem de movimentos b:1sicos em lrCs
planos cspcóficos: flcxào/cxtcnsilo no plano sagi-
dura de sol nas porções de seus
t:al, abdução/aduç:1o no plano frontal e rocação no
ombros era decorrente da exposição que sua cami-
plano tran.werso. Com isso em mente, complete a
.
seta regata proporcionou. Ele respondeu que shn,
mas que isso em somente um:i quehnadura
terminologia dos movin1en1os articulares no quadro
a seguir.
e não tão . Ele
então disse, "Que pena eu não ter tirado a c:irniseta!
Quadro de terminologia dos movimentos
Assim, cu teria tomado mais sol na porção
articulares
- - - - - - dos meus omb~ mais :icima no
pescoço·. Para cad:i movimento específico da coluna es-
Sc.cph:lnic disse que ela tinha sofrido havia pouco querda, indique o movimento básico que ela repre-
tempo queimaduras de sol em suas costaS quando dei- senta. Use os termos jlexiio, extensão, abdução, adtJ-
tou-se em na praia. Ela ent1o jogou o Çi'lO e rotação (lateral ou T11edial).
cabelo ao redor do lado do seu pes.-
coço para a porção do tronco para 1'1ovimento cspcclf'ICO_....,.._--.;.._;;.;.:.;;.;.:. bislco
1'1ovímen10...==:::::......--1
expor a regi:lo . Jacob fez unia obser- Evcrs:lo
vaç.lo, "Puxa, en1 vez do biquíni você ten1 hoje fai- lnvers:io
x:is sobre seus omb~ correndo de seu peitoral Flexão dorsal
para seu on1bro -----~ Flerlo plantar
voc~ deve ter vestido um biquíni com faixas cruzadas -
.
pois cu vc;-jo que você tem linhas bronzcadas na dire-
' Prona~o

Supinaçio
ção para a parte lombar d:i coluna
Fl;;.:exão lateral
1---...;;.
,·enebral da face
-------
dos ombros. Você de\·eria ter ficado mais tempo dei- Flexão radial
tada em •. Ela respondeu "Bem, eu Flcx:lo ulrur
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

4. Delennine quais aniculações apresenian1 movimentos 7. Liste os ossos do membro superior.


possíveis nos seguinles planos:
a. Sagital 8. Liste os ossos do membro inferior.
b. Frontal
c. Tr-.msverso 9. Liste os ossos do cíngulo do membro superior.

5. Decermine os planos em que ocorre1n as atividades 10. liste os ossos do cíngulo do membro inferior.
abaixo. Use uma caneta par.i visualizar os ei.xos de
cada uma. 11. Descreva e explique as diferenças e semelhanças
a. Subir escadas entre o ri\dlo e a ulna.
b. Girar a maçaneta para abrir a porta
c. Concordar movimentando a cabeça 12. Descreva e explique as diferenças e semelhanças
d. Discordar movimentando a cabeça entre o úmero e o fêmur.
e. Balançar o corpo de um lado para o outro
f. Olhar por cima do ombro 13. Utilizando a Figura 1.7 e outr'dS fontes, coloque
um X na coluna apropriada para indicar a classi-
6. Quais são as cinco funções do esqueleto? ficação do tipo de osso no quadro abaixo.

Quadro para classificação dos tipos de ossos


Osso Longo Cuno Plano Irregular Sesamoide
Frontal
Zigo1n:itico
Pariet:1l
Temporal
Occipital
Maxilar
Mandibular
Vêrtebra
cervical
ClaVlcula
Esclpula
Úmero
Ulna
Rãdio
Ossos do
carpo
Mctaca.r pais
Falanges
Costelas
E.$temo
Vênebras
lombares
lüo
i.squlo
Púbis
Fêmur
Patela
(C0'1ll1111a)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Quadro para classificação dos tipos de ossos (cont.)


Osso Longo Cuno Plano Irregular Sesamoide
fabela
1ibia
Fíbul3
T:ilus
Calcâneo
Navicular
Cuneiformes
Metacal'S3 is

14. Classifique as partes de um osso longo. 17. Localize os vários úpos de articulaç-Jo no esque-
leto humano e palpe os seus movirnentos cm um
out:ro indivíduo.
18. sozinho ou com ou1ra pessoa, pratique vários
movimentos articulares.
19. Posicione-se em frente a uma porta fechada. Agarre
a maçaneta, gire-a e abra totalmente a porta, pu-
xando-a para você. Determine todas as articula-
ções envolvidas nessa ação e liste os movimentos
feitos por cada uma delas.
20. Utilize um goniôn)etro para mensurar amplitudes
de movimento articulares de alguns de seus cole-
gas de classe para cada urn dos movítncntos a se-
guir. Co1npare seus r~uhados com a variação média
de re:.t1.hados apresentada nos Apêndices 1 e 2.
a. Rotação medial e lateral do ombro com o ombro
em 900 de abdução em deçúbito dorsal.
b. Flc.xào do cotovelo em decúbito dorsal.
c. Extensão do punho com o antebraço na posi-
ç-Jo neutra e o cotovelo em 900 de fle.ic:ão.
d. Rotação lateral e 1nedial do quadril na posição
sentada con) o quadril e o joelho cm 90" de
flexão.
e. Flexão do joelho em decúbito ven!ral.
f. Flexão dorsal do tornozelo com o joelho cm
900 de flexão e em extensão rotai.
F&nur 21. Complete o quadro de tipos, movimentos e pla-
nos de movimentos das articulações (p. 33).
a. Preenchendo com o tipo de aniculação diar-
15. Usando as referências ósseas, como você deter- trodial.
mínaria o comprimento de cada membro inferior, b. Listando os movimentos da articulação sob o
a fim de verificar se uma pessoa realmente tem plano de movimento no qual ele ocorre.
um.a diferença de comprimento no tamanho total
22. Usando a tem1inologia apropriada, complete o
da perna?
quadro de posição articular a seguir listando o
16. Explique por que a fibula é niais suscetível a fra- nome de cada articulação envolvida e sua posiç-lo
turas do que a úbia. ao têrmino dos movimentos articulares múltiplos.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Quadro de posição articular


Movimentos articulares múltiplos Aniculaçõcs e suas respectivas posições
Alcançar a orelha cont.ralateral em ltnha reta por cima da
face superior da cabeça
Coloc:ir o h~lux de urn pê con1rn a face
posterior da panLurrilha contmlatcral
Alcançar atrãs do dorso e usar o polegar para tocar
um processo espinhoso
Puxar o joelho o máximo possível cm direção
ao ombro ipsllateral

Colocar a face plantar de ambos os pés wna contra a outra

Quadro de tipos, movimentos e planos de movimento das articulações


Plano de movimento
Articulação Tipo Sagital Lateral Transverso
Estemoclavicular
Anicul:IÇllo escapulotoracica
Acromioclavicular
Alticulação glenoumeral
Cotovelo
Articulação radiulnar
Punho
1" arlicula~o carpomctacarpal
11 aniculaçào meLacarpofulângicl
Aniculação interfa13ngica do polegar
....
2', 31 , 41 e s• aniculações metacarpofalângícas
2', 31, 4• e 51 articulações interfalllngicas proxlmais
2', 31, 4l' e 5• articulações interfalãngicas distal~
Pane cervical da coluna venebral Cl ·C2
Pane cervical da coluna venebral C2-C7
Pane lombar da coluna vencbral
Quadril
joelho (aniculação tibioíemoraO
Joelho (articulação patelofemoral)
Tomoiclo
AnicuL1ção 11'31\SVers:t do tarso e aniculação sub<alar
Articulações met.-itarsofalllngicas
lnterfalângica do dedo h!ilux
2'' 31 ' 41 e 51 aniculaçõcs intcrfalânglcas proximals
21, 31, 41 e 51 articulações interfalângicas distais
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
34 ~f 1n1 ti1I d.::: . 1 ... , 'rlp· ...1rt.J1• "':1
1

23. Liste duas habilidades esportivas que envolvam mo- Quadro de plano de movimento e eixo de rotação
vimentos mais bem visualizados de um dos lados.
Uste tan1bém oc; principais movimentoo que ocor- Plano de Eixo de
Movimento
renl no tornozelo, no joelho, no quadril, na coluna, movimento rouc:lo
na aniculaç:1o glenoumer:tl, no cotovelo e no punho. Rotaç;lo cetvical
Em qual plano esses movimentos nlai.s ooorrcm?
Qual o principal eixo de roração envolvido? Rlevaçào do dngulo
do membro suoerior
24. Liste duas habilidades esportivas que envolvam Aduç.lo glenoumeral
movimentos mais bem visualizados de frente ou horiwntal
de trás. Uste também os principais movimentos Flexão do cotovelo
que ocorrem na anículação transversa do tarso/
sulxalar, no quadril, na coluna, na articulação glc-
Prona~o radiulnar
noun1eral e no punho. Em qual plano esses movi-
mentos mais ocorrem? Qual o principal eixo de Desvio radial do
rotação envolvido? ounho
Abduçio metacarpo-
25. Liste as semelhanças entre tornozelo/ pé/dedos falllna:ica
do pé e punho/ mão/ dedos da mão no que diz
FlcxAo lomb:lr lateral
respeito aos ossos, estruturas articulares e movi-
1nentos. Quais são as diferenças? Rotaç.lo medlal do
nuaclrU
26. Compare e con1taste as articulações glenoumeral
e acecabulofemoral. Qual delas ê nmis suscetível Extens!lo do í<Jelho
a luxações e por quê?
Inversão do tornozelo
27. Por que a posiç-Jo anatômica <: tão importante
para a compreensão da anatomia e dos movi- Extensão do hálwc:
1nentos articulares?

28. DisC\lta as seguintes articulações com seus cole-


gas e as ordene da que possui a menor para a
que possui a nlllior amplitude de movimento.
Justifique a sua resposta.
a. Tornozelo Referências bibliográficas
b. cotovelo
c. Glenoumeral
d . Quadril Anthony e, Thlbodcau G: Textbook o/"'"''º"'>' 1mdJ>b>~· ed
10, St. 1..0uls, 1979, M06by.
e. Joelho lloohef JM, Thlbodcau GA: AJbll'tlc l11j11r;,• assessrntml, cd 4, "'""'
f. Punho Yodc, 2000, ~kCr>w·HiU.
GC>SS CM· Cray~ar1t11omyof1bebt1rt1arr body, cd 29, Ptubddphla,
29. Existe maior possibilidade de inversão ou de ever- 1973. l.c::l & ~·
são na articulação lr'JnSVersa do tarso e subtalar? t1:1milt.o n N, l.ut13et1$ K: Kirrc'llo/og)' SClenlfjic basls ofb11ma11
motlt"~ cd 10, New York, 2002, M~Gr.aw•Hill.
com base na anatomla explique por que isso
Unds:ly 01': FutialOrwl b1m1t1n mwtomy, St l..Oui>, 1996. Mooby.
ocorre.
l.Qtµn GA, \ICKIMey WCi AnaS<>mlC .w~., ""3, l>ubvque. IA,
1982, Bcown.
30. Exi:>te maior possibilidade de abdução ou de l'>•tion>l Stn:ngth and Conditionlng ~llon; lbcchk TR, Ea.rle
adução na articulação do punho, Com base na RW: E.<sv>1tlals o{stn"'Jltb trolnl•w and rondllloril1ig. cd 2..
anatomia, explique por que isso ocorre. Clumi»lsn. 11., 2000, Hurnan Kinc1lcs.
l'\cumann, DA: KlruislokJgy oftbe m11St:U/o$Jwktal..,.,.,,,... foumla1101u
f<>rpb)'t{(:a/ Tl'ba/>111ta1101~ S<. Loulo, 2002, Modby.
31. Para cada u1n dos nlovin1entos artJculares llscados
no quadro a segulr, liste o plano de tnovimento e r-:onhrlp JW, t.ogan CA, McKlnney wc, A11n/)<ts o/sporr '"º"º"'
tnrat1mrlt: und /Jil)rlr«bár1k: f""'P<'Clkô!$, cd 3, l)ubucr..e, IA, 1983,
o eixo de roroç-Jo no qual o movimento ocorre. ero..u
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Prc:ntlcc WF,: Ant.lx:fm ~ flrirtelp{C$ n/ulbklk tmlnln&, cd 11 , Ncw Stcdman ·n..: Sle<lman~ 1Pwdkaf dlalot111'y, cd 2'1, lnltUno<-c, 2000,
Yol1<. 2003. McGra..··Hill. upp<nccu wm1>ms & Wilkins.
Prcmtia: WE: Rdxlbllítatl<m t«bnlqucs 111 JfJO"' m"'11drw, ed 4. New Stclndltt A: Kl11mol0f1Y of tb<r b11ma11 bod)'. St>rltWicld. li., 1970,
Yol1<, 2004, McGr.>,.,Hlll. 'Tbom:&s.
Sccley Rlt, Stcpm,ns TD. Tatc P: Arintomy&pbystol;>JO>, cd 7, Ncw V:ltl De Ct:aalf IG\~ H11ma11 tl•l(,JIOrtty, cd 6, New Yol1<, 2002,
Yol1<, 2006, Mc:Cn\\'·HUI. McÇt:aw-HUI,
Shl<:< D, Buúa J, Lewis R: Hole~ _,,,lals ofbumun tmatomy nrrd 'hn l)e Gr-.ufT KM, Fox $1, 1'1l'leur KM: $y>l()J)fl< ofbunUJrt anaJOnt)'
pb)Sf<>/OIJ)'. ed 9, New Vod<, 2006, McGt:lW· Hill. (!,pb;»-fólot!J', l'>ubuquc, IA, 1997, Brown.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Capítulo
undafllentos
neurofllusculares

Objetivos
• Revisar a anatomia básica e a função dos sisten13S n1uscular e nervoso
• Revisar e compreender a terminologia básica usada para descrever as localizações, a organização e as
caracterislicas dos músculos, bem como as funções neuromusculares
• Aprender e compreender os diferentes tipos de contração muscular e os fatores e.nvolvidos em cada um
deles
• Aprender e compreender os conceitos neuromusculares básicos relativos à função dos músculos no
n1ovimento anicular e a seu crabalho conjunto na geração de movimento
• Desenvolver um entendimento básico dos mecanismos de controle neural do movimento

s músculos esqueléticos são rcsponsávei.'l pelo distintivas, seja sua aparência visual, sua localização
O movimento do corpo e dt.: todas as suas arti<.u·
lações. A conu·.ição muscular produz a força que
anatômica ou sua fun~-ão. São exemplos da nomen·
clatura de músculos esqueléticos:
causa o n1ovimento das articulações no corpo hu- Forn1a10 - deltoide, romboide
mano. Além de sua função nos movimentos, os mús·
1an1a11bo - glúteo máximo, redondo menor
culos também fornecem proteção, contribuem para a
postura e para a sustentação e produzen1 grande 1V1í111ero de diuisôes - tríceps braquial
parte do calor corporal cotai. Existem mais de 600 Direção das ftiJras - oblíquo externo
músculos esquelé1icos, os quais constituern cerca de Localização - reto femoral , palmar longo
40 a 50% do peso corporal. Destes, existem 215 pares
Ponto de fixação - coracobraquiaJ, extensor longo do
de músculos que, em geral, trabalhan1 cooperando
hálux, Oexor longo dos dedos
entre si para exe<.utar ações opostas nas articulações
que cruzam. Na maioria dos casos, os músculos Ação- eretor da espinha, supinador, extensor do dedo
atuam mais em grupo do que de forma independente mínin10
para realizar um dado movimento articular. ls.w é CO· Ação e forn1a10 - pronador quadrado
nhecido como ação m uscular agregada. Ação e 1an1a11bo - adutor magno
Fornullo e localizaçiio - serrátil anterior
Nomenclatura muscular Localização eji.Yação- braquiorradial
Localização e nún1ero de divisões - bíceps fen1oral
Para aprender sobre os músculos esqueléticos, é
útil saber como são nomeados. Em geral, os múscu- Na díscussão sobre o assunto, os músculos costu·
los são nomeados por uma ou mais caracterisúcas mam ser agrupados para uma compreensão mais

37
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

clara e maior concisão. A nomenclatura dos grupos Localtzaçâo - flbulares, abdominal, cingulo
musculares segue um padnlo similar. A seguir, estào do men1bro superior
os grupos n1usculares nomeados de acordo com dife- Ação - flexores do quadril, manguito rotador
., .
rentes pnnc1p10$:
As Figuras 2.1 e 2.2 descrevem o sistema muscular
Fort1za/o - isquiotibiais de um ponco de vista superficial. Elas não apresen-
Núnzero de divisões- quadríceps feinoral, oiceps sural tam <>-~ músculos profundo.~.

Frontal ---------------<!-,
Orbiculor do olho ---------li~
Mosse~r -------------->< Orbicular do boco

Esternocleidomost61deo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Eiterno-hi6idoo
Eiternotireóideo - - - - - - - - - - : -"'"1 ~~~------- Trapézio

Deltoide, porte doviculor - - - - - -+-


Peitorol moior - - - - - - -
Corocobroquiol - - - - - - - i
_ _ _ _ _ Tricepi btoquiol
loHlSimo do dorlõ - - - - - -
- - - - - Bíceps broqulol
Serr6til anterior - - - - - - -
- - - - - - Btoquiol
Broquiorrodiol ------~
Boinho do reto - - - - - - - - - - Pronodor redondo
- - - Oblíquo ex1erno
E>denlOr rodiol - - - - - -
longo do corpo - - Reto do obdome
flexor rodial do carpo
Polmor longo--------/
llioplOOl
TenlO( do l61do loto - ---1'
~e::--- Pectíneo
Sor16rlo - - - - -....,,."'I ~"11----
_ _ __.,.... :....µ.._.__ Adutor
longo
Reto femorol -f,,_,Ht-----t ----+~~,....--- Gr6cil
Vosto loterol ----~11.J.:.... Adutor mogno
Vasto medial
Vosto interm6dio (não mostrodo)

Tiblot on~rior - - - - - - - - - - - - 1 - - - - - - - Go1trocn6mio


fibular longo
Exten$()( longo doi decloi - - - - - - Sóleo
fibulor curto

Tendõo el<l8nsor longo do h61ux -----lj;

FIGURA 2.1 • Músculos superficiais do corpo humano, vista anterior de un1a posiç-Jo anatômíca.

De Thibodeau GA: Aruuomya11dpbysiól<lfl)\ St. Louis, 1987, M~y.


APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 an<l:uncntoo ncuromusa.1larc.> 39

Estemocleidomost6ideo - - - - - - -

Delloido, porte ospinol -----~,,:;;;:.;~ ~'.\.--------Trap6zio


lnlroMpinol - - - - - - - :-1- - - : - - - - - Redondo menor
- - - - - Redondo maior
:fiii&- Triceps b<oqviol (cobeço lor190J
lotissimo do dor"° - - - - - - , Trkeps braquial (cobeço lotoroq

Extensor rodiol - - - - - Sroquiorrodiol


lo"90 do corpo - - - - Oblíquo oxtorno
Anc6neo - - - - - -
- - Flex0< ulnor do corpo
Glútoo médio - - - - O--- Extctn$0r ulnor do corpo
Extctn$0r rodiol curto do corpo
- - - - Extcn"°r comum
Abdutor longo do polegor dos dedos
Extensor curto do polegar --:++-->t... :...,.----- Glúleo móximo
Gtócil ----~+-'"'-'IJ---J.-j

Adulormogno ---f-H~----4-f--f.;.,t

Semilendlneo ---------H -+--------- Siceps femorol


(cobeço longoJ
Semimembron6c:eo
PlonlOr

S61eo - - - - - - - - - - -
Fibulor l o n g o - - - - - - - - -
fibulor cvrto - - - - - - - - - +--------- Tendõo do colcóneo

FIGURA 2.2 • Músculos superficiais do corpo humano, vis1a posterior.

De 11libodeou Glc AtuUOm)' a11d pbyslolcgy. St. Loul•. 1987, M<l6by.

Os músculos ilustrados aqui, ben1 como n1uitos entre si e em relação aos tendões a que se ligam. O
outroS inúsculos e rodas as articulações do corpo, formato e a organização das fibr,is tt!m papel na c.-a-
ser.lo estudados com 1nais decalhes nos demais capí- pacidade do músculo de exercer força e na ampli-
tulos deste livro. tude pela qual ele pode efetivamente exercer essa
força contra os ossos a que está unido. Um fator que
influencia a capacidade de um mósculo de exercer a
Formato dos músculos e organização força é o seu diãn1etro de secção transversal. Man-
das fibras tendo todos os outros fatores cons1antes, um mús-
c ulo com um diâmetro de secç-Jo traru.versal maior
Os n1úsculos possuem diferentes formatos, e suas será capaz de exercer uma força maior. Outro fator
fibras podem estar organizadas de diferentes modos que atua na capacidade de um músculo para mover
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

uma articulação por unta grande amplitude de movi- As fibras dos músculos untpenados avançam obliqua-
1nento ê sua capacidade de encurtar-se. De modo mente apenas de um lado do tendão. Exemplos são
geral, músculos mais longos podem encurtar-se por observados no bíceps femoral, no extensor longo
uma grande ampli1ude e, portan10, são mais eficazes dos dedos e no tibial posterior.
ao mover articulações por grandes amplitudes de As fibras dos múseuloo bipenados avançrun obliqua-
1novimen10. mente de ambos os lados de um tendão central,
Todos os músculos esqueléticos podem ser agru- como no reto femoral e no flexor longo do hálux.
pados em dois tipos bãsicos segundo a organi7.ação i\•f úsculos 17ittltfpenados possuem vários tendões com
de suas fibras: paralelos e penados. Cada tipo pode fibr.is avançando diagonalmente entre eles, como
ser subdividido de acordo com seu fom1ato.
no deltoide.
Os músculos paralelos possuem fibras orgaruzadas
de fonna paralela ao comprimento do músculo. De Os músculos bipenados e unipenados produzem
modo geral, míisculos paraJelos produzem uma ntaior as contrações mais fortes. Consultar a Tabela 2.1 e
amplitude de movimento do que os músculos de ta- a Figura 2.3 a respeito do formato dos míisculos e
manho similar, porém organizados de forma penada. da organização das fibras.
Os míisculos paralelos são classíf'icados da seguinte
forma: Propriedades do tecido muscular
Músculos planes são, de modo geral, finos e extensos. O tecido musculoesquelétíco possui quatro pro-
Originam-se de aponeuroses largas, fibrosas, no for- priedades relacionadas com sua capacidade de produ-
mato de folhas, o que pemlite que distribuam sua 7.ir força e gerar 1novimcnro ao redor das articu lações.
força sobre uma área ampla. E.xemplos incluem o Irritabilidade ou excitabilidade refere-se à proprie-
reto do abdome e o obliquo externo. dade sensível ou responsiva do músculo aos estímulos
Músculos fitSijom1es têm formato de fuso com uma químicos, elétricos ou mecânicos. Ao fornecer um es-
faixa central que se afila aos tendões em cada ex- tin1ulo apropriado, os músculos respondem gerando
trc1nidade, pcmlitlndo que concentrcn1 sua força tensão. CootratilJdade refere-se à capacidade que o
em pequenos alvos ósseos. Exemplos silo o bra- músculo tem de, quando estinn1lado, contrair-se e de-
quial e o braquiorradiaJ. senvolver tensão ou força interna em oposição a uma
Músculos em tira são mais unifonncs en1 diâmetro, resisd!ncía. A capacidade do tecido muscular de gerar
e, necessariamente, todas as suas fibras são organi- cens:.lo ou contrair-se é única, visto que ouuos tecidos
zadas dt: maneir.i paralela e alongada. Isso tam- não possuem essa propriedade. Extensibilidade diz
bém os corna ap1os a conccnu-ar a força cm pe- respeito ã capacidade do músculo de ser estendido de
quenos alvos ósseos. O sart6rio é uni exemplo. forma passiva além de seu comprimento de repouso.
Músculos radiados às vezes são descritos como trian- Por exemplo, o uíceps braquial demonstra extensibili-
gulares, em formato de h(:Jicc ou convergentes. dade quando é estendido alén1 de seu con1primento
Combinam uma organização de músculos lisos e fu- de repouso pelo bíceps braquial e por outros flexores
siformes, uma vez que se originam de aponeurest:s do cotovelo a fun de atingir a flexão completa dess.1
amplas e convergem em um tendão. Exemplos são articulação. A elasticidade se relaciona à capacidade
o peitoral maior e o trapézio. do míisculo de recoroar ao seu comprimento de re-
pouso origínal após um estiramento. Dando continui-
Músculos esjincteríanos, ou circulares, são tiras tecni-
dade ao exemplo do COlovelo, o rriceps braquial de-
camente contínuas que cercam aberturas e tên1 monstra elasticidade por retornar ao seu con1primento
como função fechá-las em uma contração. Um original de repcuso quando os flexores do cocovelo
exen1plo é o orbicular da boca, que a cavidade oral cessam a contração e relaxam.
cerca.
Músculos penados possuem fibras mais cur-
tas que são organizadas de forma oblíqua aos
Terminologia muscular
seus tendões, formando uma estrutura sirnilar a A localização dos músculos, su:is fixações prox.i-
uma pena. Essa organização aumenta a área de mais e distais e sua relação co1n as articulações que
secção tr.insversaJ muscular, expandindo assim cruzam são fundamentais para decenninar os efeitos
seu potencial de produção de força. Sua classi- que eles exercem sobre as articulações. Tambêro ê ne-
ficação se baseia no arranjo preciso entre as fi. cessário compreender certos tcnnos ao cr:nar de movi-
bras e os tendões. rncntos do corpo.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1an<l:uncntoo ncuromusa.1lare.> 41

TABELA 2.1 • Formato dos músculos e organização das fibras


Organização
Van1:1gens Pormaro Cal'3aerístícas/descriç:lo Exen1plo
das fibras
Em geral, finos e largos. Originam-se de Reto do abdome,
aponeuroscs largas, fibrosas, no formato oblíquo externo
Plano de folhas, o que possibilita que eles
distribuam sua força sobre unia área
an1pla
Em fom1ato de fuso, con1 um ventre Braquhil,
cenu-.il que se aflla aos tendões cm braquion-.idlal
Fusifom1e
cada extremicfade; pode concentrar
Produz maíor força em pequenos alvos 6.sseos
Paralela
amplitude de Mais unifonne em diâmetro. N~-
(fibras organiz:1das Sartório
movimento do
de modo paralelo ~me, todas as fibr-.is são org:1ni7.adas de
que músculos Em tira
ao comprimemo modo pwalelo e alongado; pode coocen·
penados de
do músculo) rrar f()fÇ:l ern pequenos alvos 6sseoo
tam.'lnhO similar
Radiado Combinam a organização dos Peitoral maior,
(triangular, cm 1núsculos planos e fusiíom1es. trapézio
formato de hélice Originam-se de amplas aponcuroscs e
ou conveigcnte) convergen1 eJn um cendilo
Músculos em fom1a de tiras Orbicufar da boca,
Esfincteriano tecnicamente contínuas. Cercam orbicular do olho
(circular) abertura.~ e as fechan1 quando
se contraem
Produz mais Avançan1 de forma oblíqua a um tendão Bíceps fen1oral,
Pen:tcb força do que Unipenado cm apenas um lado extensor longo dos
(fibras mais músculos parale· dedos, tibial ~<erior
CUl13S, los sintil:ues Avançam de form.-i oblíqua em ambos Reio femoral, flexor
organizadas em iamanho por Bipenado os lados de um tendilo central longo do hálux
de modo conta de uma
oblíquo maior ãrea Vários tendões com fibras que avançam Deltoide
aoo tendões) de secção Multipenado diagonalmence en1te eles
u-.insvcrsal

Intrínseco de um músculo que a cruza. Por exemplo, o bíceps


Em geral, rclaciona•se aos músculos que se locali· braquial possui a açlo de flex ionar o cotovelo. Na
zam ou que pertencein exclusívamsente à parte do maioria dos casos, uma açJo específic-.i é causada
corpo e1n que atuam. Exemplos são os pequenos mCi.s- por um grupo de músculos que trabalham em con·
culos intrinsccos cnconcrados na mão. junto. Apesar disso, qualquer um dos músculos
pode ser apontado como responsável pela ação,
EXtónseco mesmo que ela resu11e de esforço do grupo muscu-
lar. Un1 111úsculo particular pode gerar mais de uma
E.tn geral, extrínseco ê um 1em10 relacionado a
aç:lo na mes1na articulação ou e1n diferenres articu-
músculos que se originam fora da parte do corpo em
lações, depen dendo das car.ictensticas das artic.ula-
que acuam ou proxímalmente a ela. Os músculos do
ções que ele atravessa, da sua localii.aç-Jo exata e
antebraço, que se fixam proximalmen1e ao úmero
de seus pontos de fixação em relaç-J.o a ela(s).
distal e se inserem nos dedos da mão, são bons
exen1plos.
Inervação
Ação Segmen10 do sistema nervoso responsável por
Traca-se do movi1nenco particu lar de un1a articu- fornecer estímu lo às fibras musculares no interior de
lação como resultado de uma con1ração concêntrica uma porção n1uscular específica. Um músculo espe-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Tipo e descrição Apa rê ncia


Paralelo - parecido com
uma tira; longa amplitude
(conttai·se ao longo de uma grande
área); boa resistência;
não (! especialmente forte;
p. ex.• sartório e reto do abdome

Radiado - MI formato de
hélice; força de contraçllo
concentrada em um único ponto
de fixação; mais forte que
o tipo paralelo; p. ex., deltolde
e peitoral maior

Esfincteriano - fibras organizadas


de forma concêntrica ao
redor de uma abertura
(oriflclo); atua como um
esfincter quando contra ido;
p. ex.. orbicular da boca,
orbicular do olho

Penado - muitas fibras por


unidade de área; músculos fortes;
curta amplitude; multo hábil;
entra em fadiga rapidamente;
três tipos: (a) unlpenado,
(b) bipenado e
(e) multipenado 1
A B e
FIGURA 2.3 • Fonnatos dos músculos e organl.zaç-Jo das fibras.

MO<l&~do de V;ln De Craatr KM: H'"""" ª''°'º"'>'·li' cd., Oubuque, IA. 2002, Mc:Craw-HJJI.
cifico pode ser inervado por mais de um nervo, e Tendão
um nervo pode inervar mais de um músculo ou ape- Tccído conjuntivo fibroso, scmelha.n1c a uma corda.
nas parte de um. Conl!Cla os músculOI; aos O$$OS e a outras estruturaS.
Em alguns casos, dois músculos podem compartilhar
Amplitude um tendão, como o tendão do calcâneo para os múscu-
Amplitude de comprimento da fibra muscular los gastroenêmio e sóleo. Em outro.5, um músculo pode
entre o alongan1ento máximo e o mínimo. ler míiltiplos tendões conectando-o a um ou mais ossos,
como as três fixações proximais do lriceps braquial.
Ventre (corpo) Origem
A porção central e corpulenta do músculo. Costuma De uma perspectiva eslrutural, a f001çJo proximal
aumentar em diãmetro à medida que o músculo se de um músculo, ou a pane do músculo que se fixa
contrai. É a porção conrrátil do músculo. mais proxímalmente ao meio, ou centro, do corpo, é
Quando um músculo espL>cífico se contrai, ele considerada a origem. De u1na perspectiva funcional
tende a puxar as duas extremidades na direção de seu e histórica, a parte ou ftxaçào menos móvel de um
ventre para o meio. Em consequência, se nenhum músculo costuma ser considerada a origem.
dos ossos em que o m(isculo está fixado estiver estabi-
117.ado, ambos os ossos irão se mover um em direção Inserção
ao oulrO con1 a contração. Entretanto, é 1nais comum Do ponto de visia esuutur.il, a fixação distal ou a
que, por uma série de fa1ores1 um dos ossos esteja parte que se fixa n1ais distalmente ao meio, ou centro,
mais estabilizado. Desse modo, sob contração, o osso do corpo é considerada a inserção. Do ponto de visla
menos csrabilii.ado cosruina se mover cm direção ao funcional e histórico, a parte mais móvel costuma ser
nlllÍS estabilizado. considerada a inserção.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 •n<1 ""'"lt

Por exemplo, em exerc1aos de l'OSC"J bíceps, o classificadas como ison1étricas ou isotônicas. Uma
músculo bíceps braquial tem sua origem na escápula contração isométrica ocorre quando é gerada tensão
(osso menos móvel) e sua inserção no rádio (osso no interior do m(Jsculo, mas os ângulos articulares
ma~s móvel). Em alguns movimentos, esse processo permanecen1 constantes. Contrações ison1étrlcas po-
pode ser revertido, como c.x.-orre no exercício de tra- dem ser chamadas de estáticas, posto que uma quan-
ção na barra fixa, no qual o rádio é relativamente es- údade significativa de tensão pode ser desenvolvida
tável e a escápuia se move para cima. En1bora nesse no músculo para manter o ângulo articular cm uma
exen1plo o osso mais móvel esteja invertido, a fixação posição relativamente e:.1átka ou estável. Contrações
proxilnal do bíceps braquial é sempre na esclpula, e isométricas podem ser utilizadas para escabilizar seg-
esta continua sendo a origen1, enquanto a inserção, mentos corporais, impedindo a movimencação resul-
por sua vez, ainda está no rádio. O bíceps braquial tante da ação de forças externas.
seria um músculo exU'ÍnSeco do cotovelo, ao passo Contrações isotônicas envolvem o desenvolvimento
que o braquial seria intrínseco ao cotovelo. Neste de tensão por parte do 1núsculo para provocar ou con-
lívro, em cada músculo estudado ser-lo indicadas sua trolar o movimento de uma articulação. Pode1n ser
origem e sua inserção. consideradas dinãmk:as porque a variaç-Jo do grau de
tensão muscular é a causa da mudança dos ângulos
Tipos de contração (ação) muscular articulares. A contração muscular isotônica é classifi-
cada ainda como concentrica ou exci!ntrica, com base
A tensão gerada em um músculo como resulcado na ocorrência de encurtamento ou alongamento. As
de um estímulo é conhecida como contração. O contrações concêntricas envolvem o desenvolvimento
tenno contração muscular pode confundir, pois, em ele tensão por parte cio músculo quando ocorre encur-
alguns casos, o músculo não diminui cm compri- tamento, ao passo que as excêntricas envolven1 o alon-
mento como o termo faz supor. Por isso, é cada vez gamento do músculo sob tensão. Na Figura 2.4, A e B
mais comum referir-se aos vários tipos de contrações ilustram contrações isotônicas, e G' demonstra uma
musculares como ações r1111sculares. contração iso1nétrica.
Contrações musculares podem ser usadas para É importante notar que o movimento pode ocor-
g<.>rar, controlar e ftnpcdir o movimento artlcular. Em rer cm qualquer aniculação sem que exista contração
ouuas palavras, elas podem ser utilizadas para iniciar, muscular. Esse movinlento é denominado passivo e é
acelerar, diminuir ou desacelerar o movinlento de um resultante apenas ele forças externas, como as aplica-
segmento corporal, ou ainda in1pedir o rnovi1nenco de das por uma outra pessoa, por um objeto ou por
um segmento corporal provocado por forças externas. uma resistência, ou ainda pela força da gravidade na
Todas as contrações ou ações musculares podem ser presença de relaxan1ento 1nuscular.

O músculo se contrai O mú=lo se contrai O mú=lo se contrai,


com forço mol0< do que com forço menor do mas nôo muda s.eu
o resi5Jõncio e s.e encurto que o resis,.nclo e se comprimenlo (controçõo
(controçõo cono&ntrico) alongo (controçõo i sométrico)
excintrico)

\
1
Movimento
1
Movimento

A B e
FIGURA 2.4 • Contrações isotônicas e isométricas. A, Contração concêntrica; B, Contraç-Jo cxc<!nlrica; C,
Contração isomélrica presente quando um músculo se contrai, mas não se encurta.
' b11ma" onatomyi> pb)'Slolcgy, 9' ed., Dubuque, '"""'· 2002, McGrnw-Hlll.
Mod!Rc:ado de Shle< O, Butlef J, l.e\\1$ R; llole'.<
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Contração concêntrica como negativa. A força desenvolvida pelo músculo é


Envolve o desenvolvimento de ten'>âo muscular du- menor do que a da res~1ência, resulta na mucL'lnça no
rante o encurtamento do músculo e ocorre quando o ângulo articular na direção da resislênci.1 ou força ex-
músculo desenvolve força suficiente para vencer a re- terna e posslbilira que a pane do corpo se mova por
sistência aplicada. As contrações concêntricas poden1 conta da gravidade ou de forças externas (resi&ência).
ser consideradas causadoras de movimento contra a Contrações excêntricas são usadas para desacelerar ou
força da gravidade ou contra uma força de resistência e par.ir movimentos de um segmento corporal. Já que o
são dcscriras con10 contrações positivas. A força desen- músculo se alonga cm vez de se contrair, a recente
volvida pelo mú.'ICUlo é malor do que a da resisté!nda, o mudança na te.rminologia de contração muscular para
que ~ulra em uma alteraç:io do ângulo articular na ação muscular está se tornando mais aceitável.
direção da força muscular aplicada e faz a pane do A Tabela 2.2 explica os vários tipos de contração
corpo se mover contra a força da gravidade ou contra e os movimentos articu lares resul!antes. Também in-
forças externas. clui a temlinologia usada na definição e descrição
dessas ações.
Contração (ação muscular) excêntrica Exercícios podem usar apenas um ou todos os
Envolve o alongamento do músculo sob tensão e tipos de contração prua promover o desenvolvimento
ocorre quando o músculo diminui gr.idualmente a ten- muscular. O desenvolviJnento de mãquínas de exercí-
são para contr0lar a reduç-Jo da resistência. Pode-se cio resultou cm outrO tipo de exercício muscular, co-
in1aginar que o peso ou a resistência vençam a contra- nhecido como isoclnético. A isocinética não (: outr0
ção muscular, mas não a ponto de o músculo não tipo de contração, como alguns especialistas descreve-
poder controlar a redução do movimento. A ação mus- ram de forma eJTÕnea; trata·se, na verdade, de uma
cular excêntrica controla o n1ovilnento com a força da técnica específica que pode usar um ou todos os dife-
gravidade ou con1 un1a força de resistência e é descrita rentes tipos de contração e consiste en1 um exercício

TABELA 2.2 • Contração muscular e matriz do movimento


Tine de <.-ontracilo (ac-Jo muscular)
Fatores definidores Movimento sem
Isotônica
e descritivos lsomêtrica contração
concêntrica Excênllica
Encuruunento Alongamento Imposto a penas pela

•• ••
comprimento do Sem mudanç:i
força ela gravid:ide e/ou
músculo agonista significativa
por forças externas
Alongamento Encunamento Imposto apenas pela

•• ••
Comprimento do Sem mudança
força da gravidade e/ou
mÚ51CUlo antagonista significativa
por forças externas
Imposto apenas pela
.Mudanças no Sem mudança Na direçilo ela força
Na din.--çlo da força força da gmvidade e/ou
ângulo anlcular significativa externa (resistência)
por forças externas
Contra objetOCI imóveis Contra a força da gravi· Com a gravidade e/ou De acordo oom a força
Direç:lo da parte
ou <."Onlr.l um:1 força cbde e/ou outra força ou1r.1 força externa da gravidade e/ou
do oorpo
externa (resístêncía) externa (resb<ência) {iesistênda) outras forças externas
Ausência de movimento
ApUca~lo de prcss:lo ou movimento p-~ssivo
t-iovlmento (força), mas sem Causa movimento Controla o movimento ocorrem como resultado
result:ir em movimento da forç;i da gravidade e/
ou de forças externas
- Encurtamento
Alongamento dinâmico:
Desoiç;lo Eslátic:I; fl.~3dOr:l dinilmico: trobalho Passivo; relaxamento
trabalho negativo
positivo
Força muscular
Sem força, s6 ~
aplicad:i ~. Força • resistência Forç;i > rcsist<lnci3 FOI\';! < resistência
re.5l5rêncb
resistência
(co111in11a)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 an<l:uncntoo ncuromusa.1lare.>

TABELA 2.2 (cont.) • Contração muscular e matriz do movimento


Tine de contraclo (aclo muscular)
Fatores definidores Movimento sem
Jsotônici
e descri1ivos Isométrica contração
Concêntrica Excêntrica
Velocidade em rela De :1cordo con1 :t
Mais lenta que a
ção à gravidade ou inércia das forças
Igual à velocidade da l>iais rápida do que a velocidade gravi1:1cional
resistênd.3 apHcada ex1emas aplicadas ou
resistência aplicada inércia da resistência e que as forças inen::ials
incluindo forças com a velocidade
:iplk:ldas
inerciais gravitacional
Igual a O ou aceleração

-
Aceleração/ Acelcr:ição Desaceleraç:1o
Aceleração zero de acordo com as forças
des;iccleração t& ex1emas aplicadas
Símbolo descritivo (•) (+) (-) (O)
Movimento passivo pro-
Impede as forças Desacelera ou para o
Aplicação Inicia ou acelera o vocado pela ação da
externas de gerarem movimento, "freando a
prática lllQVÍmCnlO movitncn10 força da gr:1vicL1de e/ou
ação"
ouuas forças externas

dinâmico que, cm geral, usa conuaçõcs musculares Estabilizadores


concêntricas e/ou excêntricas, nas quais a velocidade Músculos que circundam a arliculaç-lo ou pane do
do movimento é constan1e e a <.'Ontraçào muscular corpo e se contraem para fixar ou estabilizar a ãrea de
(cm lese, contração nláxima) ocorre ao longo do mo- modo a ~rmitir que outro membro ou St.>gmen10 cor-
vimento. Aparelhos do tipo Biodex, Cybex, Lido, entre poral e xerça força e se mova. Conhecidos como fLxa-
outros, destinam-se a pennitir esse ripo de exercicio. dores, são essenciais por estabelecerem uma base re-
Escudantes con1 boa íorn1ação em cinesiologia lativ-.imente firme para a.s articulações 1nais distais
devem estar aptos a pres<:rever exercícios e ativida- trabalharem quando realizam n1ovimento.
des para o desenvolvimento de grandes músculos e
grupos musculares do corpo humano. Devem ser ca- Sincrglstas
pazes de ler a descrição de um exercício ou de ob-
tvlúsculos que paruc1pam da ação do agonista,
servá-lo e imediatamente conhecer os músculos mais
mas que não são necessariamente os motores prin-
importantes que ele trabalha. São apre.sentados a se-
cípais dessa aç-lo; conhecidos como músculos-guias,
guir os termos que descrevem o funcionamento dos
ajudam em movimentos refinados e eliminam movi-
músculos nos movimenros articulares.
mentos indesejados.

Funções dos músculos Neutrallzadores


AgoniStas (Figura 2.5) Contrabalançam ou neuualizam a ação de outro
Descritos em geral como músculos que, quando niúsculo de modo a impedir movio1entos indesejáveis,
contraídos concentricamence, provocam movimento con10 substiniições musculares inapropriadas. Eles se
articular cm um plano especifico; conhecidos como contraem para resistir a ações específicas de oucros
motores primários, motores principais ou músculos 1núsculos.
mais e nvolvidos.

Antagonistas (Figura 2.5)


Vinculação das funções dos músculos
Músculos que e m ger-.U se localizam no lado Quando um músculo que realiza múltiplas ações
oposto ao da articulação dos agonistaS e que pos- agoni.stas se conlrai, ele tenta realizar todas as suas
suem a ação concêntrica oposta à deles; conhecidos ações. Os músculos não deteoninam quais de suas
como músculos contralacerais, trabalham em coope- ações são apropriadas para a rarera a ser desempe-
ração com os agonistas, pois relaxam e pennirem nhada. As ações de fato realizadas dept.'lldcm de ~'rioo
que o movimento ocorra, nms, quando se conc.r aem fatores, como as unidades motor.is ativadas, a posição
concentrican1ence, realizam o movimento articular articular, o comprimento do músculo e a contração ou
oposto ao do agonista. relaxamento relativo de outros músculos que agem na
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Mcwimenlo do ,...,,.;,,,
"'-
ontob<oço '---~· •.,~
Conl<oçõo do músc:ulo
bk&ps braquial
(cC<IO&nlTico)
Ródio
~

Músc:ulo
A relaxado

Con1roçõo do j """'
8 músc:ulo tricepo
bro'l"iol {c:oncénlrico)

FIGURA 2.5 • Relação agonisra-anragonista. A, o bíceps ê agonista e o uíccps é antagonista na flexão do


cotovelo; B, O uíceps é agon.ista e o bíceps é antagonista na e.~ens."lo do colovelo.
Modílicado de Shla D, 6utki- J, Lewis R: llo/JJ'll b""'ª" a11111omy 6 pb)'$/olb[O'. 9' cd., Dubuquc, Iowa, 2002, Mc:Gr.>w-HUL

articulação. Ern certOS casos, dois músculos podem tra- lado, tornando-a relativamente estável para que os
balhar em sinergia, con1mbalançanclo suas ações opos- ílexores do quadril no lado envolvido se contraiam
ras, a fim de realizar uma ação comum. contra ela. Quando a bola é chutada, o pectíneo e o
Conforme discutido, os agonistas são os princi- tensor da fáscia lata são adutores e abdutores, res-
pais responsáveis por determinados movimentos, ix;-ctivamentc, além de flcxorcs. As ações de abdu-
como a flexão cio quadril e a extensão do joelho ção e adução são neutralizadas uma pela outra, e a
quando se chuta uma bola. Nesse exemplo, os n1ús- ação comum dos dois músculos resulla em ílexào
culos isquíotlbiaJs são antagonistas e relaxam para do quadril.
permitir que o chute ocorra, o que não significa que Do ponto de vista prático, não é essencial conhe-
nenhum outro músculo da área do quadril esteja cer a força exata exercida por cada flexor do coto-
envolvido. A precisão do chute depende do envol- velo (bíceps, braquial e braquiorradial) ao fazer fle-
vimi:nto dt: muitos outros músculos. Quando o xões de braço na barra fixa. O importante é entender
1nembro inferior oscila para a frente, sua trajetória e que esse grupo muscular é o agonista, ou principal
seu ângulo subsequente no ponto de contato de- motor responsável pela ílexào articular do cocovelo.
pendem ele uma certa quantidade de contração ou De modo semelhante, é imponante entender que
relaxamento relativo nos abdutores, adutores, rota- esses músculos se contraem concentricamente quando
dores internos e externos do quadril. Esses múscu- o queixo é tracionado para cima até a barra e que
los agem de 1naneira sinérgica para guiar com preci- eles se contraem excenlricamente quando o corpo se
são o membro inferior, ou seja, não são responsáveis abaixa de maneira lenla. /\1úsculos antagonistas pro-
diretos pela extensão do joelho e pela flexão do duzem ações oposlas às do agonista. Os n1úsculos
quadril, mas contribuem para a precisão do movi- que produzem extensão da articulação do cotovelo,
mento total. Esses músculos-guias contribuem par.i por exemplo, são antagoni5l3S aos que produzem a
aprimorar o chule e impedir movimentos adicionais. sua flexão. É importante compreender que exercícios
Além disso, os músculos do quadril contralateral e específicos p recisam ser prescritos para o desenvolvi-
da área pélvica precisam estar sob relativa tensão mento de cada grupo muscular ant:igonisla. O movi-
para ajudar a fixar ou estabilizar a pelve naquele mento de retorno ã posição suspensa após urna íle-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 47
xão de braço na barra fixa é a extensão da aniculação A etetromiografaa (E.\1G) utili~ elt:trodos de super·
do cotovelo, mas nela o uiceps e o ancõneo não ficie colocados sobre o músculo ou eletrodos finos em
estão sendo rortalccidos. Ocorre uma contração con- ronna ele agulha colocados denll'O dele. Quando o in-
cêntrica cios nexores da articul:lção do cotovelo, se- dividuo em estudo movimenta a aniculação e contrai
guida por uma contraç-Jo exci!ntrica dos mesmos os músculos, a unídade de F..\1G detecta o potencial
músculos. ele ação dos músculos e romece unl:I leitura eletrônica
da intensidade e da duração da contraç-Jo. A E.\1G é a
Inversão da função muscular maneira n"l:lis precisa de detectar a prcsenç:t e a exten-
Um grupo mu~lar relacionado ao desempenho são da atividade muscular.
A estimulação elWica muscular é de cena ronna o
de uma dada função pode contrair-se para controlar
opo510 da eletromiografia. l:m vez de a ek'Uicidade ser
o exato movimento oposto. A Figura 2.S A ilusua o
utili7.ada para delectar a ação n1uscular, ela ê usada para
comportamento do bíceps como agoni51a ao con-
provocar a atividade muscular. Os eletrodos de superfi-
trair-se concentricamente para ílexlonar o cotovelo.
cie são colocados sobre o músculo e então o estimula-
O oiceps é um antagonista para a Ocxão do cotovelo
e, nesse exemplo, o pronador redondo ê conside- dor o contraí. Mações articulares podem ser observa-
rado sinergil>ta cm relaç-Jo ao bíceps. 1'1esmo que o das para verificar o efeito da oontração do músculo
bíceps tivesse que se alongar de n"l:lncíra lenta e con- sobre elas.
trolar a extensão do cotovelo, ele continuaria sendo
o agonism, mas se contf"'Jiria concentricamente para linhas de tração
estender essa aniculação. A Figura 2.S 8 ilustra con10 Combinar o conhecimento do modelo funcional e
o triceps ê u1n agonista para a extens.'lo do cotovelo, da classific:a.çilo diartrodial dt: uma articulaç-Jo em par·
contraindo-se concenlric111nente. O bíceps é um anta- ticular com a compreensão da localizaçilo espeéúlc:a
gonista da extensão do cotovelo nesse e.xemplo. de uma unidade n1usculotendínea quando esta cruz.-i
Mesmo que o tríceps tivesse que se alongar de rnodo uma articulaç.'lo é extremamente útil para entender o
lento e controlar a Oexilo do cotovelo, ele continua- modo con10 ela atua na aniculaçilo. Por exemplo, sa-
ria sendo o agonista d.'l cxteru;ilo, apesar de con- bendo que o reto re1noral tem sua origcrn na espinha
trair-se excentricamcnte. Nos dois exemplos, o del- ilíaca anteroinferior e sua inserção na ruberosidacle da
toide, o trapé1Jo e vá.rios outros músculos do ombro ubia via pateia, pode-se afirmar qut: o músculo deve
agem como estabilizadores dessa área. rer = relação anterior com o joelho e o quadril.
Além disso, sabendo que ambas as articulações s.'lo
Determinação da ação muscular capazes de movimentos no plano sagital, como ílexào
e extensão, é possível supor que, ao ocorrer a contra-
A ação específica de um músculo pode ser deter- ção concêntrica do reto femoral, ocasionam-se a ex-
minada por vários métodos. Isso inclui levar cm consi- tensão do joelho e a nex:io do quadril.
deração linhas anatômicas de tração, clissecçào anatô- Al~ disso, sabendo que o ~mitendineo, o semi-
mica, palpação, modelos, eleuomiografm e estimulação mcmbranácco e o bíceps remorai originam-se no
elétrica. rober isquiitico e que os dois primeiros atravessam o
Com uma compreensão das linhas de tração de um joelho de forma posteromedíal antes de se inserirem
músculo relativ-.is a uma articulaç-Jo, pode-se determi- na ubia, mas que o bíceps femoral atravessa o joelho
nar a ação muscular nessa articulação. (Ver tópico •u- de rorma pos1erola1eral antes de se inserir na cabeça
nhas de tração• adiante neste capírulo.) Embora não da fibula, pode-se imaginar que os ires músculos
esteja disponh•el a todos os c.-studantes, a dissecç-Jo de possuem relações posteriores com o quadril e o joe-
músculos e articula~ em cadáveres é urna excelente lho, o que os capacita a serem extensores do quadril
maneira de entender a ação muscular. e flexores do joelho na contração c:oncen1rica. O co-
Para a n"l:lioria dos m(isculos csqucl&iCOli, a palpa- nhecimento especifico relacionado às suas rLXações
çi1() é um modo n1ui10 útil para determinar a ação mus- distais e ã capacidade do joelho de girar quando ne-
cular. Essa estratégia foi uso d'l sensibilidade do tato xlonado permite determinar que o sernitendínco e o
para sentir ou examinar um niúsculo contraído. A pal- semimembranáceo causam rotação medi:tl, ao pas.sc>
pação li1nita-se ;\ muscul:itura superficial, mas ê útil para que o bíce~ femoral causa rotação lateral. S:iber que
entender o mecanismo da articulaç:lo. Modelos como os eixos de rotação do joelho se encontram nos pla-
tiras elásticas longas podem ser utili~clos para facilicar nos frontal e vertical, mas não no sagital, possibilita
o entendimento ci1s linhas de craç:\o e sio1ular o alonga- determinar que apesar de o semitendíneo e o semi-
mento ou encurt:unt:nto muscular quando Un"l:I articula- mernbranáceo terem UO"la linha de traçilo poscerorne-
ção se move por várias amplirudcs de n'IOvímento. dial e de O bíceps remorai ter Un"l:I linha de tração
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

posterolateral, eles não são capazes de gerar, respec- siona contração muscular. Dependendo de uma série
1ivamente, adução e abdução do joell10. de fatores, este es(unulo pode ser processado em vá-
Esse concei10 também se aplica de forma inversa. rios graus e em diferentes níveis do s istema n ervoso
Por exemplo, se a únjca ação conhecid:i de un1 1nús- central (SNC), o qual, para o propósito desta discus-
culo como o braquW é a flexào do co1ovelo, pode-se são, será dividido e1n cinco nlveis de controle. Essa
dc1enninar que sua linha de tração deve ser anterior ã lista, que pane de um nível n1ais geral de controle
articulação, bem como que a origem do braquial deve com localização mais superior para um nível mais es-
e:;rar localizada em alguma parte;: da região anterior pecífico com IO<.'<llizaç.1o mais inferior, inclui o córtex
do úmero e a sua inserção em alguma parte da região cerebral, os núcleos da base, o cerebelo, o tronco
anterior da u lna. cerebral e a medula espinal.
Ao estudar os movimen1os do corpo, deve-se con- O córtex cerebral é o mais alio nível de con-
siderar lodos os seguintes fatores e suas relações para trole, providenciando a elaboração do movimento
alcançar um conhecimento con1pleto do assunto: voluntário co1no uma ação muscular agregada, 1nas
não como uma atividade muscular específica. Ele
1. Localizações exa1as das referencias ósseas a que 1ambém interpreta estímulos sensoriais do corpo a
os músculos se lixam de forma proximal e disial fim de dc1errninar as respostas necessárias.
e suas relações com as articulações. Os n úcleos da base são o nível seguinte. Eles
2. Os planos do movimento em que uma articulação controlam a manutenção de posturas, o equillbrio e
é capaz de se mover. os movimentos aprendidos (como dirigir um carro).
3. A relação entre o músculo ou sua linha de tração Administram também a integração sensorial para ati-
e os eixos de rotação da articulação. vidades de equilíbrio e ritmo.
4. À medida que uma articulação se move ao longo O terceiro é o cerebelo, maior integrador dos
de uma amplitude de movimento específica, a impulsos sensoriais, fomecendo feedback rela1ivo ao
possibilidade de que linha de tração de um deter- movin1ento. Ele controla a duração e a in1ensidade
minado músculo mude a ponro de exercer uma da atividade muscular, ajudando no refinamento dos
ação diferente ou oposta il que exercia na posi- movimcn1os.
ção original. o nível scguin1e é o tronco cerebral, que intc-
5. O efeito potencial da contração ou do relaxa- gr.i todas as atividades do sis1ema nervoso central
mento ele outros múscu los sobre a capacidade p<>r meio da excitação ou da inibição das ações neu-
particular de um niúsculo para causar movi- romusculares desejadas e das funções de alerta ou da
mento. manutenção de um estado de vigília.
6. O efeito do comprimento relativo de um músculo A m edula espinal é a via comum entre o SNC e
sobre sua capacidade de gerar força (ver relação o sistema nervoso periférlco (SNP), que contém
comprimento-tensão 1nuscular e insuficiência ativa/ todos os demais nervos ao longo do corpo. Ela pos-
passiva). sui o controle 01ais específico e in1egra vários refle-
7. O efeito da posição de outras articulações sobre a xos espinais simples e co1nple.xos, bem con10 as ati-
capacidade de um músculo biarticular ou multiar- vidades corticais e as dos núcleos da base cm vários
ticular en1 produzir força ou pem1itir alongamento níveis de classificação do.~ reflexo.~ espinais.
(ver músculos uniaruculares/biarticulares/ multiar- Do p<>nto de vista funcional, o SNP pode ser clas-
ticu lares). sificado em sensorial e motor. Os nervos sensoriais
ou aferentes transmitem impulsos de receptores da
pele, aruculações, músculos e de outros aspectos pe-
Controle neural do movimento riféricos do corpo para o SNC, ao passo que os ner-
voluntário vos 1notorcs ou eferen tes carregam in1pulsos para as
regiões mais ruscan1es do corpo.
Ao se fa.lar de atividade muscular, seria preciso na Os nervos espinais, ilustrados na Figura 2.6, tant-
verdade chamá-la de atividade neuromuscular, uma bém fornecem funções mo1oras e sensoriais para
vez que o n1úsculo não pode ser ativo sem inervação. suas respectivas porções do corpo e são nomeados
Todo movimen10 voluntário é resulcado do tr.1balho de acordo com a localização de sua saída na coluna
conjunto dos sistemas muscular e nervoso. Toda con- vertebral. De cada lado da coluna vertebral há oito
tr:1ç-lo muscular ocorre como resultado de uma csLi- nervos cervicais, doze nervos torácicos, cinco lomba-
mulaç-lo do sL~tema nervoso. Por fim, toda fibra mus- res, cinco sacrajs e um nervo coccígeo. Os nervos
cular é inervada por um neurônio motor somático cervicais de l a 4 formam o plexo cervical, que, de
que, ao receber uma es1imulação apropriada, oca- modo geral, é responsável pelas sensações da região
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 an<l:uncntoo ncuromusa.1larc 49

Plexo cervical (Cl-CS)


Alço cervical *h.-------Allos (primeiro Yértebro cervico~
Norvo ooeipitol ""'"°' -----.....;.
Nervo """'10q1 tr_00f'91'$() 14------ Nllf'Yos cervicais (8 pares)
Nervo sup<oe:loviculor-----,-.-/
Nervo lr6níco--------_;-. ~H-....:.~:::--- Expon>ão cervical
C7
Plexo braquial (CS·T~
) r
Noivo oxílor
Nervo rodiol - - - T2
NeNO musculoaitõneo T3
Nervo mediano---" 1.ó
Nervo ulnor- - - '
TS
T6

Netvos lntercostals (tw6ciccM) L 17


18

Our<><náte< ---------~-=- <( 19

Plexo lombar (L1·lA) "-"""=:-...,..,...._,.__ Primeiro vérrebro lombar


N""'° Uio-hi~ - - - - - - ...,.,,17:+---t--Cone medulo1
Nono illoingulnol - - - - - -
NetllO genilofemo<ol ~ 1.3 > - --+--- - Nllf'Yos lambonJs (5 panJs)
Neno femoral culôneo lateral - - - 'U
N..-vo femoral - - - - - - - - Coudo equino
15
N""'° obturador-------~
s filo
Plexo .....-ai (lA-54) S2
S34------''--- Socro
Nervo __fN""'° fibulor eo<num $.d Nervos MKrais (S pares)
1$qui61lCOLNorvo riblol-----
~
Norw lome<ol culôneo po•tOOe< _,,,,.
__....- -~=----...___- Nervos cacdgoos ( 1 par)
Nervo pudondo ·
'----'------ filomonlO lorminol
Plexo lambouacral

FIGURA 2.6 • Raízes dos nervos espinais e plexos.


Modillc:ido de Boohcr JM. Tht'bodc:;iu CA: Atbktlc ltljury tJSS<JSStlU!111, 4' ed., Oub.Jque, lo.,••, 2000, Mc:Gt.a\\'•Hill.

que vai desde.! a pa.n e superior dos ombros até as espinais, um mJõtomo ê definido como um músculo
partes posterior da cabeça e anterior do pescoço. O ou grupo muscular suprido por um nervo espinal cs-
plexo cervical fornece inervação motora para vários pecífi<.-o. Certos nervoo espinais são ra.mbém responsá-
músculos do pescoço. Os nervos cervicais de 5 a 8, veis por reflexos. Ver Tabela 2.3 para observar as fun-
bem con10 o primeiro nervo torácico, fonnan1 o ções específicas dos nervos espinais.
plexo braquial, que fornece as funções motora e sen- As unidades funcionais básicas do sistema ner-
sorial para os membros superiores e para a maior voso responsáveis por gerar e transn1itir impulsos são
parte da c.'SCápula. Os nervos torácicos de 2 a 12 as células nervosas conhecidas como n eUJ'Ônios. Os
avança.m direcamente par.i regiões ana1ômicas espe- neurônios consis1Co!n1 em u1n corpo celular, uma ou
cfficas locali1.adas no 16rax. Todos os nervos lomba- mais proíeçôes de ramificações conhecidas como
res, sacrais e coccígeos formam o plexo lombossa- dendritos - que transm item impulsos par.i o neurô-
cral, que fornece sensação e função mo1or.i para a nio e par..i o corpo celular - e um axôolo, uma pro-
parte inferior do tronco, para toda o membro inferior íeção alongada que leva i1npulsos para fora dos cor-
e para o perineo. poscelulares neuronais. Os neurôn ios sãodassificados
Um aspecto da função sensorial dos nervos espi- em três tipos, de acordo com a direç-Jo na qual trans-
nais ê fornecer f eedback para o SNC reference :\s sen- mitem ímpulsos. Neurônios sensoriais transmitem
sações da pele. Un1a determinada área de pele suprida impulsos de [odas as partes do corpo para a medu la
por um nervo espinal específico é conhecida como espinal e para o cérebro. Os oeUJ'Ônlos motores
dennãtomo. A respei10 da função mo1ora dos nervos 1ransmi1em impulsos do cérc.!bro e e.la medula espinal
( O texto continua'"' p. 52.)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
50 M in1 •I Jc 1 " 'r>r ''""'

'lABELA 2.3 • Dermátomos, miótocnos, reflexos e aplicação funcional das raízes dos nervos espinais
Raiz Dcrmátomo aferente Miótomo eferente
Reflexos Aplicaç;lo funcional
nervosa (sensorial) (n1otor)
Músculos superiores do
CI Taco: vénice do mnlo Nenhum Nenhuma
pescoço
Tato: tempora, fronte, MÚS<:\llos supe.riores do
C2 Nenhum Nenhuma
occipfcio pescoço
e
·~ T:ito: todo o pescoço, Rell'3ç:lo da esclpula,
...
V face posterior, área Trapézio, esplénio da extensão do pescoço
C3 Nenhum
9.<J temporal, abaixo da cabeç:I Sensaç<>es da face e da lateral
li: mandíbula do pescoço

Retraç:lo e elevaç;lo da
Tato: ãre:i do ombro,
Trapé".t.io, levantador da esclpula
C4 ~rca clavicular, área
escápufa
l\cnhum
Sensaç<>es <ia clavícula e da
superior da escãpula
pane superior da esdlpula

Tato: área do delloide,


Abdu~\o
do ombro
região anterior de todo o Supraesplnal, l.nfraespl113l,
C5 braço até a base do deltoide, bíceps braquial
Bíceps braquial Sensações da porção lateral do
br:iço e do eotovelo
polegar

Flexão do 00<ovelo, extensão do


Tato: pane anterior do
punho
br.iço, lado radial da mão Bíceps, supinador, Bíceps braquial,
C6 até o polegar e o dedo extensores do punho braquiom1dial
Scns:ições da porção lateral do
antebraço, incluindo os dedo:;
indicador
polegar e indicador

Extensão do cotovelo, ílcx.'lo do


Tato: pane la1eral do
punho
braço e antebraço até os Tríecps braquial, flcxorcs
<::7 l'ríceps braquial Sensaç<>es da pane medial do
dedos indicador, n1édio e do punho
-·g... anular
lado anterior do
antebraço e do dedo médio
r! Desvio ulnar do punho,
.r>
o Ocsvladorcs ulnarcs, extensão do polegar
~ Tato: lado medial do
extensores e adutores do Sensações da pane posterior do
li: C8 a n1ebraço até os dedos l\cnhum
polegar (r:iramente o cotovelo e <fa pane
anular e núnimo
triceps) mcdlal do an1cbraço atê os
dedos mínimos

Músculos intr\nsccos da
Tato: região medial do Abdução e adução dos dedos
mão, com exceção do
TI braço e do antebraço atl! Nenhum Sensações da porção medial do
oponente do polegar e do
o punho br:iço e do cotovelo
abdutor curto do polegar

Taro: lado 1nedial da pan(


Sensações da pane medial do
~'Uperior do braço a1é o Músculos
T2 cotovelo medlal, áreas lntel'COSlals
fl1enhum braço, <11 região superior do
peiloral e da área medíoescapular
peitoral e medioescapular

Tato: T3-T6, região su pe-


n- rior do tórax:; TS-17, mar- Músculos inte~ais e
Nenhum
Scn.saç<>es do peito, do abdome
T12 gen1 C05tal; T8-T12, ab- alxlon1inals e do dorso
dome e regi:lo lombar
(contlt111a)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 n<1 ""'"lt 1 Jro•ni,- 111 . ' 51

TABELA 2.3 (cont.) • Dermátomos, miótomos, reflexos e aplicação funcional das raízes dos nervos
espinais
Raiz Dermátomo aferente Mi61omo eferente
Reflexos Aplicação funcional
nervosa (sensorial) (motor)

Taco: baixo ahdonie,


virilha, r<,1!iào lombar da 2' Sensações do dorso, acima do
Ll Quadr:ido do lombo Nenhum
à 41 vértebra, prute supe- troc:uuer e da virilha
rior mais l:lreral da rooc-ga

Tato: regi:1o lombar


Flexào do quadril
baixa, regíilo superior da Wopsoas,
L2 Nenhum Sensações do dorso, da parte
nAdega, pane anterior da quadriceps femoral
anterior da coxa atê o joelho
coxa

Flexão do quadril e extensão do


Tato: pane medial da
joelho
coxa atê o joelho, pane Patcla ou
Sensa~ do dorso, da pane
L3 anterior do terço inferior !'Soas, quadríceps femoral extensores do
superior da n.1<k.-ga. das pruws
da coxa até abaixo da joelho
anteriores da coxa e do joelho e da
patcla
pane medL'll da perna

Flexão dorsal do tornozelo,


in versão transversa do tarso e
Tibial anterior,
1àto: pane medial da Patela ou subtalar
extensor do hálux e cx1en-
IA perna e do pé, borda extensores do Sen.~~ da pane medial da
sor longo dos dedos,
-g íntC.'111a do p<:, hálux
Obulares
joelho nfi<k.>ga, da pane h1tcr.tl d.'I roxa,
da pane medlal da perna, do
~ doroo do p<: e do h..1.lux
B8
Tato: borda lateral da Ex1ensão do h11ux, eversão
-
o
~
perna, superfície anterior
Extensor do hálux e exten·
sor longo dos decbi, ílbu·
transvcr.;a talar/ subtalar

-"
"-
L5 da perna, alro do pé até
os três dedos mêdios do
lares, gl6teos máximo e
médio e llexores dorsais
Nenhum Seru;ações da pane superolateral
da perna, superficic anterior da
pé perna, três dedos m&tios do pé

Tato: pane posterior do Flex:lo planuir do tomozclo,


quarto inferior da perna, flexão do joelho, eversão
<fistrocnêmio, sóleo, Reílexo do
pane posterior do pé, transversa t.alar/ suhtaJar
Sl glúleos máximo e ml'<lio, tendão do
incluindo o calcanhar, a Sensações das panes lalern.I da
L<;qulodblais, fíbulares caldineo
borda lateral e a planta pema, lateral e plantar do pé, e
do pê do 4ª e SD dedos

l'lexão plantar do tomozelo e


Tato: faixa central poste-
Gastrocnêmio, s6k'O, flexão dos dedos do p<:
rior da pema desde
52 glOteo m1xímo e Nenhum Sensações das panes posterior
abaixo da dobra gl6tea
isquiotibiais da coxa e da pane
até 3/ 4 :•baixo da pem:1
poSterossuperior da perna
Tmo: virilha, pane medial Músculos Sensações cfa virilha e da região
S3 Nenhum
da coxa até o joelho intrin.secos dos pés adutora
ConU"Ole urinário e intestinal
Tato: pcríneo, genitais, Sensa~'ÕCS da ru\dcg:i e pane
54 Bexiga, reto Nenhum
sacro inferior posterior da roxa, dos genitais,
do ânus
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
52 t 1 1

JY.ira os músculos e t«idos glandulares. lnterneurô- ao estiramento e à ~ de cstlramcnto. Eles se inserem


nios são neurônios centrais ou de conexão e condu- em especial no tecido conjuntivo no interior dos mús-
zem impulsos dos neurônios sensoriais até os neurô- culos e avançam paralelos às fibras musculares. O nú-
nios m()(ores. mero de fusos cm um detenninado músculo varia de
acordo com o nível de controle neces.'>ário para uma
Propriocepção e cinestesia área espeéifica. Assim, a concentração de fusos muscu-
lares nas nlãos é muito maior do que nas coxas.
O desempenho de várias atividades depende multo Quando ocorre um cstlr.l1nento rápido, um impulso
do f eeelback neurológico do organismo. De modo sim- é enviado para o SNC, que então ativa os neurônios
ples, utilizamos vários sentidos para deten11inar a ~ mo«>res do músculo, caus.-indo uma contração. Todos
posta ao nosso ambiente, como quando usamos a os músculos possuem esse rdlexo mlotático ou de
visllo para saber quando levantar as mãos para pegar estiramento, mas ele é mais notável nos músculos ex-
uma bola rebatida. F..stamos familiari7.ados com os scn- tensores dos membros. Um exemplo é o reflexo pau:-
tidoo do olf.uo, iato, visão, audição e paladar. Temos a la.r, ou abalo do joelho, mostrado na Figura 2.8. Ao atin-
capacidade de perceber outras sen.sa~ como dor, gir o reodão patelar, o maneio de test:tr reflexos causa
pressilo, calor e frio, mas sempre contamos com o um rãpido estiramento na unidade musculotendínea do
f eedback sensorial fornecido por proprioceptores du- quadríceps femoral. Em ~. o quadríceps femoral
rante a atividade neuromuscular. Os propriocepc~ excira-se e o joelho se estende. Al~m disso, quanto mais
são receptores internos localizados na pele, nas anicu- súbita for a martelada, mais significativa será a contrn-
laçõcs, nos músculos e nos tendões. Eles nos fomcccn1 ~1o reflexa. Um exemplo mais prático é observado na
ft'<!dback referente à tensão, ao comprimento e ao es- manutenção da pos1ura, como no caso e1n que um cs-
tado de contração do músculo, à posiç-Jo do corpo e rudante começa a cochilar na sala de aula. Quando a
dos mcn1bros e aos 1novimcntos das articulações. Esses cabeça começa a se inclin;1r para a frente, ocorre um
proprioceptores, em combinação çom outro11 órgã.os rápido estiramento no extensor do pescoço, o que ativa
dos sentidos, são vitais para a dnestesl.a, a percepção o fuso mUSC1.1L'lf e rcsult:t no retomo abrupto da cabeça
consciente da posição e do movimento do corpo no para a posição esrendlda.
espaço. Por exemplo, se uma pessoa está em p(: sobre O reflexo de estiramento produzido pelo fuso
uma única perna com o outro joelho Oexlonado, ela muscular pode ser utili1.ado para facilitar uma res-
não precisa olhar para a perna que n;lo está susten- posta maior, como em um agacha.m ento rãpido e
tando o peso para saber o número aproximado de curto antes de se tentar um s.-.lto. O rápido estira-
graus em que deve mantê-la Oexionada. Os proprio- mento i.m posto aos músculos pelo agachamento os
reptorus present~ no joelho e ao redor dele forn~ capacita a gerar mais força para o individuo saltar.
infonnação para que se esteja cincstcslcruncnte cons- Os órgãos tendinosos de Golgi (Fig. 2.7), localiza-
ciente da posição do joelho. Os proprioceptores espe- dos em série no tendão próxinlo à junção musculo-
cilicos dos músculos são os fusos musculares e os ór- tendinea, são conti nuan1entc sensíveis ãs tensões
gãos tendinosos de Golgi (OTGs). Por sua vez, os musculares e à contraç:lo ativa. Os OTGs são bem
corpúsculos de f.1eissncr, Ruffmi e Pacini, bem como menos sensíveis ao estiramento do que os fusos mus-
os bulbos de Krause, s:lo proprioceptores específicos culares, e requerem um estiramento maior para serem
das articulações e da pele. ativados. A tens:lo nos tendões e, por consequência,
Enquanto a cinCS(csia trata da percepção cons- nos OTGs, aumenta :l medida que o músculo se con-
ciente da posição do corpo, a propriocc~ é o trai, o que volta a ativar os OTGs. Quando o limiar de
mecanismo inconsciente pelo qual o corpo é capaz estiramento dos OTGs <:: alcançado, um impulso <:: en-
de regular a posrura e o movimento respondendo a viado ao Sl\C, causando o relaxamento do músculo e
estímulos originado.~ nos proprioceptores internos às facilitando a atiV".tçào dos antagonistas como um me-
aniculações, aos tendões, aos músculos e ao orelha canismo protetor. ISto é, os OTGs, por meio desse
interna. Se um indivíduo possuir uma boa proprio- reílexo inverso de estiramento, protegem o corpo de
cepção, ao pisar inesperadamente em uma supcrficie contrações excessivas ao provocar o relaxamento do
inst:ivel, os nlúsculos presentes em seu membro infe- músculo no qual se inserem. Por exemplo, quando
rior e ao rl.'<lor dele podem responder com rapidez um levantador de peso coloca um peso excessivo na
contralndo-sc de forma apropriada para evitar que- rosca bíceps e alcança o ponto extremo da sobre-
das ou ferimentos. ~ é uma resposta protetora do carga, os OTGs são atiV".tdos. O bíceps relaxa, e o lli-
corpo, que ocorre sem termos tempo de tonl3t uma ceps se contrai, o que fa7. parecer que o levantador
decisão consciente para reagir. está jogando o peso no chão.
Os fusos musculares (Fig. 2.7), concentrados sobrc- Os corpúsculos de Pacini, concentrados ao redor
rudo no ventre muscular entre as fibras, são sensíveis de cápsulas articulares, ligamentos, bainhas dos ten-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 an<l:uncntoo ncuromusa.1larc.> 53

fibra - - - - - - - - . \ \
nervoso sensorioJ

Tecminoções
nervo>0>
sensoriais ~--Órgõo iendinoso
de Golgi

fibro
nervoso---.. ~--Tendõo
senS01ial , );,-""""'.

~-,,;...-;:..--fibra
íntrafusol
-----fibra
musculoeoqveléttco
~~'--"'--:-:--=----fuso muscular fibra muscular _ _ _ __,,

;L..._.,,._J:.-_,..------8oinha de tecido
coniuntivo
A e
FIGURA 2.7 • Fusos nlusculares e órgãos cendinosos de Golgi. A, O aumento do comprimenco n1uscular
estimula o fuso m~ular, que, por sua vez, t!.'>"timula a contração muscular; B, Os órgãos tenclinosos de Golgi
ocupan1 os tendões e inibem a contração muscular.
De Shlcr D, Butlcr J, l.éwls R: llole's bumari a11ntomy & pb)l<fo/"fO', 9' c<l, Ncw York, 2002, McGmw-HUJ.

dões e abaixo da pele, são ativados por rápidas mu- A qualidade do movimento e a reação à mudança
danças no ângulo articular e por mudanças de pres- de posição são sigrufic-.itivamente dependentes do
são que afetam a clpsula. F.ssa ativação dura pouco e controle de f eedbock proprioceptivo dos músculos e
não é eficaz na detecção de pressão constante. Esses articulações. Assim como outros fatores que envol-
corpúsculos auxiliam no fornecimento de feedbock vem o 1novimento corporal, a propriocepção pode
sobre a localização de uma pane do corpo no espaço ser aperfeiçoada por meio de creinamenro específico
após n1ovimentos rápidos como correr e saltar. que utilize os proprioceptores en1 alto grau, co1no
Os corpúsculos de Ruffini, localizados em cama- em atividades funcionais e que treinam o equilíbrio.
das profundas da pele e na cápsula articular, são ati- Tentar manter o equilibrio em uma perna só, a prin-
vados por movimenros articulares fones e súbiros, cipio com os olhos abenos sobre uma superficie
bem como por mudanças de pressão. Ao contrário plana, pode seivir como atividade proprioceptiva de
dos corpúsculos de Pacini, suas reações a mudanças nível simples, mas que pode eventualmente progre-
de pressão sào ma ls lenw, mas sua ativaç-lo é contí- dir para um nível mais elevado, como equilibrar-se
nua enquanto a pressão é mantida. Eles são essen- de olhos fechados em uma superficie desnivelada e
ciais na detecção até n1esmo de mudanças minin1as instável. Existem ouuas inúmeras ati\ridades de trei-
da posiç-Jo da aniculação e no fornecimento de in- namento proprioceptivo que de fato só são limitadas
fomiaçõcs, como o ângulo articular exaro. pela lm.'lg!nação e pelo nível de proprloccpção.
Os corpúsculos de Meissner e os bulbos de Krause
estão localizados na pele e nos tecidos subcutâneos. Conceitos neuromusculares
Emboi-.i sejam importanLes no recebimento de estí-
mulos pelo raro, eles não sào tão relevanrcs para esra Unidades motoras e o p rincípio do tudo ou nada
discussão de cinestesia. Ve.r Tabela 2.4 para mais Quando um determinado músculo se contrai, a
comparações entre os receprores sensoriais. contr.tção na verdade ocorre na fibra muscular, den-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

--==----=Axônio do neurônio '°'1S01iol


"' ' ----Corpo celulor do neurônio sen$0río1
Medulo - - -
Receplor - term inoçôe•
espiool do neurônio sen$0Ôol
Elelor - grupo mu>eulor do
Corpo celular
do neurõnio
molar
/
APotolo
quodrícep• femoral

Axooio do
neurônio molar

Oireçõo do impul$0

FIGURA 2.8 • Reflexo patelar ou abalo do joelho. Uma batida inesperada no tendão patelar causa um rápido
esti.ramento do quadciceps, ativando o fuso nluscular. A informação do estiramento é enviada pelo a.""<ônio do
neurônio sensorial para a medula espinal, onde faz sinapse com o neurônio motor, que, por sua vez, conduz
pelo seu axônio uma resposta motora para o quadríceps se contrair.
De: Shic:r D, Bu~er J, Lewis R: Hole's bumL111 a11<•tomy êr pbj'<lo/Qg>\ 9' ed, New Yori<, 2002. McGr:iw-Hill.

TAl3El.A 2.4 • Receptores sensoriais

Receptores Sensibilidade Localização Resposta


Fusos musculares Sentido musc\alar No músculo esquel{:tico, em meio às Inicia a con1r.1ç20 rápida de
inconsciente, mudança fibras musculares e paralelamente a músculos estendidos
de comprimento elas Inibe o d~nvolvimenro de
muscular tensão nos músculos antagonistas
ÔJTY10S Sentido muscul:ir Nos tendões, próximos à jun~1o Inibe o desenvolvimento de
cendinooos inconsciente, n1uscul01endinea, em série com as tensão nos músculo.~ esrendidos
de Golgi mudança de tensão fibras musculares lnid:1 o desenvolvimento da tens3o
muscular nos mOsculos anragonislas
Corpúsculos de Mudanças r.1pidas nos Tecidos subculâneo, submucoso e Fornece /eedback sobre a
Padnl ângulos articulares, subseroso ao redor das articulações locall1.ação da parte do corpo no
pressão, vibração e dos genitais externos, glândulas espaço após movimentos rápidos
n1an1irias
Corpúsculo.~ de Movimentos atticulares Pele e tecidos subcutâneos dos Fornece /ccdback sobre o ângulo
Ruffini rctx-'ntlnos e fortes, rJedos, fibras de col(tgeno da exato da aniculaç-Jo
tato, pressão cãpsula atticular
Corpúsculos de T:uo fino, vibração Na pele Fornece /eedback sobre o tato,
Mcissncr dlscriminaç:io entre dois pontos
Bulbos de Krause Tato, mudanças Pele, tecido subcutâneo, l.ãbios e Fornece /ccdback sobre o tato
ténnic:ts mucosa dô.5 cílios, genimis externos
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 n; 1mM1t 55
tro de uma unidade motora específk·.t. Uma unidade lar aumenta de forma progressiva. Aumentar os
motora consiste em um único neurônio motor e estímulos alén1 do máximo não é signiíicativo. O efeito
todas as flbras muscu lares que ele inerva. Todas as do aumento do número de unidades motoras ativadas
unidades n1otoras funcionam con10 uma única uni- está detalhado na Figura 2.9.
dade. Em u1na contraçào mUS<.ular típica, o número Grandes forças de contração podem ser alcança-
de unidades n1otoras que respondem e, por conse- das aumentando-se a frequência de ativação das uni-
quência, de fibras musculares que se contraem den- dades motoras. Para simplificar as fases de conttaçlo
uo do mlÍS<..ulo podl! variar de forma significativa de de uma única fibra muscular, ou contração fásica,
relativamente poucas para quase todas, dependendo um estímulo é fornecido e seguido por um breve
da quantidade de fibras musculares existentes dentro perlodo d e latência de poucos milissegundos.
de cada unidade motora acivada e do número de uni- então, inicia-se a segunda fuse, chamada de fase de
dades motoras ativadas. Qualquer que seja o número contração, na qual a fibra muscular começa a se
envolvido, as fibras musculares dentro de uma deter- encurtar. Sua dur'.ição é de cerca de 40 n1ilissegun-
minada unidade motora serão disparadas e contrai- dos e é seguida da fase de relaxamento, que dura
das ao máximo ou simplesmente oào serão dispara- cerca de 50 oillissegundos e escá ilustrada na Figura
das ou contraídas. Essa premissa ê conhecida como 2.10. Quando estímulos sucessivos silo fornecidos
principio do rudo ou nada. antes de a fase de relaxamento da primeira conua-
çJo ter sido completada, as contr'.ições subsequentes
Fatores que afetam o desenvolvimento da se combinam com a primeira para produzir u1na
tensão muscular contr'.ição sustentada. Essa soma de contrações ger.i
uma grande quantidade de tensão quando compa-
A diferença entre a contração de determinado rada àquela que uma única contração geraria so:ti-
músculo para levantar uma resistência mínima e a nha. Con1 o aumento da frequência dos estimulos, a
sua contração para levantar uma resistência nláxima sonlll resulrante se eleva, produzindo cada vez mais
estã no número de fibras n1usculares recrutadas. Esse tensão 1nuscular total. O fornecimento de estúnulos
número pode ser aumentado ativando-se as unidades em uma frequência alta o suficiente para que o rela-
motor.is que contêm um gr'.tnde número de fibras xamento nào ocorra entre contrações resulta em tê-
musculares, ativando-se mais unidades motoras ou tano. A Figur..i 2.11 ilustra o efeito do aumento da
aumentando-se a frequência de sua ativaç-lo. O nú- taxa de eStimulação para ganhar aun1ento na tensão
mffO de fibras musculares por unidade motora varia muscular.
de modo significativo, de menos de dez em múscu- Escada é outro fenômeno da contr.ição muscular
los que realizam atividades precisas e detalhadas, que ocorre quando múltiplos estímulos máximos são
como os dos olhos, a alguns milhares em amplos transn1itidos em uma frequência baixa a ponto de
grupos musculares que desempenham atividades permitir un1 relaxa1nento con1pleto entre as contra-
menos complexas, co1no o quadríceps femoral. ções de um mCisculo em repouso. O segundo esti-
Para que as fibras musculares de determinada uni- mulo produz uma tensão ligeiramente maior que o
d.-ide motora se contrdi-im, é necessário que essa uni- primeiro. Um terceiro estímulo produz u1na tensão
dade recelY.t antes um estín1ulo do cerébro e da me- maior que o segundo. Esse efeito de escada c:;lá ilus-
dula espinal acravés de seus a.xônios por 1neio de um trado na Figura 2.12 e só ocorre nos primeiros estímu-
sinal elétrico conhecido como potencial de ação. Se los. As contrações resultanles após as iniciais resultam
o est'amulo nào é fone o suficiente para gerar un1 po- na produção de urna tensão igual.
tencial de ação, ele é chamado de estimulo subli-
mlar e não causa contração. Quando o estímulo é Relação comp rimento-tensão muscular
fone o suficiente para produzir um potencial de açlo A capacidade mãxirna de um músculo de desenvol-
em um único axônio de unidade m01ora, ele é conhe- ver tensão e exercer fol'ÇI varia em função de seu com-
cido co1no estímulo limiar, com o qual todas as fi- primento durante a contração. De modo geral, depen-
bras musculares inervadas pela unidade motora se dendo do n1úsculo envolvido, a maíor quantidade de
contraem. E.o>tímulos fones o bastante par..i produzir tensão pode ser desenvolvida quando o músculo é alon-
potencial de ação em oucras unidades m0toras sào gado entre 100 e 13<»6 de seu compriment0 de repouso.
chamados de estimuJos i.- ubmáximos. Para o poten- Quando o músculo ê alongado alêm desse ponto, a
cial de ação ser produzido em todas as unidades mo- quantidade de força que ele pode exercer diminui de
toras de determinado músculo, pode ser necessário maneir.t significativa. De modo semelhante, O<.'C>rre uma
un1 estimulo máximo. À medida que a força do estí- diminuição proporcional na capacidade de desenvolver
mulo passa de linllar a mixima, mais unid1des moto- tensão quando o músculo é encunado. Quando esse
ras são recrutad.'IS, e a força total da contração museu- encurtamento gira em tomo de 50 a (i(m do compri-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Aumento da f0tça do esllmulo

t t i t l r
Estimulo
subllmlar
(nenhuma
unidade
Estimulo
limiar
(uma unidade
motora
Esllmulo
máximo
(Iodas as
unidades
1
1
1
mot0ta responde) Esllmulos subméxlmos motoras EstimulOs supraméxlmos
responde) (aumen10 do número respondem) {Iodas as unidades
de unidades mototes motoras respondem)
quo respondem)
Tempo-

F!Gl..'RA 2.9 • Obtenção do estímulo limiar e o efeito do recrutamento de ruais unidades n1otoras no aumento
da tensão. Se o estimulo nào alcança o limiar, não há resposta da unidade motora. À medida que a força do
es(unulo aumenta, mais uoldades motoras são recrutadas até que, por fim, todas elas sejam recrutadas e a
máxima tensão muscular seja gerada. O aumento da força do estímulo alé1n dessa faixa não possui efeito.

De Seel~-y RR. S(eph<.= 1'0. Tale l': A•iatomy.Spbysf()logy,.,. cd., N~·w YO<k, 2006. Mc:Gr.ow·IUll.

Tempo
Sm• 40 ms SOms

Controção
T610no

Período de
lo!inelo
t
" Relaxomen10
/
Controções
fó>iCO>
,-L,

t Estímulos
Estimulo

! ~ 1 1~ 1 2~ 1 )s 1 Js 1 )s 1 ! 1 9s 1 Js 1 9~ FIGURA 2.11 • O registro 1nostra a mudança de


Tempo uma contração fásica para a soma e, finalmente,
(mill..agundos) para o tétano. Os picos do lado esquerdo
FIGURA 2. 10 • Registro de uma contração fásica. representam contrações fásicas. O aumento da
Note os três períodos (de latência, de contração e frequência do estímulo provoca a soma das
de relaxamento) que se seguem ao e~1Úllulo. contrações e, en1 última instância, o tétano.

De Powcrs SK, Howlq ET: Ewrcl.sc pby:riology: lh<'OIJ' 111rd De Powetll SK, Howlcy ET: ~ pbyslol08)' tbrozy at1d
appllcatlmr tojlt11ess atul pt!r/ómratrce, 4ª ed., l\'cw Yorlc, 2001,
appllcotkJ>r ro jltrléSS ntrd per/orma1u:1J, 4' & , Ncw Yori<, 2001,
McGraw-lliU. Mc(ir:1w-HJIJ.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1an<l:uncntoo ncuromusa.1larc.> 57

••
!l n •
i ~:
E~
·~ O •
o.~ .

'- '- '- '- '- "- '-


8e "1>'":
t t t t t t t t Aumento do Q>R1primento -
Estlmulos de potência constanle
FIGURA 2.13 • Relação cornprimento-rcnsão
Tempo (ms) - •
muscular. Quando o comprimento musçUlar é
encurtado ã esquerda da curva, a quantidade de
tensão que pode ser produzida (: menor, e,
FIGURA 2.12 • Escada. Quando un1 músculo em quando o con1primento aumenta à dirella da
repouso recebe estímulos máximos repetidos em curva, a quantidade de tensão é maior.
uma frequência que pemlite um relaxamento
completo entre cada um deles, a segunda contração
produz uma tensão ligeiran1ente nlaior do que a
primeira, e a Lerceir.1, por sua vez, produz uma
tensão maior do que a segunda. Após poucas
contrações, a tcns:lo produzida por todas é igual.

De Secley RR. Slepll<!llS 11), ·rate P: A•tat01tl)•6 pby#ology, .,. cd..


Ncw Yorl<, 2006, McCr•w· Hlll.

mento de repouso, sua capacidade de desenvolver ten-


são oontrãtil é essencialmente redu1Jda a 7.ero.
Na maioria das atividades esportivas, colocamo.~
os músçUlos em um alongamento ótimo na fase pre-
paratória, o que significa contrair com força no n1ovi-
mento subsequente ou na fase de ação da habilidade.
As várias fases do desempenho de uma habilidade de A B e
movilnento serão discutidas com mais detalhes no FIGURA 2.14 • Aplicação prática da relação
Capítulo 8. Esse princípio pode ser observado quando comprimento-tensão nluscular e nvolvendo os
uma pessoa se agacha ligeiramente para alongar a grupos musculares da panturrilha, isquiotibiaís e do
panturrilha, o:> isquiotihiais e o quadríceps femoral quadríceps femoral em um salto. A. Os músculos
antes de contraí-los de ÍOm13 concêntrica para saltar. estão em uma posição relativamente encurtada e,
Se não fizer isso, esses músculos serão incapazes de portanto, não são capa1.es de gerar muita tensão em
gerar força contrátil suficiente para dar um salto alto. contração; B, Os músculos estão em unia posição
Se ela se agachar totalmente e alongar muito os mús- mais idealmente alongada para gerar uma ten5ào
culos, perderá a capacidade de gerar a força necessá- significativa para saltar mais alto; e, Os músculos
ria e, con10 resultado, não irã saltar tão alto. estão muito alongados e não são capazes de gerar
Pode-se tirar vantagem desses princípios por meio tanta força como em IJ.
da redução efetiva da contribuiç-Jo de alguns múscu-
los em um grupo, colocando-os em um estado de
encurtamento. Assim, pode-se isolar o trabalho do(s)
músculo(s) que permanece(m) no estado alongado. Relação força n1uscular-velocidad e
Por exemplo, na ex-tens:lo do quadril, pode·se isolar Quando um n1úscu lo é contraído de modo 1::xcên-
o trabalho do glúteo máximo como extensor do qua- trico ou concêntrico , a taxa de mudança do compri-
dril encunando totalmente os isquiotibiais com a fle- mento é significativame nte relacionada ã quantidade
xão do joelho, reduzindo assin1 sua capacidade de potencial de força. Quando contraído de modo con-
agir na mesma funç-Jo. Ver Figuras 2.13 e 2.14. cêntrico contra uma resistência leve, o músculo é
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
58 • .1 1

capaz de contrair-se rJpidamente. Com o aumento


.
Angulos de traçao
~

da resistência, a velocidade máxima na qual o mús-


Outro falor de gr.inde importância no uso do sis-
culo é capaz de se contrair diminui. Por fim, com o
tema de alavanca (: o fmgulo de traçào dos mC.sculos
aun1ento ela carga, a velocidade diminuí para zero, o
no osso, que pode ser definido como o 5ngulo entre
que resulta em uma con1r.1ç-lo ísomécrica.
a linha de tração de um músculo e o osso no qual
Quando a carga aumenta além daquela que o mús-
este se insere. Para ser mais específico é o ângulo em
culo pode manter com uma contração isométrica, ele
direção a uma arriculaçào. Com cad.1 gr.iu de movi-
COITlt!Çl a se alongar, resultando em uma contração,
mento articular, o ângulo de cração muda. ~tovimcn­
ou ação, cxcêntrici. Um ligeiro aumento ela carg;:i re-
tos articulares e ângulos de inserçJo envolvem os
sultará em uma velocidade relativamente baixa de
menores ângulos de traçào. O ângulo de traçào dimi-
alongamento, a qual aumentará na mesma medida em
nui conforme o movimento do osso o afasta de sua
que a carga aumentar. Por ftm, a carga pode aumencar
posição anatômica por meio ela contrJçàO do grupo
até um ponto cn1 que o músculo nilo pode mais resis-
muscular local. Essa amplitude de movin1ento d~
úr, o que irá resultar em un1 alongamento descontro-
pende do lipo de articulaçào e ela estrutura ~.
lado ou, mais provavelmente, na queda da carga.
A maioria dos músculos trabalha em um pequeno
Observa-se, portanto, uma relaÇl10 inversa ~tre a
ângulo de tração, em geral menos de 5()11. A quanli·
velocidade concêntrica e a produçào de força. A me-
dade de força muscular necessária para gerar o movi-
dida que a força necessária para gerar o movimento de
mento muscular é afetada pelo ângulo de traçào. Três
um objeto aumenta, a vdocid1de ela contr.içào con-
eo1nponentes d.'I força n1uscular estão envolvidos. O
cêntrica diminui. Além disso, existe unia rclaçào pro-
componente rotatório, também conhe<:ido como
porcional entre a velocidade cxcilnrrici e a produçào
componente venlcal, (: o fator da força muscular que
de força . A velocidade do alongan1ento excilntrico au-
atua perpendicularmente ao eixo longo de um osso
menta à medlda que a força necess.1rla para controlar o
(alavanca). Quando a linha de força muscular estâ em
movimento de um objeto se e leva, ao menos :ué a
um ângulo de 9()D em relaçào ao osso no qual se fixa,
perda do conuole. Isso <:Má ilustrado na Figura 2.15.
toda força muscular (: rotatória; portanto, 100% ela
força contribui para o movimento. Isto é, toda força
Excênlrico Conc6ntrico está sendo utilizada para girar a alavanca em lomo de
seu eixo. Quanto mais próximo a 9()D estiver o ângulo
de traçào, maior sera o componente rotatório. Em
ISO!Mlrico todos oo ouuos graus de ângulo de traç;lo, um do:.
ouuos dois componentes da força estará operando
além do componente rotatório. Eslc, embora com
menos força, continua a gírar a alavanca em tomo do
seu eixo. O segundo componente de força é o hori-
o zontal, ou não rotató rio, que é ou um componente
Velocldode de Veloddode de estabilizador ou de luxação, dependendo se o ân-
olongamer1to encurtamento
gulo de tração é menor ou maíor do que 90". Se for
flGL'RA 21 5 • Relaçào força muscular-velocidade. Da menor, a força é escabilizadora, porque puxa o osso
direita para a esquerda; quando uma pequena força ê diretamente em direçào ao eixo articular. Se maior, a
nea:ssária para mover carg;:is relativamente leves, os força (: de luxação, porque puxa o osso de modo a
músculos podem se contrair de modo concêntrico cm afastá-lo do eixo articular (Fig. 2. 16).
uma vclocíd1de relativamente alta. Quando a Em algumas atividades, recomenda-se que a pes-
quantidade de força necess.'lria au1nenta com cargas soa inicie um movimento quando o ângulo de traçào
elevadas, a velocidade de contraçào concêntrica está a 9()11. Muitos meninos e n1eninas são incapazes
diminuí na mesn1a proporçào até, por fim, alcançar a de fa7.er o exercício de traçào na barra fixa , a menos
velocidade zero ou uma c:ontr:tçilo isométrica cclm que con1ecem com o cotovelo em u1na poslçào que
uma carga muito elcvad1. Quando o n1úsculo não pennita que os flexores cio cotovelo se aproxin1em
pode mais gerar a quantidade de força necessária para do ângulo d e 90" cm relação ao antebraço. Esse ân-
manter a cirga em uma posiç-Jo est:'ltica, ele começa a gulo coma o exercício de iraçào na barra fixa mai.~ fácil,
concrair de rnodo e xcêntrico para conuolar a já que o ângulo de traç-.lo é 1nals vantajoso. A aplica~"ào
velocidade, e pode fazer isso em uma velocidade desse conceito pode compensar a falta de força sufi-
relativamente lenta. À medida que a quantidade de ciente. a sua amplitude de movimento, o músculo
força necessária aumenta para controlar grandes pu.""ta uma alavanca por sua amplitude caracteristica,
cargas, a velocidade aumenta na mesma proporçào. porém, é mais efetivo quando se aproxima ou vai além
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 an<l:uncntoo ncuromusa.1larc 59

f.,
t
Componenle Componente Componenle Âi1gulo de troçõo
rolot6rio rotatório < 90" (40']
e'lcbllizodor "''

--
Componente
1

estobllizodor
A

(100% rolol6riol Âi1gulo de lroçõo • 90"

f,.

Componente ÀJ>gulo de troçõo


rolcl6rio 11 Componente
\ rolol6rio > 90" fl 20'!
Componente de
luxcçõo
Componenle de
e luxação

FIGURA 2.16 • A a e, Componentes da força relacionados ao ângulo de tração.


Modíllcado de Hall S,J: lkJSfc bh>m«b<mla. New Yorlc, l!I003, Mc:Graw·HllL

de 90". U1n aumento da força ê a única soluç-Jo para os vidos, um músculo biarticular pode contrair-se para
músculos tmbalharcm em um ângulo de cração des- gerar, controlar ou evitar movimento de uma ou de
vantajoso, que requer uma força maior para trabalhar ambas as suas articulações. Músculos biarticulares
com eficiência. possuem duas vantagens sobre os uníarticulares:
eles podem ger.ir, controlar e/ou impedir o movi-
Músculos unlarticulares, biarticulares e rneoto em mais de uma articulação e são capazes de
multlarticulares manter um comprimento relativamenre constante em
Os n1úSC\llos uniarticulares são aqueles que cru- virtude de seu "encurramento" en1 uma articulação e
zam uma única aniculação e que aruam de modo do seu "alonga1nento" e1n outra. Na verdade, o mús-
dircio apenas sobre essa articulação. O braquial do culo não se encurta em uma artlculaç-Jo e se alonga
cotovelo ê urn exemplo, já que s6 pode puxar o cm outra; cm vez disso, o seu encurtamento concên-
úmero e a uJna para mais peno um do ou1ro na con- trico para mover uma articulação ê compensado
tração con~ntrica . Quando o úmero cst;\ relativa- pelo movimento na outra articulação, que move a
mente estabilizado, como em uma rosca bíceps, o fixação do músculo afastando-a. Essa manutenção
braquial se contrai para flexionar o cotovelo e puxa a de um comprimento relativamente constante resulta
ulna para perto do úmero. Entretanto, quando a ulna na capacidade muSC\llar de continuar a exercer força.
está relativan1ente estabilizada, como no exercício de No exemplo do exercício de tração na barra fixa, o
tração na barra fixa, o braquial indiretamente causa bíceps braquial atua con10 um ílcxor no cotovelo.
movimento no ombro, mesmo sem atravessá-lo. No estágio inicial, esse n1úsculo está em um estado
'esse exemplo, o braquial se concrai e puxa o úmero relativamente alongado no cotovelo, em virtude de
para perto da ulna, como um flexor do cotovelo. Em sua extensão, e cm um estado relativamente encur-
resposra, o ombro precisa P'.tSSar de fleia1o para ex- tado no ombro, em virtude de sua posição flexio-
tensão a flm de concluir o exercício. nada. Para concluir o exercido, o bíceps braquial
Os músculos biarticulares são aqueles que cru· contrai-se de forma concêntrica para flexionar o co-
zam duas articulações diferentes e que atuam direta- tovelo, desse modo "encurtando-se" adequadamente
mente sobre elas. Em razão de vários fatores envol- nessa fixação. Ao mesn10 ten1po, o on1bro é esten-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

dído durante o exercício, o que de fato "alonga" o Unl exenlplo ocorre quando o reto femoral con·
bíceps braquial nessa articulação. trai-se de modo concêntrico na flexão do quadril e
Os músculos biarticulares do quadril e do joelho na extensão do joelho, como na Figura 2.17, A. Ele
fomece1n excelentes exenlplos de dois 1nodelos de pode execurar qualquer ação, cada uma no seu
a~1o diferentes. Um exemplo de um modelo de movi- ten1po, mas é ativamente insuficienLe para atingír a
mento concol'l'COte ocorre quando o joelho e o qua- a1nplirude de movin1cnto roral das duas articulações
dril são estendidos ao mesmo tempo. Se apenas o joe- ao mesmo tempo, como na Figura 2. 17, B. Do rnesmo
lho fosse es1endido, o reto fenloral iria encurtar e modo, ger.tlmente os i.squiotibiai.s não vão alongar-se
perdc:r 1ensào oomo os ouuos músculos do quadri- o bastante para permitir a flexão má.xima do quadril
ceps femoral, mas seu comprimento relativo e sua e a extensão máxima do joelho; em consequência,
subsequen1e tensão desenvolvida podem ser mantidos esses movimentos siio passivamente insuficientes.
eo1 razão do seu alongamento relativo na articulação Como resultado desse fenômeno, é quase impossível
do quadril durante a extensão. Quando unl."I bola é estender o joelho de uma forma ativa por completo
chutada, pode ser observado um exetnplo de um mo- com o quadril totalmente flexionado, ou vice-versa.
delo de movimento contraconcorrente. Dllr'.inte a
fase de n1ovinlento do membro inferior para a frenie,
o reto femoral é contraído de forma concênlrica tanto
para flexionar o quadril come> para estender o joelho.
Esses dois movimentos, quando combinados, aumen-
tam a tensão e o estiramento nos músculos isquioti-
biais nas articulações do joelho e do quadril.
Os músculos multiarticulares atuam em três ou
mais articulações por causa da linha de tração entre
sua origem e sua inserção, atravessando móltiplas ar-
ti<.1.1lações. Os princípios discutidos em relação aos
músculos biarticulares aplicam-se de forma similar
no caso dos músculos rnultiarciculares.

Inibição e ine rvação recíprocas


Como discutido anteriormente, os grupos muscu-
lares antagonlstas devem relaxar e alongar-se q uando A 8
o grupo n1uscular agonista se contrai. Esse efeito, co- FIGURA 2.17 • Lnsuficiência atlva e insuficiência
nhecido como inervação recíproca, ocorre por meio passiva. A, O reco femoral sozinho é capaz de
da inibição reciproca dos antagonistas. A ativação de flexionar o quadril ou estender o joelho de ma neira
unidades motoras dos agonistas causa uma inibição ativa facilmente, por todas as suas respectivas
neural recíproca da unidade motora dos antagonL5- amplitudes de movimento, sem estender
tas. Essa redução na atividade neur,d dos antagonis- con1pletamente os isqwotibíais; B, Quando se tenta
tas pennlte que eles se alonguem em seguida sob flexionar o quadril e estender o joelho ativamente
menor tensão. Isso pode ser demonstn1do comparan- de maneira simultânea, a insuficiência ativa é
do-se as dificuldades de alongar os isquiotibiais com alcançada no reto femoral e a insuficiência passiva é
e sem a contração do quadríccps femoral. alcançada nos isquiotibiais, resultando na
íncapacidadc de alcançar a amplitude total de
Ins uficiência ativa e insuficiência passiva movimento em ambas as aniculações.
À medida que um músculo encurta, sua capaci-
dade de exercer força diminui, como discutido ante-
riormente. Quando o rnúsculo se encurta a ponro de
não poder gerar ou manter tensão ativa, alcança-se a Sites
insuficiência adva. Se o 01ósculo oposto se alonga
a ponto de não poder se alongar mais nem permitir Neurologic E.'GIJll: An anatomical approach
movimento, alcança-se a insuficiência passiva. http://med lib.med.ut ah.edu/neu rologicexamlhome_exam.
Esses princípios são mais bem observados nos mús- html
culos bianiculares e mulLiarticulares ao se tentar a Um site completo a respeito de exames neurológi·
anlplítude total de movimento em todas as articula- cos, íncluindo inúmeros Vídeos com resultados nor-
ções cruzadas pelo móscu!o. m,'lis e patológicos.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 •n<l 11tlf'11fn< ncuromusa.1larc.> 61

Craníal Nerves: Review info Hun1an Anato my Online


www.gwc.marlcopa.edu/class/bio201/cn/cranial.htm http://innerbody.com/image/musfov.html
Urna boa fonte de referência sobre os nervos cra- Um site interativo com detalhes dos sistemas mus-
nianos. cular e nervoso.

Universlty of Arkansas for Medical Scienccs Nerve Punctions of thc Muscular System
tables http://training.seer.cancer.gov/module_anatomy/unit41 _
http"J/anatomy.uams.edu/anatomyhtmVnerves.html muscle_functions.html
lnúmc.:ras tabelas de toe.los Ql nervos do cotpO. Várias páginas com informações sobre a estrutura,
os tipos e os grupos de músculos esqueléticos, com
A Cybera.natomyTutoriaJ of the Brach.ial Plexus and revisões e testes.
lts Associated Injuries
Func tions of thc Nervous System
http"J/anatome.ncl.ac.ukltutorlals/brac:hial11test
http://trainlng.seer.cancer.gov/module_anatomy/unit51 _
Um guía para o plexo braquial.
nerve_functions.html
Dermatomes Várias páginas co1n informações sobre a organiza-
ção do sistema nervoso, a estrutura do nervo, revi-
www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/GrossAnatomyllear- sões e testes.
nemldermat/main_der.htm
Uma revisão interativa dos dermálomos do corpo. Traini.ng for Propriocepti.o n & Function
www.coachr.org/proprío.htm
Loyola University Medical Edu cation Network
Wormações sobre como melhorar a consciência
Mastcr Muscle Ust
corporal e a eficiência dos movimentos.
www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/GrossAnatomy/
d íssector/mml Fitter Intemational
Uma revisão interativa e gráfica dos músculos po-
www.fitter1.com/article__proprioception.
s icionados por região e por orden1 alfabética.
html?mtcPromotion=Artícles%3EProprioception
Produtos e artigos sobre propriocepção.
Spinal Cord and Ncrvous System
www.driesen.com/spine_and_spinal_cord.htm The Physlcian and Sportsmecllcine
Uma revisão da n1cdula espinal e do sistema ner· www.physsportsmed.com/issues/1997/10oct/laskow.htm
voso. Refinando a reabilitação com treinamento de p ro-
priocepção: acelerando o retomo à prática esportiva.
Proprioception Exercises Can Improve Balance
http"J/sportsmediclne.about.com/librarylweekly/aa062200. U.S. National übrary of Medicine's Visible Human
htm Project AnatQuest Anatonlic lmages Online
Propric>eepç-Jo. http://anatline.nlm.nih.gov/AnatQuest/AwtCsVieweraq<ut-
away.html
Meds l Neurophysiology 2003 Uma boa fonte que utiliza imagens de cadáveres
www.med.uwo.ca/physiology/courses/medsweb em diversos cones anatômicos par& desenvolver a ha-
Um síte com aninlaçõcs de ncurofisiologia. bilidade de identilicaçilo de estruturas anatômicas ao
longo do corpo.
Muscular Syscem
www.bio.psu.edu/faculty/strauss/anatomy/musc/muscular.
EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E DE
htm
Fotos de cadáveres de gatos com exposição do sis- REVISÃO
tema muscular.
1. Observe em um colega alguns músculos enconua-
BBC Science & Nature dos nas Figuras 2.1 e 2.2.
http:l/bbc.co.uk/sciencelhumanbody/bodyfinteractives/ 2. Complete o quadro de nomenclatura muscular, cs-
3djigsaw_02/lndex.shtml aevendo as aracteristicas distintivas de cada um dos
Um site interativo que permite selecionar a iner- 1núsculos nomeados de acordo <."Om o formato, o ta-
vaç-Jo para os mlísculos. manho, o número de divisões, a direção da fibra, a
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

locallzaç-Jo e/ou a ação. Alguns mú.sculos possuem Romboidc


mais de unia caracteristica. Semimen1branãceo
Semitendíneo
Quadro de nomenclatura m.uscular Serrátil :interior
~r.ieteristlcas
distintivas Subclivio
Nome do ml'.Jsculo Subesc:ioular
pelas quais é nomeado
Adulor nlagno Suolnador
Suoraesoinal
Bíceos bra<iuial
Tensor da fãscia lata
Bícen.• femoral
Tibial oosterior
Braquial
Transverso do abdome
Bra<iuiorradial
Traoézio
Coracobraquial
Triecos braouial
Deltoide Vasto intennédio
F.spinal cervical Vasto lateral
Estemocleidomast6ideo Vas10 medial
Ex1ensor curto do nole
Extensor do dedo mínimo
Extensor do indicador
Extensor d05 dedos
Extensor lonoo do hãlux
Extensor radial eurto do
3. Corn um colega, cscoUta uma articulação dJanro-
Extensor ulnar do
dJal no corpo e realize os seguinte.~ exercícios:
Pibular curto
F!bular terceiro a. Familiarize-se com os vários movimentos das
Flexor longo do oolegar articulações e liste-os.
Flexor longo dos dedos b. Determine quais músculos ou grupos muscula-
Flexor orofundo dos dcd05 res são responsáveis por cada n1ovimento que
Flexor radial do você listou em 3a.
Flexor sunerficial dos dedos e. Para os músculos ou grupos musculares que
GasU'OCllêmío
você lístou em 3b, detem1ine o tipo de contra-
ção ocorrida.
Gll'.J1eo mix:imo
d. Determíne como mudar parâmetros de gravi-
Gll'.Jtco ml'dío
dade e/ou resistfulcia de modo que o músculo
llfaco
oposto contraia para contr0lar os mesmos mo-
lliQCOSlal do tórax vimentos em 3c. Nomear o tip<> de contr.1ção
lnfraesoinal ocorrida.
Laússimo do dorso e. Determine como mudar os parâmetros de mo-
Levanmdor da escloula vimento, gravidade e/ou resistência de modo
~íssimo do lombo que os nlesmos 1núsculos listados enl 3c con-
Oblíquo externo traiam de modo diferente para contr0lar o mo-
Obturador externo vhncnto oposto.
Palmar Ionizo
Peitoral menor 4. Para cada músculo listado no quadro de formato
Plan1ar
dos músculos e organização das fibras, decennlne
pri.tneíro se ele pode ser classificado co1no para-
Pronador auadrado
lelo ou penado. Complete o quadro escrevendo
Pronador redondo
plano, fusíformc, em tira, radiado ou csfinctc-
Psoas maior
riano para aqueles que você classificou como pa-
Redondo maior ralelos. Escreva unipenado, bipenado ou multi-
Reto do abdome penado para aqueles que você classificou como
Reto femoral penados.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 fund1mt'flt~ ncummuscul~r. 63

Quadro de formato dos músculos 1De uma poslç:lo 1otalmente


e organização das fi bras flexionada, estenda muito dt.~
v:i...,, o in.>lho :10 mhlmo.
M(isculo P:lrnlelo Peru do b . Comece em uma posição sentada na borda da mesa
com o lnPLho em e."Clens1o 1oc:il.
Adu1or '"'"'º
Adu1orma~ r.fantcnha O JOClhO cm
Braoulorr.adi:ll e."Clen.sào toul.
Extensor dos dt.'<los r.Juj10 devag:ir, flexione
o ;n..tho ao miltirno.
flexoc- lon ~dedos---·
flexor ul!la! do l!lfJ>O Mantenlu o joelho
em flexão 1ocal.
<r.i.strocnêmio
Mantenha o joelho cm cerca
Gl6tco miximo
de 90" de flerlo.
Ui~
De uma posição 1ocalmen1e
Jnfraesninal flexjonada, estenda o joelho
Latíssimo do dorso ao mâltirno bem devao:ir. 1
Levantador da e.'!clpula e. Fique em pé apoiado em apenas uma perna e mo\'3 o
Palmar longo outro inelbo como lndi{".ldo.
Pronador nuadraclo Man1enha o joelho em
Pronador redondo extensão 1otal.
Rombolde Muito devagar, flexione
Semltil anterior o ón.>lho ao máximo.
Subesc:inular De uma posição totalmente
Trícen• branuial flexionada, es1enda o joelho
~asto lntcnnl'<lio ao máxímo bem dcV'd •
\l:ls(o medial De uma posiç:lo 1otalmen1e
flexionada, CSICnda O joelho
por complru> o mais rápido
5. Para cada um dos exercícios a seguir no quadro ível.
sobre tipos de contraç-Jo muscular, indique o tipo
de contração (isom~trica, concêntrica ou c.xcên-
trica). Coloque um traço na ~lula se não estiver
ocorrendo contr.1ção. Sugestão: em algumas situa- 6. Escolha uma prálial esportiva e detennine o tipo
ções, você pode ter mais de um tipo de contra- de contração muscular que ocorre em vários dos
ção no mesmo grupo muscular nas várias partes principajs grupos musculares ao longo do corpo
do e.xercício. Nesses casos, liste-as em ordem de em dilerentes atividades da pratica.
• •
ocom:noa.
7. Uti lize o martelo de rene.xo ou bata com os nós
Quadro dos tipos de contração muscular dos dedos nexionados em sua articulação in-
Exercido Quadríceps Jsqulotibiais terfalângica para comparar o renexo patelar
femoral entre vários indivíduos.
a. Dei1e·se em decúbito ventral sobre uma mesa com seu
8. Peça a um colega para ficar em pé com os olhos
·""'Lho tocalmen1e es1endldo.
fechados enquanto você posiciona os braços
Man1enha o joeUio em
dele (on1bros, cotovelos ou punhos) em uma
e.xtensão 1ocaJ.
...
posição inusitada. Peça a ele que descreva a po-
Mui10 devagar, flexione
sição exata de cada articulação, ainda com os
o · · •" o ao rn.1xi1no.
olhos fechados. Depois coloque-o na posição
~1an1enha o joelho
anatômica, de olho:. fechados, e peça a ele que
cm flexão 1otal.
assuma a posição na qual você o havia dei.xado
De uma posição totalnien1e fle-
anteriormente. Explíquc o mecanismo neural
xionada, ~cnda o joelho por
complelo o nl:IJs r:1pldo possl-
envolvido na capacidade de seu colega de 11entír
vel, nus pare pouco :1n1cs de a posição em que você o havia colocado e tam-
ai a cxtcnslo máxima bém de reassumir essa mesma posição.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
64 Af n • ........-1

9. Fique em pé, t!relO e apoiado en1 uma só perna pois estenda o punho ao mãx:imo. O que acon-
sobre uma superficie plana com o outro joelho le- tece com os dedos e por que isso acontece?
venlCnte flexionado, sem cont:1to com nada. Olhe
para a frente e tente manter o equiliôrio nessa po- 14. F1e.xione ao má.xlmo se~ dedos ao redor de um
síçào por até cinco minutos. O que voei! nota acon- lápis com o punho n.1 posição neutra. ~1antenha a
tecendo com os músculos da perna? Tente nova- máxima flexão dos dedos enquanto permite que
mente com o joelho da perna de apoío levemente seu colega segure seu antebraço com uma mão e
fle.xlonado. Que diferença voei! nooi? Tente nova· use a outra mão para forçar seu punho para a
1ncnte sobre um pedaço de espuma grossa. Tente máxima flexão. Voe{! consegue manter o controle
na posição original com os olhos fechados. Des- do lápis? Explique.
creva as diferenças entre as várias tentativas.
1;. Você está andando em uma linha reta na rua
10. De p(!, segure na mão um livro pesado com o quando um estranho colide com você. Você tro-
antebraço supinado e o cotovelo flexlonado a peça, mas recupera o equilíbrio. Utilizando as in·
cerca de 90". Solicite a um colega que repentina- formações deste capítulo e outras fontes de refe-
mente coloque outro livro pesado sobre o que rência, explique o que aabou de acontecer.
você já está segurando. Qual é o resultado ime-
di:no no ângulo de flexão do seu cotovelo? Expli- 16. Beber um copo de água <:uma atividade normal
do dia a dia na qual a mente e o corpo estão en-
que o porqul! desse resultado.
volvidos no controle da tarefd. Explique c.-omo os
11. Sente bem ereto em uma mesa com os joelhos movimentos acontecem desde o momento em que
flexionados a 90" e os pés livres. ~lantenha essa sua mente indica que você está com sede, dando
posição enquanto flexiona o quadril direito e atençào às ralzcs nervos.'lS, às contl"dções muscula-
tente cruzar suas pernas, de modo a deixar a res e ao ângulo de traç:1o.
pema direita cruzada sobre o jocU10 esquerdo. É
dificll? O que tende a acontecer com a parte infe- Referências bibliográficas
rior do dorso e com o tronco? Como você pode
modificar essa atividade para tomá-la mais fácil?
Bcmicr Mil: Pcrtwbadon anel agllJcy lt2Jl\íAg ín lhe tthaJ>iliwion for
!10CCCr •Ih~ Atbktk Tht•'W' 7bdoy 8(3}20-22, 2003
12. Determine sua c-.irga máxima no exercício de rosca llbclcbum T. Guoklcwb K.\1. PrtscNue< \IA Pm11kc WE: &bnc:e
0

bíceps no teste de uma repetiç:lo rnixima come- and joit1I sutxbry, lhe rebtl\C cootnbullOl\5 oi propriocq)UOn and
çando com tocal extensão e terminando com tocai musaibr MJ'Cft8'h,jounw/ ofSpon R•ba/Jllltatfon 9(4}31H28,
flcxilo. Realize cada um clo5 exercícios a seguir 2000
com penodos adequados de recuper.iç:1o. Olnt'r AM. KJnzcy SJ, Chliwood l.F, Cole JL. Proprioceptlve
neummu.cubr fadlltatlon dccre:t>ci mu.sde activity during llie
wecch reílcx in scleaed ~erior thl1th mu:scles. Jottnwl ofSport
a. Comece com o cotovelo flexionado a 45P e so- RdJabll//atfo11 9(4):$--278, 2000.
licite a um colega que lhe dê um peso um Do\'n G. Powcro ME: RcU>bdky oi jolnt poolllon""""' and (.,...,,.
pouco maior do que havia feito no reste de reprodualOn .-sures tluring íntml:ll and atc:nW rot1tlon oi lhe
uma repetição máxima (cerca de 2 kg). Tente t.hooldtt. jouma/ o/Atbklk Tralnl•f8 38(4). ~IO, 200}.
levantar o peso atê a amplitude restante de fle- 1L1ll SJ BaslC biom«JNl11la, cd 4 r;.,,. Yoric. 2003. ~lc(;,..,.·.1 hlJ
xão. Você consegue atingir a flexão total? Ex- lWmlJ J. Knuact1 K.\I Blont«banlwl baJis o/bu1"Qn ,,_.._,.,, cd
plique os resultados. 2, ~. 200j, IJpplncocl WUUam.. & Willtins.
b. Comece com o cotovelo em 90" de flexão. Peça H2nulton 1', l.u~ K l\ltialok«>· sdm11fa baJis ofbuman
- . . _ ed 10. Ooown. 2002. McGr>w·IWI
ao seu colega que lhe dê um peso maior do que
cm l 2a. Tente permanecer com o cotovelo fle- Knl8ht KL. lngtt.<Cll CD. &nholomcw J. 1soconk conrr.ictions mlgh1
bc more dJccth·c th>n bolunc:tle contnetloo.t in dc>-doping
xionado nessa posição durante dez segundos. musdc Mte"l!'h,Jo"""'' ofSpon lldx1blJl1a11o11 10(2):124-131.
Você consegue realizar essa aç:lo? Explique. 2001.
c. Con1ece com o cotovelo em flexão n1áxima. Krel31>b:ium e, 83rthcls KM. 8l<J1t1t"Clw111c$: a qu11/lrarlw approtldl
Solicite ao seu colega que lhe dC: um peso /«st11dyt1111 b1mw11 "'"'""""''· cd 4. ~n. 1996, Allyn &
ll•C'On.
maior do que em 12b. Tente baixar o peso len-
Undsay DT: Fllna1onal buma11 anaUHny. SL Loul$. 1996. Mosby.
tamente até alcançar a extens:lo tOtal. Você
LotPn GA. McKinncy IOC· A•ial()mlc "''~· cd 3. Dubuquc, IA.
consegue realizar essa ação? Explique.
1982, °""'n.
McAtdlc WD. K.aldl Fl, KA1d! \/1 ~ p/>)!Slo""1)" cneigy
13. Com o punho em uma ~ição neutra, estenda os nuJrilion, and buman ~''"· cd S. lblwnorc, 2001.
dedos ao máximo, tente manter a posição e de- Uppincoa WiUiams & Wdlans
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 2 1 •n<l uncntoo ncurorm rl·•rr•' 65

McCndy llJ, Am:lto HK: l'\rnaio~I ~ •nd propri~ Riern.1nn BL. Leph:ln SM: 1be sensorimotor ~em. p<>n li· the role
tcsdng oC lhe lowcr CJ<t=ntty, Atbktlc 7Mmpy Today 9(5):60-61, oi proprioccpdon tn motor corurol and functlonal jolnl .ublllty,
20()5. )ortrnal o/Atbkllc 1Wtlnlrig 37(1)~. 2002
M)'t'f5 JB, Gusklc:wlcz KM, SchJKo:ldtor, RA, Prcndce WE: Proprioc:cp<lon Riemann BL. MY"fS JB, Lephart S.\I: Scnsorimotor >ystcm
and ncuromu.scular rontrol ol lhe shouldcr aft~-r musde faciguc, measuremcnt <ecllnique>, )0<1m4J o/Atbk1lc Tro/n/•11137(1}.8S-
}oornal efAtbktlc •rratrrltf8 3-1(4):362-367, 199'.I. 9R, 2002.
Nallonal Slmlgth and CondílJonlng A.s>ociation; llaechlc TR. Eíuk Rlcm.inn UL, Tr.iy l\C, Lephan S.\1; Unilawn1l mult!uial roordln:ulon
RW: &serrtfa/s <t°Stt'fflJJlb trafttln!J atad c.ondlllottfnJJ, ed 2, 1111ining and ankle klnesth~la, muscJe >trcngth, •nd po911r.1I
Champ.1lgn, li., 2000. Human Klnctlcs. control,joun1al ofSport Rl!babflltntf<m 12(1):1}-30, 2()()3.
Nwnu.nn l)A: Klt1C$1ol()Syof 1/x; musculoskektal $)$/etn: /011tldat/()•1S Roo.1 S, G~kk:wlci K, Prcnlioc W, Schricidcr R, Yu 8 : Compa!Uon
for pbyslcal rebablllla//of•. S<. Loul5. 2002. ~lo!by. oi bio<nedt:lnic:tl faac>r.< berwc:cn the kiddng ond S12nc:c lim1><>.
jour11aJ ofSpon Ri!babl/fllr//on 13(2): l~S-150. 2004.
NO<i<in CC.
IAMlngic PK:ft>l•tt structu~ atulfr1t1C1/()•,_,.
compre/xnlSl1Je a11alysls, PhJladclphi:l, 1983, Davis. S.1ndrey MA: Uslng eocemric exetáse in 1he ~unen1 ol lowcr
cnremliy tcndlnopothlcs, Atbkflc 17x!rapy Today 9(1):5$-5?, 2004.
Nonbrip JW, t.ogan GA, McKinney WC, Arta/.l:lls efS{XPf moN<>rr, ed
3. Dubuque, IA, 1983. Brown. Seeley RR. S<ephc:ns TO, T~<e I': A11a1omy 6 fJh.)$/OIOfD\ <.'<l 7, New
ôtm.sted·Kr•met LC. Hcrtel): Prevcnting recurrcn1 lotem :inlde Yoric, 2006, McCr:iw-HUl.
spr.1105' an cvklcn<e·b:ist.'<l approclcb, Atbkt/c 7bert1py 7bda)• Sl\k.'r O. Butler J, l.ewi8 R: //ot.~ 1:$$ótltlt1/J o/buman anatorny atad
9(2): 19-22, 200.f. pb)'$10lo8)'. t.-d 9, Ncw Yod<, 2006, McCr.iw-HIJI.
l'owcrll MP., lluddcy BD, K•mlnsld 1W, Hubbard 'I), Onll C. Slx Shicr D, Butler J, Lewis R; flole's buman mratt>nry atufpbyslo/Olf.)\ ed
weck5 ol wcngth anel proprlocq>tlon rraJnlng does not :úl'cct 9. New York, 2002. McCr.IW•ltill.
mu>de íaligue and $Cllk ooJ:inc:e tn íunctlOnal Mkle subilil)', Van De Gr.uff KM: f/11man anall>my. c:d 6, Nc:w York, 2002,
}011mal o/Sport Rcb11/Jillla1/on 130):2!01-227, 200.f. McGr>W•H.lll.
l'O\v= SK, 1lowlcy lff: ~ pb~ tb«>ry aml Off>llCIJtl()r1 Van De Graal' KM, l'ox SI. l..al'lcur KM: S)'nop;ls o/ buman mratomy
s.
Q//ilrl<'SS D•uiper/ont1L1'Ja, cd New York, 2004, McCr.iw-Hlll. 6 pbyslol()Sy, Duhuque. IA. 1997, UrOWn.
IWclJ PJ: Klr~ D•uf Off>llcd tmaJomy, ed 7, 1989, Pbiladelpbb, Yasglc J, Nm<ltteng W): Effccts on lowcr cxttt:mity fatigue on tndkcs
Lea & Fd>lgcr. o( bal:lnce, }0<1 mal ofSport Rcbabl//tallon 10(2): 124-131 , 2©1.
~'"\;lf\11 131,, L<.-pbart S~I· 11ic ><."rot>rilnotor •)">t~'Ul. pan 1; lhe
ph)'$10lasJC!11 b:lsls o( fun<:ll<>MI folnt $Clbtlily, jounwJ efAtbktlc
Trof11lng 37(1);71-79, 2002.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Capítulo
atores e conceitos
biotnecânicos básicos

Objetivos
• Conhecer o princípio das alavancas e entender como ele pode contribuir para um melhor desempenho
físico
• Conhecer o funcionamento do si&ema musculoesquelêtico e vê-lo como uma série de máquinas simples

• Conhecer os conceitos de torque e con1prirnento dos braços da alavanca e entender como eles podem
contribuir para um melhor desempenho fislco
• Conhecer as leis de movimento de Ne,vton e cncender como elas podem contribuir para um meU1or
desempenho físico
• Conhecer os princípios de equilíbrio, compensação e estabilidade e encender como eles podem
contribuir para um melhor desempenho iLSico

• Conhecer os conceitos de força e impulso e entender como eles podem conlribuir para um melhor
desen1penho fisico

• Conhecer os efeitos básicos da sobrecarg.i mecânica nos tecidos do corpo

o Capítulo 1, definimos cinesiologia, de uma cãníca relacionada às análises funcional e anatômica


N maneira be1n slinples, como o estudo dos m6s-
culos envolvidos na ciência do movimento. Partindo
dos sistemas biológicos é conhecido como bion1ccâ-
nica e deve ser contemplado em um curso ã parte. O
déSSa definiç:io geral, podemos nos aprofundar na ci- movimento humano é muito complexo. Para estar apto
ência do n1ovirnento corporal, que inclui basicamente a fazer adaptações que visem o seu aperfeiçoamento,
a anatomia, a ÍL~iologia e a mecânica. Para de fato (: preciso estudá-lo de uma pcrsp<.."'Ctiva biomecânica,
entender o movimento, é neces.o;ária uma vasta quan- tanto do ponto de vista qualitativo como do pon10 de
tidade de conhecimento nessas ll'ês áreas. O enfoque vista quantitativo. F.ste capítulo foi incluído para servir
deste livro é sobrerudo a anatomia estrutural e funcio- de introdução para alguns fatores e conceitos biome-
nal, por isso observan1os apenas de modo superficial câ.nicos básicos, entendendo que muitos leitores irão
alguns conceitos de fisiologia nos dois primeiros capí- depois estudar de n1odo maís aprofundado, dedican-
rulos. Um esrudo mais aprofundado da fisiologia rela- do-se a um curso que utilize fontes mais direcionadas
cionada ao movimento se dirige a um curso de fisio- e 001npletas sobre o cerna.
logia do exercício, para o qual M muitos livros e Muitos estudantes de cinesiologia possuem algum
fontes excelentes. Do mesmo modo, o estudo d.'l me- conhecimento, adquirido nas aulas de fisica do cole'.!-
67
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
68 M. 11 u! ~ m ol > 'trUIU 1

gio ou mesmo ela faculelacle, sobre as leis que afetam uma grande d istância. As máquinas funcionam de
o movimento. Esses e outros princípios serão discuti- quatro maneiras:
dos rapielamente nesre capírulo, que procura prepa-
1. Equilibrando n1Íllriplas forças.
rar o leitor para aplic:'i-los aos movi1nenros do corpo
2. Acentuando u1na força com o objetivo de reduzir
humano. Quanto mais esses princípios pudere1n ser
utilizados cm a plicaçõcs práticas, n1ais fácil será co1n-
precndt.~los.
-
a força total necessária para superar un1a rc-
.
.stenc1a.
s1
3. Acentuando a amplitude e a velocidade do mo-
A mecãolca, estudo das açôes fískas elas forças,
vime nto de modo que a resistência possa ser
pode ser subclividíela em estádca e dinâmica. A es-
mO\'ida a uma distância maior ou de forma mais
tática envolve o estudo de sistemas que estão em um
rápiela do q ue a força aplicada.
constante estado de movimento, seja em repouso sem
4. AJterando a direção resultante da força aplicaela.
movimento ou movendo-se em uma velocidade
constante, sem aceleração. Ela envolve o equilíbrio de As máquinas símples são a alavanca, o sistema de
toclas as forças que agem sobre o corpo. A dinâmica roda e eixo, a polia, o plano inclinado, a hêlíce e o
envolve o esrudo de sistemas em movimento com
calço. A organi1.ação do sistema musculocsquel&ico
aceleração. Um sistema em aceleração está fora de
fornece crês tipo.-; de máquinas que produzem movi·
equilíbrio por estar submetido :l ação de fo rças
mento: alavancas, roda/eixos e polias. Caela um deles
desiguais. Os componentes adicionais do estudo ela
envolve o equilíbrio de forças rolacionais sobre um
biomecJnica são a cincmádca e a cinédca. A primeir.i
eixo. A alavanca é a forma mais comum de n1áquina
trata ela descrição do movimento e leva em considera-
simples e ncontrada no corpo humano.
ção elen1e ntos como tempo, deslocamento, veloci-
elade, acelenrção e fatores esp-.iciai.s de um sistema em
movimento. A cinética é o estudo das forças assoei.a- Alavancas
das ao movimento de um corpo.
Pode ser difícil para uma pessoa visua.lizar seu
corpo como um sistema de alavancas, embora e le de
Tipos de máquinas encontradas fato funcione dessa maneira. O movimento humano
no corpo ocorre por melo do uso desse sistema. As alavancas
anatômicas do corpo não podem ser mueladas, mas,
Con10 discutido no Capítulo 2, utilizamos os mús- quando devidamente compreendido, o sistema pode
c-ulos para aplicar força aos ossos aos quais se fixan1 ser usado de forma mais eficiente, de modo a maxi-
a fim de gerar, controlar ou impedir movi n1entos nas n1izar os esforços musculares en1preendidos pelo
articulações que eles cruzam. Frequentemente, faze- corpo.
mos uso dos ossos, como os das mãos, para segurar, Define-se alavanca como unia barra rígiela que
empurrar ou puxar um objeto enquanto utllizan1os gira em torno de um eixo de rotação, ou fulcro. O
uma série de outros ossos e articulações por rodo o eixo é o ponto de rotação ao redor do qual a ala-
corpo para aplicar força por meio dos m(Jsculos a fin1 vanca se a1ove.
de mudar a posiç-.10 de um objeto. Ao fazermos isso, A alavanca gira em tomo do eixo em decorrência
uma série de mecanismos silnples e ntra em ação para de unia força (algumas vezes mencionada como es-
realizar as tarefas. As máquinas são utilizaelas para forço, E) aplícaela a ela para provocar seu movimento
awnentar ou muhiplic-<1r a forç-.i aplícada na execu~-ão contra uma resistência ou peso. No corpo, os ossoo
de u1na tarefa ou para fornecer uma vantagem me- representam as lx1rras, as articulações são os eixo.~, e
cânica, que permite aplicar uma força, ou esforço, os músculos se contraem para aplicar a força. A quan-
relativan1ente pequena para mover uma resistência tidade de resistência pode variar de máxima a mínima.
maior. Pode-se determinar a vantagem mecâníca cli- i\líás, os ossos propriamente ditos ou o peso do seg-
vidbldo a carga pelo esforço. o aspecto mecânico de menro do corpo podem ser a única resistência apli-
cada componente deve ser considerado na análise da caela. Todo sistema de alavanca possui esses três com-
função mecânica dos componentes. ponentes conjugados de rrês formas possíveis.
Outro modo de pensar sobre as n1'1quinas ~ q ue A l~ção desses tres componentes ou a maneira
elas conve rtem q uantidades pequenas de força sohre como eles estào dispostos um em relação aos outrOS de-
uma lo nga dist<lncia em grandes quantidades de força tcmúna o tipo de alavanca e o tipo de movin1ento que
exercidas sobre uma pequena distância. Isso pode se melhor se adapca a ela. São eles o eixo, o ponro de apli·
inverter, de niodo que uma grande quantielade de cação ela força (normaln1~te a inserção do músculo) e o
força exercida sobre uma pequena distância con- ponto de aplicação ela resist.ê nda (às ve-~ o centro de
verta-se em uma pequena quantidade de força sobre gravidade da alavanca e a localização de uma res.i.5rência
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 3 1 11or<s e conce1100 b1omecln1cos lxhk:os

externa). Quando o eixo (E) é colocado entre a força (J.) Pri moiro clcwo
e a resistência («), uma alavanca de primeira dasse é f R
produzida CFigs. 3.l e 3.2). ·as alavancas de segund.'I
classe, a resi&ência fica entre o eixo e a força ()'igs. 3.1 e
l l
3.3). Se a força for colocada entre o eixo e a resislencia,
AI
Sogundo closso
cria-5e um alavanca de terceira classe (Figs. 3.1 e 3.-0. A R f
Tabela 3.1 fornece um resumo das ttês da$CS de ala- l t
vanca e as caracrerí.sticas de cada uma. ');
A vantagem mecinica das alavancas pode ser de- Terceiro closso
tenninada usando-se as seguintes equações:
Vantagem nlecânica
...
resistenc1a
f
t
R
l
força ·i
ou
FIGURA 3.1 • Classificação das alavancas.
Vantagem comprimento do braço de força
=
mec-lnica comprimento do braço de resistência

Alavancas de primeira classe


mento (p. ex., o tríceps na extensão do cotovelo).
São exemplos característicos de alavanca de pri- Quando o eixo está próximo da resistência, a ala-
meira classe o pé-de-cabra, a gangorra, o alicate, o vanca produz força (p. ex., um ~e-cabra).
remo e o uiceps na extensão do cotovelo acima da Ao aplicar o princípio das alavancas ao corpo, é
cabeça. Um exemplo desse tipo de alavanca no corpo imponante lembr.ir que a força é aplicada no ponto
é visto quando o triccps aplica força sobre o olécrano do osso cm que o músculo se insere, não no ventre
(F) na extensão do antebraço não apoiado (!?) no do músculo. Por exemplo, na extensão do cotovelo,
cotovelo (EJ. Podemos citar ainda o caso dos grupos com o ombro completamente ílexionado e o braço ao
musculares agonista e antagonista de cada lado do lado da orelha, o críceps aplica a força ao olécrano da
eixo de un1a aniculação e que se contraen1 sin1ulta- ulna atrás do eixo da articulação do cotovelo. Como a
neamente, o agonista produzindo força e o antago- força aplicada excede a quantidade de resistência ofe-
nista fornecendo resistência. A alavanca de primeira recida pelo antebra\.-O, o cotovelo se estende.
classe <T'ig. 3.2) serve basicamente para produzir 1no- O tipo de alavanca pode ser mudado para uma
vimentos equilibrados quando o eixo fica bem no dctenninada articulaç-.10 e um detenninado músculo,
meio entre a força e a resistência (p. ex., uma gan· dependendo de o segmento estar ou não em contato
gorra). Quando o eíxo esrá mais próximo da força, a com uma superficie como o chão ou uma parede. Foi
alavanca produz velocidade e amplitude de movi- demonstrado, por exemplo, que o tríceps na extensão

Equilíbrio R Amplitude
de movimento forço

A
E
R

f'IGURA 3.2 • A e B, Alavancas de primeira classe.


A, Modillcado de lloohcr JM, Thibodcau GA; Atblellc l>1ftJ?' DSSeSSnWll~ 4" cd., 2000, MeCraw-HUI.
B, Modillcado de HaU SJ: Baste blomecba11fa, 4" cd., 2003, McGraw-HJIJ.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
70 Mantul de ruJL'< o!ogia cstrulul'lll

F E
Forço F
-
A
E
l~ /
R
' ,

R
Volocidoclo e omplil\lde de movimenlO
F

B
E

R f

FIGURA 3.3 • A e B, Alavancas de segunda classe.


A, Modificado de llooher JM, Thíbode:au GA: AJbk:ttc inj11ry asscss11wr1t, 4' ed.. 2000, McGra\\.. liill.
ll, Modilk:ldo de tl~U SJ: JJaslc blom«banlcs. 4' ed., 2003, Mc:Graw.1lill.

Velocido~ o omplil\ldo
de movimenlo
E E
"
F-
R
R
R
E
A B

R E

flGURA 3.4 • A e 8 , Alavancas de terceira classe.

A. Modifieido de lloohcr JM, lbibodeau GA! Atb/Cllc l11j11ry fl$$($$1tietll, 4' ed., 2000. Mç(;r.iw·Hill.
8. Modificado de 11a11 SJ: llaSk: l>tomccbanfCS, 4' ed.. 2003. McGr.1w-11i.U.

do cotovelo arua como uma alavanca de primeira


Alavanca~ de segunda dasse
classe, na qual a mão fica solta no espaço e o braço
fica longe do corpo. Se a mão for colocada cm contato A alavanca de segunda classe (Fig. 3.3) destina-se a
com o solo, como quando se empurra o corpo para produzir movimentos de força, pois permite que uma
cima em uma flexão de braço, a mesma ação muscula.r resistência grande seja movimentada por uma força re-
dessa articulação passa a compor uma alavanca de se- lativamente pequena. Exemplos de alavancas de se-
gunda classe, porque o eixo está na nlão e a resistên- gunda classe são o abridor de lata, o caninho de mão
cia é o peso do corpo na articulação do cotovelo. e o quebra-nozes. Além do exemplo dado do lriceps
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 3 1 11or<s e concc1100 b1omecln1cos lxhk:os 71

TABELA 3.1 • Classificação e características das alavancas


Movimento do ~1odclo Exemplos E.xemplos no
Cl:lsse Org3ni7.3çâO Relação ao eixo
bra= funcional prâtlC()S como humano
Ereto< da espinha
cstcn<.k:ndo a
Poscuras de Eixo próximo
Gangorra cabeçl na prure
Braço de <.'quilíbrio ao n1cio
(CJVic:lJ d."I
F·E-R resl'llêncla e colwia vertebral
Eixo entre a braço de forç:1
J• Triceps
força e a movem-se en1 Velocid.1de e
resistência díreçôes Eixo próxin10 braquial na
amplitude de Tesoura
oposcas à força extensllo do
movimento
corovelo
Eixo próximo
Força motriz Pê-de-cabra
à res.!.stêncía
Força motriz Gastrocnêmio e
Braço de (grande sóleo na fle.'Cllo
E-R-1' resistência e resistência pode ~rrinho de plantar do
Eixo próximo
2• Resistência entre braço de força ser n1ovida com nlào, quebra- torno1.elo para le-
à resistêncía
o eixo e a força movem-se na uiru1 força nozes vantar o corpo
mesma direção relativan1ente nas pontas
pequena) dos pês

\\:Jocídade e
Braço de amplirude de
E-F-R
resistência e movimento Dfceps br.1quial e
Força entre o Elxo pr6xin10
3• braço de força {lt,-'QUCJ' grande Pá, carapulta braquial na flexão
eixo e a à força
movem-se na fôf\'l\ para mover do cocovelo
resistência
mesma dir<.'Ção uma resistência rela-
uvamence pequena)

ao estender o c0tovclo em uma flexão de braço, outro vanca de terceira dlsre no corpo. Usando a articulação
caso semelhante no corpo é a flexão p lantar do torno- do COlovelo (.ll> como eixo, o bíceps braqulal a plica força
zelo para e levar o corpo con1 apoio sobre os dedos do cm sua inscrç:lo sobre a tubcrosidadc do r.1dio (F) para
pé. A região dos meratarsais sesve de eixo de rotação girar o antebraço para cima, com centro de gravi-
Sl'l.l
($) quando os flexores plantares do tornozelo ap licam dade (!ô servindo de ponto de aplialção de resi5tência.
força ao calcãneo (F) para levantar a resistência do O b raquial é um verdadeiro exemplo de alavanca-
corpo na articulação tibiofibular (/-0 con1 o tálus. Abrir gem de terceira classe. Ele traciona a u lna logo abaixo
a boca cm oposição a alguma resistência é oulro exem- do cotovelo e, con10 ela não consegue girar, a tr.iç-Jo
plo. No entanto, existem relativamente poucas ocor- é dire1a e certeira. O bíceps braquial, por outro lado,
rências de alavancas de segunda e~ no corpo. rotaciona o antebraço quando e le é flexionado, de
1nodo que a alavanca de terceira classe se aplique
apenas à flexão.
Alavancas de terceira classe
Queros exemplos íncluem os isquiotíbiais, ao se
As alavancas de terceira classe (Fig. 3.4), nas quais a con1.r aírem p ar-.i flexionar o joelho com o corpo em
força (! aplicada entre o eíxo e a resi!.tenda, servem para uma posição ereta, e o iliopsoas, ao ser usado par-.i
produzir velocidade e amplitude de movimento. Quase flexionar a coxa na altura do quadril.
todas as alavancas do corpo humano são cles,-;e tipo e
requerem grande quantidade de força para serem movi·
meneadas, mesmo quando a resistência é pequena. São Fatores no uso de alavancas
exemplos as catapultas, as portas de mola e o uso de um anatômicas
remo, no qual a força de elevação é aplicada com a mão
de baixo, enquanto a mão de cima serve con10 eixo de Nosso sistema de alavancas anatôallcas pode ser
rotlç:lo. O bk:cps br.iquial é um exemplo típ ico ele ala- usado pa.ra fornecer vantagem mecllnica e meU1orar
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
72 'I 11 i;,I de rim'< ol<>ir 'uuru 1

a eficiência de movin1entos f'isicos simples ou com- R~ão enir. for-ça, ~o ele for-ça • ~o ele ,.1l1tincla
plexos. Alguns Indivíduos desenvolve1n inconscien- _,, uma NMl1in<ia canotonte de 20 kg
tetnente o h,'\bito de usar as alavancas humanas de 21
maneira apropriada, mas, muiw vezes, não (: isso o
20
19
18

que ocorre. 17
16 -0- 8r090 d. '-Si>lincio
15
Torquc e comprimento dos braços da alavanca . . . forço
Para entendennos bc1n o sistema de alavancas,
- 13
!. 12 " ...,._ 8roço d. ÍO<ço

precisamos dominar o conceito de torque. Torque, ou • 11


momento de força, (: o efeito giratório de uma força
cxci!ncrica. Força excêntrica 6 a força aplicada en1
....•
.. 10
9

7
6
8
uma direção não alinhada com o centro de rotação de 5
um objeto de eixo ftxo. Nos objetos sem eixo fr..xo, 4
3
uata-se de uma força aplicada de maneira não ali- 2
nhada com o centro de gravidade do objeto. Para que 1
o
a rotação ocorra, precisa ser aplicacL1 uma força ex- o 2 3 4 5 6
centrica. No corpo bumaoo, a contração muscular Fof1a (N )
aplica unia força excêntrica (que não deve ser confun-
dida con1 contração excêntrica) ao osso em que se FIGURA 3.5 • Relação encrc forças, braços de força
fLxa e causa nele uma rotação em tomo de;: um eixo e braços de resistência. (O gráfico considera uma
siruado na ruticulação. A quantidade de torque pode resistência constante de 20 N, o que resulta cm
ser determinada n1ultiplicando-se a quantidade de uma representação gráfica do braço de resistência e
força (.magnitude da força) pelo braço de força. A de força posicionados um sobre o ourro.) A, Con1 a
resistênci1 constante e m 20 N e um braço d e
distância perpendicular entre a localização da a plica- resistência de 1 m, o produto de (força) X (braço
ção da força e o eixo é conhecida como braço de de força) deve ser igual a 20 Nm. Como resultado,
força, braço do momento ou braço do torque. O braço existe uma relação inversa entre a força e o braço
de força pode ser mais bem con1preendido quando se de força. Confom1e a força aumenta, o
entende que ele (! a menor discância entre o eixo de comprimento do braço de força diminui, e vice-
rotação e a línha de ação da força. Quanto malor a versa. B, Se a força aumenta e o braço de força
distância do braço de força, nlai.s torqu<: é produzido pe;:m1anccc constante, o braço de resiscência
diminui para uma resistência constante de 20 N.
pela força. Uma aplicação prática de torque e alavan-
cas ocorre quando aumentamos propositalmente o
comprimento do braço de fo rça a fim de aumentar o
torque para conseguirmos mover com mais facilidade aumento em un1 ou em ambos os componentes da
uma resistência relativamente niaior. En1 geral, isso é força. As Figuras 3.6, 3.7 e 3.8 mostram alavancas de
referido con10 aun1ento ou alavancagem. primeira, segunda e terceira classe, rcspcccivamente.
Também é importante notar que o braço de resis- Até mesmo leves variações na localização da força e
tência pode ser deftnido como a distância entre o eixo da resistência são imponantes para determinar a van-
e o ponro de aplicação da rcsisrl!ncia. Ao discutir a tagem mecânica e a força efetiva do músculo. Esse
aplicação de alavancas, é necessário entender a relação ponto pode ser ilustrado pela simples fórmula desta-
entre os '-omprimentos dos dois braços da alav-dJlca. cada na Figura 3.9, que utili1.a o músculo bíceps bra-
Há uma relação inversa entre força e braço de força, quial em cada exemplo.
exatamente como há entre resistência e braço de resis- No exemplo A da Figura 3.9, só é possível mover
tência. Quanto maior o braço de força, menor a força a inserção do bíceps braquial por meio de cirurgia,
necessária para movin1entar a alavanca se a resistência portanto, isso não é pr11tJco. Em algumas condíções
e o braço de resistência permanc<:ercm constantes, orropédlcas, as fixações dos tendões são cirurgica-
como mos1.rado na Fígura 3.5. Além disso, quando a mente recolocadas a fun de n1udar as forças dinâmi-
força e o braço de força permanecem constantes, uma cas dos músculos sobre as aniculações. No exemplo
maior resistência podera ser movinlcntada se o braço B, o braço de resistência pode e, com frequência, é
de resistência for encurtado. e ncurtado para a umentar a habilidade de mover um
Má ainda uma relaç-:io proporcional entre os com- objeto. Ao tentar um peso máximo em un1 exercício
ponentes da força e os da resistência. Ou seja, para de rosca bíceps, flexiona-se o punho para aproximar
que o movin1ento ocorra quando algun1 dos compo- o peso do corpo, o que encurta o braço de resistência.
nentes da resistência aun1enta , é preciso haver um (0 texto cc111(1111t11u1 p. 74J
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
( 73

f·~
Fa~ R = Reslsttnda
R • Resist6nda VM ,. Vantagem
VM • Vantagem mednlai
mecAnica
A
A
Braço de força == 20
I• Braço de força= 10 • .sraço de resistênda =1~j ·I
1
R
R
F
F

F = 10, R = 20, VM = 2
F =20, R =20, VM =1
B
8 Braço de força = 20
Braço de
Braço de força = 15
•I~slstênda = 5•I I· Braço de ·I
resistênda = S

R
R

F =13,33, R = 40, VM = 3
F a 10, R =40, VM =4
e
Braço de força== 5 Braço de resistênda =15 e
I· ·I· ·I Braço de força .. 20

R
I· Braço de resistência = 1S

F R
F

F = 40, R = 13,33, VM =0,33 F • 10, R = 13,33, VM =1,33

flGl 'RA 3.6 • Alavancas de primeira cl:c.sc. A, Se FIGlltA 3.7 • Alavancas de segunda classe servem
os braços de força e de resistência têm o mesmo para mover grandes resistências com pequenas
comprimento, é nocessãria uma força igual :\ forças e possuem uma vantagem mecânica positiva
resistência para contrabalançá-la. B, Confom1e o j!i que o braço de força (: sempre mais longo do que
braço de força se toma mais longo, uma diminuição o de resistência. A, Colocar a resistência na metade
da quantidade de força passa a ser necessária par-.i do can1inho entre o eixo e o ponto de aplicação da
mover uma resistência relativamente 1naior. e, ;\ força fornece uma vantagem mecânica de 2. B,
medida que o braço de força se torna mais curto, Aproxímar a resistência do eixo aumenta a
uma diminuiç-lo da quantidade de força passa a ser vaniagem meclnla, mas diminui a distância pela
neces.~ria para mover urna resistência relativamente qual a resistência é movida. C, Quanto mais peno a
menor, mas a velocidade e a amplitude de resistência é posicionada do ponto de aplicação da
movimento pela qual a resistência pode ser movida força, menor é a vantagem mecânica, mas maior é a
estão maiores. distância pela qual ela ê movida.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
74 trutural

Equ.çlo dll alavanca


F x BF =R X BR
F• Força (Força) x (Braço de = (Resistência) X (Braço de
R • Resisttn<ia forç.a) resistência)
VM • Vantagem Exemplo inidal
mednlca F X 0,1 = 45 N X 0,25 m
A
=
F x 0, 1 11,25 Nm
F=112,5 Nm
Braço de reslstlnd a • 20

=10 ·•II
Exemplo A-Alongando o braço de força
I• Braço de fof2
Aumente o BF movendo a inserçJo distalmente
em 0,05 m:
R F
F X 0, 15 • 45 N X 0,25 m
=
F x 0, 15 11,25 Nm
F = 75 Nm
=
F 20, R • 10, VM • 0,5 Um aumento da distAncia da inserçJo no eixo em 0,05 m
resulta em uma considerável reduçllo na força necessária
p ara mover a resistência.
B
Exemplo B - Encurtando o 1>n<o de reslst•nda
Braço de reslstlnci a =20 ~
I· Braço de força =
Reduza o BR movendo o ponto de apllcaçllo da
resistência proximalmente em 0,05 m:
I· ·I f X 0, 1 " 45 N X 0,2 m
F x 0, 1 = 9 Nm
R F
F " 90 Nm
Uma diminuição da distância da aplicação da resistência
ao eixo em 0,05 m resulta em uma reduçllo considerável
F = 40, R • 10, MA = 0,25 na força necessária para mover a resistência.

Exemplo C - Reduzlndo a res1st•OO.


e
Reduza a quantidade de R, reduzindo a
Braço de reslstlnda = 20
I· ·I resistência em 1 N:
=
F X 0, 1 44 N X 0,25 m
Braço de força • 15
·I F x 0, 1 " 11 Nm
F = 110 Nm
R F A diminuição da quantidade de resistência pode reduzir
a quantidade de força necessária para mover a alavanca.

F = 13,33, R = 10, VM = 0,75 FIGURA 3.9 • Cálculos do torque com exempl<>1> de


modificações nos bra~ de força, nos braços de
resistência e na resistência.

~lGURA 3.11 • Alavancas de tcrct:ir.i classe. A, ~ o cxcn1plo e deixa claro esse processo c1n que se
necessária uma força maior do que a resistência, pode, obviamente, reduzir a força nt.-ccs.5ária redu-
qualquer que seja o seu ponto de aplicação, jã que zindo a resistência.
o braço de resistência t: sen1pre maL5 longo. 8 , O sistema de alavancas do corpo humano desti-
Aproximar o ponto de aplicaç:lo da força ao eixo na•sc a gerar velocidade c aniplirudc de movimento à
aumenta a amplitude de movin1ento e a velocidade, custa de força. Braços de força curtos e bra~"O.~ de re-
mas requer mais força. C, Aproxinmr O ponto de sistência compridos requerem grande força muscular
aplicação da força :\ resistência diminui a força para produzir n1oviniento. No antebraço, as r1Xaçõcs
necessária, mas diminui 1ambt:m a velocidade e a dos músculos biceps e ttíceps ilustram claramente esse
amplitude de niovimento. ponto, uma vez que o braço de força do bíceps t: de
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 3 1 llOr< ' ,. 75
2,5 a 5 cm e o do tríceps de menos de 2,5 cm. ~1uitos sível aumentar o comprin1ento de uma alavanca com
outros exemplos parecidos são encon1tados em todo uma raquete ou um bastão.
o corpo. Do ponco de vista prático, isso significa que Em esportes como beisebol, hóquei, golfe e hó-
o sisten'a muscular deve ser forte para fornecer a força quei de grama, alavancas mais longas apresentan)
necessária para os movimentos do corpo, principal- 1nais forç:'.1 linear e, portanto, melhor desempenho.
mente cm atividades esportivas vigorosas. No entanto, para conseguir executar movimentos
Quando se fala em alavancagem relacionada a ha- completos no menor tempo possível, pode ser neces-
bilidadi.is esportiV".tS, refen.."-se, de um modo geral, a sário um bra~"O de alavanca mais curto. Por l!XCmplo,
diversas alavancas. Por exemplo, para arremessar uma um apanhador de beÍS(?bol, ao tentar úrar um corre-
bola, há alavancas nas articulações do ombro, do co- dor da segunda base não tem de atirar a bola de
tovelo e do punho, bem como na relação entre o solo, modo que ela viaje tão rápido como quando o lança-
oo meinbroo inferiores e o tronco. dor a atira. Para ele, é mais in)portanle iniciar e com-
Inclusive, pode-se dizer que há unia alavanca longa pletar o lançamento o mais rápido possível. O lança-
que vai dos pés acé a m."lo. dor, por sua vez, ao tentar atirar a bola a mais de 150
Quanto mais longa a alavanca, mais efetiva ela é na km/h, utiliza seu corpo como un1 sistema de alavan-
velocidade que 1tans1nite. Um jogador de tênis conse- cas em uma amplitude de movin1ento maior para dar
gue bater na bola com mais força fa7.cndo impulso velocidade a ela.
com o cotovelo estendido do que com o c0tovelo íle-
xionado, porque a alavanca (incluindo a r.iquete) fica Rodas e eixos
maior e se move em uma velocidade maior. Rodas e eixos são usados sobrerudo para melhorar
A Figura 3.10 indica que un)a alava nca mais longa a amplin1de e a velocidade de movimento no sistema
(Z') percorre um mesn'o número de graus mais rá- mu.sculoesquclí!úco. Uma roda e um eixo funcionam
pido do que uma alavanca mais curta (S'.> . .Esse prin- essencialmente como uma forrna de alavanca. Quando
cípio se aplica a atividades esportivas em que ê poo- a roda ou o eixo gira, o ouuo deve girar também. Os

Ã.
\
\
\
\
\
\
\
\
\ \
1 1
1 1

r1GURA 3.10 • Comprin1ento das alavancas. O final de uma alavanca longa (Z') movin1enta-se com mais
rapidez do que uma alavanca curta (S') no mesmo ângulo e na mesma quantidade de tempo. Quanto n)ais
longe a resistência estiver do eixo, maior a distância em que ela se move e maior a força distríbuida,
resultando na movimentação da resistência em unia velocidade também maior. Nas atividades esportivas em
que (: possível aumenta r o comprimento de uma alavanca com un'a raquete ou um taco, os mesmos
princípios são aplicados.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

dois completam um giro ao mesmo tempo. O centro girará en1 uma velocidade três vezes maior do que o
da roda e do eixo corresponde ao fulcro. Os raios da do eixo. Além disso, a distância a qual o lado externo
roda e do eixo correspondem ao braço de força . Se o da roda girará, será três vezes maior que a do lado
raio da roda é nlllior que o do eixo, então, em virtude externo do eixo. A vantagen1 mecânica da roda e do
de seu braço de força mais longo, a roda possui uma eixo para esse cenário pode ser c:tlculacL'I consideran-
vantagen1 mecânica sobre o eixo. ls10 é, uma força do-se o raio do eixo sobre o raio da roda.
menor pode ser aplicada à roda para mover uma resis-
tência maior aplk~1da ao ei.xo. De forma muito sin1plc.:s,
raio do eixo
se o raio da roda é três vezes o raio do eixo, enrão a Vantagem mecânica -
roda possui uma vantagem mecânica de 3 para 1 sobre raio da roda
o eixo, como na l'igu.ra 3.11. A vanragem mecânica da
roda e do eixo para esse cenário pode ser calculada Nesse caso, a vanragem mecânica é sempre menor
considerando o raio da roda sobre o do eixo. do que 1. F..sse é o principio utili7.ado no trem de di-
reção de um automóvel para girar um eixo, que, logo
• , raio da roda depois, gira o pneu ao redor de uma revolução para
V:antagem mecan1ca = . d . cada giro do eixo. As pessoas usam a porência de um
rato o eixo
motor de um au1om6vel para produzir a força neces-
Nesse caso, a vantage1n mecânica é sempre niaior sária para aumentar a velocidade do pneu e, assim,
do que 1. Uma aplicaç-Jo desse exemplo é utilizar deslocar-se por grandes distâncias. Vm exen1plo dos
uma porção exterior de um volanre de direção de músculos que aplicam força cm um eixo para rcsulrar
em amplitudt: e velocidade de movimento maiores
au1om6vel en1 tomo do n1ecanismo de direção. Anti-
gameore, antes do desenvolvimento da direção hi- também pode ser observado no membro superior, no
dráulica, os volantes possuíam um diâmctr0 maior caso dos rotadores internos fixados ao (1mero. Com o
do que hoje para dar ao mocorisca maior vantagem úmero atuando como o eixo e a mão e o punho loc-.i-
mecânica. Um exemplo da aplicação da força a uma lizados na parte externa da roda (quando o cocovelo
roda no corpo é quando tentamos forçar manual- é flexionado a cerca de 9()11), os rotadores internos
mente o ombro de uma pessoa a uo1a rotação medial aplicam força ao ú1nero. Com os rotadores internos
enquanto ela o mantém e1n rotação lateral isometri- girando o úmero de modo concêntrico e interno por
uma pequena amplitude, a mão e o punho percorrem
can1ente. O úmero age como un1 eixo, enquanto a
uma grande disrância. Usar a roda e o eixo dessa ma-
1não e o punho da pessoa estão localiz:idos pr6xin1os
neira nos permice aumentar de modo significativo a
:\ parte externa da roda quando o 001ovelo está ne-
xionado a cerca de 90". Se centannos cm vão frear a vt:loc.i dade em que pode1nos arremessar objetos.
força de contração dos rotadores externos empur- Polias
rando internamente o seu antebraço m~io, pode- Polias individuais pcssucm um eixo fixo e a fun-
mos aumentar nossa força de alavanca, nossa vanra- ção de mudar a direção efeciva da aplicação de força.
gem mecânica e nossa chance de sucesso aplicando Possuem ainda uma vantagem roecânic-.i de 1, como
a força mais próxima ã mão ou ao punho da pessoa. mostrado na Figura 3.12, A. Inúmeros aparelhos com
Se a aplicação da força é invertida de n1odo a ser carga as utili7.am para alterar a direção da força de
aplicada no eixo, a vanragem n1ecânica resulta de a resistência. As polias pode1n ser móveis e se combi-
roda girar a uma dlstãncia e velocidade maiores. Usando nar para formar polias compostas, a fim de aumentar
o mesmo exemplo, se o raio da roda é três vezes a vantagern mecânica. Cada cabo adicional ligado às
maior do que o raio do eixo, o lado cxrcmo da roda polias móveis aumenta a vancagem mecânica em 1,
como mostrado na Fig. 3.12, B.
No corpo humano, um excelente exemplo é for-
necido pelo maléolo lateral, que atua como uma
Rodo polia ao redor do tendão no qual o fibular longo
corre. Confom1e esse músculo se contrai, ele puxa
para seu ventre, que está em direção ao joelho. Em
raz."lo do uso do rnaléolo lareral coroo uma polia (l'ig.

,..,. ''
3· · I
3. 13), a força é transmitida para a face plantar do pé,
o que resulra em um movin1cnto descendenre e late-
1· ral do pé. Outros exemplos no corpo humano in-
l'IGURA 3.11 • Roda e eixo. cluem as polias da face votar das falanges que redire-
cionam a força dos 1endões flexores.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capitulo 3 1 • n
dá ao longo de uma linha reta, tr'J.ta·se do movimento
retilineo, ao passo que o movimento ao longo de unia
VM• 1 VM•2
linha curva é chamado de movimento curvilineo. O
movimento angular, também conhecido como movi-
mento giratório, envolve rocação em tomo de um eixo.
No corpo humano, o eixo de rocação dos movimentos
é composto por suas v:1ri.'IS articulações. Em um certo
senti<lo, esses dois tipos de movimento se inter-relacio-
nam, uma vez que o movimento angular elas anicula-
çôes pode produzir o movimento linc2r do andar.
Por exemplo, em muitas atividades e:.ponivas, o
movimento angular cumulativo d3s anicul:ições do
corpo imprin1e movimento linear a um objeto lançado
A 8 (bola, disco) ou a um objeto atingido por um instru-
mento (taco, raquete).
FIGURA 3.12 • A, Polia individual; B, Polia
Deslocamento refere-se a uma alteração de posi-
composta.
çlo ou locali.zação de um objeto a partir de seu pon10
original de referi!ncia, enquanto distância se refere ;\
medida de compri1nento do trajeto percomdo. Um
objeto pode ter percorrido unia distância de 10 me-
Músculo fibulor tros ao longo de um caminho linear em duas ou 1nais
z longo direções, nlas ter se deslocado de seu ponto de refe-
rência original apenas 6 metros. A Figura 3.1 i1 for-
nece um exen1plo. Deslocamento angular refere-se
il alteração de localiz.aç;lo de um corpo em roiaç;lo.
Deslocamento linear é a dlst:lncla que um slsLcma
Mal6olo percorre cm linha reta.
lowol Preocupamo-nos algumas veres com o tempo que
o deslocamento leva para ocorrer. A velocidade es-
calar descreve a dislllncla percorrida pelo objeto cm
um determinado intervalo de tempo. A velocidade
também leva em conta a direçio al<:m de descrever a
taxa de deslocamento.
Uma breve revis.10 das leis de movimento de Newton
FIGURA 313 • Polia. O maloolo lateral serve como indicará suas muitaS aplicações em ativid3des de educi-
uma polia para o 1endào do fibular longo. çào fisica e esportes. As leis de NC\vton explicun tO<Jas

De H:amllton N, Lu~< K J("1~· sc1et111fi<: baS1s ofb1ursan


m«lot~ 10' "'1, 2002, McGnw· HJI.

Leis do movimento e atividades físicas


O movimenlo é fund:1men1al na educação fisica e
em atividades esportivas. F.m geral, o movimento do
3 ' ~24

corpo é produzido, ou pelo menos iniciado, por ai·


guma ação do sistema muscular. O movimen10 não
pode ocorrer sem u1na força, e o slstc1na muscular é
a fon1e de força do corpo humano, o que 1oma o
8 3
' e

desenvolvimento do sistema muscular indispensável FIGURA 3.14 • Deslocamento. Se a trajetória do


movinlento é de A para U e , c1n scguid3, de B para
para o movimen10.
C, a distância percorrida é A8 + 8C, mas O
Existem, basicaniente, dois tipos de movimento:
deslocamento é AC. Se cada célula tem l m 2, AD e
moviJDento linear e movimento angular. O pri-
BC Lêm 3 m, assim a distância percorrida é de 6 m,
meiro, taml:X:m conhecido como movimento de tr'.insla- mas o deslocamento, AC, é de 4,24 m .
ção, é o movimento ao longo de uma linha. Quando se
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
78 "

as caracteri.sticas dos movimentos e silo fundamenta~


para a compreensão do movimento humano.

Lei da inércia
Um corpo cm movimento tende a permane-
cer oa mesma velocidade escalar, e m Unha reta,
a m e nos que sofra a ação de uma fo rça. Um
oorpo cm repouso 1ende a permanecer em re-
pouso a menos que sofra a ação de uma força.
A inércia podt: ser <bcrir.a como a resistência a
uma ação ou a uma mudança. Em termos de movi- ..•...
mento hum."lno, tnércla refere-se ã resistência :\ acelera-
ção ou à desaceleração. Ela é a tendência de permane-
cer no esiado atual de l1lO\IÚilellto, independentement e
de o segmento do corpo esiar se movendo cm uma FIGURA 3.15 • Exemplo da primeira lei do
determinada velocidade ou de não es1ar farendo movi- movimento de Nt.>wton.
mento algum. De Hamilton N, Lucq;cM K K1n<'Slolqo· sckrltljk basisofbuma•1
Os músculos produzem a força necessária para ini· mollon, 10' cd., 2002, ~kG ....,·.HUI.
dar, parar, acelerar e desacelerar o movimento ou al-
terar a :,"Ua dir<.'Ção. Em outras palavras, a inércia é a
relutância em mudar de estado, e s6 uma força pode A acel eração pode ser deílnida como a taxa de
vencer essa relutância. Quanto maior a massa de um mudança da velocid:1de. A força n1uscular necessária
objeto, maior sua inércia. Por conseguinte, quanto para que un1 corpo en1 n1ovin1ento atinja uma deter-
major a massa, maior a força necessária parn alterar minada velocidade é nomulmente grande. A massa,
slgniflc:llivarnente a sua inércia. Inúmeros exemplos a quanúdade de matéria de um corpo, afeta a veloci-
dessa lei são encontrados em atividades de educação dade e a aceleração em movimentos físicos. A força
fisio. Um velocista deve aplicar força considcrtívcl muscular nettSSiria para acelerar um homem de 80
sobre os blocos de partida para superar a inércia de kg até uma certa velocidade é muito maior do que a
repouso. o corredor de pista fechada deve aplicar necessária para aceler-.ir um homem de ;s kg até a
força considerável para superar a in(!rcia do movi- mesma velocidade. ~possível também acelerar mais
mento e parar antes de se chocar contra a parede. A uma bola de beisebol do que um disco, por causa da
Figura 3.15 fornece um exemplo de como um esquia- diferença de peso entre esses dois objetos. A força
dor em n1ovimento continua em n1ovimento mesn10
necessária para correr na metade da velocidade é
após saltar da collna. Bolas e outros objetos lançados menor do que a força necessária para correr na velo-
ou rebatidos requerem força para serem parados. lnl· cidade máxin1a. Para imprimir velocidade a wna bola,
ciar, ix1rar e mudar de direç:lo - ações que fazem ou a outro objeto, é necessário acelerar rapidamente
parte de muitas atividades íisícas - fornecem muitos a parte do corpo que a segura. Futebol americano,
outrOS exemplos da lei da in(!rcia aplloda ao movi- basquete, atletismo e hóquei de grama são alguns
mento do corpo. espones que demandam velocidade e aceleração.
Como a mudança do estado de inércia exige apli-
cação de força, é óbvio que qualquer atividade reali-
Lei da reação
1,ada em um ritmo regular e uma direção constante
A cada ação corresponde uma reação igual e
conservará energia, e que qualquer atividade com
ritmo ou direção irregular custará caro para as reser- oposia.
vas de energia. Isso explica em pane por que ativida- Ao exercer força sobre uma superfície de apoio an-
dando sobre ela, a superfície oferece uma resistência
des co1no handebol e basquete são mais cansativas
igual, na direção oposta ã da planta do pé. O pé foz
do que a corrida moderada e a dança.
força para balxo e par-.i trás, enquanto a superfície em-
purra para cima e para a frente. A força da superfície
Lei da aceleração reagindo ã força exercida sobre ela é denominada
A mudança na aceleração de um corpo ooorre força de reaçOO do solo. O corpo proporciona a força
na mesma direção da força que a provoca. A mu- de ação, enquanto a superfície fornece a força de rea-
dança de aceleração é d.J.retamente proporcio nal ção. É mais fácil correr cm uma pista dura do que cm
à força que a causa e inversamente proporcio- uma praia arenosa, por causa da diferença. entre as
nal à massa do corpo. forças de reação do ~lo de cada superlicie. A pista
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capírulo 3 f • ,, 79

resis1e il força de propul'iilo do corredor e a reaçilo o Como resultado, é sempre mais difícil começar a ar-
impulsiona para a frente. A areia dissipa a força do rastar um obje10 sobre uma superficie do que conti-
corredor e a força de reação é reduzida de modo cor- nuar a arrasti-lo. Pode-se aumentar o atri10 e.~1ico,
respondente, com aparente perda de velocidade e de aumentando-se a força normal, ou perpendicular,
força para a frente (Fig. 3.16). Ao iniciar uma corrida, que age sobre os dois obje100 simultaneamente,
o velocista aplica uma força cm excesso de 1.335 como ao adicionar mais peso a un1 obje10 posicio-
sobre os blocos de partida, que resistem com força nando outro sobre ele. Para determinar a quantidade
igual. Quando um corpo esú em voo, como no meio de força de atrito, deve-se considerar as forças que
de um salto, o movimento de uma parte do corpo pro- pressionam os dois objc1os ao mesmo 1empo e o co-
duz rcaçilo cm outra pane, íá que não hã superficie eficiente de atrito, que depende da rigidez e da as-
resi&iva para oferecer força de reação. pereza das texturas das superficies. O coeficiente de
alri10 é a ra7.ilo enrre a força necessária para superar
o atrito sobre a força que mantém as superficies uni-
das. A.trito de rolamento é a resistência de um ob-
jeto rolando sobre uma superficíe, como uma bola
rolando na quadra ou um pneu rolando no solo. O
atrito de rolamento é sempre menor do que o atrito
estático ou cinético.

Compensação, equilt'brio e estabilidade


Compensação é a capacidade de <.~nt.rolar o
equilíbrio estático ou dinâmico. Ern rela~1o ao movi-
mento humano, equlllbrio refere-se a uni estado de
aceleraçilo zero, em que não há alterJç-Jo na veloci-
FIGURA 3. 16 • Exemplo da 1erceira lei do dade nem na direção do corpo. O equilíbrio pode ser
movimento de Ne\vton. Para acelerar para a frente, estático ou dinâmico. Se o corpo CSliver ern repouso
um pedcstre deve empurrar para trás. Pode-se notar ou completamente sem movimento, estará em um
na figura que a pane frontal da pegada na areia ê equilibrlo estático. O equilíbrio dinãmlco ocorre
mais profunda do que a traseil"'J. quando coclas as forças aplic:idas e Inerciais que agem
sobre o corpo cm movírncn10 estilo contrabalançadas,
Oc lbmlluin N, l..uugcn• K K•-"'kl(o· lldefllljle basls cfbuman resultando em um movimento com velocidade ou di-
mo1lon, 10' cd., 2002, \k<irrw· Holl
reção inalterável. O controle d.'l compensaçilo para a
manutenção do equilíbrio exige a maximi7.açào da es-
tabilidade, que é a resistência a uma al1eração na
aceleração do corpo ou, mais apropriadamen1e, a re-
Atrito
sistência a uma penurbaçào no equilíbrio do corpo.
Atrito é a força que resulta da resistência entre as Para aumenmr a estabilidade de um corpo, é necessá-
superficics de dois objc1os movendo-se um sobre o rio determinar seu centro de gr.ividade e altera-lo
outro. Dependendo da atividade envolvida, pode-se de acordo com a necessidade. O centro de gravidade
desejar o aumento ou a diminuição do alrito. Na cor- é o pon10 em que ioda a massa e todo o peso do
rida, o a1lera depende das forças de atrito entre os corpo estão igualmente b:llancC"Jdo.~ ou dis1ribuídoo
pés e o solo para que poss.'1 exercer força contra ele em todas as dire9)es.
e propelír para a frente. Quando o alrito está redu- A capacidade de compensação é tão importante
:ddo, por causa de um terreno liso ou da superficie para o corpo em repouso quan10 p.1rn o corpo em
do sapato, (: grande a chance de escorregar. Na pati- rnovimento. Em geral, o equilíbrio é um ei.1ado dese-
naç-Jo, deseja-se dln1inulr o atrito para que se possa jável, mas hã círcunsr.1ncías em que o movunento é
deslizar sobre o gelo com menos resistência. O atri10 aprimorado quando o corpo aprcscn1a algurna dcs-
pode ser caracteriwdo corno cstá1ico ou ciné1ico. O compensaç-Jo. A seguir, são ap~ntados cenos fa10-
atrito estático refere-se :\ quantidade de alri10 entre res gerais que se aplicam ao aprimoramento da capa-
dois objelos que ainda não começara1n a se mover, cidade de compen.~çilo, à maxlmi7.a~1o da estabilidade
ao passo que o atrito cinético é o que ocorre entre e, em última análise, à conquista do equilíbrio:
dois objetoo que ~o deslizando um sobre o outro. 1. Uma pessoa está est.ivel quando seu ccn1ro de
O atri10 e.sWtico é sempre maior do que o cinêtico. gravidade se sirua dentro de sua base de apoio.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

2. O equilibrio é diretamente proporcional ao tama- As forças impelem ou tracionam o objero co1n o


nho da base. Quanto maior a base de apoio, maior inccnto de afetar seu 1novimento ou sua forn13. Sem
o equiJfurio. forças agindo sobre uni objeto, não há movin1ento.
3. A esiabilidade depende do peso (inassa). Quan10 Ela é o produto da m.as.5a 01ultiplicada pela acelera-
maior o peso, maior a estabilidade. ção. A massa de um segmento do corpo ou do corpo
4. O equilíbrio depende da alrura do centro de gra- inteiro multiplicada pela aceleração determina a força.
vidade. Quan10 mais baixo o centro de gravidade, ~ d .a ro que no futebol americano esse conceito ti de
maior o t.>quilíbrio. exrren1a i1nporrãncia, en1bora seja igualn1entc impor-
5. O equilíbrio depende da posição do centro de tante em ouLraS atividades que usam apenas uma parte
gravidade em relação à base de apoio, dimi- do corpo hu1nano. Quando uma bola é arremessada,
nuindo à medida que o centro de gravidade se a força aplicada a ela é igual à massa do braço multi-
plicada pela velocidade do braço. E, co1no foi dito
aproxima da borda da base. .Entretanto, ao prepa-
antes, o sistema de aJaVllncagem é muito importante.
rar-se para receber uma força iminente, a estabili-
dade pode ser aumentada pelo deslocamento do Força • massa X aceleração
centro de gravidade para o lado da base de apoio F= mXa
em que a força é esperada. A quantidade de movimento ou, clico de forn13
6. Ao preparar-se para receber uma força iminente, mais científica, o momento ou impulso, que é igual
a estabilidade pode ser aumentada pelo aumento à massa multiplicada pela velocidade, é imponante
do camaoho da base de apoio na dire~1o en1 que em atividades que exigem habilidade. Quanto maior
a força 6 esperada. o momento, maior a resistência à aJteraç-Jo na inércia
7. O equllibrio pode ser intensificado aumentan - ou no estado de movimento.
do-se o atrito entre o corpo e as superfícies com Não é necessário aplicar força máxin1a para então
as quais ele faz contato. aumentar o momento de uma bola ou objeto a ser
rebarído cm todas as siruações. Para obter bon1 de-
8. A rotaç-.lo em tomo de wn eixo contribui para o sempenho, é necessário regular a quantidade de força
equllibrio. É mais fácil equilibrar uma bicicleta aplicada. É importante avaliar a quantidade de força
cm n1ovimcnto do que uma biciclcra parada.
necessária para lançar uma bola de softbol a uma
9. As funções fisiológicas cinesiésicas contribuen1 certa distiincia, para lançar uma bola de golfe a 180
para o equilíbrio. Os canais senúclrcuJares da meLrOs ou para rebater uma bola de tt!nis para que
orelha interna, a visão, o raro (pressão) e o senso ela cruze a rede e caia dentro da quadra.
de cinestesia oferecem informações que contri- Em atividades que envolvem movimento de várias
buem para o equilíbrio do corpo. O equilíbrio e articulações, como o arremesso de un1a bola ou de
seus componentes de compensação e estabili- um peso, ocorre um somatório de forças a partir do
dade são essenciais em toclos os movimentos. início do movimento, no segmento inferior do corpo,
Eles são afetados pela força constante da gravi- até a virada do tronco e a movimentação das articu-
dade e pela inércia. A nlarcha ten1 sido descrita lações do ombro, do cotovelo e do punho. A magni-
co1110 uma atividade cm que a pessoa lança o tude da velocidade com que um taco de golfe bate
corpo para dentro e para fora do estado de equi- na bola é o resultado da son1a das forças empreendi-
li'brio a cada passo. Nos movimentos rápidos da das pelo tronco, ombros, braços e punhos. O arre-
corrida, cm que a inércia é alta, o indivíduo pre- 1nesso de peso, disco e dardo são outros bons exem-
cisa rebaixar o cenLro de gravidade de moclo a plos da imponâncla do somatório de forças.
manter o equilíbrio quando para ou muda de di-
reção. Por outro lado, atividades que envolvem
saltos tentam elevar o centro de gravidade o mais Bases da sobrecarga mecânica
alto possível.
No uso do sil.'tema muscuJoesquell::lico para exer-
cer força no corpo de modo a mover e interagir <..'Om o
Força solo e oucros objetos ou pessoas, cargas mecânicas
Os músculos são a principal fonte de força que significativas são geradas e absorvidas pelos tecidos
produz ou alter-d o movímento de um segmento do do corpo. As forças que causam essas cargas podem
corpo, do corpo inteiro ou de um objeto lançado, ser internas ou externas. Apenas os músculos podem
rebatido ou parado. Músculos fortes são capazes de gerar forças internas de fomu ativa, mas tensão nos
produzir mais força do que músculos fracos. isso se tendões, recidos conjuntivos, ligamentos e clpsulas ar-
refere tanto ao esforço máx:i.010 como ao esforço sus- ticulares podem gerar forças internas p-assivas. Forças
rcntado ao longo de um pcóodo. externas são produzidas na parte externa do corpo,
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 3 1 11or. · o <1 '">1 , . ' 01 ". 81

originando-se da gravidade, da inércia ou do contato com grãos de feijão, um jrlsbee, um disco ou um


direto. Todos os tecidos, em vários graus, resistem a dardo. Uma rápida anãUse de alguns dos princípios
mudanças em seu fonnato. Obviamente, a defomu- mecânicos básicos envolvidos na habilidade de arre-
çào dos tecidos pode resulmr de forças externas, mas messar evidenciará a in1pom1ncia de encender as apli-
deve ser considerado que também temos a capacidade cações deles. Muitas allvldades envolvem esses e,
de gerar forças internas grandes o bastante para fratu- muiras vezes, oulrOS princípios mccânícoo. A com-
rar ossos, dcslOC3r aniculações e romper músculos e preensão do movimento é básica para o arremesso
tecidos conjuntivos. Par<1 prevenir I~ e danos de· qua ndo o movimenlO angular (Fig. 2.16) das alavan-
correntes da defonnaçào dos tecidos, deve-se usar o cas (ossos) do corpo (tr0nco, ombro, cotovelo e
corpo para absorver energia das forças internas e ex- punho) é usado para imprimir movimento linear à
ternas. Desse modo, é mai.s vantajoso absorver a força bola quando ela é liberada.
por grandes superfícies do corpo do que por superfi- As leis do movimento de Newton se aplicam ao
cies pequenas, espalhando a taxa de absorção sobre arremesso porque a inércia do indivíduo e a da bola
um grande período. Além disso, quanto mais forte e (p. 77) precisaiu ser vencidas pela aplicação de força.
saudável é o corpo, maior a probabilidade de ele ser Os músculos fornecem a força para movimentar as
capaz de suportar cargas mecânicas e."cessivas e are- panes do corpo e para segurar a bola com a mão. A
sultante defonnaç-.lo dos cccidos. Tensão (estiramento lei da accleraÇI<> (segunda lei de Newton) enrra e1n
ou tr<1ção), compressão, cisallllllTlento, indinaç-.lo e operaç-.lo com a força muscular necessária para ace-
torção (contorção) são todas forças que atuam sozi- lerdr o braço, o punho e a mão. Quanto maior a
nhas ou combinadas para produT.ir sobrecarga mecâ- força (massa ve:t.es aceleração) que a pessoa conse-
nica, que podem resultar em deformação excessiva gue produzir, mais rápido o braço se moverá e, por
dos tecidos. A Figura 3.17 ilustra as forças mecânícas conseguinte, maior a velocidade transmitida à bola. A
que acuam sobre oo tecidos corporais. reação dos pés contra a superficie em que a pessoa
se apoia indica a aplicação da lei da reação.
O fator da alavancagem é muito importante no
arremesso de uma bola ou de um objeto. Quanto
maior a alavanca, maior a velocidade que pode ser
transmitida à bola. Pard todos os fins práticos, o
.. .. corpo, dos pés aos dedos da mão, pode ser conside-

o
Sem
..
Tensõo
.
Compre»Õo Clsolhomenlo
rado con10 uma alavanca longa. Quanto mais longa,
tanto pelo <.-omprimento natural do corpo como
pelos seus movimentos preparatórios para a posição
atrás estendida (como ao arren1essar uma bola de
corgo ou tração softbol, con1 extensão das articulações do on1bro e
do cotovelo), maior sera o arco de aceleraç.lo e ,
portanto, maior a velocidade transmitida ao objelo
lançado.
Em certas dn:unstâncias, quando a bola deve ser
lançada a uma distância curta - como no beisebol,
Flexão ou Torção Combinação quando ela é arremessada pelo apanhador para as
inclinação (k><çõo e compre»Õo)
bases - a alavanca curta é vantajo.53 porque leva men05
ternpo para soltar a bola.
FIGURA 3.17 • Forças de sobrecarga meclnica. O equillbrio é un1 fator importante no arren1esso
quando o corpo é girado para lrãs no início do movi-
mento. A virada praticamente desequilibra o corpo,
levando-o para trás e depois par'd a frente. O restabe-
Arremesso lecimento do equillbrio ocorre na fase de comple-
mentação e acompanhamento, quando os pés se
No desempenho de vííri3.5 habilidades esportiv-<1s, abrem e os joelhos e o tronco se flexionam para re-
podem ser encontradas muitas aplicações das leis das baixar o centro de gravidade do corpo.
alavancas, do movin1ento e do equilíbrio. Uma habi-
Udade comum a muitas atividades esportivas é o ar-
remesso. O objeto arremessado pode ser algum tipo
Resumo
de bola, nus muitas vezes é uo1 objeto de outro ta- Toda essa abordagem foi apenas wna stntese dos
manho ou formato, como uma pedra, um saquinho fatores que afetam o movimento. A análise do movi-
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
82 '-ln1111I ···-·-'-•! •••

mento hu1nano à luz das leis da rtSica suscita uma lntemationaJ Society o f Blo mechanics
dúvida: qual deve ser a abrangência dessa an:\lise? www.isbweb.org
Ela pode se to mar multo complexa, principalmente Softwares, dados, infonnações, fontes, JX1ginas ama-
quando o movimento do corpo <: conjugado com a relas, conferências.
manipulaç-Jo de um objeto na mào, envolvido cm
arremCl>Sal', chutar, rebater ou agarrar. James Madisoo ~1cmoriaJ High School
Esses fatores entram em consideração quando www.madisoo.k 12.wi.usljmmfisp/U7POF<>8.pdf
tentamos fa7.Cr uma análise das atividades comuns do Um arquivo cm PDF explicando os seis tipos de
programa de educaç:lo risica - futebol , beisebol, bas- máquinas simples.
quete, atletismo, hóquei de grama e natação, entre
outros espones. É preciso que o proflssion.'\l d e edu- Kinesiology Biomechanics Classes
caçào rtSica, aU:1n de uma vi.são con1pleta dos fatores www.uoregon.edu/-karduna/biomech anicsllcinesiology.
que controlam o movimento humano, tenha amplo htm
conhecimento dos princípios f1Slol6gicos e biomec:.i- Uma l_ista de inúmeros sites d e aulas de biomecâ-
nicos da cincsiologia. nica e cinesiolog.ia na web com muitas apresentações
Não é intençào deste livro embrenhar-se em uma e anotações para download.
a náli.se detalhada de outras atividades. Algumas fon·
tes que consideram esses proble1nas de forma mais Marsden State High School
detalhada sào citadas nas referências bibliográficas e www.marsdenshs.qld.edu.au/subject s/sclence/juniors-
nos sites indicados no final do capítulo. cience.quizzes/physlcs.-simple.html
Testes d e tisica - máquinas simples.
Sites
Oprusner.com
www.members.optusnet.eom.au/nricklconverters/mo-
Biomechanics World Widc mentlhtml
www.per.ualberta.ca/blomechanics F6nnulas de conversão para variáveis rtSicas.
&.1.e site permite ao leitor procurar nos periódicos
de biomecânica informações recentes relacionadas The Pbysics Classroom
ao mecanismo da lesão. http://www.g lenbrook.k12.il.us/qbsscVphys/Class/88oard.
html
Biomechanics: Thc ~1agazinc of Body ~1ovcmcnt Vãrios tópicos, incluindo as leis do movimento e
and ~1edicine outros princípios fisicos.
www.biomech.com/
Pbysics Concepts - Simple ~1achines
COSI Hands-On Science Cente rs http'ilwww.ceeo.tufts.edu/robolabatceeolK12/classroom/
www.cosi.org/onlineExhlbitslsimpMacM m1.swf lever.asp
Um site com animações em íl:ish que demonstrnm Uma visão geral dos conceitos rasi~ envolvidos
explicações de núquinas simples. no estudo da biomecânica.

Edquest Simple Simon


www.edquest.ca1pdf/sia84notes.pdf http://geo.hdsb.ca/grassroots2003/grass roots1Michalopou·
losPd1/lever/web%20page.htm
Texto, f'iguras e ilustrações de máquinas simples e
complexas. risica básica das máquinas.

Sport Coach - Levers


GRDTraining Corporatlon
www.brianmac.demon.eo.uk/levers.htm
www.physdiem.eo.za/Motlon/Motlon% 201ndex.htm Uma revisão básica de al:ivanc:is con1 links excelen-
Explicações de princípios risicos do m<>vime nto tes para o esrudo do treinarnento e da funç:to muscular.
com testes.
Worsley School
lntegrated Publishing www.wcsscience.com/simplelmachines.html
http://www.tpub.com/content/englneJ14037findex.htm Explicações e ilustrações detalhad:is de máquinas
Engenharia mecânica. simples.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E classe que não tenhan1 sido citadas neste capítulo.
Para cada uma, identifique a força, o eixo e a resis-
DE REVISÃO tência. Também e.'íplique se a vantagem de usar
cada alavanca ê o equíhbrio, a força de movi-
1. No quadro de identificação dos con1ponentes de mento, a velocidade ou a amplitude de movi-
alavancas a seguir, l~'te duas alavancas para cada mento.

Quadro de identificação dos componentes de alavancas


Classe d3 alavanca Exemplo Forç:i Eixo Resistência Van1agem fornecida
1•
1•

2"
2"

3J
3'-

2. Alavancas anatômicas podem melhorar o desem- 6. Utilizando a Figura 3.18, considere que os com-
penho físico. l:ixplique como isso ocorre usando ponentes estão organizados con10 l.ista o quadro
as informações sobre o arremesso fornecidas de cálculos das variáveis de alavancas, determi-
neste capítulo. nando o valor de cada um deles. Na Figura 3.18,
cada linha ven.ical na barra d'l alavanca repre-
3. De que classe de alavanca ê um volante de auto- senta o ponto em que o componente cs~ para
móvel? ser organi1.ado, o ponto da extremidade esquerda
4. Se o músculo bíceps ê Inserido c1n seu antebraço representa O e o da extremidade direita repre-
5 cm diStal ao eixo de seu cotovelo, a dístância senta 20.

.,
do eixo do cotovelo para a palma de suas mãos é
de 45 cm e você levanta um peso de 9 kg, qual a
tração que seu músculo exerce para alcançar a
fle.icão do cotovelo?
1 2 3 • 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1• 15 16 17 18 19 20
5. Se o peso de um. objeto é 50 kg e sua vantage1n
mecânica é 4, qual a força que você precísaria
FIGURA 3.18 • Componentes de um sistema de
exercer para levantar um objeto com um sístema
alavancas.
de alavancas?

Quadro de cál culos das variáveis de alavancas


Componentes da alavanca 'Variáveis
Força apll- Eixo 25 N de resl.stllncia Classe da Braço de Braço de Força Vanragem
c::id3 em colcx:ado em coloc:ldos em alavanca força resistência mecânica
3. o 2 20
b. o 9 15
e. 3 17 13
d. 8 4 19
e. 12 o 18

f. 19 9 3
(continua)
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
84 M. 11 u ~ C:. m.., ol >ir • ,U'IJn.; 1

Quadro de cálculos das variãveis de alavancas (cont.)


Componentes da 3.lavanca Variãveis
Força Eixo 25 N de reslstên- Classe da Braço de Braço de Força Vanragen1
aplicada OOIO<::ldo cm eia <.'Okxados cm alavanc;i força rcsiSté::ncia medi nica
em
g. 16 2 7
h. 13 20 4

i. 8 17 l

j. 20 4 11

7. Liste dois diferentes sistemas de roda e eixos nos 11. Qual a magni1ude da força necessária para levan-
quais a força é aplicada :l roda. A partir de sua tar um obje10 de 200 kg em um siste1na de polia
observação, estime qual dos dois possui maior con1 quatro cabos de ~-upone?
vantagem mecânica. 12. Identifique um exemplo prático da lei da inércia
8. Lis1c dois diferentes sistemas de roda e eixos nos de Newton e explique como ele a ilustra.
quais a força é aplicada ao eíxo. A panir de sua 13. Identifique uni exemplo prático da lei da acelera-
observação, estime qual dos dois possui maior ção de Ne,Vlon e explique como ele a ilustra.
vantagem mecânica.
14. Identifique un1 exemplo prático da lei da reação
9. Para remover um parafuso, é mais fácil usar uma
chave de fenda com uma manopla ma ior para se- de New1on e explique como ele a ilustra.
gurar? Por quê? 15. Pelo quadro de co1npar.1çôes entre as tarefas para
as leis do movimento, considere que você possua
10. Se uma polia eslá montada com quatro cabos de
supone, qual seria a vantagem mecânica dessa a habilidade, a força, etc. para realizar cada par
de 1arefas. Circule, na coluna A ou B, a que seria
lnscalaç-Jo?
mais fácil de realizar segundo as leis do movi-
mento de Newton e explique por quê.

Quadro de comparações entre as tarefas para as leis do movimento


Colu~ A Colunn B
a. Arremessar unla bola de t>elsebol a 97 km/h. Arremessar unl peso a 97 km/ h.
F.x.
b. Jogar uma bola de bollche a 37 m. Chutar uma bola de futebol a 37 m.
Ex.
Rcbalcr uma boi:\ de wb!ffeeball sobre um Rcbalcr uma bola de beisebol sobre um
e.
alambrado de 293 m. alambrado de 293 rn.
Ex.

Pegar um peso que foi rebatido :i 97 km/h. Peg.1r uma bola de soítbol que foi arremessad.1 a
d.
97 km/h.
Ex.
Investir contm um :1rocante de 108 kg correndo Investir contra um ::11acan1c de 91 kg correndo
e.
cm direção a você com grande ra pidcz. em direção a você com grande rapidez.
Ex.
Correr rapidamente 37 m cm 4,5 segundos cm um Correr mpidamcntc 37 m cm 4,5 segundos em um
f.
canlpo úmido. campo seco.
Ex.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
Capítulo 3 1 11or. 85

16. Se um jogador de beisebol bater um triplo e s. Base de apoio


correr ao redor das bases para alcançar a ter- t. Inércia
ceira base, qual seria seu deslocamento? Dica: u. Deslocamento linear
Exislen1 27 metros entre cada base. v. Deslocamento angular
w. Velocidade escalar
17. Escolha uma alividade esportiva e explique coino x. Velocidade
a presença de muito atrito se toma um problema
na atividade. 22. Desenvolva, individualmente ou em um pequeno
grupo, uma demonstraç-Jo, um trJbalho final ou
18. l?.scolha uma atividade esportiva e explique con10 um relatório sobre as seguintes atividades:
a presença de pouco atrito se torna um problenla a. Lcvanl3menlo
na atividade. b. Arren1esso
19. Utilizando as forças básicas das cargas mecâ.nicas de c. Posição em pé
compressão, torção e ci.salhan1ento, descreva cada d . Caminhada
força usando exemplos do futebol ou do vôlei. e. Corrida
20. Desenvolva, individualmente ou em um pequeno
f. Salto
grupo, um Lrabalho ou un1 relatório de classe sobre g. Queda
a análise mecânica de Lodas as habilidades envol- h. Posição sentada
vidas nos seguintes esportes: i. Impulsão e Lração
j. RebatimenlO
a. Basquete
b. Beisebol
e. Dança
d. Salto orrnunental
e. Futebol americano
Referências bibliográficas
f. Hóquei de grama
g. Golfe Adrian ~IJ. Coopcr JM: 1be bloml.'cba11lcs o/b11ma11 mowmm11,
h. Ginástica ln<lianapoli.i, lN, 1969, Bcnchm:llk.
i. Futebol Am<:ric:m ACOck.'ITly o( Onhopacdlc SWJ!COl\S; Schcnc:k RC, c<L:
j. Natação 111b1«1c 1m11111w a11d $fX>rtS 111Wlcl1ie, ed 3. R~moni. 11.. 1999,
k. Tênis Amcrican Academy of Ofthopocdlc SuJ8Cõf\S.

1. Luta greco-romana U.trham JN: Ml'Cbat1ica/ ldtre<iology, St. Lou.ls. 1978. Mo.by.
Brocr MR: Atl f11rrod11Glio1110 ldtrosfolo8)~ l!ngl..wood Cliffs. "!].
21. Desenvolva, individualn1ente ou em um pequeno 1968, Pn:nticc·llall.
grupo, um trabalho final ou um relatório de classe Brocr Mlt, Zemlcke RI': Hjjícúmcyofb11ma11 mou1mm11, cd 3,
sobre os seguintes fatores do movimento: Phil:iddpbia, 1979. Saul'Klm;.
a. Equilíbrio Bunn JW: Sdetlltfa; pr111clpk< ofcoacbl11g. ed 2, P.11glcwood Clllr:'-
::0.1. 1972. Pn:nllcc-llaU.
b. Força
Cooper JM, Adtian M, Cl:lssow RB: Kl11e$/Ology. ed S, Se. Louis. 1982.
c. Gravidade Moo;by.
d. Movimento Don:11clll K. Wolf St.: 71'e bú>m«ba11fa of tiM/OOI a11d a1~,
e. Torque Phibdclphia, 1990, 02\'ls.
f. Alavancagen1 H•U SJ: 8aslc bfo,,1açbmtfc$, ed 4, Ncw Yoric, 2000. McCr.tw·Hill
g. Projéteis l lamíll J. Knutten KM: Bklm<dJanlcaJ brulsofb1mia11 " ' - " " "· cd
h. Atrito 2. ~ltim<l<\!, 2003, Uppincoo William:J & WUkins.
i. Fluruação Hin:son M: Klt1cdology, ed 4, Ncw York. 1981. McCrnw-Hlll.
j. Aerodinilmíc:t Kcscrrct• S, Jonklns WI., Malonc 111: Throwlng Injuries, Spons l11)11ry
k. Hidrodinâmica MatJ(lR'f11U1ttl 2.-4. 1989.
1. Restituiç-Jo Kclley oi,, Kl11~/11ndamenl(J/s o/mot/011 descriptlon,
Englcwood Clilr:<. NJ. 1971. Prcnticc-Hall.
m. Rotação
• Ktelg)lb:>um F,, B.1rthel$ KM: Blom«banll:s: a qualllalíve approat;b
n. Angulo de rebote
for st1uJylt'8 b11ma11 tnOOl!mt!lll, cd 3, Ncw Yoric, 1990, .MaanJllan.
o. Momento ou impulso
Log;>n CA, McKinney WC: Anntomlc ldncsiolOfiY, cd 3, l"ew York,
p. Centr0 de g.ravidade 1962. McGraw· HíU.
q. Capacidade de manutenção do equilíbrio Luugens K. tbmilton N: Kln<'$IO/Ogy. scil.lr1Jtfa; basls l)/b11mmt
r. Estabilídade motkJ1~ cd 10, Ncw York, 2002, Mc:Gr.iw-HllL
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
86 tn1rt1~-------------------

M<Cmlry EK. Kcnd.ill l'I'. RodJ(~ MM, Pro\'>n« PG. Rom:ml Prctllla: ~ Arbdm~pr111clpks o/D/bktk tmltll"l/. cd li, Ncw
WA ;llU$C"1s: le>lftlJI a11d/uru:flo11 utlb pou11~ anti pai•~ ed S. York, 2()03, McGr.iw·I hll
Phlbddphla, 2005. lJpplnccct Willbms & Wllklns. IW<h P1' IC/nmotqry o"'1 apptkd anatomy, ed 7, Phlbddphb, 1989.
McGlnnl$ PM. IJ-bo111CS <!fsport 011(/ ~. cd l , ClumJ)Q,g1\, ln & Tcbig<r.
IL 2005. Hwmn Kll-. Scou MG: Anal)$!$ o{buma11 motlot~ ed 2, Ncw Yotlc, 1963,
Newn:iM. DA Km4!Sfolc(!.y o/tbtl ,,._,.~ l)Olem fet1ndatfonl Appktoo-Gmtury-Oofts.
for pbJ'Slcal IYbabUllallon, SI. Louh, 2002, Ma1by. Segedy k 6r:lct$' pn< elfttts .spur rcsearcb "'f8e· Biom«btmlcs
Nordul M. Fr.1nkd VH I~ blo11t«banlcs<!fllxtm~ Fcbrw.ry, 2005.
~ ed 2, Phlbddphi>, 1989, ln & f'dllger
'1odun CC. l.c>'2.J11PC PK· )olnt~nondfu11ctltHt o
'lt'on«I< J: FtmalonaJ
Mooby.
ª"""""'' '"""""' ed 2, :oi. Louis. 1990.
~anolys1s, Ph>bddplua, 1983. 02•.s Wut..d R:AlbldlcabllllyatldtbtlanaJOmy<!fmotlon, London 19M,
Notlhnp JW, Lopn GA. McKIMey WC: A•lllfJ:d> o/sport "'°"°"' \Thl!c.
onol(}mkondblom«bonlcpMp«tú'f:S. cd j , "cw
Yori<, 1983. Wbiung WC: 8.om«bo11la <!fmuscu~t lnfr•?·; Ownpo)8n. 11.,
McGr.1.,·llill. 1998, Human Klll<'lla.
PlscopoJ, llaley J Kit~ .. tbtl~<!f-t, ~ Yori<,
1981, Wlley.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Capítulo
_íngulo do tnetnbro

superior

Objetivos
• Identificar no esqueleto caracrerísricas ósseas importantes do cíngulo do membro superior
• Indicar em un1 diagrama de esqueleto as características ósseas importantes do cíngulo do membro
superior
• Desenhar em um diagrama de esqueleto os 01úsculos do cíngulo do men1bro superior e indicar, con1
setas, os seus moviJncntos
• Mostrar cm uma pessoa todos os n1ovilnentos do cíngulo do membro superior com seus respectivos
planos de rnovimento e eixos de rotação
• Palpar os músculos do cíngulo do membro superior em wna pessoa e listar seus antagonistas
• Palpar as articulações do cíngulo do membro :.'Uperior em uma pessoa durante cada movimento em
roda a amplitude de movimento

ste:: capítulo apresenta descrições breves dos ossos


E mais importantes da região do ombro, que ajuda-
rão a entender a estrutura esquelética e sua rclaç-lo
Articulações
Ao analisar os movimentos do cíngulo do mem-
com <> sistema muscular. bro superior Cescapulotorãcicos), ê importante per-
ceber que a escápula se move na caixa torácica
porque o movin1ento articular ocorre, na verdade,
Ossos na articulaç;1o esternoclavicular e, em menor ampli-
Os movimentos do cíngulo do membro superior 1udc, na articulação acromiociavicular (ver Fígs. 4.1
envolvem dois ossos principais (Figs. 4.1 e 4.2): a e 4.2).
escápula e a clavícula, que em geral se movem como
uma unid1de. Sua única ligação óssea com o esque- Estcrnoclavicular (EC)
leto axial consiste na articulação da clavícula com o É classific-.ida corno uma articulaç-lo artrodial (mul-
esterno. As referencias ósseas fundamentais para o tiaxial). Move-se 15º anteriormente c.-om procração e
estudo do cíngu1o do membro superior são o manú- 15° posteriormente com retração, além de mover-se
brio, a clavícula, o processo coracoide, o acrômio, a 4~0 superiormente com elevação e 59 inferiormente
cavidade glenoidal, a borda lateral, o ângulo inferior, com depressão. Alguma rotação da clavkula ao longo
a borda medial, o ãnguJo superior e a espinha da do seu eixo durante vários movimentos do cíngulo do
escápula (Figs. 4.1, 4.2 e 4.3). n1embro superior resulta em ligeiro 1novimento desH-
ffl
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Ugomento
ocromioclavicular
wperiar

Acrômio
Ligamento
9$1e<nocloviculor ontorior
Ugome<ilO intorclovicvlor

Monubrio
Cavidode
glenoidal
Ugomento
com>doviculor

fo»a
subexopulor

Bordo medial

FIGURA 4.1 • Cíngulo do n1embro superior direico, visca anterior.

Clovfcvla Articuloçõo oaomiocloviculor

Acr6mío

-- Cavidade
glenoidol
E•pinho _ __,.,..

Cavidade-~
glenoidol
F0»0
- - lnfroospinal Borda [axilorl lateral----\>I

Bordo (ve11ebran _ _ Bordo (axilar)


medla.1 --t lat<lrol Ângulo - - - - - --'lt
inferiar
Su~rflcie
post.rior
li

FIGUltA '1.2 • Escápula din:ita. A, Vista postcríor; B, Vista lateral.

A, de Scclcy RR, Sccphcn.~ m , 1'2tC P; At111tomy and pbyslolagy. ,. cd., Ncw York,
bwnon a110tomy a11d pbyslolo(zy, 9" cd., Ncw York, 2002, Mc:Cmw-HllL
2006, Mc:Cl'llW·Hill; 8 , de Shlct º·
Butlcr J. Lewis R: llole's
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
C:ipirulo 4 <'.tngulo do m1:mhru •Upcnor 89

\ Clavlcula
Espinha - - - -
ela escópula

Ângulo inferior
ela escópulo

FIGURA 4.3 • Anatonúa da superftcie do cíngulo do n1embro superior direito, vistas anterior e posterior.

zante rotatório na articulação estemoclavicular. Essa esdpula pode ser descrita como tendo uma amplirude
articulação é suportada anteriom'lellte pelo ligan1ento total de 25º de 01ovimento de abdução-adução, (,(p de
estemoclavicular anterior e, posteriormente, pelo liga- ro1ação ascende nte e descendente e 550 de e levação-
mento po&erior. Alêm dísso, os llgan1entos costoclavi- depressão. A aniculação escapulotorácica é suportada
cular e interclavicular também fomecem estabilidade dinamicamente por seus mCisculos e não possui
conua o d eslocamento superior. suporte ligamentar, já que não apresenta caracteristi-
ClS sinoviais.
Acrornioclavicular (AC) Não há uma articulação caraeterística entre a es-
Classificada como articulação artrodial, possui des- câpula anterior e a caixa torácica posterior. Entre
lii.amento e movimento rotacional totais de 20 a 3()0, estaS duas estrun1ras ósseas, está o múscu lo serrãtil
que acon1panl1am os outros n1ovimentos do cíngulo anterior, que se o rigina lateralmente ils nove C<>l>1elas
do membro superior e da aniculaçào do ombro. Além superiores, corre posteriorn1ente li caixa torácica e se
do force suporce proporcionado pelos ligamentos co- insere sobre a borda medial da escápula. lmedíata-
racoclavicu lares (trapezoide e conoide), os ligamen- 1nente posterior ao mCisculo serrátil anterior, sobre a
tos acromioclaviculares superior e inferior fomt:een1 região anterior da escápula, está o mCisculo subesca-
estabilidade para essa articulação vulnerável a lesões. pular (ver Cap. 5).
Classificada como aniculação do tipo sindesmótica, a
articulação coracoclavicular, por meio de seus liga- Movimentos (Figuras 4.4, 4.5)
mentos, aun1enta muito a estabilidade da articulação
acromioclavicular. Ao analisar os movimentos do ángulo do membro
superior, oonvém oonoentrar a atenção em urna referên-
Escapulotorácica cia óssea específica, como o ângulo ínferior (posterior-
Não ~ urna articulação sinovial verdadeira, pois mente), a cavidade glenoldal Oateralmente) e o acrômio
não possui caracterísricas sinoviais regulares e seu mo- (anteriormente). Todos esses movimentos possuem um
vimento é totalmenre dependente das articulações es- ponto pivoml onde a claVÍcula se une ao e&emo, na
temoclavicular e acromioclavicular. Apesar disso, a articulação esternoclavicular.
APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM
PRODUTOS: http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952

Os movimentos do émgulo do membro superior Rotação ascendente


podem ser descritos como movúnentos da escápula. Girar a cavidade glenoida l para cima e afastar,
Ver Figuras 4.4 e 4.;. superior e lateralmente, o ângulo inferior em relação
à coluna vertebral.
Abdução (protração)
l\>lovimento da escápula de afascar-se lateralmente Rotação descendente
da coluna vertebral, como ao alcançar um objeto à Retornar o ângulo inferior medial e inferior-
frente do corpo. mente cm direção à coluna vertebral e à cavidade
glenoidal à sua posição normal. Na verdade, uma
Adução (retração) vez que a escápula retorna à posição anatômica,
Movimento da esc-:ipula de avançar mediaúnente uma rotação descendente adicional resul ta em uma
em direção à coluna vertebral, como ao aproximar as ligeira n1ovin1entação superon1edial do ângulo su-
csclpulas. perior.

Abdução Adução Elevação


(protroçõo) (retroçõol e
A 8

Depressão Rota~ão ascendente Ro~ão descendente


o E F

FIGURA 4.4 • Movimentos do cíngulo do membro superior.


C:ipirulo 4 <'.tngulo do m1:mhru upcnor 91

Romboldc
Trapézio
leYonto<lot do eJCópulo

Romboi<le
Trapézio
levantado< . ._,__
'lllil.__,.
~--+ Peliorol
Serrótil
onleria<

do -6pulo menor

' ..
Trapézio
Peilorol menor

FIGURA 4.5 • Ações dos n1(1scu los escapulares.

Elevação tensão da articulação glenoun1eral, resu ltando na mo-


Movimento para cima, ou superior, como quando vin1entaçào anteroinferior da borda superior e na 1no-
se eleva os ombros. vimentaç-Jo posterossuperior do ângulo inferior.

Depressão lndinação posterior (inclinação descendente)


Movimento para baixo ou inferior, con10 quando se Movimento rotacional consequente da escápula
retoma ã posição normal após ter elevado os ombros. em torno de seu eixo frontal que ocorre durante a
Para realizar alguns dos movimentos do cíngulo do hiperflexào da articulação glenoumeral, resultando na
membro superior listados at~ aqui, a csdipula deve rota- n1ovimentação posteroinferior da borda superior e na
cionar ou inclinar em tomo de seu eixo. Embora estes n1ovilnentaçào anterossuperior do ângulo inferior.
não sejam os movimentos principais do úngulo do mem-
bro superior, eles são ncccssários para a movimentação Sinergia com os músculos da articulação
normal da esaípula ao longo de sua amplitude de movi- glenoumeral
mento durante os movimentos dessa pane do corpo. A articulaç-Jo do ombro e o émgulo do membro
superior crabalham juntos para realizar as atividades
Inclinação lateral (inclinação para fora) do men1bro superior. É 1nuiro iinportante entender
Movimento consequente da abdução em que a es- que o 1novin1ento do cíngulo do menlbro superior
câpula gira cm to m o de seu eixo vertical, resu ltando não é dependente da articulação do ombro ou de
em movimento posterior da borda medial e movi- seus músculos. No entanto, estes músculos são es-
mento anterior da borda lateral. sencia is para fornecer um efeito de estabilização à
es<.-ápula e proporcionar aos músculos da articula~-ão
Inclinação medial (inclinação para dentro) do ombro uma base estável para q ue eles exerçam
Retorno da inclinação lateral; movimento conse- força nos movimentos potentes que envolvem o
quente da adução excessiva e m que a escápula roda úmero. Por conseguinte, os músculos do cíngulo d o
em tomo de seu eixo vertical, resultando em movi- membro superior se contraem para manter a escápula
mento anterior da borda medial e movimento poste- em uma posição relarlvamcnte estática durante n1ui-
rior da borda lateral. tas ações da articulação do ombro.
À medida que a art.icula~~lo do ombro passa por
Inclinação anterior (inclinação ascendente) amplitudes de movimento mais extremas, os músculos
Movi1nento rotacional consequente da cscâpula en1 cscapulares se contraem para movimentar o cíngulo do
tomo de seu eixo frontal. Ocorre durante a hiperex- membro superior de modo que a c-.ividade glenoidal
92 ~· 11 tlt C"ltl 11 .. • ....

esteja em uma po5iç:io mais apropriada para que o P'.irte descendente - elevaç1o e ~ens1o da ctbeç:1
úmero possa se n10ver. Sem o movimento concomi- Parte transversa - elevação, adução e rotação
tante da esclpula, s6 seria possível elevar o úmero até ascendente
cert:1 de~ de abdução e lle.'do tocai de ombro. Isso Pane ascendente- adução, depremo e rotaç-.lo
ocorre com os músculos apropriados de ambas as arti- ascendente
culações uabalh.indo cm sinergia paro realizar a ação Romboíde - aduç:lo, rocaç:lo descendente e elevaçlo
desejada de todo o membro superior. Por exemplo, se Levantador da esclpula - elevação
algul"'fll des<.ia elevar a mào lateralmente tão alto quanto
po5Sível, o músculo semtil anteriOr e o trapézio (panes É importante notar que os músculos podem não
1ransversa e ascendente) giram de forma ascendente à estar necessariamente ativos por toda a amplitude
escápula enquanto o supraespinal e o deltoíde iniciam de movimento em que eles são agorúst.as.
a abdução glenoumeral. Essa sinergia entre os múscu- A Tabela 4. 1 fornece uma classificação detalhada
los da esclpula e da articulação do ombro aumenta os dos músculos responsáveis pelos principais movi·
movimentos totais do meinbro superior. Oiscuss:lo mentas do cíngulo do membro superior.
complementar da interaç:1o e do trabalho em conjunto
dessas aniculações (: fornecida no início do Capítulo 5,
na Tabela 5.1, que lista os n10vi1ncn1os do cíngulo do Nervos
menlhro superior que, em geral, participam nos movi- Os músculos do cíngulo do membro suix:rior são
mentQ.5 da articulação do ombro. inervados sobretudo pelos nervos dos plexos cervical
e braquial, como ilustrado nas Figuras 4.6 e 4.7. O tr.t·
Músculos pézio é inervado ix:lo nervo a<..'CSS6rio espinal e por
ramos de C3 e C4. Alérn de inervar o trapézio, C3 e C4
São cinco os principais mõsculos envolvidos nos tan1bén1 inervam o levantador da esclpula, o qual
movimentos do cíngulo do membro superior. Para tambt:m recebe inervaç;lo do nervo dorsal da esc:'.I·
evitar confus:lo, convêm agrup:i-los cm um grupo pula, que se origina em C5 e também inerv-J o rom-
diferente dos músculos da articulação do ombro. O boide. O nervo tor:icico longo se origina cm C5, C6 e
l>"\Jbclávio também est:'.I nt!s:;t: grupo, mas não é: con· C7 e inerva o scrr:itil anterior. O nervo peitoral medial
siderado agonista em nenhuma ação do cíngulo do origina-se de C8 a TI e inerva o peitoral menor.
membro superior. Todos os cinco músculos da região
po5S0em sua origem no esqueleto axial, com inser-
ção na esc:ípula e/ou na clavícula. Eles não se fixam Músculo trapézio (Figura 4.8)
ao úmero nem causam as ações da articulação do
ombro. O peitoral menor e o subd:ivio se localizam
Origem
anterionnente em relação ao tronco. Já o serrãlil an-
terior se localiza anteriormente ã escapula, mas pos- Parte descendente: base do crlnlo, proruber-Jncia oc·
terior e lateralmente ao tronco. Postcrionncntc ao cipital e ligamentos po:.teriores do ~
tronco, também Cl.tào localí7.a~ o trapézio, os rom- Parte tranSversa: processos espinhosos da sC:tima vér-
boides e o levan12dor da esclpula. tebra cervical e dali três vértebras tor:icicas supe-
Os músculos do cíngulo do membro superior têm riores
papel fundamental no fornecimento de estabilidade Parte ascendente: processos espinhosos que vão da
dinâmica à escápula, de modo que ela possa servir quarta à décima segunda vértebra tor:icica
con10 base relativa de suporte paro as atividades da ar-
ticulação do ombro, como lançar, rebater e bloquear. rnserção
Músculos do cíngulo do me mbro s uperio r - Parte d~ndentt!: face posu:rior do terço lateral da
localização e ação clavícula
Ant.t!rior Parte transversa: horda medial do acrômio e horda
Peitoral menor - abdução, rotaçilo descendente e superior da espinha da esclpula
depremo Parte ascendente: espaço triangular na base da espi·
Subclávio - depressilo nha da escápula
Posterior e lateraln1ente
Serrátil anterior - abdução e rotação ascendente Ação
Posterior Parte descendente: elevaç;lo da csclpula; extcns:lo e
Trapézio rotação da cabcçl
C:ipirulo 4 <'.tngulo do mcmhru upcnor 93

TABELA 4.1 • Músculos agonistas do cíngulo do membro superior


Plano de Inerva-
Músculo Origern Inserção Ação Palpação
movimento clo
Abdução Tran~vcrso Dificil, mas abab:o do músculo
...o peitoral maior e exataniente
"t Rot:1ç:lo
-..
e
Peitoral
Superfides Processo descendenre
Frontal iníerior ao processo coracoide
durante a depressão resistida;
Nervo
peitoral
.2 anteriores da coracoide da
ntenor acenruada quando se coloca a medial
3• à 9 CQStC1a
~l:
esclpula
Depressão Frontal mão do individuo atrás do (C8 e TI)
dorso, solidt:1ndo a ele Que a
eleve e a afaste ativamente
-.,!! Abdução Transverso Rt.-giào frontal e lateral do peito

..!'-
abaixo da 51 e (:/'
.,....! Face anterior
costelas proximalmcnte 3 ori-
o Superfície das gem durante a abduçào; melhor Nervo
de toda a
-= Serrá til nove costelas realizada com a an.iculaç:lo gle- 1oracico
"' extensão da ROl:lç:lo
8.o anterior superiores ao
lado do peito
borda medial ascendente
Frontal noumeral Aexionada a 901; na longo
mesma posiÇ'lO, palpar as fibras (C5-C7)
-~ da esdipula
superiores entre as bordas
later;1ís do peitor:ll maior e o
"'::é Iatíssimo do dorso na axila

Base do aânio, !!levaçào Frontal


Entre :i protuberância ocdpit:il
prorubcrdncia Face
TrapbJo Extensão da e o C6, lateral ao acrômio,
occipital e pOSterior do Sagital
(pa ne des-
lig:tnlet'lfOS po&- terço lateral
cabeça particularmente durante
cendente) a elevação e a extensão
tcrion:s do pcs- da claví<.-ula Rotação da
Tmnsverso da Clbeça
~ cabeça
Processo Elevaç:\o Frontal Nervo
Borda medial espinal
espinhoso da Adudo Transverso De C7 a T3, lateral ao acrômio e
do acrômio e acessório
Trapézio 71 vénebra cer-
borda à espinlm da e ramos
(pane vical e das tres
superior da Rotação esclpula, particulannente de
trao.io'VCl'$3) vértebras Frontal
espinha da :iscendente durante a aduçã.o C3 e CA
torácicas
c..-scápula
suoeriorcs
g Processo
Espaço Aduçào Transverso
De T-1 a T12 e face m<.'<lial da
1i Trapézio
espinho:io da
triangular n:i Depressão Frontal espuma da esclpula,
& (pane as·
cendente)
41 à 12• véne-
base da
espinha da Rotaçào
Frontal
particul3nncnte durante
.2 bra torácica
esdioula as<.-endcntc a depressão e a aclução

'::é~ Adur-lo
Rotação
Embora difidl, já que é pro-
Transverso
fundo em relação ao trapézio,
Processo espi- Frontal
Borda medial descendente pode ser palpado durante a
nhooo da 6ltinm Nervo
da esdípula aduçilo; melhor realizada com
Romboi- v"1tebra C<:JVic:tl dorsal da
abaixo da a nião ipsilateral do individuo
eles e das cinco pri- escápula
espinha da atrás do dorso par.t relaxar o
melras vénebra.~ Elevaç;lo Fronmt (CS)
escápula trapézio e colocar o romboide
torácicas
em ação quando o indivíduo
ek-va e afasta a mão do dorso
Dilicil de palpar já que é pro- Nervo
Processo tr.ins-
fundo em relação ao trapézio; dorsal da
W\lllOta- verso das
Bor<la mcdi:il rnelhor paltxido na inserção csclpula
dores da quatro vérte- Elevação Frontal
da escápula medial ao ângulo superior da (C5) e
csclpula br.is cervicais
esclpula, paniculnn11eme ramos de
superiores
durante li11.cira elevado C3 c01
Nota; O subdóvío não é citado, visto que não é um mole< prímórío nos movimentos do clngulo do membro superior.
• Rotz.. (romo -oij
0 Romos
~---c1 1D 0vtro. - f.ao ro_,
porte do plexo ooMc:ol) • Rol...: C5, C6, C?, ca, TI
= _;;;_-C4 0 Tronco.: wporiot, tMclio, inlwiot
O Diviaõos onlerioros
• Diviaõos poslt<ioro•
O foadculo.: ~. loiorol, modlol
Cl 0 Romo1: Nol-..o O><ilot
Nono ro4Jol
Nol-..o museu~
Nono medlono

..,C2 NetYO ,A..,,

NINO oc:clpllol menor--..:.~


N.l'IO poro o 11W1<ulo
esaomocleldomruklldeo - C3
Netw> clorsol do O>Cápulo - - - - - :
Net\'O ouriculor molor - - - - - -
Rotz aupetio< do _ _ _ __
oiço c:eMcol C6
NetYO~~
transvetso
./
N.l'IO aubcl6vlo \
P0t00 Frudculo lo-1 -~
Alço oervi<ol _ . . / '
-~l fo1<leulo J>0$16tior \
~po roo
músculo •opéxio C5 N.l'IO O><ilot - \
ltolz inlvrior do _ _../ N6"° rodlol -
oiço ellMcol / _
NeM>
N.,_ wp<o<lovic.!oro• ,t::::::- ......................
---NetYO frlnico CVIO<*>
~. __.,,,:;-::::.::::.----
FIGURA 4.6 • Plexo cervical, vista anterior. As raizes lototal .
do plexo são formadas pelos ramos ventrai~ dos ~·/
nervos espinais Cl-C4.

1)e S<:dcy RR. Stephens TO. 1':1lC P:


Oubuque, low:a, 200). Mc:Graw-11111.
A•ratomyô pbyslology, (lo ed•.
="° J N.,.., ulnor

~cul6-
fo1<lculo modiol

btoqulol modiol

Parte iransversa: elevação, rotação ascendente e adução FIGURA 4.7 • Plexo braquial, vista anterior. As
(retração) da escápula raízes do plexo são formadas pelo ra1no ventral dos
nervos espinais C5-Tt e se unem para formar os
Parte ascendente: depressão, adução (retração) e rota-
croncos superior, médio e inferior. Cada tronco se
ção ascendente da escápula distribui cm divisões a nterior e posterior que se
unem para formar os fascículos posterior, lateral e
.......... l medial, dos quais o plexo nervoso braquial se inicia.
[i;' T T
Í\ . a
'' i ~
:'UI
De Scclcy RR, Stephens Tt>, T~1e P: Ar101omy6pbyslolO(D•. (lo ed.,
Dubuque, low:i, 2003, McGraw-Hllt.

e
~
Pane tram·vers:i: de C7 a T3 e la1eralmente ao acrôolio e
t

Tu -1 \-l.l à cspínha da csdipula, cm especial durante a adução


Parte ascendente: de T4 a Tl 2 e fuce medial da espinha

Palpação
' da esdípula, em especial durante depressão e adução

Parte des<:endente: e ntre a protuberância occipital e Ine rvação


C6 e lateralmente ao acrômio, en1 especial du!"..inte Nervo acessório (décimo primeiro nervo Cl"".miano) e
e levação e extensão da cabeça ramificações de C3 e C4
C:ipirulo 4 <'.tngulo do m1:mhru •Upcnor 95

Porte descendente
O, Base do crónio, ptotuberóncio
ocdpitol, ligamento! posteriores
do pescoço, proces.sos espinhosos
Elevação (portes dMccndonto o transvorso) 1 do sétimo vértebra c:ervicol {C7) e
de todas as vértebras
torócicas (T 1.fJ2)
Par!ê transvorso

Aduçõa
{portes transverso e ascendente)

Ralação ascendente ---1'--H


{portru transverso o
aM:Cndonte)
Deprouào 1
(porte ascendente)

Parte ascendente

FIGURA 4.8 • Músculo crapé1Jo. O, Origem; T, Inserção; vista posterior.

Aplicação, fortalecimento e flexibilidade Uma rotação continua da escápula para cima permite
A parte descendente é uma porção tênue e relati· que os braços sejam elevados acima da cabeça. O tra-
vamente fraca do músculo e permite alguma eleva- pézio é sempre usado para in1pcdir a cavidade glenoi-
ção da clavícula. Em razão de sua origem na base do dal de ser tracionada para baixo durante o levanca-
crânio, auxilia na extensão do pescoço. mento de objetos com os braços, sendo visto em ação
A parte cransversa é maís resístence, maís espessa e quando se segura um objc10 acinia da cabeça. Quando
possibilita elevaç-Jo vigorosa, rotaç-Jo ascendente e se sustenca o br.iço de lado, horizontalmente, pode-se
adução (rclração) da cscápula. Raramente esra porção ver a fixaç-Jo típica da escápula no músculo trapézio,
do músculo é fraca já que é tão ativa no posiciona- enquanLO o deltoide segura o braço nessa posição.
me::nto do ombro p;ua função e poe.'IUra. Como resul· F..sse músculo é também usado vigorosamente quando
cado, é muitaS ve7.es uma fonte de dor e desconforto se levanta algo do chão com as mãos, <.."Orno ao pegar
por causa de sua tensão crônica. um carrinho de mão pesado. O trapézio precisa impe-
A parte ascendente ajuda na adução (relração) e dir que a escápula seja tracionada para baixo. Carregar
gira a escápula para cima. En1 geral, é fraca , principal- objecoo sobre o onlbro cambên1 coloca esse mfisculo
mente em indivíduos cujas atividades den1andam em ação. O fortalecimento das panes descendente e
quantidade significativa de abdução escapular. transversa pode ser obtido por meio de excrcícioo de
Quando todas as panes do trapézio lrabalham jun- crucifixo. As partes transversa e ascendente podem ser
taS, elas tendem a tracionar para cima e aduzir ao fortalecidas por exercícios de remada inclinada e exer-
1nesmo tempo. A ação tipica do músculo trapézio é a cícios de abdução horizontal pr.uicados em de<:úbito
fixação da esaípula para favorecer a a~'ào do deltoicle. ventral. A parte ascendente pode ser enfati:r.ada com o
exercício de retração dos ombros: tentar colocar os co- Músculo levantador da escápula
tovelos nos bolsos traseiros das calças por meio de
(Figura 4.9)
depressão.
Para alongar o Lrnpézio, cada porção precisa ser Origem
especificamente visada. A parte descendente pode Processos transversos das quatro v~rtcbras ccrvicaiS
ser alongada usando-se uma mão para tracionar a superiores
cabeça e o pescoço para a frence e1n flexão ou flexão
lateral 11:ve pard o lado oposto, enquanto a mão ipsi-
Inserção
lateral se prende na borda de uma mesa para manter
a escápula em depressão. A parte transversa é alon- Borda medial da escápula acima da base da espinha
gada até certo ponto com o procedimento usado para da escipula
a parte descendente, mas pode ser alongada ainda
1nais usando-se un1 parceiro para tracionar passiva- Ação
mente a escápula até a prolração completa. Talvez a Eleva a margem medial da esdipula
1nelhor maneira de alongar a parte ascendente seja
com o indivíduo en1 decúbito lateral enquanto uo1
parceiro segura a borda lateral e o ângulo inferior da
escápula e a movinlenta de forma passiva até alcan-
çar a elevação e a protração máximas.

'
• O, ProcessM lronsversos
dos quolro v6rlebtos
Cle<Vicois wperiores (C 1.C4)

Elevação 1
1, Bordo medial da
osc:ópvla acima
L"-._..:~...._da espinho

FIGURA 4.9 • 1"lúsculo levantador da escápula. O, Origem; !, Inserção; vista posterior.


Capitulo 4 CL"lgulo do mcmhro upenor 97

Palpação Palpação
Difk.i l de palpar, pois é profundo em relação ao mús- Dificil de JY.ilpar, pois é profundo em relaç-Jo ao tra-
culo tr.tpézio; melhor palpado na inserção imedia- pézio, mas pode ser palpado com o tr.tpézio rel:i-
tamente medial ao ãngulo superior da cscápula, xado durante aduçâo. Isso é melhor executado co-
em especial durante ligeira eh:vaçào locando-se a mão ipsilateral do indivíduo atrás do
dorso (ro«açào medial glenoumeral e rotação des-
Inervação cendente da escápula), o que relaxa o trapézio e
NCJVO dorsal da cscápula C5 e ramos de C3 e C4 coloca o romboide em ação quando o indivíduo
eleva a mão afast..'lndo-a do dorso
Aplicação, fortalecimento e llexibWdadc
Encolher os ombros coloca o levantador da cs- Ine rvação
cãpula e o lr.lpé:z.io superior em ação. A fixação da Nervo dorsal da escápula (CS)
escápula pelo músculo peitoral menor penníte que
os levantadores da escápula de ambos os lados es- Aplicação, fo rtalecime nto e flexibilidade
tendam o pescoço ou o ílcxionem lateralmente, se Os músculos romboides fooim a esclpula em adu-
usados apenas de um lado. ção (retração) quando os músculos da aniculaç;lo do
Talvez a melhor fonna de alongar o levantador da ombro aduzem ou estendem o braço. S:lo usados vi-
escápula seja girando a cabeça cm cerca de 459 para gorosamente no exercício de ílexào de braço na barra
o lado oposto e flexionando ativamente a parte cervi- fOOl. Quando a pessoa se pendur:1 na barra horizon-
cal da coluna venebral cnquan10 a esclpula é man- tal, suspensa pelas nlilos, a escãpula 1cndc a ser t.ra-
tida ern posiçào relaxada e ern depressão. cionada, afastando-se da pane superior do tórax. No
Assim como o trapézio, o levantador da escápula momento em que o movimento de flexão é iniciado,
t.amb<:m é uma fonte comum de dor, sensibilidade e sào os músculos romboides que giram a borda medial
desconforto c:iusados pela tensão crônica e por car-
da escápula para baixo e para tr.is, ern dircçilo à co-
regar objetos com alças sobre os ombros.
luna venebral. Observe sua posição favorável para
isso. O romboide tr.ibalha de maneira similar JYJra
Músculos romboides - maior e menor prevenir a condição de escápula alada.
{figura 4.10) o trabalho integrado dos músculos lr.lpézio e
romboide produ:z. aduç-Jo com ligeira elevação da es-
Origem cápula. Para impedi-la, o Iatíssimo do dorso é convo-
Processos espinhosos da wtima vértebra cervicll e pri- cado a entrar c.m ação.
meiras cinco vénebras tor.icicas Trações na barra fixa e metgulhos entre barras para-
lelas são exercícios excelentes para desenvolver a força
Inscrção desse músculo. Os romboides podem ser along;idos por
movirtlCnlO passivo da cscápula até a prottação corn-
Borda medial da escápula, abaixo da espinha da
plaa eoquanco mantêm depress:lo. A rotação ascen-
escápula
denle tambêm pode contribuir para o :ilonpnento.
Ação
Os músculos romboides maior e menor lr.lbalham Músculo serrátil anterior
jun1os (Figura 4.11)
Adução (rclr.lçào): forçanl a escápula cm direção à O rige m
coluna venebral Superficie das nove costelas superiores do lado do
Rotação descendente: :i partir da posição girada para 16rax
cima, forçam a escápula rara a rotação descen-
dente Inserção
Elevação: leve movimen10 para cima, que acompanha Face anterior do comprimento 101:11 ela borda medial
a aduçào da cscãpula

Ação
Abdução (protração): traciona a borda medial da es-
cápula, afastando-a das vénebras
O, Processos aspinhosos
do último Vllrtobro cervic:ol (C7)
e dos cinco primeiros
vértebras torácicos [T l ·TSI

1, Bordo medíol do
Elevoçõo escópulo oboíxo do
espinho

FIGURA 4.10 • Músculos romboides (maior e menor). O, Origetn; /, Inserção; vista posterior.

1, Foce anterior do
comprimento total do
bordo mediol
do escópulo

O. Superfícies
dos nove costelas
superiores ao
lodo do tórax

~
A 8 "
VisJo lateral Visto lateral com o escópulo reíletido poSleriotmente,
oiôbindo o suporlicle ontorior

FIGURA 4.11 • l-1úsculo scmitil anterior. O, origem; /, Inserção; vista lateral.


Capitulo 4 C1ni,'\llo do nwmhn> upi: n< r

Rotação ascendente: a pane ascendente mais com- Inserção


prida tende a tracionar o ângulo inferior da escápula
Processo coracoide da esclpula
para longe das vénebras, girando-a ligeiramente
para cima
Ação
Abdução (protração): traciona a esclpula para a frente,
To e tende a inclinar a borda inferior, afastando-a das
costelas
Rocação descendente: traciona a esdpula pat"'.1 baixo
quando abduz
Depressão: quando a csclpula é rocacionada para
cima, contribui para a depressão
Palpação
Lado frontal e latel"'.il do tôr.lX abaixo da quinta e da
sexta costelas in1ediatamente proxlmais à sua ori-
gem durante a abdução. t! melhor reali7.ada em de-
cúbito dors:1I com a anlculaç.lo glenoumeral em
9()0 de flexão. A pane descendente pode ser pal-
pad.1 na mesma posição entre as bordas laterais do
peitoral 1naior e do l:1tíssin10 do dorso na axila Palpação
lnervação Embora seja diiicil, pode ser palpado sob o m(1sculo
peitoral n1aior imediatamente inferior ao processo
Nervo tor.jcico longo (CS-7) coracoide durante depressão resistida. Isso pode
ser salientado colocando-se a m:lo do indivíduo
Aplicação, fortalecime nto e ílcxibilldade atrâs do dorso e fazendo com que ele a levante
O músculo scm1til anterior é comumente usado para o lado, o que causa un1a rotação descen-
em movimentos que tracionam a escápula para a dente
frente, com ligeira rota~lo ascendente, como no lan-
çamento de bola do beisebol, no soco do boxe, no Inervação
arremesso e na defesa do basquete, e na derrubada
Nervo peitoral medlal (C8-Tl)
do futebol americano. Em :.ua ação úpic-.i, de traba-
lha com o peitoral maior, como no arremesso da bola
Aplicação, fortalecimento e ílexibilidadc
de beisebol.
O músculo sem1til anterior (: usado intensamente O músculo peitoral menor atua com o serrátil an-
em exercícios de flexão de braço, em especial nos terior na verdadeiro abduçlo (prot.raçlo) sem rota-
últimos 5 a 10" de movimento. Os exercícios de su- ção, que é vista principalmcnce cm movimentos como
pino reto e desenvoltJfrnento são bons para esse mús- flexões de braço. Nes1e caso, o sem1til anterior ll"'.i-
culo. A condição de ~pula alada indlca fraqueza ciona a esdípula par.i a frente - tendendo (>'.ira a ro-
defuúda do rombolde e/ou do serr.jtil an1crior. A fra- tação ascendente - , o peitoral menor a pux.1 para a
queza do scmtil anterior pode resultar de lesão no frente - tendendo para a rotaç:lo descendente -, e a.~
nervo torácico longo. duas trações juntas dão origem :\ verdadeira abduçlo
Para alongar o sem1til anterior, a pessoa Aca em da cscipula, necessária nas flexões de braço. Estes
pé, voltada para a aresta de duas paredes, e coloca músculos trabalham cm cooperação na maioria dos
uma milo em cada um.1 delas, na altut"'.i do ombro. movinlentos que envolvem empurrar com as m:\os.
Quando ela se inclin:t, ten1ando e ncos1ar o nariz na O peitoral menor é mais usado ao deprimir e girar
quina, as duas csclpulas silo en1purradas para uma a csclpula para baixo a pa n.ir de un1a posição de
posição aduzida, alongando o serrátil an1erior. rotação ascendente, como :ao elevar o corpo nas fle-
xões na barra fixa.
O peitoral menor é muitas vezes rigido, em ra11lo
Músculo peitoral menor de seu uso excessivo cm atividades que envolvem
(Figura 4.12) abdução, o que pode levar a ombros anteriorizados e
arredondados. Para essa condiç:lo, indica-se o alonga-
Origem mento, que pode ser realizado com u1na flexão de
Superficics anteriores da terceira à quinta C05tela braço no canco de uma parede, como a utilizada no
100 M.:nual de crn.:slolo)(t3 c'tnnural

1, Processo
c:orocoide
do esc6pulo

Rotação
descendente O, Superffcias onterior114
do terceiro 6 quinto
CO$telo

FIGURA 4.12 • Músculo peitoral menor. O, Origem; /, Inserção; vista anterior.

alongamento do serrátil anterior. Além disso, este Músculo subclávio (Figura 4. 13)
músculo tambêm é alongado permanecendo-se em
dcc(ibíto dorsal com uma toolha enrolada diretamente Origem
sob a parte 1oracic:a da coluna vertebral enquanto um Face superior da primeira costela, na sua junção com
parceiro empurra cada escipula para retraç-Jo. a ca nilagem costal

Mósculo subd6vio
1, Sulco inferior no porção
Depre$SÕo 1 mt\dio do doviculo

,....-.t--~- O, foce superior do


primeiro CO$lelo em suo
junção com o
cortllogem coito!

FIGURA 4.13 • f\1úsculo subclávio. O, Origem; 1, Inserção; vista anterior.


Capirulo .C ,. 1 1 101

Inserção Loyola University ~1edlcal Ccnte r: Strucrure of the


Human Body
Sulco inferior na porção média da clavícula
www.meddean.luc. edu/lumen/MedEcVGrossAnatomyGA.
Ação html
Excelente site com muitos slides, dissecções,
~ização e proteção da articulação e;temocfavicular
guias tuloriais etc., para o estudo da anato1nia hu-
Dcprcssilo mana.
Abduç:lo (protrJção)
Whccless' Tcxtbook of O rthopacclics
www.wheelessonline.com
Sice com extenso índice de Unks para tópicos sobre
fraturas, articulações, músculos, nervos, traumas, me-
dicações, assun1os médicos, testes de laboratório e
Palpação periódicos de onopedia, além de outras novidades cfa
área ortopédica e méd.ic:i.
Embora seja dilicil de se distinguir do peí1oral maior,
pode ser palpado exatamente na parte inferior do
Scapulolhor-.idc Positions and Motion
terço m&lio da claVícula com o índiVíduo em dec(J-
bi10 l:11cral com wn pouco de rc){ação asccnclcn1c e www.orthop.washington.edu/vw/sQpulothoracidtabl0_3376.'
o úmero sustentado cm uma posição pardalmcnic lteml0-212/Artides/Oefaultaspx
ílcxJonada. Discreta depressão ativa e abduç-Jo da Vídeos e movimentos da esdípula.
csclpula podem melhorar a palpação
The Physician and Sportsmeclicine
Inervação
www.physsportsme d.com/issues/2003'0703/depalma.htm
Fibras nervosas de C; e c.6. Detecção e traiamento da síndrome do impaeto
no ombro: o papel da discinesia escapulotoracica.
ApUcação, fonalccimento e flexibilidade
The Physician and Sportsn1edlclne
O subcl.'lvio Lr:tdona a daVícula an1erior e inferior-
mcn1c cm direção ao esterno. Allm de ajucfar na ab- www.physsportsme d.com/issues/2001/11 _01J.íohrnon.htm
duçJo e na depressão da clavícula no cíngulo do Lesões da articulação acromioclavicular: identifi-
membro superior, possui papel expressivo na prote- cando e tratando a separaç-Jo acromioclavicuJar e ou-
ção e cstabili1.ação da articulação estcmoclavicular nos tras condições.
movi1ne n100 do membro superior. Pode ser fortalecido
em atividades e1n que há depress;lo ativa, como na The Physician and Sportsmedlcinc
fase de abaixamento das ílexões de braço na barra www.physsportsme d.com/issuev1999/02_99/williams.htm
fixa ou abduções ativas como nas ílcxõcs de braço. A Deslocamcn10 pos1erior da articulação estemocla-
e levação e a rettação exuemas do cíngulo do membro vicular.
superior provocam alongamento do subclávio.
BascbaU Almanac
Sites
www.baseball-almanac..com/chapterslcap-ch8.shtml
instruindo arremessadores adultos.
Radiologlc Anatomy Browser
Lecrures1opics ln Kineslo logy
http://radlinux1 .usuf 1.usuhs.miVrad/ionglindex. html
Silc com inúmeras visca.s radiológic:is do sistema http:l/moon.ouhsc.e du/dthompso/namíc s/shoulder.htm
musculoesquelétic o. Articulações do ombro, n1ovimentos e músc ulos
que fazem parte do cíngulo do mernbro superior.
Univcrsity o f Arkansas ~!edlcal School Gross
Anato my fo r Medical Srudents R.acliologlcAnatom y Browser
http://anatomy.uams.edu/anatomyhtmVgrossresources.html http:l/radlinux1.usuf1.usuhs.m iVradllongli ndex.htm 1
Dissecções, tabelas de ana1omia, imagens de alias, Este site con1.:m ínúmeras imagens radiológicas
lfnks CIC. do sistema musculoc-squclético.
Premierc Medical Search Englne b. Clavícu la
www.medsite.com/Default.asp 7bhq>=1 1. Extremidade csternal
Neste site, é possível buscar anigos relevantes sobre 2. Extren1idade acromial
qualquer condição mêdic:a. e. Aniculações
1. Articulação esternoclavicular
Virtual Hospital 2. Articulação acromioclavicular
www.vh.org 2. Como e onde em uma pessoa são palpados os
1números slides, info rmações sobre pacientes etc. seguintes músculos?
a. Serrátil anterior
PRANCHAS DE EXERCÍCIOS b. Trdpezio
e. Ron1boidc maior e menor
C:Omo recurso auxiliar do aprendizado, para tan."fas d. Levantador da escápula
de classe ou cxtradasse ou para estudar pard provas, e. Peitoral menor
são fornecidas pranchas no final do livro.
NOTA: "Como• signífica palpar durante contra-
Prancha do esqueleto (nº 1) ç-Jo ativa e, possivelmente, resistir a um movi-
Desenhe e identifique na prancha os mClsculos: mento primârio do mClsculo. Alguns mClsculos
a. Trapézio possucrn diversos movimentos primários, como
b. Romboide maior e menor o trapézio, com rotaç-Jo ascendente e aduç-Jo.
e. Serrátil il nte rio r "Onde" se refere ao loc-al do corpo em que o
d. Levantador da escápula músculo pôde ser sentido.
e. Peitoral menor 3. Palpe os movimentos das articulações estemocla-
f. Subclávio vicular e acromioclavicular e os principais múscu-
los envolvidos durante a realização d os seguintes
Prancha da figura humana (nª 2) n1ovin1entos do cíngulo do membro superior:
Identifique os círculos próximos às setas com a a. Adução
letra apropriada correspondente aos movimentos do b. Abdução
cíngulo do membro s uperior indicados pela seta: e. Rotação ascendente
a. Adução (retração) d. Rotação descendente
b. Abdução (protração) e. Elevaç-Jo
e. Rotação ascendente í. Depressão
d. Rotação descendente
e. Elevação 4. Dê os planos em que ocorre cada um dos seguin-
f. Depressão tes movimentos do cíngulo do membro superior.
Cite o respectivo eixo de rotaç-Jo de cada movi-
EXERCÍCIOS I.ABORATORIAlS mento ern cada plano.
a . Adução
E DE REVISÃO
b. Abdução
e. Rotação ascendente
1. Localize cm um esqueleto humano e cm uma pessoa d. Rotação descendente
as seguíntes caractCJÍ.5lÍCIS <:::;quelélicas proeminentes: e. Elevação
a. Escápula f. Depressão
1. Borda medial
2. Ângulo inferior 5. Preencha o quadro de análise muscular con1 os
3. Ângulo superior principais músculos envolvidos em cada movi-
4. Processo coracoide mento.
5. Espinha da escápula
6. Cavidade glenoidal 6. Preencha o quadro de ação muS<;Ular antagonista
7. Acrômlo com o(s) mClsculo(s) - ou pane dele(s) - cujas
8. Fossa supraespinal ações são antagonistas em relação aos músculos
9. Fo~ infracspinal da coluna da esquerda.
Capitulo 4 ' i , Ir- do " 103

7. Depois de analisar cada e.xe.rcicio no quadro dos 8. Analise cada habilidade do quadro e liste os movi·
movimentos do cíngulo do membro superior, di- mentos do ángulo do membro superior direito e es-
vida cada un1 em duas fases de movimento prinlá- querdo em cada fase da habilidade. Você pode listar
rio, con10 a fase de levantarnento e a de abaixa- a pooição inicial do cíngulo do nienlbro superior na
mento. Para cada fase, determine os movimentos fase de posicionamento. Depois decida movúuento,
do cíngulo do rncmbro superior que ocorrem e l.istc o(s) principal(i.s) músculo(s) rcsponsávcl(ls) por
enrão Liste os principais músculos responsáveis por provocá-lo/controlá-lo. Ao lado de cada músculo ein
provocá-los.'contr01á-los. Ao lado de cada mús<:ulo cada movimento, indiqu1: o tipo de conu-.iç;io ron10
em cada movimento, indique o tipo de contração se segue: T·isoml"trica; C-COOCl..'ntrica; E-excentrica.
como se segue: !-isométrica; e-concêntrica; P--ex· Pode ser ne<:essãrio para a análise revisar os concei-
cêntriC".t. tos do Capírulo 8 para as várias fases.

Quadro de análise muscular • Cíngulo do membro superior


Cíngulo do membro superior
Abdução Aduç:lo

Elevaç:lo Oepres.<>ão

Roc:içào ascendente Rotação descendente

Quadro de ação n1uscular antagonista • Cíngulo do membro superior


Agonista Antagonista

5errálil anrerior

Trapéi,io (parte descendente)

Trapéi,io (parte transversa)

Trapáio (parte ascendente)

Romboide

L<.-vanmdor cl.1 csclpula

Peitoral menor
Quadro de análise de movimento do cíngulo do membro superior

Fase iniclal do movimento Fase secundária do movimento


Exercício Agonlsta(s) - tipo /\ntagonista(s) - tipo
Movimento(s) Movin1ento(s)
de contmção de COnlr.lçàO
l'lex:lo de braço no solo

Tração na barra f001

Supino reto

Mergulho entre barras paralelas

Puxada pela frente

Oesenvotvin1en10 pela (rente


com barra

Relll3da prona<fa

Elevação do ombro
com barra

Quadro de análise do cinguJo do membro superior em habilidades esp ortivas

Fase de Fase de Fase de


Exercícío Fase preparatória
apoío movimento complementação

Arremesso no
o
lxlsebol
E

D
Saque no vôlcl
E

D
Saque no tênis
E

D
AITCmcsso no
softbol
E

Revês para a D
esquerda
(backba11d)
E
no tênis

D
Cóqucte
E
o
Boliche
I!

Lance livre oo D
basquete E
Capítulo4 ,. 1 'n mhm SUlllO ' 105
Neumann. DA: Kltieslo/ogy of tbe m11SC11lor"'*1ill S)lllem fo1111tlnti<n1S
Referências bibliográficas for pb)'Skol l'f!b<11>1/IUJtlot4 SI. Louis, 2002. MC»by
Notlãn CC. ~'3fllPC PK:. )Olr1t Sln1C111,. attd/wlCllotllll
Mdrcv.'SJR, WJk KP: Tb#tJJ.bki.ssboulMI', Ncw VOO:, 1994, CQtn/MbenSú.e onalysts. l'lli.ladclphb, 1983, l>.lviS
Oum:hUI U.~
Rasch PJ: Kt~ond appll<'d DMI<>"')\ td 7, Phlbdc:lphb.. 1969,
Andtcv.-. JR. Zanns 8, Wlllc KE lnjurW-s lr1 basd»JJ. Phíbdclphb., Lca & Fd>igtt.
1998. iJppln('QCt •lb>-cn.
Sccley RR.. Slqlh<ns m . Tllk P. Anal0my6~ cd 7, Dubuquc,
OeP:alnu ~u. JollMOn EW· OelttMg •nd ueaung \bouldrt IA. 2006, McGra..-.HJll.
~ ~ lhe role oi sc:ipukxhor:lac d)~
SmJ1b LK. W~ EI., Lchmlruhl IJ), 8n1nnstrom~ dtnlça/ ld1"'5fo/ctl;)'.
The P&)'dclan and sponsmcdlcl•w .31(7), 200.3
cd S, Phibddph.-., 1996, Oa\U.
Ficld O: NWom)' pa/plJtlon arrd surfau rnurltlr1g1. cd 3. Oxford.
Sobwh OC, « :ai: Thc lcnnlc ""' (or """""1111f1 sc:apuls p06ldon
:ZOOI , Out"'"''Olth·llancm:ann
"' bcahhy )""'18 :adult (<'lll:llo• • rdlablbry anel >°2liddy MU<ly,
u.
ll&>lop 1 Monqpnr1y) Dtlnkls t1trd l.tbrlbl•(gbom l mU## /Cflltig jot1ma/ ofOrtbcpt!dic atrd ~ Pbyslcol 7bm1P.Y23.39, )anual)'
l«bttlqrll!S o/manuol """1mltiotl0n. cd 7, PMK'dp.'Va. 2002.. 1996.
Saundet<.
Sodcrburg GL: /(J,~/cQJ/<nt 10 ptllbolcgi<tll motlon,
}ohnson RJ: Ac:romlocbvlrubr jolnl lnJUtw.'S idc:ntify1ng and ucating B:alumorc, 1966, W'Jl~nu & W1lk>ns.
-.qnnatcd o.houldct" ~nd otht-r conditlOIU practlcc: CMC:Nbls,
\'ln ()e Gr:uJf KM: Humo11OnalOm}\cd6. Oubuquc. IA 2002. Dubuquc,
H:umon K, Rubin A. cm: Thc: ~m Otlll~lcl,,.,29(11),
:ZOO!
IA, 2006, McGraw·lllU.
WllJWn.i QC; -*>r #ff'JIOdot.~uklrjol•ll dlsJtxollon <"""'8<"tdcs
McMurtrle H, IWcd JK• 71111oolorltl/I11C'l.'1<111g11lt4i to b11mor1 t1tll•IC>tn)'.
Ncw Y()ri(. 1991. Mc<lnaw·lllll. S<'1'it!!, flou.fl WB. c.'CI.: 7"" Pbyslcltm "'"' S/J<JrtStnt.<llCl•w 27(2). 1999.
Mwcotlno Jll: 71><1 m11sc11/or 'J'fl<~n n111m10/ tbe sl'í!lctnl musclcs o/
tbe b u ma11 /JO<I)\ cd 2, St. 1.oub, 200.3, l!lscvi~ Mosby.
Capítulo
rticulação do ofllbro
Objetivos
• Identificar en1 um esqueleto ou em um inruvíduo detenninadas estruturas ósseas da art.iculação do
ombro
• Indicar em um diagrama de esqueleco detem1inadas estruturas ósseas da articulação do on1bro
• Desenhar em um diagrama de esqueleto os músculos da articulação do ombro e indícar, por meio de
seras, os movimentos dessa articulação
• Mostrar em um colega todos os movímentos das articulações do ombro, com seus respectivos planos e
eíxos de rotação
• Entender como os movímentos da escápula acompanham os do úmero quando se realiza movimento
con1 o complexo do ombro
• Determinar e enumerar os músculos da articulação do ombro e seus antagonístaS
• Organizar e enumerar os músculos que produzem os movin1entos do cíngulo do men1bro superior e
da articulação do ombro

s únicas f1Xações da articulação do 01nbro no es- Por ser dotada de arnplitude de movi.mento muito
A queleto axial estão posicionadas ao longo da es-
cápula e de sua junção com a davícula, na articulação
grande em vário.s planos diferentes, a articulação do
ombro possui quantidade significativa de frouxicL'io
estemoclavicular. Os movimentos da articulação do que, com frequência , resulta em problemas de insta-
ombro são muitos e variados, e não é comum haver bilidade, como impacto do manguito rotador, sublu-
movimento do úmero sem movimento da escápula. xações e luxações. O preço da mobilidade é a redu-
Quando o úmero é flexionado acin1a da altura do ç1o na estabilidade. O conceito de que, quanto mais
ombro, a escápula é elevada, girada para cima e abdu- rn6vel a articulação, menos estável ela (: e de que,
Zida. Com abduç-Jo glenoumeral acilna da alcura do quanto 1nais estável, menor a sua mobilidade apli-
ombro, a escápula é girada para cima e elevada. A ca-se de modo geral em todo o corpo, mas, de modo
adução do úmero resulta cm rotação descendente e especial, na aniculaç-lo do ombro.
depressão, ao pas..'iO que a sua e.""tensão resulta e.m
depressão, rotação descendente e aduçào da escápula.
A escápula abdu7.·se com rotação niedial e aduçào ho- Ossos
rizontal do (1mero. A aduçào da escápula acompanha A c,,~pula, a davícula e o úmero servem como
a rootção !ater.ti e a abdução horizontal do úmero. Na fixação para a maior parte dos músculos da articula-
Tabela 5.1 há uma sinopse dC$CS moviJnentos e dos ção do ombro. Aprender a localização específica e a
principais músculos responsáveis por eles. importância de certas referências ósseas importantes
107
TABELA 5.1 • Combinação de movimentos do ciogulo do membro superior e da articulação do
ombro.
Quando os músculos da anlcul:i~o do ombro (2" costela) realizam as :ições da 1• oostela em qualquer amplitude de movimento
significativa, os músculos do clngulo do membro superior (4• costela) trabalham em conjunto realizando as ações da 3• eos1ela.

Ações da anlculação AgonL'itaS da articulação Açõesdo cíngulo do Agonistas do cíngulo


do ombro do on1bro membro superior do mcn1bro superior
Abduç:io Supracspinal, dehoidc, pane Rot:tç:io ascendente Sczrátil anterior, partes tr.ins-
clavicular do peitoral maior versa e ascendente do trapéz.ío
Adução uníssimo do dorso, redondo Rotação descendente Peitoral menor, romboidcs
maior, pane estemocostal
do peitoral maior
flexão Pmte clavicular do delroidc, Elevação/rotação Levnntador da esclpub,
pane clavicular do peitoral ascendente semítil anterior, panes desccn·
maior dente e t:ro nsversa do
trapézio, romboide
Extensão Latíssímo do dorso, redondo Dcpn.:ssào/rolaç:io Peitoral menor,
maior, parte estemocostal do descendente pane ascendente do trapézio
peiloral maior, pane espinal do
dehoide
Rotação medíal La.tíssimo do dor.;o, redondo Abdução (protração) Serratil anterior,
maior, peitoral 1naior, subescapular peitoral menor
Rotação lateral lnfraespinal, redondo menor Adução (retraç:lo) Panes transversa e ascendente
do 1rt1p("Zlo, romboides
Abdução horizontal Panes acromi:ll e espinal do Aduçào (retração) Pane; transver.,-a e ascendente
dehoide, infraespinal, do trapl>Zlo, romboides
redondo menor
Adução horizontal Peltoral maior, pane clavicular Abdução (protração) Serratil anterior,
do deltoidc, coracobraquial peitoral menor
Abdução diagonal Pane espinal do dchoide, Aduçào (retraç:lo)/ Trnpézío, romboidcs, serrátil
(atividades acima da lnfraespinal, redondo menor rotação ascendente/ anterior, levantador da
cabeça) elevação esclpula
Adução diagonal Peitoral maior, pane clavicular Abdução (protraç.lo)/ Semitil anterior,
(atividades acima do deltoide, coracobraquial depressão/rotação peitoral menor
da cabeça) descendente

é essencial par.i a comp reensão das funções do com- ção esferóidea (ou de bola-e-soquete) multiaxial clas-
plexo do ombro. Algumas dessas referências na cs- sil1cada como eoaruodial (Fig. ;.1). Como tal, ela se
cápula são a fo.<>sa supraespinal, a fossa infraespinal, a move cm codos os planos e é a mais móvel das arti-
fos.o;a subes<:-.ipular, a espinha da esclpula, a cavidade culações do corpo. Sua estabilidade é ligeiramente
glenoidal, o p rocesso coracoide, o acrômJo e o ân - reforçada pelo lábio glenoidal, um anel cartilagíneo
gulo inferior. Os marcos de referência do úmero são a que envolve a cavidade glenoidal no interior de sua
cabeça, o tubérculo maior, o rubérculo menor, o sulco área periférica, sendo ainda e.stabili7.ada pelos liga-
intertubercular e a tuberosidade para o músculo del- n1entos glenoumerais, sobretudo anterior e inferior-
toide (revisar as Figs. if.l e 4.2 e ver a Fig. 5.1). mente. Os ligamentos glenoumerais anteriores se tor-
nam retesados quando ocorre abdução, rotação lateral,
extensão e abdução horizontal, ao passo que os fmís-
Articulação simos lígan1entos capsulares posteriores são tensio-
A articulação do ombro, especificamente conhe- nados na rotação medial, na flex;1o e na adução hori-
cida como anículação glenoumeral, é uma articula- zontal. Nos últimos anos, percebeu-se a importância
Capitulo S 1 11nilaç<'lo do 0111b10 109

Atliculoçõo ocromiocloviculor

Clovículo

Tubérculo
menor

Sulco ---l:-1
intertuberculor (bicipitoij
Covidode
glenoídol

~ri--- Úmero

Tuberosidode _ __,
poro o músculo
deltoide

FIGURA 5.1 • Artículaç-.lo glenoumeral direita, vL5ta anterior.

do ligamento glenoumeral inferior para proporcionar ligamento Arllculaç,\o


e!)tabilidade anterior e posterior (ver Figs. 5.2 e 5.3). coracoumeral acromiocJavicular
É importante notar que, por causa da grande amplí- .---./-:._-- -Ligamento
Ten~o
tude de movi.mento envolvida na articulação glenou- supraesplnal glenoumeral
meral, seus ligamentos se n1antêm bastante frouxos (corte) superior
atê sere1n alcançadas an1plitudes de movin1ento ex-
tremas. A estabilidade é sacrificada pelo ganho de
mobilidade.
O movimento do ú1nero a partir da posiç-Jo lateral Processo
é comum em atividades de arremessar, derrubar no coracolde
futebol americano e fazer um Slrlke no bolíchc. Em
geral, a flexão e a CA'tensão da articulação do ombro
são realizadas quando se sustenta o peso do corpo Ugamen10 glenoumeral lnfeffor
em posição suspensa ou em um movin1ento efetuado Ugamento glenoumeral médio
em decúbito ventral no solo.
Determinar a amplitude exata de cada movimento ~1GURA 5.2 • Ligamentos glenoumerais, vista
da aniculaç-Jo glenoumeral é difícil em vimlde do anterior.
1novimcnto do cíngulo do n1embro superior que o
acompanha. Entretanto, se o cíngulo é unpedido de
se 1novimentar acredíta-se que os movimentos da ar-
1
adução hori7.ontal. Se o cíngulo do membro superior
ticulaç-Jo glenoumeral situam-se dentr0 das segumtes está livre para se n1over, a amplitude total de movi-
faixas: 90 a 959 de abdução, CP de adução (impedida mento das articulações combmadas é de cerca de 170
pelo tronco) ou 759 anteriormente ao tronco, 40 a 6<:P a 180" de abdução e 170 a 180" de ílex.'\o.
de extensão, 90 a 100" de flexão, 70 a 900 de rotação com frequência, a articulação do ombro é lesio-
1nedial e lateral, 45° de abdução horizontal e 139 de nada em raz.lo de seu formato anatômico. Vários fato-
Tendõo $Upro•npinol Extensão
Acrõmio
i\1ovimento do úmero posteriorrnen1e a partir de qual-
Bobo quer ponto no plano sagiial, descrito algumas vez.es
$Ubdel16id.io -'3o--Ugamento
r corocoumerol como hípcre.xtensão.
Tendõodo
Tendõo - - i ;
inlroe$pínol bíceps Abdução
Ugomenlo
glenoumerol Movimento lateral e para cima do úmero no plano
Covldode glenoidot--t:'.1' ~~~~
superior frontal, que se abre lateralmente, afastando-se do
L6bio glenoidol Tendõo corpo.
$Ubeleopulor
Tendõo do
Ugomenlo
redondo menor glenoumerol médio Aduçâo

Corte morginol do • Ligamento Movimento para baixo do (Jmcro no plano frontal, me-
membtono $Ínoviol glenoumerol inferior diaimente em direção ao corpo a partir da abdução.

Ro tação late ral


FIGURA 5.3 • Articulação glenoumeral, vista lateral Movilnento de afastamento lateral do ún1ero no
com o úmero removido. plano transverso em relação à linha mediana, ao
redor de seu eixo longo.
res contribuen1 para seu alto todice de lesão, incluindo
Rotação me dJal
a falta de profundidade da cavidade glenoidal, a frou-
xidão das estruturas ligamcntares necessfilias para Movimento medial do úmero no plano tran!>verso
acomodar sua extensa amplitud<.: de movimento e a em 1omo de seu eixo longo, em direção à linha me-
falta de força e resis1ência dos músculos essenciais diana.
para fornecer estabilidade dinâmica à articulação.
Como resultado, subluxações e luxa~'ÕeS glenoume- Aduçâo horizontal (flexão)
rais anteriores ou anteroinferiores são bastante co- Movinlento do úmero em um phlno horizonial ou
muns em quem pratica atividade tisica. l!n1bora as transverso cm direção ao tórax, cn.1:r.ando-o.
luxações posteriores sejam de ocorrência relativa-
mente rara, problen1aS ao redor do ombro, cau&'ldos Abdução horizontal (extensão)
pela instabilidade posterior, costumam ser comuns. Movimento de afastamento do 601ero em u1n
Ou1:ra lesão frequente é a que ocorre no manguito plano hori7.ontal ou transverso cm relação ao tórax.
rotador, compos10 pelos músculos subcscapular, su-
praespinal, infraespinal e redondo menor. São todos Abdução diagonal
1núsculos pequenos cujos tendões cru1.am a cabeça Movimento de afastamento do ún1ero cn1 um plano
do úmero pela frente, por cima e por trás para fi- diagonal em relação à linha mediana do corpo.
xar-se nas tuberosidades menor e maior, respectiva-
mente. Seus pontos de inserção favorecern a rotação Adução diagonal
do úmero, movimento essencial nessa articulação
Movimento do úmero cm direção à linha mediana
provida de tanta liberdade de movimento. O mais
do corpo em um plano diagonal.
inlportante, pori'.:rn, ê o papel vital que os músculos
do manguito rotador desempenham na manu1ençào
da cabeça do úmero na aproxlmaç-Jo correta dentro Músculos
da cavidade glenoidal, enquanto os músculos mais
fortes da art.iculaçào movimentam o úmero ao longo Ao estudar os músculos da articulaç-Jo glenoumeral,
de sua grande an1plitude de n1ovimento. convém agrupã-los de at'Ordo com sua locall:r.ação e
sua função. Os músculos que se originam na escápula
e na clavícula e se inserem no úmero podem ser ron.si-
Movimentos (Figuras 5.4, 5.5) derddos intrinsecos à articulação glenoumer-.il, ao passo
que os que se originam no tr0nco e se inserem no
úmero são considerados extrínsecos a ela. Os múscu-
Fle.x âo
los inainse<:os incluem o deltoíde. o coracobraquial, o
lvlovilnento do úmero anterionnen1e a partir de qual- redondo n:iaior e o grupo do oianguiro r<>{ador, com-
quer ponto no plano sagital. posto por subcscapular, supracspínal, infracspinal e ro-
Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 111

PIANO SAGITAl
180' PIANO FRONTAL PIANO HORIZONTAL
180' 180'

90' 90'
NawoO'

130'
O' O'
A N..,tro li Neulfo e 90'

Neutro
O'

Rotoçõo rn<>dlol ROIOÇôo loierol


(ln1e<i0<I ~(exlefiorj

D E

FIGURA 5.4 • Amplirude de movimento do ombro. A, Flexão e extensão; B, Abdução e adução; C, Abdução
horizontal e aduçâo; D, Rotação medial e lateral com o braço ao lado do corpo; e E, Rota~'âo medial e
lateral com o braço abduiido en1 9()0.

Flexão Extensêio a

FIGURA 5.5 • Movimentos da aniculaçào do ombro. (continua)


112 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

Rotoção lateral F
Rotação mediol E

Adução hori:r:ontal H
Abdução hori:r:ontal G

FIGu"RA 5.5 (co11t.) • t.1ovimentos da articulação do ombro. ( continua)


Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 113

Abdução diagonal 1 Adução diagonal J

FIGURA 5.5 (co11t.) • Movhnentos da alticulação do ombro.

dondo menor. Os músculos glenoumerais extrínsecos Posterior


são o latissimo do dorso e o peitoral maior. Também l.atíssimo do dorso
pode ser útil organi1.ã-los de acordo com sua lcx:ali1.a- Redondo maior
ção geral. O peitoral maior, o coracobraquial e o su- lnfraespinal
bescapular s:lo niúsculos anteriores. Localizados supe- Redondo menor
riormente estão o deltoide e o supraespinal. O Iatíssimo
do dorso, o redondo maior, o infracspinal e o redondo Identifica.ç ão dos músculos
menor IOC'.i.lizam-se posterionnente. A Tabela 5.1 lista Nas Figui:-.is 5.6 e 5.7, identifique os músculos an-
os movímentoo da articulação glenoumeral, bem como teriores e posteriores da articulaç-Jo do ombro e do
os principais músculos responsáveis por eles, e a Ta- cíngulo do membro superior. compare a Figura 5.6
bela 5.2 fornece a ação de cada músculo. com a 5.8 e a Figur.i 5.7 com a 5.9 e consulte a Ta-
O bíceps bi:-.iquial e o tríceps braquial (cabeç-.i bela 5.2 para un1a classificação mais detalhada dos
longa) tantbém estão envolvidos nos movimentos músculos agonistas da articulação glenoumeral.
glenoumerais. Basicamente, o biceps braquial auxilia
na flexão e na adução horizontal do 01nbro, ao passo Nervos (Figuras s.10, 5.11)
que a cabeça longa do tríceps braquial auxilia na ex-
tensão e na abdução horizontal. Esses músculos serão Os músculos da articulação do ombro são todos
discutidos com mais detalhes no Gapirulo 6. inervados pelos nervos do plexo braquial. O peitoral
maior é inervado pelos nervos peitorais. Especifica-
Músculos da articulação do ombro - localização mente, o nervo peitoral lateral, que se origina de C5,
C6 e O, inerva a cabeça clavicular, ao passo que o
Anterior nervo peitoral medial, que origina-se de C8 e Tl,
Peitoral maior inerva a cabeça do esterno. O nervo toracodorsal, que
Coracobraquial origina-se de C6, <::7 e C8, supre o latíssuno do dorso.
Subescapular O nervo axilar (Fig. 5.10) ranti11ca-sc de CS e c6 e
Superior inerva o delloide e o redondo nienor. Um fragmento
Deltoide lateral de pele acima da região do deltoide recebe
Supraespinal sensações por meio do nervo axilar. Os nervos subcs·
(0 texto C0>1lllllUI 11a p. 119)
TABELA 5.2 • Músculos agonistas da articulação glenouroeral
Plano de
M6sculo Origem Inserção Ação Palpação Inervação
movimento
Tendão Rotação
plano 6 ou medial
7 cm Transverso
Metade Adução Nervo
Peitoral distante do Da parte medL'll tem1inal da
medial da horiZOn!!ll peitoral
maior, lábio clavícula ao sulco intertubercular
superfície literal
parte lateral do Aduçào do 6mero, durante fle.xào e aduç-Jo
anterior da Diagonal (C5, C6,
davicul'lr sulco dl3gonal da posição anatómica
clavícula
intertuber·
cn
Fle.x~o Sagical
cular do
úmero Abdução Frontal

Superlicie Rotação
Ten<Uo
anterior da medial
plano 6 ou Transverso
cartilagem
Peitoral 7cm Aduçâo Das costelas ínferiorcs e do
eos1al das Nervo
maior, dtsrante do horizontal estemo ao sulco lntenubercular do
peitoral
.g~
seis
parte lábio úmero, durante a extensão
priruelr.ls Aduçào medial
lateral do Diagonal resístida a partir de uma posição
-?.
~
~terno-

<:o.5131
costelas e
porção
1>"Ulco inter·
diagonal
fl.OOonada
(C8, TI)

tuhercular Extensão Sagital


-8~ adjacente
do esterno
do 6mcro
Aduç:lo Front:il
'":::;: N:t maior p:ute ln:tcesWcl, :i porção
lateral pode ser palpada com o indiví·
Nervo
Superfície duo cm dec6biro do®! (braço em li-
subesca-
anterior ·1ubérculo geirn flex:1o e aduçào com o cotovelo
Subcsc:t· Rotação pular
total da menor do Transverso posicionado sobre o abdome); pwcar
pu lar medial inferior e
fossa 1>'U· úmero a boroa mcdíal latcralmcnte rom uma
superior
bescapular mão enquanto palpa entre a escãpula
(C;, aí)
e caixa toroda1 com a outra m:lo
(toda lntemamcnre de maneir.:t ativa)

O ventre pode ser palpado acinm


Meio da Aduçào Nervo
Transverso da parte nledial do br:iço, hnedia-
Processo borda horizontal museu lo-
Coraoo- tamente posterior à catx.-ça curta
coracoide medial da cuúineo
braquial do bíceps braquial e pró:Wno do
daesdtpula diáftSC do Aduç:to (C5, C6,
Diagonal processo coracoide, particular-
6mero diagonal C1)
meme co1n aduç:lo resistida
Al>duç;lo Frontal
Tubcrosi-
Terço Flexão Sagital
Oeltoide, dade p:ira o Da daVÍcula em direção ao úmero Nervo
lateral Aduç:lo
pane deltoide no Transverso anterior durante fleldío resistida ou axilar
anterior da horizonlal
~ clavicular ún1ero adução horiwntal (C5, aí)
.Q
~
clavícula Aduç:lo
lateral Diagon.-il
~ diavonal
::>
1\tberosi-
"' Oeltoide, Aduç:lo Frontal Da borda lateral do acrômio inferior Nervo
-~
parte
face lateral dade para o
até a ruberositfade para o dcltoide axifar
.~
:::;:
acro1nial
do acrõmio dclioidc no Abdução
úmero lateral horizontal
Tmnsverso durante a abdução resl~da (C5, C6)

Tuberosl- Abduc:lo Frontal


Margem Do lábio inferior da espinha da
Oeltoide, dade para o Abdução Nervo
inferior da Tr:insverso csclpul:t :ué o úmero po:.<crior
parte deltoide no horizoncal a.xll3r
espinha da durante a extensão resL~da ou a
espinal úmero Abduç-lo (C;, aí)
esclpula Diagoruil abdução horizontal
later:il dlaaonal
(e<mffmlf1)
Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 115

TABELA 5.2 (con t .) • M úsculos agonistas da articuJaç-ão gleoouroeral

Plano de
MCisculo Origem Inserção Ação Palpação lnervaç:lo
movimento
Acinm da espínha da es-
Superior- clpula na fossa supracspin.'11
DoL~ terço5
mente no durante a abdução inicial no Nervo supra·
Supra- mediais
tubérculo Abdução Frontal plano da esdpula, o tendào escapular
espinal da fossa
maior do pode ser palpado ímedíata- (C5)
b"Upraespinal
úmero mente ao lado do :iaômio
sobre o rubérculo nmior
O tendão pode ser pai-
pado no ponto em que
Região poste- Extensão Sagital passa abaixo do redondo
rior da crist:l
Lado maior na parede axilar
ilíaca, dorso
medial do posterior, particularmente
do s:•<.TO e
sulco Inter- durante exten.5~0 resLsúda
processo
tubercular do Adução Frontal e a rotação medial . O mús-
espinJ1oso das
Lat!sslmo õmero, ime· culo pode ser palpado na Toracodors:il
vértebras
do dorso diat:'.lmente região lombar superior/ to- CC6, C7, CS)
lombares e das
anterior à rácica inferior durante ex-
seis torácicas
inserção do tensão de uma posiç:lo fie-
infe riores;
redondo Rotação xlonada e pela maior pane
ramifica-se nas Tr.insverso de seu comprimento du-
maior medial
U'ês costelas
rante a adução resistida de
inferiores
uma posição ligeiramente
abduzida
Exten.~o Sagital
L:lbio me-dia! Imediatamente acima do
Posteriormente do sulco Adução Frontal latí.ç,çimo do dorso e
f
o :10 terço infe- intcnulx.-cular :1bai.xo do redondo menor
·e
rior da borda do õmero, sobre a supetflcie posterior Nervo
~ Redondo
nmior
lateral da es-
dlpula in1cdia·
imediata-
mente poste-
da csclpula, movendo-se sul>eSClpular
diagonalmente para cima e inferior
8 Rotação
Transverso lateralmente do ângulo in-
tamente supe· rior à inser· (C5, c6)
~~
medial
rior ao ângulo çãodo ferior da escápula durante
inferior hllíSslmo do rota\,'ào medial t.'Ontra
dorso resistência

Face medial da ROl.3çilo


Imediatamente abaixo da
fossa Posterior- lateral
Transverso espinha da esdlpula pas-
infraespinal menre ao Abduç:l.o Nervo supt'd·
Infra- sando por cima e pela late·
i1n<.'Cliatamentc tubérculo hori7.ontal cscnpular
espinal ral do Cimero durante
abaixo da maior do (C5,c6)
Abdução rotação lateral contra
espinha da úmero Diagonal
diagonal resi.stêncL1
esclpula
ROl.3çào Imediatamente acima do
lateral
l'ostcriormente Tr:insvcrso K'Clondo maior .sobre a su-
Posterior- Abdução perfície posterior da es-
il face superior hori1.on1al
Redondo mente ao tu· clpula, movendo-se diago- Nervo rudlar
e ml-dia da
1nenor bén:ulo maior nalmcnte para cima e (C5, C6)
borda lateral
do úmero Aduç:l.o lateralmente do ângulo in-
da csclpula Diagonal
diagonal feriar da escápula durante
a rotação lateral ~istida
No1a; O bíceps broquiol auxilia no llexõo, no oduçõo hotizonlOI e no aduçôo diogonol enquanto o cobeço longo do triceps broqviol auxilio
no exlensõa, no aduçõo, no abdução horizontol e no obduçõo dia90nal. Jó que foram incluí&» no Capitulo 6, nenhum de» dois estó
liooda acima.
116 ~Lu111al de cm<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

M. bíceps broquiol

M . trop<\zio

M. deltoide

~-• M. pcilOrol
rnoior

M. lolf$slmo do dor$0 M. serrótil onteríor

FIGURA 5.6 • M(Jsculos anteriores da articulação do ombro e do cíngulo do men1bro superior.

M. trop<\zio M. bícep$ broquiol

I
M. deltoide

M. triceps
broquiol
M. redondo
moior

M. lotíssimo
do dor$0

FIGURA 5.7 • Músculos posteriores da articulaç-Jo do ombro e do émgulo do membro superior.


Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 117

- - - ----,- - - - Linha alba


(banda de tecido conjuntivo)

~---- Oblfquo externo

_ __ _.,___ _ _ Aponeurose do obliquo externo

Trapézio

Dei tolde ~ Subescapular

- - -- - - Coracobraquial
,...
1 - - Borda medial
Cabeça curta /) da escápula
do bfceps braquial
Cabeça longa _ __...r-
do bfceps braquial

li

FIGURA 5.8 • Músculos anteriores do ombro. A, O peitoral maior direito foi ren10vido para mostrdr o peitoral
menor e o se1Tátil anterior; B, Músculos anteriores do ombro e do braço direítos co1n a caixa torácica reinovlda.
De Shicr O, Buúer J, 4'Wis R: 11o/C'$ -.111o1s of buma11 a1111tomy a11d pby$/ology, ?' cd., New Yortc, 2006. McCraw-HiU.
118 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

.,;_.:.::....:::-------- Levantador da escápula


-.._,,,.-- - - - Supraespinal
'""" Espinha da escâpula

-....;;.- - oeltoide
- - - - -........- - lnfraespinal
....,.---- - Redondo menor
- - - , . - --+--Redondo maior
-:e:--":':-- Cabeça longa
do tlfceps braquial
\ ""'- - Cabeça lateral do
tlfceps braquial

1:;~~~::=== Levantador da escápula


V Supraespinal
_ _::....:;.......,,_ _ lnfraesplnal
~c-:---:r--- Redondo menor
-....--..-1--- Redondo maior
"'-- - ' - - - Romboide maior

Latíssimo do dorso _ _ _ _..,.._

FIGURA S.9 • Músculos posteriores do ombro. A, O trapézio direito e o deltoide foram removidos par.i
mostrar os músculos encobertos; B, Músculos da superfície posterior da csdlpula e do braço.

De Shler D, Bullcr J, Lewis R; Hok'$ t'$$C11lials ofb11nll111 t1r111U>my """ pbyslOIO(l)', 9" cd., Ncw Yoric, 2006. McG12w-Hlll..
Capitulo S 1 la< ilal,<'lo do 0111b10 119

fosclculo posterior Fosciculo posterior do


Fosclculo loterol / plexo broquiol
~do plexo broquiol do plexo broqukil -
fosclculo mediol - - Fosclculo loterol ~ .J.~Jl
,L_ fosclculo medial do
do plexo broquiol do plexo broquiol ,.,.,,,r/'f/ plexo broqulol

li1 ~;11
M . redondo
n )-~-r-= ~ ·I
menor
M. bíceps Nervo
musculocutôneo
braquial~
M. corocobroqukil

FIGURA 5. 10 • Disltibuição muscular e culânea do FIGURA 5.11 • Distribuição muscular e cutânea do


nervo axilar. nervo musculocutâne<:>.

capulares inferior e superior iniciam-se en1 C5 e c6 e Inserção


inervam o subesc'.ipuJar, mas apenas o inferior supre
o redondo maior. O supraespinal e o infraesplnal são Tuberosidade para o deltoide no úmero lateraJ
inervados pelo nervo supracscapular, que se origina
de C5 e c6. o nervo musculocutâneo, como obser- Ação
vado na Figura 5.11, ramific-.i-se de C5, c6 e C7 e Parte c.lavicular: abdução, ílexão, adução horizontal e
inerva o coracobraquial, fornecendo sensação à face rotação mediaJ da articulação glenoumeral
radial do antebraço.
Parte acromial: abdução da articulação glenoun1eral
Parte espinal: abdução, extensão, abdução hori1.ontaJ e
Músculo deltoide (Figura 5.12) rotação lateral da articulação glenoumeral

Origem ..
Parte clavicular: terço lateral anterior da clavícula
Parte acromial: face latera l do acrôrnio
Parte espinal: borda inferior da espinha da esclpuJa ( conllmla)
120 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

O, Te<ço lolerol onlerior do clovlculo,


lace lolerol do OCiômio, bordo
inferior do espinho do escápulo
Extensôo

Abdução ( t
horizonrol

~~ão 1, Tuberosidode poro o m.


Aduçõo horizonJol deltoide no úmero lateral
l
Flexão

FIGURA 5.12 • ~1úsculo deltoide, vista superior. O, Origem; L, Inserção.

niovinlencos semelhantes. Qualquer 1novin1ento do


úmero sobre a escápula envolverá parte do músculo
deltoide, ou todo ele.
Elevar o úmero lateralmente par.i a posição de abdu-
ção é uma ação típica do dcltoidc. Elevações laterais do
Palpação braço oom halte~ são excelentes para fortalecer es.5e
músculo, principalmente suas fibras médias (parte aao-
Parte clavicular: da claV.cula ate'.: o úruero anterior du-
mial). Abdu7.ir o braço para uma posição de ligeira adu-
rante flexão resistida ou aduçâo horizontal
ção hori7,ontal (3(11) é uma fomia de dar ênfase à parte
Parte acromlal: da borda lacerai do acrônl.io para baixo clavicular cio deltoide. A parte espinal pode ser mais
ate'.: a ruberosidade para o deltoíde durante a abdu- bem fortalecida por abdução cio braço a partir de uma
ção resistida posição de lígeira abdução horizonral (30").
Parte espina 1: do lábio inferior da espinha da escápula O alongamento do delcoide requer posições varia-
ate'.: a parte posterior do ún1ero durante a cxccns:lo das, depe.ndendo das fibr'JS a serem exercitadas. A
resistida ou a abdução horizontal parte clavicular do dehoidc é alongada levando-se o
úmero a uma abdução horizontal extrema por exten-
Inervação são ou adução extremas. A parte acromial do del-
toide é alongada levando-se o úmero a u ma adução
Nervo axilar (CS, C6) extren1a atrás do dorso. A adução horizontal extrema
alonga a pane espinal do deltoide.
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
O músculo deltoide é usado comumente em qual-
quer movimento de suspensão. O trapézio estabiliza Músculo peitoral maior <Figura 5.13)
a escápula quando o deltoide exerce tração sobre o Origem
úmero. As fibras anteriores (parte clavicular) do rnús-
culo dehoide flexiona1n e o giram intem<tmente e as Parte clavicular: metade n1edial da superfícit! anterior
posteriores (parte espinal) o estenden1 e giran1 cxcer- da ela vícu la
nan1cnte. A parte clavicular rambl:m aduz horizontal- Parte esternocostal: superficie anterior da cartílagem
mente o úmero, enquanto a parte espinal o abduz costal das seis primeiras costelas e porção adja-
horizontalmente. Esse músculo é usado em todos os cente do esterno
)
O, Motode modiol cio wpe<llcie
onlerior cio c:lcrvbilo, wpedlcie
onlerior cios coltitog.M co.iois
cios ..is primeiros eosNlos,
porção OÕJO<»nle do •slemo

-+- 1, Tendlio plono com lorguro


de 5 o 8 cm no l6blo lotorol
Aduçõo do wlco lntenuberculor
do úmero

Rotoçõo modlol

FIGURA 5.13 • Músculo pcicoral maior. O, Origem; /, lnscrçào.

Inserção Palpação
Tendão plano com largura de S a 8 cm no lábio late- Pane clavicular: da parte medial terminal da clavícula
ral do sulco intelt\lbercular do úmero ao sulco incelt\lbercular do úmero, durance a flexão
e a adução a panir da posição anatôm.ica
Ação Parte cstemocostal: das costelas e do esterno até o
Pane clavicular (fibras superiores): rotaç-Jo medial, sulco intelt\lbercular do úmero, durante extensão
adução horizontal, flexão acé cerca de &J>, abdu- resistida da posição flexionada e adução resistida a
panir da posição anatômica
ção (uma vez que o braço seja abduzido em 90", as
fibras superiores aultiliam na continuação da abdu- Inervação
ção) e adução (com o braço em abdução abaixo de
90") da articulação glenoumeral Parte clavicular: nervo peitoral l:ueral (Cs-c7)
Pane estemocostal (fibras inferiores): rotação medial, Pane escemoco.stal: nervo peitoral medial (C8, TI)
adução hori1.ontal, extensão e adução da anicula-
ção glenoumcral desde uma posição flexionada até Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
a posição anacõmica A prega a.'tilar anterior é form::ida b::isicamcntc
pelo peitoral niaior. Este múscu lo auxilia o Scrr:'ítil
• :mterior na Lraç:io da esc..-ápula para a frente quando
, o • r .l1

o ela move o úmero cm flexão e rotação medial. Ape-
-~ \ \. r.
" ' .,
1,
. ~
sar de não estar fLXado à escápula, o peitoral niaior é
eficaz na sua protr.içào por caus:1 de sua tr.ição ante-
1
rior sobre o úmero, que se une à esclpula na articu -
lação glenoun1eral. Sua ação tlpica é exemplificada
\. . \
l J pelo arren1esso da bola de beisebol. À medida que a
articulação glenoumeral é flex.ionada, o úmero gira
122 t<n1t Ir: 1

internamente e a esdpula é tracionada para a frente rutila, particularmente durante a extensão resistida e
com rotação ascendente. Ele também funciona como a rotação medial do úmero. O músculo pode ser
auxiliar do Iatíssimo do dorso quando estende e aduz palpado na região lombar supcrior/ toracica inferior
o úmero a partir de urna posição elevada. durance a extensão a partir da posição ílexionada.
O músculo peitoral maior e a parte clavicular do O mt'.Jsculo pode ser palpado ao longo da maior
deltoide trabalham muito ligados. O peitoral maior é pane de seu comprimento durante a adução resis-
usado vigorosamente em ílexões e remadas, bem tida a partir de uma posição ligeiramente abduzlda
como em arremessos e saques de t~nís. Com um hal-
Inervação
tere, o indivíduo coloca-se em decúbito dorsal sobre
uma prancha com os braços ao lado do corpo e os !\ervo toracodorsal (C6-8)
leva até uma posição de aduç-Jo horizontal. Esse
Aplicação, forcaledmento e flexibilidade
e.xercício, conhecido como supino, é bastante usado
para o desenvolvimento do peitoral maior. O Iatíssimo do dorso e o redondo maior formam a
Em r.mio da popularidade dos exercícios de supino
prega axilar posterior. Atua de forma relevante na
e de OUIJ'0.5 exerócios de levantamento de peso que en- aduçào, na extensão e na rotaç-Jo ml!dial do úmero.
futi7.am o peitoral maior e de seu uso cm atividaclcs es- Em virtude da rotação :iscendentc da esclpula que
portivas, esse músculo é muitas ve7.es S<>brecarregado acompanha a abdução glenoumeral, o latíssín10 do
em compar:iç;lo aos seus antagonistas. Portanto, o alon- dorso gira de modo eficaz a esdpula para baixo ao
gamento e:: scn1prc neccss:lrio e pode ser feito por rota- tracionar rodo o éingulo do mernbro s uperior para
çlo L1ceral p.1ssiva. Esse músculo tambérn é alongado baüco em uma adução glenoun1eral ativa. É um dos
quando o ombro é abduzído horlzoncalmente. Estender n1úsculos eXtensores do úmero 111aL5 i111ponantes e se
por con1plc.10 o ornbro provoca alon~nento do peitoral contrai vigorosamente nas flexões de bl".tÇo na barra
maior superior, ao pasoo que a abduçilo coniplcta alonga fixa. O Iatíssimo do dorso (! sempre auxJllado pelo
a p::ute estemcx:oo.al do pcitor-.tl maior. redondo maior e à~ vezes (! chamado de rnúscu lo do
nadador por causa de sua funçilo na propuls;1o do
coq>0 à frente na água durante a rotação medial, a
Músculo Iatíssimo do dorso adução e a extensão.
(Figura 5. 14) Exercícios em que 0.5 br.tços são tracionados JY.tra
Origem baixo provocam uma contração enérgica no músculo
Iatíssimo do dorso. Flexões de braço na barra fixa,
Região posterior da crista ilíaca, fuce dorsal do sacro subir em corda, mergulhos entre barras paralelas e ou-
e processos espinhosos das vénebras lombares e tros movimentos de levantamento na barra horizontal
seis vénebras torácicas inferiores (T~12); ramifi- são bons para desenvolvê-lo, assim corno exercícios
ca-se nas três costelas inferiores com halteres - remada básica e p11ll--OWTS. Um exercí-
cio comum para esse músculo consiste em puxar para
Inserção baixo, em direçlo aos ombros, a barra de um sistema
L.ido medial do sulco íntertubcrcular do úmero, ime- de polia suspensa acima da cabeça, conhecido como
diatamente anterior :\ inserç;lo do redondo maior pwtada atrás com polia alta ou pwcador alto.
O Iatíssimo do dorso e o redondo maior são alon-
Ação gados juntos quando o ombro (! gírado extemamente
Aduç-.lo da aniculaç-Jo glenoumeral em uma posição abduzida de 90". Esse alongamento
Extens;io da aniculaçlo glenoumeral pode ser intensificado pela abduç-Jo total do ombro,
Rotação n1edial da articulaçilo glenourneral enquanto se mant.ém a rotação lateral, seguida de ne-
Abdução hori1.ontal da aniculaç-Jo glenourneral xão e l'Olllção lateral do cronco para o lado oposto.

Músculo coracobraquial (figura 5. 15)



1) '
... 1,. \.e O rigem
Processo coracoide da c:sclpula
Palpação
O cendão pode ser palpado no ponto ern que passa lnserção
abaixo do redo ndo maior na parede posterior da 1'1eio da borda medial da diáfise do úmero
Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 123

VislO antoti0<

Abduçõo horizontal
,.---.... I, L6bla medial do
suko intefluberculor
do úmero

Roioçõo medial

Eictensõo \

Aduçõa ..
O, Região posterior cio crl1to
ilroco, face do.-,ol do >0C10
e proces>0s espinho>Os dos
vértebra• lomboro• o do•
$OIS vértebras torócioos
infe<iores; romific:<HO nos
lrês ca.ielos infe<ior"'

'

FIGURA 5.14 • Músculo Iatíssimo do dorso. O, origem; /, inserção.


124 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

Ação mente em d ireção ao tórax, cru1.ando-o. A melhor


Flexão da articulação glenourneral forma de fortalecê-lo é aduzir horizontalmente o
Aduç-.lo da articulaç.1o glenoumeral braço contra a aplicação de resistência, con10 no
Aduç-.lo horizontal da articulação glenoumeral exercício de elevação no banco en1 supinação. Outra
forma de fortalecê-lo é por meio do exercício de pu-
xada atrás com polia alta, explicado na página 121.
1
.O O coracobraquial é mais bem aslongado quando
abduzido horizontalmente ao extremo, embora a ex-
tensão extrema também o alongue.

Músculos do manguito rotador


Palpação
As Figuras 5.16 e S.17 ilustram o grupo muscular
O venere pode ser palpado acima da parte medial do
do manguito rotador que, con10 jã discutido, desem-
braço, imediatamente posterior à cabeça curta do bí-
penha papel in1ponante na manutenção da cabeça
ceps braquial e cm direção ao processo coracoide,
do úmero no lugar certo dentro da cavidade glenoi-
cm cspcdal com a adução resistida
dal. Para 1nemoriZar os noo1es de seus componentes,
lembre-se do acrônimo SIRS: supraespinaJ, Wraespi-
Inervação
nal, redondo menor e subescapular. F..sses músculos,
Nervo muscu locutâneo (CS-7) que nào silo tão grandes quando comparados ao dcl-
toide e ao peitoral maior, devem possuir não apenas
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade força suficiente, mas também resistência muscular
O coracobraquial oilo é um músculo de muita significativa para funcionar de maneira apropriada,
força, 1nas contribui para a flexão e a adução, e é especialmente em atividades repetitivas de suspen-
mais funcional quando o braço move-se horizontal- são acima da cabeça, como nadar e arremessar obje-

-'-~......~~1- Múicvlo
c:orocob<oqviol

O, Proce•io corocoiclo
do o.00,,.Ao

1, M6io do bordo !Mdiol


G
Floicõo
do dõóflw do ú"""o

FIGURA 5.15 • Músculo coracobraquial, vista anterior. O, Origem; /, Inserção.


Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 125

tos. É muito con1um que essas atividades sejam reali- •


zadas com técnicas erradas, fadiga muscular ou
aquecilnento e condlciona1nento inadequados. Nes-
ses casos, o grupo muscular do manguito rotador, em
particular o supraespinal, acaba não conseguindo es-
tabili7.ar dinamicamente a cabeça do úmero na cavi-
dade glenoidal, dando origen1 a outros problemas,
como tendinite e impacto no manguito rotador no
interior do espaço subacromial.

Músculo Músculo
suproespinol wbe$Capufor
Mú.culo inlroeopinol

(Raklç6o lateraQ /
\.. Tendão do
redondomenar _ ___,'n l

l -----~~
(Rotoçõo loteroQ
Tendão do
infroespinol
Tendõo do wbescopular) (Ralaçã::edio~
Tondõoda
sup<oo$f>inol

(Abcluçõo] J
FIGURA 5.16 • Músculos do manguito rotador. Vista
antcrossuperior, ombro direito.

_
Acr6mio
7~~f;;:.==--- c1av1c:u10
.-,......~--- Processa carocoide

--'"-..__>...~-- Supraespinol
lnlroespinol ~
·=::-""- -' - - - Tubêtcvlo menor
Tub6rcvlo maior - -

Úmero - - - -

FIGURA 5.17 • Músculos do manguito


rotador. V'JSta anterolateral, ombro direito.
126 \Lu111.1! di ~•n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

Músculo subescapular (Figura 5.18) bito dorsal e o membro superior em ligeira flexão e
aduç-Jo com o cotovelo posicionado sobre o ab-
Origem don1e. Use uma mão posteriormente para segurar a
Toda a superficie anterior da fossa subescapular borda n1edial e puxá-la lateralmente enqua nto, com
a outra mão, palpa entre a es('ápula e a caixa torá-
Inserção cica à medida que o indivíduo gira inccmruncntc o
Tubt:rculo menor do úmero antebraço contra o peito.

Ação Inervação
Rotação medial da articulação glenoumeraJ l\ervo subescapular superior e inferior (C5,6)
Adução da aniculação gleooumeral
Extens.'\o da articulação glenoumcral Aplicaç-lo, fortalecimento e flexibilidade
P.stabllizaç-Jo da cabeça do úmero na mvidade glenoidal O subescapular, outro músculo do manguito rota-
dor, olllntérn a cabeça do úmero na cavidade glenoi-
dal pela frente e por bai.xo. Acua com o Iatíssimo do
l)
•• dorso e o redondo maior en1 seus movimentos típi-
••~
\,
cos, mas sua ação é mais fraca jâ que está localizado
próximo à articulação. Requer também o auxílio do
romboidc para csrabilizar a cscápula e tomá-la efi-
Palpação
caz nos movimentos descritos. O subescapular fica
O subcscapula r, o Iatíssimo do dorso e o redondo relativamente oculto na caixa torácica, em sua locali-
maior forman1 a prega axilar posterior. A maior zação na face anterior da escápula na fossa subesca-
parte do subescapular é inacessível na parte ante- pular. Pode ser fortalecido com exercícios parecidos
rior da escápula, atrás da caixa torácica. A porção coo1 os usados para o Iatíssimo do dorso e o re-
lateral pode ser palpada com o indivíduo em decú- dondo maior, como puxadas attâs com polia alta e

Estobilizoçõa da
<:abeço do úmer
1, Tuberculo menor
do úmero
Aduçõo /

Rotoçõo
medial ~-t-

O, Todo a •uperffcie
E>densõo anterior da fo,so
subeS<:Opulor

l'IGURA 5.18 • MúscuJo subescapular, vísta antt!riOr. O, Origem; I, lnserç:do.


Capitulo S 1 la< d <-!lo '' º'''"' 127

subir em corda. Um exercício específico para seu posição sentada imediatamente próximo ao acrõ-
desenvolvimento consiste em girar mediaimente o rnlo sobre o n1bérculo maior
braço conc:ra unia resistência na posição ao lado do
corpo, a CP de abdução glenoun1eral. Inervação
A rotação lateral com o braço aduzido de lado
Nervo supraescapular (C5)
alonga o subcscapular.

Aplicação, fortalecímento e flexibilidade


Músculo supraespinal (Figura 5.19)
O músculo supraespinal segura a cabeça do
O rigem úmero na cavidade glenoidal. Em movimentos de
Dois terços mediais da fossa supraespinal lançamento, proporciona importante estabilidade di-
nâm.ica ao mancer a relação adequada entre a cabeça
Inserção do úmero e a cavidade glenoidal. Na fase de gatilho
Superiormente no tubérculo maior do úmero do arremesso, observa-se uma tendência de a cabeça
do úmero subluxar-se anteriormente e, na fase de
Ação complement:açJo, 1nover-se posteriorn1ente.
O suprnespinal, bem con10 os outros músculos do
Abdução e estabilização da cabeça do ún1ero na ca-
manguito rotador, precisa ter força e resistência exce-
vidade glcnoidal lentes para impedir movimento anormal e excessivo
.. da cabeça do úmero dencro de sua cavidade.
Dos músculos do manguito rotador, o supraespi·
. \' A
,hli nal é o lesionado com mais frequência, podendo
.ili • Vi ocorTer lesões agudas com trauma no ombro. Con-
tudo, distensões ou lacerações leves e moderadas
Palpação s.'lo frequentes na prática de atividade esportiva, prin-
Anterior e superior à espinha da esdipula na fossa cipalmente se ela envolver movimentos repetitivos
supraespinal durante a abdução inicial no plano da de suspensão dos braços acima da cabeça, como e1n
escápula. O tendão tan1bén1 pode ser palpado na arremessos e na natação.

Abdução

(
1, Supe<ioonente
no fllbércvlo
moi0< do úmero

E$robili2oçõ O, Ool$ ter<;O$ mêdiais


do cabeço da fo»a wproo$pinol
do úmero

FIGURA 5.19 • Músçulo supraesplnal, vista posterior. O, Origem; !, lnse::rçào.


128

Pode-se deteetar lesão ou fraqueza no supraespi· Extensão da aniculação glenoumeral


nal quando o atleta tenta substituir os levantadores Estabilizaç;1o da cabeça do ú1nero na cavidade gle-
da esclpula e os rotadores ascendentes para obter noidal
abdução do úmero. A inC3p:icidade de abduzir o
braço de forma suave contra uma resistência é um
indiC3tivo de lesão no 1nanguito rotador. •
O mús<:ulo supracspínal é convocado a entraT \.e
em ação sempre que :i pane acromial do mús<:ulo
deltoide é usada. Para intensificar sua ação, um bom
exercício é o executado pela rotação medial do Palpação
úmero, seguida de abdução do braço até 9()11 em Imediatamente abaixo da espinha da esclpula, pas-
uma posição de aduç-lo horizontal de 30 a 49, sando por cima e pela lateral do úmero durante
como se estivesse esvaziando uma lata. rouç:lo externa resistida
Aduzir o braço atrás do dorso com o ombro esten-
dido e girado intemamenu.: alonga o supraespinal. Inervação
Nervo supracsc.apular (C5, C6)
Músculo infraespinal (Pigum 5.20)
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Origem
Os músculos infraespinal e redondo menor en-
Face niedial da foss.1 infracspinal logo abaixo da es- cram em ação quando os romboidcs estabilizan1 a es-
pinha da esclpula clpula. Quando o úmero é girado par:1 forn, os rom-
boides achatam a esc:ípula sobre o dorso, rixando-a
Inserção para que o úmero possa ser girndo.
Posteriormente no tubérculo m:1ior do úmero Uma quantidade apropriada de força e de resis-
tência é fundamental tanto para o infr.iespínal como
Ação para o redondo menor, já que eles são exigidos ex-
Rotação lateral da articulaç;lo glenoumeraJ ccntricamcnte para reduzir a velocidade do braço na
Abduç-Jo horizonr.il da aniculação glenoumeral direção descendente em atividades que exigem altas

Abdução
,--.....
horizontal

~...... ~_... 1, Tubérculo molor


no lodo poslorior

Rc>loçõo
lotorol
O, Super/leio posterior
do escópulo oboixo do
espinho

••

rlGUltA 5.20 • ~lús<:ulo infraespinal, vi:na posterior. O, Origem; /, Inserção.


Capitulo S 1 la< d • o ''' 01•1h1n 129

velocidades de rotaç-.10 medial, como o arremesso no Abdução horizontal da articulação glenoumeral


beisebol e o saque no tênis. O infraespinal é impres- extensão da articulação glenoumeral
cindível para a manutenção da estabilidade posterior Estabilização da cabeça do úmero na cavidade glcnoidal
da articulação glenoumeral. É o niais forte dos rota-
dores externos e o segundo músculo mais comu-
mente lesionado do mangujto rotador.
'lànto o infraespinal como o redondo menor podem
ser fortalecidos pela rotação latera.I do braço contra
resistência nas posições abdu1Jdas de 15 a 20" e na
de 9QG. Palpação
O alongamento do infraespinal é realizado com Logo acima do redondo n1aior sobre a superfície pos-
rotação medial e adução horizontal extren1a. terior da esc-.1pula, movendo-se lateral e diagonal-
mente par.i cima do ângulo inferior da escipula du-
Músculo redondo menor rante a rotação lateral resiStida
(Figura 5.21) Inervação
Nervo axilar (C5,C6)
Origem
Posteriormente na face superior e média da borda la- Aplicação, fonalecimento e flexibilidade
cerai da escápula
A!> funções do redondo menor são muito parecidas
com as do infraespinal, uma vez que tan1bén1 co~is­
Inserção tem em proporcionar estabilidade poSterior dinâmica
Posteriormente no tubérculo maior do Cimero ã articulação glenoumeral. Ambos os músculos de-
sempenham as mesmas ações e1n conjunto. O re-
Ação dondo menor ê fortalecido com os mes1nos exercícios
Rocação lateral da articulação glenowneral que são usados no fortalecimento do infraespinaL

Abduçao
,,,,.-.....
horizontal

1, Tubô<culo molor
do úmero sob<e o
lodo pc»terior
Roloçào
lo1oral
O, E$Cópulo post..io<,
bordo loterol

FIGURA S.21 • Músculo redondo menor, vista posterior. O, Origem; I, lnserç-Jo.


130 ..

Seu alongamento também é feito de modo seme- Palpação


lhante ao do infraespinal, por rotaçâo medial do Imediatamente acima do Iatíssimo do dorso e abaixo
ombro com movimentaçâo simultânea at<: a aduçâo do redondo menor sobre a superficie posterior
horizontal extrema. da csclpula, movendo-se diagona.lmente para
cima e lateralmente ao ângulo inferior da cs-
Músculo redondo maior (Figura 5.22) cápula durante a rotaç-lo medial resistida

Origem Inervação
Posterionncnte no terço inferior da borda latem! da Nervo subescapular inferior (C5, C6)
e.~pula, logo acima do ângulo inferior

Aplicação , fona.ledmeoto e flexibilidade


Inserção
Lábio medial do sulco intertubercular do úmero, O músculo redondo maior só é eficaz quando os
imediatamente posterior ã inserção do Iatíssimo romboidcs estabili7.am a csclpula ou a movimentam
do dorso em uma roução descendente. De outro modo, a e.~
cápula se moveria para a frente ao encontro do
Ação braço.
Extensão da artlculaç-lo glenoumcral, em particular Esse músculo trabalha de modo eficaz com o Ia-
da posição flexionada para a posiçâo estendida tíssimo do dorso, ajudando este, o peitoral maior e
posteriormente o subescapular a aduzir, realizar rotação media l e
Rotação medial da articu lação glc nourncral estender o úmero. Diz-se que (: o •pequeno assis-
Aduçâo da articulaçâo glenoumeral, principalmente tente" do Iatíssimo do dorso. Pode ser fortalecido
cfa posiçâo abduzida para baixo, de lado, e na com exercícios de puxada atrás com polia alta, subir
direç.lo da linha mediana do corpo em corcla e com exercícios de rotação medial contra
resistência .
.... Realizar rocaçâo lateral do ombro em posiçâo ab-
\ \. ""·
(
duzida de 9()11 alonga o redondo maior.

VislO onletiot com o in-çõo


do redondo moiot

I, lóbio m.diol do
1 sulco inletlub.rculor
do ÚIM<O

Rotoçõo
medial

Aduçõo -
O. Terço lnle<K>< do botdo
I loierol do es.cópulo

tlGURA S.22 • t\1úsculo redondo maior, vista posterior. O, origem; /, inserção.


Capitulo S 1 la< ilal,<'lo do 0111b10 131

Sites Lec ture Topics ín Kinesíology


http://moon.ouhsc.edu/dthompsolnamics/shoulder.htm
Articulações do ombro, movimentos e múseulos
RadiologicAnatomy Browscr do cíngulo do membro superior.
http://rad linux1.usuf1.usuhs.mi Vrad/iong/index.html
Site com inúmeras imagen.s radiológicas do sis- The Physician and Sponsmedicine
tema musculoesqueléLico. www.physsportsmed.com/issues/ 2003/0703/depalma.
htm
University of Arkansas Medical Scbool Gross Detecção e tratamento da síndrome do impacto
Anatomy for ~1edical Students no ombro: o papel da ctiscinesia escapulotorácica.
httpJ/anatomy.uams.edulhtmlpages/anatomyhtmVgross-
resources.html Southern California Orthopedic Instin1te
Dissecções, iabelas de anatomia, imagens de atJas, www.scoi.com/sholanat.htm
links etc.
Anatomia do on1bro.
Loyola Uoiversity ~1edical Centcr: Structure of the
FamilyDoctor.org
HumanBo<ly
http:/tfamilydoctor.org/268.xml
www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/GrossAnatomy/
Dor no ombro.
GA.html
Excelente sitt: para o estudo da anatomia hu-
mana, com muitos slides, dissecçôes, guias tuto- MedlinePlus
riais etc. www.nlm.nih.gov/medlineplusltutorials/
shoulderarthroscopy/htmlindex.htm
Wheeless'Textbook of Ortbopaedics Tutorial interativo de :11troscopia do ombro.
www.wheelessonline.com
Site co1n e xtenso índice de /f11ks que levam a tópi· MedlinePlus
cos sobre fraruras, articulações, músculos, nervos, www.nlm.nih.gov/medlineplus/tutorials/
trau mas, medicações, assuntos mOOi<."OS, testes de la- rotatorcuffinjuries/htmlindex.htm
boratório e periódicos de ortopedia, além de ou1ras Tutorial inlerativo de lesões do manguilo rotador.
novidades da área ortopédica e médica.
American Physlcal The rapy Associatlon
Premiere ~iedical Searc::h fngine
www.apta.org/AM!femplate.cfm?section=Home&
www.medsite.com/Default.asp?bhcp=1
Neste site, é pos.sível buscar artigos relevantes TEMPLATE:o/CM/HTMLDisplay.cfm&CONTENTID=20448
sobre qualquer condição médica. Cuidados com o ombro.

Arth.roscopy.C.om. American Academy of Orthopaedic Surgeons


www.arthroscopy.Gomlsports.htm http://orthoinfo.aaos.org/categorycfm?topcategory=Shoulder
Wonnações sobre pacientes de vários proble1nas Biblioteca de educação para pacientes com pro-
musculocsqucl~ticos dos men1bros superior e infe rior. blemas no ombro.

V111ual Hospital Orthopaedic Research lnstirute


www.vh.org www.ori.org.aulbonejointlshoulder/contents.htm
lnú1neros slides, informações sobre pacientes etc. Vá.rias páginas com textos e gráficos sobre a insta-
bilidade glenoumeral.
Medical Multimedia Group
www.healthpages.org/AHPILIBRARY/HLTHTOP/CTO American Sports Medlcíne lnstitute
Um guia para pacientes sobre desordens trau.ntlti- www.asmi.org/asmiweblmpresentation.s/mmp.htm
cas cumulativas (DTC). Biomecânica do ombro durante o a rremesso.

Baseball Almanac American Sports Medicine lnstitute


www.baseball-almanac.com/chapters/cap-ch8.shtml www.asmi.org.SportsMedlthrowing/thrower10.html
Instruindo arremessadores adul1os. Dez exercícios para arremessadores.
132

Washington M usculoskeletaJ Tumor Cente r 2. Como e onde podem ser palpados os seguintes
www.sarcoma.org/main.php?page=Shoulder músculos em um indivíduo?
Cirurgia do émgulo do membro superior. a. Deltoide
b. Redondo maior
PRANCHAS DE EXERCÍCIOS c. lnfraespinal
d . Redondo menor
Como recurso auxiliar para o aprcndi7,ado, para e. I.atíssimo do dorso
tarefa.5 em classe ou fora dela, ou para escudar para f. Peitoral maior (panes clavicular e ~mocostal)
provas, são fornecidas pl".tnchas no final do livro. NO'ü\: Usando o músculo peitoral maior, indique
como várias ações permitem palpação muscular.
Prancha do esqueleto (n11 1)
3. Demonstre e localize em um indivíduo os princi-
Desenhe e identifique na prancha os seguintes pais músculos usados nos seguintes movimentos
1n(isculos: da articulação do ombro:
a. Delcoide a. Abdução
b. Supraespinal b. Adução
e. Subescapular c. Flexão
d. Redondo malor d. Extensão
e. lnfrdespinal e. Adução horizontal
f. Redondo nlenor f. Abdução horizontal
g. t..itíssimo do dorso g. Rotação lateral
h. Peitordl maior h. Rotação medial
i. CoracobraquiaJ
4. Cit!! os planos em que ocorre cada um dos se-
Prancha da figura humana (n11 2) guintes movimentos da articulação glenoumeral,
Identifique e indique com setas os seguintes mo- com seus respectivos eixos de rotação em cada
vin1encos da articulaç:lo do ombro: plano.
a. Abdução a. Abdução
b. Aduç;io b. Adução
e. Fle.-a1o c. Flexão
d. Extensão d . Extensão
e. Adução horizontal e. Adução horizontal
f. Abdução horizontal f. Abdução hori7..0ntal
g. Rotação nledial g. ROtaÇ'dO lateral
h. Rotação lateral h. Rotação medial

EXERCÍCIOS LABORATOIUAIS 5. Por que é essencial que tanto os mú..o;culos anterio-


E DE REVISÃO res como os posteriores da articulação do ombro
sejam desenvolvidos de maneira apropriada? Cite
algumas atividades ou esportes que provocan1 de-
l. Localize as seguintes partes do úmero e da es- senvolvin1ento desigual e algu1nas que provocan1
cápula em um esqueleto humano e em um indi- desenvolvimento igual desses músculos.
víduo:
a. Tubérculo maior 6. Usando un1 esqueleto articulado, compare a rela-
b. Tuooculo menor ção do tubêrculo maior com a superfície inferior
e. Colo do acrõmio cm cada un1a destas situações:
d . Diáfise a. Flexão com o úmero girado internamente vs.
e. Sulco intertubercular exteman1ente
f. Epicôndilo medial b. Abdução com o úmero girado internamente /.IS.
g. Epicôndilo lateral externamente
h . Tróclea e. Adução horizontal com o úmero girado inter-
i. Capítulo namente vs. exteman1ente
j. Fossa supraespinal
7. Que aplicação prática se observa sobre as ativi-
k. Fo.~a infraespinal
dades ou esportes da pergunta n11 5 se:
1. Espinha da e:;cápula
Capitulo S 1 la< d ' o ''' 01 11->1 133

a. Os músculos do manguíto rotador não estive- 9. A <.'Ompreensão dos movimentos da escápula em


rem funcionando de maneira adequada por fa- relação ao úmero pode ser alcançada pela díscus-
diga ou faJta de força e resistência apropriadas? são do movin1ento do co1nplexo do on1bro en1
b. Os estabilizadores da escápula não estiveren1 sua totalidade. Como a posição da escápula :1feta
funcionando adequadamente por fadiga ou a abdução do on'.lbro? E a sua flexão?
faJra de força ou resistência?
10. Descreva as aniculações ósseas e os movin1entos
8. Forme uma dupla com um colega (que deve específicos da rotação da aniculação do ombro
ficar com o dorso exposto). Segure com a mão durante a fase de aceleração do movin1ento de
a escápula direita dele pela borda lateral para arremesso e o que um atleta pode fazer para au-
impedir que ela se movimente. Peça a ele que mentar a velocidade do arremesso. Que fatores
abduza lentamente e o niáxin10 possível a anicu- afetam essa velocidade?
lação glcnoumeral. Note a diferença entre a ab-
dução total normalmente possível e a que se ob- 11. Usando as informações deste capítulo e de outras
serva ao restringir o movimento da escápula. fontes, explique de que modo é possível fortale-
Repita o 1nesn10 exercício, segurando agora o cer os quatro diferentes múscuJos do manguito
ângulo inferior da escãpula firmc1nentc contra a rotador. Dê alguns e.xemplos de como eles são
parede toriicica e pedíndo ao colega que gire utilizados nas atividades do cotidiano.
internamente o úmero. Note a diferença entre a 12. Preencha o quadro da açao dos músculos antago-
rotação medial normalmente possível e a que nistas a seguir, listando o(s) músculo(s) ou partes
se observa ao restringir o movimento da es- deles que são antagonistas cm suas ações cm re-
cápula. lação aos da coluna esquerda.

Quadro de ação dos músculos antagonistas • Articulação glenoumeral


Agoni.sta Antagonisra
Dcltoidc (parte clavicular)
Del1oide (pane acromJaO
Oelroide (pane espinal)
Supraespinal
Sulx:=ipular
Redondo maior
lnfr:1espinaVredondo menor
~tlsslmo cio dorso
Peitoral maior (pane clavicular)
Peitoral maior (pane esterno-
eostaO
Coracobraquial

13. Preencha o quadro de análise muscula r a seguir, mine os movimentos que ocorrem na articu lação
listando os principais músculos envolvidos em do ombro e liste os principais músculos respon-
cada movimento anicular. sáveis por causá-los/controlá-los. Ao lado de cada
músculo em cada movimento, indique o tipo de
14. Depois de analisar cada u1n dos exercícios do contração con10 se segue: l-iso1nl'!trica; e-concên-
quadro de análise dos n1ovimentos aniculares do trica; E-excêntrica.
ombro a seguir, divida cada um en1 duas fases de
movimento primário, como a fase de levanta- 15. Analise o quadro de análise de habilidades cs-
mento e a deo! abaíxamento. Para cada uma, deter- ponivas da articulação do ombro a seguir e liste
134

os movimentos das articulações esquerda e di- conuolá-lo. Ao lado de cada músculo em cada
reita do ombro em cada fase. Pode ser preferível movimento, indique o tipo de contração como
listar a posição em que a articulação do ombro se segue: l-ison1étrica; C-concêntrica; E-excên-
está na fase inicial do n1ovin1ento. Depois de trica. Pode ser necessário consultar os conceitos
cada movimento, liste os principais músculos da para a análise do Capítulo 8 para as várias
aniculação do ombro responsãveis por causá-lo/ fases.

Quadro de análise muscular • a ngulo do membro superior e articulação do ombro


C'mgulo cio membro superior Articulaç:lo do ombro
Adução .Extensão
Abdução Flexão

Elevaç:lo Adoção horizontal


Depressão Abdução horizontal
Rotação ascendente Abdução

Rotação des<.-cndcnH.: Aduçlo


Rotação lateral
Rotação medial

Abdução diagonal (alividades acima da cabeça)


Aduç-.lo diagonal (atividades acima da cabeça)

Quadro de análise do movimento articular do ombro


Fase inicial do movimento Fase secundária do movimento
Exercício AgonlSU1(s) - Tipo de Agonista(s) - Tipo de
Movimento(s) Movimento(s)
contração con1.r.1ç-.Io

Flexão de braço
no solo
Tração na barr.i
flxa
Supino reto
Mergulho entre
barras panilelas
Puxada pela
frente
Desenvolvimento
pela frente com
barra
Remada pronada

Elevação cio
ombro com barra
Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 135

Quadro de anãlise da articulação do ombro em habilidades esportivas


Fase de Fase de
Exercício Fase de apoio Fase preparatória
movimento complcmem:açllo

Arremesso no D
beisebol E
D
Saque no vôlei
E

D
Saque no tênis
E

Arremesso no D
softbol E

Backba11d no D
tênis E
D
Cliquei.e
E

D
Bolichc
E

Lance livre no D
basquete E

Referências bibliográficas
Andn.'Ws JR, WUk KE: 7be a1b/'11e's slxn1/di!r, Ncw York, 1994, 0-ltis CA: Kl1wslok>g); 1/x! mccba11ict a11d fJtllb<>mccbtmfcs Q/br1mat1
Oiwdtlll UvUw>tonc. m,,..,,,.,,,,,, Plul:idelpbl.2, 2rol, Uppincoct Wtlll.ams & WUkins.
Andrews JR. Zarins O, Wtlk KE: lnjr1rlc$ /,. bascball. Philaddpbia, Peny Jl', Rohe OA, Cltrd:l AO: 7be llflleslo/ogy worllboolt,
1988, Uppincott·lbvcn. Phllad<!lphla, 1992, OavL•.

Flcld O: AtUJIQmy: palpal(()tt amf $urfac(' marldngs. ed 3, OxfO«I, Rasch PJ: KlttcslokJsyatld applllvl """'""'>" ed 7, Pbllodclphia, 1989,
2001, Rutterworth·Hclncm:inn. Lea & febiger.
Ganh WP, ct ai: Occult anterior subluxatlon:s oi thc shoulder in Sceley RR. Stephens m. T~te P: Ar11'1<1my 6 pbyslology, cd 7, New
nonoon12ct spons, Amerlcat1}Q11rnaJ <>/S{»rts ~fwllcft11> 15:579, York. 2006, McGraw·Hill.
No,·ember·Ot!c:cmbér 1987. Sleg ){W, Atbms SP: Jlluslra/ed essm1tlals qf tn1'Sct1/oskeli.>/Q/ """'º"'>'·
H.1.1.lop 1-ij, Monlg()mery J: Dat1i<'is at1d W<1'1bf11gbam ~ mU$C/4 cd 2. G:ti.ncsvlllc, FI., 1965. Mcg:ibooks.
tesllt1g: 1''Cbt1fqt«'$ Qfma1mal (';.'<(Jmf11a/1Qtt, cd 7. PhlbdelphJ:a, Sniilh LK. ~ EL, LclunkuM LO: 8n1m1S1rom~ cllt1ical Jdr11!$1o/og)'.
2002, Saundct$. ed 5. Philadclpbla, 19')6, OaviS.
Muscollno )E: 1b6 musa1/ar ~n mam1al: tbe ske/etQ/ mtiscks <>f St.1<X.-y H: Pitcblng iflj\Jries lO lhe shouldcr, A1bktft:Jo11r11al 65:44,
tbe b11ma11 body, cd 2, St. Louis, 2003, El5CV1ct ~tosby. Janlt1ry 1964.
Capítulo
rticulação do cotovelo
e articulação radiulnar

Objetivos
• Identificar em um esqueleto humano detenninadas características ósseas das articulações radiulnar e do
cocovelo
• Indicar detenninadas características ósseas em um diagrama de esqueleto
• Desenhar e indicar os m(Jsculos em um diagrama de esqueleto

• Palpar os músculos em uma pessoa, apontando seus antagonistas


• Indicar os planos de movimento e seus respectivos eixos de roração
• Organizar e aponrar quais músculos produzem os movimentos da articulação do cotovelo e da
articulação radiulnar

uase todos os movimentos do membro supe- do punho. Apesar de o rádio e a ulna fazerem parte
Q rior envolvem as articulações radiulnar e do
cotovelo. É n1uito con1um essas articu lações apare-
da articulação com o punho, a relação entre os dois
não ê tão intima quanto a das articulações radiulnar
cerem agrupadas, por causa de sua íntima relação e do cotovelo.
anatômica. A articulação do cotovelo estã intima-
rnente relacionada com a radiulnar nos dois ossos Ossos
desta, o rádio e a ulna, que compartilham unia ar-
ticulação com o õmero para formar a articulação Proximaln1en1e, a ulna ê multo nmior do que o
do cotovt!IO. Por t!SSa razão, alguns podem confun- rádio (Fig. 6.1). Porém, discalmente, o rádio ê muito
dir os movimentos do cotovelo com os da articula- maior que a ulna (ver Fig. 7.1 no Capítulo 7). A
ção radiulnar. Além disso, os niovimentos da arti· csclpula e o úmero servem como fixações proxi-
culação radiulnar podem st!r atribuídos de forma mais para os músculos que flexionam e estendem o
errônea à articulação do punho, pois parecem cotovelo. A ulna e o radio funcionam como Axaç&o
ocorrer nela. Entretanto, exanúnando de perto, distal para os mesn1os músculos. A escápula, o úmero e
vê-se que a articulação do cotovelo e seus movi- a ulna funcionam como fixações proxima~5 para os que
mentos podem ser nitidamente diferenciados da- pronam e supinam as articulações radiulnares. As
queles da articulação radiulnar, assim como os mo- fixações distais dos músculos radiulnares se localizam
vimentos radiulnares podem distinguir-se daqueles no rádjo,

137
138 '1. ~~ ai

A crista condiloide medial, o processo coronoide, Articulações


o olécrano e a rubcrosídade do radio são importan-
tes referências ósse-as para esses m(Jsculos. Além Aarticulação do cotovelo é classí.ficada como gin-
disso, os epicõndllos medial e lateral e a crista su- glímoíde ou em dobradiça, permitindo apenas flexão
pracondilar lateral são referências ósseas para os e extensão (Fig. 6.1). Na verdade, o cotovelo pode
músculos do punho e da mão, discutidos no Capí- ser unaginado 00010 duas articulações inter-relacio-
tulo 7. nadas: a umeroulnar e a radioumeral (Fig. 6. 2). Os

- - úmero
Crisio Cristo
lateral foS$0 coron6ídeo
suprocondilor
loterol
---J..- Copftulo
Cabeço radia l
fo»0 do
Epicõndllo
lateral
--+
olócrano L_ Tuberosidode do r6dio
Capitulo ---.1~ Epicõndilo _....i r ..._,,. .....-- Ródio
'---Tróeleo la torai
Processo

---
Olócrono
coronoide
---..... Ulno

_ _ _ Tuberosidode lncisuro radial


3 do ulno
Ródio --..,.- ~--Ulno 8

Úmero--+--
f OS$0 eoron6ideo

Tuberosidode do ródio
Ródia

or-- Epioôndilo
medial
Olkrono


Ulno ProeeS$0 coronoide lncisuro tl'oeloor
Tuberosidade da ulno
e

f lGURA 6.1 • Artlculaç-.lo do cotovelo direito. A, Vista anterior; B, Vista lateral; e, Vista medial.
139

movimentos do cotovelo consh"tem basicamente no são total, o olécr.ino da ulna é encaixado pela fossa
movimento entre as superfícies articulares do úmero do olêctano do úmero. F..ssa disposição permite maior
e da ulna - especifican1ente, o encaixe da tróclea do estabilidade anicular quando o cotovelo se encontra
úmero na incisura troclear da ulna. A cabeça do rádio en1 extensão total.

tem relativamente pouco contato com o capitulo do A medida que o cotovelo ê flexionado em cerca
funero. À medida que o cotovelo chega a uma cxten- de 20" ou mais, sua estabilidade óssea é, de cena

~~~-Olóctano
·---+-- lncisura trocieat (semllunar)
~'557-- Processo coronolde

Tuberosldade da ulna

lncisura radial da utna ~


lnclsura troclear
cabeça do rádio ----,,..- (semilunar)

' - - - Processo
coronolde
B Vista proximal

Rádio-----

-.,1-----+ lncisura
!rodear

--+ Processo
coronolde
11--.- -~'----1- lncisura
radial

- -cabeça
.,.__ _ Processo es1íloide
Processo estiloide
~--tnclsure utnw do Mio
A Vista anterior
e Vista lateral da extremidade
proximal da ulna

PIGURA 6.2 • Articulação radiulnar direita em supinação. A, Vista anterior; B, Vista proximal da articulação
radíulnar; C, Vista lateral da extremidade proximal da ulna.
De Secley RR, Stephens m. Tate P: Anntomy 6 pbySiolORY, 7' ed., Ncw YOf1<, 2006, McGnw-Hlll; Shler O, Bu~er J, Lewis R: /lo/e~ bumnt1
llt1lllomy 6 pb)$1ology, 9' é'd., New York, 2002, Mc<;mw-Hlll.
forma, aumentada, conferindo a ele maior frouxi- anular, por sua vez, localizado lateralrnente, pro-
dão de um lado para o outro. A estabilidade do porciona efeito de gancho ao redor da cabeça cio
cotovelo na ílcxão depende 1nais dos ligarncntos rádio, garantindo-lhe maior estabilidade.
colaterais, como o ligamento colateral radial ou la- Os movimentos que o cotovelo é capaz de reali-
teral e, em particular, do ligamento colater.rl me· zar vão de 00 de extensão a cerca de 145 a 1500 de
dial ou ulnar (Fig. 6.3). O ligamento colateral \1lnar flexão, como detalhado na Figura 6.4.
é ele extrema importância, pois fornece suporte A articulação radiulnar é classificada como tro-
medial para impedir o corovelo de abduzir (o que c6idea ou de pivô. A cabeça radial gira em tomo de
não é seu n1ovin1ento normal) quando estressado seu encaixe na ulna proximal e esse movin1cnto é
cm atividade física. Muitos esportes de contato, acompanhado pela rotação do rádio distal ao redor
principalmente os que envolvem atividades ele ar- da ulna discai. A cabeça do rádio é mantida em sua
remesso, impõem estresse il face medial da articu- articulação pelo ligamenro anular. A articulação ra-
lação, o que resulta cm lesões. O ligamento colatc· diulnar «'.! dotada de capacidade de supínação de
ral r.idial no lado oposto fornece estabilidade cerca de 80 a 90" a partir da posição neutra, e a de
lateral, sendo raramente lesionado. O ligamento pronação varia de 70 a 900 (Fig. 6.5).

E:picôndilo
Cópwla /medial do
C6p1ulo artieulor ar~cular
/ \ úmero
ligamento coloterol radial ligamento anular
Tendõodo m.
ligomenlO anular blcep! broqulol
j!G«ionodo)

PraceS10 coronoide LigamenlO colatetal ulnar


A Vista latwol
do ulna
Vista mecítal 8

Tendõo do m. bícep$
broquiol [$GCCíonodo) C6P"'lo Úmero
ar~culor
Membro na Tr6cleo
tinavial
Ródio

"' Bolso do ol6ctano

Processo coronolde
e Vista sog.l tal

FIGURA 6.3 • Aniculaç-Jo do cotovelo direito com ligamentos delalhados. A, Vista lateral; B, Vista medial; C,
Vista do corte sagital.
Capítulo 6 \n culaÇlo <lo L'OIO\'C o e an1c1.1l~ç:lo r~drulnar 141

180'-f:....:::~~==~r.,.!,.. 1e<r-{-~~
10'
H.pen>Oenl6o

l'IGURA 6.4 • Amplitude de movimento do c0tovelo: flexão, extensão e hiperextensão. A, Flexão e


hiperextensão. Flexàa. O a 1500. E:i.1ensàa. 150 a 00. Hiperexterzsàa. n1ensurada em graus acüna do ponto
inicial zero. Este movimento não ocorre em todas as pessoas, mas, quando presente, pode variar de 5 a !SR;
B, Mensuração do movimento limitado. (A área clara mdica o 1iluite da a1nplltude de movimento.) O
movimento limitado pode ser expresso das ~guintes maneiras: (1) o cotovelo fle.xiona de 30 a 900; (2) o
cotovelo possui un1a deformidade de flexão de 3()11 além de uma flexão de 900.

- 90'
A a

FIGURA 6.S • Amplitude de movimento do antebraço: pronação e supinação. A, Pronação e supmação.


Pronaçào: O a 80º ou 90º. Supinação: Oa 800 ou 90°. Movlniento total do antebraço: 16o a 1800. As pessoas
podem variar na amplitude de movimento de supinação e pronação. Algumas poden1 alcançar um arco de
90° e outras podem alcançar apenas 70º posiúvos; B, t.1ovimento limitado. Suplnação: Oa 45°. Movimento
articular total: 105º.

Em razão de o rádio e a ulna estarem íortcmcncc exisce sinergia entre as articulações glcnoumcral, do
unidos entre as articulações proximal e distal por <.-Olovelo e radiulnar.
uma membrana interóssea, a articulação entre as A medida que a articulação radiulnar percorre
díáfiscs dos dois ossos é cm geral classificada como sua amplitude de nlovimento, os m(isculos gle-
do tipo sindesmose. Contudo, existe um movi- noumerais e do cotovelo se contraem para estabili-
mento rotatório substancial entre os ossos. zar ou auxiliar na eficácia do movimento nas articu-
Apesar de as articulações radiulnar e do cotovelo lações radiulnares. Por exemplo, quando uma
executarem funções independentes un1a da outra, os pessoa tenta apertar ao máximo (com a mão direita)
m(isculos que controlam cada uma delas trabalham um parafuso com uma chave de fenda , movimento
juntos em sinergia para desempenhar ações que bene- que envolve a supinação radiulnar, ela tende a girar
ficiam o funcionan1cn10 do n1cmbro superior co1no externan1ente a articulação glenoumeral e a flexio-
um todo. Ponanto, a dL5função em uma articulaç-lo nar a do cotovelo. De modo inverso, quando tenta
pode afetar a função normal da outra. afrouxar um parafuso apertado com pronaçào, tende
a girar inlernamenle a articulação do cotovelo e a
Smergia entre as articu.lações gJenoumcra.I, estender a articulação glenoumeral. Em ambos os
do cotovelo e radiulnar casos, depende-se dos agonistas e dos antagonistas
Assim como exí.sle sinergia entre o cíngulo do nas articulações circundantes para fornecer um grau
membro superior e a articulação do ombro na exe- apropriado de estabilização e assistência para a tarefa
cução de atividades do mt!mbro superior, também requerida.
142 ~l.1nual de dnc"-•OI021:1 estrutural

Movimentos (Figur.is 6.4, 6.5, 6.6) Movimentos da articulação radiulnar


Pronação
Movimentos do cotovelo
Movimento de rotação medial do radio sobre a ulna,
Flexão
que resulta no movin1ento da mão desde a posiç.lo
Movimento do antebraço em direção ao ombro por de palma voltada para cima para a de palma vol-
inclinação do cotovelo, de modo a diminuir seu tada para bal.xo.
ângulo.
Supi11ação
.B.-.:temão
~1ovimento de rotação lateral do rádio sobre a ulna,
Movimento do antebraço de afastar-se do ombro, en- que resulta no movimento da mão desde a posíção
díreicando o cotovelo de modo a aumentar seu ân- de palma voltada para baixo até a de palma vol-
gulo. tada para cima.

Flexõo A

Extenião B

e Supina~õo o

l'IGURA 6.6 • Movimentos das an.ic..'Ulações radiulnar e do cotovelo. A, Flexão do cotovelo; B, Extensão do
cotovelo; C, Pronaçào radiulnar; D , Supinaçào radiulnar.
Capítulo 6 \r· n1I ..-) <lo ' ''" '> n1c1.1! ' r: d " r 143

Músculos gem no epicôndilo medial. An1bas as condições en-


volvem músculos que cruzam o cotovelo, mas que
Os músculos da articulação do cotovelo e da arti- funcionam basica.n1ente no punho e na mão. Eles
culação r.idiulnar podem ser entendidos com mais serlo abordados no Capítulo 7.
clareza quando separados por função. Os flexores do
cotovelo, localizados anterionnenre, são o bíceps bra- Músculos das articulações radiulnar e do
quial, o braquial e o br<Iquiorradlal, com um ceno au- cotovelo - localização
xílio do pronador redondo (Figs. 6.7, 6.8 e 6.11). Anterior
O rríceps braquial, localizado posteriormente,
constitui o extensor primário do cotovelo e (: auxi- Sobretudo flexão e pronação
liado pelo ancôneo (Figs 6.9, 6.10 e 6.11). O grupo Bíceps braquial
pronador, localizado anteriormente, consiste no pro- Braquial
nador redondo, no pronador quadrado e no bra- Braquiorradial
quiorradial. Este também auxilia a supinação, que é Pronador redondo
controlada principalmente pelo bíceps braquial e Pronador quadrado
pelo suplnador, que se locallza postcrlonnente. Ob- Posterior
servar a Tabela 6.1 Sobretudo extensão e supinação
Um problema comum associado aos n1úsculos do Tríceps braquial
cotovelo é o "cotovelo de tenista", que non11aln1ente Ancôneo
envolve o extensor dos dedos da mão peno de sua Supinador
origem no epicõndilo lateral. Essa condição, conhe-
cida tecnicamente como epicondllJte lateral, em
geral é associada a atividades de agarrar com a mão
e de suspensão. A e plc-0od.llite medial, problema
um pouco n1enos comum e muiias vezes chamado
de "cotovelo de golflsra•, está a.SS<x:iada ao ílex<'>r do
punho e ao grupo pronador situado peno de sua ori-

M. <f.llOl<lo --1+--

M. 1t'cops broqvial _ :..;:-ir;t


ifol~- Bíceps b1oqvial - cob.ço cur1o
1-- 8ioops broqvlal - cobeço longa
M. braquial

M. pranodat r.danda

M. braqvi0<radial - - Apanevrase bicipital


M. Aoxor radial da corpo

FIGURA 6.7 • Músculos da região anterior do FIGURA 6.8 • Músculos da região anterior do
n1en1bro superior. membro superior.
144 ~l.1nual de dnc"-•Ologi:i estrutural

M. trop6zio
Acrômio
~~v do..cópvla

- - M. dellOide

- -M. btoquiorrodiol
Ncw..oo vlnor -~ M. exleftsor radial
Anc:6noo --+.\. longo do corpo
M. Rex<>< - - - i M. oxiensor rodiol curto
do çorpo
vlnor do corpo

M. ª""'""" :~--M. -sor dos d9dos


ulnor do oorpo --
M. eldensor do
'1--- dedo mlnlmo

flGUnA 6.9 • Músculos da região posterior do


1nembro superior.

FIGURA 6.10 • Músculos da região posterior do


membro superior.

~Aaômio
Espinho do _ __ - Serrótil onlerl<>< {seccionado)
""" - Clovlallo '1.-:.,.-- Corocobroquiol
escópulo
abeço
- - DellOklo curto _ _.._ Redondo moio<
Bíceps
Tricep1
Cobeço
lon90 - - _
- Peito<ol maior
akepl braquial
braquial Cobeço-
longo
fC Tendôo do lofluimo do dotso (s.c:cionodol
braquial Cobeço---- Cabeço longo } Tricep1
(cabeça longo) r---Cobeço medial btuqulo l
loiorol - - Braquial
Ródio ~
Tendõo do blceps - -
1 t:== Epioôndilo
Braquial
medial do úmero
Anc&eo _ _ _ _ - - - Broquionodiol
broquiol Apone<>rose do blceps braquial
Pronod<>< r.clondo - -
-::....L---- Ulno

A B

FIGUM 6.11 • 1'1úsculos do braço. A, Vista lateral do ombro e do braço direitos; B, Vista anterior do ombro
e do braço (profundo) direitos. Deltoide, peitoral maior e peitoral n1enor removidos revelando suas
estruturas mais profundas.
Capítulo 6 \r; rui r!IQ <lo •'OIO•'Clo e an1c1.1!.1ç:lo r~drulnar 145

'fABELA 6.1 • Músculos agonistas das articuJações radiulnar e do cotovelo


Plano de Palpação Inervação
M6sculo Origem Inserção Ação
movimento
Supinaçào do amcbraço Transverso
1\Jbêrculo su- Flexão do C'Olovelo
Bíceps pr:iglenoidal Facilmente palpado no
Flexào fraca da Sagital úmero anterior; os ten·
braquial, acima do lãbio
cab<.-ç:1 su pcrior da aniC1Jlação do ombro dões das cabeças longa
long.i cavidade e cuna podem ser pai·
glenoidal Abduç.iio fraC3 da pados, respea:iva-
Tuberosi· Frontal
aniculaçilo do ombro mente, no sulco inter-
dade do Nervo
tubercular e
radio e Supinaç:lo do musculOCIJ-
Processo cora- aponeu- Transverso infcroou."<lialmen1e ao ulneo
antebraço processo coracoide;
coide da es- J'05e (C5,C6)
cápula e l:íbio distalmente, o tendão
Bíceps bicipital Flcldo do eo1ovelo
superior da cavi- do bícep,~ é palpado
braquial, anteromedialmente à
dade glenoidal Sagital
cab<.--ç:i Flexão fraca da aniculaç:lo do cotovelo
na conÍ'lnção
Cl.lrta articul:ição do ombro durante a supinaçào e
com a fi.'<:lção
proximal do :i nexão
,... coracobraquial
Abdução fraca da
Frontal
~ articulação do ombro
.g
Profunda cm ambos os

i... L'ldos cio tendão do bt-


<X:ps durante fi<:x:lQ/cx-
tensão com o antebraço
o
~ Me~1de distal da
prudalmente pronado; a
Nervo
Processo nwgem lateral pode ser
~ diáfise Fle.xão do musculOCIJ-
o:: Braquial coronoidc Sagital palpada entre o b!a.µ; e
...-e anterior do
úmero
da ulna
cotovelo
o lrlccps braquíais; o
tãneo
(C5,C6)
ventre pode ser JXl)paclo
-8.~

por meiO do blceps bra-
quial quando o arue-
e braço esú em pronação
·e durame leve flex.io
.9'
~ Superfície
Fle.xão do
Sagital
o
·e: cotovelo
-..
~
e
Bra-
Dois terços
dista.is da crista
lateral <1:1
extremí·
dade
Pronaç:lo da
supinação para a
An1erola1er.1l no ante-
bmço proximal durante
lleid .o resistid.'I de coto- Nervo ra-
-IS~ quior-
radial
condiloide lateral
(su pracondilar)
distal do
rãdio no
posição neutra
Supinação d,
Transverso
velo com a articulação dial (C5,C6)
radiulnar na posição
do úmero
·=
~
processo pronaç:lo para a neutra
cstiloidc posição neutra
Pane distal da Pronação do
Terço Transverso
crisul condiloide antebraço Superficle anteromedial
Prona· médio da Nervo
m<."<lial do do antcbrn~'O proximal
dor re- superficie medi(lflO
úmero e porç:lo Flexão frac.1 do durante pronaçào resis· (C6,C7)
dondo lateral do Sagital
medial da ulna cotovelo tida de média a tocai
mdio
proxim.-.1

Embora dificil, en1 vir·


tude da profundidade,
Quano dis-
Prona- Quano distal do pode ser palpado com Nervo
tal do lado Pronaç:lo do
dor qua- lado anterior da Transverso o antcbra~'O cm supina- m<."<liano
anterior do an1ebr:1ço (C6,C7)
drndo uJna ção, !Jnedlacamcnte ll3$
radio
laterais do punbo radial
com pronação resl>tida

(ctmllml4)
146 ~l.1nual de dnc"-•Ologi:i estrutural

TABELA 6.1 (cont.) • Músculos agonistas das articulações r.icliulnar e do cotovelo


Plano de Inerva-
M(Jsculo Origem Inserção Açllo Palpação
movimento çllo
Extensão da articu-
lação do cotovelo
Sagital Proximal ao tendão na
Tubérculo infra- Extensão da artl- pane posteromedial
Triceps glenoicla.I culaçllo do ombro do braço abaixo <fa
braquial, abai.~o do lábio
Aduç:lo da anicu- pane espinal do dei-
calx.-ça inferior da cavi- Frontal
lação do ombro toide durante exten-
longa dade glenoídal
sào/aduçllo resistida
da esclpul:i Abduç-Jo hori:i.on- do on1bro
tal da articulação Transverso
'ij
~
do ombro
Nervo
o Oléct:lno ela Facilmente palpado
"O Triccps t.fctadc superior radlal
ulna
~
Q. braquial, da superfície
Extensllo da sobre os dois terços
,
(C7,C8)
:> articulação do proximais ao umero
cabeça po5terior do
..."' lateral ómero
cotovelo posterior durante e~-
~ tensão resb-iida

...~ Dois terços


Sagital
5... Tríccps
distais da E,~tenslloda
Calx.~.t profunda: me.~

s-E
braquial dial e lateralmente
superficie articulação do
cabeça proximal :io.s epicôndi-
posterior do cotovelo
-"'o. medial
úniero
los medial e lateral
'O
e;
1:::
& Com o cotovelo en1
~ flexão relaxacfa e o an·
o tebraço em pronaçllo
...
1:::
Superfície relaxada, pode ser p.,1-
[ EpicôndUo
lateral do
lateral do radio pado profundamente
Nervo
8 Supinador ómero beirando proXimal Supinaçllo do
Transverso
no braquiorradial e
radlal
~
imedi.,mmente antcbr-.tço nos extensores radi.'lis
a pane po5terior (C6)
abaixo da longo e c.-uno do carpo
::;: da ulna
cabeça sobre a face latera.1 do
radio proximal com U-
gcira rcsisti.'llcia à
supinaç:lo
Superfície
Face posterolateral da
posterior da por-
Superfície ulna prox:im.'ll ;10
ç:1o lateral do Nervo
po5terior do Extensão do ol~crano durante ex·
Ancôneo olécrano e Sagital radial
oondilo lateral cotovelo tensão l'<!SiStida do oo-
quano (C7,C8)
do úmero tovelo com o punho
proxin1al da
ern nex:ão
ulna
Nota: O Aexor radia l ôo corpo, o palmar longo. o Rex01 ulnor ôo co1po e o lleico< siperficial ÔO$ dt!ÔO$ ouxWom no Pexõo fraco ôo colc:l'olelo,
ooquonlo o e>denSOf ilncJl do corpo. o e>eleno011octol curlo do corpo. o~ rodiol lo'1g0 do corpo e o~ do. dedos owaliom no
eid!WÕO ~oco do cQ40Yeb. Em 1ozõo de wa e><p0$iÇÕO no Copiiulo 7. eles nõo eslào li$10dos OCimo
Capítulo 6 \r-. 11 . J) <lo' ''" ''> n1cul ·ç c'd •'" r 147

Nervos (l'iguras 5.11, 6.12, 6.13) nervo mediano, ilustrado na Figura 6.13, inerva o pro-
nador redondo e mais adiante se ramifica, tomando-se
Os músculos das aniculações radíulnar e do coto- o intcróssco, que supre o pron:idor qu:idrado. As deri-
velo são todo.~ inervados pelo$ nervos mt!Cliano, mus· vações mais i1nporrantes do nervo mcdi:ino são c6 e
culocutâneo e radial do plexo braquial. O nervo radial, C7. Ele fornece sensaçJo para a fac.-e P'.ilmar da mão e
que se origina de C5, c6, C7 e C8, fornece inervação para as irês primeiraS falanges. A face palmar do lado
para o triceps braquial, o braquiorradial, o supinador e radial do quarto dedo e a face dorsal dos dedos indi-
o ancôneo (fig. 6.12). Mais especificamente, o nervo cador e longo também recebem sensações por esse
i.nrerósseo posterior, derivado do nervo radial, supre o nervo. O nervo musculoculâneo, mostrado na Figura
supinador. O nervo radial rambém fornece sensação à 5.1l, ran1iílca·se de C5 e C6 e supre o bíceps braquial
parte posterolareral do braço, antebraço e mão. O e o braquial.

/Fascículo pos!Gfior cio plexo b<oquial


Fosckulo modiol-.
cio ploxo \ - Fosciculo loterol cio plOJCO b<oquíol
broquiol J]

l--7 Coboc;o loterol do


Coboço longo --~ m. !rÍcef» braquial
dom. tric09" broquíol Fascículo mediol
do ploxo b<oqulol
Caboc;o modiol --~
do m. 1rlceps braquial

M. onc6nea
M , "--==1Y
· '"P'"º""'
M. extensor
I
\ ~ M. extGMO< radial
longo do corpo
M. oldcnsor radlal ' - - - Nervo mediono
ulnor do co.rpo cvrlQ cio corpo
M. oldonsor 1 u__ M. abdulOr longo
do dedo mlnimo ,~
V- cio pologor
':,( Mm. extensores ~~~-- M. pronodor red0e1do
~ longo o curto
M. exlemor • do polegar :;+- M. floxor radial do coipo
do. dedos ""'- M. extensor do +-- M. polmor longo
indlcodor
ll:;i;f-- M. fio- su~klol
dos dedos
ILI-- - M. flexor p<olundo
dos dedo.

FIGURA 6.12 • Distribuição rnuscular e cutllnca do f'lGURA 6.13 • Distribuição muscular e cutinea
nervo radial. do nervo mediano.
148 '!.•"•ai"•· c"-•OI021:1 estrutural

Músculo bíceps braquial (Figura 6.14) coracoide. Diiaalmence, o tendilo do bíceps é JY.tl-
pado em sentido anteromedial à articulação do co-
Origem tovelo durante a supinaçào e a flexão
Cabeça longa: tubérculo supraglenoidal acima do lábio
superior da cavidade glenoidal Inervação
Cabeça cuna: processo coracoide da escápula e lábio Nervo musculocutâneo (C5,6)
superior da cavidade glenoidal en1 conjunção con1
a ftxação proximal do cor-.icobraquial Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
O bíçeps é <."On1umente conhecido como músculo
Inserção biarticular ou de duas articulações (on1bro e coto-
Tuberosidade do rádio e aponeurose bicipital velo). Tecnicamente, contudo, deve ser <.-onsiderado
como de três artlculações (mulliarticular) - ombro,
Ação <:Otovelo e radiulnar. t fraco nas ações sobre a articu-
Flexão do cotovelo lação do ornbro, embora ajude a fornecer estabili-
dade anterior dinâmica para n1anter a cabeça do úmero
Supinaçào do a ntebraço
na cavidade glenoidal. Tem mais força na flexão do
Flexão fra<.-a da aniculaçào do ombro cotovelo quando a a niculaçào radiulnar é supinada,
Abdução fraca da aniculaçào do onlbro quando ela sendo também um supinador fone, principalmente
está cm rocaçào lateral se o cotovelo estiver flexionado. As palmas afastadas
da face (pronação) diminuem a eficiicia do bíceps,
e m pane por conta da tração desvantajosa do mús-
culo quando o rádio sofre rotação. Os mesn1os mús-
I' "' culos são usados na flexão da aniculação do <:Oto-
' velo, independentemente de pronação ou supinação
do antebraço.
A flexão do antebraço com haltere nas mãos, co-
nhecida oomo "rosca•, é um e.xcelente exercício para
desenvolver o bíceps. Esse movin1ento pode ser reali-
Palpação zado com uni braço de cada vez, con1 pesos, ou com
Faciln1ente palpado no úmero anterior. O tendão de os dois braços simultaneamente, com um haltere. Ou-
cabeça longa pode ser palpado no sulco intertuber- traS atividades em que ocorre flexão enêrgica do ante-
cular e o de cabeça curta logo abaixo do processo braço são subir corda e fazer flexões na barra fixa.

O, Prace"°
eo<acoido
O, Tubérculo
•uproglenoidal

Cabeço I0119a}
Cabeço curto Bíceps broquiol

J flexão

-+--1, ApaMUrose
bicipilol -t---+- 1, Tuberc»idodo
do ródlo FIGURA 6.14 • Músculo bíçeps
braquial, vista anterior. O,
Origem; /, lnserç-.10.
e_ Supiooçõa
Capitulo6 1I r 149

Em virtude da orienlação multianicular do bíceps, Palpação


iodas as lri!s aniculações devem ser posicionadas de Profundo sob cada lado do lendào do blceps du-
modo apropriado para que um alongamenlo 6Limo ranle flexào/ exlensào com o an1ebraço em prona-
possa ser atingido. O eotovelo deve ser estendido ao ção parcial. A margem l:11eral pode ser palpada
máximo com o ombro em exlensão lotai. O bíceps en1re o bíceps braquial e o lricep~ braquial e o
também pode ser alongado, começando com exten- ventre pode ser palpado através do biceps bra-
são IOl:ll do cotovelo e progredindo para abdução quial quando o an1ebraço es~ em pronação du-
horizontal lotal em cerca de 70 a 1100 de abdução do rante leve flexão
ombro. Em lodos os casos, o an1ebraço deve ser
complelamen1e pronado para que o bíceps braquial inervação
atinja seu alongamen10 máximo.
Nervo musculoculânco e, :\s ve7,cs, ramiflC3çõcs dos
nervos radial e mediano (C5, c6)
Músculo braquial (Figura 6.15)
Aplicação, fortalecimento e flexlbUJdade
Origem
O braquial é u1ilizado ao lado de oulros mtísculos
MCfadc disml da porção anlcrior do tímcro flexores, tan10 na pronação con10 na supinaçào. i!le
traciona a ulna, que não gira, íazendo desse n1tísculo
inserção o tínico flexor puro desta articulação.
Processo coronoidc da ulna O braquial entra en1 ação sempre que o cotovelo é
flt:X.ionado. É u-abalhado cm exercícios de rosc:1 do co-
Ação lovclo, da fonna dcscriia para os m(lsculos biccps,
pronador redondo e bl".1quiom1dial. As atividades de
Flexão verdadeira do eo1ovelo flexão do <."Qtovelo que 0<.'0rrem <.'01n o an1ebr:1ço
pronado isolam o braqulal a1é ceno ponto, reduzindo
a efetividade do bíceps. Por ser um flexor puro do co-

J
'1

Músculo btoquiol

~-O, Melode dl$10I do potçõo


ont&rior do úmero

JFlexõo

~l- 1, Processo corono~


do ulno

FJGl •RA 6.15 • t.1úsculo braquial, vísta anlerior. O, Origem; 1, Inserção.


150 '!. nual" ..K..,1ol<>R1 '""" r11r:il

tovelo, o braquial só pode ser alongado ao máxJmo Palpação


quando se estende o cotovelo com o ombro relaxado
AnterolateraJ ao antebraço proximal durante a flexão
e ílcxionado. O posicioruunento do antebraço nào
resistida de eo1ovelo con1 a aruculação radiulnar na
deve afetar o alongamento do braquial, a n1enos que a
posição neutra
musculatur.i do antebraço propriamente dita limite a
extensão do cotovelo, caso em que o antebraço
Inervação
provavelmente é melhor colocado en1 posição neutra.
Neivo radial (C5, C6)

Músculo braquiorradial (Figura 6. 16) Aplicac,-ão, fortalecimento e flexibilidade


Origem O braquiorradial é um dos três m(isculos do an·
tebraço lateral. Os outros dois são o extensor radial
Dois terços distais da crista condiloide (supracondilar) curto e o extensor radial longo do carpo, cn1 relação
lateral do (iroero aos quais o braquiorrndjal se encontra diretamente
anterior. A meU1or aruaç-Jo do braquiorrnclial con10
Inserção flexor se dã ern posiç-Jo média ou neutra, entre a
Superfície lateral da extremidade distal do rádio, no pronação e a supinaçào. Na posição supinada do
processo estiloide antebraço, ele tende a pronar ao produzir flexão. Na
pronada, tende a supinar ao produzir flexão. Sua
Ação ação de ílexão é favorecida quando se assume a
Flexão do cotovelo posição neutra entre a pronação e a supinação,
Pronação da posição supinada para neutra como já sugerido. Sua inserção na ~'tremídade do
Supinação da posiç,io pronada para neutra rádio faz dele um forte ílexor de cotovelo, e sua
capacidade como supinador diminui à medida que
a articulação radiulnar se movimenta em direção ã
posição neutra. De modo scmeU1ante, sua capaci-

J 1
dade de pronação diminui conforme o antebraço
atinge a posíç-.io neutra. Por causa de sua ação na
rotaç-lo do antebraço para uma posição neutra do

lt+~'"- 0 , Dob IOtÇO$ di$10is do


crí.$to condiloide
M. broquiorrodiol (suproçondilorl lateral
do úmero

Supinoçõo P'ronoçõo

'-- __,} 1, Superflcie loterol do ex!remldode


dbtol do ródio no proces$0
9$liloide

FIGURA 6.16 • Mósculo braquiorradial,


vista lateral. O, Orige1n; I, Ln.serçào.
polegar para cima, ê chamado de ro(isculo "do ca- caooç-.i medial: dois terços distais da ~-uperfície poste-
rona", apesar de não existir ação nos n1úsculos no rior do úmero
polegar. Como será observado no capírulo 7, quase
todos os músculos que se originam fora do epicôn- Inserção
dilo lateral possuem algun1a ação como e>..1.ensor
Olécr.ino da ulna
fraco do cotovelo. f.ste não é o caso do braquiorra-
dial, já que a sua linha de tração é anterior ao e ixo
Ação
de rotação do cotovelo.
O braquiorradíal pode ser fonalecido por meio de Todas as cabeças: extensão do cotovelo
exercícios de rosca do cotovelo contra a oposição de cabeça longa: extensão, adução e abdução horizontal
resistência, principalmente com a aniculaç-Jo radiul- da articulaç-Jo do ombro
nar na pos.í çlo neu1ra. Além disso, o braquíorradial
pode ser desenvolvido executando-se movimentos
de pronaç-Jo e supinaç-Jo em toda a sua amplitude de
movimento, contra a oposição de resistência. t
O braquiorradial é alongado por extensão má-'lima
do cotovelo com o ombro em flexão e o antebraço
em pronação n1ãxima o u supinação máxima.
Palpação

Músculo tríceps braquial O'igur:i 6.17) Na porção posterior do braço duranrc a extensão re-
sistida a partir d e uma posição flexionada e, e m
Origem sentido distal, imediatamente próximo à s ua inser-
cabeça longa: tubérculo infraglenoidal abaixo do lábio ção no olécrano
inferior da cavidade glenoidal da escápula cabeça longa: proximal ao tendão na parte postero-
cabeça lateral: metade superior da supe.rficie posterior medial do braço abaixo da pane espinal do d!.!ltoide
durante a extensào/adução resistida do ombro
do 6mero

O, Tub6'culo ..+L----#J~~.
inlroglenoidol
cio e.scópulo O, Dois lerços dis.lois
cio wperllcie
posterior cio úmero

Cobeço longo - - t+-


- -+-- Cabeço lotorol
O, Melode superior
cio wperlície - - - + -
postorior cio úmeto
Coboço modiol

HI-'~- 1, Oléctono
cio ulno

FIGURA 6.17 • t.1úsculo lriceps braquial, vista posterior. O, Origcrn; 1, Inser~"ào.


152 ~!. ' 11

Cabeça lateral: facilmente palpada nos doís terços pro- Músculo ancôneo (Figura 6.18)
ximais do úmero posterior
Cabeça medial (profunda): 1nedial e lateralmente pró- Origem
ximo aos epicôndilos medial e lateral Superficie posterior do cônclilo lateral do úmero

Inervação Inserção
Nervo radial (C7, C8) Superfícies posterior do olécrano e proximal a um
quarto da ulna
ApUcação, fort.alecimento e flexibilidade
A ação típica do t:riceps é dernonstrada em exercí- Ação
cios de flexões quando hã extensão vigorosa do co- Extensão do cotovelo
tovelo. É usado na parada de mãos e em qualquer
movimento de empurrar que envolva o membro su-
perior. A cabeça longa C: u1n importante extensor da
articulação do ombro.
Dois músculos e~1endem o cotovelo - o uíceps
braquial e o ancôneo. Os exercícios de flexões de
braço demandam contração enérgica desses múscu-
los. !>1ergulhos entre barras paralelas são mais difíceis Palpação
de realizar. Os supinos com halteres ou pesos são
Face posterolateral da ulna proximal ao olécrano du-
exercícios excelentes para o uíceps braquial. Supinos
rante extensão resistida do <.'Olovelo com o punho
acima da cabeça e roscas de tríceps (extensões do
em flexão
cotovelo a panir de uma posição de braços acinla da
cabeça) também o enfatizam.
inervação
O tríceps deve ser along-.ido com o ombro e o
cotovelo em flexão m.áxima. Nervo radial (C7, C8)

Extensão

O, Superfície
poslorior do côndilo
loterol do úmero

1, Superfície
pc»rerior do ulno
superior e ol6erono

FIGURA 6.18 • Músculo ancôneo, vista posterior. O, Origem; 1, Inserção.


Capítulo 6 \n culaÇlo <lo L'OIO\'C o e an1c1.1! ç:lo r~drulnar 153

Aplicação, fortaleci mento e flexibilidade


A principal funç-.lo do músculo ancôneo é puxar a
membrana sinovial da aniculação do cotovelo para
fora do caminho do olC:crano, que avança durante a
..
· ; "'\•
'
1
extensão do cotovelo. Ele se contrai íunto com o ui-
ceps braquial e é fortalecido com exercícios de ex-
tensão do cotovelo contra resistência.
A flexão máxima do co1ovelo alonga o ancôneo.
Palpação
Superficie anteromedial do antebraço proximal du-
Músculo pronador redondo (Figura 6.19)
O rigem
. . .
rante pronação n1édia à total executada contra re-
s1s1encia
Parte distal da crista condiloide medial do úmero e Inervação
porção medial da ulna proximal
Nervo mediano (C6, C7)
loserção
Terço médio da superficie latera l do rádio Ap licação, fonalecimento e flexibilidade
O movimento caracteristico desse músculo ê a
Ação pronaçào do antebraço, quando o cotovelo é flexio-
nado. O movimento é mais fraco na flexão com su-
Pronaçào do antebraço pinaçào. O uso do pronador redondo isolado no
l'le~lo fraca do cotovelo movimento tende a trazer o dorso da mão para a

O, Porte dlslal do
cri>lo condiloide
modiol do úmero, "'°f--t"~"'=!-\.
porção medial do
olno proximal

1, Terço médio
do $operlície
lateral do ródio

Pronoçõo

"••

l'IGURA 6. 19 • Músculo pronador redondo, vista anterior. O, Origem; /, Inserção.


face ao contraír-se. A pronaç:1o do antebr:iço com
pesos na mão localiza a ação e desenvolve o pronador ....' '' ,.
'
redondo. O exercício de rosca rnanelo pode ser ll&ldo 1
para fonah..·<..-&-lo. Começa-se com o antebr-.iço apoiado
sobre uma mesa e a mão livre, fora da borda da mesa.
A extremidade do haltere fica suspensa, pendurada Palpação
em direção ao solo, pelo lado ulnar da mão. O ante-
Embora muito dificil, em virtude da profundidade,
braço ê enrilo pronado para a posiçilo de palma vol·
pode ser palpado imediatan1ente aos dois lados do
tada para baLxo.
O alongrunento do pronador redondo(: feito com punho radial com pronaçilo resistida e o antebraço
o cotovelo completamente estendido, levando-se o suplnado
antebraço a uma supinação completa. Inervação
Nervo mediano (ramo interósseo palmar) (C6, C7)
Músculo pronador quadrado Aplicaçilo, fortalecimento e fleidbilidade
(Figura 6.20)
Esse rnúsculo trabalha na pronaç:lo do anrebraço,
Origem aliado ao lriceps, para estender o cotovelo. É em
Quarto distal do lado anterior da ulna geral usado no movimento de gírar a chave de fenda
e arremessar uma bola com efeito, situações que exi-
Inserção gem extens.'io e pronaçilo. Pode ser desenvolvido
con1 exercícios de pronaçilo com oposiçilo de resis-
Quarto di.:.1.al do lado anterior do rádio tência semelhantes aos descritos para o pronador re-
dondo. A melhor maneira de alongá-lo é com a ajuda
Ação de um parceíro para segurar o punho e levar o ante-
Pronaç:lo do antebraço braço à supinaç:lo extrema de modo passivo.

1, Ouor1o di•lal
do lodo on101íot ..--o. Ouorla distal do
do ródio lodo onlerior
do ulno

'

FIGURA 6.20 • Músculo pronador quadrado, visca anterior. O, Origem; I , loserção.


Capítulo 6 \r·. 11 . ,., <lo L°OIO\'C o e an1c1.1l~ç:lo r~drulnar 155

Músculo supinador (Figura 6.21) Inervação


Nervo radial (C6)
O rigem
Epicôodilo lacerai do úmero e próxima à pane poste- Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
rior da ulna
O músculo supinador entra em ação quando são
ncccssârios movimentos de extensão e supinação,
Inserção
con10 ao girar uma chave de fenda. A curva no arre-
Supcrficic lacerai do rádio proximal logo abaixo da messo de uma bola de beisebol coloca o músculo
cabeça cm ação quando o cotovelo (! estendido, logo antes
da liberação da bola. É mais isolado em atividades
Ação que requerem supinaç:io co1n extensão do cotovelo,
Supinação do antebraço porque o bíceps braquial auxilia mais na supinação
quando o cotovelo está flexionado.
As mãos deven1 ser agarradas e os antebraços es-
tendidos, tencando-se supiná-los contra a força das
rnãos, o que localiza, atê cerco ponto, a ação do su-
pinador.
Palpação O exercício de rosca maneio usado para o prona-
Con1 o cotovelo em flexão relaxada e o antebraço dor redondo pode ser modificado para desenvolver
pronado, palpar profundamente o braquiorradial e o supinador. No início, o antebraço é apoiado e a
os extensores radiais longo e cuno do carpo sobre a mão fica livre na beira da mesa. A carga é nova-
face lateral do rádio proximal com ligeira oposição mente mantida suspensa, pendurada em direção ao
de resistência à supinação solo pelo lado ulnar da mão. O antebraço é então

1, Superfíde
lolerol do
O, Epicôndilo ródio proximal
loterol do imediotomente
úmero oboixo do
cabeço

Posterior Anterior

O, Próximo o
M. supinodor - i . - *-'-.,- porte posl«ior
do ulno

Supinoçõo

~
FIGURA 6.21 • Músculo supinador, visca posterior. O, Origem; 1, Inserção.
supinado par.i posição de palma para cima, a fim de American Academy of Orthopaedlc Surgeons
fortalecer esse músculo. http:J/orthoinfo.aaos.orgcategorycfm ?topcategory=Ha nd
O supinador é alongado quando o antebraço é Biblioteca de informações para pacientes com
pronado ao n1âximo. problemas no cotovelo.

Sites American Physical Therapy Association


www.apta.org/AM/Template.cfm?Section=Home&CONTE
NTltr-20403&TEMPlATE=ICM/HTMLODisplay.cfm
American Family Physician Cuidados com a mão, o punho e o cotovelo.
www.aafp.org/afp/200000201/691.html
Avaliações de lesões de cotovelo por uso exces- Tue Physician and Sportsmedlcine
sivo. www.physsportsmed.com/issue1/199Eil05_961nirschl.htm
Guia de avaliação e tratan1ento para lesões do co-
Medícal l\1ultimedía Group covelo.
www.healthpages.org/AHP/LIBRARY/HLTHTOP/CTO
Um guia para pacientes sobre desordens traumáti- Tuc Physiciao aod Sponsmedicin e
cas cun1ulativas. www.physsportsmed.com/issue1/1999!06_99/whítesíde.htm
Lesões de <.'Olovelo em jovens jogadores de beisebol.
Lecture Topics ln Kinesiology
http:J/moon.ouhsc.edu/dthompso/namicstelbow.htm Radiologic Anacomy Browser
Descreve movimentos causados pelos n1úsculos. radl inux 1.usuf1.usuhs.miVraclliong/index.htm1
Site com inúmeras unagens radiológicas do sis-
Huei M1ng Chai tema musculocsqucléúco.
www.pt.ntu.edu.tw/hmchai/Kines04/KINupper/Elbow.htm
Univt.'J"Síty of Arkansas Medícal School Gross
Funções, estabilidade e estn1tura das articulações
do co1nplexo do cotovelo; cinemática, aç-Jo muscular Anatomy for Medical Srudencs
e lesões comuns do cotovelo. http:J/anatomy.uams.edu/htmlpages/anatomyhtml/gross-
resources.html
Southem Califurnia Orthopedlc Institute Oissecções, tabelas de anatomía, unagens de atlas,
links etc.
www.scoi.com/teniselb.htm
informações sobre •cotovelo de tenista•.
Loyola Universiry Medlcal Center: Structure of lhe
HumanBody
MayoClinic.com
www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/GrossAnatomy/
www.mayoclinic.com/invoke.cfm7id=AR00008
GA.html
Cirurgia de cotovelo para artrite: alivio quando
E.xcelente site para o esrudo da anatomia hun1ana,
ouLraS terapias não funcionam.
com muitos slides, dissecções, guias tutoriais etc.
National Aeronautics and Space Admínistration Wheelcss'Textbook of Orthopacdics
http:J/rehabworks.ksc.nasa.gov/education/protocols/basi- www.wheel~nline.com
cwristelbow.php
Site com extenso índice de links para tópicos
Reabilítação básica do punho e do cotovclo. sobre fraturas, articulações, músculos, nervos, trau-
mas, medicações, assuntos n1édicos, testes de labora-
UpToOate tório e publicações de ortopedia, além de oult'.is no-
http:J/patients.uptodate.comltopic.asp?file-bonejoV7086 vidades da área ortopédica e médica.
Fisioterapia para tendinite do cotovelo.
Arthroscopy. Com
American SPortS Medlc.ine lnstitute www.arthroscopy.com/sports.htm
www.asmí.org/asmíweb/mpresentatíons/mmp.htm Informações sobre pacientes com vários problemas
Biomecânica do cotovelo durante o arremesso. musculoesqueléticos nos membros superior e inferior.
Capítulo 6 \r; .. 11 .. ..-) <lo ' "'"'elo e an1c1.1l~ç:lo r~drulnar 157

Premiere ~1edícal Searc:h Engine 5. Capítulo


www.medsite.com/Defau lt.asp ?bhcp=1 6. Fossa do olécrano
Neste site, é possível buscar artigos relevantes sobre 7. Olécrnno
qualquer condjçào médica. 8. Processo coronoide
9. Fossa coron6idea
Virtual Hospital 10. Tuberosidade do rádio
www.vh.org 11. Tuberosidade da ulna
Inúmero.~ slides, informações sobre paciente~ etc. b. Pessoa
l . Epicôodilo medial
PRANCHAS DE EXERCÍCIOS 2. Epicôndilo lateral
3. Crista supracondilar lateral
Con10 recurso auxiliar do aprendizado, para tarefas 4. Articulação radiulnar proxímaJ
em classe ou fora dela ou para estudar para provas, são 5. Olécrano
fornecidas pranchas de exercícios no final do l.ivro. 6. Fossa do ol~crano

Prancha do esqueleto (oll 1) 2. Como e onde em unia pessoa poden1 ser palpa-
dos os seguintes músculos?
Desenhe e indique na prancha os seguintes mús-
a. Bíceps braquial
culos:
b . Braquiorradial
a. Bíceps braquial
c. Braquial
b. Braquiorradial
d . Pronador redondo
c. Braquial
d. Pronador redondo e. Supinador
e. Pronador quadrado f. Tríceps braquial
f. Supinador g. Ancôneo
g. Tríceps do braço 3. Palpe e dê o nome dos músculos diretamente
h.Ancôneo responsáveis pelos seguintes movimentos:
a. Flexão
Prancha da figura humana ( nll 2) b. Extensão
Identifique e indique com seras os seguintes c. Pronação
movimentos da articulação do cotovelo e da articulação d . Supinação
radiulnar:
4. Liste os planos em que ocorre cada um dos seguin-
1. Articulação do cocovelo tes movimt:ruos das arti<.·ulações radiulnar e do coto-
a. Flexão velo. Cicc seus respectivos eixos de rotação cm cada
b. E.xtensão plano.
2. Articulação radiulnar
a. Pronação a. Flexão
b. Extensão
b. Supinação
c. Pronaçào
d . Supinaçào
EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E DE
REVISÃO 5. Discuta a diferença entre Oexões de braço na
barra fixa com as palmas da n1ão voltadas para o
rosto e voltadas contra e le. Analise essa diferença
1. Loc:a.lize as seguintes partes do úmero, rãdio e ulna
en1 termos musculares e anatôrrucos.
cm um esqueleto huniano e em uma pessoa.
a. F.squeleto 6. Analise e explique a diferença na alividade mus-
1. EpicôndUo 1nedial cular das articu lações radiulnar e do cotovelo
2. Epicôndilo lateral entre girar a maçaneta no sentido horário e abrir
3. Crista supracondUar Laterdl a porta empurrando-a, e girar a maçaneta no sen-
4. Tróclea tido anti-horário e abrir a porta puxando-a.
7. Preencha o quadro de ação muscular antagonista cujas ações são antagonistas aos músculos da co-
abaixo com o(s) músculo(s), ou pane(s) dele(s), luna da esquerda.

Quadro de:: ação muscular antagonista • Articulações radiulnar e do cotovelo


Agonislll Aniagonísm
Bíceps braquial
Braquiormdial
Braquial
Pronador redondo
Supinador
Triccps braquial
AnC'ÔO(.'O

8. Preencha o quadro de análise muscular com os prin-


cipais músculos envolvidos em cada movimento.

Quadro de análise muscular • Articulações radiulnar e do cotovelo


Aniculações radiulnar e do <X>!Ovelo

Flexão Extensão

Pronação Supinação

9. A articulação do cotovelo é a inserção de qual 12. Depois de analisar cada um dos exercícios no
músculo bilateral? Descreva quais movilnentos quadro de análise do movin1ento das articulações
estão envolvidos no cotovelo e na articulação su- radiulnar e do cotovelo (na próxima página), di-
perior de sua origem muscular. vida cada um em duas fases de movimento pri-
mário, como fase de levantamento e de abaixa-
10. Levantar uma televisão enquanto você ajuda seu mento. Para cada uma, dcrennine os movimentos
companheiro de quarto a se mudar, requer técnica das articulações radiulnar e do cotovelo que ocor-
apropriada para levantar e um ângulo de tração ren1, e então liste os principais músculos respon-
eficiente. Descreva o ângulo de traç-lo escolhido sáveis por causá-los/conll"Olá-los. Ao lado de cada
na articulação do eotovclo e porque esta escolha músculo em cada movimento, indique o ripo de
se opôs em relaçlo a outros ângulos. contração como se segue: 1- isométrico; C - con-
11 . tiste quais 1núsculos estão envolvidos no •coto- cêntrico; E - excêntrico.
velo de tenista• e descreva especificamente corno
você trabalharia a força e a flexibilidade deles.
Capítulo 6 \r;. 11 .. ..-) <lo 'v'''" ''> n1cul~ç:lo r~drulnar 159

Quadro de anãlise do movimento das articulações radiulnar e do cotovelo


Fase inicial do movimento Fase secundária do movimento
E.xercfcio
Movimento(s) Agonista(s) - (tipo de contraçilo) Movimento(s) Agonista(5) - (tipo de contração)
Flex:lo de braço
no solo
·rração na
barra fixa
Suplno l'C{O
Mergulho entre
barras paralelas
Puxada pela
frenie
Desenvolvimento
pela frente com
barra
Remada pronada

13. Analise cada habilidade no quadro de análise de principal(is) múscu lo(s) das anJculações radiul-
habilidades csponivas das articulações radiulnar nar e do cotovelo responsáveis por c-.iusá-los/
e do cotovelo e liste os movimentos dos <.'Otove- controlá-los. Ao lado de cada músculo em cada
los dircíto e esquerdo e da articulação radiulnar movimento índique o tipo de contração como se
em cada fase da habilidade. Você pode preferir segue: 1 - iso1nétrico; C - concêntrico; E - excên·
li.star as posições iniciais em que as aniculações trico. Pode ser nece~rio rever os conceitos para
do cotovelo e radiulnar estão na fase de posicio- a análise no Capírulo 8 para as várias fases.
nan1cnto. Dcpoís de cada n1ovimento, liste o(s)

Quadro de análise das articulações radiulnar e do cotovelo em habilidades esportivas


Exercício Fase de apoio Fase preparatória Fase de movimento Fase de complementaçJo
Arremesso D
no beisebol E
Saque no D
vôlei E
D
Saque no tanis
E
Arremesso D
no sofibol l!
Backband D
no 1enis I!
D
Cnquete
E
D
Boliche
E
Lance livre D
no basquete E
160 .. 1 rlt • \tr.il

Referências bibliográficas Muscollno J1!: nic. musc11/or S ) - "'""''°' ""*"''


tbe
tbe b11mo,, bod)\ ~-d 2. St.. Louis. 200,J, llbevlcr Mo.sby
musdcs o/

O.tis CA: Kf~' lb4' 11o«b<mlcS ""'' potbol>wcbarrlcs ofb1•mo11


Andtcvo$ JR. Wilk KE T1x' Nbkt41's sbot•ldtt Ncw Yor\c, 199-1, - 1 . Phíbdclphb. 2004, Upponcon Wallbim & Wtlkins.
Olurd'liU LMngslOCI".
Rasch PJ: Kl~andapplkdoMIOmy, cd 7, Phu..dclphb 1989,
~ .. JR. Zanns B. W~k KE, t11jur/#$ 111 bt&ball, Phibdclphb, 1.ea a Fd>lgcr.
195111. Upplncon·Ra•=
Slucr o. Budcr J. Lewis lt: lloks bumon a . . -y &pbyslok«>» cd 9.
8acl< 8RJr, et ai· Tlic:eps rupcutt' a case iepon and btttal\ltt l'CY!ew, Ne-v.• Varie. 2002, Mc:Graw·Hill.
AmMc<ln joun:al <($p(J#fS Altidlcl•ur IS 28S, ~by-June 1987.
Soeg 11."W, Acbtns SI'- RlUS1mJ«l -91tlals o{m~ arwuomy,
Gabbud CP, <t aL Effects d gnp :ind forann pooKJOn on flex :um lw1g ed 2, G:a~'1lle. Fl. 1985, Mqiaboolcs
petfonn:anoe, - t e b QIMJtf..'rlyfor~and"*""-JulY 1983.
S1St0 OJ, "' ai: An cl<ctrorn)'<>l!>"'phlc anal)-.i< oi thc .-lbow Ili
Guarantors oi Urain Aids IO '"" cxum/110/fon o/ tbe /J(:rtpbcrul pctdung. Aml'rlcanjourna/ o{SponsA1"'11clrur IS~. M>y--June
........,.., S)$1<'m, cd 4, London. 2000, Saundcn 1987.
Hmick RT, Hcmck S: ltup<ured tnttp5 in pov.~tt'r ~ Smilh IK,. 'IX"~ EL. Ldunkuhl W . Bn1n1utrom 's dlnlct1l ld~·.
1lS cubial IUMCI ~ C1lSC n:pott, Atnmeanjoumalof
SportsAltdlcltll! IS:Sl4, ~-Oaobtt 1987.
s.
cd Plubdclpbia. 1996. Davi>
Springcr SI: Racquetball :tnd elbow in~, f\'tltlOrwl RacqlH'tboll
llislop 1u. Monlgomcry Jo Da"ldsartd \fbt1bl11,qbam's m11scta ~lfR: 16'7, March 1987.
1t'Cb,,lq1u-s of "'""'"'' CXX1ml1rotkm, cd 7, Phibdclphb, 2002,
V:an De Gr:WI' KM: Humt1n a1"11"m)\ cd 6, Oubuqu.-, IA. 2002,
Saundml.
Mc:Graw-HiU.
Magec OJ: Otlbcp«/lc pb)'Slco/ ass;!$Sm'1111 cd 4, Phíladelphla, 2002,
Saundet\s
Capítulo
rticulações do punho
e da 01ão
Objetivos
• Identificar cm um esqueleto humano características ósseas específicas do punho, da mão e dos dedos
• Indicar caraa:eris1ícas ósseas selecionadas em um diagrama de esqueleto
• Esboç-.tr e indlcar os músculos em um diagrama de esqueleto
• Palpar o.~ músculos em uma pessoa e mostrar a ação de cada um deles
• Cítar os planos de movimento e seus respectivos eixos de rotação

• Organizar e citar os músculos que produzem os movimentos primários do punho, da mão e dos dedos

in1portância das articulações do punho, da mão ral, as nl..ios e os punhos hun1anos possue1n meca-
A e dos dedos é muitas vezes relegada en1 compa-
ração com a que ~ atribuída às articulações maiores,
nismos complexos, altamente desenvolvidos e capa-
zes de uma enorme variedade de movimentos, que
necessárias para a locomoção. Isso não deveria acon- são o resu ltado do modo como escilo dispostos os 29
tecer, pois, en1bom as habilidades motoras finas ca- ossos, mais de 25 articulações e mais de 30 múscu-
r.ieteristicas dessa área não sejam essenciais cm al- los, dos quaL~ 18 são íntrinsêcos (com origem e inser-
guns esportes, muitos outros que envolvem atividades ~'iio IOC'alizadas na mão).
especializadas requerem o funcionamento preciso do Para a maior parte dos estudantes que usam este
punho e da mão. Diversos esportes, como arco e fle- livro, u1n conhecimento muito aprofundado des.'iCS
cha, bolíche, golfe, beisebol e tênis requerem o uso 1núsculos intrínsecos não é necessário. Conn1do, trei-
conjugado de cedas essas articulações. AJêm disso, o nadores esportivos, fisioterapeutas, terapeutas ocu-
funcionamento apropriado das articulações e dos pacionais, quiropráticos, anatomistas, médicos e en-
n1úsculos das mãos é fundamental para as atividades fern1eiros precisam ter um conhecimento mais amplo
do cotidiano. desses músculos. Os músculos intrínsecos são cita-
Em virtude do grande número de músculos, ossos dos, ilustrados e discutidos de uma forma limitada no
e ligamentos, bem como das articulações de tamanho final deste capítulo, onde tamlX:m são encontradas
relativamente pequeno, a anatomia funcional do refer~ncias a p-MLir das quais se pode obter mais in-
punho e da mão é complexa e desgastante para al- formações.
guns. Essa complexidade pode ser símplificada Nossa discussão se limita ã revisão dos músculos,
quando se relaciona a anatomia funcional às princi- articulações e n1ovimencos envolvidos nas atividades
pais ações das articulações: flexão, extensão, abdu- motoras gerais. Nesse grupo estão os músculos do
ção e aduç-lo do punho e da m:lo. antebrdÇO e os músculos extrinse<,'OS do punho, da
Um grande número de músculos é usado nesses 1não e dos dedos. Estão também incluídos os n1úscu-
movimentos. Do ponto de vista anatômico e estrucu- los extrínsecos maiores e nutís importantes de cada
161
162 \! mo•! d •' 'Olt ~ •><'l'\11 11'21

articulação, para fornecer um conhecimento mínimo cido, o seniilunar, o piramidal e o pisifonne. A fileira
dessa área. Os exercícios propostos para o fortaleci- discai, do lado radial para o L'ldo uJnar, é formada
mento desses môsculos serlo, de cena maneira, re- pelo osso trapézio únuhJanguJar maior), pelo trape-
dundantes, já que são sobretudo quatro os movimen- zoide (multiangular menor), pelo capitato e pelo ha-
tos reali7.ados pela conjugação de suas ações. Um mato. Esses ossos formam um arco de três lados, que
dos exercidos que mais fortalecerá esses músculos(! é côncavo no lado palmar. Esse arco ósseo é atraves-
o de flexão de braço feito na ponta dos dedos. sado pelos ligamentos carpaiS tranSVerso e volar,
criando o túnel do carpo, que, com frequência, é
Ossos uma fonte de proble.m as conhecidos como a síndrome
do túnel do carpo (ver Fig. 7.8). Em geral, o escafoide
O punho e a mão contam con1 29 ossos, entre os é, dentre os ossos do carpo, o mais comumente fratu-
quais o rádio e a ulna (fig. 7 .1). Oito ossos ca.rpais, rado, como consequência da hiperex.tensào de punho
em duas fileiras de quatro ossos, formam o punho. A en1 quedas com a mão estendida. Infelizmente, essa
fileira proximal é fonnada, a partir do lado radial (po- fratura é muitas vezes negligenciada após a lesão ini-
legar) para o lado uJnar (dedo mínimo), pelo osso cial, e1nbora possa causar grandes problenias se não
escafoide ou navicular, como é comumente conhe- for tratada de modo apropriado. O tratamento requer

Falange _ __,_ 1
distal
Folonge
m~io

Falo11ge ----=~ •
proximal

Atticuloçõo
metocorpofolõngica (MCF)

Motocorpo _ ____;,:

Articuloç6o
corpometacorpol (CMC)

Trapezoide
Escafoide
Semilunar
Processo - - - - Processo ~iloid.
estiloide - - - Ródio
Ulna--~

FIGURA 7.1 • Punho e mão direitos, superficie palmar.

De Anthony CP, KolthotT NJ: Tt'Xl/Joollofar111UJmy1mdpb;pslolOf(.)\ 9'cd., St. 1.ouls. 197.S. Mosby.
Capítulo 7 .\J1 ,1,.. .,,,.,, " ) i'll'lh< •• !-< w .. 163

imobilização adequada por períodos mais longos do los envolvidos no movimento do punho são a base
que o de muitas fraruras e/ou cirurgias. Cinco ossos do segundo, do terceiro e do quinto metacarpais, o
do mecacarpal, numerados de um a cinco, do polegar pisiforme e o hamato. Os músculos dos dedos, que
para o dedo mínimo, unem·se aos ossos do punho. tam~m estão envolvidos no movimento do punho,
E.'Clstern 14 falanges (dígitos), três {Y.11".t cada falange, inserem·se na base das falanges proximal, nlédia e
com exceção do polegar, que só possui duas. Elas são dist31 (Figs. 7. 1 e 7.2). A base do primeiro metacar-
indicadas como proXimal, média e distal em relaç-Jo pal, a falange proximal e a falange distaJ do polegar
aos metacarpais. Além disso, o polegar possui um servem como ponto de inserção para os múscuJos
osso ~moide dentro de seu tendão flexor, p<>dendo envolvidos no movimento do polegar (Fig. 7.1).
ocorrer outro.~ sesamoides nos dedos.
O epicôndilo medial, a crista condilolde medial e Articulações
o processo coracoide servem como ponto de origem
para muitos dos flexores do punho e dos dedos, ao A articulação do punho é classificada como condi-
passo que muitos dos extensores do punho e dos loide, permitindo flexão, extensão, abdução (desvio
dedos têm o epicôndilo lateraJ e a linha supracondi· radial) e adução (desvio ulnar) (Fig. 7.2). O movi·
lar lateraJ como ponto de origern (Figs. 6.1 e 6.3). mento do punho ocorre sobretudo entre o rádio dis-
Distalmente, a referência óssea chave para os múscu- tal e a ftleir.i carpal proximal, que consiste no esca-

Artku~õo
interfolõngico proximol

Articuloçõo
mefocorpofalôngico ~,...::."<::""-- Articuloçõo
in1erfolõngic:o
di.1ol

Ulno

Corpo

Disco
orticulor

Ulno

Membro no
interósseo

Amculoçõo
corpomolOcorpol do pologor
Articuloçõo
Ródio rodiocorpol

FIGURA 7.2 • Estruturas do punho e da mão.


164 M mo ! do . •~t"l •IO!t. '"''l'\11 11'21

foide, no semiJunar e no piramidal. A articulação variar da extensão completa par.i aproximadamente


permite de 70 a 9Q!l ele flexão e de 65 a 85º de exten- 90 a 12()11 de flexão.
são. O punho pode atingir de 15 a 25ª de abdução e As articulações interfalãngicas distais (lFO), tam-
de 25 a 4()11 de adução (Fig. 7.3). bém classificaclas con10 ginglimoides, são capazes
cada dedo possui três articulações. As metacarpo- de 80 a 9()!l de flex.'to a panir da extensão completa
falânglcas (MCF) silo dassificadas como condiloidcs. (Fig. 7.5).
Nelas, são possíveis de Oa 4()11 de extensão e de 85 a O polegar possui apenas duas articulações, ambas
1OQll de fl(;!XâO. As arti<.-ulações interfalângicas pro xi· dassiflc-.idas como ginglimoides. A articulaç-.10 meta·
mais (IFP), classificadas como ginglimoides, podem carpofalângica (MCF) pas.~ da extensão completa
para 40 a 9Q!l de flexão. A articulação interfalângica
( li') pode se flexionar de 80 a 9()11. A articulação car-
pometacarpal (CMC) do polegar é urna articulação
especial do tipo selar, dotada de 50 a 7<1' de abdução
e pode se flexionar em tomo de 15 a 45° e esten-
der-se de O a 200 (Fig. 7.6).
Os ligamentos, muico numerosos para serem
mencionados nesta discussão, sustentam e oferecem
estabilidade e~'tática a muitas articulações do punho
e da mão. Alguns ligamentos dos dedos são mostra-
dos en1 detalhes na Figura 7.4.
A 8

Movimentos
FIGURA 7.3 • An1plirude de movimento do punho.
A, Flexão e extensão. Ffexào (flexão palmar): O a ± As ações comuns do punho são flexão, extensão,
8Qll. E>.·tensâo (dorsiflexão): Oa :t 7Qll; B, Desvios abdução e adução (Fig. 7.7, A -D). Os dedos só podem
radial e ulnar. Desvie radial O a 2()11. Desvio 11/11ar. O se flexionar e se estender (Fig. 7.7, E-1~, con1 exceção
a 3()0. das articulações mctacarpofalângicas, nas quais a ab-

Fala~ di>lal - U _ - Falange distal


-r
gamenlO IMOrÇÕO do
Cópwlo ar1icular - _ _,..- colaterol

Folonge média - - L
j - - Ligamento palmar
Ugamenla
colateral
- - m. floxar profundo
dos dedos _ - Falange média

Cópsula alliçulor - - ligamenlO colateral


IMOrçôodo
~jtí m. Rexar superlicial
falongo pra~imal -..... ,.. de» dedos
_ - Folango proximal

Cóp>ula allkular - -
Llgamenla
- colate<al
-1- Ugamonlo palmar
- U9amcnto colatoral
_ - UgamenlO palmar
ligamento metocarpal
Torcolro metacarpo! ----- ITan>VM>O profundo ____ Terceiro molocorpal

A IS e

FlGURA 7.4 • Articulações metacarpofalângica e ioterfalângica do dedo anular. A, vista lateral; B, vísta
anterior (palmar); e, vista posterior.
Capítulo 7 Al11<.-UIJ•,"Ô<> <lo 1>unho •• <I.• w o 165

~~~-~
1
-·-b ,. . ._.
................... ......................
2


\ \
Ãhóm 1!PO ÔO tllcfo
2

FIGURA 7.5 • Amplirude de movimento d05 dedos. A, Flexão. 1, O movimento pode ser mensurado ou estimado
cm graus. 2, O movimento pode ser estimado por uma rc'.!gua como a distância da ponta do dedo à dobra palmar
distal (esquerda) (quantificando as flexões das articulações média e distal) e a dobra paln1ar proximal (direita)
(quantificando as articulações distal, média e proximal dos dedos}; B, Extensão, abdução e adução. 1, Extc~o e
hiperextensão. 2, Abdução e adução. Esses movinlentos ocorrem no plano da paln1a da m.~o ao longo do dedo
medio. O afasramento dos dedos pode ser medido da ponta do dedo incJjcador à ponta do dedo mínímo
(direita). Afastamento individual dos dedos de ponta a ponta dos dedos indicados (esquerda).

== 1
:iZ .......
O'
- 2
- O' ,.

-O'

....... " -O'


O'

50'
( 1$•

"' 2
' •

.. e

, 3

FIGURA 7.6 • Amplirudc de movimento do polegar. A, Alx:lução. 1, Posição inicial: o polegar cstcndido ao lado do
dedo indicador, que esiá alinhado com o rádio. Abdução é o ângulo aiado entre os ossos metacarpais do polegar e
o dedo indicador. Esse movimento pode ocorrer em dois plan05. ~ Alx:lução radial ou extensão ocorre em um
.z
plano paralelo ao ela palma; B, Flexão. 1, Pooção inicial: polegar estendido. Fle.'<ilo da articulação intetfalângica: O
a :1: OC/'. 3, Flexão da articulação 1netacarpofulângica: O a ± 5(]>. 4, Acx.~o da articulação carpometacarpal: Oa :1: 15º;
C, Oposição. Pooição inicial (11iais à esquerda): o polegar alinhado com o dedo indicador. Oposição é um
movimento composto por três element05: (1) abdução, (2) rotação e (3) flexão. Ern geral, o movimento é
considerado completo quando a ponta cio pole~ toca a ponta doo cinco dedo$. Alguns consideram o arco de
oposição completo quando a ponta do polegar roca a base do quinto dedo. Ambos oo métodos estão ilustrados.
dução e a adução são <.'Ontroladas pelos músculos in- pecto palmar do segundo metacarpal. Esses movimen-
trinse<:os da mão. Na mão, a falange média é conside- tos, associados ã pronação e à supinação do ante-
rada o ponto de referência que serve para diferenciar braço, possibilitam muitos outroo movimentos finos e
abdução e adução. A abdução dos dedos indicador e coordenados do antebraço, do punho e da n1ão.
1nédio ocorre quando eles se inovem lateralmente em
~o ao lado radial do antebraço. A abdução dos Flexão (flexão palmar)
dedos anular e mínimo ocorre quando eles se movem
Movimento da palma da n1ào e/ou das falanges em
mediaimente em direção ao lado ulnar da mão. O mo-
direç-.lo ao aspecto anterior ou volar do antebraço.
vimento medíal dos dedos indicador e médio em dire-
ção ao lado ulnar do antebraço é a adução, que, nos Extensão (dorsiflexão)
dedos anular e mínimo, ocorre quando eles se movem
lateralmente en1 direÇ'.lo ao lado radial da mão. O po- Movim1:nto do dorso da mão e/ou das falanges em
legar é abduzido quando se afasta da palma da n1ão, direção ao aspecto posterior ou dorsal do antebraço;
sendo aduzido quando se move em direção ao as- é algumas vezes mencionado con10 hiperextensão.

F!.xão de punho lxt9nsão de punho

A a

Abduçõo de punho Aduçõo de punho


(desvio radiol) (dervio ulnar)

e o
FIGURA 7.7 • Movimentos do punho e da mão. A, Plexào de punho; B, Extensão de punho; C, Abdução de
punho; D, Adução de punho. (continua)
Capítulo 7 Art1<.-UIJ1;õ..-- <lo 1>unhn e dt mo 167

Extensão cios dedos • cio poleilar, reposição


Flexão dos dedos • do polegar, opos~ão
F
E

Aduçào dos articulações Abdução cios articu~s


meta<c11pofalângica • cio poleilar metacarpafal&ngka •do polegar

G H

FIGURA 7.7 (cont.) • Movimentos do punho e da mllo. E, Flexão dos dedos e do polegar, oposiç-.lo; F,
Extensão dos dedos e do polegar, reposição; G, Adução das aniculaçôes metacarpofalângica e do polegar;
H , Abduç-lo das articulações metacarpofalângica e do polegar.

Abdução (d<:l>--viO radial, fl~ão radial) Reposição


Movimento do lado do polegar da mão em d ireção Movimento do polegar quando ele retoma à posição
ao aspecto lacera! ou lado radial do ancebr.iço. É anatômica a partir de sua oposição com a mão e/
tambén1 o n1ovin1ento de afastamento dos dedos ou os dedos.
ern relação ao dedo n1&1io.

Adução (desvio ulnar,f!exão ulnar) Músculos CTabela 7.ú

Movimento do lado do dedo mínúno da mão e1n dire- Os músculos extrínsecos do punho e da mão
ção ao aspecto medial ou ao lado ulnar do ante- podem ser agrupados de acordo com sua função e
bra<,v. É também o movin1ento dos dedos ao uni- sua lcx:aliz.ação (Tab. 7.1). Há seis músculos que n1ovem
rem-se, cm direção ao dedo médio. o punho, n1as eles não cruzam a mão para mover os
dedos e o polegar. Os três flexores do punho desse
Oposição grupo são o flexor radial do carpo, o flexor ulnar do
Movimenco do polegar de cru1.ar o aspecto palmar de carpo e o palmar longo - todos possuem origem no
modo a opor-se a uma ou a todas as falanges. epicôndilo medial do úmero. Os extensores do punho
possuem sua origem no epicôndilo lateral e íncluen1 De modo geral, codos os flexores do punho pos-
o extensor radial longo do carpo, o extensor radial suem sua origem no aspecto antcromcdial do ante-
curto do carpo e o excensor ulnar do carpo (Figs. 6.8 braço proximal e epicôndilo 1nedial do úmero, ao
e 6.10). passo que suas inserções fican1 na face anterior do
Outros nove músculos, que se originam do ante- punho e da n1ão. Todos os tendões ílexores, exceto
braço, funcionam sobrcrudo para movirncntar as falan- para o flexor ulnar do carpo e palmar longo, passam
ges, mas tainbém CS!âo envolvidos nas ações articulares alr.lvés do runel do carpo, bem como o nervo me-
do punho, já que o cruzam. E.'>SeS músculos são, de diano. Condições que acarretam edema e inflamaç-lo
modo geral, mais fracos em suas ações no punho. O nessa ãrca podem resultar cm aumenro da pressão
flexor superficial dos dedos e o flexor profundo dos no túnel do carpo, o que interfere na funçlo normal
dedos são fle.xores dos dedos; entretanto, também aju- do nervo mediano, levando à redução nas funções
dam na flexão do punho, bem como o fle.xor longo do motora e sensorial na sua área de inervação (Fig.
polegar, que, con10 o non1c diz, serve para ílcxJonar o 7.8). Conhecida co1no siodro me do túnel do carpo,
polegar. O extensor dos dedos, o extensor do indicador essa condição é particularmente comum com o uso
e o extensor do dedo 1nínimo são extensores dos dedos, repetido da mão e do punho em trabalhos manuaís e
mas também colaboram na extensão do punho, ben1 atividades de cscri16rio, con10 a digicação. Pequenas
como o extensor longo e o curto do polegar, que o es- modificações nos hábitos de trabalho e na pooíç-lo
tendem. O abdutor longo do polegar abduz o polegar e das mãos e punhos durante essas atividades podem
contribui par.i a abdução do punho. ter carãcer preventivo. Alêm disso, exercícios de íle-
( 0 t«c1o contlt111a na p. 172)

'Ii\BELA 7. 1 • Músculos agonistas das articulações do punho e da mão


Plano de
Môsculo Origem lnse~io Aç:io Palpação Inervação
movimento
Flexor Epicôndilo Base do 7!' Flexão do punho Sagital Antebraço anterior Nervo
radial do medial do e do 311 disml e superlicíe do mediano
Abdução do frontal
airpo funero metacarpais punho, lígciramcnte (C6, C1)
punho
na superfície lateral, alinhado com
palmar Flexão fraca do Sagital o 2" e 3º met:1carpais
eo1ovelo com a flexão e a
abclu~-:lo resistida
'O Pronação fraca Transverso
.s::
e: do anccbraço
:>
e.
o
"'O
Palmar Epicôndilo Aponcurosc Fle.xão do punho Sagital Faces antcromt.-dial e Nervo
j longo dos
dedos
medJal do
úmero
palntar do 2'1,
do 3", do 411
centtal do antebraço
anterior,
mediano
(C6, C7)
s e do 5º imediatamente
~
o meta carpais proxinWI ao punho,
li com ligeira flexão e
-e FlexJlo fraca do oposiç-lo do polcg:ir
8"'
t."Otovclo
-~ ao 5º dedo,
especialmente

~
Flexor Epicôndilo Base do S" Flexão do punho Sagital Supcrficie antt.-ro- Nervo
ulnar do niecllal do memcarpal n1edial do antebraço, ulnar
carpo úmero e face (superfície poucos centímetros (C8, T1)
posterior da palmar), Adução do Frontal abaixo do epicôndilo
ulna proximal pisifonnc e punho media.! do úmero mé
hamato a região proximal do
Flexão fraca do Sagiml punho, com ílcxilo/
COIo velo adução resistida
( con1l111ia)
Capítulo 7 .\J1 11. •....,._., d > 1 unhn e dt mo 169

·rABELA 7.1 ( cont.) • Músculos agonistas das articulações do punho e da mão


Plano de
~16S(Ulo Origem Inserção Aç:lo Palpação lnervaç:lo
movimento
l'lex:lo das
Na área de depressão
Epicôndilo aniculaçôes
entre os cendões do
n1edial do limero metacirpo-
palniar longo e do
folângica e
Cada tendão flexor ulnar do carpo,
Cabeça ulnar: interfulângica
se divide e especialn1en1e com o
processo coro- proximal
liga-se :\s ex- punh o cerrado, m.'ls
noide medial
Flexor tremi<bdes mantendo a
Flex:lo do Nervo
superfi- das falanges articul:iç:lo intcrfalfrn-
Cabeça radial: punho Sagilal mediano
cial dos mC:dias dos gica distal estendid3
dois terços da (C7, CS, Tt)
dedos quatro com ligeira
borda a ncerior
dedos na resistência il flexão
do rádio
superficie do punho; tan1bêm
imediatamente
palmar Flexão fraca na região anterome-
distal à
do cotovelo dial do antebraço du-
niberosidade do
r.imc a mesma alivi·
rádio
da de
~
1l
"C Fle:do das
~ articulações Profundo ao flexor
"C
41 metacarpo- superficial dos dedos,
o falânglca, ln- mas no antebraço an-
.e:
e: 1erfalângica teromedial, durante a Nervo n1c>
"'
o.
o proximal e fle:do da articulaçilo diano (CS,
"C TI) para~
Flexor Tres quartos Base da distal dos in terfalânglca distal,
Ê
o profundo proximal da falange distal quatro dedos mantendo a proximal e 311 dedos:
Sagítal
~ dos região antcromc· dos quatro cstend ida; por <.ima nervo ulnar
s dc.-dos dial da ulna dedos da superficie palmar (C8. Tl)
~
o
da ~. 3', 41 e 5• ált:Í· para 4° e 5"
·5
-ã ~1exãodo
punho
culações metacarpo-
falângicas durante a
dedos

~ flexão dos dedos


] contra resls1encia

"'
:E
Flexão d'IS
Superfície aniculaçôes Superfieie anterior do
anterior média C".trpamcta· polegar na fulange
do rádio e borda carpa!, mela· p roximal, imOOiata·
anteromedial da carpofalãn- mente lateral ao pai-
ulna imediata- Base da gica e Sagital Ramo
m!ll' longo e medial
Flexor mente distal ao falange dis1al intcrfalângica ao flexor radial do
interósseo
processo coro- do polegar do polegar palmar do
longo do CllJ>O. sobre a super·
noidc; :\s vezes sobre a nervo
polegar íide anterior distal,
superflcie Flc.x:lo do mediano
há uma pequena em especial duranie
palmar punho (C8, TJ)
cabeça nxan- flexão ativa da
do-se sobre o artic."Ulaçào intcrfalân·
epicôndilo nie- Abdução do gíca do
dlal do 6mero Frontal polegar
punho

(c:o111/1111a)
170

1i\BElA 7.1 (cont.) • Músculos agorústas das articulações do punho e da mão

Plano de
M6sculo Origem Inserção Ação Palpaç:lo lnervaçdo
movimento
E.üensào do Imediatamente
Sagilal
punho lateral ao processo
Epícôndilo
Base do 5Q estiloide da ulna,
lateral do Aduçào do
Extensor metacarpal Frontal cruzando o punho
úmero e mei."ldc punho Kervo r:•dial
ulnar do sobre a posteromedial-
medial da (C6, C7, C8)
carpo supcrfi<.ic mente, csp«ial-
borda posierior
dorsal Extensão rraca mente com a ex·
ela ulna Sagital
do cotovelo tensào/ aduç;to do
punho

Extensão do lmedi:n.1mente
Sagital proximal à face
punho
d01'$1l do punho e
cerca de 1 an
Abdução do medial ao processo
l'ronral
'Ô punho cstiloidc do rádio .
.e
§ Base do 3" o tendão pode ser
Q,
Extensor Epicôndllo mctac:up:u sentido durante a
.g radial curto lateral do sobre a extensão e seguido
Nervo radial
~ do carpo úmero superfície até a base do 3"
(C6, C7)

...~ dorsal
Flexão fraca do
meracarpal, espe-
chllmcnte com o
5 cotovelo
Sagital
punho cerrado;
""
"'
!:! proxirn.~I e poste-
o
·5 rionnente, medial
-8. ~ mass.1 do
braquiorr:1dial
-is Imediatamente
~::;: Extensão do
Sagital
proxin1al à face
punho dorsal do punho e
cerca de 1 crn
medial ao processo
Terço inferior
estiloíde do rádio,
da crista
Base do 1!' Abdução do o tcnd:lo pode ser
supracondllar Frontal
Extensor metacarpal punho sentido durante
lateral do Nervo radial
radial longo sobre a extensào e segu ido
úmero e do (C6, C7)
do carpo supcrfkic até a base do 1!'
epicôndilo
dorsal n1eiac:arpal, em
lateral do
Extensão fraca particular com o
úmero Sagital
do cotovelo punho cerrado;
proximal e
posteriormente,
m~-dial à massa do
Pronação fraca Transverso
braquiorradlal

(COnli1111a)
Capítulo 7 -'!1" 11 •....,._.,d> 1 11nhn e dt m1o 171

1'.ABElA 7.1 (cont.) • Músculos agonistas das articulações do punho e da m.ã o


Plano de
Músculo Origem Inserção Aç:lO Palpaçllo !nervação
movimento
F.:xtens:lo elas 2', 3', Co1n codos os qu:nro dedos
4' e S' falanges cl1s estendidos, sobre a superfí·
Quauo
articul:lç(X:s meta- cie posterior do antebraço
tendões na
carpofalãngicas distal, iniediat:amente me-
ba~ das
Extensão do punho dial ao tendão do extensor
falanges
Epicôn· longo do polegar e lateral Nervo
E.xt<:nsor mC.'<lia e
dllo ao extensor ulnar do carpo radlal
dos distal dos Sagital
lateral do e ao extensor do dedo (C6, C7,
dedos quatro
(unero mínimo, dividindo-se enulo C8)
dedos Extensão fraca do em quatro tendões
sobre a cocovelo separados que ficam acinu
superficie
da face dorSal da mão e
dorsal
das articulações
me1~1c:;rpofulângic;is

Extensão do indica· Com o antebra~


dor na articulação pronado na face

I
-o
No terço
distal da
Base d:IS
falanges
metacarpofalângica
Fraca extensão do
Sagital posterior do antebraço
distal e na ~'Uperfide
Nervo
:s
-o
Extensor
ulna pos-
médi:i e punho dorsal da n1ão,
radial
... do disul da 2' imediatan1ente medial ao
terior, na (C6, C7,
o indicador falange, tendão do extensor dos
.e: porç:lo C8)
§ supcrfic.ic dedos no dedo indicador
e. proximal Fraca ~'Upinaç:lo Transverso
dorsal com cxtens<lo do dedo
o
-o indicador e flexão do
~ ;Ili, 4ii e 5" dedos

...~ Extensão do dedo Passando sobre a face


l< mínimo na dorsal da aniculaç.lo
~ anicula~':lo metacu- radiulnar distal, especial-
Base da
~
·e falange
pofalângic:a mente com a flexão
... Epicôn- relaxada dos outros dedos Nervo
-a E><tensor
do dedo
dllo
ml"<ila e
distal da Sª
Fraca extensão do
punho $agitai
e alternando entre radial
lateral do e xtensão e relaxamento do (C6, C7,
] mínimo
úmero
falange
Sº dedo; superflcie dorsal C8)
(superficíe
~~ dorsaO Extensão fraca do antebraço imediata-
mente medial ao e xtensor
dO CO(OVC[O
dos dedos e lateral ao ex-
tensor ulnar do carpo
Extensllo do poleg;ir
Da face dorsal da mão a té
nas :uticulaçôcs sua inserção na base da
carpometacrupal, falange distal; também na
Superfi- memcarpofal5ngic:a Sagltal
Base da superficie posterior do ante·
cie poste- e íructfalângica
falange braço inferior entre o radio
Extensor rolateral Nervo
distal do Extensão do punho e a ulna, imediatamente pro-
longo da por- radial
polegar Abdução do punho xi.mal ao extensor do indica-
do ção mê- Fronta l (C6, C7,
sobre a dor e medial ao extensor
polegar dio-infe- C8)
superfície curto e ao abdutor longo do
rior da
dorsal poleg,v com o antebraço
ulna
Supinaçào fraca Transverso pronado e os dedos em fie-
xão relaxada durante exten-
s..'lo ativa do polegar
(C!OttllmUJ)
172

l '.ABELA 7.l (cont.) • Músculos agonistas das articulações do punho e da mão


Plano de
Músculo Origem Inserção Aç:lo Palpação lnervaç:lo
movimento
Extensão do Desde a latcr.11 do
o polegar nas atticu- tencl::lo do extensor
'"O
lações lon&<> do polegar
i! aupometacarpal e no lado dorsal da
~- '81l
Sagital
D:ISe da mctacarpofalângka mão atê sua inser-
Superfície
falange ç:lo na falange pro-
! '"O
Extensor
posterior
proiWml
Extensllo fr:ica do
l<lmal com extensão Nervo
i1 8 curto do
da porção
do pole-
punho
das artkulações racl!a1
º'""
-~ ~ polegar
mC.-dio-
gar na carpometacaf'J'.Xll e (C6, C7)
~~
inferior
supcrficie rnctaaupofaL"lngi<:a
do r.ldio
1! "'a. dorsal
Abdução do
do polegar, bem
Frontal como flexão das
~
~
punho articulações inter-
falãngícas do
polegar
Abduç:lo do pote-
gar na articufaç:lo Frontal
carpometacarpal
g Face B:isc do 1° Abdução do Face !ater.li d:t
·e ., posterior metacar- punho atticulação do
Abdutor Nervo
~ longo do
do radio
e eixo
pai sobre
a superfi·
Extens~o do polc-
punho e
imediatamente
radial
-~ ~ polegar
médio da ele dorso-
gar na articulação
carpon1etacarpal
Sagltal
proximal ao
(c6, C7)
.;) ulna lateral l " meraaupal
:::õ Flexão fraca de
punho
Suplnaç:lo fraca Transverso

xibilidade para o punho e para os flexores dos dedos culação do punho de 1naneirn anterolateral e postc-
podem ser üteis. rolateral, inserindo-se no lado radial da mão.
Em geral, os extensores do punho possuern sua O flexor ulnar do carpo e o c>.'tensor uJnar do
origem na face posterolateral do antebraço proximal carpo aduzem o punho e cruzam essa art.iculaç-Jo
e do epicôndilo lateral do úmero, ao passo que suas antcromcdial e posteromcdialmcnte para inserir-se
inserções se localizam na face posterior do punho e no lado ulnar da mão. Os músculos intrínsecos da
da mão. Os tendões fle.xores e extensores na parte mão (ver Tab. 7.2 e Fig. 7.2Ô) pos.5uem origem e in-
distal do antebraço imediatamente proximais ao serção nos ossos da própria mão. Para facilitar sua
punho estão presos nas faces palmar e dorsal por con1preensào e estudo, convêm dividi-los em três
bandas transversas de tecido. E.5sas bandas, respecti- grupos, de acordo com sua localizaç.Io. No lado ra-
vamente conhecidas como retiniiculos flexores e ex- dial hã quatro músculos do polegar - o oponente, o
1ensores, evitam que esses tendões se desprendam abdutor curto, o flexor curto e o adutor do polegar.
durante a flexão e a cxccnsào. No lado ul nar, hã crt-s músculos do dedo mínimo - o
Os abdutorei; do punho sào o flexor radial do oponente, o abdutor e o flexor curto do dedo mí-
carpo, o extensor radial longo do carpo, o extensor nimo. No restante da mão, há l t músculos que podem
radial curto do carpo, o abdutor longo do polegar, o ainda ser agrupados como os quatro lumbricais, os
extensor longo do polegar e o extensor curto do po- três interósseos palmares e os quatro incerósseos
legar. De n1odo geral, esses músculos cruzam a arti· dorsais.
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 173

Re~nóculo Rexor Tendão do m. polmor longo


Tendão e bainho do músculo
flexor longo do polegar
Bainho lelldln.o Rexoro comum
poro os músculos superficial e profundo
Te<>dõo o bainho do
dos doclos
m. flex0t rodiol do corpo - -

Bainho comum do m. obduto< Nervo ulnor


longo do po!Ggor o do mú.culo
exlensor curto do polegar Tcndôo e bainho do
J.Q.:.-- m. e>densor ufnor do corpo
Tondào e balnho do - - Tondõo o bainho dom. OJdoiuor
m. extensor longo do po!Ggor do dedo mínimo

Bainho comum do. músculo. Bainho 00tnum do m. exlensor do> dedos


exlensor rodiol longo e curto do corpo e m. oxlonsor do lndicodor

FIGURA 7.8 • Corte transversal do punho direito. Observe o túnel do carpo e o arranjo das bainhas do
tendão.

Músculos do punho e da mão - localbação Nervos


Antero111ediabnente no cotovelo e antebraço e an- Os músculos do punho e da mão são todos inerva-
teriores à mão (f1g. 7.9A.C) dos pelos nervos radial, mediano e ulnar do plexo
braquial, como ilustrado nas Figuras 6.12, 6.13 e 7.10.
Sobretudo flexão do punho O nervo radial, originado de C6, C7 e C8, inerva o
Flexor radial do carpo extensor radial eurto e o extensor radial longo do
Flexor ulnar do carpo carpo. Ele enlào se ramifica para tomar-se o nervo in-
Palmar longo tcróssco posterior, que supre o extensor ulnar do
carpo, o extensor dos dedos, o exten'lOr do dedo mí·
Sobretudo flexão do punho e das falanges nimo, o abdutor longo do polegar, o extensor longo
Flexor superficial dos dedos do polegar, o extensor curto do polegar e o extensor
l~lexor profundo dos dedos do indicador. O nervo mediano inicia de C6, C7, C8 e
Flexor longo do polegar TI, e inerva o flexor radial do carpo, o palmar longo e
o flexor superficial dos dedos. Ele então se ramifica
Posterolaterabnente no cotovelo e anti!lJraÇO e pos- para tomar-se o nervo interósseo anterior, que inerva.
teriores à mão (Fig. 7.9 D) o flexor profundo dos dedos para o indicador e para o
dedo longo, ben1 como o flexor longo cio polegar.
Sobretudo extensão do punho Com rclaç-.lo aos m(Jsculos inuínsccos da mão, o nervo
Extensor radial longo do carpo mediano inerva o abdutor curto do polegar, o flexor
E.'Ctensor radial curto do carpo curto do polegar (cabeça superficial), o oponentt: do
Extensor ulnar do carpo polegar e o primeiro e o segundo lumbricais. O nervo
ulnar ramifica-se de C8 e Tl, suprindo o flexor pro-
Sobretudo extensão do punho e das falanges fundo dos dedos para o quarto e quinto dedos e o
Extensor dos dedos fle.\'.or ulnar do carpo. Além disso. ele inerva os m(ss..
Extensor do indicador culos intrínsecos re1nanescentes da mão (a cabeça
Extensor do dedo mínimo profunda do flexor curto do polegar, o adutor do po-
legar, o lnterosseo palmar, o interósseo dorsal, o ter-
Extensor longo do polegar
ceiro e o quaito lumbricaís, o oponente do dedo mí·
Extensor cuito do polegar nimo, o abdutor do dedo mínimo e o flexor curto do
Abdutor longo do polegar dedo mínimo). A sensibilidade do lado ulnar da mão,
174 ~L1nual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l

A 8
Epicõndilo
,.,,,- modiol do
úmero
Pronodo<_ __ Fl<lxor rodiol 8roqul0<rodiol -
redondo ~ do corpo
_ _ Pofmor
longo
" " - Flexor ulnor Flexor
do corpo
.......,tC::::::L_ superficial dos
dedos

Eplc6ndilo Exrensor dos


Epicõndilo Epicõndilo _,.,- dedos (seccionado, rebatido)
lateral do -......._ ,,- medial do modi<il do -.....
llmoro / IÍmero úmero '-
Ródia - - - - - - Ulno Ancõneo - - Supinodo<
/ - - - - (p<ofundo)
Supinod0< - -
5:d:J.: ../Í ~ Exlensor radial
mínimo longo do carpo
(seccionado)
Flexor Exlensor radial
longo - - - Em...SO< cvr1o do carpo
do palegor ulnor do
carpo Abdutor longo
Pronodor (i.eccionodo) do polegar
quadrado-- Extensor d o - - --
indicodo< fxrenSO< longo
do polegar
,....J~--- lumbricois

t ~--'
Corte do1 tendõo. ._
do olllonior --~ Extensor curto
dos dedos do polegar

e D

FIGURA 7.9 • Músculos do antebraço. A, Vista anterior do antebraço direito (superficial). l'vlúsculo
braqujorradial removido; 8 , Vista anterior do antebraço direito (majs profundo que em A). Nlúsculos
pronador redondo, flexor radial e ulnar do carpo e palmar longo removidos; C; Vista anterior do antebraço
direi10 (mais profunda do que cm A ou B). Músculos braqujorradlal, pronador redondo, flexor radial e ulnar
do carpo, palmar longo e flexor superficial dos dedos ren1ovidos; D, Músculos profundos do antebraço
posterior direi10. f\1úsculos extensor dos dedos, extensor do dedo n1ínimo e ex"tensor ulnar do carpo foram
cortados para visualizar músculos mais profundos.
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 175

f0$Ckulo posleriot
do plexo broquiol \
fosclculo lote<ol
do plexo broquiol ""
~ ~ "'- fo!Clculo medial
do plexo broquiol
J,~!
IY".... (. l

- - Nervo ulnor

Cabeço profundo
do músculo Rexor

~'
'urto do polegor

M. odulor do polegar ---l. /7 M. hipolonar


/ Mm. lumbricai• mediai•
I
1
Mm. inlerósseo
polmar e dono!

FIGURA 7.10 • Distribuição muscular e cutânea do nervo uJnar.

da metade ulnar do dedo anular e de todo o dedo Flexão fraca do cotovelo


mínimo é fornecida pelo nervo ulnar. Pronaçilo fraca do antebr.iço

Músculo flexor radial do carpo


(Figura 7.11)
Origem
Epicôndilo niedial do ún1ero

Inserção Palpação
Base do segundo e terceiro metacarpais, anterior (su- Superfície anterior do punho, ligeiramente lateral, cm
perfície palmar) linha com o segundo e terceiro metacarp-.iis com fle-
xão e abdução resistidas
Ação
Flexão do punho Inervação
Abduç-J.o do punho Nervo mediano (C6, C7)
176 ~Llnual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l

J-f-- O, Epicõndilo
medial do úmero

fi'-J'-- M. flexor
rodiol do corpo

flexõo

FIGURA 7.11 • MúsCtJlo flexor radial do carpo, vista anterior. O, Origem; 1, Inserção.

ApUcação, fortalecimento e fle.x ib ilidade Inserção


Os flcxorcs radial e ulnar do carpo e o palrnar longo Aponeurose palmar do segundo, terceiro, quarto e
são ~ flexorcs nmis fortes do punho. Entram em ação quinto mcracarpais
em qualquer atividade que requeira fechamento do
punho ou sua estabilização contra a oposição de resis- Ação
tência, em especial se o antebraço estiver supinado. Flexor do punho
O flexor radial do c-.upo pode ser desenvolvido por Flex.io fraca do cotovelo
meio de roscas de punho contra uma resistência apli-
cada pela n1ão. Para isso, o antebraço supinado fica
apoiado em uma mesa, com a mão e o punho pen-
dentes na borda, de modo a permitir amplitude total
de movimento. O punho estendido é então flexionado j
ou C\Jrvado para cima a fim de fortalecer o n1úscu lo.
Para alongar o flexor radial do carpo, o cotovelo
deve permanecer completamente estendido com o Palpação
antebraço supinado, enquanto um parceiro estende e
aduz o punho de forma passiva. o palrnar longo está ausente em u1n ou anlbos os an-
tebraços de algum.as pessoas. Face anceromedial e
central do antebraço anterior imediatamente proxi-
Músculo palmar longo mal ao punho, cm particular com ligcíra flexão e
(Figura 7.12) oposição do polegar ao 5º dedo

Orígem Inervação
Epicôndilo medial do úmero Nervo 1ncdiano Cc6, C7)
Capículo 7 Art1<.-ull\"Õ<:' <lo 1>unl n e dt mo in

~- 1, Aponeurote polmor
do segundo, cio le<eolro, cio
quarto e do quink> me1ooarpoi•

FIGURA 7. 12 • Ml'.ísculo paln1ar longo, vista anterior. O, Origen1; !, Inserção.

Aplicação, fortalecimento e flexibilidade Músculo flexor ulnar do carpo (Figura 7.13)


Ao contrário do flexor radial do carpo e do flexor Origen1
ulnar do carpo, que não são apenas ílexores do Epicôndilo medial do ú111ero
punho, mas também abdu1ores e adu1ores, resp<.'Cti· Face posterior da ulna proXimal
vamente, o palmar longo está envolvido apenas na
flexão do punho a panir da posição anatômica, em Inserção
virtude de sua localização central e anterior no ante- Pisifonne, ha013co e base do quinto memcarpal (super-
braço e no punho. Ele pode, no en1an10, auxiliar na fície palmar)
abdução do punho, de uma posição de exuema adu· Ação
ção, de volta para unia posição neutra e auxiliar na Flexão do punho
adução do punho, de uma posição de extrenlll abdu-
Adução do punho, junto com o mó.sculo ~ensor ulnar
ção, de volta para a posição neutra. Pode tambêm
do punho
auxiliar um pouco a pronação do an1cbraço, por
causa de sua inserção levemente lateral em relação à Flexão fraca do C(){OVCIO
s'Ua origem no epicõndilo medial. Tambem pode ser
fona lecido por qualquer atividade de fechan1ento do
punho, como a descrita para o músculo flexor r:idial
do carpo.
Ex1ensão máxlma de co1ovelo e punho alonga o
J
pa hnar longo.
178 ~L:nual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l

H--.,f-0, Epic&dilo IM<liol


do úmero, foc:e posl<!rior
do ulno proximal

'-- • Aduçõo

FIGURA 7.13 • Mtísculo flexor ulnar do carpo, vista anterior. O, Origem; /, In.serção.

Palpação Músculo extensor ulnar do carpo


Superficie anteron1edial do antebraço, alguns cen- (Figura 7.14)
IÍmetros abaixo do epicôndjlo medial do ümero
Origem
atê próxJJno ao pun110, com nexão/ adução re-
sistida Epicôndilo lateral do úmero
Dois quartos mêdios da borda posterior da ulna
Inervação
Nervo ulnar (C8, Tl) Inserção

Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


Base do quinto metacarpal (superlicie dorsal)
O flexor ulnar do carpo possui grande importân- Ação
cia em atividades de flexão e de fechamento do punho. E>.'tensão do punho
É tambê1n um dos tínicos dois mtísculos envolvidos
Adução do pun110 em conjunto com o músculo flexor
na adução do pun110 e na flexão ulnar. Pode ser for-
ulnar do carpo
talecido com qualquer tipo de atividade de fecha-
mento de punho contra a oposição de resist&ncia, Extensão fraca do <.'Otovelo
como as descritaS para o mtísculo flexor radial do
carpo.
Para alongar o flexor ulnar do <.'alpO, o cotovelo
deve estar completamente estendido com o antebraço
supinado, enquanto um parceiro estende e abduz o
punho de maneira passiva.
Capítulo 7 \rt1<.-UIJ1;õ..-- <lo 1>unhn e dt mo 179

O, Epic6ndilo loietol ~-+-l


do Gmero

- Ir---+-- M. OXIOnSO<
ulnor do corpo

O, Dois quorlos
médios do botdo
posterior do ulno

Extensõo 1, Bose do
quinto motocorpol
(suporflcie dorso!)

'
FIGURA 7.14 • Músculo extensor ulnar do carpo, vista posterior. O, Origem; !, lnserç-Jo.

Palpação sustentada pela mão. Isso pode ser executado com o


Imediatamente lateral ao processo estiloide ulnar cru- antebraço pronado, sendo apoiado por un1a mesa,
1.ando o punho no sentido posteromedial, especial- com a mão pendente na borda par.i permitir ampli-
mente com a extensão/ adução do punho tude total de movimento. O punho é então mobili-
1.ado de u1na posição de completa ílexão para uma
Inervação de total extensão contra uma resistência.
Seu alongamento requer que o cotovelo seja es-
Nervo radial (C6-C8)
tendido con1 o antebraço pronado, enquanto o punho
é passivamente ílexionado e ligeira1nenre abduzido.
Aplicação,fonalecimento e flexibilidade
Além de ser um forte extensor do punho, este
músculo é o único, além do flexor ulnar do carpo, Músculo extensor radial curto
envolvido na adução do punho e no desvio ulnar. O do carpo CPigura 7.15)
extensor ulnar do carpo, o extensor radial curto do
carpo e o extensor radial longo do carpo são os Origem
mais poderosos ~'tensores do punho. Qualquer ati-
Epicôndilo lateral do úmero
vidade que requeira extensão ou estabilização do
punho conua uma rcsistí!ncia, especialmente se o
Inserção
antebraço estiver pronado, depende muito da força
desses músculos. Eles são muito acionados em joga- Base do terceiro metacarpal (superfície dorsal)
das de backband (golpe oblíquo) em esportes de Ação
raquete. Extensão do punho
O extensor ulnar do carpo pode ser desenvolvido Abdução do punho
rcaliir.ando-se extensão de punho contra uma carga Extensão fraca do cotovelo
180 ~L:nual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l

O, fplc&>dilo lolorol -+-il-IO.:.."'°


do úmoro

-+-- M. 6J<lenl0< rocliol


curlO do corpo

Abd::;
I, 8aM1
do terceiro
metocorpol

FIGURA 7.15 • i\1fisculo extensor radJal curto do carpo, vista posterior. O, Origem; l, lnserçào.

do punho, como golfe e tênis. Exercícios de exten-


são de punho, como os descritos para o extensor
ulnar do carpo, são apropriados para o seu desen-
volvimento.
O alongan1ento dos extensores radíais curto e longo
do carpo requer que o cotovelo seja estendido com o
Palpação antebraço pronado, enquanto o punho é flexionado
Lado dorsal do antebraço, sendo dilicil distinguir entre de maneira passiva e Ligeiramente aduzido.
exten.'>Or radial longo do carpo e o extensor dos
dedos
Músculo extensor radial longo
Imediatan1cnte proximal à face dorsal do punho e
cerca de 1 cm medialmente ao processo estiloide do do carpo (Figura 7.16)
radio. O tendão pode ser sentido dur'.tnte extensão e
seguido até a base do terceiro mctacarpal, cm parti- Origem
cular com punho cerr'.tdo. Proximal e po.steriormente, Terço inferior da crista supracondilar lateral do úmero
é medial à massa do braquiorradial e epicôndilo lateral do úmero

Inervação Inserção
Neivo radial (C6, C7) Base do segundo metacarpal (superfície dorsal)
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade Açao
O extensor radial curco do carpo é importante e1n E>-tensão do punho
toda atividade esportiva que requeira forte exten.'>:lo Abdução do punho
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 181

""""'-+-.,,....-- O, Ter90 inferior do


cri>lo suprocondilor loterol
do úmero o oplc6ndilo lolcrol
do úmero
* -+- M. ex!en$()( rodiol
longo do corpo

L
Extensão
-J Abduçõo

1111~~- 1, 8oM> do sogundo


melocorpol (wp61flcie dONOl)

FIGURA 7.16 • Extensor radial longo do carpo, vista posterior. O, Origem; /, lnserç-.lo.

Flex."o fraca do cocovclo Aplicação, fo rtalecimento e flexibilidade


Pronação fraca de uma posição supinada comple«a para O C).1:ensor radial longo do carpo, assim como o
a posição neult'3 C\JJto, também é importante em qualquer atividade es-
portivas que requeira fone extensão do punho. Alén1
disso, ambos os músculos estão envolvidos na abdu-
ç-Jo do punho. O extensor radial longo do carpo pode
ser desenvolvido com os mesmos exercícios de exten-
são de punho descritos para o músculo extensor ulnar
do carpo.
O extensor radial longo do carpo é alongado da
Palpação mesma maneira que o extensor radial curto do carpo.
ln1ediatamente proximal à face dorsal do punho e
cerca de 1 cm mediaimente ao processo esciloidc
do rádio, o tendão pode ser sentido durante cx-
Músculo flexor superficial dos dedos
(Figura 7.17)
ten:;ào e .seguido até a base do segundo metacar-
pal, em particular com punho cerrado. Proximal e
Origem
posteriormente, imediatamente medial ã massa do
braquiorradial Epicôndilo medial do úmero
cabeça ulnar: processo coronoide nledial
Inervação Cabeça radial: dois terços superiores da borda anterior
Nervo radial (C6, O) do rádio, distal à cuberosidade do rádio
182 ~L:nual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l

O, Epicõndilo mediol
do úme<o. Cobeço
ulnor: processo
ooronoide medial.
Cobeço rodiol:
dai> torço• SUJ»
riores do bordo
on1eri0< do r6dio

M. Rex0<
wperflc:iol
d<» doei<»

flexõo do punho

( flexõo dos dodos

---1, Tondõos divididos prondonwo


oos lodos de codo uma dos
folonges módios dos quatro
dedos (foco polmor)

FIGURA 7.17 • Músculo ílexor superficial dos dedos, visra anterior. O, Origem;/, lnserção.

Inserção punho; também na região anteromedial do ante-


Cada Lendiio se divide e se fixa nos lados da falange braço durante a niesma atividade
média dos q\Jatro dedos (s\Jperfície palmar) Inervação
AÇ'dO 1'\ervo mediano (C7, C8 e 11)
Flexão dos dedos nas arriculaçõcs metacarpofalângi-
cas e lnterfalângicas proxinuiis Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Flexão do punho O músculo flexor superficial dos dedos, também
Flexão fraca do cotovelo conhecido como flexor S\Jblime dos dedos, divide-se
em quatro tendões no aspecto palmar do punho e da
nlão e insere-se cm cada um dos quatro dedos. Os
flexore..~ superficial e profundo dos dedos são os úni-

1
J cos múscu los envolvidos na flexão de todos os qua-
tro dedos. Ambos são vitais cm qualquer tiPo de ati-
vidade de segurar com a mão.
Par.i desenvolver es...es mú.'lCU!os, pode-se apenar
Palpação uma bola de borracha na palma da mão, bem como
Na área de depressão entre o palmar longo e o tendão praticar ouu-.is atividades de preensão e compressão.
do flexor ulnar do carpo, cspccialmcnte com o punho O flexor superficial dos dedos é alongado esten-
cerrado, mas mantendo a aniculação intcrfalângica dendo-se, de maneira passiva, o cotovelo, o punho e
distal ei;rendida com ligeira resistência à flexão do as articulações n1etacarpofalângicas e interfalângicas
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 183

proximais, enquanto o antebr.iço permanece em su- Palpação


pinaçào completa.
Dificil de distinguir, profundo em relação ao flexor su-
perficlal d0$ dedos, mas anterior e medial ao ante-
Músculo flexor profundo dos dedos braço, enquanto flexiona as articulações interfalângi-
(Fig\1ra 7.18) cas distais, mantendo as interfalângicas proximais em
e.~ensão; por cima da superficie palmar da segunda,
Origem terceira, quarta e quinta articulações n1eucarpofalângi-
Três quartos proximais da u1na anterior e medlal at5 durante a flex,io dos dedos contra u1na resistência

Inserção Inervação

Base das falanges distais dos quatro dedos NeN<> mediano (C8, TI) para o segundo e terceiro
dedos
Ação Nervo ulnar (C8, T1) para o quarto e quinto dedos
Flexão dos quatro dedos nas articulações metacarpo-
falângicas, incerfalângicas proximais e interfalf!ngicas Aplicação, fonalecimcnto e flexibilidade
di.">tais Tanto o músculo flexor profundo quanto o fle xo r
Flexão do punho superficial dos dedos ajudam na flexão do punho,
em virtude de sua relação palmar com essa anicula-
çào. O flexor profundo é usado em qualquer tipo de
atividade de pegada, comp ressão e preensão, como
segurar uma raquete ou subir por uma corda.
O m(1sculo flexor profundo dos dedos pode ser
desenvolvido por n1eio dessas atividades, alén1 dos

--1- O, Três quortos


proximo is do ulno
mediei e onleriOf

floxõo do punho

( flexão dos dedos

FIGURA 7.18 • Músculo flexor profundo dos d edos, vista anterior. O, Origem; !, Inserçào.
exercidos de fortalecimento descritos para o múSOJlo Ação
flexor superficial dos dedos.
Flexão carpometacarpal do polegar, das aniculações
O flexor profundo é alongado de maneira seme- me1.acarpofalângica.s e interfalângicas
lhante à do fle.'<or superficial dos dedos, ressalvan-
Flexão do punho
do-se que, além do cotovelo, do punho e das articula-
ções metacarpofalângicas e interfalãngicas proximais, Alxluç-Jo do punho
as aniculações interfalângicas distais mmbém deven1
ser estendidas de 1naneira passiva, com o antebraço
cm supinaçào completa.

Músculo flexor longo do polegar


(Figura 7.19)

Origem
Palpação
Superfície anterior média do radio e borda medial an-
terior da ulna, distal ao processo coronoidc; ocasio- Superfície anterior do polegar na falange proximal,
nalmente uma pequena cabeça est.á presente fixan- imediatamente lateral ao palmar longo e medial ao
do-se ao epicôndilo medial do úmero flexor radial do carpo sobre a superfície distal ante-
rior do antebraço, cm panicular durante flexão
Inserção ativa da articulaç.lo interfalãngica do polegar
Base da falange distal do polegar (superfície palmar)

M. Raxor longo do polegar


O, Supetfíeie anterior médio
do ródio e bordo medial
anterior do ulno, dislol oo
Fklxõo proce»a e0tonoicle

...
• -
1, Bow do folonge
disto! do polegar
(superffeie polmorl

FIGURA 7.19 • r.1úsculo flexor longo do polegar, vista anterior. O, Origem; /, Inserção.
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 185

Inervação Inserção
ervo mediano, ramo interósst.>o palmar (CS, Tl)
1 Quatr0 tendões para as bases das falanges média e
dislal dos quatro dedos (superficie dorsal)
Apllcação, fortalecimento e flexíbilidade
A principal função deste músculo é a flexão do Ação
polegar, que é vital nas atividades manuaís de segu- F~xtensãoda segunda, terceira, quarta e quinta falan-
rar e pegar. Enl virtude de sua relação palmar conl o ges das articulações metacarpofalângicas
punho, ele auxilia na sua flexão.
Extensão do punho
Pode ser fortalecido pressionando-se u1na bola de
borracha na n1ão com o polegar e por meio de mui- Extensão fraca do cotovelo
tas outras atividades de pegada e compressão.
O flexor longo do polegar ~ alongado pela exten-
são passiva de todo o polegar com o punho em ex-
tensão máxin1a.
Palpação
Músculo extensor dos dedos Com os quatro dedos estendidos, sobre a superfície
{Figura 7.20)
posterior do antebraço distal imediatamente nle-
dial ao tendão do extensor longo do polegar e la-
Origem teral ao extensor ulnar do carpo e ex1ensor do
Epicônclilo lateral do úmero dedo mínimo, dividindo-se então em quatro ten-

- -1- M. exten$0(
dos dedos

1, Ouolfo lendões poro


os bol&S dos falanges
Extensão do médio e dislol dos quatro
punho dedos (superfície danai)

Ex!ensõo •
dos dedos

FIGURA 7.20 • Músculo ex1ensor dos dedos, vista posterior. O, Origen1; 1, Inserção.
dões separados que ficam acima da f.ice dorsal da Músculo extensor do indicador
mão e das aniculações metacarpofalângicas {Figura 7.21)
Inervação
Origem
Nervo radial (C6-<:8)
No terço medial distal da ulna posterior, na porção
proxínul
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Este músculo, trunbém conhecido como exten- rnscrção
sor comum dos dedos, (: o único envolvido na ex· Base das falanges média e distal da segunda falange
tensão de todos os quatro dedos. Divide-se em qua· (superficie dorsal)
tro tendões no dorso do punho e se insere em cada
um dos dedos. Auxilia também nos movin1entos de Ação
extensão do punho. Pode ser desenvolvido apli· Extensão do dedo indicador na articulação metacar-
cando resistência manual ao aspecto dorsal dos pofalãngica
dedos flexionados e, então, estendendo-os por con1· Extensão fraca do punho
pleto. Quando realizado com o punho flexlonado,
o exercício aumenta a carga de trabalho sobre o Supinação fraca do antebraço a partir de uma posi·
ntúsculo. ção pronada
Para alongá-lo, os dedos devem ser flexionados
ao máximo nas aniculações metacarpofalângicas, in·
terfalângicas proximais e intcrfalãngicas distais, com ' ,
o punho completamente flexionado.

O, No terço dlslol do
L..\-"\ ulno poslerior, no porção
proximal

\Yii'l~---,~ 1, Bases das falanges


médio e dislol do segundo
dodo (superfície dorioll

PlGURA 7.21 • Músculo extensor do indicador, vista posterior. O, Origem; l, lnscrç-lo.


Capítulo 7 \J1 11 ,....,._., d > 1 \l'lh< •• <1., '1" n 187

Palpação e;icercídos semelhantes aos descritos par.i o e.xtensor


dos dedos.
Com o antebraço pronado na face posterior do ante-
braço distal e na superfície dorsal da mão imediata· O extensor do indicador ê alongado levando-se o
mente medial ao tendão do múscu lo extensor dos dedo indicador de maneira passiva até a flexão má-
dedos do dedo indicador, e flexão do 3'1. 4° e 511 xima em suas articulações metacarpofalângicas e in·
dedos e extensão do indic-.idor terfalângicas proximal e distal coni flexão tota l do
punho.
lnervação
Nervo radial CC6-C8) Músculo extensor do dedo mínimo
(Figur.i 7.22)
Aplicação, fortalecimento e flex:ibilldade Origem
O músculo e..xcensor do indicador ê o responsável Epicõndilo lateral do úmero
pela ação de apontar, ou seja, pela extensão do dedo
indicador, em particular qu<tndo os outrOS dedos e:,'tào Inserção
flexionados. fornece tan1bém algum au..x.ilio na exten- Base das falanges nlédia e distal do quinto dedo
são do punho e pode ser desenvolvido por meio de (superfície dorsal)

O, Epicôndilo lateral
do úmero

----+-- M. exlensor do dedo mlnimo

Extensão
1, Bo~s dos lolo119es -...--HoiJ
médio e distal do quinto dedo
(superfície dorso!)

FIGURA 7.22 • Músculo extensor do dedo mínimo, vista posterior. O, Origem; l, lnserçào.
188 ~l.:nual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l

Ação Aplicação, fortalecimenco e flexibilidade


E.x1ensào do dedo mínimo na aniculaç-lo me1acar- A função primária deste músculo (! auxiliar o e.x-
pofalâ ngica 1ensor dos dedos da mão a estender o dedo mínimo.
EXlensão fraca do punho Em virtude de sua relação dorsal com o punho, 1an1-
bém fornece algum apoio na extensão do punho. t
Extensão fraca do cocovelo
fortalecido com os mesmos exercícios descritos para
o extensor dos dedos da mão.
O extensor do dedo mínimo é alongado levando-se
o dedo mínimo de modo passivo à flexão máxima nas
articulações 01etacarpofalãogica e interfalãngica proxi-
nul e distal, com o punho en1 flex,io torai.
Palpação
Passando por cima da face dorsal da articulação ra- Músculo extensor longo do polegar
diulnar distal, em particular com a flexão relaxada (Figura 7.23)
dos oulrOS dedos e ahemando extensão e relaxa-
mento do quinto dedo; superfície dorsal do ante-
braço imediatamente medial ao extensor dos dedos Origem
e lateral ao extensor ulnar do carpo Superfície posterola1eral da uJna média inferior
Inervação Inserção
Nervo radial (c6-c8) Base da falange dislal do polegar (superficie dorsal)

O, Superilcie
po$leroloterol do
ulno médio inferior

-4-4~- M.. exten$0f longo


do polegar

~ Exten$Õo

1, Bose do lolonge
......_--:"' dislol do polegar
(superlrcie dorso!)

• ,

FIGURA 7.23 • Músculo extensor longo do polegar, vista posterior. O, Origem; /, Inserção.
Cap1rulo 7 An1nll ~'b: do punho e da r 189

Ação Músculo extensor curto do polegar


Extens;lo do polegar nas aniculações carpometacarpal, (Figura 7.24)
mctacarpofalânglca e interfulângica
Origem
Extensão do punho
Alxluç:lo do punho Superl'icie posterior do rádio médio inferior
Supinação fraca do antebraço a partir de uma posiç-Jo
Inserção
pronada
Base da falange proxinl31 do polegar (superfide dorsal)

Ação

.. Extensão do polegar nas articulações carpometacar-


pal e metacarpofal5ngica
Extensão fraca do punho
Abdução do punho
-
..: ~ 1
"• 1 ,

Palpação
Face dorsal da mão até sua inserç-lo na base da ía-
langc distal; iambém na superficie posterior do an-
tebraço inferior, e ntre o rádio e a ulna, imediata- Palpação
mente proximal ao extensor do indicador e medial
Imediatamente lateral ao tend:lo do extensor longo
ao extensor cu no do polegar e ao abdutor longo
do polegar no lado dorsal da mão até sua in.serç-Jo
do polegar com o antebraço pronado e dedos em na falange proximal, com extensão das anicula-
nexilo relaxada enquanto estende o polegar de ma-
ções carpometacarpal e metacarpofalângic a dopo-
neira ativa
legar e ílexào das aniculações interfalângicas do
lnervação polegar
Nervo radial (C6-C8) Inervação
Aplicação, fo rtalecimento e fleiôbllidadc Nervo radial (C6, C7)

/\ função básica deste músculo é a extensão do Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


polegar, embora ofereça algum apoio na extensão do
punho. Este mCisculo auxilia o extensor longo do polegar
Pode ser fortalecido pela extensão do polegar ílc-
na extensão desse dedo. Em vinude de sua relação
dorsal com o punho, também oferece alguma assistên-
xionado contr.1 a oposiç-Jo de resislmcia manual. É
cia na sua extensão.
along;ido levando-se o polegar inteiro, de mancír.l pas-
siv-.1, até a ílexilo mãxima em suas aniculações cupo- Pode scr fortalecido por meio dos mcsmo.s exercí-
mecicarpal, metacarpofalânglca e interfalânglca, com cios descritos p:ira o músculo e."Ctensor longo do po-
ne.x.lo total do punho. legar. É alongado levando-se, de maneira passiva, a
Os tendões dos músculos extensor longo e exten- prinleira anlculação carpomctacarpal e a articulação
sor cuno do polegar, junto com o tendão do abdutor metacarpofalângica do polegar à flexão m:íxima com
o punho em ílexão total.
cuno do polegar, formam a talr.iqueira anatômica,
que é uma pequena depressão que se fonna entre
esses dois tendões quando eles se contraen1. O nome Músculo abdutor longo do polegar
"tabaqueira anatômica" se origina de usuários de ta- (Figura 7.25)
baco que colocam seu rapé nessa depressão. O osso
escafolde pode ser palpado profundamente :1 taba- Origem
queira e é muiw vezes um local suscetível a dor
quando fraturado. Face po.sterior do radio e face medial do corpo da ulna
-+--+- º·S..poiflcie
po•16tiof

M.--
do ródio m«lio i nlo<íor

curlo do J>Ole9at

_) E>áeruõo

.Ir-- 1, Base do lolonge


prO><i mol do polego1
(wperllo~ cfonoll

FIGURA 7.24 • i\1l'.isculo extensor ctHtO do polegar, vista posrcrior. O, Origem; l, lnscrç'lo.

IH~r--t-7- O, foco po•terl«


do t6dlo e loee medlol
do OOtpO do ulno

FIGURA 7.25 • Músculo abdutor longo do polegar, vista posterior. O, Origem; 1, Inserção.
Capítulo 7 Art1<.-UIJ1;õ..-- <lo 1>unhn e dt mo 191

Inserção Inervação
Base do primeiro metacarpal (supe.rficie later:LI dorsal) Nervo radial (C6, C7)
Ação
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Abdução do polegar na articulação carpometacarpal
A função básica deste músculo é a abdução do pole-
Abdução do punho gar, embora ele ofereça alguma assistência na abdu-
Extensão do polegar na articulaç.do carpomeiacarpal ção do punho. Pode ser fortalecido pela abdução do
Supinaçâo fra<.'3 do antebraço a partir de uma posi- polegar a partir da posição aduzida contra a oposi-
ção pronada ç.lo de resistência apliC3da manualmente. Seu alon-
flexão fraca da articulação do punho gamento é reali7Á'ldo pela flexão co1npleta e pela
adução do polegar de modo transversal ã palma da
mão, com o punho completamente aduzido.

Músculos i11trínsecos da mão


Os músculos inlrin.secos da mão podem ser agru-
Palpação
pados de acordo com sua localizaçlo ou de acordo
Com o antebraço em posição neutra/pronação/supina- com as panes da mão en1 que agem (fig. 7.26). O
çâo, na face lateral da articulação do punho, proxi- abdutor cuno do polegar, o oponente do polegar, o
mal ao primeiro metacarpal, durante a abdução ativa flexor C\lno do polegar e o adutor do polegar com-
do polegar e do punho põem a eminência tenar - coxim muscular sobre a

To.>dõodo
lloxor prohmdo - -
dos dedos
'
/ l /
f ~lnleróueos
~--_...,._...._,~dotsolo
'
~ Tondõo do lloxor longo do polegar
eoboço L
"º..._... Adulot do
wmb<i«>ls ----:::-'::'':---.~~-..+
Abclulor do dedo mínlmo -
Oponeni. do dedo mlnimo - - -
~---- Coboço obliqoo s polegor
-~-;-t''-- Flexor cutto do pol.gor
Fi..o. curlo do dedo mlnimo - - - -~- Abc!lllo< oirlo do polegar
Tondõe1 do lloxor profundo
- Oponenie do pologor
doo dedoo
Tondõos do Ao- •upotliciol --~
,. - Tendóo do extensor cvrlo do pol.gor
do.dedo.
º"º
P..i96<> do plllfonn. - -
Tondõo do R..xor ulnor do corpo - 1
r Tondao do obdulor lofl90 do pol.gor
- - Rotinóculo e.-
Tond6e. do flexor { Ar16rlo radial
supotflciot dos dedos 1
NOM>o -e_ _..._ Pronodor quadrado
Ollério .mr ~1
Tende» do polmor loftgo Tendlío do ffoxor radial do carpo
Norvo modôono Tondõo do floX<l< longo do pologor

FIGURA 7.26 • t.1úsculos intrínsecos da mão, vista anterior.

Modillcado de Van De Cr.tafl' KM: Hunun onatomy, 4' cd., Ncw York, 1995, McCr>w·HOI.
superfície palmar do primeiro metacarpal. A eminên· Os crês interósscos palmares são adu1orcs da se-
cía hipotenar é o coxim muscular que fonna a borda gunda, quana e quinta falanges. Os quatro in1er().c;.
ulnar na superfície palmar da mão e é constin1ído seos dorsais tan10 flexionam quanto abduzem as fa.
pelo abdutor do dedo n1ínimo, pelo flexor curto do langes proxiniais dos dedos indicador, médio e anular,
dedo mínimo e pelo oponen1e do dedo minimo. Os alén1 de ajudar na e X1ensão das falanges n1édia e dis-
1núsculos intennediários da m.Io consis1em em ires 1al desses dedos. O terceiro interósseo dorsal também
ínterósseos palmares, quatro ínterósseos dorsais e aduz o dedo médio. Os quatro Jumbricais flexionam
quatro músculos lumbricaís. as falanges proximais dos dedos indicador, médio,
Quatro músculos intrinsccos agem sobre a articula- anular e mínúno e estendem as falanges média e dis-
ção carpometacarpal do polegar. O oponen1e do pole- tal desses dedos.
gar é o músculo que causa oposição no meracarpal Tr<'.'5 músculos agem sobre o dedo mínimo. O
desse dedo. O abdu1or cuno do polegar abduz a anicu· oponente do dedo mínimo causa opo.5içâo do meta-
lação metacarpal do polegar e é auxiliado nessa ação carpal desse dedo, o abdutor do dedo mínimo abduz
pelo flexor curto do polegar, que também é um flexor esse metacarpal e o flexor curto do dedo mínímo o
1netacarpal. ~ metacarpal é aduZido pelo adutor do flexiona.
polegar. Tanto o flexor cuno quan10 o adutor do pole- Outros detalhes relativos aos m6sculos inuinsecos
gar flexioruun a falange proxímal desse dedo. da mão pocle1n ser vistos na Tabela 7.2.

TABELA 7.2 • Músculos intrínsecos da m ão

Músculo Origem Inserção Ação Palpação Inervação

Face palmar do
Superficle an1erior Oposição da 1° me1acarpal com Nervo
Oponente Borda lateral do
do ligamento carp-.d CMCdo oposição elas pontas mediano
do polegar 1° me1acarpal
1ransverso, trapézio polega.r d os dedos em relação (C6, 0)
ao polegar
Face radial da
Superfície an1erior
Abdu1or Abdução da superftcie palmar da Nervo
~ curto cio
cio ligamento carpal B."lSC da 11
CMCdo 11 articulação mediano
~
~.. polegar
tmnsverso, trapézio,
escafoide
falange proxirnal
polegar metacarpal com a (c6, O)
-8~ abduç;lo cl:I 11 Ct.1C
Cabeça
"'........ Cabeça superficial:
t1exão e
Face medial da
superficial:
nervo me-
ltãpézio e ligamento eminência 1enar, iinc-
Base ela falange abdução da cliano
Flexor curto carpa! transverso diammente proximal
proximal cio C."1C (C6, O)
do polegar Cabeça profunda: ~ 1• aniculaç:lo MCF
1o n1e1acarpal Flexão da MCP Cabeça pro-
face ulnar do 1° me..~ com flcrlo da f.1CP
do polegar funda: nervo
i.acarpal contra resistência
u lnar (C8,
Tl)
Catx.-ça tr.in~·vcr:.a:
corpo anterior do 311
Face ulnar da Aduçàoda Superfície palmar
8
·e mctacarpal.
Adutor do base da falange CMC; flexão da enire o 111 e o ZO Nervo ulnar
~ Cabeça obliqua: base
-g polegar
do ZO e do 311
proximal do l" MCFdo me1acarpais oom adu- (CS, T I)

...s5
meiacarpal polegar çào ela primeira CMC
memcarpais, do capi-
ui10 e do o-.ipe7.oidc

i
d
~
lnterós.5eos
Corpo do ZO, do 4° e
do 5º n1et:1carpais e
Bases da 2' da 41
'
e da 5• falanges
proxim.1i.s e
Adução da MCF
da 2ª, 4' e 9 fa.
Não pode ser :\ervo ulnar
(C8, TI)
palmares expansões palpado
expansões langes
extensoras
extensoras
(co111im111)
Capítulo 7 Art1<.-UIJ1;õ..-- <lo 1>unhn e dt mo 193

1'.ABElA 7.2 (cont.) • Músculos intrínsecos da mão

Músculo Origem lnscrç:lo Aç-lo Palpação lnervaçilo

Flexão e abdu· Superficie dorsal


ç:lo d:is MCFs; emre o 1" e o 2ll
Bases da 2', da 3'
Duas cabeças nos extensão do mctacarpais, entre os
e da 4• íal:toges Nervo ulnar,
lnterõsseoo corpos dos rFP/lFO da 2', corpos do 2ll ao S"
proximais e ramo palmar
li dorsais metacarpais da 3" e da 4• metacarpais com
i::;
expansões (CS, Tl)
adjacentes íalanges; adu- abduçllo/ aduçllo ativa
~ extensoras
~ çãoda MCPda da 2•, da 3" e da
ê 3" falange 41 MCFs

--li
<IJ
e Prirneiro e
segundo:
~ Expansões CXlCn·
Flexllo cb MCF nervo nie-
li:" Tcnd;lo do Ocxor
soras sobre o
e exlcn:><1o do diano
"'~ Lumbricalç profundo do.~ dedos
lado radial cb 2',
1FP/IFO da 2',
Ni'lo pode ser
(C6, Cl)
ela 3'. da 4' e da palpado
no centro da palm:i d.'I 3'. da 41 e Terceiro e
5" falanges
proximais
s•
da falanges quano:
nervo uln:u
(CS, TI)

Sobre a face radial da


Op0ncn1e ~ncho do hama10 e OpOSiçllo <b
Borda medí.ql do enlinênci:l hípotenar Nervo ulnar
do dedo ligamento carpa! J\1CF da 5'
S" metacarpal com oposição da 5' (CS, Tl )
mínimo 1ransverso adjacente falange
falange ao polegar

~
-i
.e Abdutor do Pislforme e 1endlo F:ice uln:ir da Abduçllo da
Face ulnar da
eminência hlporemar Nervo ulnar
~ dedo do flexor ulrutr do base da 51 falange MCF da 5'
com abduç:lo da 5' (CS, 1·1)
li:" mínimo ~·rpo proximal falange
MCF
"':E
Superllcie palmar do
5" met.1carpal, lateral
Flexor curto Gancho do hanm10 e
Face ulnar da 5' Flexão da MCF ao oponenle do dedo Nervo ulnar
dodeclo ligamen10 carpa!
fabnge proltimal da 51 falange mínimo com flexão da (CS, Tl)
1nínirno transverso adjacen1e
5' MCI' conlr:t
resistência

Sites

RadíologlcAnatomy Browser Dissecções, tabelas de anatomia, unagens de atlas,


http://radlinux1 .usuf1 .usuhs.miVrad/iong/indeK.html li11ksCfc.
Site com inúmeras vistas radiológicas do sistema
musculoesqueletico. Loyola Universlty Medical Center: Strucrure of tJ1e
Hwnan Body
Uníversity of Arkansas ~1edícal School Gross www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/G rossAnatomy/
Anatomy for Medical Studenrs GA.html
http://anatomy.uams.edu/anatomyhtmV Excelente site com muitos slides, dissecçôes, guias
grossresources.html rutorials etc., para o estudo da anatomia hum.ma.
Wbecless' Tcxtbook of Orthopaedjcs PRANCHAS DE EXERCÍCIOS
www.wheelessonlíne.c:om
Site com e xtenso índice de links que levam a tópi· Como recurso auxiliar do aprendizado, para tarefas
cos sobre fraturJS, articulações, múS<;ulos, nervos, de classe ou extraclasse, ou para estudar para pro·
traumas, medicações, assuntos médicos, testes de la · vas, são fornecidas pr.inchas no fina l do livro.
boratório e periódicos de ortopedia, além de outras
novidades da área ortopédica e médica. Prancha do esque leto (n11 1)
Desenhe e indique na prancha os seguintes mús-
Arthroscopy.com culos
www.arthroscopy.com/sports.htm a . Flexor longo do polegar
Informações ao paciente sobre vãrios problernas b. Fle.xor radia.1 do carpo
musculocsquelétlcos dos mcnibros superior e inferior. e. Flexor ulnar do carpo
d. Extensor dos dedos
Premíere Me dical Search Engine e. Extensor longo do polegar
www.medsite.com/Default.asp ?bhcp=1 f. E.xtensor ulnar do carpo
N~-ie site é possível buscar artigos relevantes
sobre qualquer condiç-Jo mêdica. Prancha da figura humana (nº 2)
Designe e indique com setas os seguintes rnovimen-
Virtual Hospital tos do punho e da mão:
www.vh.org a . Fle.xão
Inúmeros slides, informações aos pacientes etc. b. Extensão
e. Abdução (flexão ulnar)
Medical Multin1edia Group d . Adução (flexão radial)
www.healthpages.org/AHP/LIBRARY/HLTHTOP/CTD EXERCÍCIOS LABORATORlAIS
Um guia do paciente para desordens traumáticas
cumulativas (DTC). E DE REVISÃO
1. Localii.c as seguintes partes do (Jn1cro, rádio, utna,
Medical Multimedia Group
e-arpais e metacarpais em um esqueleto humano e
www.heal1hpages.org/AHP/UBRARY/HLTHTOP/CTSlctsndx.htm em uma pessoa:
Um guia do paciente para a sindrome do túnel do a. F.squeleto
carpo. 1. Epicôndilo medial
2. Epicôndilo latera1
Physioroom.com 3. Crista supracondilar lateral
www.physioroom.com/injuríes/arm/index.shtml 4. Tróclea
Artigos sobre lesões do punho e da mão. 5. Capítulo
6. Processo coronoide
Danmouth Medical Scbool 7. Tubcrosldadc do rádio
www.dartmouth.edu/-anatomy/livrist·handlmuscles 8. Processo estiloide - rádio
MúS<.ulos do punho e da mão. 9. Processo estiloide - ulna
1O. Primeiro e terceiro metacarpais
American Academy of Orthopa.eruc Surgeo ns 11. Ossos do punho
http://orthoinfo.aaos.org/category.dm?topcategory--Arm 12. Primeira falange do terceiro metacarpal
Biblioteca de instrução sobre a mão ao paciente. b.Pessoa
1. Epicôndilo medial
MayoClinJc.com 2. Epicôndilo lateral
www.mayodinic.com/invoke.cfm7id=AR00030 3. Crista supracondilar lateral
Exercícios de mão para pacientes com artrite. 4. Pisiforme
5. Escafoide (navicular)
Amerícan Society for Surgery of th Hand 2. Como e em que pane do corpo os ~guintes mús-
www.assh.org/ContentlNavigationMenulPatients_and...Pu· culos podem ser palpados em um indivíduo?
blk/Extensor_Tendon.Jnjuri~ensor_Tendon.Jnjuries.htm a. Flexor longo do polegar
Lesões do tendão extensor. b. l'lexor radial do punho
Capítulo 7 -'!1" 11 ,+_:,d > 1•unhn ,. <1., w • 195

e. Flexor ulnar do carpo 6. Como se pode ensinar meninos e menina..~ a fazer


d. Extensor dos dedos flexões de braços? justifique sua resposta.
e. Extensor longo do polegar a. Com as mãos planas no solo
f. Extensor ulnar do carpo b . Com as pontas dos dedos

3. Demonstre a ação e cite os principais músculos 7. Com um parceiro no laboratório, detennine como
responsáveis por estes movimentos na articulação e por que é impossível manter a flexão total de
do punho: todos os dedos quando se move passivamente o
a. Fle.xão punho para uma flexão máxima. Também ê dífí-
b. Extensão cil manter a extensão nláxírna de todas as anicu-
e. Abdução lações dos dedos quando se leva o punho de ma-
d. Adução neir.i passiva a uma extC!nsàO completa?
4. Cite os planos em que ocorre cada un1 dos seguin- 8. Preencha o quadro de análl~e muscular com os
tes movimentos das articulação do punho, da mão principais músculos envolvidos em cada movi-
e dos dedo. Dê os respectivos eixos de rotação mento.
para cada movimento cn1 cada plano.
a. Abdução 9. Liste os músculos envolvidos no dedo mínimo ao
b. Aduç-:io digitar cm un1 teclado de con1putador e alcançar
e. Flexão a tecla à esquerda conl os punhos estabilizados
d. Extensão em wna posiç-Jo ergonômica.

S. Discuta por que o polegar é a pane mais impor- 10. Descreva a importância dos músculos inuínsecos
tante da mão. da mão ao gir.ir a maçaneta de uma portá.

Quadro de análise muscular • Punho, mão e dedos


Punho e mão

Flexão Extensão

Aduç:lo Abdu9lo

Dedos - :uticulações mc1acarpoful:ingicas

Flexão Extcns:1o

D<:<los - aniculações intcrfalângicas proxi.mais

Flcx1lo Extens.'lo

D<.'<los - articulações in1.erfa lângicas distais

Flexão Ex.tens.lo

Polegar

Flexão ExLCnsàO
196 ~Llnual de c1n<.....to!01tb c.'Slnll11r3l

11. Determine os tipos de exercidos de flexibilidade 13. A partir do quadro de a nálise de habilidades es-
que seriam indicados para um paciente com sín- portivas da articulação do punho e da n1ão, liste
drome do rúnel do carpo e explique em detalhes os movirnentos das articulações dos punhos di-
como e les seria n1 realizados. reito e esquerdo em cada fase. Você pode prefe-
rir listar as posições íniciais em que as articula-
12. Após analisar cada um dos exercícios no quadro ções do punho e da mão estão na fase de
de análise do movin1ento da articulação do punho posicionamento. Depois de cada movimento,
e da mão, divida cada um nas duas fases básicas liste o(s) principal(is) músculo(s) das a.rticulaçôes
do movimento cal como a fase de levantamento e do punho e da mão rcsponsávcl(is) por causá-lo
a de abaixamento. Para cada fase, determine os ou controlá-lo. Ao lado de cada músculo em cada
movimentos das articulações do punho e da mão movimento, indique o tipo de contração: 1 - iso-
que cscão ocorrendo, e então liste os principais métrica; C - concêntrica; F. - excêntrica. Pode ser
músculos dessa área responsáveis por causá-los necessário rever os conceitos para análise no Ca-
ou controlá-los. Ao lado de cada músculo em pítulo 8 para as vá.rias fases.
cada movimento indique o tipo de contração: 1 -
isométrica; C - concêntrica; E - excêntrica.
Quadro de análise de movimento das a.rticulações do punho e da mão
Fase inid:il do movimento Fase secundária do movimento
F.xerdcio
Movlmenlo(s) Agonlsta(s) - (tipo de conttação) Movimento(s) Agonista(s) - (tipo de contração)
Flexão de
br.iço no solo
Tração na
barra fixa

Supino reio

/\fergulho
entre barras
parnlelas
Puxada pela
frente
comprimir
uma bola
Lançar um
frisbee

Quadro de análise das articulações do punho e da mão em habilidades esportivas


Exercício Fase de apoio Fase prepar.116ria Fase de movimento Fase de complementaçilo

Arremesoo no D
beisebol
ll

Saque no D
voleibol
E

D
Saque no 1ênl~
E

(C-01lllfl11a)
Capículo 7 Art1<-UIJ<,"Ô<.".> <lo 1>unhn e dr m1o 197

Quadro de análise das articulações do punho e da mão em habilidades esportivas (co n:t.)
Exercício Fase de apolo Fase preparatória Fase de movimento Fase de complementação

D
Arremesso no
softbol
E

D
Backband (golpe
obliquo) no tênis
E

D
Crique1e
E

D
Boliche
E

Lance livre no
o
basquete
E

Norldn OC, White DJ: ;\ fca.st1r'l'1tJl>l1J ofjolt11 motlott: agt1Jdf! to


Referências bibliográficas gonlomctry. Phibdclphill, 1985. Davis.
O.ui$ CA: Kl11l!Sfolo8)' tbe 1necba1rlcs a 1uJ patbomtoeba11lcs ef bu man
m0Vtmw111, Phibdclphia, 2004, Uppinoott WlUiarns & WUkins.
Oabbard CP. ct ai: Elfects oi grip and foreann position on flcx :um
h>.ng petfo nmncc, Rt!S«lrt:b Q11artmy for l!J«!rr:tsc ar1d Sport, July Rasd1 PJ: Kln<'•""'1fo•a11d applkd a11111omy, ed 7 , Phil•dclphb.. 1969,
1983. La & Fcblgcr.
Gench nE, HlnSon M~1. H2rvey PT: AMtomkal A.~1~, Sccley KR, Slcphcn.t m. Tatc P: A11111omy & pb).'<IOlo(Jy, cd 7, Ncw
Dubuquc, IA, 199S, P..ddlc 8owet:s.. York, 2006, Mc<lraw-Hlll.
Cuar:intoni of UralnJ Aids 10 l/XJ cxamlnalWrl o/ IÍJC prripbcml Sieg KW, Adams SP: //lr4SlrQICd essentlals Qf musa1/odlel<lfal
n..,,.,,u s,sten1, cd 4, tondõf\, 2000, &lundcrs. anatomy, ed 2. G•lnc<Vlllc, FI., 198). Meg;abook.s.
1IJ:slop l\J. Mon•t!<>tncry J: Do111d$,,,ui Wortbf11s/xlm ~ musckJ Slsto CJ, CI ai: An Clccttom)'OS"'Phic; an:tl)'$is of thc clbow 1n
iest111g: 1ecb11lq11es of nra•wal """1ml1U1tto1~ cd 7, J>hil•dclphl•, pltching. Amerlca1r)or1n1al o/Sports Mec//cimr 15:260, May-:June
2002, Saundc:t$. 19117.
Unds!ly DT: F1111c1lo1U1I b11ma11 QllfUOM)\ SI. Louis. t996, Mosby. Smith LK. Wd&s l!L, l.chmkuW LO: Bn,,m.strom ~ dfnlca/ '111~.
cd 5, Philadclphia. 19')6. D•vis.
Luugcn.s K, l lrunilton N : Kl1W$IOICfD• $Clmltlfrc ixul.r ofbuman
motf<J11, cd 10, New Yori<, 2002, McCt:1w-H1ll. Sprlngc:r SI: R:lcquc:tball ond clbow !njurld. Natlo1111/ RacqueJbo//
~b.gec DJ: 011bopcdlc pbystcal asscssmt7rt. cd 4. Phlladclphb., 2002, 16:7. Matdl 1987.
S:lunders. Stonc RJ, StoncJA: Alias o/lbe.,_I muscles, Nc:w York, 1990,
McCraw·Hlll.
Musoolino ]E: 700 ""ucular ~· ""'"'"'" tbe skt:ktal rnrudts ef
tbe b141na11 body, e<l 2, S1. l.001$, 2003. Elsevíer Mosby. Van De Cr.aafT KM: lluma11 a1rarom)\ cd 6, Dubuquc. IA. 2002,
Norlcin CC, Lcvangic PK: jol111 stro<Juro a11dfi1rrctto1~
Mc::Gr.aw·l llll.
«>mp~•a11alys1S. Pl1ibdclphi~. 1963. O.vi$
Capítulo
..... álise tnuscular dos exercícios
para o tnetnbro superior

Objetivos
• Analisar as habilidades esportivas em relação às fases e aos vãrios movimentos articulares que ocorrem
nessas fases
• Compreender os vãrios princípios do condicionrunento e como aplicá-los no fortalecímenro dos grupos
musculares maiores
• Analisar um exercício para determinar os movimentos articulares e os tipos de contrações que ocorrem
nos músculos envolvidos
• Estudar e compreender o conceito de cadeia cinética abena e fechada
• Aprender a agrupar mOsculos i.solados em unidades que produzem movimentos articulares específicos
• Começar a pensar em exercícios que aumentem a força e a resistência de grupos musculares
individualn1ente
• Aprender a analisar e a prescrever exercícios que fonaleç-.un os grupos musculares maiores

funcionamento adequado do 1nembro superior A análise antecipada do exercício torna o estudo


O é fundamental tanto para atividades esportivas
como para a vida diária. Força e resistência nessa
da cinesiologia estrutural mais significativo ã me-
dida que os estudantes começam a entender melhor
parte do corpo são essenciais para melhorar a apa- a importância de cada um dos m6scu los e grupos
rência e a postura, bem como para o desempenho 1nusculares na realização de movimentos aniculares
eficaz de habilidades. lnfelizn1ente, essa região cor- em vários exercícios. O Capítulo 13 traz a análise de
poral é com frequência uma das mais fracas quando exercícios para o corpo todo, com ênfase no tronco
se considera o número de músculos envolvidos. De- e nos membros inferiores. Ao contrário do que acre-
ve-se ter fanliliaridade con1 esses músculos, de n1odo dita a maior parte dos alunos iniciantes em cinesio·
que exercícios espe<:íficos e atividades para condi- logia estrutural, a an.'\Use 01uscuJar das atividades
cionar essa região scírun selecionados de maneira não é difícil para quem compreende seus conceitos
inteligente. básicos.
Nesse estágio, siio usados exercidos ~imples, d~­
tinados a dar às pessoas u1na noção de como agrupar Atividades do membro superior
os músculos de modo a produzir movimento artiCU·
lar. Este capítulo aborda alguns desses exercícios in- As crianças demonstram ter um desejo inato de
trodutórios. subir, balançar-se e pendurar-se. Tais movimentos
199
200

usam os músculos das m.'los, dos punhos, dos coto- refa. Nesse alongamento cooper.itivo, o tríceps e o
velos e das articulações do ombro. ancôneo podem ou não estar sob tensão. Se não es-
A oportunidade de praticar esses tipos de ativi- tiverem, o alongamenro é passivo, realizado toral-
dade, contudo, tomou-se limitada na cultura 1no- mcnte pelos flcxorcs do corovelo. Se estiverem sob
dcma. A menos que os professores de educação ti- tensão, os extensores do cotovelo estão contraindo
sica nas pré-escolas deem ênfase ao memhro superior, ex<.-entricamente para controlar a quantidade e a ve-
tanto em meninos como em meninas, essa área con- locidade do alongan1ento.
tinuará a ser a mais fraca do corpo. A fraqueza nos Um aspecto que muitas vezes causa confusão é o
1nembros superiores pode prejudicar o desenvolvi- faro de que, dependendo da atividade, esses mús-
mento e o desempenho de n1uitas atividades de re- culos podem funcionar de modo a controlar as
creação prazerosas, con10 golfe, tênis, softbol e ra- ações exatamente opostas, contraindo-se de modo
quetebol. As pessoas gostam daquilo que conseguen1 excêntrico. Ou seja, por meio de contrações excên-
fazer bem e podem aprender a gostar de atividades tricas, os flcxorcs do cotovelo podem controlar a
que aumentarão a força dessa parte do corpo. Essas extensão, e o tríceps braquial e o ancôneo, a flexão.
e outtaS atividades similares podem ser praticadas Profissionais de educação física devem estar aptos a
durante toda a vida adulta, portanto, o desenvolvi- visuali7..ar uma atividade e não apenas determinar
n1enro adequado de uma habilidade motora, construído quais músculos estão realizando o movin1ento, mas
sobre uma base apropriada de força muscular e resíS· tambêm saber que tipo de contração está ocorrendo
tência, é essencial para o prazer e para a prevenção e quais exercícios são apropriados para desenvolver
de lesões. os músculos. O Capírulo 2 fornece uma revisão de
Em geral, realiza-se exercícios típicos de fortaleci- como os músculos se contraem, trabalhando em
mento na sala de musculaç-lo, como o supino relo, o gn1pos e exercendo os movimentos nas articula-
dcsenvolvirnenlO e a cosca bíceps. Apesar de serem ções.
bons exercícios, todos se concentram basicamente
nos músculos do membro superior anterior, que, Análise do movimento
dessa fom1a, podem ser supradesenvolvidos se co1n- Ao analisar vários exercícios e habilidades esporti-
parados aos músculos posteriores. Como resultado, vas, é essencial desmembrar todos os movimentos
os indivíduos podem se tomar fortes e rígidos ante- ern rases. o número de fases, cm geral de U'ês a
riormente e fracos posleriorrnente. Por essa razão, é cinco, varia de acordo com a habilidade. Quase todas
necessário ser capaz de analisar exercícios de fortale- as habilidades esportivas possuem pelo menos três
cimento específicos e determinar os n1(1sculos envol- fases, uma preparatória, uma de movimento e uma
vidos, de tal forma que se busque um equilíbrio mus- de complementação. Muitas delas possuem ainda
cular co1npleco por meio da prescrição de exercícios uma fase inicial de apoio e uma fase final ele recupe-
apropriados. ração. Os nomes das fases variam n1uito de habili-
dade para habilidade, dependendo cfa terminologia
usada em cada esporte e da pane do corpo envol-
Concejtos para análise vida. Em alguns casos, essas fases principaiS podem
Ao analisar as atlvicl:ldes, é importante entender ser subdivididas, como no beisebol, cm que a fase
que, em geral, m6sculos são agrupados de acordo preparatória do braço do arremes..c;ador está decom-
com sua função concêntrica e trabalham em oposi- posta em armaçlo precoce e armaç'ào tardia.
ção pareada com um grupo antagonístico. Um exe1n- Na fase de apoio o corpo do atleta assume uma
plo de um grupo muscular agi-egado para reali7..ar posição confonável e equilibrada, a panir da qual ele
uma dada ação articular é visto no caso dos flexores inicia a habilidade esportiva. A ênfase dessa fase con-
do cotovelo, que trabalham juntos. Nesse exemplo, siste em fazer os vários ângulos articulares ficarem
os flexores do cotovelo (bíceps braquial, braquial e nas posições corretas uns em relação aos outros e em
braquiorradial) estão contraindo de forma concên- relaç-Jo à superficie em que o espone é praticado. De
trica como um grupo agonist.'I para realizar unia fle- modo ger.il, em compar.i~"<io com as fases subse-
xão. Enquanto flexíonam o cotovelo, cada músculo quentes, a fase de apoio<: relativamente estática, com
contribuí de maneira significativa para a tarefa. Eles amplitudes de movimentos muito pequenas. Em
estão crabalhando c1n oposição aos seus antagonis- razão da quantidade mínima de movimento nessa
tas, o tríceps braquial e o ancôneo, que trabalham fase, a m.'liOria das posições articulares mantidas pelo
juntos como um grupo muscular agregado para reali- corpo é realizada por contrações isométricas.
zar a extensào do cotovelo. Porém, nesse exemplo, A fase preparatória, tambêm chamada de fase
eles estão cooperando com seu alongamenlo para de pré-alongamento (gatilho ou virada), é usada para
permitir que os flexores do cotovelo realizem sua ca- alongar os músculos apropriados de modo que eles
.""" o• p:i r;i ' m~'fTI l ro pcrior
1
11) )

fiquem em posição de ger.ir mais força e momento


ao se contraírem concenlricamente na fase seguinte.
Ela é fundamental para atingir o resultado esperado e
se torna mais dinfunica à medida que a necessidade
de potência muscular aumenta. Geralmente, para
alongar os músculos necessários na fase seguinte,
ocorrem contrações concêntricas nos músculos anta-
PreporOl6tio
gonista:. durante essa fase.
A fase de movimento, conhecida às vezes como
fase de aceleração, de ação ou de contato. é a parte
da execução da habilidade. Trata-se da fase em que o
somatório de forças (: gerado díre1:1mente sobre a
bola, objeto espon.ivo ou oponente, sendo normal-
mente caracterizada por a1ividade cond!ntrica quase
máxima nos m(Jsculos envolvidos.
A fase de complementação começa imediai.a- MovimenlO
mcntc ap6s a de 1novimcnto, a fim de provocar acclc-
raç-Jo negativa do n1cmbro, ou segmento do corpo,
envolvido. Nela, muitas vezes mencionada como fase
de desaceleração, a velocidade do segmento do corpo
é progressivamente reduzida, em geral ao longo de
uma grande amplítude de movimento. Essa diminui- .
ção da velocidade cosiuma ser atrlbuida à alta ativi-
dade exd!ntrica nos músculos que agiram con10 anta-
goni:.-ms em relaç.lo aos usados na fase de n1ovimento. Compklmenloçõo
De modo gc.ml, quanto maior a acelcr:1ção na fase ele
movimento, maior a duração e a importância da fase FtGt;RA 8.1 • Fases de análise da habilidade -
de complementaçlo. Às vezes, alguns atletas podem arremesso do beisebol.
começar a fase.: ck: complementação muito cedo, abre-
viando a fase de movimento, o que resulta cm um
desempenho pior do que o esperado.
Em seguida, a fase de recuperação (: usada para diminuir a ponto de o braço poder mudar com segu-
que o atleta recupere equilibrio e posicionamento e rança a direção do movimento. i::.ssa desaceleração
se prepare para a próxima demanda cspon.iva. De do corpo (em especial, do braço), ê atingida por altas
certa fonna, os m(Jsculos usados excentricarnente na intensidades de atividade excêntrica. Nesse ponto
fase de complementação, para desacelerar o corpo começa a fase de rccuperaçJo, que permite ao joga-
ou segmento corporal, ser.lo usados de maneira con- dor reposicionar-se para apanhar a bola rebatida. :>:o
cêntrica para retomar a posição funcional inicial. exemplo dado, ê fcit.a apenas uma referência ligeira
A análise da habilidade pode ser vist.'l no exemplo ao braço lançador, mas ela encerra muitas semelhan-
de um arremessador de beisebol na Figura 8. 1. A fase ças com outroS esportes em que o braço é levantado
de apoio começa quando o jogador assume uma po- acima do ombro, corno o saque do tênís, o lança-
sição con1 a bola conlf3 a luva antes de receber o mento de dardo e o saque do vôlei. Na prática, os
sinal do apanhador. O arremessador começa a fase movimentos de cada aniculação do corpo devem ser
de preparação, estendendo o braço de lançamento analisados em suas várias rases.
posteriormente e glr:indo o tronco para a dlreit.a de
mancir.1 conjugada com a ílex:lo do quadril esquerdo.
O cingulo do rnernbro superior direito é 1otalmente O conceito de cadeia cinética
retraido cm combinação corn a abdução e a rotaçJo Os membros consL~ten1 cm vários segmentos 6.'>-
later.11 n1áxima da aniculaç:lo glenoumeral para com- seos lig-.idos por uma :;érie de articulações. ~ sl:J..
ple1ar ess.1 fase. Logo em seguida, é iniciada a fase 1ema pode ser comparado a uma cadeia, cm que cada
de movimento, com movin1ento do braço para a elo pode ser movimentado individualmente, sem afe-
frente, prosseguindo atê a liberação da bola, quando tar de forma signiflcativ:i os outros elos se a cadeia
então começa a fase de complementação, na qual o estiver aberta ou não conectada em un1 de seus mem-
movimento do braço continua na mesma direção es- bros. Entretanto, se a cadeia estiver fortemente concc-
tabelecida pela fase de movimento até a velocidade 1:1da ou fechada, o movimento substancial de qual-
202

quer de seus elos não pode ocorrer sem movimento estabilizado. A Tabela 8.1 fornece uma comparação
substancial e subsequente dos outros elos. das variáveis que diferem entre os exercícios de ca-
No corpo, um men1bro pode ser visto como uma deia aberta e fechada e a Figura 8.2 fornece e.xem-
represenração de un1a cadeia cinética aberta se plos de cada un1.
sua ponta dístal não estiver fixa em nenhuma super- Nem todo exercício ou atividade pode ser classifi-
ficie. Essa disposíç-Jo permíte que qualquer articula- cado totalmente como de cadeia cinética aberta ou
ção do rncmbro se movimente ou funcione de ma- fechada. Por exe111plo, a can1inhada e a corrida são
neir.i independc.:nte, sem necessitar do movimt!nto classificadas nas duas categorias, em raz.'lo de suas
de outras articulações dele. No membro superior, fases de oscilação e apoio, respectivamente. OultO
são exemplos desses exercícios o crucifixo, o levan- caso é andar de bicicleta, que (: uma atividade consi-
tamento do deltoide (abdução do ombro) e a rosca derada mista pelo fato de a pelve, no banco, ser o
bíceps. Já no membro inferior, a flexão de quadril segmento mais estável, mas os p(:s estarem fLicados
na posição sen1ada, a extensão de joelho e exercí- para mover pedais.
cios de dorsiflexão do tomozelo. Em todos esses Levar em conta se a cadeia cinética está aberta ou
exemplos, o cenltO do corpo e o segmento proximal fe<:hada, por meio da aná lise de movinlentos espe-
es1ão cstabilil.ados enquanto o segmento distal está cializados, ajuda a determinar exercícios de condicio-
livre para movimentação no espaço através de um nainento apropriados para proporcionar melhor de-
único plano. Esses tipos de exercícios ~10 conheci- sempenho. De modo geral, exercícios de cadeia
dos como exercícios de articulação isolada e são be- cinêt.ica fechada são mais funcionais e aplicáveis a
néficos ao isolar uma aniculaçâo específica para demandas esportivas e atividades f"1Sicas. A maior
concentrar o trabalho en1 um detern1inado grupo pane dos esponcs envolve atividades de cadeia fe-
muscular; contudo, eles não são muito funcionais chada nos membros inferiores, e de cadeia aberta
para a maíoria das atividades fisícas, em particular nos superiores. Existem, no entanto, muitas exce-
para o membro inferior, que requer atividades mul- ções, exercícios de condicionamento de cadeia fe-
riarticulares envolvendo numerosos grupos muscu- chada que podem ser benéficos para membros en-
lares ao mesmo tempo. Além disso, uma vez que as volvidos principalmente em atividades esportivas de
articulações estejam cscávcis proxímalmentc e carre- cadeia aberta, as quais normalmente isolam apenas
gadas distalmente, as forças de cisalhamento agcn1 um segmento, enquanto os de cadeia fechada traba-
sobre a articulação com possíveis consequências ne- lham rodos os segrnenros da cadeia, resultando no
gativas. condicionamento de todos os músculos que cruzam
Se a ponta disca i do membro estiver ftxa, como cada articulação.
em exercícios de flexão de braço, mergulho entre
barras paralelas, agachan1ento ou levantamento terra,
esse n1e1nbro representar.\ u1na cadeia cinética fe- Considerações sobre o condicionamento
c h ada, na qual o movitnento de uma anicuJaç-Jo
não pode ocorrer sem ocasionar movímentos previ- Principio da sobrecarga
síveis nas articulações do outro membro. Ativida- Um dos princípios fisiológicos básicos do exercí-
des de cadeia fechada são muito funcionais e en· cio é o da sobrecarga, que diz que, dentro de parâ-
volvem o movimento do corpo em relação a um metros adequados, a força de um músculo ou grupo
segmento distal relativamente ftxado. A vantagem muscular aumenta de acordo com a sobrecarga im-
desses exercícios multiarticulares é que diversas ar- posta sobre ele. Como não ê objetivo deste livro ex-
ticulações estão envolvidas e diversos grupos mus- plicar em detalhes as aplicações específicas desse
culares panicipam causando e controlando os mo- princípio para cada conlponenrc do condicionamento
vimentos em vários planos, os quais t~m uma fone fisico, serJo mencionados apenas alguns conceítos
correlação co1n a maioria das atividades tisicas. gerais. Para n1elhorar a força e o funcionamento dos
Além disso, a articulação fica mais estável graças às músculos maiores, esse princípio deve ser aplicado
forças de compressão articular advindas da susten- em todos os grupos musculares, de forma progres-
tação do peso. siva e contínua, em todas as faixas etárias. Na prá-
Para expor as diferenças de outra maneira, exercí- tica, a quantidade de sobrecarga apUcada varia de
cios de cadeia aberta envolvem o membro sendo maneira significativa, de acordo con1 diversos faro-
1novido para estabilizar o corpo ou a partir de un1 res. Por exen1plo, logo nas pruneiras poucas sema-
corpo já estabilizado, ao passo que exercícios de ca- nas do treínamento de força de uma pessoa sedentá-
deia fechada envolvem o corpo sendo movido par.i ria, ela cm geral passa a poder levantar pesos
estabilizar um mernbro ou a partir de u1n membro já significativamente maiores. Muito do aun1ento dessa
Capírulo 8 \r .1hse muset1lar dos cxcrc':c1<~• p;11:1 o metnhro superior

TABELA 8.1 • Diferenças e.n tre exercícios de cadeia aberta e de cadeía fechada

Variável Exercício de cadeia aberta Exercício de cadeia fechada

Porçilo distal do membro Livre no espa~-o e não focad.<1 FiJ<ada a algo


caraaerizado por esiresse gir:uório na
Caracterl7.ado por esuesse linear na
Paclrilo de movimento aniculação (frequentemente não
articulaç;lo (funcional)
funcional)
Movimentos articulares Ocorrem isoladamente Múltiplo ocorrendo ao mesmo 1en1po
Múltiplo (coc-onU'3ção muscular
Rccru1amcnlo muscular Isolado (cooontraçào muscular mínima)
signillcatlva)
Eixo articular F.stãvcl dur.mte padrões de movimentos Basicamente U'3nsversal
Plano de movimento Geralmente único Múltiplo (triplanar)
Segmento proximal da articulação Estável Móvel
Segmento diSlal da aniculação Móvel Móvel, exceto para a porç:lo mais distal
Proxi1nal e dlstal ao e.ixo instantâneo de
Ocorrência de movimento Distal ao eixo instantâneo de rotaçilo
rotação
Frequentemente não funcional, em
l'\lncionalidade Funcional
espc.oeial o membro inferior
Porças articulares Cisalha rnento Compressiva
Diminui cm razllo de forç:is Aumenta em r.izllo de forças
Estabilidade anicular
penurbadoras e de cisalhan1ento compressivas
Estabilização Artificial Não artificial, realística e funcional
Fisiológica, proporciona umjf!f:{f/Jack
Carga Anillcial
cinestésico e proprioceptlvo normal
Adapudo ele Ellenbecit<T TS, David GJ: aos,.,/ A.'f1ietle cbaf11 cxcn:tse: a ecmprdx.• .rfve auldc 10 muhlp/c-j0111t ""1TCIS<', Ch:unpaign, llUnois,
2001. lluman Kinedcs.

habilidade se deve ao aperfeiçoamento da função esse princípio. Todos esses fat0res são importantes ria
neuronuiscular, mais do que a um aumento real na determinação do volume tooi.I do exercício.
força do tecido muscular. Unia pessoa be1n treinada , Nem sempre a sobrecarga é aumentada de forma
ao conuário, observa uolll melhora relativa1nente progressiva. J!m certos periodos do condicionamento,
menor na quantidade de peso que pode ser levan- ela, na verdade, deve ser redu7.ida ou aumentada
tado, por um período de tempo multo 1nais longo. para melhorar o resultado final do programa como
Portanto, a quantidade e a razão da sobrecarga pro- um todo. Essa variância intencional durante interva-
gressiva são extremamente variáveis e devem ser los regulares em um programa de creinarnento é co-
ajustadas de acordo com as necessidades específicas nhecida como periodização e <: direcionada para
e os objetivos de cada indivíduo. garantir ganhos favoráveis no dest!1npenho f'15ico.
A sobrecarga pode ser modificada alterando alguma Um dos objetivos da periodização é que o alicia es-
das ires variáveis do exercício - frequêocla, Intensi- teja no seu melhor desempenho durante as competi-
dade e duração. A frequência se refere ao número de ções. Para alcançar L<;SO, podem ser alteradas algu-
sessões por sernana, a intensidade, à porcenragen1 rela- mas variáveis, como o número de séries por exerácio,
tiva ao máximo absoluto, e a duração, ao tempo de as repetições por série, os tipos de exercícios, o nú-
cada sessão de exercício. Aumentar a velocidade, o nú- mero de exercícios por sessão de treino, o período
mero de repetições, o peso e a quantidade de ~ de descanso entre as séries e os exerócios, a resis-
são tod~ meioo de modificar essas v-.i.riáveis e aplicar tência usada, o Lipo de contr.i.ç:Io muscular e o nú-
204 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

A B

e
flGL'RA 8.2 • Atividades de cadeias cinflticas ahena e fechada. A, Atividade de cadeia cinética aberta para o
men1bro superior; B, Atividade de cadeia cinérica fechada para o membro superior; C, Arividade de cadeia
cinéLic-.1 aberta para o membro inferior; D, ALividade de cadeia cinéLica fechada para o membro inferior.

mero de sessões de treinamento por día e por se· Por exemplo, se um indivíduo for submetido a di-
mana. versas semanas de exercícios de u-einrunento de
força para uma dcicnninada aniculaçào por uma
Princípio AEDI a mplitude de movimento limitada, os músculos en·
O princípio AEDI (Adaptações Específic-.is às De- volvidos na execução desses exercícios aperfeiçoa·
mandas Impostas) deve ser considerado durante rão sobretudo a sua habilidade em se mover contra
todas as fases do treinamento e do condicionamento uma resistência maior ao longo da ampli tude de
fisico. Ele determina que o corpo gradualmente :;e movimento específica que foi utilizada. Na maior
adaptará, de forma muito específica, aos vários es- parte dos casos, haverá ganhos mínimos de força
tresses e sobrecargas aos quais é submetido. F..sse fora dessa amplitude. Alén1 disso, outros compo-
princípio é aplicado em todo tipo d e treinamento nentes do condicionamento físico - como a ílexibi-
muscular, bem como em outras atividades do corpo. lidade e o çondicionamento cardiorrespirat6rio e
muscular - melho.-ariio muito pouco. Em outras pa- veis por esse desenvolvimento necessitam prescrever
lavras, para alcançar cenos obje1ivos, os programas exercícios que atinjan1 os objetivos.
de exercício devem ser delineados especifican1ence Na idade escolar, esse desenvolvimento deve co-
para a adaptação desejada. meçar em idade precoce e continuar por todos os
Deve ser observado que essa adaptação pode ser anos escolares. Resultados de testes de aptidão reve-
positiva ou negativa, dependendo se as tl:cnlcas cor- lam a necessidade de melhorias consideráveís nessa
retas estão ou não sendo utilizadas e enfaLízadas no área.
planejamento e na administração do progr.ima. Se as Testes de abdominais, saltos boriZontais, corrida,
demandas são inapropriadas ou excessivas e são entre outroS, são utilizados pa.-.i indicar deficiências
aplicadas em um período de tempo muito cuno, de aptidão em crianças. Força n1uscular e resistência
podem causar lesão. Se elas são muito pequenas ou adequadas são imponantcs para as atividades da vida
administradas seo1 a frequência necessária por um diária de um adulto, como atlvidades recreativas e
período de tempo 1nuito longo, poucos bcncficios relacionadas ao trabalho. Mui1os problemas na regiilo
silo alcançados. Os programas de condicionamento e dorsal, entre outras índisposições risicas, podem ser
os exercícios incluídos neles devem ser analisados evitados por meio da manutenção adequada do sis-
para determinar se a musculatura está sendo utilizada tema n1usculoesquelético.
da maneira correta.

Especificidade Análise dos exercícios da parte


superior do corpo
A especificidade do exercício ten1 uma fone rela-
ção com o princípio AEDI. Os componentes do condi- A seguir, são apresentadas breves aru,lises de vá-
cionamento fisico - como a força, a resistência muscu- rios exercícios comuns para a pane superior do
lar e a flexibilidade - não são características gerais do corpo. Os estudantes são estimulados a seguir e, tal-
corpo, mas sim características específicas para cada vez, a expandir a abordagem usada para analisar ou-
área corporal e grupo muscular. Ponanto, as necessi· tras atividades dessa região. Todos os músculos enu-
dades espec'tficas deve111 ser consideradas ao organi- merados na análise se contraem de forma concêntrica,
zar um programa de exercício. MuitaS vezes, é neces- a n1enos que seja especificamente indicada a conll".i-
sário analisar o exercício e a habilidade técnica de un1 ç-lo excêntrica ou isométrica.
indivíduo para projetar um prog.-.ima que atenda as
suas necessidades. O objetivo desse programa deve
ser determinado a panir das áreas do corpo, período Manobra de Valsalva
de.-;eíado par.i o ápice do desempenho e aptidões fisi-
cas necessárias, como forç.i, resistência muscular, fle- Muitas pessoas seguram a ~plração inconscien-
xibilidade, resistência cardiorrespirat6ria e composição temente ao tentllr elevar algo pesado. Essa atitude,
corporal. Depois de estabelecer os objetivos, pode-se conhecida como manobra de Valsalva, é acompa-
prescrever um regime que incorpore as variáveis da nhada pela tt!ntativa de exalar contra a epiglote fe-
sobrecarga (frequência, intensidade e duração), para chada (cartilagem situada atrás da língua, que fecha a
fazer com que o corpo, ou uma área específica do passagem de ar na deglutição). Muitos acreditam que
corpo, atinja a melhora desejada nos componentes do essa manobra melhora a habilidade em elevar cargas,
condicioruunento iisico. A observaç-Jo e a análise re- mas deve-se ter cuidado na utilização desse recurso,
gular e contínua do exercício s.-lo necessárias para as- por causa da alta elevação da pressão arterial seguida
segurar a manutenção adequada da tl-<:nica. de queda. Também pode causar tonturas e desma ios
e levar a complicações nas pessoas com doenças car-
Desenvolvimento muscuJar díacas. Ao in\•t!s da nl.mobra de Valsalva, deve-se
Ourante anos, pensava-se que uma pessoa desen- sempre utilizar uma respiração ritmada e consistente.
volvia força muscular, resistência e fle.xibilidade ade- Em geral, aconsel ha-se exalar durante o levanta-
quadas por n1eio da panicipação en1 atividades es- n1cnto, ou fase de contração, e inalar durante o abai-
ponivas. Agora, a ftlosofia é de que ê necessário xamento, ou fase de recupe.-.iç-Jo.
desenvolver a força, a resistt!ncia muscular e a flexi-
bilidade para poder panicipar dessas atividades de Puxada de ombro
forma segura e eficaz.
O desenvolvimento muscular adequado de todo o Descrição
corpo é alcançado pelo uso correto dos princípios Em uma posição em pé ou sentada, a pessoa en-
apropriados do exercício. Os profissionais responsá- trelaça os dedos uns contra os outros na frente do
peito e, então, faz força para separá-los (Fig. 8.3). A
concraçào é mantida de 5 a 20 segundos.

Análise
Neste tipo de exercício, hã pouco ou nenhum mo-
vimento dos músculos que se contraem. Em cenos
exercícios isomélricos, a conlr3çào dos músculos an-
tagonístas é tão forte quanto a contração dos n1úscu-
los que tenta1n produzir a força para o movímento, os
quais são chamados de agonJstas. Nesse exercício,
os agonistas do membro superior dírcico são anrago-
nistas aos agonistas do membro superior esquerdo e
vice-versa (Tab. 8.2). O exercício resulta em conlr3-
ções isomélricas nos músculos do punho e da mão, FIGURA 8.3 • Puxada de ombro.
do cotovelo, da aniculação do ombro e do cíngulo do
membro superior. A força da contração depende do
ângulo de tração e da alavancagem da articulação en- E:.xercícios isométricos variam no número dt: mús-
volvida e, portanto, não é a 01esma em cada ponto. culos em contração, dependendo do tipo de exerci-

TABELA 8.2 • Puxada de ombro


Este exercício é toralmente isométrico em sua concepçJo, de modo que todas as contrações
aoresent:tdas ra.mb<:m são isoméuicas
Articulação
AÇilO Agonisw Aç:lO AgonlStas

Resistido pclos flexores do punho Resistido pelos extensores do punho


e da mão e da m:1o
Punho
Agonistas - extensores do punho Agonist:IS - flexores do punho e da
e Extcns.-'lo Flcx:lo
e da mão mào
mão
Antagonistas - flexores do punho Antagorüstas - <!Xtensores do punho
e da mão e da nlllo

Resistido pelos flexores do Resistido pelos extensores do punho,


punho, do cotovelo e da milo do <Xllovelo e da m:lo
ArliculaÇilo Agonisras - uiceps braquial, AgonistaS - bíceps braquial, braqulal,
EA1cnsllo Fl<:xão
do cotovelo ancônco braquiorradial
Antagonistas - bíceps braquial, Antagonistas - trlccps braquíal,
braquial, braquiorradial ancôneo

Resistldo pelos adutores da Resistido pelos adutores da anlculação


anicufaç-:lo do ombro do ombro
An:iculação Agonlstas - deltoide e Agonisras - redondo maior, lallssirno
Abduç-Jo Aduçilo
do ombro supraespinal do dorso, peitoral maior
Antagonistas - redondo maior, Antagonistas - delloide e supra-
l:ulsslmo do dorso, peitoral maior espirutl

Resistido pelos abdutores do Resisddo pclos adutores do cíngulo


cinsulo <lo membro superior do membro superior
Cingulo do Adução Agonistas - rombolde e trapézio Abdução Agonista.s - serrãtil anterior, peitoral
membro e (parte ascendente) e menor, trapézio (partes de.o;cendente e
superior depressão Antagonistas - scrrãtil anterior, elevação transversa)
peitor::U menor, tr.lpézio Antagonisms - rombolde e trapéZio
(panes descendente e transversa) (pane a<;eendente)
Capírulo 8 \r .1hse muset1lar dos cxcrc':c1<~• p;11:1 o metnhro superior

cio e das articulações em que o movimento é execu-


rado. O exercício de puxada de on1bro produz alguma
cont.taç-Jo de músculos antagoniscas de quatro con-
juntos de aniculações.

Rosca bíceps
Descrição
A pessoa fica em p(: segurando o haltere nas
mãos, com as palmas voltadas para a frente. O hal-
tere é levantado até o cotovelo ser completamente
flexionado (Fig. 8.-0, sendo então retornado à posí-
ção inicial.

Aná.Lisc
Este exercício é dividido em duas fases par-.i a
análise: (1) fase de levantamento para a posíção fle-
xionada e (2) rase de abaixamento para a posição
estendida (Tab. 8.3). Nota: presun1e-se que não ocorra
movímento na aniculação do ombro nem no émgulo
do membro superior.

A B
FIGURA 8A • Rosca bíceps. A, Posição ínicial em
extensão; 8, Posição flexionada.

TABELA 8.3 • Rosca bíceps


Fase de levantamen10 nara a nn•icilo flexiona<fa Fase de abaixamen10 narn a nn<iclo estendJda
Anículaçlo
Aclo Aoonislas Ar:.lo Aoonlstas
Flexores da milo e do punho f'lexores do punho e da m:lo
(contração ísoméltica) (contração isométrica)
Flexor rndial do c-.irpo Flexor radial do carpo
Punho
Flexor ulnar do carpo Flexor ulnar do carpo
e Flexão• Flexão'
Palmar longo P:1ln1ar longo
mão
Plc.xor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Plexor superficial dos dedos l~exor su perflcíal dos dedos
r1exor longo do poleg;ir Flexor longo do polegar
Flcxorcs do COlovclo (contrnç:lo
Flexores do C()(Ovelo
exc€ntrica)
Bíceps braquial
<:ocovelo Flexão Extensão Bíceps braquial
Braquial
Braquial
Braquiorradial
Braquiorradi~I

•Noto: O punho eol6 ligeiramenle eslendido poro focililor rnoiOf Flexão o!Ml dos dedo. oo "'S"IOI o hohe<e. 10. llexores permanecem
isomatr~ con1ro;doo dU101\lé lodo o -cício poro poder ""'8nlar o ha'lere.l
208 ~! mo 1! J. r•Pt" • ng!a c.-stn1111ral

Extensão do triceps
Descrição
O indiVÍduo pode usar a mão oposta para ajudar a
manter uma posição de ílexào de ombro. Segurando
então o haltere e começando cm ílexão completa do
cotovelo, estende-o até que o braço e o antebraço
fiquem alinhados. A articulação do ombro e o ón-
gulo do membro superior são esrabili7.ados pela mão
oposta e, portanto, presume-se que não ocorra movi-
mento nessas áreas 0'.ig. 8.5).

Análise
E..'>te exercício é dividido en1 duas fases para a
anãlise: (1) fase de levantamento para a posição es-
tendida e (2) fase de abaixamento para a posição
flexionada (Tab. 8.4). Nota: presun1e-se que nenhum
movimento ocorra na articulação do on1bro ou no
cíngulo do membro superior.

Desenvolvimento pela frente


com barra
Descrição
E&e exercício também costuma ser denominado
A B
dese1100/vi111e1110. A barra é mantida em posição alta FIGURA 8.5 • Extensão de tríceps. A, Posição inicial
na frente do tórax, com as palmas das mãos voltadas e1n flexão; B, Posição estendida.

TABELA 8.4 • Extensão do tríceps


Fase de levantamento para a posição estendida Fase de abaixamento para a posição flexionada
Aniculação
Ação AgonistaS Ação Agonlscas

~1exores do punho e da mão Flexores do punho e da mão


(contração lso1né1rica) (contraç-lo ison1ê1rica)
Flexor radk-tl do carpo Flexor r.tdlal do carpo
Punho
Flexor ulnar do carpo Flexor ulnar do carpo
e flexão' l'lexilo'
P..tlroor longo P:olmar longo
mil o
Flexor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Flexor superficial dos dedos 111exor superficial dos dedos
Flexor longo do polegar Flexor longo do poleg-.tr
Extensores do cotovelo
Extensores do CQIOvelo
(con1t:1ção excêntrlci)
Cotovelo Extens:lo Tríceps br<1quial Flexão
Tríceps braquial
Aneôneo
Ancõneo
'Noto: O pcmho e>16 ligelmrnenle eslendido po<o loo1llor moio< Reicõo ativo do> dedos oo seguror o habere. (0. llexores pennonecem
isomelricomenle con1Toido.. em lodo o exerclcio poro poder suslenlor o hobcre.)
Capírulo 8 \r .11• m ' 't1l 11 dos cxcrc':c1<~• p;:u:1 o metnhro superior

para a frente, pés confortavelmente separados e AnáJise


dorso e pernas retas (fig. 8.6, A). A partir dessa posi- Este exercício é dividido em duas fases para a
ção, a barra é empurrada para cima até ficar inteira- análise: (1) fase de levantamento para a posição de
mente sobre a cabeça, sendo então retornada à posi- desenvolvin1cnto completo e (2) fase de abaixamento
ção inicial (Fig. 8.6, 8). para a posição inicial (Tab. 8.5).

A B
FIGURA 8.6 • Desenvolvimento pela frente com barra. A, Posição inicial; B, Posição de desenvolvimento
completo.

' l"ABELA 8.5 • Desenvolvin1ento pela frente con1 barra


Fase de levantamemo para a posição de
Fase de abaixamento para a posição inicial
desenvolvimento comnlt!tO
Articulaç-J.o
Ação Ag<>ni.~IJIS AçàO Agonlstas
Flex;lo• Flexores do punho e da m.à o Reido• Flexores do punho e da mão
(contração isométrica) (contração isométric-.1)
Flexor radial do carpo Flexor radial do c1rpo
Punho Flexor ulnar do carpo Flexor ulnar do carpo
e Palmar longo Palmar longo
mão Fle.xor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Flexor superficial dos dedos Flexor superficial dos dedos
Flc.xor longo do polegar Flexor longo do polcg:1r
U.xtensào Extensores do eo<ovelo l~ex:lo E.'{lensores do eo<ovelo (contr:ição
Articulação Tnccps br.iquial excêntrica)
do eo<ovelo Aneôneo Triceps brnquial
Ancôneo
Flcx:lo Flexorcs d:i anJculaçlo do Extensão Flexorcs da :irti<."IJl:iço1o do ombro
ombro (contração excêntrica)
Peitoral maior (parte davi- Peitoral maior (pane clavicular)
Ombro cular ou fibras superiores) Parte cl:tvi<."lll:u- do dcltoide
Parte clavicular do deltoide Corncobraquial
Coracobraquíal Bíceps braquial
Bíceps braquial
R01ação Rot.~dores :t.'lCCfldentes e Rot:iç.lo ROl.~dores descendenres e levanwdores
ascendente e levantadores do émgulo do descendente e do cíngulo do membro superior
C'angulo do elevação membro superior depresslo (contt3çlo excêntrica)
membro Trnpézjo Trapézio
superior Levantador da escãpula Levantador da e.~pula
Sérrátil :interior Scrrálil anterior

•Noto: O punho ll$l6 1geiromenltt ~>Cio poro locil1to1mole< Rexóo oh-.o dO$ dodc» oo ~r o borro
2 10 M mo 11 J. rm<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

Supino reto Análise


Este exercício é dividido em duas fase.-; para a
Descrição anãUse: (1) fase de levantamento pa.ra a posição para
O indivíduo deilll-se em decúbito dorsal sobre a cima e (2) fase de abaixamento para a posição inicial
prancha de exercício, segura a barra e a empurra (Tab. 8.6).
para cima, ao longo de toda a amplitude de movi-
mento do br.iço e do ombro (Fig. 8.7). O peso então
é abaixado até a posição inicial.

A a
FIGURA 8.7 • Supino reto. A, Posição inicial; B, Posição para cima.

TABELA 8.6 • Supino reto


Fa.o;e de levantamento para a posição
Fase de abaixamento para a posição inicial
Articulação O'Ma cima
Ação Agoní.stas Ação Agonistas
Flexão' Flexores do punho e eh m~o Flexão' Flexore.~do punho e cb 1não
(contração isométrica) (contraç:lo isométrica)
Flexor radial do carpo Flexor radial do carpo
Punho
Flexor ulnar do carpo Flexor ulnar do carpo
e Palnlar longo Palmar longo
mllo Flexor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Flexor superllcial doo dedos Flexor superficial dos dedos
Flexor longo do polegar Flexor longo do polegar
EX1ensão Extensores do eotovelo Flexão EX1ensores do C01ovelo (comraç:lo
Tríceps braquial excên trica)
Cotovelo
Anc8nco Tríccps braquial
Ancõneo
Flex:'lo e l'lexores do ombro e adu1ores lt'«cnsâO C Plexores d-. anicu lação do ombro e
aduçilo horizontais abdução adutorcs horizontais (contraç;lo
horizontal Peitoral maior horizontal excêntrica)
Ombro Parte clavicular do de.ltolde Peitoral maior
Coracobraquial Pane clavicular do deltoide
Bíceps bmquial Cor.1cobmqui3J
Bíceps braquial
Abdução Abdutores do dngulo do membro Adução Abdutores do dngulo do membro
C'lllgUlo do superior superior (con!111ç:'IO excêntrica)
membro
Scmítil 3ntcrior Scrr:ítil anterior
superior
Pcitoml menor Peitoral menor
'Nota: O punho 0$!6 logolromcnle osaondido poro locililOt mo!Ot flox6o º'"'°dos dedos oo ~oro borro.
Capírulo 8 \r .11• m ' 't1l 11 dos cxcrc':c1<~• p;:u:1 o metnhro superior 211

Tração na barra fixa AnáJise


Este exercício é separado em duas fases para a
Descrição análise: (1) fase de puxada até o queixo ficar sobre a
O índiViduo segura um espaldar ou uma barra hori- barr.i e (2) fase de abaixa1nen10 para a posiçilo rnicial
zontal com as palmas voltadas para a face (Fig. 8.8, A). (Tab. 8.7).
A partir de uma posição suspensa na barra, ele traciona
o corpo JY.tra cima até o queixo ficar sobre a IY.irra (Fig.
8.8, B), retornando então à posição íni.cial (Fig. 8.8, C).

A B e
FIGURA 8.8 • Traç-Jo na barra fixa. A, Pendurado com os braços esLendldos; 8 , Queixo sobre a barra;
C, Pendurado com os braços flexionados, propenso a subir ou baixar.

TABELA 8.7 • Tração na barra fixa


Fase de puxada para a posição de queixo
Fase de abaix.an1ento par:• a posição inicial
sobre a barra
Altlculaçào
Ação Agoni.stas Ação Agoniscas

l'lcxorcs do punho e da m:1o Flcxores do punho e da mão


(coniraçào isométrica) (conmtçào isoméuica)
Flexor radi31 do carpo Flexor rad13l do carpo
Punho
Flexor ulnar do carpo Flexor ulnar do carpo
e l'lexào l'lexão
Palmar longo Palmar longo
mão
flexor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Flexor superficial dos dedos Flexor superficial dos dedos
Flexor longo do pol1:gar Flexor longo do polegar
l'lexores do eo1ovelo (contração
Flexores do eo1ovelo
excx."'nlrica)
Bíceps braqui:il
Cotovelo Flexilo Extens:lo Bíceps braquial
Braquial
Braquial
Braquiorradial
nraquiorradial
(co111f11un)
212

TABELA 8.7 (COttl.) • Tração na barra fixa


Fase de puxada para a posição de queixo
Fase de abaixamen10 par.1 a posição inJcial
wbre a barra
Articulação
Ação Agoni:.us Ação Agonistas

Ex1c;n.sorcs da aniculaç:lo do
E.'tlensores da an.iculaç-Jo do ombro
ombro (oontraçào excêntrica)
L:uíssirno do dorso
1..atlssimo do dorso
Redondo maior
Ombro E..'ttensão Flexão Redondo maior
Pane espinal do dchoidc
Pane espinal do dehoide
Pei1oral maior
Pei1or:tl maior
Tríeeps bmquial (c::ibeça longa)
Tríceps braquial (cabeça longa)
Adu1ores do cingulo do membro
Adutorcs do cingulo do membro
superior, depressores e rotadores
superior, depressores e l'Oladores
Adução, Elevação, descendentes (oon1ração
Cingulo do dcscendcn tcs
depresslo e abdução e excêntrica)
membro Trapêzlo (panes ascendente e
rotação rotação Trapézio (panes ascenden1e e
superior transversa)
descendente ascendente 1ransvcrsa)
Pei1oral menor
Peitoral menor
Romboides
Romboides

Puxada pela frente Análise


Este exercício é dividido em duas fases para a
Descrição análise: (1) fase de puxada para baixo, para unia po-
A partir da posição sentada, a pessoa levanta os sl9lo abaixo do queixo e (2) fase de retomo à posi-
braços e segura uma barra horizontal (Fig. 8.9, A), ção inicial CTab. 8.8).
que é puxada para baL"<o, para uma posição abaixo
do queixo (fig. 8.9, 8), sendo então retomada len- Flexão de braço no solo
tamente à posição inicial.
Descrição

• í " ""d.'. •
1
O indivíduo :;e deita no solo em dec(1bito venir.il
com as pernas unidas, as palmas das mãos tocando
o solo, as mãos apontadas para a frente e aproxirna-
damente sob os ombros (Fig. 8.10, A). Mantendo o
dorso e as pernas rei.as, o ind ivíduo empurra o
• corpo para cima e retorna à posição inicial (Fig.
8.10, 8).

Análise
Este exercício é dividido em duas fases para a
análise: (1) fase de empurrar para a posirwJo ele-
vada e (2) fase de abaixamento para a posição ini·
cial (Tab. 8.9).
Flexões de braço na barra fuca e no solo são exce-
lentes exercícios para a área do ombro, do cíngulo
do membro superior, das articulações do on1bro, do
A 8 cotovelo, do punho e da mão (ver Fig.~. 8.8 e 8.10). O
uso de pesos livres, máquinas e outros exercícios de
FIGURA. 8.9 • J>uxada pela fren1e. A, J>osiçào
condicionamento ajuda a desenvolver a força e a re-
inicial; B, Posição descendente.
sistência nessa pane do corpo.
Capírulo 8 \r .1hse muset1lar dos cxcrc':c1<~• p;11:1 o metnhro superior 213

TABELA 8.8 • Puxada pela frente


Fase de puxada para bahco, para uma po5lção
Fase de retomo à po.sição ínlclal
ArtiçUlação ababco do queixo
Aç.lo Agonlstas Ação AgoniStas
Fle.uo Flexorcs do punho e da m.'lo Flexão Flexores do punho e da mão
(concraçilo isomécrica) (controção isométrica)
Flexor radial do C3rpo Flexor radial do carpo
Punho
Flexor ulnar do C:-trpo Flexor ulnar do Cllrpo
e
Palmar longo Palmar longo
mão
Flexor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Flexor superficial dos dedos Flexor superficial dos dedos
f lexor longo do polegar Flexor longo do polegar
Flex:1o Flcxorcs do ~-otovelo F.xtcns:lo Plexor<:s do COtovclo (controç3o
Bíceps braquial excêntrica)
Cotovelo Braquial Bíceps braquial
Braquiomidial Braquial
Braquiorrndial
Aduç;to Adutores da articulação do ombro Abdução Adutores da articulação do ombro
Peitoral maior (contração excêntrica)
L:ttlssimo do dorso Peitor.ll maior
Ombro
Redondo 1naior !.atíssimo do dorso
Subescapular Redondo maior
Subesc-.ipular
Adução, Aducores do cíngulo do membro Abdução, Adutores do cíngulo do membro
depressão e superior, depressores e rot1dorcs clcv:içào e superior, dt.'J)iessores e rotadores
roraçJo descendentes rotlçàO descendentes (contração
Cíngulo do
descendente Trapézio (p:irte.~ ascendente e ascendente excêntrica)
membro
transvers.v Trapézio (partes ascendente e
superior
Peitoral menor ll"dJl.'il/Ctsa)
Romboides Peitoral menor
RomboIdes

A 8
FIGURA 8.10 • Flexão de braço no solo. A, Posição inicial; B, Posição elevada.
214 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

TABELA 8.9 • Flexão de braço no solo


Fase de cmpurr.ir para a posição elevada Fase de abaixamento para a posição inicial
Articulação
Ação Ag<>nlstas Ação Agonistas

Flexão Fl<:xorcs do punho e <la mão Flexão Flcxorcs do punho e da mão


(contração isométrica) (contração isométrica)
Fle.'<or radial do carpo Flexor radial do carpo
Punho
Fle.xor ulnar do carpo Flexor ulnar do carpo
e
Palm.1r longo Palmar longo
mão
Flexor profundo dos dc.-<los Flexor profundo dos d<.-<los
Flexor superficial dos dedos Flexor superficial dos dedos
Flexor longo do polegar Flexor longo do polegar
E.'< tensão F-xtensores do eotovelo Flexilo F.xtcnsorcs do C01ovelo (contração
Ttícep.~ braquial excêntrica)
Colovelo
Ancôneo Tríceps braquial
Ancônoo
Aduçào Adutores horizontais da articulação Abdução Adu1ores horizontais da articulação
horlzonral do ombro horlzon1al do ombro (conuação excêntrica)
Peitoral maior Peitoral maior
Ombro
Parte cl:ivkula.r do dchoidc Pllrt<: cl:1vi<."lllllr do dchoidc
Bíceps braquial Bíceps braquial
Coracobraquial Coracobraquial
Abdução Abdutores do cíngulo do men1bro Adução Abduto~>s do cíngulo do membro
C"mgulo do
superior superior (conrraçã.o C.'<cênlrica)
membro
Sem\til anterior Serr.\til an1erior
superior
Peitoral menor Peitoral menor

Remada pronada ção ao solo. Dessa posição, a pessoa aduz o cingulo


do men1bro superior e abduz horizontalmente a articu-
Descrição lação do ombro (Fig. 8.11, B). O haltere então ê abai-
Neste exercício, também conhecido como remada xado Vllgarosamente para a posição inicial.
inclinada, a pessoa inclina•se sobre un1a mesa ou ajoe-
lha-se sobre um banco, de fonna que o braço envol- Análise
vido esteja livre do contato com o solo (Fig. 8.11, A). Este exercício é dividido em duas fases para a
Quando ajoelhado, o indivíduo usa o braço contralate- análise: (1) fase de puxada para a posição de abdu-
ral para sustentar o corpo e segura o haltere com a ção horizontal e (2) fase de abaixamento para a posi-
mão, deixando o braço e o ombro suspensos en1 dire- çllo inicial (Tab. 8.10).
Capírulo 8 \r .1hse muset1lar dos cxcrc':c1<~• p;11:1 o metnhro superior 215

FIGURA 8.11 • Remada pronada.

TA BELA 8.10 • Remada pronada


Fase de puxada para a posição de abdução
Fase de abaixamento para a posição inicial
Articulação horizontal
Ação Agonistas Ação Agonistas
Flcxorcs da n'lilo Flcxorcs da lllllo
(comração isométrica) (contração isomêrrica)
Mão Flexão Flexor profundo dos dc..'Clos Flexão Flexor profundo dos dedos
Flexor superficial dos dedos Flexor :."Uperficial dos dedos
Plexor longo do polegar l'lexor longo do polegar
A gravidade causa flexão passiva A gravidade causa extens.io passiva no
Cotovelo Flexão no c0tovelo quando ele llca Extensão CQlovelo quando ele fica perpendicular
paralelo :10 solo ao solo

Abdutores horizoncais da Abdutores hori7.ontais da aniculação


articulaçào do ombro do ombro (contração cxc<!ntrica)
Abdução Parte espinal do deltoide Adução Parte espinal do dehoide
Ombro
horizontal lnfraesplnal horfaontal lnfraesplnal
Redondo menor Redondo menor
l:lt1~imo do dorso La(issimo do dorso
Adutores do ctngulo do membro Adutores do ctngulo do membro
C[ngulo do superior superior (contração excêntrica)
membro Aduçào Trapézio (partes ascendente e Abdução Trapézio (panes ascendente e
superior transversa) transversa)
Ron1boidcs Romboides
216 t.bnual de e ~

Sites .
mais de 1.500 páginas d e exercícios e ilus1raçôcs
.
anatom1cas.

Ametican College of Sports i\1edic ine National Academy of Sports ~1edlcinc


www.acsm.org www.nasm.org
Pesquisas científicas, educação e aplic:ições práti- Oferece certificações cspcóficas para especialistas
cas da medicina esportiva e da ciência do exercício da saúde, do exercício e do condicionam<.'fltO fisico e ê
para man1cr e melhorar o desempenho fisico, a ap1i- um valioso recu.r.;o para a educação continuada a res-
<lio, a saúde e a qualidade de vida. pei10 de léaúcas de exercício e assunu>-5 rel:tdooadoo.

Concept D Uppcr E:xt:n:mlty Coodltioning Program


www.concept2.com www.eatonhand.com/hw/nirschl.htm
Lnformações sobre :1 1ecnie1 de remada e os mús- Mosua exercícios de fonalecimen10 para o mem-
culos u1ilizados. bro superior.

Fitness World RehabTeam Site: Passive S1rc1ching


http://calder.med.miami.edulpolntislupper.html
www.fitnessworld.com
Exercícios de amplin1de de n1ovln1en10 passiva.
Condicionamento tisico cm geral, incluindo :iccsso
à revista Fltness 1~fa11agen1e111.
BodyMap
National Council of Strcnght & fitncss www.athleticadvisor.com/body_map.htm
Descreve lesões específicas e mostra como reabi-
www.ncsf.org
litar corretamente com pesos.
Certificação de personal tralnf11g e <.'<lucaçilo conll-
nuad:t p-.11'3 o profissional de condicionamen10 fisico. Physician and Spons Medicine:WcightTraining
Injuries
National Strcngth and Condi tionlng Association
www.physsportsmed.com/issues/1998/03mar/laskow2.htm
www.nKa·lift.org Artigos sobre lesões do membro superior e como
Informações para profi:.sionais de educação fi. fonalecê-lo.
sica, especialis1as em condicionamen10 e personal
Irairu:rs. NIS~1AT Exercises Programs
www.nismat.org/orthocor/programs
NSCA Certificallon Comission
lnstroções passo a passo de exercícios de fonale-
www.ncsa-<r_org cimen10 acompanhadas de diagramas.
O corpo cenificador da N:uional Strength and
Conditioning Association. Runner Girl.com
www.runnergirl.com
Prcsideots Council on Physical Fitncss and Sports Exercícios de fonalecimen10 e along:imen10 e ou-
www.frt.ness.gov Lras informações de saúde e condicionamcn10 í"isico
Informações e links do governo none-americano para mulheres.
sobre condícionamcnto iislco.
PRANCHAS DE EXERCÍCIOS
ExRx.net
www.elCIX. nelllists/Directory.html Como recurso auxiliar do aprcndi7.ado, para tare-
Um recurso para o profissional do e xercício, téc- fas e m sala de aula ou fora dela, ou para estudar para
nico o u e n1usiasta d o condicionamento físico, com provas, são fornecidas pranchas no final do livro.
Capitulo 8 °"I 2 17

Prand1a de C.'l:ercídos de remada vertical (n 11 1) na ponta dos dedos cm relação a flexões co1n a
Enumere os movimentos que ocorrem em cada milo apoiada no solo?
aniculação quando a pessoa levanta o peso ao rea-
7. Posicione-se de pé cm frente a uma pan.'Clc, a unm
lizar remadas venicais. Para cada movimento anicu-
distancia llgeiramentc superior ao comprimento de
lar, cite os principais músculos envolvidos, indi-
um braço, com as mãos voltadas para a frente e na
cando se eles estilo se contraindo concC::nlrica ou
altura dos ombros. Empurre a m:.lo reta na frente
excentricamente.
do ombro até o cocovelo ficar completamente es-
tendido e a :uticulação glenoumcral ficar fle.©
Prancha de exercícios d e mergulho entre barras nada em 90°. Faça cn~o cada um dos seguintes
paralelas ( n11 2) movimencos ances de ~ para o próximo:
Enumere os movimentos que ocorrem em cada
aniculaç-lo quando a pessoa move o corpo ao reali- • Flexão glenoumcral até 90°
zar mergulhos entre barras paralelas. Para cada movi- • Extensão completa do cotovelo
mento anicular, cite os principais músculos envolvi- • Extensào do punho até 700
dos, indicando se eles est:.lo se contr.llndo concêntrica
AnalLc;e os movimentos e o.~ n1úsculo.~ responsá-
ou excencricamcnte.
veis por cada movimento do cingulo do me1nbro
superior, da aniculação glenoumeral, do cotovelo
EXERCfCIOS DE LABORATÓRIO e do punho. Inclua o tipo de contração de cada
E OE REVISÃO músculo para cada movimento.

8. Agora fique de pê voltado para unia parede, a


1. Analíse outros exercfcios de condicionamento uma distância de uns 15 cm dela. Coloque as
que envolvem as áreas do 01nbro, como mergu- duas mãos na parede na altul"'.t dos 01nbros e leve
lhos entre barras paralelas, remadas venicais, o nariz. e o tórax concra ela. Sem tirar as mãos do
crucifixo e supino inclinado. lugar, empurre lentamente o corpo da parede
como numa extensão, até <> tórax ficar o mais
2. Observe e analise as atividades musculares do afastado possível ela parede, mantendo as mãos
ombro de crianças cin brinquedos de playground.
na mesma posiçâo. Analise os movimentos e os
3. Discorra sobre como vocC:: ensinaria crianças que músculos responsáveis por cad:i movimento do
não conseguem rcall:r.ar o exercfcio de tração na cíngulo do membro superior, da anlculaç;lo gle-
barra fixa. Discorra IJ!mbém sobre como ensina- noumeral, do cotovelo e do punho. Inclua o tipo
ria flexões de braços no solo a pessoas que não de contração de cada músculo para c:ida movi-
sabem l'C31izar esse exercício. mento.

4. Crianças devem tentar fazer traçôes na barra fixa 9. Qual a diferença entre os dois exercícios das per-
e flexões de braço no solo para ver se possuem guntas 7 e 8? Voct! consegue fazer o n° 8 como
força adequada na área do ombro? fez o n° 7, ou seja, uma coisa de cada vez?

5. Teste a si mesmo fazendo trações na barra fixa e 10. Analise cada exercício do quadro de análise mus-
flexões no solo para determinar sua força e resis- cular (p. 218). Use um.1 Unha para cada anicula-
tência muscular na área do ombro. ção envolvida que se move ativamente durante o
exercido. Não inclua aniculaçõcs cm que não
6. Qual seria o beneficio, se é que há algum, resul- haja movimento ativo ou em que a articulaçilo
tante de fazer flexões de braço no solo com apoio seja mantida isometri<:'".unentc t:m uma posiç:1o.
Quadro de análise de exercício
l'orç-.i de
Forç:i causadora
Articulação resistência contra Grupo muscular
do movimento
Exc::rcício fase envolvida durante o movimento funcional, tipo
(múSculo ou
o movimento (m(isculo ou de contraçllo
gravidade)
2ravida de)

fase de
levanwnento
Desenvolvimento
pela frente com
barra
Fase de
abaixamento

Fase de
levantamento
Supino reto
Fase de
abaixam<:oto

Fase de: puxada

Tra~o na barra fOOI


Fase de
ababcamento

Fase de puxada

Puxada pela frente

Fase de retomo

Fase de cmpumu
Flexão de braço
no solo
Fase de
abaixamento

Fase de pu.'Glda

Remada pronada
Fase de
abaixamento
( ri , m nbrr ··Uf ·r 219

Hamillon N, 1.Uugcn.< K: Kf1wsfolo8y. samitific basls of buman


Referências bibliográficas mo1to1~ cd 10, Boslon, 2002, Mc:Cr.iw-llill.

Mathewn O. tt ab S11e..-s ír.M:IUl"C> in athlttes. Amcrlça11}0urn11/ o/


AdNn M: lsokinellc: cxetel<ie, 7h'1f11f"8 a1ul Q11idill0t1f11& l : I, JUt>e 1991. Spot1S Medlelne IS:~. J3nl!llt)~Fel>ru:uy 1967.
Mdrewl; JR, Wllk KE: 1be otb/ete~ sbo11/der, New York, 199-i, Na1ional Suength •nd Co<l<lilionll\R ASSocimlon: 8.1~le TR, 1!:.ulc
Chutcl\ill UvlnJlstonc. RW: E..«1mtlals efsmmgtb tm/111118 a1ul c0111/ftlo11l1w, cd 2.
MW.:-..'$ JR. Zarin.s B, Wúk KE: lnju.W ln bascbtdl, Plúladelphia, Oumpalgn, IL, 2000, Hum:an Klncdcs.
1998. Uppíncotl·R:l\'Cn, NorthripJW, Logan GA, McKinn<.'Y WC: ArwlyslsojS{X»f m«lori:
Boohcr JM. TI\í~u GA: Atbletlc 1'1}111')' assessmetll, cd 4. a1u1101111c muJ blomcclxmlc fJ"rS{J<lf:1ú'l!S, ed 3. New York, 1963.
Ouhuquc, IA, 2000, Mc:Cr:1w-Hill. Mc:Cr:lw· HiU.
Ellcnbcckcr TS, Davics GJ: Closed Jd11etlc cbal11 e:<t!f'Clse: a Powe~ SK, Howley ET: EJoerrlse /)b):slolOH>• tbcory atul appllcmlott
comprelxmsl1.111 gullúi to nmltipl&-jollll ""'"'úe, Champcai81', IL, tofitr~ andper/ormo11t:t1, ed 5, New York, 20C>I. Mc:(;raw-HIU.
2001, Hum:an Klndla.. Smilh LK. Weiss EL, l.chmkuhl ID: Bn11msJrom ~ dl11kol Jd11csiology,
f1cck SJ. PeriOdlzed >etel\J!fh tr:1ining: • mtic:il revi<.-.w,
Strfmgtb 01111 Co1uJmo11i1!g llt'S<'>arcb, 13(1) ~. 1999.
'°"""'' of <'<i S, PhUadclpbia. 19'>6. 0.vi.s.
S1ein<llcr A! Kl11CSloiogyoftbc b11mo11 body, Springl'lcld, U., 1970,
GdsiCf P: Klne:<lology c:X lhe full gol[ swtng-lmplbllons for Charles e l'hom:u.
lntm'enllon •nd n:lnbllit:uioo. !ipotrJMt!tlldrw l.lJ<lat<t 11:9, s2, 1996.
Capítulo
rticulação do quadril e
cíngulo do tnetnbro inferior
Objetivos
• Identificar em uma pessoa ou em um esqueleto humano caracteraLicas S<:lecionadas da articulação do
quadril e do érngulo do membro inferior

• Classificar no diagrama de esqueleto as caracteristicas selecionadas da articulação do quadril e do cíngulo


do membro inferior

• Desenhar em um diagrama de esqueleto os músculos individuais da atticulaçào do quadril e do cingulo


do membro inferior
• Demonstrar em unla pessoa todos os n10viJneotos da articulação do quadril e do clngulo do membro
inferior e citar seus respectivos planos e eixos de movimento
• Palpar em uma pessoa os músculos da articulação do quadril e do cíngulo do membro inferior

• Listar e organizar os músculos prúnários que produzem movinlento na articulação do quadril e no


cíngulo do membro inferior, citando seus antagonistaS

quadril, ou articulação femoral acetabular, é uma beça, em direção ao trocantcr maior e, então, move-se
O articulação relarivamente esrável em vittude de
sua arquitetura óssea, <.'Om ligamentos fortes e múscu-
para o ângulo dorsal em direção à linha nlediana
quando dá origem, inferiormente, ao osso proximal do
los grandes, dotados de grande capacidade de susten- joelho. É o osso mais longo do corpo. O cíngulo do
tação. Arua na descarga de peso e na locomoção, que 1nembro inferior é composto pelo.s ossos pélvicos di-
é significativamente favorecida por sua extensa ampli- reito e esquerdo unidos posterioanente pelo sacro, que
cude de movimento, conferindo a ela capacidade de pode ser considerado uma extensão da coluna verte-
correr, dar passos cruzados ou lacerais, S.'thar e realizar bral, com cinco v6rtcbras fundidas. Estendendo-se infe-
muitas outras alterações direcionais. riormente cm relação ao sacro está o cóccix. O osso
pt:lvico é constituído de tres ossos: ílio, ísquio e púbis.
No nasciniento e durante a fase de crescimento e de-
Ossos (Figuras 9.1 a 9.3)
senvolvimento, eles são três OSS05 distintos. Na idade
A articulação do quadril é uina articulação do tipo adulta, fundem-se, formando um osso pélvico único.
bola-e.soquece formada pela cabeça do femur conec- O osso pélvico pode ser dividido, grosso 111()(/0,
tada ao acclábulo do cíngulo do membro inferior. O em três áreas, começando pelo acetábulo:
ffirnur se projeca de modo lateral pal"'.t fora da sua ca- Dois quintos superiores • ílio
221
222 '! mui J. r1pc~• '''>RI ·.-11 ar:'

Dois quintos posteriores e inferiores • isquio logo abaixo da crb"tl ilíac-.i. Posteriormente, o glúteo
Quinto anterior e inferior • púbis máltimo origina-se na crista ilíaca posterior bem como
No esrudo dos músculos do quadril e da coxa é in- no sacro posterior e no cóccix. No sentido posteroinfe-
teressante destacar o papel central das principais refe- rior, a tuberosidade isqui.1tica serve con10 um ponto de
rencias ósseas como pontos de fixaç::lo fundamentais origem para os músculos isqulotibials, que estendem o
dos músculos. A pelve anrcrior ajuda a fomcccr pontos quadril. Medialmcntc, o p\Jbis e seu ramo inferior ser-
de origem para os músculos geralmente envolvidos na vem como ponto de origem para os adutores do qua-
flexão do quadril. Es~camente, o tensor da fáscia dril, os quais incluem os adutores magno, longo e curto,
lata origina-se da crista ilíaca anterior; o sanório, da es- o pectíneo e o grácil.
pinha ilíaca anterossuperior e o reto femoral, da espi· De modo geral, a coxa proximal serve como ponto
nha ilíaca anreroinferior. Lateralmente, os glúteos médio de inserção para alguns m\Jsculos curtos do quadril
e mínimo, os quais abduzem o quadril, originam-se e como origem para três dos extensores do joelho.

Cristo ilíaca

Sacro
Bo1<1 do socro
Arfic:uloçõos
socioilíocos
llio

Unho~neo

Cabeço femoral ---+--i


Tracontor molof ---+~

Unho
lntomaconréríco
Trocontef menor Púbis
Tuborosldodo isquló~co
Rama púbico Inferior
Fêmur --+--~ foquio Sínfise púbico
Cri$10 púbico

Ramo púbico supe<ior

Tubérculo adutor

Epicôndilo lotorol

,_,1------ Cóndilo mediei do tlbia

Tuborosidade do h'bio

Tlbio
FIGURA 9.1 • Fêmur e pelve, lado direito, vista anterior.
Capítulo 9 \rt1 11:< <'d•> . '·''lnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 223

Espinho ilíoco p<»lerossuperior


,,..-'"""'::----r-- Crislo ilioco

f
Sacro -.....:~----+....:;;..
Espinho llroco __:'.}---7'-~ )~L.-./-'..---\-- maior
lncisuro isquiólico
posleroinferior lncisuro isquióttco
1pinho isquiótlco ----+--- menor
...-4'~ Troconler moior

fsquio -----T Cristo


inlerlroconl.Srico
Tuberosidode ----~...,,.
isquiótico Troconter
Linho peclineo menor
lóbio mediei Tubetosldode
Unho óspero 1lóbio lolerol glúteo

Espinho ilíoco
poslerossuperior

--'---'---Fêmur
Espinho ilíoco Tubérculo
on1e<oinleri0t adutor
Espinho ilioco / C&dilo medial
posleroinlerior / do Fêmur
Espinho
lncisuro isquiótico _.,.--- ilíoco
_ljl--1--- Cõndilo lolerol
onteros.s.uperior
do fêmur
Espinho ~ -14- Acelóbulo
isquiólico j Cõndilo
lotorol do líbio
Forama --,-'---:::;--~::
obturado Cõndflo
mediei do líbio
Tuberosidode
isqulótico - ~ft-:\-~r---Trbio
Ffbulo

FIGURA 9.3 • Pelve e fêmur, lado direito, visra


FIGURA 9.2 • Osso p<:lvico direito, vista lateral. pôSterior.

De grande destaque, o crocanter maior é o ponto de in- dril está sobre a ubia proximal ou libula. O sanório, o
serção para todos os rnúsculos do glúteo e a maioria cios grácil e o scmi1endíneo inserem-se na superficie ante-
seis rotadores externos profundos. Apesar de não ser romedial superior da h'bia imediatamente inferior ao
palpável, o troc:uuer menor seive como uma referência côndilo m.e<lial e depois Cl'\17,ando o joelho de modo
óssea sobre a qual o iliopsoas se insere. Anccriom1cntc, po&eron1edial. O scmimen1branácco localiza-se no
os t:res músculos vastos laterais do quadriccps fernoral sentido posteromedial, sobre o côndilo medial da tíbia.
originam~ pmximalmente. Po:.1eriormente, a linha ás- Lateralmente, o biceps fen1oral insere-se primariatnente
pera serve como inserção cios adutorcs do quadril. sobre a cabeça da libula, con1 algumas fibras fixan-
Disralmente, a patela serve como a maior referência dcrse sobre o côndilo lateral da úbia. No sentido ante-
óssea na qual se inserem todos os quatro músculoo do rolateral, o cubérculo de Gerdy fornece um ponto de
quadriceps femoral. O restante dos músculos do qua- ínserç-lo para o trato iliotlbial do tensor da fáscia lata.
224 M mo 11 J..· cm<."ilo!og!a c.-stn1111ral

Articulações (figuras 9.1 a 9.5) tura óssea da articulação do quadril confere a ele
grande estabilidade, contribuindo para que essa região
Na área anterior, os ossos pélvicos são unidos, for- sofra relativamente poucas sublu.xações e luxações.
mando a sínflSe p6bica, uma articulação anfiartrodial. A artlculação do quadril é classificada como enanro-
Na ãrea poslerior, o sacro se localiza entre os dois ossos dial e formacfa pela cabeça fen1oral inserida no soquete
pélvicos e fonna as articulações sacroilíacas. Fones liga- constiruído pelo acetábulo da pelve, sendo reforçada,
mentos unem esses ossos, dando origem a aniculaçôes sobretudo anterionnente, por uma cápsula ligamentar
rígidas, mas dooidas de leve mobilidade. São ossos extremamente fone e densa, ilustrada nas Figuras. 9.4 e
grandes e pesados, em sua maioria, recobertos por 9.5. Anterionncnte, o ligamento iliofcmoral, ou Y, im-
múso.llos espes.500 e também pesados. Nessas anicula- pede a hJperexten.sào do quadril. O ligamento redondo
ções, podem ocorrer movimentoo oscilatórios rrúnimos, liga um nível profundo do acetábulo a uma depressão
con10, por exen1plo, quando andamos ou flexJonamoo na cabeça do fêmur, lin1itando levemente a adução. O
o quadril em dedíbico dorsal. Enireranto, os movimen- ligamento pubofen1oral localiza-se anteromedial e infe-
tos dessa região, em geral, envolvem todo o cíngulo do riormente, e limita a extensão e a abdução excessiv-.is.
membro Werior e as articulações do quadril. Quando Posterioro1ente, o ligamento triangular isquiofemoral
andamos, ocorrem flexão e extensão do quadril com estende-se do ísquio, abaixo dele, até a f05.53 croc:anté-
rotação do ângulo do membro Wcrior, para a frcnle na ric-.i do f~ur e limita a rotação medi.'ll.
flexão e para lr".is na extensão do quadril. No trote e na Em virtude de díferenças individuais, hA um certo
corrida são gerados movimentos mais rápidos e de desacordo a respeito da exata amplitude de movimento
maior amplitude. po.<»ível na aniculaçâo do quadril, mas seus valores
1\s habilidades esportivas, como chutar uma bola, costumam ser de Oa l 3CP de fexào, Oa 3CP de CÃ1.ensào,
são oulJ'OS bons exemplos de movimentos pélvicoo e O a 3511 de abdução, Oa 3CP de aduçào, Oa 45° de l'Ola-
do quadril. A l'Olação pélvica ajuda a aumentar o con1- ção medial e Oa 5()ll de rotação lateral (Fig. 9.6).
primenro da passada na corrida e, no chute, pode re- O éingulo do membro inferior n1ove-se para trás e
sultar em maior amplitude de movimento, traduzida para a frente dentro de crês planos, totalizando seis
por maior alcance ou maior velocidade do chute. rnovin1cntos diferentes. Para evitar confusão, é in1-
Com exceç-.lo da articulação glenoumeral , o quadril pon:ante analisar a atividade do cíngulo do membro
é uma das articulações mais móveis do corpo, c:im inferior, a fun de determinar a loc-.illzação exata do
grande parte por causa de sua configuração mu ltiaxiaJ. movimento. Toda a rotação do cíngulo do membro
Diferentemente da articulação glenoumeral, a arquite- inferior resulta, na verdade, de movimento em um ou

Ligamento
iliofemorol

Zona
orbic.ilor

ligomenlo Ugomento
pubolemorol isquiofemorol

FIGURA 9.4 • Articulação direita do quadril, FTG URA 9.5 • Articulaç.lo direita do quadril,
ligamentos anteriores. Ligamentos posteriores.
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 225

120' _ _ _

FlfXÃO

30'ou- 30'ou_,.,.

EXTENSÃO

90" 90'
e
415•
O'
~tro

Al\OUÇÃO

Deaibito ....,trai Decúbito dorsol

Nwtro Ne<itto
O' O'

O'
Noutro
9<1' -'t'~tJ-9<1' 9<1'- --.......-
ROTAÇÃO

FIGURA 9.6 • Movimentação ativa cio quadril. A, A Oexão é mensurada em graus na posição de decúbilo dorsal.
O joelho pode ser estenclido ou flexionado; B, Extensão ou hipere.,-tens;io é normalmente mensurada com o
joelho es1endido; C, Abdução pode ser n1edida ein decúbito dorsal ou la1eral; a adução ê melhor mensurada com
o atleta em decúbito dorsal; D, AS rotações medial e lateral podem ser avaliadas em decúbito dor.>al ou ventral.

mais desses locais: quadril direito, quadril esquerdo e 1eral, ou frontal. As rotações transversas para a direita
parte lon1bar da coluna vertebral. En1bora não seja (sentido horário) e para a esquerda (sentido anti-ho-
essencial que o movin1ento ocorra em todas essas rário) ocorrem no plano horizontal ou transverso de
três áreas, ele deve ocorrer cn1 pelo menos uma para movimento.
que a pelve gire em qualquer direção. A Tabela 9.1 Flexão do quadril: movimento anterior do fêmur de
apresenta os movlmentos dos quadris e da pane lom- qualquer ponto no plano S.'lgital em direção à pelve.
bar da coluna vertebral que muiias vezes acompa- Extensão do quadril: movimento posterior do fêmur
nham a rotação do cíngulo do membro inferior. de qualquer ponto no plano sagital, afastando-se da
pelve; chamado, às vezes, de hiperextensào.
Movimentos (Figuras 9.7 e 9.8) Abdução do quadril: movimento lateral do fêmur no
As rotações pélvicas anteriores e posteriores ocor- plano frontal, afastando-se da linha mediana.
rem no plano sagital, ou anteroposterior, mas as rota- Adução do quadril: movlmento medial do filinur no
ções laterais direita e esquerda ocorrem no plano la- plano frontal cm direção à linha mediana.
TABELA 9.1 • Movimentos que acompanham rotações pélvicas
t.fovimento da parte Movimento do quadril Movimento do quadril
Rotação pélvica
lombar da coluna vertebral direito esquerdo
ROfaçào anterior Extens.'lo Flexão Flexão
Rotação post(.'tior Flexão F.xtcnsilo EX1ensolo

Rotação lateral direita Flexão lateral esquerda Abdução Adução


Rotaç-"30 latcra.l esquerda Flexão hncr.il direita Aduçâo Abdução
Rot:tçào transvel"S:l direila Rot.~çào lateral esque.rda Rotaç.lo n1edial Rotação lateral
Rocaç:lo transversa esquerda Rotação lateral dlrelta Rotação la1eral Rotação medial

Flexão Exten><io Abdução Aduçõo


A 8 e D

Rotação lolerol Rotação medíol Abdução diogonol Aduçõo diogonol


E F G H

FIGURA 9.7 • Movimentos do quadril.


Capítulo 9 An1 11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor ZZ7

RolOÇõo pélvico Rotoçõo pélvico ROIOÇõo pélvico lateral $$querdo Rotoçõo pélvico
anterior posterior e lrOB$V81SO direito
A B D

FIGURA 9.8 • Movimentos do cíngulo do membro inferior.

Rotação lateral do quadri1: movimento lateral girató- Rotação pélvica lateral direlta: movi.mento inferior,
rio do ffimur no plano 1r.1nsverso em torno de seu no plano fronlal, da pelve direita em relação à pelve
eixo longitudinal, afasiando-se da linha mediana; ro- esquerda; ou a pelve direita gira para baixo ou a
iação lateral. esquerda gira para cima; inclinação lacera! direita;
Rotação medJa1 do quadril: movimento nledíal gira- realizada por uma alxlução do quadril direito, adu-
tório do ffirnur no plano transverso cm tomo de seu ção do quadril esquerdo e/ou flexão lombar lateral
eixo longitudinal, em direção à linha mediana; rota- esquerda.
ção medial. Rotação pélvica transversa esquerda: no plano
Abdução diagonal do quadril: movimento do fêmur horizontal, movimento rotatório da pelve para o
em um plano diagonal, afastando-se da linha me- lado esquerdo do corpo; a crista ilíaca direita move-
se anteriormente em relação à crista ilíaca esquerda,
diana do corpo.
que se move posteriormente; realizada por uma ro-
Adoção diagonal do quadril: movimento do fêmur tação lateral do quadril dircico, rotação medial do
em um plano diagonal em direção à linha mediana quadril esquerdo e/ou rotação lomlYar direita.
do corpo.
Rotação pêlvica transversa direita: no pl:ino hori-
Rotação pélvica anterior: movimento anterior da zontal, movimento rotatório da pelve para o lado
pelve superior; a crista ilíaca inclina-se para a frente direito do corpo; a crista ilíaca esquerda move-se
em un1 plano sagital; inclinação anterior; realizada anreriormente em rela~'ào à crista ilíaca direita, que
por uma flexão cio quadril e/ou extensão lombar. se move posteriormente; reali:t.ada por uma rotação
Rotação pélvica posterior: movimento posterior da lateral do quadril esquerdo, rotação medial do qua-
pelve superior; a crista ilíaca inclina-se para ir~.s em dril direito e/ou rotação lombar esquerda.
um plano sagilal; inclinação posterior; realizada por
uma extensão do quadril e/ou flexão lombar.
Músculos (Figuras 9.9 a 9.11)
Rotação pélvica lateral esquerda: movimento infe-
rior, no plano fronlal, da pelve esquerda em relação Na articulaç-J.o do quadril hã sete m(lsculos biarti-
ã pelve direiia; ou a pelve esquerda gira p-ara baixo culares que executam uma ação no quadril e outra
ou a direita gira para cima; inclinação lateral es- no joelho. Os n1úsculos realmente envolvidos na mo-
querda; realizada por uma alxlução do quadril es- vimentaç-J.o do quadril e do cíngulo do membro infe-
querdo, adução do quadril direito e/ou flexão lom- rior dependem amplamente da direç-J.o do movi-
bar lateral direita. mento e da posição do corpo em relação à Terra e às
228

forças gravitacionais. I! preciso lembrar também que seu tronco e sua pelve giram anteriormente, porém,
a pane do corpo que mais se move é a menos esta- quando ela se deita em supinação e contrai os flexo-
bilizada. Por exen1plo, quando a pessoa fica erera res do quadril, as coxas se moven1 para a frente, em
sobre os dois pés e contrai os flexores do quadril, flexão sobre a pelve estável.

Espinho ilíaco onhlrossuperior __.__.,, lliopsoos

Tensor do fóscio lolo

~,.;>4--f- Bíceps famoral


Reto lem0<al -t---1~--:- (cobeQo longo)

Troto iliotibiol
..........._ Sor16rio

Semimembronóceo -+,+-
Vasto lorerol -+.,- ~
l Vo1fo
-1-a-- medial ~-Bíceps lomorol
(QObeQo cur10)

Pareio f..
1!
''""° ""'" -tr-fl
fibulor longo

\
1
S6feo
E>densor longo \
dos dedos ~,..;.::...
e 1endões \
'
Retinóculo
\
do oxtens0<
n1
'
Tendão do ,
cokllneo
l ,
(
A 8

FIGURA 9.9 • A, Músculos superficiais da perna direita, superfície anterior; 8 , Músculos superficiais da
perna direita, superfície posterior.

Modificado de Anlhony CP, KollhoJT NJ: T<oclbook of artolonry une/pbyslology. 9' ro., St. Louis. 1975, Mo.by.
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 229

Reto lemoral Vasto medial

Va>IO lateral - - - ,

_..,.,,__ _ Septo
lnlennUlCUlor
f6mur - -1::-- -+-- - Adutor lõfl90
Lateral r:Pi'--- - - Adutor curto Medial
Grácil
Adutor mogno

Postwior

FIGURA 9.10 • Área de secç-.lo tranSVersa da coxa esquerda em uma secç-.lo medial.

Em outro exemplo, os músculos flexores do qua- Os principais músculos envolvidos são os extensores
dril são usados para movimentar as coxas em direção do quadril e do joelho em contração excêntrica.
ao O'Onco, mas os músculos extensores são usadoo ex-
cencricamente, quando a pelve e o tronco se moven1 Músculos da articulação do quadril e do cíngulo do
lentat11ente p-ara baixo, sobre o fêmur, e concentrica- n1en1bro inferior - localização
mente, quando o tronco (! elevado sobre o fêmur -
quando, (! claro, a pessoa fica cm pé. A localizaç-.lo do músculo determina em grande
Na fase descendente do exercício de flexão de joe- pane a ação muscular. Nessa área, são encontradoo
lhos, o movimento nos quadris e joelhos (: de flexão. 17 ou mais músculos (os seis rotadores externos s.'lo
230 M mo 11 J. r1pc 1• !<• ·.-11 or:'

contados como um só músculo). Gr.inde parte dos Locllização posterior


músculos da articulação do quadril e do cingulo do Sobretudo extensão do quadril
me1nbro inferior são grandes e fortes. Glúteo máximo
Localização anterior Bíceps femoraJ•1
Sobretudo flexão do quadril Semitendíneo.t
lliopsoas {ilíaco e psoas) Senlimembran.'Íceo•1
Peetíneo Rotadores externos (seis profundos)
Reto femor.il•1 t ocali7.ação medial
Sart6rio1 Sobretudo adução do quadril
Localização lateral Adutor curto
Sobretudo abduç"iio do quadril Adutor longo
Glúteo médio Adutor magno
Glúteo mínimo Grácil1
Rotadores externos
Tensor da fãscia lata1

• M~ bllortkul•res e •tões no jOelho ~ dis<:utklos no cap!n.olo 8.


t Múscul<><i biarticulares.

Comportimento anterior

Relo femoral Vasto interm6dio


Voslo loterol Vasto medial
Anlerior Sortório
Nervo poro o voslo mediol
Nervo soleno
Artéria femorol

P<»terior u.-- Veio femoral - - J


Voio soleno maior

~~:::::::::::~!~l====~ Adutor
>:: Veia femorol
longo profundo
Artéria femoral profundo
8íeéps femoral -4-l,.l..---:.;;:_:.;.:: Grõcil
(cabeço curto} Adutor curto
-~~~-- Adulor mogno
Comportimento 8keps femoral --~~~~:;;:. .A~_;.~::=;~
posl0tior (cabeço longa) ~~~~~~~~::::'.::><.. Nervo isqui6tico

' - - - - - - Semimembron6c;eo Seplos intermusculares Comportimento medial

FIGURA 9.11 • Secção u-ansversa da coxa medial esquerda, delalhando os compartimentos anterior, posterior
e medial.
Capítulo 9 -\rt1 11:< ''<ln ''"·"lnl •• c.111"11<1 dn nirmhrn t'lÍrrfnr 231

Identificação dos músculos Os músculos da pelve que agem sobre a anicula-


çào do quadril podem ser divididos em duas regiões:
Para desenvolver um conhecimento completo e ilíaca e glútea. A região ilíaca contém o músculo iliop-
prálico do sistema muscular, é essencial que os soas, que flexiona o quadril. O iliopsoas é, na verdade,
músculos individuais sejam entendidos. As Figuras constituído por três músculos diferentes: o ilíaco, o
9.9, 9. 10, 9.1 2, 9.13, 9.14 e 9.15 ilustram os grupos psoas maior e o psoas menor. Os dez n1úsculos da
musculares que trabalham em conjunto para pro- região glútea agem sobrerudo par.t estender e rodar o
duzir movimentos anicula.res. Ao visualizar os quadril. Localizados na região glútea esi.lo os glúteos
músculos nestas figuras, correlacione-os com a Ta- mâx:imo, m&lio e mínimo, o tensor da f;\scia lata e seis
bela 9.2. rotadores cx'ternos profundo.~ - o piriformc, os obtura-

~ :::
PSOOi moi0t - -- - -
llioco - --'--
Oblurodor --'---~­
il\to<no
-r .wxroespinal

0..0 pübico - -'-'- ~ Cocclgoo


1.eYanlodot do - - --'--
6nus (...:clonodo) 1 Glútea
m6ximo
Reto femoral - -- - -
(i.ec:cionado) _ _.;,:;.___ Ad.rlo<
Tensa<da-- mogno
lóxia lolo AdvlO< _ __;,__
longo
Vaw - -- -
ini.rn*lia R.io _L
lemotol
Vo>1a ---1- -----Aclvtat
lototal m09no A.d.- ---'~-'-'
mogno
,;;,,_......;,__ _ Adutor longo ;.......__ Somi"*1lbronóc:eo
(1«<ionado)
.;__ Semil6ndlneo
Vo>1a - - - li;..;,;.;.......:;;.;. - - -Grócil
medial
~-----Artéria. "9ia
V fom0<al

r ...:.- -Sanó<ia
(seccionado)

Potola - -- ...__ _ Cob.ç.a .-l'ICll


Patelo - - - -
J do gos.Jrocni<nlo

FIGURA 9.12 • Músculos da coxa e da região


pélvica anterior direita. FIGURA 9.13 • Músculos da coxa medial direita.
dores externo e interno, os gêmeos superior e inferior, tibiais consistem em bíceps femoral, semitendíneo e
e o quadrado femoral. semimembranáceo, estando localizados no compar-
A coxa é dividida em crês compartimentos pelo timento posterior. O compartimento medial contém
septo intermuscular (Fig. 9.11). O compani1nento os n1úsculos da coxa, que são os adutores curto,
anterior contém o reto femoral, os vastos medial, longo e magno, o pectlneo e o grácil, principais res-
intcm1êdio e larcral, e o sartório. Os músculos isquio- ponsáveis pela aduçào do quadril.

7 Glúleo mó>dmo
Glúteo m6ximo-- -
~Tensor do lôJCio loto
.___ Ten>0< do
lóJcio lo1a
·~ L _Sor1ó<io

Grócil - -t

Adu1or magno - -i-

- - +---Bando ilio1ibiol
Semitendineo - ""T"-
(ló seio)

Semi membranóceo _ _ _ Cabeça curto


-~- do btcei» femoral

----..,::>---- - Gostrocn6mio

FIGURA 9.14 • Músculos da coxa posterior direita. FIGURA 9.15 • Músculos da coxa lateral direita.
Cap ítulo 9 \rt1 11" < l 1 quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 233

TABELA 9.2 • Músculos agoniStas da articulação do quadril


Plano de
Músculo Origem lnserç:lo Aç-lo Palpação ine rvação
movimento
Flexão do quadril Sagital
Difidl ele palpar, profundo
Troc:mter Rot:1ção lateral
contra a pruecle abdontlnal
menor do do fêmur
Superficie po51erior; com o indivíduo
romur (! diá· ROlaç:lo p(:lvica
llíaoo interna sentado e inclinando-se li·
do ílio
6sc im'-dia- transversa comrala· Transverso geiramente à frente para re-
tamente teral quando o laxar oo músculos abclomi·
abaixo Rmur ipsilateral nais, palpar o poo:is maior
estã estabillzado profundamente <.'fltrc a aistt
Bordas We- ilfaca e a 12' eo&ela ao
riores do prcr Flexão do quadril Sagital redor da metade da dist1n·
Nervo
ces.~ erans- Troc:mter eia entre :1 espinha ilíaca an-
lombar e
verso (LJ-L5), menor do l~'llpcrior e o umbigo
femoral
lados dos ICmur e dm· Rotaç~o L1teral oom :1 Oexão ativa do qua·
do f'êtl1ur 0.2-IÃ)
corpos da úl- flSC imcdi:i- dril; palpar o rend:lo distal
tim.i vénebra tamente do iliop.~ sobre a face an-
Psoas
torácica abaixo terior do quadril menos de
maior e
(Tl2), das Psoas 4 cm abaL"o do c:cnu-o do li-
menor Rotação pêlvica
vênebras menor. Tr:1nsverso ~mento Inguinal com a ne-
lomlxires linha pectí· uan.wersa contraia- x:lo/extensâo ativa do qua-
(L1-L5), l'ibro- nea e emi- reralmente quando dril de um individuo ein
can.i lagens nênda ilio- o fêmur ipsifateral dedibiro dorsal, imecliaca-
intervene· peC!Jnea cS1á estabilizado menre lateral ao pectíneo e
brais e base medial ao sartório
do sacro
Flexão do quadril No sentido descendente, na
5
·e Espinha ilfaca f30C SlJpt."-
...- Reto
:1ntcroinfcrior riordo tcn- Ex1cnsilo do íoclho pane anterior da coxa, da
espinha ilíaca anteroinferior
Nervo
~ femoral
e sulco (pos- d:lo pat.ebr Sagital
à patela com flexão do qua-
remorai
terior) acima a l\lberosi· Rotação anterior
dril e extensão do joelho
(L2·1Ã)
do acetãbulo cbde da til)ia da pelve
resistidas
Fle.xão do quadril Locali7..ado no sentido pr<r
Flexão do joelho xinlal im(.-diatameote me-
Sagital dia! ao tensor da fáscia lata
Superficle Rotação anterior
Espinha ilíaca e lateral ao iliopsoas; pal-
an1erome· da pelve
anterossupe- pádo supcrl'icialmentc da
dial da Rotação lateral da Nervo
rior e dcprcs- espinha ilí:ica antcrossup<:-
Sattório tlbia, íme- coxa quando fie· femoral
s:io imediata-
cliacamente Tr:1nsverso rior ao côndilo medial d:t (1.2, 1..3)
mente abaL'<O xiona o quadril e tíbia durante a combinaç:lo
abaixo do o joelho
da coluna resistida da nexilo e da ro-
côndilo
tação lateral ou da abdução
Abduç-lo do qu:tdril Frontal do quadril e da flcx:.lo do
joelho em decúbito dorsal

Flexão do quadril Sagital Dmcil de distinguir de OU!tOS


Linha aci- adutoreS; face anterior do
F.spaço de
dentada <li· quadril, menos de 4 an
2,5 an sobre
rigindo-se, Adução do quadril Frontal abai'<o cio cenuo do liga-
a frente do Ncivo
para baixo, meruo inguinal; imediata·
Pectíneo púbis imedia- remorai
do trocan· mente lateral e ligeiramente
camcntc 0-2-IA)
ter menor à proximal ao adutoc longo e
acim.1 da Rotação lateral
crista
linha Traru.-ven;o m<ld.ial ao iliop5<xLS durante a
áspera do quadril flexão e adução de um índi-
vl<Juo en1 decúbito dorsal
(C0111'11tl(I)
li\BELA 9.2 (cont. ) • Músculos agonisras da articulação do quadril
Plano de
Músculo Origem Inserção Ação Palp:ição Inervação
1novimen10
Aduçào do quadril Frontal Proíundo ao adutor
Dois terços
Rotaç;io laicr:tl longo e superficial ao
À frente do inferiores d:i
quando aduz Transverso adutor m.1gno; muito di-
ramo p(lbico linha pectí-
o quadril ficil de ser palpado e de
inferior, ime- nea do Nervo
Adutor ser difcrcnci!1do do adu-
dia tamente fêmur e me- obturador
cuno tor longo, que é imedia-
abaixo d:i tadc sup<.'- (1.3, L-0
AuxiUa na Aexão ta1nente Inferior; a por-
origem do rior do lãbio Sagital
do quadril ç-Jo proximal é
adutor longo rnedial da
imediatamente lateral ao
linha áspera
adutor longo
Adução do quadril Frontal Músculo mais proemi-
nente proxlmalmente
Púbis ante-
Terço médio sobre a pane antcrome· Nervo
Adutor rior imediam-
da linha Auxili:i n:1 Acx.io do d ia! da coxa. imediata- obturador
longo mente abaixo Sagital
áspera quadril mente inferior ao osso (l..3. L-0
da Crista
púbico com adução
-.!'! rcsb1ida
i Compri-
Adução do quadril frontal face medíal da coxa Anterior:
~
Rotação lateral entre o grácil e a pane nervo
Toda a mar- mento total
quando o Transverso mc:.-dial dos músculos obturador
gemdo mmo da linha áS-
quadril aduz posteriores da coxa, da (U-L4)
Adutor púbico, is- pera, crista
tubcrosidade Lo;quiática Posterior:
magno quio e rube- condiloide
ao tubérculo adutor nervo
rosidade interno e
Extensão do quadril Sagital com a adução resistida isquiático
isquiátka tubérculo
a panir de um:i posição (IA, L5,
adutor
abduzkb S1-S3)

Aduçào do quadril Frontal Um tendão superficial


fino sobre a pane :inte-
~largem ante- Supetflcle
Flexão fraca do rom<.'Cli..'ll da coxa com a
romc.-dial do anterome· Nervo
joelho flerlo do joelho e a
Grácil ramo díal da tíbia Sagi1al obturador
Auxilia na ílexão adução resistida; ime-
descendente abaixo do (U-1.4)
do quadril diatamente posterior ao
do púbis côndilo
adutor longo e medial
Rotação n1edW
Transverso ao semitendíneo
do quadril
(co11/f1111a)
Cap ítulo 9 "'"' 11.1 <' I•> . '··•lnl • CJngulo do mcmhro 111fcrlor 235

TABELA 9.2 (cont.) • Músculos agonistas da articulação do quadril

Plano d e
Mlisculo Origem lnserç:lo Ação Palpação Inervação
movimento

Cabeça Flexão do joelho


Faoe poo:erolateral da Cabeça
longa: tu- Extensão do
CQX;I di:;taJ \;ÓITI :1 <.'Om- longa: nervo
herosidade quadril Sagital
binação de flexão de isquiático -
isquiática Roiaç-ao posterior
C1\>eç:I da joelho e l'CIClçào lacerai divisão tibial
Cabeça da pelve
libula e oontra resistência; ifnc..,. (Sl-53)
Bíceps curta: côndilo diatarnen1e disul à tu- Cabeça
femoral metade infe- RoL1ç.lo lateral
lateral da do quadril berosidade isquiáticl curta: nervo
rior da linha
tlbia em deálbito ventral isqulãtico -
ãspera e
Transverso com o quadril rodado clivis;lo fibu-
crlStll Rotação lateral mediaimente durante a lar (L5, Sl,
condiloide do joelho Ocxiio ativa do joelho 52)
lateral

Flexão do joelho
Face posterolateral da
Extensão do
coxa di.Slal corn :1 com-
quadril Sagital
Superficie binação de lle.'Cào de
anteromedi:il Rotação posterior joelho e roc1ção me-
da pelve Nervo
superior da dial contra resistência;
Semi- Tuberosidade isquiático -
u'bi:i Rotação medial imediatamente dlstal ã
tendlneo lsqu iá tica divisão tibial
imediata· do qu:idril rubernsidade isquiática
0.5, Sl, 52)
n1ente abai.~o em ded'JbilO ventral
do cõndilo Rotação medial Transverso com o <1uadril rodado
do joelho llcxio- medlalinente durante a
õ nado flcxilo ativa do joelho

-8
'fi
Flexão do joelho Cob<.'rto <.'rO grande
"' Extensão do parte por outros n1úscu·
quadril Sagital los, o tendão pode ser
Superfície Rotação posterior sentido na face po&ero- Nervo
posteromc.' - da pelve medi.'\l do joelho, ill'le- isquiãtico -
Semlmen1- Tuberosidade
dial do diat.'UTleflte profundo divisão
branáooo isquiática Rotação medial
cõndilo me- ao tendão do semi- tibial
dial da ubia do quadril tendioeo com a com- 0.5, Sl, 52)
Transverso binação de Rexílo de
Rotação medial
joelho e roc:tção medial
do joelho
corura resi.5tênda
Exlen.<;;io do Avança de fonna eles-
quadril a.-ndéntc e bt<.T.tl entre
Quano poste- Sagital a aism ilíaca po&erior
riotda oi.~ CriSt3 obliqua Rotação posterior superiormente, r&SSura
ilíaca, super- sobre a su- da pelve
anal mc..oclialmerue e
lide posterior perficie Romç-.lo lateral
Transverso ~ g!útea inferior- Nervo glúteo
Glúteo dosaaoe later-.i.1 do tro- do quadril
mente; enfatizada com inferior
rnáxímo doc6cdx canter 1naior Fibras superiores:
extens:1o do quadril, ro- 0.5, Sl, 52)
próximo ao e da bandlt auxiliam na ab- cação lateral e
ll.io e à f.1sda iliollbial da dução do quadril ahduçlo
da área íáscia lat.1 frontal
Fibras inferiore;~
lombar
auxil.tln1 na
adução do quadril
co11t11111a)
'fABELA 9.2 (cont.) • Músculos agonistas da articulação do quadril

Plano de
Músculo Origem inserção Ação Palpação Inervação
n1ovlmento
Abdução do
Fronral
auadril
Fibras anterio- Ugeir:unente à frente
res: rotação me- e poucos centímetros
dial do ouadril acima do troc:1nter
Superficies Transverso maior com a l!levaç:lo
Supcrficic Fibr.ls poc.'lcrio- Nervo
posterior e ativa da pelve oposta
Glúteo lacerai do ruo res: rooição lateral glúteo
medial do tro- cm uma posição
m<:dio imedi:n~1mente doqU3dril superior
canter maior estacioru1ria eo1 pê ou
abaixo da crista Fibras anterio- (LA, L5, Sl)
do fêmur com a abduç.lo mlva
res: nexão do quando em apoio
auadril latcr:tl sobre a pelve
SagJ!al
Fibras posterio- contralateral
res: c."tensào do
quadril
Abdução do Profundo ao gl6teo
Fronial
quadril
~ Superfide lateral
n1édlo; recobeno pelo
- Glúteo
~

~ do ílío, imedia·
Supemc:ie an·
terior do tro-
Rotação medial
do quadril
tensor da fásda lata
entre a crista ilíaca an-
Nervo
glúteo
tan1ente abaixo Transverso
mínimo t'llnter maior quando o fêmur terior c o troeantcr superior
da origem do
do fên1ur (! abdu~Jdo omior durante a (IA, L5, Sl)
glúteo m<:dio
Flexão do rotaç-Jo mcdW e a
Sagital abdução
quadril

Aumquano Abduç:io do
l'romal
do trajeto quadril
d~'fld<;1'1tC Flexão do
Aorerolateralmente,
Crista ilfaca an- entre a coxa e ouadril
Sagiral entre a crista ilíaca Nervo
Tensor terior e super· o rr:no illotiblal, Rotação anterior
anterior e o trocanter glúteo
da fãs- ficie do ílio que, por sua da pelve maior durante nexllo, superior
ci:l lai:i imedfatamente vez, insere-se (L4, L5, S I)
rotação medial e
abaixo da crista no tubérculo
Rotação nlCdial ntxlução
de Gcl"Cly do
do quadril en- Trnnsverso
côndilo antero-
quanto flexiona
lateral
(co11t11111a)
Capítulo 9 -\rt1 11.1 <' I•> . '··•lnl • CJngulo do mcmhro 111fcrlor Z37

TABELA 9.2 (cont.) • Músculos agonistas da articulação do quadril


l'laru:> de
Músculo Origem lnserçâo Açllo Palpação lnervaçào
movimento
Com a pessoa em dec:Clbito
ventral e o glúteo nWcimo
S.'lcro anterior,
relaxado, palpar profunda·
porções Face superior e ROlaç-lo
mente entre o trocanter 1° e ~ nervo,,
Pirifonnc posteriores do posterior do iro- lateral do Transverso
nniOt no ru.-pccto posreros- sacrais (S1, S2)
Lsquio e do fo- cantcr maior quadril
superior e o s:icro cn<1uanto
mmc oblurado
ro<b o fêmur dé form:i (XIS-
siv:i medial ou latcralmc.'1ltc
Com a pessoa em decúbito
ventral e o glúteo mildmo
Face posterior do relaxado, palpar profunda·
trocanter maior, ROlação mente entre o trocanter
Gêmeo Espinha Nervo sacral
imcdiaumente latcrdl do Tramverso maior no a.'pec10 postcros-
superior isqul:1tici (L5, SI , S2)
abaixo do quadril supcriOr e a espinha
piriformc isqu!Atica 1.:nquanto roda o
fêmur de forma passi•'3
m<.'<lial ou lateralmente
Com a pessoa em decúbilo
ventral e o glúteo mãximo
relaxado, p;1lpar profun<fa·
Face pos1crior do
Roração mente entre o trocanter Ramos do plexo
Gêmeo Tuberosidade trocanter maior
lateral do Transverso maior no aspecto posterior sacra!
Inferior isqui:1tica com o obrurddor
quadril e a tuberosldade isqulitlca (IA, L5, SI, S2)
interno
enquanto rod:I o fêmur
-8e; de fonna passlm medi.'ll
.2 ou latcr:ilmcnte
eQ,

..,g Com a pessoa cm decúbito


ventral e o gl(i(co mixlmo

-~ Obturador
relaxado, palpar profunda·
façe posterior do
Margem do HQl.'lçi\O mente entre o troc:intcr R.1mos do plexo
troc:intcr maior
foramc lateral do Transverso m:1ior no asix.-cto postcros· sacra!
lntemo com o gêmeo su-
obrurado quadril superiOr e o forame ob- (Vi, L5, Sl, S2)
perior
rurndo enquanto roda o
~mur de fonna passiva
me.odiai ou lateralmente

Com a ~ em decúbito
ventral e o glOtco m:1Jdrno
Face posterior do relaxado, palpar profunda·
t.tlrgem iníe- trocanier maior, Romçâo mente entre o trocanier Nervo
Obturador
rior do fordmc imc."<lia1amcntc l:ucrdl do Trdnsvcrso maior no ª''J>CCIO infere>- obturador
externo
ob<urndo aba iJ<o do ob- quadril posterior e o fornme ob- 0.3, IA)
turador interno turado enquanto roda o
mmur de fonna passl\'3
mcdlal ou lateralmente

Com a pesso:i em dcc6bito


ventral e o gl61co ~ximo
relaxado, palpar profunda·
Sulco intenro- Romção mente entre o trocanter Ramos do plexo
Quadrado Tuberosldade
cantl'fico lateral do Transverso nu.for no aspecto lnfcro- sacra!
remorai isquiãtic:::i
do fêmur quadril posterior e a 1uberosld1de (IÁ, L5, SI)
isquiãtiC3 cn<1uanto roda o
fêmur de forma passiv:i
m<.-dial ou lateralmente
238 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

Nervos tennédio, o vasto lateral, o pectíneo e o san6rio.


Também fornece sensação para a coxa ancerior e lace-
Os músculos do quadril e do cíngulo do membro rai e para a perna medial e o pé. O nervo obturador
inferior são todos inervados pelos plexos lo1nbar e (Fig. 9.19) começa na divisão ancerior do plexo lom-
sacral, conhecidos col etivamente co1no plexo lom- bar, fornecendo inervação para os aducores do qua-
bossacral. O plexo lombar (Fig. 9.16) é fonnado pelo dril, tais co1no os aducorcs curto, longo e magno, e o
C"'.uno anterior dos nervos espinais Ll a L4 e algum.as grácil, bem como para o obturador externo. O nervo
fibras de T12. O abdome inferior e as porções ante- obturador fornece sensaç-Jo para a coxa medial.
rior e medial do 1ncmbro inferior são inervados por Os nervos que se inicíam no plexo sacral e que
nervos que se iniciam no plexo lombar. O plexo sa- inervam os músculos do quadril são o glúteo !.'Up<.-'-
cra! (Fig. 9.17) ê fornlll<lo pelo ramo anterior de IA, rior, o glúteo inferior, o isquiático e ramos do plexo
LS e 51 atê 54. A parte lombar da coluna vertebral, a sacral. O nervo glúteo superior inicia em IA, l.S e 51
pelve, o perineo, a superfície poscerior da coxa e da para inervar os glúteos médio e mínin10 e o censor da
perna, as superfícies dorsal e planear do pé são iner- fáscia laca. O nervo glúceo inferior inicia em LS, 51 e
vados por nervos que se ínicíam no plexo sacra!. 52 para suprir o gJúceo máximo. Os ran1os do plexo
Os principais nervos que se iniciam no plexo lon1- sacral incrvan1 o piriforme (51, 52), o gêmeo superior
bar para inervar os músculos do quadril são os ner- (LS, SI, 52), o gên1eo inferior e o obturador incerno
vos femoral e obturador. O nervo femoral (Fig. 9.18) (L4, LS, 51, 52), e o quadrado femoral (L4, LS, Sl ).
cem início na divisão posterior do plexo lombar e O nervo iSquiático é cornpo&o pelos nervos tibial e
inerva os músculos anteriores da coxa, incluindo o fibular, os quais estão conjuncamence envolvidos por
iliopsoas, o reto femoral, o vasto medial, o vai.10 in- uma bainha de tecido conjuntivo até atingir cerca da

l1

Norvo ilio-hipog6slrico
l2
Nervo ilioinguinol

Nervo
genitofemOfol -----~
l3

Nervo cutôneo ---~,..,,


femorol loterol

Nervo
femoral
L5

• Rolies
Nervo
O Divi.ões anteriores sofeno
bo
O Divisões posteriores
Nervo
obturodor Tronco 1om ssocro1

l'IGURA 9.16 • O plexo lombar.


Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 239

l5

Sl
Nervo glúteo ----t~=:
superior

Nervo glúteo - -e:: S2


inferior

S3

Nervo isquiólico

Nervo femorol
culôneo posterior Col
Nervo pudendo
• Rolzc»
O Oivi5Õel ontori°'es
O Oivi5Ões postori°'es

FIGURA 9.17 • O plexo sacra!.

metade inferior da coxa poscerior. A divisão tibial do posrerolaceral da perna e para a face plantar do pê,
nervo isquíático (Fig. 9.20) inerva o semitendíneo, o enquanto a divisão tibular fornece sensação para a
scmímcmbranácco, o bíceps femoral (cabeça longa) e pane anterolateral da perna e para o dorso do pé. Esses
o adutor magno. O nervo isquiático fornece sensação dois nervos continuam descendo pelo membro infe-
para a pane anterolateral e poscerolateral da perna, rior, providenciando funções ITlOIOra e sensorial aos
bem como para a maior parte das faces dorsal e plantar músculos da perna, cujos detalhes serlo comenradoo
do pé. A divisão tibial fornece sensação para a parte nos Capítulos 10 e 11.
240 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

M. odu!or mogno--..:...~

FIGURA 9.18 • Dislribuição muscular e cutânea do FIGURA 9.19 • Dislribuiçilo muscular e cutânea do
nervo femora l. nervo obturador.
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 241

IA
15
Sl
S2
S3

.~~- Cabeço longo do


m. blceJ» Femoral

·-rl' 4 - M. semitendín(l()
b-#i..ó----~ M. semimembronóceo

..__ M. plonlcr
....,.J;;::::... M. 90$lrocnêmio

~ M. popliteo

f ~ M. sóleo
~-.:..-M. Rexor longo
do$ dedos
l1t :~-- M. tibial posterior

~-- M. Rcxor longo


do hóluic

Nem> plontor mediol - ....;...i-:


poro os múKulos
plantares Nem> plantar
lateral poro os
múKulos plantares

FIGURA 9.20 • Distribuição muscular e cutilnea do nervo tibial.

Músculo iliopsoas (Figura 9.21) Ação

Origem Flexão do quadril


Ilíaco: superfície interna do ílio Ro{ação la1eral do fêmur
Psoas maior e menor: bordas inferiores dos processos Rotação transversa da pelve contralateralmente quando
transversos (Ll-L5), lados dos corpos das últimas o fêmur ipsilateral está esiabilizado
vértebras torácicas (fl 2), vértebras lombares (Ll-L5),
fibrocartilagcns in1crvcn:ebrais e base do sacro

Inserção
llíaco e psoas maior: crocanter menor do fêmur e diá-
fL~e logo abaixo
Psoas menor: linha pectínea e eminência ilíopectínea
24 2 M

Palpação as pernas. Por essa razão, os problemas na parte infe-


rior do dorso são muitas vezes agravados por essa ati-
Dificil para palpar; profundo e posicionado contra a
vidade e em geral não são recomendadas elt.v.ições
parede abdominal posterior; com o indiV'iduo sen-
bilaterais de perna de 15 cm. Os abdominais s:lo os
tado e inclinando-se ligeiramente para a frenre re-
músculos que podem ser usados para prevenir proble-
laxando os músculos abdominais, palpar o psoos
mas na parte inferior do dorso, pois fuzem força para
maior profundamente entre a crista ilíaca e a 1:za
cima, oa frente da pelve, achatando assim o dorso. A
costela ao redor da met:tde do caminho enrre a
elevação de perna é sobretudo uma ílcxào do quadril,
espinha ilíaca antcrossuperior e o umbigo, com a
não uma ação abdominal e o dor..o pode ser lesio-
ílcxão ativa do quadril; palpar o tendão disral do
nado por exercícios de elevaç;lo de pernas muito in-
iliopsoas sobre a face anterior do quadril aproxi-
tensos e prolongados. O iliopsoos contrai-se com força,
madamente 4 cm abaixo do centro do ligamento
tanto de fonna concêntrica quanto excêntrica, em a().
inguinal com a ílcxão/cXlcnsão ativa do quadril de
dominais, em panicular se o quadril não estiver ílexio-
um indivíduo cm decúbito dol'S31, imediatamente
nado. Quanto mais flexionados e/ou ahduz.idos o.s qua-
lateral ao pectíneo e medial ao sanório
dris estiverem, menos o iliopsoas ser:\ ativado com os
Inervação exercícios de fortalecimento do abdome.
O iliopsoas pode ser exercitado sustentando-se os
Nervo lombar e nervo fe1noral (U-Vf) braços em uma barra de mergulho ou entre barras
paralelas e ílexionando-sc então os quadris para le-
Aplicação, fo rtalecime nto e íle.xlbUldad c vantar as pernas. De início, Isso pode ser feito com
o iliopsoas é co1numcntc citado como se fosse os joelhos ílexionados en1 uma posiç-lo grup::tda,
um músculo único, mas, na verdade, co1npõc-sc do para diminuir a resistência. Quando o músculo se
ilíaco, do psoas 1naior e do psoas menor. Alguns tex- torna ma1s desenvolvido, os joelhos podem ser es-
tos de anatomia fazem essa distinção e cicam cada tendidos, o que aumenta o comprimento do braço de
músculo indivlduahncntc. resistência e, em consequência, a resisrência. Esse
O músculo iliopsoas é muito fone cm ações como conceiro de aun1cntar ou din1inuir a resistência pela
levantar as pernas do solo quando em decúbito dor- modificaç-Jo do braço de resistência ê explicado me-
sal. A origem do psoos maior na parte inferior do lhor 00 capítulo 3.
dorso tende a movê-las anteriormente ou, cm decú- Para alongar o iliopsoos, que com frequência se
bito dorsal , a pux:ã-las para cima enquanto levantamos 1oma rígido com o excesso de exercícios abdominais

MúJCUlo ./-~~~i
ilíaco O, superlíeie lnlema -l'-11-
do ilio (ilíaco)

tr--->....-r<-- 1, Unha pectíneo


e eminência
1, Trocanter menor do iliopecilneo
jflexao
Rotoçõo loleral fêmur e diófi$9 .;.._+..<'? (pJOOs menor)
imediatamente abaixo
'----.) (illoco e psoos moíor)

FIGURA 9 21 • ~·lúscu lo iliopsoas, vista anterior. O, origem; T, inserç;lo.


Capítulo 9 -\rt1 11.1 ''d' .'.··lnl •ni:ulo do mcmhro 111fcrlor 243

com as pernas retas, os quais contribuem para incli- Abdução do quadril


nação anterior da pelve, o quadril deve ser estendido R0tação pélvica anterior
para que o fêmur fique acrás do plano do corpo. E,
para isolar un' pouco esse n'Osculo, a flexão total do
joelho deve ser evitada. Pode ser aplicado un' alon-
gamento a mais pela rotação 1ncdial do quadril en-
quanto ele é estendido.

Músculo sartório (Figura 9,22) Palpação


Origem Locllizado proxin1almente, imediatamente medial ao
tensor da fásd."I lata e lateral ao iliopsoas; palpado su-
Espinha ilíaca anterossupcrior e incisura logo abaíxo perficialmente desde a espinha ilíaca anteros&1perior
da espinha ilíaca até o côndllo medial da tíbia durante a combinação
resistida da flexão, da rotação lateral ou da abdução
Inserção do quadril com a fl..:xão do joelho em decúbito dorsal
Superficie anteromedial da tíbia imediatamente abaixo
docôndilo Inervação
Nervo femoral (l.2-L3)
Ação
Flexão do quadril Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Flexão do joelho Quando a espinha ilíaca antcrossupcrior e a inci-
R0tação lateral da coxa, enquanto flexiona o quadril e sura logo abaixo dela são lr.lcionadas, a tendência do
o joelho <."Orpo, mais uma vez, é de inclinar a pelve anterior-

flexõo O, Espinho llioco


do quodril onteros.s.uperior e

v lnciwro imodiolomenle
oboixo do &•pinho
ilíaco
ROIOÇÕO
lote~

M. sor16rio - - - - , . . .

Flexão do joelho
v
I, C6ndilo
onteromodiol

'
FIGURA 9.22 • Músculo sanório, vista anterior. O, origem; !, inserção.
do tlbio
244
mente (p-.ira baixo, na frente) com contração do sanó- los<:rção
rio. Os músculos abdominais precisam impedir essa
Face superior da pareia e tendão patelar até a rubero-
tendência e o fazem girando posreriorn1enre a pelve
sidade da u'bia
(puxando-a para cilna, na frente), achatando a$im a
pane inferior do dorso. Ação
o sartório, um músculo biarticular, é efetivo como
flexão do quadril
flexor do quadril e do joelho, mas é fraco quando as
duas açõ;;:s ocorrem ao mesmo tempo. Observe que, Extensão do joelho
quando centamos cruzar os joelhos na posição sen- Rotação anterior da pelve
tada, nonnalmente nos inclinamos para trás, elevando
assim a origem do músculo de modo a alongã-lo,
tomando-o mais efetivo na flexão e no cruzamento
dos joelhos. Com os joelhos niantidos estendidos, o '
sartório se toma um flexor n1aís efetivo do quadril. É ·!. J
o músculo mais longo do corpo e é fortalecido com
a prática de atividades de flexão do quadril, co1no as Palpação
descritas para desenvolver o iliopsoas. O alonga- Descendente na pane anterior da coxa, desde a espi-
mento pode ser feito por um parceiro, que leva pas-
nha ilíaca anteroinferior até a patela com a flexão do
sivamente o quadril até a extensão, a adução e a ro-
quadriVexreosão do joelho resistida
tação medial extren1as com o joelho estendido.
Inervação
Músculo reto femoral (Figura 9.23) Nervo fen1oral (L2-IA)

Origem Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


Espinha ilíaca anteroinferior do ílio e sulco (po.5terior) Quando a espinha ilíaca anteroinferior do ílio é
acinUJ do acetábulo tracionada, o músculo reto femoral possui a mesma

Flexõo cio
quadril O, Espinho ilioco
onteroinferior
l,, O, Sulco (pc»1etiof}
oçimo do
oc:elóbulo

_ ___.._ M. rato femoral

,(lt~1-r7 1, foc:e •uperior do


Exleniõo do joelho potelo e tendão
l,, pololor 016 o
tubarosídoda do tíbio

FIGURA 9.23 • t.10sculo reco feLnoral, vista anterior. O, Origem; l, Inserção.


Capítulo 9 \rt1 11" < 1 . ' •lnl • •n . 11 • <!~ n ..,..,, .,~ rfn

tendência a girar anteriormente ã pelve (para baixo O reto femoral é mais bem alongado em decúbito
na frente e para cima no dorso). Só os músculos ab- lacerai com o auxílio de um parceiro pela flexão com-
domjnais poden1 impedir que isso ocorra. Quando se pleta do joelho, cnquanco o quadril estiver esten-
fala do grupo flexor do quadril de modo ge.ral, con- dido.
vém lembrar que muitas pessoas, ã medida que en-
velhecem, ficam com a pelve pennanenremente in-
clinada para a frente. A parede abdominal relaxada
Músculo tensor da fáscia lata (Figura 9.2-0
não segura a pelve para cima, o que rcsulca ern uma
Origem
curvatura lombar acentuada.
De modo geral, a capacidade do músculo de C!Xet· Crista ilíaca anterior e superficie do ílio logo abaixo da
cer força diminui quando ele se encurta, o que ex- crista
plica o nioiivo de o niúsculo reto fen1oral :>er um
extensor forte do joelho quando o quadril está esten- Inserção
dido, mas fraco quando o quadril está flexionado. A um quarto do uajeto descendente entre a coxa e o
Este músculo, assim como o grupo do vasto, é exer- trato iliotibial que, por sua vez, insere-se no tubér·
citado cm corridas e saltos. Nesses rnovimcntos, os culo de Gerdy do côndilo anterolateral da tíbia
quadris são fortemente estendidos pelo glúteo má-
ximo e pelos músculos isquiolibiais, que contraba- Ação
lançam a tendência do reco femoral de ílexionar o
quadril enquanto estende o joelho. O reto fernoral Abdução do quadril
pode ser lembrado como um dos niúsculos do grupo Flexão do quadril
do quadríceps femoral e é desenvolvido por meio de Tendência a girar o quadril mediaimente quando ele
exercícios de flexão do quadril ou de extensão do se llexiona
joelho contra a oposição de resistência manual. &ota9\o pélvica anterior

o. ublo ilíaco onterior -+-4·'.,\


,r
o su perf!cio do llio '
Flexão imedioJamenle
do quodril abaíxo do cri$1o

\j
M. lell$0r do -f--
lóKio loto

.......__.
Abdução
do quodril

1, A um quorto do trajeto --~4:~;;;~


entre o coxo e o lrato
iliotibiol, que, por suo vez.•
insere-se no lubérculo de
Gerdy do cõndllo
onlerolaterol do trbio

FIGURA 9.24 • Músculo tensor da fãscia lata, vista anterior. O, Origem; 1, Inserção.
246 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

O tensor da fásci<1 lata pode ser desenvolvido por


meio de exercícios de abduç-Jo do quadril contra a
gravidade e oposição de resistência em dec(1bito late-
ral. Para isso, basta abduzi r o quadril que está do
lado de cima e então abaixá-lo de volta lentamente
para repousar contra a ouc:ra perna. Para alongá-lo, <!
Palpação preciso ficar de lado e pedir ao parceiro que mova
Anterolateralmenre entre a crista iliaca anterior e o passivamente o quadril do lado de baixo em exten-
lI'OCanter maior durante flexão, rotação medial e são completa, adução e rotação lateral.
abdução
Músculo glúteo máximo (Figura 9.25)
Inervação
Nervo glúteo superior (L4-L5, S1) Origem
PrimeirO quarto postl!Iior da crista ilíaca, superfície
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade posterior do sacro e c6ccix próximo ao ílio e à fáscia
O músculo tensor da fáscia lata ajuda a impedir a da área lombar
rotação lateral do quadril quando é flexionado por
outros músculos flexores. Inserção
É usado quando ocorrem flexão e rotação medial. Crista oblíqua na superficie lateral do trocanter maior
Trata-se de um movimento fraco, mas irnportantc e banda iliotlbial da fáscia lata
para auxilíar a direcionítr a perna para a frente, para
que o pé seja posicionado na frente do corpo ao Ação
andar e correr. Assim, ele entra em ação quando, a
partir de decúbito dor.;al, levanta-se a perna con1 ro-
E.nensào do quadril
tação medial definida do fêmur. Rotação lateral do quadril

r::+.-11-!i~- M. glúteo
máximo

- 1 - 1, Crillo obliquo no
O, G..otlo po>lerio< cio 1<1por&io lotorol cio
cristo ilfoco. Jupotflcio 1rocon1et moio< o bondo
po~iof cio SOQ'O e do íliollbíol do lóscio loto
cócxix ptóximo oo ílio
e à f6scio do 6reo lombar

) ExteMão
J
) Roioçõo
. , . _ / lote<ol

FIGURA 9.25 • Músculo glúteo máximo, vista posterior. O, Origern; /, Inserção.


Capítulo 9 \rt1 11" o do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 247

Fibras superiores: auxiliam na abdução do quadril Ação


Fibras inferiores: auxiliam na aduç-Jo do quadril
Abdu~"ào do quadril
Rot.'lção posterior ela pelve
Fibras anteriores: rotação medial e flex;'lo do quadril
l'Ibras posteriores: rotação lateral e extensão do quadril

,.,.._~ .T

Palpação \'
Corre de fonna descendente e lateral desde a crista
Palpação
ilíaca posterior s uperiormente, fissura a n al me-
diaimente e prega glútea inferiormence, enfati- Ligeiramente à frente e alguns cent1metros acima do
zado com extensão do q uadril, rotaç;lo lateral e trocanter maior, com elevação ativa da pelve oposta
abdução desde uma posiç-Jo e n1 pé ou com abdução ativa
quando deitado de lado sobre a pelve contralateral
lnervação
Inervação
'ervo glúteo inferior (LS, S1-S2)
Nervo glúteo superior OA-L5, Sl)
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
O n1úsculo glCiteo máximo entra em ação quando Aplicação, fo rtalecimento e flexibilidade
o movimento entre a pelve e o fên1ur aproxima-se A ação típica dos glúteos mêdio e mínimo se dá
de 15º de extensão ou ulcrapassa esse ângulo. Por durante a marcha. Quando o peso do corpo e sus-
isso, não e usado e xtensivamente na mitrcha. É im- penso em uma perna, esses n1úsculos impedem a pelve
portante na extensão da coxa com rotaç-lo lateral. oposta de desabar. Fraqueza nesses glúteos pode re-
A ação forte do g lúteo máximo ê vista quando sultar na marcha de Trendelenburg, e m que a pelve
corremos e salta.m os. A extensão forte ela coxa é ga- oposta d."t pessoa desaba na s ustentação de peso, por-
rantida no retomo à posição ero pé a partir da posi- que os abdutores do quadril não conseguem manter o
ção agachada, en1 especial se uma barra com pesos é alinha1nento adequado.
colocada sobre os on1bros. Exercícios de rotação lateral do quadril executa-
Para desenvolver esse n1úsculo, poden1 ser prati- dos contra a oposição de rcsísti!ncia podem fornecer
cados exercícios de extensão do quadril na posição algum fortalecimento para o glúteo médio, mas a me-
inclinada p-.ira a frente ou em decúbito venerai. A ên- lhor maneira de fortalecê-lo é por meio de elevações
fase sobre ele ê aíncla maior quando o quadril co- de perna e m decúbito lacerai ou dos exercícios de
meça na posição flexionada e move-se até a extensão abdução do quadril, descritos para o tensor da fáscia
completa com o joelho flexionado em 30" ou mais, lata. O glúceo mêdio é alongado melhor quando se
de modo a reduzir o envolvimento dos músculos is- move o quadriJ atê uma adução extrema à frente do
quiot ibiais na ação. n1e1nbro oposto e, depois, por rrls dele.
O glúteo n1áximo é alongado cm decúbito dorsal
com flexão eoo1pleta do quadril até a axila ipsilateral Músculo glúteo núnimo (Figura 9.27)
e, depois, até a axila concralateral, com o joelho em
flexão. A rotação medial simultânea do quadril acen- Origem
tua o alongamento. Superficie lateral do llio, logo abaixo da origem do glú-
ceo médio
Músculo glúteo médio (Figura 9.26)
Inserção
Origem Superfície anterior do trocantcr maior do fêmur
Superfície lacerai do ílio, logo abaixo da crista Ação
lnserção Abdução do quadril
Superficies poscerior e mêdia do troeancer maior do R001çào medial quando o ffi1nur é abduzido
m1nur Flexão do quadril
248 M mui d- •Pt."ilo!ng!. ><'1"11 11'21

-;-- M. gliíteo médio ~+--º· S...perflcie


lo1e<ol do mo,
imediolomenle
oboixo do cri.ia

l,S...~es
po<rorior e médio
do IToc.onler
moior do Umur

--.,, Rotoçõo
__./medial

FIGURA 9.26 • Músculo glúteo mC!dlo, vista posterior. O, Origem; !, lnserçilo.

O, Superfície lateral do
M. glúteo mínimo n1o. oboÍJ<O do origom
do glúteo médio

1, Supetflclo
onlericf do troconter 1
maior do fêmur

ROIOçõo
J _:)medial

FIGURA 9.27 • Músculo glúteo mínimo, vista poStcrior. O, Origem; 1, Inserção.


Cap ítulo 9 -\rt1 11.1 ''d' . ' ... tnl •n. 11 'dn n rrnl-c .,r; r

tale<:ido por exercícios de rotação medial do quadril


conira resistl!ncia manual, e seu alongamento é reali·
......~ i zado por adução máxima do quadril con1 ligeira rota-
ção lacerai.

Palpação Os seis músculos rotadores laterais


Profundo ao glurco m&lio; coberto pelo Lensor da profundos (Figura 9.28)
fáscia lata entre a crista illaca anLerior e o Lrocanter
maior duran1e roiação medial e abdução Piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior,
obturador externo, obturador interno,
Inervação quadrado femoral
Neivo glúieo superior OA-15, SI)
Origem
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade Sacro anterior, porções poste.riores do ísquio e forame
Tanro o glúceo mínimo quan10 o mêdío são usados obturado
de forma vigorosa para manter a devida abdução do
quadril duranle a conida. O resultado t:. que os doís Inserção
múseulos silo exercitados de maneira efetiva quando se
Face superior e posterior do trocanter maior
corre e salta, atividades em que o peso é transferido
vigorosamente de um pé para o outro. À medida que o
Ação
corpo envelhece, o glúteo n1édio e o glúteo núnimo
tendem a perder sua eficácia. O vigor da juveruude, em Rotação lateral do quadril
se cratando dos quadris, reside nesses músculos. Para
aumentar a capacidade de impuls;lo das pernas, esses
múseulos devem ser completamenle dest:nvolvidos.
A mellior maneira de fonalecer o glúceo mlnimo é
por meio de exercícios de abduç-.lo do quadril, pare-
cidos com os descritos par-.i os músculos tensor da
fáscia lata e glúteo mêdio. Ele também pode ser for·

M. pirilorma
M. gêmeo
superior
M. oblurodor
interno
1, Foc:e $Uperior e
po$lerior do troc:onlet
,_.,.--\..... M . obturodor moiar
externo

M. quodrado
femorol

M. gêmeo
Rotoçõo ~-1-"
lateral
inferior o. Soc:to, porçõe$
po$le1iore$ do l$quio
e forama obturado

FIGURA 9.28 • Os seis músculos rotadores laterais profundos, vista posterior: pirifonne, gêmeo superior,
gemeo inferior, obturador ex.Lemo, obturador interno e quadrado femoral.
250 > ogla " uutural

Palpação feito por contraç:lo desses músculos e pode ser repe-


tido para fms de fonaledmento. Um parcei.r o pode
Embora não possa ser diretamente palpado, a palpa-
ç:lo profunda é possível entre o troeanter maior opor resistência à medida que o desenvolvimento pro-
post~periormente e o for-.ime obturado com a
gride. Os seis rotadores laterais profundos podem ser
alongados em decúbito dorsal com a ajuda de um par-
pessoa em decúbito ventral durante o relaxamento
ceiro para ligeiramente rcali7.ar rotação medial do qua-
do glúteo mãximo, enquanto utili1,.a a perna ílexio-
dril de forma pas.5iva.
nada passivamente no joelho para realizar rotações
É importante not.'lí que, em geral, o nervo isquiático
medial e lateral passivamente ou enquanto alterna
passa imediatamente inferiOr ao mCisculo pirlforme, mas
en1re contraç:lo e relaxamento leves dos roradores
também pode passar através dele. Como resuhado, a
externos
tensão no múseulo pirlforme pode conuibuir para a
compressão do nervo isquiático. O pirlforme pode ser
Inervação
alongado com a pessoa dcitida sobre o lado não envol-
Pirifonne: primeiro ou segundo nervo sacra! (Sl-52) vido no movimeruo com um parceiro colocando o qua-
Gên100 superior: nervo sacra! (L5, Sl-S2) dril em rotação medial passiva e completa combinada
Gên100 inferior: ramos do plexo sacra! ClA-L5, Sl-S2) corn a adução e ligeira a moderada ncx~o do quadril.
Obturador externo: nervo obturador (l.3-IÁ)
Obturador interno: ramô6 do ple.xo sacral OA-L5, Sl-S2) Músculo semitendíneo (Figura 9.29)
Q uadrado fe1noral: rainos do plexo sacra! OA-L5, Sl)
O rigem
Aplicação, fonaleclmento e nexlbilldade Tu bcrosidade isqui~tica
Os seis rotadores laterais são usados de maneira
vigorosa em movimentos de rotaç;lo lateral do fêmur, Inserção
como em espones que exigem ;1 imp ulsão de um.1 Superfície anteromedial da tíbia, logo abaixo do côn-
perna a partir de uma rocaç:lo medial prclin1inar. Ativi- dilo
dades como arren1~1r uma boL'l de beisebol e balan-
ç;tr um baslào de beisebol, em que hã rotaç:lo do qua-
Ação
dril, são exemplos do uso típico desses músculos.
O movimento de, estando cm pé sobre uma perna, Flexão do joelho
girar o corpo com r~. afastando-o dessa perna, é Extensão do quadril

O, Tubere»idode
e-.s6o Roioçõo mecliol i "'"í6tico
do quod11I do quocfra
M i011111oftdlneo --;~

FIGURA 9.29 • MCisculo


semitendínoo, vista
I, Supertlcie -~
posterior. O, Origem; on-.dlol
1, lnserç-Jo. do h'boo, logo
oboi>CO do c6ndilo
Capítulo 9 \rt1 11.1 <' 1 . '·"lnl •111"11<> dn nirmhr .,r; r 251

Roiaçào medial do quadril de rotação medial traz sua inserção em alinhamento


Roiaçào medial do jocllio flexionado com sua origem.
Roraçào posterior da pelve
o semitendíneo é alongado na extensão mãxima
do joelho, enquanto se flexiona o quadril, rodado
mediaimente e ligeiramente abduzido.

Músculo semimembranáceo (Figura 9.30)


l
"'t-Dts Origem
Tubcrosidade isqujãtica

Palpação Inserção
Face posteromedial da coxa distal com a combinação Superfície posteromcdlal do cõndilo medial da tíbia
de flexão de joeU10 com rotação medial contr.i re-
sistência, imediatamente discai à ruberosidade is- Ação
quí:irica cm decúbito ventral com o quadril rodado
mediaimente durante a flexão ativa do joelho l'1exào do joelho
E.'1ensão do quadril
Inervação Roiaçào medial do quadril
Nervo isquiãtico - divisào tibial (L5, Sl-S2) Roiaçào medial do joelho flexionado
Romçào posterior da pelve
Ap licação, fortalecimento e flexibilidade
Esse músculo biarticular é mais efetivo quando se
con1rai para estender o quadril ou flexionar o joeUto.
Quando há extensão do quadril e flexão do joelho
simultâneas, os dois movimentos são fracos. Ao se
...
t-
curvar o tronco para a frente com os joelhos estendi-
dos, os músculos isquiolibiais exercem forte tração
Palpação
sobre a pelve traseira, inclinando-a para baixo no
dorso por contração mãxin1a. Se os joelhos esrão fle- Em grande pane cobeno por ou1ros músculos, o ten-
xionados quando esse 1uovimento ocorre, é possível dão pode ser sentido na face posteromcdial do jo-
observar que o trabalho é feito sobrerudo pelo mús- elho, logo abaixo do tendão do semilendíneo, com
cu lo glúteo mãximo. a combinação de flexão de jocllio e roiação 1ncdial
Por outro lado, quando os músculos são usados contra resistência
em flexão enérgica dos joelhos, como quando nos
penduramos em uma barra pelos joelhos, os flexores Inervação
do quadril entram em ação para elevar a origem des-
Nervo isquiático - divis.io tibial 0.5, SI-52)
ses músculos e tomá-los mais eficientes como flexores
dos joelhos. Por meio da extensão coo1plera do qua- Aplicação, fortalecimento e tlexibilidade
dril, o n1ovimento de flex."lo do joelho é enfraquecido.
Esses músculos são usados na marcha normal co1no Tanto o semitendíneo como o semimembranáceo
extensores do quadril e permitem que o glúteo mã- são responsáveis pela rotação medial do joelho, alé1n
ximo relaxe no moviJncn10. do mõsculo poplíteo, que é discutido no próxinlo
O scmilendíneo é melhor fortalecido por meio de capítulo. Em ra;r.ào da maneira como cru1.am a anicu-
exercícios de flexão de joelho contr.i uma resistência. lação, esses músculos têm papel preponderante no
Comumcntc conhecidos como roscas dos músculos fornecimento de estabilidade medial dínàmica ã ani-
posteriores da coxa ou ros<:as de perna, podem ser culação do joelho.
desempenhados em dec(lbito ventral sobre uma mesa A melhor forma de desenvolver o semimembraná-
extensora ou de pé com pesos fixos ao tornozelo. ceo é por meio de roscas de perna. A rotação 01edial
Esse n1õsculo é en fatizado quando se desen1penha do joelho em toda a amplitucll! acentua a atividade
rosc.a dos n1úsculos posteriores da coxa enquanto o desse m(lsculo. O semi1neo1branácco e: alongado da
joelho for mantido em romç-Jo medial. Essa posição mesma mant:ira que o semitendíneo.
252 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

:>
Rotoçõo O, Tuberosidode
Ex!enséio
do quodril
J medial
do joelho
isquiótico

M. semimembronóceo -+-1- ,

Flexão do
joelhJ

1, Superlicie posteromediol
do cõndilo medial do tibio -._--!...<;.....-:::..

e
Rotoçóo /
mediol
do joelho

l'IGURA 9.30 • Músculo scmimembranáceo, vista posterior. O, O rigem; 1, Inserção.

Músculo bíceps femoral (Figura 931) Palpação


f ace posterolateral da coxa distal com a <.vmbina-
Origem çào de flexão de joelho com rotação lateral con-
Cabeça longa: tuberosidade isquiãlica tra uma re.~istênci a e imediatamente distal ã tube-
Cabeça curta: metade inferior da linha áspera do fênll1r rosidade isquiática em decúbito ventral com o
e crista condiloide lateral quadril rodado mediaimente durante a flexão
ativa do joelho
Inserção
Inervação
Cõndilo lateral da uôia e cabeça da flbula
Cabeça longa: nervo isquiático - divisão tibial (Sl -53)
Ação Cabeçl curta: neivo isqu.iático-clivisâo fibular 0.5, Sl-52)
Flexão do joelho
Aplicação, fortalecimcnco e flexibilidade
Extensão do quadril
Os n1úsculos semit.endíneo, semimembranáceo e
Ro<aç:lo lateral do quadril
bíceps femoral são conhecidos como posteriores da
Ro<açào lateral do joelho flexionado coxa ou isquiolibiais. Com o 01úsculo glúteo rnáxllno,
Rotação posterior da pelve s.'\o usados na extensão do quadril quando os joelhos
estão retos ou quase retos. Assim, quando corremos
ou saltamos, esses músculos são usados juntos. Os
músculos posteriores da coxa sào uúli1.ados sem o au-
xílio do glúteo máximo, somente quando nos pendu-
1\ 1 ramos em uma barra pelos joelhos. De modo seme-
. :~ lhante, o glúteo máximo é usado sem a ajuda dos
músculos posteriores da coxa quando os joelhos sào
Capítulo 9 -\rt1 11.1 '' 1 . ' ... tnl •n. 11 • <!~ n mhrn .,~ rfn 253

flexionados, enquanto os quadris são estendidos, o tizado se o joelho for mantido em rotação lateral por
que ocorre quando nos levan1amos de uma posição toda a amplitude de movimento, o que torna a ori-
com joelhos flexionados para a posição em pé. gem e a inserção mais alinhadas un1a com a outra. O
O bíceps fe1noral é 1nais ben1 desenvolvido por bíceps femoral é alongado na exrens.'lo mâxíma do
meio das roscas de músculos posteriores da coxa joelho, enquanto o quadril é flexionado, rodado late-
como descrito para o scmitendineo, mas (! maís enfa- ralmente e Ugeir.unente aduzido.

Rotação loterol do quadri 1

~
M. bfceps femorol
Cabeço ~rto + -1--l'r
J
Extensão do quadril
O, Tubérosidade
isqui6tico
C.abeço longo -+-+

O, Metade inferior - - 1 - - . , _1
da linho 6spero,
cristo condiloide
laterol

0
Rotoçõo loklrol do joolho
1, Côndilo lateral
do tibio, cabeço
do ~'bulo

FIGURA 9.31 • t.1(isculo bíceps femoral, vista posterior. O, Origem; /, Inserção.

Músculo adutor curto (Figura 9.32)

Origem
 frente do ramo púbico inferior, togo abaixo da ori-
gem do músc."UIO adutor longo Palpação
Profundo ao aduror longo e superficial ao aduror magoe;
Inserção muito dilicil de ser palpado e de ser diferenciado do
Dois terços inferiores da linha pectínea e metade adutor longo, que é imcdiatainente irúcrior; a porção
superior do lábio medial da linha áspera do proximal é imediatamente lateral ao adutor longo
fêmur Inervação
Nervo obrur.idor (L3·L4)
Ação
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Adução do quadril
Este m(1sculo, com o auxilio dos outros m6sculos
Rotação lateral quando aduz o quadril aducores, confere fortes movimentos das coxas uma
Auxilia na flex;lo do quadril
254 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

, __

O, À frenlo do romo
póbico inferi<><,
..,.~ ,,-<---+- M . oduior Cl.lrto imedio!omonlo oboixo
do 0tôgem do odulO< lofi9o
\ 1----1~-I, Doi• le<ÇO> inferiO<H
do linho pec:tfnoo do 16mur
e metode wpt<ior cio lóbio
medial do linho óspero

FIGURA 9.32 • Músculo aducor cuno, vísta anterior. O, Origem; l, loscrção.

em direção il outra. Comprimír as pernas uma en1 Palpação


direção à outra coin oposição de resistência ê um
Mú.5culo mais proeminente proximalmente sobre a
exercício efetivo de fortalecímento do adutor curto.
parte antcromedial da coxa imediatamente inferior
Seu alongamento ê obtido por abduç-Jo do quadril
ao osso púbico com a aduçào resistida
estendido e 1nedialinente girado.

Músculo adutor longo (Figura 9.33) Inervação


Nervo obturador (L3-L4)
Origem
Púbis anterior logo abaixo da crista Aplicação, fortalecimento e flexibilídade
O m6sculo pode ser fortalecido por n1eio do
Inserção
exercício de tesoura, que requer que a pessoa se
Terço médio da linha :ispera sente no sol o com as pernas bem afastadas e um
parceiro coloque suas pernas ou braços no espaço
Ação entre as pernas do primeiro para opor resistt!ncia.
Aduçào do quadril Quando a pessoa tenta aduzir as per nas, o par-
Auxilia na flexão do quadril ceiro opõe resistência manual en1 toda a ampli-
n1de de movimento. Esse exercício pode ser usado
apenas para uma ou para ambas as pernas. O adu-
tor longo ê alongado da mesma maneira que o
t curto .

'
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 255

O, Plíbi1 onterie<,
imodi<Jtamanta abaixo
dowoaiw

''
'''-4.---- I, Terço mécf10 do linho áspero
Aduçõo
''
'•

FlGl.JRA 9,33 • Músculo adutor longo, vísta anterior. O, Origem; /, inserção.

Músculo adutor magno (Figura 9.34) P'alpação


Pace medial da coxa entre o grácil e a parte medial
Origem
dos isquíotibíais, da rubcrosidade isqulática atê o
Borda do ramo inteiro do púbis e do ísquio e rubero- rubêrculo adutor com a adução resistida a prutit de
sidade isquiática uma posição abduz.ida

Inserção Inervação
Todo o comprimento da linha áspera, crista condiloide Anterior: nCJVo obturador (12-L4)
interna e tubêrculo adutor Posterior: nervo isquiático CL4-LS, Sl-S3)
Ação
Aplicação, fortalecimento e flexlbilldade
AduçJo do quadril
O músculo adutor magno ê usado na pernada
Rotação lateral quando o quadril ê aduz.ido
do nado de peito e na equitação. Como os mús-
Extensão do quadril culos adutores (magno, longo, curto e grácil) não
são usados de modo intenso nos movimentos co-
tidianos, deve-se prescrever alguma atividade
para eles. Existem equipamentos n1odernos de
exercícios concebidos para oferecer resistência ao
01ovimento de adução do quadril. Os exercícios
256 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

R010Çõo
loi<Kol

Aduçõo "-J I, Todo o comprimenio


do linho ó•pe<o, cri.ia - - 1 - - - - - +-#
condíloido inrorno
M. oduto< mogno -+-- e tubérculo oduto<

FIGURA 9.34 • Músculo adutor magno, vista pooterior. O, Origem; l, Inserção.

descritos para fortalecer e alongar os adutores


curto e longo também podem ser usados para o
adutor magno.

Músculo pectíneo (Figura 9.35) Palpação


Origem Dificil de distinguir de outros adutores; face anterior
do quadril, a menos de 4 cm abaixo do centr0 do
Espaço de 2,5 cm de largura na frente do púbis, logo
ligamento inguinal; imediatamenle lateral e ligeira-
acima da crista
mente proximal ao adutor longo e medial ao iliop-
soas durante a flexão e a aduç-Jo de um indivíduo
Inserção
em decúbito dorsal
Linha rugosa que vai des<le o trCX.'llnter menor até a
linha áspera Inervação

Ação Nervo femoral (12-IA)

Flexão do quadril Ap licação, fortaleciment o e flexibilidade


Aduç-Jo do quadril Ao contrair-se, o peaíneo tan1bém tende a girar a
Rotação lateral do quadril pelve anteriormente. Essa ação (: impedida pela tra-
Capítulo 9 Art• 11" < 1 . ' lnl • '" . 11 ' <!~ n 1-c .,r rfnr 257

ção ascendente dos músculos abdominai.s sobre a cíos de flexão e de adução do quadril contra a opo-
peh•e situada à sua frente. sição de resistência.
O músculo pectineo é exercitado com o iliopsoas O pec(meo é alongado pela abdução completa
na elevação e no abaixan1ento do nlembro inferior. do quadril estendido e nledialmente girado.
Para fortalecê-lo, podem também ser usados exerci-

, _ ...

O , E'poço do 2,5 cm
Roloçõo de l0tguro no frente do
lolerol púbis, logo ocimo do oristo
Aduçõo

1, linho rugoso
quo vai do lroconter
meoor ô linho 6spero
Flexõo

FIGURA 9.35 • ~1úsculo pectíneo, vi.sta anterior. O, Origem; 1, Inserção.

Múscul o grácil (Figura 9.36) Rotaç-.lo 01cdial do quadril


AlLxllia na flexào do quadril
Origem
Borda anceromcdial do ramo descendencc do ·'
- ...=-;,
púbis

lnserção Palpação
Superfície anteromedial da tíbia abaixo do côn- Um tendão superficial fino sobre a pane anterome-
dilo díal da coxa com a flexão do joelho e a adução
resistida imediatamente posterior ao adutor longo e
Ação medial ao sernitendíneo
Adução do quadril lnCTVl1ção
Flexão fraca do joelho Nervo obturador (L2-L4)
258

Aplicação, fortalecimento e flexlbllidade equitaç-Jo e na pernada do estilo peito da o.atação. O


correto desenvolvimento do grupo adutor previne a
o músculo grácil reaUza a mesma função que os dor niuscular após a prãtica desses esportes. O grácil
ouLros adutores, mas acrescenta uma fraca contribui- é fortalecido con1 os n1esmos exercícios descritos
ção ã flexão do joelho. para os ouLros adutores do quadril. O grácil pode ser
Os músculos adutorcs como grupo (magno, longo, alongado de modo semelhante aos aducores, com a
curto e grácil) entram em ação quando se pratica diferença de que o joelho deve estar estendido.

Roloçôo O, Bordo ontoromodíol


mediol do romo dcscendontc
do quodril do púbis

M. grócil

1 Flexão do joelho

\j
1, Supetficio onlotomodiol
do tíbio, oboixo
\ do cõndílo

f IGURA 9.36 • Músculo grácil, vista ancerior. O, Origem; 1, ltlserç-Jo.

Sites Loyola University Medical Center: Structure of the


HumanBody
www.meddean .luc.edu/lumen/meded/grossanatomy/
RadiologicAnatomy Browser index.htm
http://radlinuxl .usuf1.usuhs.mi Vradliong Excelente site com muitos slfdes, dissecções,
Site com inúmeras incidências radiológicas do guias tutoriais etc., para o estudo da anatomia hu-
sistema musculoesquelético. mana.

University of Arkansas Medical School Gross Wheeless' Textbook of Orthopaedics


Anatomy for Medical Students www.wheelessonline.com
http://anatomy.uams.edu/anatomyhtmVgross.html Site com extenso índice de links que levam a tópi-
Dissecçôes, tabelas de anatomia, imagens de atlas, cos sobre fraturas, articulações, músculos, nervos,
links etc. traumas, medicações, assuntos 1nêdicos, testes de la-
Capítulo 9 - ·'·• n "' 1 n 1 1 e 11ln "' nlhr Ulfcrlor

boratório e periódicos de onopedia, além de outras PRANCHAS DE EXERCÍCIOS


novidades das áreas onopédica e médica.
Como recurso auxiliar do aprcndl7.ado, para
Prcmiere ~1 cdical Search Englne tarefas de classe ou extradassc, ou para estudar para
www.medsite.com provas, silo fornecidas pranchas no final do livro.
Neste site, é possível buscar anigos relevantes
sobre qualquer condição ml>dica. Pranchll do esqueleto anterior (o11 l)
Esboçar e classificar na prancha a aniculaçilo anterior
Virtual Hospital do quadril e os músculos do cíngulo do membro
www.vh.org inferior.
lnúmeros slides, informações sobre pacienLCS etc.
Pranchll do esqueleto posterior (nª 2)
Arthroscopy.com Esboçar e classificar na pr.rncha a aniculaç-Jo poste·
www.arthroscopy.comfsports.htm rior do quadril e os músculos do cíngulo do mem-
Informação de pacientes com ~rios problemas bro inferior.
musculoesqueléticos do membro inferior.
EXERCÍCIOS I.ABORATORWS E DE
Human Anatomy Onli ne
REVISÃO
www.innerbody.com/ímage/mUS<.08.htm l
Anato1nia interativa do slslcm:i n1usculocsquclé- 1. Localize as seguintes panes do cíngulo do me1n-
lico. bro inferior e da aniculaçilo do quadril cm um
esqueleto huma no e cm urna pessoa:
Thc Hip and Knee lnstitute a. Esqueleto
www.hipsandknees.com/hfplcontents.ht m 1. ilio
Artrite da anlcul:lção do quadril. 2. Ísquio
3. Púbis
Adam Healthc:ire Center 4. Sínfise púbica
http://adam.about.com/surgery/ 100006.htm 5. Acctábulo
Substituição da articulação do quadril. 6. Ramos (ascendente e descendente)
7. Forame obcurado
American Academy of O nhopacdic Surgeoos 8. Tuberosidade isquiática
9. Espinha ilíaca ante~perior
http://orthoinfo.aaos.org/categorycfm?topcategory=Hip 10. Trocanter maior
Bibliotea de educa~o sobre o quadril para pa- 11. Trocantcr menor
cientes. b.Pcssoa
1. Crista ilíaca
Spons lnjury Bulletin 2. Espinha ilíaca anterossuperior
www.sportsinj urybulleti n.com/archlve/1054-groin"strain. 3. Tuberosidade isquiática
htm 4. Trocanrer maior
Causas da distcns-Jo na virilha.
2. Como e onde podem ser palpados em uma pes-
soa os seguin1es músculos?
HcalthGate Data Corp
http://healthgate.partners.org/browsln g/browseContent. a. Grácil
asp 7fileName: 11822.xml&tílle=Groin%20Strain b . San6rio
Distensão na viri lha. e. Glúteo máximo
d. Glúteo mêdio
e. Glúteo mínimo
1be Physician and Spons n1edJcine
f. Bíceps femoral
www.physsporumed.com/íssues/2004/0104/melslin.htm g. Reto feinoral
Estalo sintomático do quadril. h. Semimembranâceo
i. Semirendíneo
Neurography lnstitute j. Adutor magno
www.neurography.com/lmages/Pirlformis/Piriformls1 .htm k. Adutor longo
Síndrome do pirifonne. 1. Adutor curto
3. Indique em um esqueleto humano, usando um 7. Qual a diferença entre andar e correr no que se
elástico grande, a origem e a inserção de cada refere ao uso das ações dos músculos da articula-
1núsculo. ção do quadril e à amplitude de movúnento?

4. Faça a distinção entre flexão do quadril e flexão 8. Como a marcha pode ser afetada por fraqueza no
do tronco. músculo glúteo n1édio? Peça a um colega de la-
boratório que mostre o padrão de marcha asso-
5. Mostre o movimento e cite os principais múscu- ciado ã fraqueza do glúteo médio. Qual é o nome
los responsáveis pelos seguintes movunentos do dessa marcha disfuncional?
quadril:
9. Corno a tensão bilateral do iliopsoas pode afetar
a. Flexão a postura e o movimento da parce lombar da co-
b. Extensão luna vertebral na posição ereta? Mostre e discuta
c. Aduçào esse efeito com um colega de laboratório.
d. Abdução
e. Rotação lateral 10. Como a tcnsão bilateral dos músculos posteriores da
f. Rotação rnedial coxa pode afew a posrura e o movúncruo da pane
lombar da coluna vertebral na posição ereta? t.1ostre
6. Cice os planos en1 que ocorrem os movimencos e discuta esse efeito com uo1 colega de laboratório.
da articu lação do quadril. Enumere os eixos de
rotação de cada movimento em cada plano. 11. Pesquise as desordens que mais acomcccm o qua-
dril, tais quais a osteoarcrice, as distensões na virilha,
a. Flexão as dístensões nos músculos posteriores da coxa, a
b. Extensão bursite do trocanter maior e o deslizamento fatal da
c. Aduçào epílise do fên1ur. l~elate seus achado.5 na classe.
d. Abdução
e. Rotação lateral 12. Preencha o quadro de análise muscular com os prin-
f. Rotação medial cipais músculos envolvidos em cacfa movimento.

Quadro de análise muscular • Articulação do quadril


l'lexão Extensão

Abduçilo Aduç:lo

Roiaç:lo later.tl Rotação m<.'Cllal


13. Preencha o quadro de ação muscular antagonista cujas ações são antagonistas às dos n1úsculos da
com o(s) músculo(s) ou pane(s) de n1úsculos coluna da esquerda.

Quadro de ação muscular antagonista • Articulação do quadril e cíngulo do membro inferior

Agonisia Antagonista

Glúwo máximo
Glúteo médio

Glúteo mínimo

D!ceps fen10ral

Semlmembran:iceo/
scmitcndin(.'O

Adutor magno/
adutor cuno

Adutor longo

Grãdl

ROládorcs laterais

Reto femoral

Sanório

Pectineo

lllopsoas

Tensor da fáscia lata

14. Depois de analL5ar cada exercício do quadro de dril e então liste os n1úS<.-ulos dessa articulação
análise dos movimentos da aniculação do quadril que são os principais respon&'iveis por causá-los
(abaixo), divida cada um cm duas fases básicas ou concrolâ-los. Ao lado de cada músculo em
de movimento, tal qual a fase de levantan1ento e cada movimento, indique o cipo de concração: !-
a de abaixamento. Par.:1 cada fase, determine os isométrica; C-<:oncílntrica; E-excêntric-.1.
movimentos que ocorrem na aniculação do qua·

Quadro de análise do movimento articular do quadril

Fase inicial do movimento Pase secundiria do movimento


Exercido
MovÍIDento(s) Agonista(s) - Tipo de oontraçJo Movimento(s) Agonisia(s) - Tipo de contração

Flexão de
braço

Agachamento

Levantamento
letra

Lespross
( co111f11ua)
Quadro de análise do movimento articular do quadril (con t.)

Fase inicial do movin1cnto Fase sea.indária do movimento


Exercido
Movimento(s) Agonlsta(s) - Tipo de contração Movimento(s) Agonista(s) - Tipo de contração

Afundo/
Arranque

E.xercício de
renl3d.3

Stair macblrze
(degrau, step)

15. Analise cada habilidade no quadro de análise de mento, liste os principais músculos da articulação
habilidades esportivas da articulação do quadril do quadril responsáveis por causar/ controlar
(abaixo) e liste os movimentos da aniculação es- aqueles movimentos. Ao lado de cada mósculo
querda e da articulação direita do quadril em em cada movimento, indique o tipo de conlrn-
cada fase da habWd1de. Você pode preferir listar ção: !-isométrica; C-concêntrica; E-excêntrica.
a posiç:lo inicial cm que a articulaç:lo do quadril Pode ser necessário revisar os conceitos parn a
estíi na fase de apoio. Depois de cada movi- aníilise no capítulo 8 para as várias fases.

Quadro de análise da articulação do quadril em habilidades esportivas


Exercicio fase de apoio fase preparatória Fase de movlmento Fase de complementação

Arremesso no D
beisebol
E
Chute no futebol D
americano
E

Caminhada o
E

Arremesso no D
sofibol
E
Passe no futebol D
americano
E

Críquete D

E
BoUche D

Arremesso no D
basquete
E
Capítulo 9

Referências bibliográficas N~ TO. ct "1: Pdvic: 6lrcS.S fr.><-tulé$ ln long dlstancc: runncrs,
Amerlcan }OUNltlf QfSporu ,\ («Jtct... lJ 120. Mnr\"b-April
198S.
F1dd D Anatomy. pafpollon and surfn« m1Jrltl14RJ, cd 3, O.ford,
2001, Buacn.'O<lh-~
0.Uis CA: Kiruislolotl>>1/Je m«banlcs ª""
patbom<'Cbtml<:s of
buman - •. Philacklphb, 2004, Upplncou WU!a:um &
.um.hon :oi, Lungcns K! Kl•NSlokltf>· ICU."'tificbasl!ofbuman Wr.lkms.
motion, cd 10, Uo:tlon, 2002, McGraw llllt ~ "'"E' Arnlwtm 1 principie$ q{albfttlc lrttl,.lttg. ed 12, New
Hi..<lop tlJ, •''°"'fp•ll!f)I) Dmlitisa11d llllr0ópnttmudollSll'llr Yort. 2006. ~kGraw-HW.
l«btdqlll!J t(""'""'" -'>iadoH. cd 7. Phh!dp."lla, 200'l, ~ Scclcy RR, S&cphcm 11), Tale p, A•UJIOmy6'pb)'Slology, cd 7, N.,..,.
Kcncbll FP. M~ry EK, Pf'O\.,.ntt, PC Musda mflfl/l tlnd Yoct.. 2006. ~kGr.1w-I WI.
funalon, cd ~. Bahlmor.,, 1993. l.ipplncou Williams & Wilkans. Sicg KW, Ad::&lm SP 11/ustraW CSSC"nllals tfmiuculoslttldal tlrUJIOmy,
Lind.<ay OT Flf..aionaJ bumll" arJal<lmy, SI. Lou..., 1\196, Mooby. cd 2, Ca~Jlc. n .. 198S. MCpbooks
L)'>holmJ, Wikbnc!J lnjuncs UI IUllMf", AWN'nCllnjvumalofSports Sconc 1\1, StoncJA; Allasoftbeslttk'lalmusdcs, l>cw Yorlc. 1990,
Medtcfne IS;l68, l>q)leml~ 1986 ~ .....·-thll.

Magtt OJ: Or1boptxfl<: pb)Sl<:<ú asst!SSmelll, cd ,., Philadelphb 2002, l'hi>odc:au CA. Patton KT: Anatom)•6 pbyslolC(/J', «19. St Louis,
S.unders. 1m. Ma;by.
Mu.>c'Ollno JE; 7h m1«ular 1)$1""' """'"ª' '"-slttktaf muscles of V:ln De Craafl' 1(.\ 1: flllmn" tJ•UJIOm)\ cd 6. Dubuquc. IA, 2002,
tbe bumll•f llody, cd 2. SI. Loub. 2003. llbeviu Mosby. McCraw-Htll.
Capítulo
rticulação do joelho

Objetivos
• Identificar as caraeteristicas 6.5seas do joelho em um esqueleto humano

• Explicar as estruturas cartila(tneas e ligamentareS da articulação do pelho


• Desenhar e classificar enl um diagrama de esqueleto músculos e ligamentos da articulação do pelho
• Palpar em uma pessoa as es1ruturas e os músculos superficiais da aniculação do pelho

• Apontar e palpar cm uma pessoa os movin1entos da articulação do joelho e enumerar seus respectivos
planos de movimento e eixos de rotaç;lo
• Citar as ações do quadríccp.s femoral e dos músculos isquíoobiais, explicando sua imponância
• Listar e organizar os músculos que produzem os movimentos da aniculação do joelho, citando seus
antagonisras

a rticulaçào do joelho, a maior do corpo, é muilo Os topos dos côndilos medial e lateral da l:íbia,
A complexa. ConSiste basicamente em uma articu-
laç-Jo de dobradiça, sempre i;ujeita a estresse consi-
conhecidos como platô tjbial medial e platô tibial la-
teral, servem como receptáculos para os côndilos do
derãvel e distensão pela aç-Jo combinada de suas fêmur. A tíbia é o osso medial da perna e sustenta
funções de suscentação de peso e locomoção. Seus muito mais intensamente o peso do corpo do que a
fortíssimos músculos extensores e flexores, aliados a fíbula, que, apesar de servir con10 inserção para algu-
unu es1rutura ligament:u extrenumente resistente, mas estruturas articulares importantes do joellio, rulo
s.'\o responsáveis pelo grande vigor de funciona- se articula com o fê1nur nem com a pareia, não fa-
mento dcs.-;a articulação. zendo, portanto, pane da aniculação do joelho.
A patela <: um osso sesan1oide (flutuante) con-
Ossos (Figura 10.1) tido dentro do grupo muscular do quadricep.s fe.m o-
ral e do tendão patclar. Sua locali7.ação permite que
Os grandes côndilos do fêmur articulam-se sobre ela funcione para os quadríceps femorais como u1na
os côndilos também grandes da tíbia, em uma linha polia, criando um ângulo de tração mais acentuado,
mais ou menos horizontal. Como o fêmur se projeta que resulta cm unia vantagen1 n1ccâníca niaíor du-
para baixo, em um ângulo oblíquo em direção à linha rante a extensão do íoelho.
mediana, seu côndilo medial é ligeiramente maior que As principais referí!nclas ósseas do joellio são os
o lateral. polos superior e inferior da pareia, a rubcrosidadc da
266 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

Epicôndilo
medial
/ r - E_picôndilo lateral
Côndilo lateral
~--- fo$$0 inleroandilor
Base da paleio ... / ""' / ,'\ Facetas orliculorej
Ápice do potelo
Eminência
-----.t.,,
, _ .. Cmôednd.1ialo1
==---Côndilo lateral
intercondilar / / -- \ f - Ápice
Côndilo - Cabeço do h'bulo
Tubérculo de medial
Gerdy Tuberosidode
Articulaçõo-./ do tíbio
tibiofibular proximal

Superflcie lateral - -- :
- Cristo anterior

Fíbulo - - - - - - -Fíbulo

A B

FIGURA 10. 1 • Ossos do joelho direito - fê1nur, patela, tíbia e fíbula. A, Vista anterior; B, Vista posterior.

ModUlcado de Prcnuce we: ANlbefm's principies <>fatb/eflc 1ro1111ng, 12' ed., New Yoli<, 2006. McCr.aw-11111: de S.1bdin, KS: ArratomJ• 6
pb)'SIOfqgy. tbe 1mltyojform arulfunctlat~ 2' ed, New York, 2001, McCr>w·Hill

u1>ia, o tubérculo de Gerdy, os côndilos medial e late- A superficie anteromedial superior da tíbia, ime-
rdJ do fêmur, a superfície anteromedial superior da diatamente abaixo do côndUo medial, serve como
u"bia e a cabeça da fíbula. Os três músculos vastos do inserção para os músculos sartório, grácil e semi-
quadríceps femoral originam-se no fêmur proximal e tendíneo. O semimembranáceo insere-se postero-
se inserem junco com o reto fe1noral no polo superior medialmente sobre o côndilo medial da líbia. A
da patela. Sua inserção espeçífica denrro da patela cabeça da fíbula é a locali7.ação primária da inser-
varia, já que os vastos n1edíal e lateral se inseren1 ção d o bíceps fen1oral , apesar de algun1as de suas
dentro dela a partir dos ângulos superomediaJ e supe- fibras estarem inseridas no côndiJo lateral da tíbia.
rolateral, respc'CtivamenLe. O reco femoral superficial A origem do poplíceo está localizada na face lateral
e o vasto intermédio, que se encontra imediatamente do côndilo lateral do fên1ur.
abaixo, conectam-se à patcla pela direção superior. O ligamento colateral tibial, por sua vez, origi-
Partindo daí, insert:m·se na tuberosidade da tíbia pela na-se na face medíal do côndilo supcromedial do
via do grande tendão pate11r, o qual se estende do fêmur e insere-se sobre a superfície medial da tíbia.
polo inferior da patela até a tuberosidade da tíbia. No Lateralmente, o ligamento colateral fibular curto ori-
tubérculo de Gerdy, locali:wdo na face anterolateral gina-se no côndilo lacerdl do fêmur, muito pr6xin10 à
do côndilo lateral d1 Líbia, está o ponto de inserção origem do poplíteo, inserindo-se sobre a cabeç.a da
para o trato iliotibial do tensor da fáscia lata. fíbula.
Capírulo 10 -\r<i<"UI. ç • d<'~• •

Articulações CFiguras 10.2, 10.3) O rompimento do ligamento crui:ado anterior (LCA)


é uma das lesões mai.5 comuns e mais :;éria.5 do joelho e
A aniculação do joelho propriamente dita, ou ar- tem se mostrado bem mais frequente em mulheres do
ticulação tibiofemoral, ê classificada como aJticula- que ein homens durante prática esportivas sin1ilares,
ção ginglimoide em vinude de suas funções serem como basquete ou futebol. En1 geral, a lesilo OCOJTe em
parecídas con1 as de uma dobradiça: move-se cncrc viltude de forças rooit6rias sem contato associadas à fixa-
a flexão e a e:xtensào sem exercer n1ovimcnto late- ção do pé e a movimentos rápidos de mudança de dire-
ral, de abdução e adu~io. Entretanto, ela é algumas ção. Estudos t.1.mbén1 têin dernonslrado que o LCA pode
vezes citada con10 aniculação trocoide-ginglimoide, romper por hlperextens:1o ou apenas por uma contração
em razão dos movimentos de rotação medial e late- violenta do quadríceps feinoral que pllJ(ll a t:íbía em dire-
ral que podem ocorrer durante sua flexão. Há quem ção ao temur. Estudos ~ntcs sugerem que programas
considere que ela deva ser dassificad<t como anicu- de prevenção de lesão do LCA incorpon.= exercíciol; de
lação condiloide ou •condiloide dupla", por causa condicionamento espeáficos e técnicas destina.d as à n1e-
de sua estrutur.1 bicondilar. Já a articulaç-Jo patelofe- lhoria da coordenação e do controle neuromuscular
moral é classificada como aniculação aruodial, por entre oo n1úswlos isquiotibiai.5 e o quadríceps femoral,
causa do efeito deslizante da patcla sobre os côndi- mantenham um alinhamento apropriado do joelho e uti-
los do fêmur. lizeln têcnlcas apropriadas de aterrissagem que poden1
Os ligamentos proporcionam estabilidade t:Stática, ser efetivas na redução da probabilidade de lesões.
enquanto as contrações do quadríceps fe1noral e dos Fellunente, o ligamento cruzado posterior (LCP)
músculo.5 isquiotibiais conferem estabilidade dinâmica não é tão suscetível a lesões, que, em geral, decor-
à aniculação do joelho. As :.'Uperfícies entre o fêmur e a rem de contato direto com um adversário ou com o
tíbia são procegidas por cartilagem articular, o que solo. Muitas da~ lesões do LCP são rompimentos par·
ocorre cn1 todas as articulações diartrodials. Alén1 da ciais com envolvimento mínimo de outras estruturas
canilagem articular que revesre as extremidades dos do joelho. Em muitos casos, mesmo com rompimento
ossos, há airtilagens especializadas (Fig. 10.2), conheci- total, os atletas podem continuar competindo con1
das como menlscos, que fomum coxins entre os ossos. bom desempenho após um breve tratamento não ci-
Os 1neni.scos ficam coneccado.s à tíbia e aprofundam a rurgico e um programa de reabilitação.
fossa tibial, aumentando assim a estabilidade da região. No lado medial do joelho, é o ligamento colateral
A cartilagem medial em fonna de crescente (semílu- tibial (mediaO O.Q\Q (Fig. 10.2) que mantêm a estabili-
nar) ou, tecnicamente falando, o n)(!rlisco medial, locali· dade medial, resistindo a forças em valgo ou impe-
za-se sobre o platô tibial medial, fonnando um receptá- dindo a articulação do joelho de ser abduzida. Lesões
culo para o côndilo o-.edial do fê1nur. A cartilagem lateral ao ligamento colateral tibial ocorrem com bastante fre-
em fonna de crescente (senulunar), ou menisco lateral, quência, principalmente em esportes de contato e coli-
sirua-se sobre o platô tibial lateral de modo a receber o são em que um jogador sofre uma queda contra o as-
côndilo lateral do Rmur. Os dois meniscos são mais es- pecto lateral do joeU10 ou da perna de ourro jogador,
pessoo na pane externa da borda, afunilando-se atê fica- provocando a abenura medíal da articulação do joelho
rem bem finos na parte interna, e são aipazes de um li- e estreSSe às estruturas llgamentares mediais. Suas fi-
geiro desli7.amento, mantidos presos por meio de vári~ bras mais profundas estão fixadas ao menisco medial,
ligamentos pequenos. O menisco medial é o maior dos que pode ser afetado co1n lesões do ligamento.
dois e sua configuração em C é mais aberta do que a do No lado lateral do joelh o, o ligamento colatl!ral
menisco lateral. Un1 ou ambo5 oo n1eniscos pode1n so- fibular lateral 0.CL) une a fibula e o fêmur. Lesões
frer laceração em diversas áreas diferentes e por grande nesse ligamento são pouco frequentes.
variedade de mecani.smos, resultando em graus variados Além dos outros ligamentos intra-articulares deta-
de gravidade e de problemas. Essas lesões ocorrem com lhados na Figura 10.2, há in(rmeros !Jgamentos não
frequímda en1 razão da fone compressi1o e de forças de n1ostrados, contiguos à cápsula anicu lar. São, de
cisalharnento significativas que se desenvolvem quando modo geral, ligamentos de menor import!lncia e não
o joelho gira, ao flexionar-se ou estender-se durante as ser-Jo discutidos em profundidade.·
rápidas altera~'ÕCS direcionais que a corrida exige. A articulação do joelho (Fig. 10.3) ê bastante irri-
Dois ligamentos muito in1portantes do joelho são gada com líquido sinovial originado na cápsula do
os ligamentos cru;r.ados anterior e posterior, assim joelho (tan1bên1 diamada de cavidade sinovial), s ituada
denominados por se cruzarem dentro do joelho, sob a pate.la e entre as superfícies d a llhia e do fêmur.
entre a tíbia e o ft:mur. Eles são vitais para a manu- Imc.'<liatamente posterior ao tendão patelar está o
tenção, respectivamente, da estabilidade anterior e
posterior da articulação do joelho, bcn1 con10 de sua • Mais dt.t~UICS sobre • articubç;lo do jocU>O do cncon1ndos cm
estabilidade rotacional (Fig. 10.2). ICXIOS de an:uomla e '-"' m2nuals de trein•memo :ulótloo.
268 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

e&.dilo loterol e&.dilo medial do fêmur


do fêmur

Menisoo ~
- - -rr- t;gomenlO auzodo poSletior
UgamonlO auzodo anlwiar
lo1erol :::::::. ~ Menloco medial
Ligamento colo1o<al _J \ \ __.,,
Rbular (lotero~ ,....>'( • l i-- Ligamento colo1e<al
tibial (medial)
TubêtcvlodeGetdy ......- / ,
~ÕO Á
ffbioflbvlot Wpotlot

flbulo - Tíbio

Vista anterior com o potelo ...,..avido


fõmur - .---

,• •

UgomenlO de WrUbetg UgomenlO et11zodo onlorior

C6ndllo medial do fimur -+....- ...J.rt.Jr-- Côndilo lateral do fêmur


~~~:-~r~~.Monlsco loterol
Menisco medial ~~~~~= - e&.di1o lolorol do h'blo
) ~ \ (J +--UgomenlO colole<ol fibular ~otero~
Ligamento cruzado po$1erlor •
ljgomenlo colateral tibial (medial) -'•\

Articulação tíbiolibulor
•upo<io<
Tlbio-- -+-- F!lxilo

Vista posterior
Tuberasidode do bÔia
ljgomonlO cruzado anlwior /
Menisco medial
Plolà tíbiol lolorol

Plalà
libiol ------;--
f
medial \..
- -J+-- Mcniico lotorol

UgomenlO de Wrl$b«g

Vista superior com fimur -vida

FIGURA 10.2 • Ligamentos e meniscos do joelh o direito.

ModlflC>do de Aruhony CP, Kollhoft' NJ: TCX1"°"'1 Q/analomy a11d pbyslo/IJ8)•, 9' cd, St. Louls, l 97S, ~!~.
Capítulo 10

f6mur
Mombrono
linoviol
Bolso oboíxo do cob.ço
lotwal do m. goslrocnimio
----Toridõo

~
polelor
- - - - Polo supert0r do paleio
-.o--Polelo
Memb<ono
$inoviol -~'I
,_r_ _ Bolso pr9p<Jlelor
1 subcutõ'*!
Cortilogem _ ___:.~

~ Polo ínfetíor do polOlo


oniculor

Coxim de 90rd11to
infropotelor

Covldodo onicvlor Bolso lnfropoi.lor


preenchido com wbcvtônoo
Ruido slnoviol

I Bolso
~ ínfropotolor

Tendõo polOlor

FIGURA 10.3 • Aniculaçllo do joelho, vista sagilal.

coxim de gordura infrap:uclar, que é ponto de inser-


ção para dobras sinoviais do tecido conhecidas como
preps. Uma prega é uma variante anatômica entre
alguns indivíduos que pode irritar-se ou inílamar-se
com lesões ou por excesso de uso do joelho. ~1ais de
dez bolsas estilo localizadas no joelho, algumas delas
conectadas à cavidade sinovial, para absorver im-
pacto ou prevenir fricçllo.
O joelho normalmente é capaz de estender-se a
180°, de forma a ílcar em linha reta, embora não seja
incomurn a hipcrextcnsão a 10º ou mais. Quando
está em extensão completa, o joelho é capaz de mo-
vimentar-se dessa posiç-Jo para cerca de 1400 de íle-
xão. Quando ílcxionado a 30º ou 1nais, pode ocorrer
rotação medial de cerca de 30º e rotação lateral de 135•
cerca de 45º (Fig. 10.4).
Por causa do fom1a10 do cõndilo 1nedíal do fêmur•
o joelho deve "torcer" para estender-se por completo.
À medida que ele se aproxima da extensão total, a
tíbia deve girar externamente et:rca de 100 para atingir FIGL'RA 10.'l • ~1ovimento ativo do joelho. A ílexão
o alinhamento apropriado cm rclaç-Jo aos cõndilos da é mensurada em graus, de uma posição inicial zero,
tíbia e do fêmur. Em ext~o total, não há roe.ação sig- na qual o joelho está estendido com o atleta cm
decúbito dorsal ou ventral. A hiperextensão é
nificativa do joelho, em virtude da exata congruência
mensurada com graus opostos ao ponto inicial zero.
entre as superf'lcies articulares. Durante a flexão inicial
partindo de uma posição totalmente estendida, o joe- profundidade novamente ne:.1e capítulo. Os músculos
lho retoma à posição inicial graças ã rotação medial da articulação do joelho que já foram estudados são:
da ubia, a un1 ceno grau, desde sua posição de rota- Extensor do joelho: reto femoral.
ção lateral, de modo a alcançar a flexão.
Flexores do joelho: sart6rio, bíceps femoral, serni-
tcndínco, scmimcmbranácco e grácil.
Movimentos O"ígura 10.5) O gascrocnêmio, discutido no \..apítulo 11, tam-
bém wntribui um pouco para a flexão do joelho.
A flexão e extensão do joellio ocorrem no plano O grupo muscular que estende o joellio se loca-
sagital, ao passo que as rotações interna e externa liza no compartimento anterior da coxa e é conhe-
ocorrem no plano horizontal. O joelho só pcmúte cido con10 quadriceps femoral. Constirui-se de qua-
rotação se estiver flexionado de 20 a 30° ou mais. tro músculos: o reto femoral, o vasto lateral, o vasto
Flexlo: inclinação ou diminuição do ângulo entre o intermédio e o vasto n1cdial, os quais trabalham jun-
íemur e a pane inferior da perna, caracterizada pelo tos para tracionar a patela superiormence. Esta, por
movimento do calcanhar cm direção ãs nádegas. sua vez, estende o joeU10 por sua fixação na tubero-
Extensão: aumento do ângulo entre o fêmur e a pane siclade da u'bia através do tendão patelar.
inferior da perna. A linha central de tração para todo o quaclriceps fe-
mol".il <.'Orre da espinha ilíaca anterossuperior para o
Rotação lateral: movimento rotatório laterd! da parte
centro da patela. A linha de traÇllo do tendão patelar
inferior da perna, de afastamento em relação à linha
corre do centro desta ao centro da tuberosidade da u'bia.
mediana.
O ângulo fomiado pela inserção d~ duas linhas é
Rotação medJal: movimento giratório medial da parte conhecido como llngulo Q, ou i'lngulo do quadtíceps
inferior da perna e1n direção ã linha média. femoral (Flg. 10.6). Normalinente, ele é ele 15º ou menoo
para os ho1ncns e de 20" ou menos para as mulheres.
Músculos (Figura 9.9) Em geral, mulheres possuem ângulos maiores por pos-
suírem uma pelve mais larga. Elevadoo ânguloo Q geral-
Alguns dos músculos envolvidos nos movilnentos mente predispõem as pessoas a uma variedade ele po-
da ruticulação do joeU10 foram discutidos no Capítulo tenciais problemas ele joelho, induindo a subltL~ção,
9, por causa de sua disposição biarticular co1n o qua- ou deslocamento P'.ttelar, a síndrome da compressão
dril e o joelho. Portanto, eles nilo serão abordados cm patelar, a condromalacla e as lesões ligamcntares.

Flexão RotafÕO medial R~õo laterol


A e o

FIGURA 10.5 • Movimentos do joelho.


Capírulo 10 An1<11iaçâ<> <lo joelho 271

Cristo ilíaco

Espinho illoco
ontcrouuperiot---..J_J
Espinho ilíaco ---+-~.'
onleroinferior
,_ ..

Fêmur ---+----t-

------Ângulo Q

Tuborosidodo do tibio

Tibio

FIGURA 10.6 • Ângulo Q, representado pelo ftngulo entre a linha que vai da espinha ilíaca anterossuperior
acé a pareia cenlr31 e a linha que vai da pareia cencral ã ruberosidade da cíbía.

O grupo drn; músçulos isquiotibiais 10<.".iliz.a·se no Os músçulos de duas anic:ulações são mais eficien-
con1partimento p05terior da coxa e é resp0nsãvel pela tes quando sua origcn1 ou inserção é estabilizada de
flexão do joelho, sendo constituído de três músculos: modo a impedir movimento na direção do músçulo
o semitendíneo, o semimembranáceo e o bíceps fe- quando ele se contrai. Além dísso, são capazes de
moral. Os doís primeiros (isquiotibiais mediais) são e.'Cercer uma força maior quando são alongados do
auxiliados pelo poplíteo na rocaçilo 111cdial do joelho, que quando são encurtados. Todos os n1úsculos is-
ao passo que o bíceps femoral (lsquiotibial lateral) é quiotibials, assim como o reto femoral, o sanório e o
responsável pela rotaçi!o lateral do joelho. grácil, s:lo biaJticulares (de duas articulações).
272

Um exemplo é o caso do músculo sartório, que se nhecída como pé anscrlno, que se fixa à face ante-
toma um melhor flexor do joelho quando a pelve é romedial da tíbia proximal abai.x o do nível da
girada posterionnente e estabilizada pelos 1nósculos tuberosidade da ti'bia. Essa fixação e a linha de tração
abdominais, pois assim seu con1primen10 tOfal é au- posteromedial ao joelho que esses músculos pos-
1nentado, já que sua origein é levada para mais longe suem pemliten1 que eles contribuam para a flexão do
de sua inscrç-Jo. É o que ocorre quando uma pessoa mesmo, principalmente quando o joelho está flexio-
renra flexionar o joelho e cruzar as pernas na posição nado e os quadris escão em rotação lareral. A c.ibeça
sentada. Nonnalmente ela se inclina para trás a ftm de medial e a cabeça lateral do gastrocnêmio têm uma
flexionar as pernas na altura do joelho. Essa situação flXação posterior, respectivamente, sobre os cõnclilos
pode ser ilustrada também pela ação de chutar uma medial e lateral do fêmur. Essa relação com o joelho
bola. O jogador invariavelmente inclina-se bem para fornece ao gastrocnêmio uma linha de tração para
uás para levantar e fixar a origem do músculo relo fe- auxiliar na flexão do joelho.
n1oral, de modo a rorná-lo n1ais eficiente como exten-
sor da perna no joelho. E quando uma criança pendu-
ra-se pelos joelhos, flexiona os quadris para focar ou Músculos da articulação do joelho - Iocalizaç-:to
elevar a orige1n dos músculos isquiotibiais, de modo a A localização do músculo está intimamente ligada
torná-los flcxorcs mais eficientes dos joelhos. ã sua função dentro do joelho. Enquanto visualiza
O grácil, o sart6ri<> e o semitendíneo se unem dis- os mlísculos na Figura 9.9, correlacione-os com a
talmenLe para fommr uma expansão tendinosa, co- Tabela 10.1.

TABELA 10.l • Músculos agonlstas da articulação do joelho


Plano de
Músculo Origem Inserção Ação Palpaç-Jo Inervação
movimcnlO
Extensão do Na face anterior da coxa,
Face ~-u perior do
Espinha ilíaa1:uitc- ioclho desde a espinha ilfaca
tendão patclar Nervo
Reto rolnferior e sulco f lexão do anteroinferior até a patela,
até a tubcrosi- Sagital femoral
femoral (p06tcrior) acima do ouadril com ncxão de Quadril ou
da de CU-lA)
ace!Jibulo R001ção pél- extensão de jocllio contra
d~ tíbia
vica anterior resmênda
Terço antcromcclial distal
da coxa logo acima da
Borda superior
patela supcromcdial e
Dois te~-os supe- da patela e ten- Nervo
Vasto E.~tensào profundo ao reto femoral,
riores à superfície dão patelar até Sagítal femoral
intermédio de joelho com exten.s.~o do joellio,
anterior do fêmur tubcrosidaclc d1 (l.2-IA)
particularn1ente com
tíbia
..-
~
cx.tcns:lo total contra
·eo
resistência
.,e Unha inle!U'O<.wi-
Ligeiramente distal ao tro-
8 térica, bordas ante·
cantcr maior abaixo da
e!'! rior e inferior do Borda lateral da
face anterobteral da coxa
Vasto trocanter maior, tu- patcla e tendão Nervo
Extensão :ué a p:ttela superolmeral,
lateral bcrooidade glútea, patelar :ué a Sagit:tl femoral
de joelho com extensão do joelho,
(externo) metade superior tuberosidade ela (l.2-IA)
partk.-ularmcntc com
da linha áspera e tíbia
extensão total contra
todo o septo late-
resistência
ral intermuscular
M<."tadc medíal da Lado antcromcdJal da coxa
Comprin1ento total botda superior logo acinl3 da pateta supe-
Vasto Nervo
da linha áspera e da patela e ten· Extensão ro-medial, oom cxténS:lo do
medial Sagil.11 femoral
crista condiloide dão patelar até a de joelho joelho, patticulannence com
(interno) (L2·1Á)
medial a tuberosidade e.xtcnslo cotll oontrd
ela l1bia resistência
(ccrrtl111"1)
Capírulo 10 An1<11iaçâ<> <lo joelho 273

TABELA 10.l (co nt.) • Músculos agonistas da articulação do joelho


Plano de
Músçulo Origem Inserção Ação Palpação lnerv:tçào
movimento
Cabeça Flexão do Cab<.-ç.i
ioelho Face postcrolateral cb coxa
longa: rube- longa: neivo
Wslal com a combinação de
rosidadc Ex1ensâo isquiálico -
Cabeça da Sagit.'11 fle'<.ão do joelho e roc:içào
isquiática do ouadril divis:lo tlbia.I
fibula e lateral conlra n:sist&lcia·•
BícCpS Cabc.'Ç:l curta: Retaçllo pelvica (S1-S3). Ca-
côndllo ilnedlammen1e dJsta1 ã rul:>e-
femoral metade We- nos1erior beça cuna:
la1eral da rosidadc isquiálica en1 clecú·
rior da linha Ret.'lçào la1eral nervo isquiá·
tlbla bi10 ventral con1 o quadril
áspera, e do· o tico - cliv&o
. condº1- Tran.iverso em nxaçào rm.'<lial durante
enst:1 ROt.'lçàO la1eral li.bular
flwo ativa do joelha
loide lateral do ouadril (l.5, SI, S2)
Rotação medial Com o índíVÍduo scnwdo e
do joelho seu joelho flexion..'ldo a 90°,
Tran)verso
quando palpar profundamen1e o gas-
flcxioru1do trocnêmio no sentido mt:di:tl
Supcmcie
Superfície sobre a tlbia proxímal poste-
posrero-
posterior cio rior e prosseguir no sentido Nervo 1ibial
Poplileo rnedlal
côndilo late· superolareral em dir<.~o ao (L5, Sl)
superior
r.11 do fêmur Flexão do epi<:ôndilo la1eral d:! u1>ia,
~ da ubia
joelho
Sagitll
in1edlaramen1e profundo ao
o
.,
·i::
llgiimen10 colatcrJI fibular,
& enquanto o indMcluo realiza
roi.1c:lo n1edial do joelho
.Q
Extensão do
~
-=> nuadril Em grande p:utt: l'('COberto
::o por oucros n1Gsculos, o ren-
Superficie Flexão do
Saguru d:io pode ser sentido n;1 focc
postem- ioelho Neivo isquiá-
Semi· p<l6teromedial do joelho,
Tubcrosidadc medial do Rotaç-Jo pélvica tico - dívis:lo
membranâ- imedi:1t.'lmente profundo :10
isquiãtica côndilo oosteríor tibial
eco 1cndào do scmitendínco,
medial da R0taçi!o medial (L5, S1, S2)
coro a combinação de flexão
ubia do auadril
Transvcr.;o do joelho e tol3çào medial
Retação medial contra resistenda
do inelho
EJaen.~1o Fuce posleromt.-dial d:t coxa
Supetficie do quadril distal com a oon1binaçlo de
:1n1erome- Plex:lo do ílexllo do joelho e ro1:1çllo
Sagital
dial supe· ioelho medial contra resistência; Nervo isquiá-
Semi· Tuberooid.'lde rior dã Rotiçllo pelvica imedíat:unentc dis1:1l :l tu· tico - divisão
tendineo isqulâtica tíbia irne· oos1eríor berosidade isquiâtica em tibial
dia1amcme R0taç:1o rned.ial dccúbilo venu~I con1 o 0.5, SI, S2)
abaixo do do auadril quadril rodado medial·
Transverso
côndilo Rouç.io medial mente durame nexão ativa
do ioelho do joelho
Anterior Posterior
Sobretudo extensão do joelho Sobretudo flexão do joelho
Reto fernora1•t Bíceps femora1•t
Vasto n1e<lial Semimembranãceo•1
Vasto intennêdio Semitendineo•t
Vasco lateral Sartório•t
•M0.<CUIO$ de dua< aniculaQilc$. A.< aç>'lc$ do qu•drll ~o dlscutkla.s GraciJ•t
no C;apírulo 9 eu do romozek> no Capitulo 11. Poplíteo
t Músculos de duas :utlculaçõcs. Gastroenêmio• 1
274 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

Nervos pelho. O quadríc:ep.-; femoral age de modo a desace-


lerar quando é necessário diminuir a velocidade para
O nervo fen1oral (.Fig. 9.18) inerva os exten50res do mudar de direção ou in1pedir a queda na aterrissa-
joelho - o reto femoral e os vascos medíal, intermédio e gem. A função de desaceleração ca1nbém se toma evi-
lateral. Os llexores do joelho, que consistem nos mús- dente no momento da paralisaç-Jo do corpo, quando
C\Jlos scmitendínco, scmilncmbranácco, bíceps femoral se aterrissa de um salto. A oonuação que ocorre nos
(cabeça longa) e popUteo, são inervados pela clivL5ão quadriccps femorais durante as ações de frenagem ou
tibial do nervo isquiático (Fig. 9.20). A calx.>ça curta do desacel1;:ração ê do tipo excêntrica e controla a redu-
bíceps femoral é suprida pelo nervo fibular (Fig. 11.9). ção de velocidade dos movhnentos iniciados nas fases
anteriores das habilidades esportivas.
Os músculos quadríceps fen1orais são o reto fe-
Músculos quadríceps femorais moral (o único biarticular do grupo), o vasto lateral
(Figura 10.7)
(o maior do grupo), o vasto intermédio e o v;isto
A opacidade de saltar é essencial em pratiaimen1e 01edlal. Todos se fixam na pateta pelo tendão pate-
todos os esportes. Jndividuos hábeis em saltos sempre lar oa ruberosidade da tíbia. Todos são superficiais
possuem quadríceps fen1orais fortes, que estenden1 o e palpáveis, com exceção do vasto intermédio, que
fica sob o reio femoral. O salto vertical é um teste
SÍlllples que pode ser usado par<1 indicar a força ou
pott!ncia do quadríceps femoral. De modo geral,
espera-se que a fo rça desse grupo muscular seja de
25 a 33% mais intensa do que a dos músculos is-
quiotibiais (flexores do joelho).
O desenvolvímento da força e da resistência do
quadríceps femoral é essencial para a manutenção da
estabilidade patelofemoral, que com frequência se
torna um problema para muitos mclivíduos fisicamente
ativos. ~ problema (: mais tarde perpetuado porque
o quadriceps femor.U estí particularmente propenso à
atrofia em caso de lesão. Os músculos do quadriceps
fen1oral pode1n ser desenvolvidos pela e xecução de
atividades de extensão do joelho contra resistência na
posição sentada. Atividades funcionais que exigem
sustencação do peso corporal, como subir degraus ou
M. VO$IO -t-- -- - agachar, são particularmente úteis para o fortaleci-
inte<mt\dio mento e desenvolvitneoro da resistélncia.

-+M.vo.io
M. voslo ~>--­ mediol
Músculo reto femoral (Figura 9.23)
lolerol
Origem
Espinha iUaca inferoanterior do ílio e margem supe-
rior do aretãbulo
\ Inserção
Face superior da pareia e tendão patelar, até a tubero-
sidade da tíbia
Ação
Flexão do quadril
_.,_.,_ Tube<ruidode Extensão do pelho
do llbio
Rotação pélvica anterior

FIGURA 10.7 • Grupo muscular quadric;eps femoral. , ,. , r~


Capírulo 10 An1<11iaçâ ><lo joelho Z15

Palpação Inserção
Na face ela coxa, desde a espinha ilíaca inferoanterio r Borda lateral da patela e te ndão patelar, a té a tubero-
até a patela com extensão de joelho e flexão de sidade da u'bia
quadril realizadas contra resistência
Ação
Inervação
Extensão do joelho
Neivo fe moral (l.2-lA)

Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


Quando o quadril é flexionado, o reto fe.moral se
encurta, o que reduz sua eficácia como extensor do
joelho. o traball10 então ê feito basicamente pelos Palpação
tres músculos v-.istos.
Ver tan1bém a discussão a respeito do reto fe mo-
Ligeiramente distal ao trocanter maior, abaixo da face
ral no Capítulo 9 (Fig. 9.23). anterolateral da coxa em direção à pateta supero-
lateral, particularnie nte con1 extensão total do joe-
lho contra resistência
Músculo vasto lateral (externo) CFígura 10.8)
lnerv-.ição
Origem Nervo femoral {12-!A)
Linha intertrocanté rica, bordas anterior e inferior do
trocanter maior, tuberosidade glútea, metade supe- Aplicação, fortalecímento e flexibilidade
rior da linha áspera e todo o septo intermuscular Todos os tres músculos vastos funcionam com o reto
lateral femoral na exterusão do joelho. São muito usados na

O, Unho inter1rocontilrico, ~-..j..J:_


bordos Inferia< o onterio<'
do trocontor maior. metodo
superior do linho Ó$pOrO o
todo o sopto intemiusculor
lateral ••
••
'•
••

-1~+----1-- M. VIDlo loterol •
'•
• •

Exte -
do i:rho
j 1, Botdo loterol do potelo
o tondõo potolor olé o ~--ff..,.,,._,
luberosidodo do tíbio

FIGURA 10.8 • Músculo vasto lateral, vista anterior. O, O rigem; !, Inserção.


marcha e na corrida, bern oomo pata manter os joelhos
estendidos na posição em pé. O vasto lateral possui uma
tração lateral ligeiran1Cnte superior sobre a patela e, como
resultado, ils vezes toma-se responsável, em pane, por ti. '
problemas de sublu.xa91o ou luxação lateral patelar. Palpação
o vasto lateral é fonalccido por melo de atividades
de e.xtensão do joelho contra a oposição de resistência. Terço anteromedíaJ disraJ cL'l coxa imedíatamente acima
O alonga.m ento (: feito pela flexão máxima do pe!ho, da patela superomcdial e profundo ao reto femoral,
como quando se ACl em pé sobre uma perna e tracio- com a extensão do joelho, pruticularmente extensão
na-se o calcanhar da outra perna até a nádega. total contr.i resistência
Inervação
Músculo vasto intermédio (Figura 10.9) Nervo femoral (12-IA)

Origem Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


Dois terços superiores da superfície anterior do Todos os LTês músculos vastos se contraem na ex-
fên1ur tensão do joelho. São usados com o reto femoral
quando se corre, saira e anda. Os môsculos vastos
Inserção são responsáveis sobretudo pela e.xtensão do joelho
enquanto o quadril está flexionado ou sendo flexio-
Borda superior da patela e tendão patelar, atC! a tube-
nado. Portanto, quando se flexiona o joelho com o
rosidade da ubia
tronco inclinado para a frente na altura do quadril, os
vastos são exercitados con1 pouco e nvolvimento do
Ação
reto femoral. Essas atividades naturais desenvolvem
Extensão do joeU10 os quadríceps femorais.

O, Dois terços
suporioros da
superfície
M . voslo intermédio - - +-...,.. anterior do fêmur

Extensão do joelho I, Borda superior do


potelo e tendão
potelor ot6 o
tuberosidode do tíbio

FIGURA 10.9 • Músculo vasto intermédio, vista anterior. O, Origem; I, Inserção.


Capírulo 10 An1<11iaçâ<> <lo joelho zn
Agachamentos com barra de pesos variados, de- Ação
pendendo da força, constituem um exercício exce-
Extensão do joelho
lente para o desenvolvimento dos quadriceps femo-
rais, desde que feitos correran1enre. É preciso tomar
cuidado e prestar muita atenção à técnica, para evitar
lesões nos joelhos e na parte Inferior do dorso. Exer-
... J
cícios de extensão do joelho (legpress) e de exrensão
com aparelhos com carg-.a também promovem bom
forta lecimento. A flexão tocai do joelho alonga toda a Palpação
musculatura dos quadríceps femorais. lado anteromedial da coxa logo acima da pacela supe-
romedial, con1 a e.xtensào do joelho, paniculam1ente
Músculo vasto medial (interno) extens<io total contra resistc?ncia
(Figura 10.10)
Inervação
Origem
Nervo femoral {L2-L4)
Todo o comprimento da linha áspera e crista condi-
loide medial Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
O vru.10 medial é considerado de grande impor-
Inserção
tância na manutenção da estabilidade patelofemoral,
Metade medial da borda superior da pateta e tendão por causa da fixação oblíqua de suas fibras distais na
patelar até a tuberosidade da tíbia pateta medial superior. Essa porção do vasto medial

O, Todo o comptimenlo
do linho óspera e crislO
condtloide medial

''
'•
---- - M. vasto medial
''
'•
••
\
'

J
Extensão
do joelho
r "\-=1f..1-_ 1, Metade medial do
bordo •uperiot da
paleio e tendõo patelor
al4 a tub«osi<lade da h'bia

FIGURA 10.10 • Músculo vasto medial, vista anterior. O, Origem; /, Inserção.


é oonhecida como o vasto medial obliquo (VMO). O dril ou no tomo7.elo cm situações de mudança de dírc-
vasto medial é fortalecido de n1odo semelhante ao çlo, tomando o movimento como um todo mais fun-
dos outros n1úsculos quadríceps fcn1orais, por aga- cional e <."Ontínuo.
chan1entos, extensões de joelho e leg press, mas o
VMO só é realmente trabalhado nos últimos 10 a 20°
de exrcnsão do joelho. A flexão completa de joelho
,= --
I'
alonga todos os músculos quadríccps femorais. -r

Músculos isquiotibiais (Figura 10.11)

O grupo dos m(lsculos isquiotibials ou posteriores


da coxa, constituído pelo bíceps femoral, semimem-
branáceo e scmítendíneo, é abordado em detalhes no
Capírulo 9, mas a discussão é aprofundada aqui em
virtude de sua importância na função do joelho.
Distensões musculares envolvendo os m(1sculos
isquiot:lbiais são muito comuns no futebol americano
e em outros esportes que requerem corrida explo-
siva. Cosruma-se cl1ao1ar esse grupo de •músculos da
corrida", por causa de sua funçlo na aceleração. São
antagonistas aos músculos quadnceps femoral'> no
joelho e apresentam fixações com aspecto de cor-
dões. Todos se originam na tuberosidade isquiática
do o.~so pêlvico. O semitendíneo e o semimembraná-
ceo inserem-se, respect:lvamente, nos lados antero-
medial e posteromedial da tíbia. O bíceps femoral
insere-se no côndilo latera 1 da u'bia e na cabeça da
fibula - dai o que se denomina: "Dois para dentro e
um para fora• . A cabeça curta do bíceps femoral ori-
gina-se na linha áspera do remur.
Exercícios especiais para aumentar a força e a fle-
xibilidade d~ grupo muscular são imporrant~
para a redução das lesões de joelho. A incapacidade
de tocar o solo com os dedos quando os joelhos
estão estendidos se deve, em grande parte, à falta de
flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Seu fortale-
cimento é obtido por meio de roscas de joelho ou
rosca de perna sobre uma mesa romana contra a re-
sistencia. AU:m disso, músculos isquiotibiais rigidos
ou inflexíveis ta1nb(:m são fatores que contribue1n
para condições dolorosas que envolvem a lombar e
o joelho. A flexibilidade desses músculos pode ser
melhorada com exercícios de alongamento lentos e
estáticos, como flexionar o quadril lentamente man-
tendo e:\"tensão sin1ultânea do joelho en1 unta posi-
ção sentada.
Os isquiotibiais são sobretudo ílexores do joelho,
servindo iarnbém como extensores do quadril. A roia-
ção do joeU10, que pode ocorrer quando ele e&á flexio-
nado, é realizada por esses músculos. O bíceps femoral
gira externamente a perna no joelho e o semitendínco
e o semimembrdJláçeo realizam rootç.io m«lial. A l'Ola-
ção do joelho possibilita movimen~ de pivô e de mu-
danças de direção do corpo, tendo extrema importância l-lGURA 10.11 • Grupo dos músculos isquiotlbiais.
na acomodação das forças que se desenvolvem no qua-
Capírulo 10 -\r'i<"IJI. ç • dr

Músculo poplíteo CFígura 10.12) rolateralmente em direção ao epicôndilo lateral da


Ubia, imedíatamente profundo ao Ugamento colate-
Origem ral f1bular, enquanto o indivíduo roda o joelho in-
Superfície posterior do côndilo lateral do fêmur tema111ente

inserção Inervação

Superficie medial posterior superior da tíbia NelVo tibial 0.5, Sl)

Ação Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


Flexão do joelho O músculo poplíteo é o único flexor verdadeiro
do joelho. 'rodos os outros são músculos biarticula-
R0tação medial do joelho quando ele é flexionado
res. Ele é imprescindivel para a estabilidade postero-
latcral do joelho. Auxilía os músculos isquiotibiais
mediais na rotãção medial do joelho, sendo crucial
para desLravá-lo da •torç-.to• que estfi presente na po-
sição de extensão total.
Pendurar-.<;e em uma lYarra com oo joelhos flexiona-
dos exercita vigorosamente o mú:;culo poplíteo. Ativi-
dades menos enérgicas, como andar e correr, também
Palpação
trabalham esse niúsculo. Para fortalecê-lo especifica-
Com o indiV.duo sentado e o joelho flexionado a 90°, mente, é preciso associar rotação medial e flexão de
palpar profundamente o gastrocnêmio mediaimente joelhos contra resistência. O alongamento do poplíteo
sobre a tíbia proximal posterior e prosseguir supe- é dilicil, nias pode ser feito por nieio de cxtensilo pas-

Flexõo J O. Superflcl.
~riordo
e6<>dilo toi-1
do fêmur

Roloçõo 1, Superficie
medial medial p<»leros-
wperior do h'bio

FIGURA 10.12 • Músculo poplíteo, vista posterior. O, Origem; /, Inserção.


siva complera do joelho sem flexão do quadril. A rota- The Hip and Knee Institute
ção lateral máxima passiva, com o joelho flexionado www.hipsandknees.com/knee/index.html
en1 cerça de 20 a 30°, també111 o alonga. Artrite da articu lação do joelho.

Adam Healtbcare Ccntcr


Sites http://adam.about.com/surgery/10088.htm#
Subsliruição da articulação do joelho.
RadiologicAnatomy Browser
Amerícan Academy of Orthopaedic Surgeons
http://radlinux1.usuf1.usuhs.mil/rad/iong
http://orthoinfo.aaos.org/categorydm?topcategory=Knee
Site com inú1neras vistas radiológicas do sisten1a
Bíbli0tea de educação sobre o joelho para pacicntcS.
musculoesquelético.
Edheads Activities
Univcrsity ofArkansas Medical Scbool Gross
Anatomy for Medical Students www.edheads.org/activitieslknee
http://anatomy.uams.edu/ anatomyhtml/gross.html
Pernlite a realização de uma cirurgia virtual d e
joelh o.
Dissecções, tabelas de a natomia, imagens de atlas,
links etc.
GrossAnatomy:The Functional Anatomy of tbe
I.oyola Un.iversity Medical Centcr: Structure of lhe KneeJoint
HumanBody www.upstate.edu/cdb/grossanat/limbs8.shtml
www.meddean.luc.edu/lumen/meded/grossanatomy/
Anatomia funcional do joelho.
index.htm
Knee Ligament Anatomy and lnjury
Excelente site com muitos slides, dissecções, guias
tutoriais etc., para o estudo da anato rnia humana. www.orthoassociates.com/knee_lig.htm
Anatomia e lesões do joelho e de seus ligamentos.
Wheeless'Tcxtbook of Orthopacdics
www.wheelesonline.com Duke Orthopaedics
Site com exicnso índice de lfnks que levam a tópi- www.wheelessonllne.com/ortho/anatomy_and_kinema·
cos sobre fraturJS, articulações, mCisculos, nervos, tics_of_the_kneejoint
tl"'.iumas, medicações, assuntos médicos, testes labo- AnaLon1ia e cincmá1ica da articulação do joelho.
ratoriais e periódicos de ortopedia, além de o utras
novidades das áreas ortopédica e médica. Knec lnjury: Mcniscus
www.patient.co.uklshowdocl27000672
Prcmicrc Medical S<.-arch Engin c Conhcci rnc nro sobre a articulação do joelho e a
www.medsite.com funç-Jo do menisco.
O usuário fornece qualquer condição médica e o
site procura artigos relevantes sobre o assunto. Smart Play:The Knee
www.smartplay.net/ouchlbo<lybitslb_bitsknee.html
Artbroscopy.com Anatomia, funções, lesões etc. do joelho.
www.arthroscopy.com/sports.htm
Infonnações de pacientes sobre vârios problcnlllS Pate llofemoral lnstability
musculoesquelC:tlcos dos membros superior e inferior. www.massgeneral.org/ortho/Patellofemorallnstability.htm
Alinhamento patelofemoral.
Virtual Hospital
www.vh.org Chiroweb.com
Inúmeros slides, infonnações sobre pacientes etc. www.chiroweb.comlarchives/2.1/24/03.html
Ângulo Q anormal e órtese.
Human Anatomy Online
www.lnnerbody.com/image/muscOS.html The Physician and Sponsmedidne
Anatomia musculoesquelética interativa. www.physsportsmed.com/issue$11997/0Smay/bach.htm
Lesões agudas do joelho: quando reportar.
Capírulo 10 An1<11iaçâ<> <lo ioe!ho 281

The Physician and Sponsmodicine a. Grácil f. Reto femoral


www.phys.sportsmed.com/issues/1999/10_01_99/laprade.htm b. Sartório g. Vasto lateral
Lesões agudas do joelho: avaliação no campo e c. Bíceps femoral h. Vasto intermédio
fora dele. d . Semitend!neo i. Vasto medial
e. Sc1nin1embranãcco j. Poplíteo
PRANCHAS DE EXERCÍCIOS 3. Indique em um esqueleto humano, usando um
elástico grande, a origem e a inserção dos múscu-
Como recurso auxiliar do aprendizado, para tare- los mencionados acima.
fas de classe ou exltaclasse ou para esruclar para pro-
4. Most:re os seguintes movimentos, enumerando os
vas, são fornecidas pranchas no final do livro.
principais músculos responsáveis por cada um.
Prancha de exercício n11 l
a. Extensão do joelho
Desenhe e indique na prancha os músculos e.la
b. Flexão do joelho
articulação do joelho.
c. Rotação n1edial do joelho
d. Rotação lateral do íoelho
EXERCÍCIOS LABORATORlAIS
5. Enumere os planos en1 que ocorre cada um dos
E DE REVISÃO movimentos a seguir. Dê o respectivo eixo de ro-
tação de C'dda movímento em cada plano.
l. Localize as seguintes partes do émgu lo do mem- a. Extensão do joelho
bro inferior e da articulação do quadril em um b. Flexão do joelho
esqueleto humano e em uma pessoa: c. Rotação medial do joelho
d. Rotação lateral do íoelho
a. Esqueleto
1. Cabe~ e colo do fêmur 6. Trabalhando com um colega, determine como e
2. Trocanter maior por que manter a posição de extensão total do
3. Corpo do fêmur joelho limita a capacidade de flexionar ao má-
4. Trocanter menor ximo o quadril, canto ativa quanto passivan1ente.
5. Linha áspera Manter Oexão excessiva do quadril limira a capa-
6. Tubêrculo adutor c idade de realizar a extensão tollll do joelho?
7. Côndilo medial do fêmur
8. Côndilo lateral do fêmur 7. Trab-alhando com utn colega, determine como e
9. Patela por que manter a posição de flexão total do joe-
10. Cabeça ela fíbula lho limilll a capacidade de estender ao mãximo o
11. Côndilo medial da tíbia quadril, tanto ativa quanto passivamente. Manter
12. Côndilo lateral ela tiôía extensão excessiva do quadril limita a capacidade
13. Tuberosidade e.la tíbia de reali7.ar flexão total do joelho?
14. Tubérculo de Cerdy 8. Compare e contraste os aspectos 65seos, ligamenta-
b. Peswa res, articulares e cartilaginosos ela articulação medial
1. Trocanter maior do joelho e os ela articulação lateral do joelho.
2. Tubérculo adutor
3. Côndilo medial do fên1ur 9. Pesquise a aceirabilíclade de flexões profundas de
4. Côndilo laternl do fê1nur joelho e atividades de andar con10 um pato em
s. Patela um programa de educaç-..10 ft~ica e apresente suas
6. cabe~ da fibula descoben.as em classe.
7. Côndilo medial ela ti1>ia
8. Côndilo lateral da uôia 10. Prepare um relatório sobre o joelho a respeito
9. Tuberosiclade da tíbia de um dos seguintes tópicos: lesão do ligamento
10. Tubérculo de Cerdy cru7.ado anterior, lesão meniscal, lesão do liga-
mento cruzado medial, tendinite do tendão pa-
2. Em uma pessoa, como e onde podem ser palpa- telar, síndrome ela prega, dor anterior do joelho,
dos os seguintes 1núsculos: osteocondrite dJssecanre, subluxação/desloca-
NOLJ\: Palpe os músa.tlos ela aruculação do quadril já tnento da patela, órteses de joelho, reabilitação
escudados enquanto eles execuram a~ no joelho. do quadríceps femoral.
282 ~! !Ili 11 d IPC ''"RI· ><'1"11 11'21

11. Pesquise exercícios preventivos e de reabilitação 13. Preencha o quadro de anãlíse muS<:ular (abaixo)
que fo.ruleçam a articulação do joelho e apre- com os principais músculos envolvidos em cada
sente suas descobertas em classe. movin1ento articular.
12. Que grupo muscular em tomo do joelho seria 1nais 14. Preencha o quadro de ação muscular antagonista
Importante de ser desenvolvido em um alleta com (abaixo) com o(s) músculo(s) ou panes deles,
ligamento cruMdo anterior lacerado? Por quê? E cujas ações são antagonistas cm relação aos n1ús-
com ligamento cruzado posterior lacerado? culos da coluna da esquerda.

Quadro de análise muscular • Articulaçào do joelho


Flexão Extensão

Rotação medial Rot:içâo lateral

Quadro de ação muscular antagorusta • Articulação do joelho

Agonlsta Antagonista

Bíceps femoral

Semitendineo

Semimembranáceo

Reto femoral

V3Sto lacerai

Vasto in1ennédio

Vas10 medial

(conlln1u1)
Capírulo 10 An1<11iaçâ ><lo joelho 283

Quadro de ação muscular antagonista • Articulação do joelho (cont .)

Agonisra Antagonista

Reto femoral

Poplíteo

15. Depois de analísar cada exercício no quadro de culação do joelho e então liste os principais
análise dos movimentos da articulação do joe- músculos desta articulação responsáveis por
lho a seguir, divida cada um em duas fases bá- causá-los/ controlá-los. Ao lado de cada mús-
sicas de movimento, como fase de levanta- culo cm cada n1ovitnento, itldique o tipo de
mento e de abaixamento. Para cada uma, contr.iç-lo corno se segue: !-isométrica; e-con-
determine os movin1cntos que ocorrem na arti- cêntrica; E-excêntrica.

Quadro de análise dos movimentos da articulação do joelho

Fase inicial do movimcnro Fase secund.1ria do movimenlo


Exercido Agonlsra(s) - 11po Agonisra(s) - Tipo
Movimento(s) l>1ovimenlo(s)
de contração de contração
flcx!lo de
braço no solo
Agachamento
Levanlall1enro
letr.l

l,qgptrJSS
Afundo/
Am\nque
F.xercldo
de remada
Stafr n1acbf11e
(degrau, step)

16. Analise cada habilidade no quadro de análise de cipais músculos da articulação do joelho res-
habilidades esportivas da articulaç-Jo do joelho ponsáveis por causá-lo/ controlá-lo. Ao lado de
e líste os movimentos da articulaç-Jo dos joelhos cada músculo em cada movimento, indique o
direito e esquerdo em cada fase da habilidade. tipo de contração como se segue: !-isométrica;
Você pode preferir listar a posição inicial em e -concêntrica; E-excêntrica. Pode ser necessário
que a articulação do joelho está na fase de revisar os conceitos para a análise no Capítulo 8
apoio. Depois de cada movimento, liste os prin- para as várias fases.
Quadro de análise da articulação do joelho em habilidades esportivas
Exercicio Fase de apoio Fase p reparatória Fase de movimento Fase de complementação

Arremesso no D
beisebol E

Chute no futebol o
americano E
o
Caminhada
E

Atrernesso no D
softbol E

Passe no o
futebol R
D
Criquete
E
o
Boliche
E

Arremesso D
no basquete E

Referências bibliográficas M2gee DJ: Onhcpetllc pbyslcal ~"""''• ed 4. Phibdelphia, 2002,


~unden!.

&ker OE. e1 •I: Review o( menlsal lnjuty •n<I :IS:IOd•ted spons, Muscollno ]E: 7lJe muscular S):stl!tn 11um11al: tbe skeletal muscles Qf
Amt!rlcan}ounull q/Sports /ofedld11e 13: 1, Janwry-l'ebruary tbe buma11 body, ed 2, Se. Louls, 2003, Elscvlcr M0<sby.
1985. Oati• CA; Klrli!$/<>klfr>, tbe rrwcba11/cs a11cl patbomtoebo11k;s o/buma11
l'idd D: A11a1omy. polp01"111 a111J surface "''"*'"llS, ed 3. Oxford, mo<1crrw111, Philaddpbla, 2004, Uppín<.'OU WUliam5 & \Vtlklns,
2001, Buttcrwonh-Hcinemann. Ptcntic.: WE: llrt1b<'fm :s pri11Clplcs ofmblctlc 1rul11f1lg, ed 12, New
c;,trrkkJG. Rcgna RK: ProphyL1C1lc lctaee br.acing, Amerlca11}ounial York. 2006. McGr-;w·llUI.
<//Spom Medlct1ie 15:47 1, Sepcernbel'-October 1987. Seeley RR, Stephens TO. Tale P: All(l(Om)• 6 pbyslology, cd 7, New
H:unllton N, LuttgC11$ 1\: Kl11eslokl/zy: sclmllljic basls of buma11 York, 2006, McGraw-HUI,
111orlo11, ed 10, ~on, 2002, McGr.aw-Hlll. Sicg KW, Adams SP: JU1istruli!d cssei1/la/s o/mUiJÇflfoskeklfll
Hislop HJ, Montgoniery J' Da11kls 111ul lfbnbl•liJbam's musck ""'"""'Y·cd 2, C'.úoosvtllc, FL. 198), Mcg:,books.
t<'Sting: t«br1lq11tfS o/ mt'1lll(J/ """'ml11atf;)11, ed 7, Philildelphia, Sconc KJ, StoncJA; llt/asoftbc$kd<'lal musdC$, New YO<k, 1990,
2002, SauJldeD. McGr.aw-Mrll.
Kelly OW, et al: P:ueU2r ~nd qu•driceps tendon rupcures j\Jmping 'hn De Gr.a!lil' KM: Huma11 amwmy, cd 6. Dubuque, IA, 2002,
kllee, /Jnu!'rlca11 feumal o/Spo11$ ,lfedú:l11e 12:375, Sepcembet- McGr.a\\•-Hlll.
Octol>cr 1964. Wtoblc RR. tt ai: Panem oi kncc injuries in wrestling, • SU•)'Car
LytshobnJ, WHdllt\dj: Injuries in runncrs, Amerlca11jourtml<>fsports gudy, America11 }olfmol l/fSporrs /lfcdú:f1w 14:55, }anual')~
/ofcdú:loo l): t68, Scp<cmber--October 1966_ F<!bru2ty 1966.
Capítulo
rticulações do tornozelo
e do pé

Objetivos
• Identificar em um esqueleto humano as caractetísticas ósseas mais importantes, os ligamentos e os arcos
do tornozelo e do pê
• Desenhar e classificar em um diagrama de esqueleto músculos do wmozelo e do pé
• Mostrar e palpar em um colega os movimentos do tornozelo e do pê e enumerar seus respectivos planos
de movimento e eixos de rotação
• Palpar em uma pessoa as escrururns articulares superficiais e os músculos do tornozelo e do pê
• Listar e organizar os músculos que produzem os movimentos do tornozelo e do pê, citando seus
respectivos antagonistas

s 26 ossos, 19 músculos grandes, muitos pe- ainda em resposta à carga, apoio médio e apoio ter-
O quenos (intrínsecos) e mais de 100 ligan1entos
que constituem sua estrutura evidenciam a comple-
minal. Em geral, o toque do calcanhar caract.eri-
u -se pela arerrissagem do pé em supinação e da
Xidade do pé. pema em rotação lateral sobre o calcanhar, seguido
A sustentação e a propulsão são as duas funções pela pronação e rotação medial do pé e da perna,
do pé. Seu correto íuncionamenro e o desenvolvi- respectivamente, durante o apolo mêdlo. O pé re-
mento adequado de seus músculos, aliados à pratica torna à supinaç-Jo e a perna à rotaç:lo lateral antes e
apropriada de sua mel'ânica, são essenciais para durante a Impulsão-deslocamento. A fase de os-
todas as pessoas. Na sociedade moderna, os proble- cilação ocorre quando o pé sai do solo e a pcma se
mas de pé são uma das deficiências mais comuns. O move para a frenu~. para outro ponto de contato, e
uso de calçado impróprio ou outros problenUI$ relati- pode ser dividida em oscilaç'ào inicial, média ou ter-
vamente menores causam mecânica de pê deficiente minal. Com frequência , surgem problemas quando
e anormalidades na marcha, e, quando se iniciam na o pé é muito rígido e não entra em pronação de
infância, é inevitável que haja desconforto con1 o forma adequada, ou quando permanece em prona-
passar dos anos. ção após o apoio médio. No primeiro caso, as for-
As ações de andar e correr podem ser divididas ças de impacto n.'lo serão absorvidas durante a mar-
cm fases de apoio e de oscilação (Fig. 11.1). A fase cha, resultando cm um choque transrnitido à cadeia
de apolo se subdivide em uês componentes: toque cinética. Já no segundo, as forças propulsor.is diJni-
do calcanhar, apoio médio e impulsão-deslocamento. nuir-Jo e será oolocado estresse adicional sobre a ca-
O componente de apoio médio pode ser subdivido deia cinética. A corrida difere da caminhada, já que
285
286 M 11111. ! di. cln<.."ilo!og!a c.-stnnural

Fase de apoio (60"k do total) Fase de oscilação

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

,1 1 1 1)

'( ~\.
I

~ ., I:'>.
) ~ ~' ~ '
~ ~

((~ "7' ((
"' ' ~ i/ ((~ "7'
~ <í ~
~ I..~ ~ 1 ..::.
eo.- inicial
~do
R_...,
õcorgo
fcue elo
apciom6dio
Apoóo ~
~mp<A.õo.
o.oloQõo
loidol
~õo
mécllo ......,,
ÔJdlaç6o

""~ "'"'"""' clellocomentcf

Roloç&> ltot.>\l&O RCOCIÇ6o


lotorol modiol loootol
do oblo do~ do•blo

Supjnoç& Prcno()5o s...plOQ96o

FIGURA 11.1 • Ciclo da marcha.


De Pttntlcc WJ!: An1belm'Sprim:iplesofatbk1lc tmí11l1111, 12' cd, Ncw York, 2006, Ml°Gr.iw·Hill

nes1a um pé es1á sempre em contato con1 o solo, dos cinco dedos do pé, conhecidos como falanges.
enquanto naquela hã um ponto en1 que nenhum Em cada falange existem três OS.'>OS individuais, ex-
dos pés toca o solo. ceto no hálux, que possui apenas dois. Cada um
A revolu~-ão no campo do <.."Ondicionamento iJ.Sico desses ossos cainbém (: conhecido como falange.
observada ao longo das últimas três décadas resultou Por fim, há dois ossos sesamoides situados sob a
em enonne progresso na confecção dos calçados es- priml!ira articulação metaiarsofalângica, localizados
portivos e recre-.icionais. Antes, um par de tênis era dencro dos tendões do flexor longo do hãlux.
suficiente para quase todas as a1ividades. A.gora há Em sua extremidade distal, a tíbia e a frbula se
calçados específicos para o basquete, o beisebol, o alargam, projetando-se horizontal e inferiormente,
futebol an1ericano, a corrida inoderada <Jogging), o dando origem a saliências ósseas conhecidas como
futebol, o 1enis, a canllnhada e o treinamento allema- maléolos, que servem como um tipo de polía para
tivo (cross-country). Bons calçados s.'lo importan1es, os tendões dos músculos siruados en1 posição dire-
mas nada substi1ui o desenvolvimento muscular ade- tamen1e pos1eríor a eles. Especificamente, o fibular
quado, a forç-.i l! a mecânica correia do pé. curto e o fibular longo estão exa1amente atrás do
maléolo la1cral. Os músculos imediataJncntc poste·
riores ao malí:olo medial podem ser recordados
Ossos pela fr'.ise "Tom, Oick e Harry" com o "T" para o Li·
Cada pé pos.o;ui 26 osso.e;, que, coletivamente, con- biai posterior, o "D" para flexor longo dos dedos e
ferem a ele o fonna10 de um arco. Conectam-se com o "H" para flexor longo do hálux. Esse arranjo ósseo
a coxa e com o res1an1e do corpo por meio da fibula aumenta a vantagem mec;1nica desses músculos na
e da líbia (Figs. 11.2 e l 1.3), fazendo com que o peso execução de suas ações de inversão e eversão. A.
do corpo seja transferido da cíbia para o lálus e para base do quinto 1netatarsal é grande e proeminente,
o calcâneo. servindo como ponto de fixaç;1o para o fibular curto
Além do cálus e do calcânco, existem outros cinco e o flbular terceiro.
ossos na pane de trás do pé e no mediopé, conheci- A supcrficic in1cma do cuneiforme medial e a base
dos como ossos tarsaís. Encre o lálus e os três ossos do primeiro metatarsal fornecem pontos dl! inserção
cuneiformes si1ua-se o navicular. O cuboide locali· para o tibial anterior, enquanto a superfície abaixo dos
za-se entre o calcâneo e o quarto e o quinto metatar- mesmos ossos serve como inserção para o fibular
sais. Distal em relaç-.io aos tarsais, estão os cinco me- longo. O tibial posterior 1em múltiplas inse~ sobre
tatarsais, que, por sua vez, correspondem a cada un1 as superficies internas inferiores do navicular, do
Capítulo 11 Arun1l:<ÇÕC• do tornozelo e do ~

Eminêncio inle<condllar

Cõndilo
loterol
__ Çõndilo
Cabeço mediol
do flbulo

Articuloçõo Tuberasiclode do tíbio


tibiofibular
svperior

Fíbulo ---;-"· 1---Tibio

ArHculoçõo
Hbiofibular ---+--< ·
inferior

FIGUR;\ 11.2 • Píbula e tJ'bia direitas.

0e Anthony CP, KolthofT NJ: 71>.>tllock <da"atomy and pbytfôfctO•, 9' cd., St. 1.0ul._ 197S. MO$by.

cuneiforme e da segunda a.té a quinta base do metll-


rarsal. Os ápices e as superficies abaixo das bases da
Articulações
segunda atê a quinta falanges distais são pontos de A t1'bia e a fíbula formam a articulação tibiofibular,
inserçlo para o extensor e o flexor longo dos dedos, uma articulação anflartrodíal sindesm6tica (ver Fig.
respectivamente. Da mes1na maneira, o ápice e a su- 1 L2). Os ossos são unidos tanto na articulação tibío-
perficie abaixo da base da prlmeíra falange distal for- fibular proximal como na distal. Além dos ligamentos
necem inserções próprias para o extensor longo do que suportam essas duas articulações, há uma mem-
hálux e o flexor longo do hálux, respectivamente. brana inter6ssea densa entre o corpo desses dois
A superfície posterior do calcâneo é muito saliente ossos. Embora o movimento possível entre eles seja
e serve como ponto de f001ç:lo para o tendão do cal- mínimo, às vezes a articulação distal sofre torç-Jo en1
câneo do complexo gastrocnêmio-sóleo. esportes de contato pesado, como o futebol runeri-
288 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

Folongos:
3, Distal
2, Médio
1, PrOJtimol
Anlep6 Articulações
interfolôngicos
proximois (IFP)

Metatarso is
Articulações
metolorsofolôngicas (MF)

Articuloçôa transverso
Mediol--t-
do torso
Cuneiformes lnlormediório ~.J--:::::iL
Mediop6
.____l~olerol ~
Naviculor ( ,

Tólus-+--- Articulação subtolor

Retrop6

FIGURA 11.3 • Pé direito, vista superior.


Modiflc:oido de Mthony CP, KoltholT NJ: Tmbool ()/anatomy and p/))$fC/cfl>'. 9' cd., St. LOuis, 1975, Mosby.

cano. Essa lesão, u1n entorse da articulação sindes- quando o joelho é flexionado, o que reduz a tensão
1n6lica, em geral atinge o ligamento tibiofibular infe- do músculo gastrocnêmio biarticular. A fibula gira
rior anterior, mas pode envolver também o posterior. sobre seu ei.xo de 3 a 5º lateralmente com a dorsille-
Em lesões mais severas, o ligamento tibiofibular pos- xão do tornozelo e de 3 a 5ª mediaimente durante a
terior, o ligamento interósseo e a n1embrana inter6s- flexão plantar. As superficies que formam as sindes-
sea podern ser atingidos. moses distanci:un•se em tomo de 1 a 2 rnn1 durante a
A articulação do tornozelo, tecnicamente conhe- dorsiflcxão compleca.
cida co1no articulação talocrural, é uma articulação Embora consideradas movimentos da articulação
do tipo dobradiça ou ginglimoide (Fig. 11.4). É for- do tornozelo, a inversão e a eversão ocorrem, tecni-
mada pelo tálus, pela llôia distal e pela ffbula distal. camente, nas articulações subtalar e tarsal transversa.
Pcm1i1e cerca de 500 de flexão plantar e 15 a 200 de Classificadas como deslizantes ou artrodiais, essas ar-
dorsiflexão (Fig. 11.5). Uma amplill.lde rnaior de dor- ticulações as.sociam-se de n1odo a permitir em torno
sillexão é possível particularmente no apoio do peso de 20 a 300 de inversão e 5 a 159 de eversâo. Ocorre
Capítulo 11 Arun1l.lÇÕC• do tornozelo e do pé

- - - - - Tíbio
Fíbula - - - -- ü90mentos ~biolibulores
onle<ior e posterior

Tendão
docolcdneo

Cuboide
ligamento Tend6odo m. e
cokoneocub6ideo dorwl flbulor curto Ouo do - - - - - - - Tlblo
quinto mototoool - - flbulo
ligamento
toloc:olcôneo lntor6o>eo Ligamento plantar longo f \ :.:...;:,.,:..__ LJ90mento
lnlOróoieo
,•

Ugomento ~
deltóideo ~.

ligomenlo
colconeofibulor

li90mento fibiotolor posterior ligamento


ligamento toloeoleônoo
llgomonlO fibioeoleôneo po•11Wior
dellóideo
llgomenlO ~bionoviculor
.___l lgomonlO tib10401ar onte<lor

Primeiro osso melotarsol


- - - - Tendõo do coleôneo

~ ligamento tolocoleôneo poslerlor

a
Nc:Mculor

Tendão dom, ligomenlo colconeonovicular planlOr


ligamento Tendao do m. riblol
~biai onlerlor
torsometol0r$01dor$OI Ligomento
plantar longo ligamento poslOrior
colconeonovicular
plantar

FIGURA J 1.4 • Aniculação do tornozelo direito. A, VisLa lateral; B, Vista medial; C, Vista posterior.

Mod!Jlado de Van De Gr.llT KM: H11mat1 UtlOIOJn) \ ~ ed., Ncw York, 2002, McGr.l\\' Hlll.
290 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

90'

Articuloçõo do tornozelo lnversõo Eversõo Arliculoçõo Articuloçõo


melolaí$0folôngico interfalõngico
A 8 e
O'
Abcldo- - Abduc:6>
~--~

\
6IJ'
f1uilo

Articuloçõo Atliculoçõo Atticuloçõo Seporoçõo dos dedos


interfolõngico distei interfolõngico proximal metotorsofolõng ico
D

l'lGURA 1 1.5 • r.1ovimcnto ativo do tornozelo, do pé e dos dedos. A, A dorsiflexão e a flexão plantar são
mensuradas e1n graus a partir da posiç-Jo neu1ra do ângulo reto ou em percentuais de movimento em
comparação com o tornozelo do lado oposto; B, A inversão e a eversão são, em geral, estimadas em graus
ou expressas cm percentuais cm comparaç-lo com o pé do lado oposto; C, Flexão e exten.<;ão do hálux;
D , Amplitude de movimento pa.ra os quacro dedos laterais.

um movimento mínimo entre o restante das articula- na Figura 11.4. Sem dúvida, o enLorse de Lomo2clo
ções aruodiais intenarsal e 1arsometa1arsal. mais comum rcsuha de inversão excessiva, que pro-
As falanges unem-se aos mctatarSais, dando ori- voca danos às estrurur:is ligamentares laterais - so-
gem às articulações metatarsofalângicas, classificada.o; bretudo aos ligamentos calcaneofibular e talofibular
como do tipo condiloide. A articulação metatarso- anterior. Forças de eversão excessivas, causadoras de
falângica (MP) do h:ílux flexiona-se a 45º e estende-se lesão do ligamento deltóideo no aspecto niedial do
até 7C'P; já a articulação interfalltngica (IF) pode flexio- tornozelo, ocorrem com menos frequência.
nar de C'P de extensão completa a 90" de flexão. As Os ligamentos do pé e do tornozelo mantêm a
aniculações MF dos quatro dedos menores permitem posição de um arco. Todos os 26 ossos do pé são
cerca de 4C'P de flexão e 4C'P de cx1cnsão, e t~m capa- conectados com ligamentos. O alvo dessa rápida dis-
cidade mínima de abdução e ad ução. A movimcnta- cussão são os arcos longitudinal e IJ'ansVerso.
~'ào das articulações interfalângicas proximais (!FP) Existem dois arcos longitudlnais (Fig. 11.6). O arco
dos dedos menores vai de C'P de extensão a 35º de longitudinal medial localiza-se no lado medial do pé
flexão, e as articulações interfalângicas diStais (IFD) e et.'tende-se do osso calcâneo até o tálus, navicular,
flexionam-se em 6()11 e estendem-se em 3()). Em todas três cuneiformes e extremidades distais dos três meta-
essas articulações, há variação significativa de uma tarsais mediais. O arco longirudinal lateral locali:r.a-se
para a outra e de pessoa para pessoa. no lado lateral do pé e este nde-se do calcâneo até o
Os entorses de tornozelo consisten1 em unu das cuboide e extremidades distais do quarto e qumto
lesões mais comuns entre as pessoas fisicamente :ui- n1etatarsais. Os arcos longJtudinais, indlviduaJmentc,
vas, envolvendo o estiramento ou a laceração de um podem ser altos, n1êdios ou baixos, cn1bora un1 arco
ou mais Ligamentos. O número de ligamentos exis- baixo não seja neces.5ariamente um arco fraco.
tentes no pé e no tornozelo é muito grande par.r. ser O arco t..ranSverso (ver Fig. 11.6) a1ravessa o pé,
discutido nesLe livro, mas alguns deles são mos1rados de um osso metatarsal at<'! o outro.
Capítulo 11 Arun1l.lÇÕC• do tornozelo e do pé 291

Ossos
cvnoilormos
Osso
cuboido
Tólus
_,,,,_ colc6nco
.~-.:: Osso
novievlor
' - - - Arco tronsV9fso
' - - - Arco longltudinol
' - - - - Primeiro osso merotorsol

FIGURA 1 l.6 • Arcos longitudinal e transverso. A, Vista medial


do pé direito nlostrando ambos os arcos. B, Vista transversal

I
~
AKo transverso
alr3vês das bases dos ossos mc1amrsais moslr3ndo a porção do
arco transverso.
a

Movimentos ( Figura 11.7) Eversão: vira.r o tornozelo e o pé para fora; en1 ab-
dução, afas1and0-0s da linha mediana; o peso é
colocado sobre a borda medial do pé
Dorslflexão (flexão): dorsiflexão; movimento do
Inversão: virar o tornozelo e o pé para dcncro; em
topo do tornozelo e do pé em direção anterior ã
aduç;lo, em direção ã linha mediana; o peso ê co-
uôia
locado sobre a borda lateral do pê
Flexão plantar (extensão): movimento de afasta- Fle.tlo dO$ dedos: mo\•imenlo dos dedos em direção
mento do tornozelo e do pé e1n relação ã tíbia à superfície plantar do pé

A 1

Dorsíflex6o Flexão olontar

l'IGURA 11.7 • Movimentos do tornozelo e do pé. (co11Hnua)


292 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

e
D

Eversõo aubtolor lnvenóo subtolor


• torsal lnlnJVerfCI • torsol tniruverso

E
F

Flexão doa~ Extensão dos dedos

G
H

Pronoção

FIGUIV\ 11.7 (co111.) • Movimento.5 do 1omozelo e do pé.


Capítulo 11 AI' c11l,1a'\ · t '.'llozclo ,. ti > pé 293

Extensão dos ded os: movimento de afastamento Músculos do tornozelo e do pé


dos dedos em relação à superfície plantar do ( Figs. 11.8 e 11.9)

O grande níunero de músculos existentes no tor-
Pronação: combinação de dorsifiexào do tornozelo, nozelo e no pé pode ser melhor escudado se lais mús-
ever..'ào suhtalar e abduç-Jo do antepé (dedos para culos forem agrupado.~ de acordo com sua localização
fora) e função. De modo geral, os músculos loodizados no
Supinação: combinação de flexão plantar do torno- aspcao anterior do tornozelo e do pé são os nexorcs
zelo, inversão subtalar e adução do anrepé (dedos dorsais, e os do aspecto poSterior são os Aex.ores plan-
para denlrO) tares. O gastrocoêmio e o s6leo juntos são conhecidos

Bíceps femoral - Y"'--- , Vasto


~ lateral
--'f - Tendõo do grócil
----Troto
Plonlar-,.... iliotibiol Tendõo
Polelo - ;...;f- do semimembroncXeo
NONO -_,,....~JI ~,.;....- Tendõo
~bular comum do semi1andfneo

/
Cobeço lolerol-"'--
do gostrocnAmio J ' 1 • , ',i'

Sóleo __.1_2 Cobeço medial _ ._


I - --
- libiol onlerior do gostrQCJ'lêmio

nbiºITT
- --Extensor longo libiol anterior -
dos d.dos

- -Tondõo
do colcôneo
Fibulor """" t -- - Tendào
Clll1o
1- -Extensor longo do plonlOr
do hólux
Tendào - libiol posterior ---..,,.,..,..- , -""-- - Flexor longo
do colcôneo - --fibulor letcelro
dos dedos

Moléolo -
lateral
1 --1
- Re1inóculo ~~ r --
mfenor \ '
'---Flexor longo
do hólux
(

~ Rotinóculo
A
).'1 ffexor

Abdutor do hólux {carie)

FIGURA 11.S • Músculos da perna, do tornozelo e do pé. A, Vista lateral; 8 , Vista medial. (conti1111a)
294 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

At16rio o ---=:::::-'.I
veia poplileas _ --;J
---Plonlor (secxionadol
"---,--Cobeço lotorol
do gostrocnêmia
(se«ionadol

':;__ Nervo fibulor


comum (seccionadol
- ....---Tuberosidode
ela n'bio
Ar1ério ribiol -.:-i- r - ~Sóleo (seccianodol
posletía<
- -Cobeça medial Artério tibiol
ela 9<»1racnêmia anleria<
NGNO tibial - -+--

Extensor longa _ ...__ Flexor longo-~, ~


elas dedos --S<>leo dos dedos
- Fibulor longo

E:xtonsor longo Artéria tibial --~


da hólux posterior

\ ------Rerinóculo eidenw
superia<
Relin6eulo - - - - Tendõo do tibial J
ex1ensor posterior
inl0ti0<
Tenclõo - - -
do cok;a,_ ~ ;..---Artório fibufor

e o

flGt.:RA 11.8 (cont.) • Músculos da perna, do tornozelo e do pê. C, Vista antillior; D, Vista po1>1erior profunda.

como tríceps sural, pois possuem três cabeças que se localizatn-sc o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar, en-
unem ao tendão do calciineo. Os m6sculos eversores quanto no profundo licrun o flexor longo dos dedos, o
enconcran1-se mais para a borda lacerai, ao passo que flexor longo do hálux:, o poplíteo e o tibial posterior.
os inversores localizam-se medialn1ence. Todos os músculos do compartimento posterior super-
A perna é dividida em quatro comprutimentos, e cada ficial são flexOIC'l planeares primários. O plantar, auscnre
um deles oont6m mClsculos cspccfficos (Fig. 11.9). Envol- em algumas pessoas, é um músculo biarticular ve;,1igial
vendo e ligando fortemente cada cornpartin1en10 há uma que contribui muito pouco para a Aexão plantar do Lor-
f.íscia densa, que facilita o retomo venoso e inli:x.-'Cle o no1.elo. Os músculos do compammento po&erior pro-
inchaço excessivo dos músculos durante o exercício. O fundo, con1 exceçio do poplíteo, são Hexores plantares,
compartiinento anterior contém o grupo don;lflexor, que mas também funcionam como inversores.
consiste no tibial anterior, fibular terceiro, excensor longo Em razão da intensa de1nanda exercida sobre a
dos dedos e extensor longo do hálux. O companimento muscularura das pernas nas atividades de corrida
lateral contén1 o fibular longo e o fibular curto - os dois exigidas pela maioria dos esporres, são muiro co-
eversores mals fortes. O oon1partimento posterior é divi- muns entre os esportistas lesões tanto agudas como
dido em profundo e superficial. 'o superficial posterior, crônicas. A "hipersensibilidade dos músculos pré-ti-
Capílulo 11 .... ,,.,,.,,.,~

biais" (: uma express:lo comum para descrever uma Músculos do tornozelo e do pé por função
condiçilo dolorosa da perna, muitas veies associada
a atividades de corrida. Ela não constitui um diag- Flexorcs plantarc.'S
nóstico específlco, sendo, ao contrario, atribuída a Gasuocnêmio
um grande nOmero de lesões musculotend.Jnosas es- Flexor longo <los dedos
pecíficas. Na maioria das vezes, o tibial posterior, o Flexor longo do hálux
sólco medial ou o tibial anterior est.i envolvido, em- Fibular longo
bora o extensor longo do:. dedos tambêm possa tei- Fibular cuno
panicipaçào. A hipersensibilidade dos mOsculos pré- Plantar
tibiais pode ser prevenida, cm pane, por meio de Sóleo
alongamento dos flexores plantares e fortalecimento Tibial posterior
dos dorsiflexores. Eversorcs
Além disso, com razoável frequência, os esportistas
Fibular longo
são Vítimas de clíbras doloro.sas C:Jusadas por espasmo
Fibular curto
muscular agudo no gastrocnêmio e no sóleo. Elas
Fibular terceiro
podem ser aliviad:is por melo de dorsiflc.xão ativa e
Extensor longo dos dc.'<los
passiva. Outra lesão bastante incap-.tcitante envolve a
ruprura con1pleta do fone tendão do c:alcâneo, que Dorsiflcxorcs
conecta esses dois ílexor<.'S plantares ao c:alcâneo. Tibial anterior
Obscrvaçilo: Muitos mCtSCUlos cio tomo:1.elo e do Fibular terceiro
pé contribuen1 parn produzir mais de um movimento. Extensor longo dos dedos (extensor dos dedos)
Extensor longo do hálux (extensor do hálux)
lnversores
ComportimenlO loterol Tibial anterior
eo..... "'- plonlo< do ..._,..,,
e-o p6 Tibial posterior
Anlerlor
flexor longo dos dedos (flexor dos dedos)
Flexor longo do hálux (ílexor do hálux)

Músculos do tornozelo e do pé por com partin1en10


Compartimento anterior
Tibial anterior
Extensor longo do hálux
Extensor longo dos dedos
Fibular terceiro

Compartimento lateral
Fibular longo
l'osl9rior Fibular cu no

Comprutimento posterior profundo


Flexor longo dos dedos
Flexor longo do hiílux
Tibial posterior
Compartimento posterior superficial
Gastrocní:mio (cabeça medial)
FIGl..iRA 11.9 • Secç;lo transversal da perna GastrOCncmio (cabeça lateral)
n1ostrando os companirnentos musculares. Sóleo
Ao visualizar os mOsculos nas Figuras 11.8 e 11.9,
De Seclcy RR. SceplldlJ TI>, T.11c p, "'"ª'°"'>' """pby#olcgy, )' ed., correladone-os com a Tabela 11.1.
SI Louis, 199S. Mosby.
TABELA 11.1 • Músculos agonistas da articulação do tornozelo e do pé

Plano de
Músculo Origem Inserção Ação Palpação lnervaç:lo
movimenio
Cabeça me-
dinl: superfi- flcxilo planmr
cie posterior do tornozelo
Superlide
do côndilo
'.à n1edial do
posterior
Nervo
'€ do cakâ- Metade superior da foce
! Gastrocnemio fCmur neo (ten-
Sagilal
posterior da perna
tibial
Cabeça late- (Sl, 52)
"
\1)
...o ral: superficie
<.l:io do Flexão
·e calcâneo)
:! posterior cio do joelho
8. côndilo late-

-o
e
<.>
mi do ramur
Superfície P~terionnente sob o

·t
e
posterior da
flbufa proxi·
mal e dois
Superlicie
posterior
do calcá· l'lex:lo planear
músculo gasuocnên1io na
rcgi.~o m<.-dial e !ater.ti da
perna, panlcularnleme em
Nervo
8 S6lco
terços proxi· neo (ten- do tornozelo
Sagital
decúbito ventral com o
tibial
(SI, S2)
mais da SU• d.ão do joelho flexionado em
perficie tibial calcâneo) tomo de 90° e flexão
posterior plantar ativa do tornozelo
O tencUo pode ser pai-
Sup<.'rficie Inversão do pé Frontal
Superficie da pado proximalmente e
interna ln·
metade o-upc- clistalmente logo atrás do
íerior dos
rior d'I mem- mlloolo medial rom a in-
OSSOS navi-
brana inte· versão e a flexilo plantar, 'ervo
Tibial cular e
róssea e sendo melhor disting\lído tibial
posterior cuneiíonne Flexão plantar
su perficies Sagital do Dexor longo d06 dedos <l5, Sl)
e bases do do tornozelo
adjacentes da e flexor longo do h.1Jux se
29, 3º, 411 e
libia e da os d<.-dos puderem ser
)!lo=
fibula mantidos em ligeira
o metamrsais
'O extensão
.ae
ea. Flexão dos qua·
O tendão pode ser pai-
o
... ltO dedos OlenO-
pado posierionnente ao
Base da fa. res nas articula·
·5 lange distal ções metatarso-
maléolo medial e ao tibi:tl
!g Flexor longo
Terço médio
da superficie
de cada
um dos
falângica e
interfalãngicas
Sagital
pooterior e antet\omlenre
ao flexor longo cio hâlux
Nervo
tibial
e dos dedos pos1erior da oorn a llex;lo dos qwtro
qua1ro proximal e distal (L5, SI)

·l
e
libia
dedos
nlenores
l'lexilo plamar
do tornozelo
dedos menores enquanto
maruêrn o háJux estendido,
o tornozelo clorsiflcxionado
8 Inversão do pé Frontal e o pé evesticlo

l'lex:lo do hálux O ~ posterior dos tr€s


nas articulações tendões logo atrás do ma-
Dois terços Base da fa. metatarsofalân· léo!o medial; entre o sóleo
Nervo
m&:líos da tange distal gica e Sagícal medial e a tíbia com a
Flexor 101180 libi.11
superficie do hálux; intenalãngica flex:lo ativa do hálux en-
do hálw: (L5, 51,
posterior da ~-u perficic quanto m1mém a extensão
Flexão planmr S2)
ftbula plantar do tornozelo dos quatro dedos menores,
a dorsillcxào elo 1orno-~o
Inversão do pé Frontal e a evcrs:lo cio pé
(aJtlllrlUll)
Capítulo 11 l\1'1<1tl;ia'\<>• tln t<>mozclo e do ~

TABELA 11.1 (cont.) • Músculos agonistas da articulação do tornozelo e do pé


Plano de
t.1úsculo Origem Inserção Ação Palpação Inervação
movimento
Região lateral superior ela
Eversâo do pé Front31 tíbia üncdíalllmcntc dislal :\
Çabeça e sob as su-
cabeça da fibula e seguindo
dois terços pcrficies do Nervo
par.i lxlixo :itC! inlCdiatt-
Pil)Ufar superiores da cunelfonne flt>ular
-e longo supcrficic medial e do
mente posterior ao mall'Olo
su pcrficia1
-
<)

..!:!
g
lateral da
tibuJa
'ºosso
m<:tatarsa1
Flexão planiar do
tornozelo
Sagical
latem!; inledim::uneme poste-
rolateral a partir do tibial an-
terior e extensor longo dos
(IA, LS, SI)

e
<)
dedos com a cversào ativa
E
•t:
...o. Eversâo do pé Frontil
Tendão do músculo na ex-
tremid1de proximal do 5°
~
Dois terços
Tu bera.si· met:uarsal· imediatamente Nervo
inferiores da
Fibular dade do 9 prox.imal e' posterior ao tibular
superficie
curto osso Flexão plantar do maloolo lateral; profunda· su pcrficial
latcr.11 d:• S:igital
mer.1tars.1J 1omozeJo niente amerior e po5leri0r (lA, LS, Sl)
fibuJa
ao fibular longo oom a
evers:1o ativa
Dorsiflexão lrnedia1.1men1e medial a fi.
Sagital
do tornozelo bula distal; lateral ao ten-
d:lo do ex1en.sor longo dos Nervo
Terço distal
Fibular Base do 5º dedos sobre a face antero- fibular
da fibul:i
terceiro mc(jttars:il latcr:d do pé, para baixo, profundo
anteríor Ew:rsão do pé Frontal
ao lado medial da base do (IA, L5, SI)
5° met3tarsal com dorsiíle-
xào e cversão
Segundo m6sculo no lado
E."<tcnsão dos
Côndilo lat(.~ lateral da bonb tibial anl(.'-
dedos menores
ral da tíbia, Ápice das rior, região superolateral da
nas :utirulações
cabeça e falanges tíbía entre o tibial anterior Nervo
extensor mccacarsofalângica
dois terços rnl-'Clia e Sagir.11 mcdialmcnte e a fibula flbular
.... longo dos superiores d1 e interfalângicas
o dedos disml do.s latcrnlme:nte; divi~ ein profundo
·e: proximal e distal
-<)

;
supcrficie
anterior da
dedos me-
nores Dorsiflexão
quatro tendões imedlata·
mente dislais ao 1omo1.cl.o
(IA, LS, Sl)

-o
e: fibuJa do tornozelo antcrioc oom os ck..odos em

e
-~
Eversão do oé
Extcns.~o do
Frontal exten'ião rui\13

a
E hálux nas articula-
o çôcs metatarso- Da façc dors:il do hálux
u Dois ICl'ÇOS
f.1.lângica e inter· Sagital imediatamente lateral ao ú· Nervo
Extensor médios da Base da
biai anterior e m<.'<lial ao fibular
longo do supcrficie falange dis- falân~lca
extensor longo dos dedos profundo
hálux m(.-díal da fi. tal do hálux Dorsif11ro1o
do tornozelo na aniruta~o anterior do (L4, LS, Sl)
bula anterior
tornozelo
Inversão fraca
Frontal
do tornozelo
Superficic Dorsiílcxão Prílll(.W mús<:ulo no lado ta-
Sagital
interna do do tornozelo tera! ela borda tibial anterior,
Dois terços Nervo
cuneifonne panlcularmente palpável
Tibial superiores da flbular
ITl(.>dial e com a dotsiflexão ativa tOlal
amerior superficie la· profundo
base do 111 tnvcrslo do p(! Front.'\I do tornozelo: tend:lo m.1ls
teral da tíbia ( IA, LS, St)
osso proeminente cruzando o tor-
metaiarsal no7.clo anterornedialmcnte
Nervos
Como descrito no Capítulo 9, o nervo isquiático cal primeiro e o flexor cuno dos dedos. O netvo plan-
origina-se no plexo sacral e toma-se os nervo:. ubial e tar lateral supre o adutor do hálux, o quadrado plan-
fibular. A divisllo tibial do nervo isquiático (Fig. 9.20) tar, o lumbrical (2, 3 e 4), os interósseos dorsal e
continua para baixo junto à face posterior da perna, plantar, o abdutor e o flexor do dedo mínimo.
inervando o gasU"OCní!mio (cabeça medial), o sólco, o O nervo Abular (Fig. 11.1O) divide-se logo abaixo
tibial posterior, o flexor longo dos dedos e o flexor da cabeça da ffi>ula, tornando-se os nervo.~ fibular''S
longo do htllux. Imediatamente anccs de alcançar o superficial e profundo. O rJmo superficial inerva o
tornozelo, o nervo tibial ramifica-se par.i se ton1ar os fibular longo e o cuno, enquanto o ramo profundo
nervos plantares medial e later.il, que inervam os inerva o tibial anterior, os cxlcnsores longos dos
músculos ln~ do pé. O nervo plantar medial dedos e do hálux, o fibular terceiro e o extensor
inerva o abdutor e o flexor curto do hálux, o lumbri- cuno dos dedos.

Cobeço curlo - --
do m. blceps fernorol

.\.

M. fibulor longo --..!:"!N~, '--- M. exleruor longo dos dedos


NeM> libulor _ ___;,..·,
wperllc;lol
M. libulor curlo _ __...

nGURA 11. 10 • Distribuição muscular e cutânea do nervo fibular.


Capítulo 11 Arun1l.lÇÕC• do tornozelo e do pé

Músculo gastrocnêmio (Figura 11.11) Inervação


Nervo tibial (51, 52)
Origem
Cabeça medial: supedicie pOSlerior do côndilo medial do Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
remur Juntos, o gastroenêmio e o sóleo são conhecidos
Cabeça lateral: superticie po5terior do côndilo lateral do como triceps sural, com o tríceps referind0-.5e ao
fêmur sóleo e às cabeças medial e lateral do gastrocnêmio, e
o sural à panturrilha. Por ser um músculo biarticular, o
Inserção gastrocnt!mio é mais efetivo como tlexor do joelho
Superfície poolerior do calcâneo (tendão do calcâneo) quando o tornozelo é dorsiflexionado e mais efetivo
con10 flexor plantar do pé quando o joelho é mantido
Ação e1n extensão. É o que se observa quando uma pessoa,
ao dirigir, posiciona-se mlúto próximo ao volante: o
Flexão plantar do tornozelo músculo inteiro é encurtado e sua efetividade é redu-
f'lcxào do joelho zida. Quando os joelhos são flexionados, o gascrocnê-
mio se to ma um flexor plantar ineficaz, ficando mais
clificil pressionar o freio. Correr e saltar são exercicios
que dependem muito do gastrocnêmio e do sóleo
para in1pelir o corpo para cima e para a frente. Exen:í-
cios de elevaç:1o do calcanhar, com os joelhos em ex-
tensão total e os dedos do pé repousando sobre um
Palpação bloco de madeira, s.'\o excelentes para fortalecer o
músculo em toda a sua amplitude de movimento; para
Músculo mai5 fácil de ser palpado no membro inferior; aumentar a resistência oferecida, podem ser pratica-
face posterior superior da perna dos com um haltere sobre o ombro.

O, Superlíci!U posteri<><es
dos dois côndilos
do femur

• J Flexõo do joelho

M. goW'ocn&mio

1, Superfície posterior
do r;olcôneo

FIGURA 11.11 • Músculo gastrocnêmio, vista


posterior. O, Origem; !, 1nserção.
300 t 11 1 ,f e • l 1 t• \

O gastrocnêmio pode ser alongado na posição em Palpação


pê, colocando-se as palmas das mãos na parede, com
POSteriormente sob o m6sculo gastroenêmio nos lados
um afastan1ento de cerca de 90 cm, e inclinando-se
medial e lateral da perna, em particular em decúbito
em direção a ela. Os pés devem ílcar apontados retos
ventral com o joelho ílcxlonado cm cerca de 90" e o
par-.1 a frente, e os calcanhares não devem sair do
tornozelo em flexão plantar ativa
solo. Os joelhos devem pcm1ancccr completamente
estendidos durante todo o exercício para acentuar o
Inervação
alongamento sobre o gastrocní!mío.
Nervo tibial (SI, $2)

Músculo sóleo (Figura t 1.12) Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


Origem O m6sculo sóleo ê um dos ílexores plantares mais
Superficic po.stcrior da ílbula proicim.11 e dois terços importantes do tornozelo. Alguns anatomistas acredi-
pro~ da superficie tibial poSterior
tam que ele é quase tão importante nesse movimento
quanto o gasuocnêmio, o que se revela verdadeiro
Inserção quando o joelho é ílt!Xionado. Quando uma pessoa se
levanta sobre os dedos do pé, o músculo sóleo pode
Superfície posterior do c:1lc-Jneo (tend:lo do c:ilcâneo) ser visto claramente na pane externa da perna, cm es-
pecial se ela a exercitou de forma intensa - correndo
Ação e andando, por exemplo.
Flexão plantar do tornozelo O m6sculo sóleo (: usado scrnprc que o tornozelo
sofre ílexilo plantar. Todo movin1ento em que o peso
do corpo é colocado sobre o pé, com o joelho ílexío-
nado ou estendido, coloca-o em ação. Quando o joe-
lho é flexionado ligcíramentc, o efeito do gastrocnê-
mio é reduzido, exercendo mal~ 1r.1balho sobre o
sóleo. Correr, saltar e dançar sobre os dedos do pé

,-+-- M. aóleo

Dob 10tÇO> ptOlClmoi•


do• wpetfíc;.,
poi!erior"1 do b"bio
ada h'bulo

FIGl;RA 11 12 • M6sculo sólco, vista


posterior. O, Origem; /, Inserção.
Capítulo 11 Arun1l.lÇÕC• do tornozelo e do pé 301

são exercícios que dependen1 muito do s61eo. Para Ação


fortalecê-lo, pode-se praticar qualquer exercício de Eversào do pé
flexão plantar con1ta resiscência, principalmente com
o íoelho cm leve ílcxão, para desviar a ênfase sobre Flerlo plant<'lr do tornozelo
o gastrocnêmio. Exercícios de e levaç-Jo do calcanhar,
como os descritos P"dra o gastrocnthnío, só que com
os joelhos levemente flexionados, são uma maneira
de isolar este músculo para fonalecê-lo. Para aumen-
tar a res~1ência oferecida, pode-se segurar pesos sobre
os ombros.
O sóleo é alongado da mesma maneira que o gas-
trocnênlio, mas com os joelhos ligeiramente flexiona- P.alpação
dos para liberar o estiramento sobre o gasLrocnêmio Lateral superior da tíbia; imediatamente distal à ca-
e dcsvi.1-lo para o sólco. Também nesse caso é im- beça da fibula e, seguindo para baixo, imediata-
portante tentar manter os calcanhares no solo. mente posterior ao maléolo lateral; imediatamente
posterolateral do tibial anterior e extensor longo
dos dedos com a eversão a tiva
Músculo fibular longo <Figura 11.13)

Origem Inervação

Cabeça e dois terços superiores da superfície later.tl da Nervo l'ibular superficial OA-15, 51)
fibula
Aplicação, fo rtalccimcoto e flexibilidade
lnserção O músculo l'ibular longo passa posteroinferior-
Superficies abaixo dos ossos cuneifom1e niedial e pri- 1ne nce pelo maléolo lateral e dirige-se para o pé, pas-
meiro nictatarsaJ sando sob e le pelo lado de fora, para inserir-se sob

O, Cabeço e dois
terço1 su-periora.s
- -1--t-M. libulor ~o cio suporfíclo loi;,.ol
cio h'bulo

flexõo 1, Svperiícies oboi• o


plonlOr dos ossos cvneilotme mediei
Evor><'io } o primeiro metotorsol
cio"'
..)

FIGURA 11.13 • ~lúsculo fibular longo, vistas lateral e plantar. O, Origem; /, Inserção.
302 1. ~- ~l\I ' d 1f!t 1' • "'lõ.tr,11 lr::'I

sua superfície interna. Em ra7.ào de sua linha de Lra- Músculo fibular curto (Figura 11.I-0
ção, é um eversor e contribui para a flexão plantar.
Ao ser usado efetivamente com os ouu-os fte.xores Origem
do tornozelo, o n1úsculo fibular longo ajuda a fucar o Dois terços inferiores da superficie lateral da libula
arco transverso quando realiza a flexão. Se fosse de-
senvolvido sem os ouiros flexores plantares, produzi- Inserção
ria um pê fraco, evenido. Ao correr e saliar, o pé deve
Tuberosidade do quinto osso metata.rsal
ser colocado de modo a ficar apontado para a frente,
para garantir o desenvolvimento correto de todo o Ação
grupo mUS<.ular. Andar desc-dlÇo ou de meia sobre o
lado de dentro do pé (posição evenida) é o melhor Evers.-lo do pé
exercido para esse músculo. Flexão plantar do tornozelo
Exercícios de eversão para fortalecer esse m(isculo
podem ser realizados virando-se a planta do pé para
fora, co1n aplicação de resistência na direção oposta.
O fibular longo pode ser alongado levando-se
passivamente o pé :l inversão e ã dorsiflerlo erue-
mas, com o joeU10 flexionado.

O, Dois te<ços
inferiores da
M. líbular curlO superfície laieral
do ~'bula

Flexão
plonlOr 1, Tubete»idodc
Eversõo da quinto osso
do~ molOIOrsol
_)

l'IGURA 11.14 • Músculo fibular curto, vistas lateral e plantar. O, Origem; I, Inserção.
Capítulo 11 .\!' '"'·•

Palpação O fibular curto é alongado da mesma maneira que


o longo.
Tendão do músculo na extremidade proximal do
quinto metatarsal, proximal e pQSterior ao maloolo
lateral; imediatamente profundo antcropQSterior- Músculo fibular terceiro
mente ao fibular longo (."Om eversão ativa (Figura 11.15)

Iner vação
Orígem
Nervo fibular !.-i1perficial OA-LS, Sl)
'lef'Ç'O distal da fíbula anterior
Aplicação, fonalecimento e flexibilidade
Inserção
O músculo fibular <-wtO passa posteroinferionnentc
pelo maloolo lateral e exerce tração sobre a base do Base do quinto metararsal
quinto metaiarsal. É um eversor primário do pé e con-
tribui para a flexão plantar, ajudando também a man- Ação
ter o arco longitudinal quando ele comprin1e o pé.
Eversão do pé
O rnúsculo fibular curto é exercitado junto com
outtos flexores plantares nos movimenros vigorosos Dorsiflexào do tornozelo
de correr e saltar. De fonna semelhante ao fibular
longo, pode ser fortalecido com exercícios de cver-
sào, como virar a planta do pé para fora, contra re-
( ' t
sisté!ncia.

r
....... - "-)
I 1

'

o
M. flbulor tetee Iro

~<
'· Baseme10tn=I
do quinlo

f ..
I
"'
IJJ
,. DorsiRexõo
do iomoz.olo

FIGURA 11.15 • Músculo fibular
terceiro, visca anterior. O, Origem; l,
'1i'l
- 1..: >.. ~
r •

-v
Inserção.
Evor.õo do pé
304 Mnttldcc~

Palpação O fibular terceíro pode ser alongado levando-se


passivamente o pé à inversão e à ílexão plantar ex-
lmedia1amente medial à fibula <.lislfil; lateral ao tendão
tremas.
do e.xiensor longo dos dedos sobre a fuce a.nterolate-
ral do pé, seguindo para baixo do lado medial da base
do quinto metat:ttSJI com a dorsíllexão e eversào Músculo extensor longo dos
dedos (Figura 11.16)
Inervação
Nervo flbular profundo (L4-L5, St) Origem
Côndilo lateral da uôia, cabeça da fibula e dois terços
.Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
superiores da superficic anterior da fibula
O flbular terccíro, ausente em algunl:IS pessoas, ê
um músculo pequeno que contribui para a dorsífle· Inserção
xào e para a cvcrsào. Alguns cspccialístaS se referem
Extremidades das falanges m&lia e distal dos quatro
a ele como o quinto tcnd:lo do extensor longo dos
dedos menores
dedoo. Pode ser fortalt!<:ído por traç;io do pé par.i
cima, em direção à canela, contra um peso ou resis-
Ação
tência, ou por cvcrsão do pé contra resistência, como
ao fazer tração con1 unia toalha, em uma eversào E.-xtensão dos quatro dedos menores nas articulações
com pesos. met.atarsofalângica e interfalângicas prox:lmal e discai

- O, C6ndilo lot.,ol
do tiblo
~
• )

\
O, CobeQo do
!."bulo • dois
lerços supeOot.s
do supe<llcie
anterõor do llbulo

r
DoniRexõo ~
do ) '
la<nozelo ~~

Exlonsôo ((!ÍJ}
(
do dodo lif{i )("
. ij ;f
1-lGURA 11 16 • Músculo extensor longo dos
dedos, vista anterior. O, Origem; 1, Inserção.
Capítulo 11 '"' '"'·• t :no. e ( ,. t > pé 305

Dorsifle.x.'lo do tomoY.elo /\. ação que envolve dorsiflexão do tornozelo e


Evers:lo do pé extensão dos dedos contra resistencia fonalece tanto
o extensor longo dos dedos do pé como o extensor
longo do háJux, o que pode ser feito manualn1enre
l
~T pela aplicaç;lo de força descendente sobre os dedos
do pê, com tentativa sin1ulrãnea de estendê-los para
cima.
Palpação O extensor longo dos dedos pode ser alongado
levando-se passivamente os quaLro dedos menores
Segundo m(isculo na lateral da borda tibial anterior;
do pé à flexão completa, enquanto o pé é inve nído e
face superior lateral da tfuia entre o tíbial anterior
flexionado plantarmente.
medialn1ente e a fibula lateralnlente; divide-se em
quatro tendões imediatamente distais ao tornozelo
anterior com a extensão ativa dos dedos Músculo extensor longo do hálux
(Figur.i 11. l 7)
Inervação
Origem
'ervo fibular profundo ().A-L5, Sl)
Dois terços médios da superfície medial da fíbula
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade anterior
Ter força no músculo extensor longo dos dedos é
fundamental para a manutenção do cquílíbrio entre Inserção
os flexorcs plantar e dorsal. Base da falange distal do hálux

M. e"'9nso< O, Dois M<ços m*l"t0>


longo do hólux do suporllcío modíal
do llbulo onloríor

Ootsí!l.xõo
do
lomoulo


FIG URA 11.17 • Músculo extensor ) Eicten.õo
longo do hálux, vista anterior. O, do dedo 1, Extr...,idade da
Origem; I, Inserção. base da lolango
dí1lol do hólux
306 M.i1111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

Ação hálux - podem ser exercitado-<; tentando-se caminhar


sobre os calcanhares com o tornozelo flexionado dorsal-
Dorsiflexào do tornozelo
mente e os dedoo do pé estendidoo. A extensão do
Elctensilo do hãlux nas art.iculações metatarsofalângica hãllLx, assun como a dorsiflexão do tornozelo contra re-
e íntcrfalângica sistência, são exercidos que fortalecem esse músculo.
Inversão fraca do pé O extensor longo do hálux pode ser alongado le-
vando-se o hálux à flexão passiva completa, en-
quanto o pé é evertido e flexionado plant.armente.
~~--1 {
Músculo tibial anterior (Figura 1 LIS)
Palpaç.1o
Origem
Da face dorsal do hãlux até a lateral imed.iata do tibial
anterior, medial ao extensor longo dos dedos na ar- Dois terços superiores da superfície lateral da tíbia
ticulação anterior do tornozelo
Inserção
Inervação Superfície interna do osso <.'llneiforme medial e base
Nervo fibular profundo (l.4-LS, Sl) do primeiro osso metatarsal

ApJicação, forta1ecim ent0 e flexibilidade Ação


Os três dorsiflexores do pé - o tibial anterior, o Dorsiflexão do tornowlo
extensor longo dos dedos e o extensor longo do Inversão do pé

- -+-t-0, Dois IC<ços supe<iores


do superlicie
lolorol do ribio

Músculo fibiol _..__._


ontetior

\
\

1 n:...f"h~- 1, S..perlicie interno


do cvneiloone medial,
base do primeiro
Dorsiflexõo melololsol
dolomozelo

FIGURA 11.18 • Músculo tibial


anterior, vista anterior. O, Origem;
f, Inserção. l~dopé
w
Capítulo 11 Âft 11·•""""' Lc r "" 11 f

e.~ema do pé. Ele oferece sustentação firme ao arco

l r ~1 longitudinal medial na inversilo.


Andar descalço ou de meias sobre a borda ex-
terna do pé (ínversilo) é um excelente exercício para
o músculo tibial anterior.
Vuar a planta do p(: par:i dentro, contra uma re-
Palpação sistência, para realizar exercícios de Inversão, é uma
Primeiro músculo na lateral da borda tibial anterior, forma de fortalecer esse músculo. Outra opç:lo são
particularmente palpável com a dorsiflexilo ativa exercícios de dorsiflexão contra uma resistência.
tocai do tornozelo; tendão mais proeminente que O tibial anterior pode ser alongado levando-se o
cruza anteromcdialmente o tornozelo pé passivamente à eversão e à flexão plantar extre-
mas.
Inervação
'ervo fibular profundo (IA-L5, SI) Músculo tibial posterior (Figura 11.19)

Aplicação. fortalecimento e flexibilidade Origem

Em virtude de sua inserção, o músculo tibial ante- Superficie posterior da metade superior da mem-
rior encontrJ-se e m uma posição especial para firmar brana ínter6ssea e superficles adjacentes da tíbia e
a margem Interna do pé. Entretanto, ao se contrair da fibula
concentricamente, ele dorsiílexíona o torno1.elo e é
usado con10 ant:1gonista em relaçào aos flexores Inserção
plantares do tornozelo. O tibial anterior é forçado a Superfícies internas inferiores dos ossos n:1vicular e
se conlr:tir vigorosan1ente, por exen1plo, quando se cuneiforme e base do segundo, terceiro, qua.no e
pratica patinação no gelo ou se anda sobre a borda quinto metararsaís

1, Supertícies interne»
inlwloces dos OU01
noW:ular e cuneil<inne,
bases do 2", 31 , 41 • s•
O, Supe<fície posterior OS.SOS matatorsois
do motodo Mipe<iof
do membtono inletóu.a,
suporficles odjOClOnles
do ribio e do flbulo

"'-1.' I f!GCRA 11 19 • M(asculo tibial


posterior, vistas posterior e
plantar. O, Origem; /, Inserção.
Ação Músculo flexor longo dos dedos
(Figura 11.20)
Plexào plantar do tornozelo
Inversão do pé Origem
Terço mêdio da superficic posterior da tíbia

In serção
Base da falange distal de c::1da um dos qualro dedos
J menores

Palpação Ação
O tendão pode ser palpado proximal e cllitalmente Flexão dos qualro dedos menores nas articulações me-
logo :urás do maloolo medial com a inversão e a tatarSOfalângica e interfalfulgírns proximal e distal
ílcxào plantar. É melhor distinguido dos nexores tn-.."Crsão do pé
longos do dedos e do hálwc se os dedos puderem
ser mantidos em ligeira extensão Flexão plantar do tornozelo

Inervação
Nervo tibial (L5, S1)

Aplicação, fortalecimento e flexibilidade


VÍ T l
Descendo pela parte de trás da perna sob o ma- Palpação
léolo medial e depois seguindo para a frente em O tendão pode ser palpado imediatamente posterior
direção aos ossos navicular e cuneiforme medial, o ao maléolo medW e tibial posterior e imediatunente
músculo tibial posterior exerce tração para baixo a anterior ao Oexor longo do Mlwc durante a flexão dos
panir do lado inferior e, ao contrair-se concentrica- quatro dedos nlCllOl'CS, cnquanro mantêm o hálux cm
mente, causa uma inversão e uma nexào plantar extensão, dorsillcxào do 1omozelo e evcrsão do pé
do pé. Como resultado, está cm posiç-lo para sus-
tentar o arco longitudinal medial. A Wpcrseosibl- lnervação
Udade dos músculos pré-tiblals é uma condição
multas vezes crônica em que ocorre lnílamaç:lo Nervo tibial (L5, 51)
dos n1úsculos tibial poste rior, tibia l anterior e ex-
tensor longo dos dedos. Essa inflamaç-lo cosruma Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
ser uma tendinite de uma ou mais dessas estrutu· Descendo pela pane de trás da perna sob o ma-
ras, mas pode também resulrar de frarura por es- léolo medial e depois dirigindo-se para a fren1e, o
tresse, periostite, síndrome do estresse tibial ou de músculo nexor longo dos dedos traciona os quauo
con1partimento. Corridas de velocidade e de longa dedos menores para baixo cm ílexão, em direção ao
distância s:lo causas comuns desse problema, prin- calcanhar, enquanto o músculo plantar ílexiona o
cipalmente se o atleta não desenvolveu força, íle- tornozelo. Tem grande importància como awciliar de
xibilidade e resisti'incia adequadas na musculatura outros músculos do pé na manu1enção do arco lon·
da perna. girudinal. Andar, correr e salrar não exigem necessa·
O uso do músculo tibial posterior na nex:lo riamenre sua participa~1o, e algumas condições rela-
planta r e na inversão fornece suporte ao arco longi- cionadas :l fraqueza do pé e do 1ornozelo resultam
rudinal do pé. Esse m6sculo ê geralmente fortale- do uso incOcaz desse músculo. Andar descalço com
cido por n1cio de elevações de calcanhar, da forma os dedos curvados para baixo cm dírcção ao calca-
descrita para o gasrrocnêmio e o sóleo, bem co1no nhar e com o pé invertido (: um exercício que tralY.i·
por exercícios de inversão contra a oposlç-.io de re- lha o nexor longo dos dedos. Outra maneira de for-
sistência. talecê-to é com o exercício da toalha contra uma
O tibial posterior pode ser alongado levando-se resistência: mantendo o calcanhar no solo, tenta-se
passivamente o pé à eversão e dorsiíle.'l:àO e:<tremas alcançar e puxar com os dedos do pê uma toalha
com o joelho nexionado. estendida no solo :l frente deles. O exercício pode
Capítulo 11 Arun1l.lÇÕC• do tornozelo e do pé

'

M. Rexor longo dos dedos


I, 6o$6 ela folong•
O, T(l(ço módio +--11-+t di$1ol de codo um
do •uperficie dO$ quatro dedo$
po$1e<ior menores
IW~
do tlblo

,
)
Flexõo plonlor
lnvenõo do pé

FIGURA 11.20 • Músculo flexor longo dos dedos, vistas posterior e plantar. O, Origem; I, Inserção.

ser repetido várias vezes, com um pequeno peso co- Inversão do pé


locado sobre o membro oposto da toalha para au- Flexão plantar do tornozelo
mentar a resistência oferecida.
O flexor longo dos dedos pode ser alongado le-
vando-se passivamente os quatro dedos 1nenores à
extensão extrema com o pé evertido e dorsiflexio-
nado. O joelho deve ficar flexionado.

Músculo flexor longo do háJux Palpação


(figura 11.21) O mais posterior dos três tendões, logo atrás do n1a-
léolo medial; entre o sóleo medial e a u'bia con1 a
Origem flexão atíva do hlilux, enquanto mantê1n a exten-
Dois terços médio.<> da superfície posterior da fibula são dos quatro dedos 1nenorcs, dorsiflexão do tor-
nozelo e eversão do pé
loserção
Inervação
Base da falange distal do hálux na superficie plantar
Nervo tibial CL5, Sl-52)
Ação Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Flexão do hálux nas articulações n1etatarsofalãngica e Exercendo tração a partir do lado inferior do
interfalângica hálux, o músculo flexor longo do hálux pode traba-
310 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural

, 7-

º·Dois~·
médios do
wp«flclo~
M. Roxor loogo do h61ux do fibulo

1, Boso do lolonge
disJol cio hól11x,
wporllelo do boixo

>---11..Aj --,
e
flei<õo do
~~F1Wio plontor
dodo\ -----
,,,_sõo do pé
FIGURA t 1.21 • Músculo flexor longo do hálux, vista n1edial. O, Origen1; 1, Inserção.

lhar sem ajuda do músculo flexor longo dos dedos Músculos intrínsecos do pé
ou conjugado a ele. Quando desenvolvidos de forma (Figuras 11.22 e 11.23)
inadequada, esses dois músculos facilmente provo-
cam dUbras ao serc1n convocados para atividades Os músculos intrínsecos do pé pQSSuem sua ori-
com a.~ quais não esrão acosl\imados. gem e inserção nos ossos que ficam dentro do pró-
São usados efetivamente na marcha se os dedos prio pé (Figs. 11.22 e ll.23). Um desses músculos, o
foren1 usados (como deveriam) para manter o equilí- extensor curto dos dedos, é encontrado no dorso do
brio do corpo a cada passo dado. Andar •com" os pé. Os restantes fican1 ein um con1partimento plantar,
dedos e não "sobre eles• (na ponta dos dedos) é uma dispostos em quatro camadas sobre a l>"Uperficie plan-
ação imponanre para esses músculos. tar do pé, e são:
Quando o gastrocnê1nio, o sóleo, o tibial posterior, o Primeira camada (superficial): abdutor do hálux,
fibular longo, o flbular cwto, o flexor longo dos dedos, flexor curto dos dedos, abdutor do dedo n1ínimo
o f!e.'Cor cwto dos dedos e o flexor longo do hálux são (quinto)
usados ein conjunto na marcha, a força do tornozelo Segunda camada: quadrado plantar, lumbócais
fica evidente. Casos de fraque73 no tornozelo e pé, na (quatro)
maioria doo ca.sos, têm como motivo a não utilização de Terceíra camada: flexor curto do hãlux, adutor do
todos esses músculos. Correr, andar e saltar constituem hálux, flexor curto do dedo m:ínlmo (quinto)
exercícios para esse grupo muscular. O flexor longo do Quarta camada {profunda): intcrósscos dorsais
hãlux pode ser e.5pCCificamenre fortalecido pelo exercí- (quatr0), interósseos plantares (trt:s)
cio da toalha, desairo para o flexor longo dos dedos.
O flexor longo do hálux pode ser alongado levan - Os músculos intrínsecos do pé podem ser agru -
do-se passivamente o hâlux à extensão extrema con1 pados por localização e pela pane do pé em que
o pé evertido e dorsiflexionado. O joelho deve per- agem. O abdutor do hãlux, o flexor curto do hálux
manecer flexionado. e o adutor do hálux inserem-se medial ou lateral-
Capítulo 1 1 Arun1l.lÇÕC• do t ' no:, ' • do pé 311

A

Boinhas fib<a10s ~-~-~-~---
dos dedos \ \ \ \ Tend<'lo do flexor ----~"'-.--.!"1t
curlo dos dedos 'I

r
Tendão do
lseccionodoJ flexor longo
do hólux
--Tendõodo
Rexor lol1fl0
wmbticol• _ _::_ _""'\
......\ - dohólux -· /...,,..- flexor e>1flo
do hólux
_ _ :"-.
~- flexor cur1o
__;~~"--...-- wmbtieais
flex0< curlo do cio h61ux
dedo mínimo---- Flexor e>1r1o --....::..:....:.. Tendão do
Abclulor do do dedo mlnimo -:-+::--::e,,_- "º""'
lo1190
dos dedo$
dedo mlnimo - - -
- - -- - flexor curlo
ln1e<6neo _ __, dos dedos -~~--- Quoârodo
/ plontor
plonlO< --:-- i - - Abdutor
do hólux Abclu1o1 do - -- 1 floxor C>lrlo
dedo mínimo
~-::=-- Af>o<-rose -~-- dos dedos
(MICdonodoJ
plon10r lseccionodot
Abdu1o< do
- " " - ' - - - Tub<lrosldod. hólux (..ccionodo)
docolcaMO
ligamentos D
plonlares
Cópwla1
/ or6culores
Tenclõo do flexor l
curlo do• dedo.
lseocionodol

lnleróneo
-->-~>-~>----
~ lntorónoo>
plantar \ douai•
_'>._,,__'>.,,_____ ln1o<ó1.-
---~- flax<>< curto
do hólux plontores
Oponentes do dedo --~.~f T...dõodo
mfnimo -...,,.~- fibvlor
+.;.::..:..:;-- Tendão do flexor longo
longo do hálux __,,,..--- Tendõo do
(seccíonodol tibial po"9<ior
Tendão do flexor
longo dos dedos Ligamtnlo
(seocionodol plantar longo
Tendão do
fibulor curlo

FIGURA ll.22 • As quatro camadas musculotendineas da f.ice plantar do pé detalhando os músculos


intrínsecos. A, Camada superficial; B, Segunda camada; C, Terceira camada; D, Camada profunda.
Modlllc:ado de V:ltl De ()r;aalf KM: //11mnt1 a1:a1omy, 4' ed., New Yorlt, 1995. Mc<ir.aw-tbll.

mt:nte na falange proximal do hálux. O abdutor O quadrado plantar, os quatro lumbricais, os qua-
do hálux e o flexor cuno do hálux locali7.am-se tro ínterósseos dorsais, os três ínterósseos planlares,
mais ou menos mediaimente, ao passo que o adu- o flexor e o extensor curto dos dedos localizam-se
tor do hálux está n1ais na parte central, abaixo dos mais ou menos na área centr",ll. Todos ficam abai.xo
metatarsais. do pé, com exceção do extensor curto dos dedos.
que é o único músculo intrínseco do pé localizado extensor intrínseco do hálux na articulaç-Jo metatar·
no compartimento dorsal. Embora todo o extensor sofalângica.
curto dos dedos tenha sua origen1 no calcâneo ante- Os quatro lumbricais são flexores da segunda, ter-
rior e lateral, alguns anaton1isms se referen1 a seu ceira, quarta e quinta falanges em suas articulações
primeiro tendão como extensor curto do hálux, a fim metatarsofalângicas, ao passo que o quadrado plan-
de manter a uniformidade na dcnornirtação de acordo tar ê flexor dessas falanges cm suas articulações in-
com a função e a localização. terfalângicas discais. Os ues interósseoo plantares são
Localizados lateralmente abaixo do pé est.ào o adutores e flexores das falanges proximais da ter-
abdutor do dedo mínimo e o flexor do dedo mí- ceira, quarta e quinta falanges, enquanto os quaLrO
nimo, ambos inserindo-se na face lateral da base da interósseos dorsais são abdutores e flexores da se-
falange proximal da quinta falange. Em virtude da gunda, terceir.i e quarta falanges, também em suas
inserção e da ação desses dois músculos sobre o articulações metatarsofalângicas. O flexor curto dos
quinto dedo, o nome "quinto" é às vezes usado en1 dedos flexiona as falanges médias da segunda, ter-
vez de mínimo. ceira, quarta e quinta falanges. O extensor curto dos
Quatr0 n1úsculos agem no hãlux. O abdutor do dedos, como citado antes, ê um extensor do hálux,
hâ lu.x é responsável unicamente pela sua abdução, mas também estende a segunda, terceira e quarta fa-
mas ajuda o flexor curto do hálux a flexioná-lo na langes em suas articulações mctat-.u-sofalãngicas.
articulação metatarsofalângica. O adutor do hálux é o 1-lfi dois músculos que agem apenas sobre o
único adutor, e o extensor curto dos dedos é o único quinto dedo. A falange proximal da quinta falange ~

1
' y_;+-A.Mrio tlbiol onlerior e
ner<o fiblilor p«>fundo

11-:--T-- -+-- At"'1o donol do p4


Exlemor -~
:----t--t-- NeM> fibulOf profundo
a"1o do. dedo.
-~.+;i,...:;....__ Ex- c11rlo do hól11x
Tornlõo do ---11
fiblilor curto
Tubero>idode do 5* - -
~ me4otor>0I

Abdu1or do dodo mínimo - 1-;

Tendõe• do exiensor -H--'-,.,,,,,."'"""''*"""'-'t.


curto do> dedo>
T~$ do OJCIOOIOt --'--1'1:-:n+\:-r-~rlf-"T .:;....;;.:.. ...:.- Tond6o do 8Jdon>0r
longo cio• <lodos cur10 do hólux
Expo1ts3e• •Xlen>0<0s

=--fl~..,,--Atl6rio> digilai• dor.oi>


Romo• digikli• dor..,;, do
ner\'O fiblilor supe<f.:iol

FIGURA 11.23 • Vista. anterior do dorso do pé.


Capítulo 11 .\!' c11l;1a'\<>• tln tnmo?cln •· •1 > pé 313

abduzida pelo abdutor do dedo mínimo e é fle.'<io- para manter e desenvolver os muitos músculos pe-
nada pelo flexor curto do dedo mínimo. quenos que ajudam a sustentar o arco do pê. Al-
A Tabela 1l .2 oferece mais detalhes a respeito guns especialistas são favoráveis a andar sen1 sa-
dos músculos intrínsecos do pé. pato ou con1 algum dos novos calçados concebidos
Os músculos só se desenvolvem e mantêm sua para favorecer o funciona1nento correto do pê.
força quando são usados. Um fator que contribui All!m disso, exercícios de toalha, como os descri-
para o grande aumento de condições de fraqueza tos para o flexor longo dos dedos e flexor longo
do pé é a falta de exercício para desenvolver tiSSes do hálux, também ajudam a fortalecer os músculos
músculos. Andar é uma das melhores atividades intrínsecos do pé.

TABELA 11.2 • Músculos intrínsecos do pé

~16sculo Origem Inserção Ação Palpação Inervação


1'uberosidade do faces medial e late· Flexão das /\.IP e Nervo plantar
l'lexor c:uno Não pode ser
calo1nco, apo- ral da ia, 3ª, 4• e s• e.las IFP da 2•, 31, 1nedial
dos dedos palpado
neurose plantar falanges médias 41 e 5• falanges OA, L5)
Abdutor do Tuberosidade do Nevo pia ntar
l'acc lateral da 51 Abdução da MI' Não pode ser
dedo mínimo caldlneo, apo- lme.ral
falange proximal da s• íalange palpado
(quinto) neurose plantar (Sl, S2)
-fj Cabeça medial: fuce
't: medial da t • falange
Nervo plantar
X. Flexor c:uno Cuboide, cunei· proximal Flexão da MI' da Não pode ser
;;: do h~lux forme lateral Cabeça lateral: face 11 falange palpado
medial
.a.. lateral da 11 falange
(L4, LS, Sl)
e proximal
(j
Sobre a face pl;int:tr
do pé, do tubérculo
Tub<:rosidade do
f3ce medial da base Flexão da MF, medi:il do caldlneo Nervo plantar
Abdutor do caldlneo, retin:I·
da 11 fala nge abduÇ'JO da t• até o lado medial medial
hálux c:ulo ncxor, apo-
proxin1a.I falange da falange proximal (IA, L5)
neurose plantar
do hálux com ab-
dução do hãlux
Base do 9' meca-
Flexor cuno Face lateral da base Nervo plantar
tarsal, bainha do f1cxão da MF da Não pode ser
do dedo mí- da 5• falange p rox.i- latér.11
tendão do fibular 5' falange palpado
nimo (quinto) mal (S2, S3)
longo
Cabeça medial:

..
"O
Quadr'Jdo
superfície medial
do calcâneo Margen1 later.tl do Flexão da 11'0 da
Não pode ser
Nervo pl.a ntar

ª
rl
.g
plantar
Cabeça lateral:
borda lateral da
superfície infe-
tendão do nexor
longo dos dedos
2', 3ª, 4ª e 51
falanges
palpado
lateral
(SI , S2)
e:
rior do calc".ineo
k tª lumbricnl:
nervo planrar
1cndôesdo Face dorsal da 2', 3ª, Flexão da MP da medial (L4,
Lumbricaís N:lo pode ser
(4)
flexor longo dos 4• e 5ª falanges pro- 2', 31 , 41 e 5ª L5): ZO, 3º e 411
palpado
dedos ximals falanges lumbricaJs:
nervo plantar
L·ltcral (Sl , S2)

(«mtf1111a)
TABELA 11.2 (cont.) • Músculos intrínsecos do pé

Músculo Origem Inserção Ação Palpação lnervação

Cabeça oblíqua: :ZO, 3"


e 411 mt:ratarsais e bai-
nha do tendão do fibu-
lar longo
face lateral da Adução da Nervo plantar
Adutor cio Cabeça uansver..'3: li· Não pode ser
l:xtsc dai• fafange l\tP da 1• later.il
-a h:Uux gamentos meracirso-
proximal falange
palpado
(S l , S2)
~ falângicos plantares da
3', 4' e 9 falanges e li·
·~ gamentos metatarsais
transverso.s
~
Adução da
rnterósseos Bases e bainhas me- faces mediais das MP e flexão
Não pode ser
Nervo plantar
plantares diais do 3ª, 411 e 5ª ooses da 3ª, 4ª e 5' da3ª,da4'e
p;1lpado
lateral
(3) metatarsal5 falanges proximai5 da 5ª (Sl , 52)
falanges
111 inter6s.~: face
m<.'<iial da 2• fa· Abdução da
lnterósseos Duas cabeças sobre as lange proximal; 1'1F e flexão Nervo plantar
l\ão pode ser
dorsais diáfises dos metatarsais 2", 3ª e 4" lnter6s· da 2", da 31 e lateral
palpado
-a (4) adjacentes seo5: face 1.ateral da 41 (S l , S2)

1-a da 2•, da 3' e da 4•


falanges proximals
Base da falange
falanges

Auxilia na

~
proximal da 11 fa. extensilo da Anteriormente e
Caldineo lateral e an-
lange, lados late- MF da 1• fa- pouoo abaixo do Nervo ílbular
Extensor curto tenor, ligamento talo-
rais do tcn~io do langc e ex- mall-olo lateral profundo
dos dedos calcllneo lateral, retlnll-
extensor longo dos tensão das sobre o dorso (l5, SI)
culo extensor lnfc.-rior
dedos da 21, 3' e 4ª três fal:lnges do pé
falang<.-s ml-'<ilas

Sites

Radiologic Anatomy Browser Excelente site com muitos slides, dissecções, guias
http:l/radl inux1.usuf1.usuhs.mi l/rad/iong rutoriais etc., para o esrudo da anatomia humana .
Site com muitas vistas radiológic;as do sistt:ma
musculoesquelético. Wheeless' Textbook of Orthopaedics
www.wheel~nline.com
Unlvcrsity ofArkansas Mcclical School Gross Site com extenso número de links que levam a
Anatomy for Medical Stud<."tlts tópicos sobre fraruras, aniculações, m(Jsculos, ner-
http:J/anatomy.uams.edu/anatomyhtmVgross.html vos, rrau n1as, medicações, assuntos médicos, testes
Dissecçõcs, tabelas de an..·uomla, imagens de atlas, de laboratório e periódicos de ortopedia, além de
links etc. o utras novidades das ãreas ortopédica e médica.

Loyola University Medical Center: Strucru.r e of the Foot and Ankle Web lndex
Human Bo<ly www.footandankle.com
www.meddean.luc.edu/lumen/meded/grossanatomy/ A biblioteca de links relacionados a pé e to rno-
index.html zelo desse site é 1nuito útil.
Capítulo 11 .\!' c111;irt'ln -ln tornozelo e do ~ 315

American COilege of Foot and Ankle Surgeons Foot and Ankle link Library
www.acfas.org www.footandankle.com/podmed
Esse site, patrocinado por cirurgiões podiátricos e Uma lista de links de organizações profissionais e
doutores em medicina podiátrica (DMP), possui in- sites educacionais.
formações sobre tópicos relacionados à saúde do pé
- deformidades e lesões do pé e comozelo, cuidados The Joumal of Foot and Anklc Surgery
especiais para o pé diabético, distúrbios causados www2.)fas.orglscriptsfom.d1Vserve?action:searchDB&searc
por artrite e cnvclhcx:irncnto, lesões e traumas espor- hOBfor=hom&id=es
tivos, além de deformidades e doenças congí!nitas. Permite pesquísar anigos e possui um link para o
American CoUege of Foot and Anklc Surgeons.
The Universlty of Texas MDAnderson Cancer
Center Multlmedia and Leaming Resources Joint Hea.li.ng.com
www.mdacc.tmc.edu/mmlearn/anatomy.html www.jolnthealing.comfpageslfootlfoot,_anatomy.html
Esse site apresenta um grande número de cortes Anatomia do pé e do tornozelo.
cadavéricos do pé, joeU10, irulo, braço e cotovelo, um
tomozelo interativo e um pé e tornozelo giratórios. Imagcs of thc Foot and thc Anklc
www. thefoot.orgflmagebank.htm
American Orthopaedic Foot andAnkle Society Diferen.res visras de anatomia óssea e condições
www.aofas.org do pé e do 1ornozelo.
Grande quantidade de folhet0.5 iru.1n1tivos par.i os
pacientes, além dos relacionados a problemas de pé e Dr. Foot's HeaJth lnformation Reference
tornozelo. www.doctorfoot.com!diagrams.html
Ilustrações do pé e do tornozelo (músculos, ner-
Premiere Medical Search Engine vos, ossos e deformidades).
www.medsite.com
Neste site, é possível buscar artigos relevantes PRANCHAS DE EXERCÍCIOS
sobre qualquer condição médica.
Como recurso auxiliar do aprendizado, pard tare-
Virtual Hospital fas de classe ou extraclassc ou para estudar para pro-
www.vh.org vas, são fornecidas pranchas no final do livro.
Muitos slides, infom1ações sobre pacientes etc. Prancha esquelética anterior e posterior (n11 1)
Desenhe e indique na prancha de exercícios os
Arthroscopy.com
seguintes músculos do tornozelo e do pé:
www.arthroscopy.com/sports.htm a. Tibial anterior
Informações para pacientes a respeito de vários b . Extensor longo dos dedos
problemas musc'llloesqueléticos do membro inferior. e. Fibular longo
d. Fibular curto
Ruman Anatomy Online e. Fibular terceiro
www.lnnerbody.com/ímage/musc08.html f. Sóleo
Anatonlia musculoesquelética interativa. g. Gastrocnêmio
h. Ü'tensor longo do hálux
Agllity total ankle system i. Tibial posterior
www.agilityankle.com j. Flexor longo dos dedos
Textos e gráficos sobre a anaton1ia do torno- k. Flexor longo do hálux
ze lo, com informações sobre um sistema para a
sua substltuiç-Jo. EXERCÍCIOS IABORATORIAIS E DE
REVISÃO
Anlerican Academy of Orthopaedlc Surgeons
http://orthoi nfo. aaos.orgfcategorycfm ?topcateg ory 1. Localize em um esqueleto humano e e 1n uma
=Foot pessoa as seguintes panes do tornozelo e do pé:
Biblioteca de educação sobre o pé e o tornozelo a. Maléolo lateral
para pacientes. b . Mal6olo med.ial
316 '! mo.! J.. r1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

e. Cakâneo e. Flexão dos dedos


d. Navicular f. Extensão dos dedos
e . Três ossos cuneiformes
f. Ossos n1ecatarsais 5. Por que "arco baixo" e "pé chato• não são sinôni·
g. Falanges mos.?

2. Como e onde em uma pessoa podem ser palpa- 6. Discuta a importância do calçado apropriado nos
dos os seguintes músculos? vários esportes e atividades.
a. Tibial anterior 7. O que sào óneses e como funcionanl?
b. Extensor longo dos dedos
e. Fibular longo 8. Pesquise distúrbios comuns do pê e do tomozelo,
d . Fibular cuno como pê chato, lesões laterais e no alto do 1omo-
e. Sóleo zclo, fascícc plantar e dedos cm martelo ou com
f. Gastrocnêmío deformidades. Apresente seus achados em classe.
g. E.xtensor longo do hálux
h. Flexor longo dos dedos 9. Pesquise os fatores anatômicos relacionados ã
l. Flexor longo do hãlux prevalência de inversão em vez ele eversão nos
entorses de tomozelo e apresente seus achados
3. Demonstre os seguintes movinlcntos e palpe os em classe.
principais mtísculos utilizados:
a. Flexão plantar 10. l'aça unia apresentação oral ou escrita com base
b. Dorsiflexào em artigos de revista que avaliam calçados de
c. Inversão corrida ou can1inhada.
d. Eversão 11. Peça a um colega que se coloque sobre os dedos
e. Flex;1o cios dedos do pé (elevação do calcanhar) com os joelhos
f. Extensão dos dedos totalmente estendidos e então repita com os joe-
4. Cice os planos em que ocorre cada um dos se- lhos flexionados em cer~-a de 2()11. Qual das posi-
guinces movimentos, com seu respectivo eixo de ções parece ser mais difícil de manter por um
rotação. período maior e por quê? Quais são as implica-
a. Flexão plantar ções disso para o fortalecimento e o alongamento
b. Dorsiflexào desses músculos?
e. Inversão 12. Preencha o quadro de análise muscular listando
d . Eversão os principais músculos envolvidos em cada mo-
vimento articular.

Quadro de análise muscular • Tornozelo, articulações subtalar e tarsal transversa e dedos do pé


Tornozelo
Dorsiflex::io flexão planl3r

Atticulações subtalar e mrsal transversa


Eversão Inversão

Dedos do pé
flexão Ext~nsào
Capítulo 11 '"' c11l,1a'\<>• tln torno1clo •· tio pé 317

13. Preencha o quadro de ação n1uscular dos an- deles que são antagonistas em suas ações em
tagonistas listando o(s) músculo(s) ou parte(s) relação aos da coluna do lado esquerdo.

Quadro de ação muscular antagonista • Tornozelo, articulações subtalar e carsal transversa e


dedos do pé

Agortisla AntagonL:.1a

Gasuocnêmio

Sóleo

Tibial posterior

Flexor longo dos dedos

Flexor longo
dobálux

Fibular longo e
fibular cuno

Pibular terceiro

Tibial :interior

Extensor longo dos dedos

Extensor longo do hálux

14. Depois de anaUsar cada exercício no quadro rem nas articulações do pé e do tornozelo e
de análise dos movimentos das articulações então liste os principais músculos responsá-
do pé e do tornozelo, divida cada um em duas veis por causá-los/ controlá-los. Ao lado de
fases de movín1ento pr imário, como uma fase cada músculo en1 cada movimento, indique o
de levantamento e uma de abaixamento. Para tipo de contração: !-isométrica; C-concên1rica;
cada fase, determine os movimentos que ocor- E-excêntrica.

Quadro de anãlise do movimento das artjculações do pé e do tornozelo

Fase inicial do movimento Fase S<.'Cllndária do movimento


Exercício
Movimento(s) Agonlsta(s) - Tipo de contraç:lo Movimen1o(s) Agonista(s) - Tipo de contraç:lo

Flex.io de
bra~nosolo

Agacha-
mento

U:v:inta·
mento terra
(co111inua)
Qu adro de análise do movimento das articulações do pé e do tornozelo (cont.)

Fase inicial do movimento Fase secundá.ria do movimento


Exercido
Movimento(s) Agonista(s) - Tipo de con1r.1ção Movimento(s) Agonisla(s) - Tipo de contração

Legpress

Aíunclo/
Arranque

Exercício de
remada

Stafr tnachfne
(degrau, Slep)

15. Analise cada habilidade no quadro de análise de os n1úsculos das ruticulações do pé e do tornozelo
habilidades esponiv-.is elas articulações do pé ~ do primarlamen te responsáveis por causar/contr0lar
tornozelo (abaixo) e liste os movimentos das articu- aqueles movimentos. Ao lado de cada músculo em
lações direita e esquerda do pé e do tornozelo em cada movimento, indique o tipo de conttaçào: !-
cada fase da habilidade. Pode-se listar a posição isométrica; Cconcêntrica; E-excêntrica. Pode ser
inicial em q ue as articulações do pé e do tornozelo n~rio revisar os conceitos para análise das vá-
estão na fase de apolo. Após cada movimento, liste rias fases no capítulo 8.

Quadro de análise das articulações do pé e do tornozelo em habili.dades esp ortivas


Exercício Fase de apoio fase preparatória fase de movimento Fase de complementação

Arremesso D
no beisebol E

Chute no fute- o
boi americano E

D
Caminhada
E

Arremesso D
no softbol E

Pas.-;e no o
futebol E
D
Críquete
E
D
Bolíche
E

Arrenu.'SSO D
no basquete E
Capítulo 1 1 l\r '""' . A, tn:no;r-... ( t 1
> pé 319
Muscollno JI!: 7!>11 m11scular r,·stem manual: tbe ske/eta/ mi.seles
Referências bibliográficas oftbe b""'ª" body, cd 2, St. l.ouls, 200~. Elsevk:r MO$by.
Oatls CA; Kl11C$k>/ogy. tbe 1necba11Tcs a11dpatbom«ba11tcs o/
ASUOm M, A.tvklson T: Al{8nmcnt and )ou\t rnotion ln lhe: normal b11ma11 mo1Jetne111, PhUadelphJa, 2004. Upplnc:ott \Vllllams &
fOOt, jou171(J/ <>/ Ortbop<JCdlc a1ul Spor1s Pbysfcal 7bcrapy Z2;5, \Vllkln.•.
Noverobet 1995. Pttntlcc \VI!: Amlwim 'sprl11dplcs ofatb/etlc 1ralr1l1rg, ed 12, New
Booller JM, Thíl>O<kau CA: Atb/etlc ltiJll'Y assessmtmt, ed 4, New York, 2006, McCraw·Hlll.
York, 2000, McCr:iw·HiU. RobinSon M: Feei firsc, Coacb and Atbkte44:30, AugUSl..S.:pte~
l'icld D: A1ratOm)' pc1/pallo11 a11d sur/aw marld11gs, cd 3, Oxfo«l, 1981.
2001, ButtélwOrth· llcinernann.
Rockar PA; The subub.r joinl: an:uomy ond joint modon, }ot417tal of
l'ra11<-o t\11; Pcs cavus and pes planu-Jlal)'$ls and w:ttmenl, Ortboptwdtc a11d Sport.s Pb)'Slcal '1bempy 21:6, juoo 1995.
Pbys1<al 'Tbempy67:688, May 1967.
S:lmrrun:o GJ: l'OOt and anl<Jc injuri~ in spons. Amerlca11jounral of
Gcnch BE, Hlnson MM, Horvey P'f: Anllloml<:al ldnesfolc(zy. Sport:< Mf'dl<:l11c 14:6, Novembcr-Occembcr 1986
Dubuquc, IA. 19')5, F.ddic Bov.'Cl'S.
S<:clcy RR, Stephens m , Tatc P: A11a1omy& pb)<1o/o(zy, cd 7, Ncw
llamilton N. Luugcns K: Kl1ialoloR,y; scknttfiç basls o/b11ma11 York, 2006, McGraw-Hlll.
nwtto11, ed 10, ll08ton. 2002, McGraw-HlU.
Hcndet$0n J: l:laring che ~ Ru1mcrs World 22: 14, NQ\'Clnber
Sieg KW, A<llms SP: !/lustratcd esst1111ta/$ofm11.sc11l()Skcleta/ ª'"''""'>'·
ed 2, Goinesvllle. l'l.. 1985, Meg:tbooks.
1967.
Stone JU, StoocJA: Atktsoftbeskek1o/ must:les, Ncw Yori<, 1990,
HL<lop 11J, M<>ntgO<lld)' ) : Da111els mui Wonbi11(lbam~ mr«le leStln.ti: McGraw-Hill
le<:b11lqruxs of mamzal emml11aJlon, ed 7, Phibdclphl:I, 2002,
Saundcrs. núbo<lc•u GA, Pauon KT: A1r;1tomy 5 pbySfOIOf!J'. ed 9. St. Loul$,
1993. Mosby.
~y OT: Fr111C1fe1ul/ b1t'1Ul11 {llUJIOmy, ~1. LOuiS. 19')6, Mooby.
V..n De Gra:iff K.\l: Humo11 anatont)\ cd 6, Dubuquc, IA. 2002,
M~ DJ: Ortbopedl<:pb)$ICtll OSSC$$mtml, ed 4, Phibddphl:I. 2002.
McGr:iw-HiU.
SaundcN.
Capítulo
ronco e coluna vertebral

Objetivos
• Identificar e diferencíar os vârios tipos de vénebras da coluna venebral
• Jndícar em um diagrama de esqueleto os tipos de vértebras e suas caracteóstlcas principals
• Desenhar e clas.~ificar em um diagrama de esqueleto alguns dos músculos do cronco e da coluna vertebral
• Mostrar cm um colega os movimentos da coluna, citando seus respectivos planos de moVimcnto e eixos
de rocação
• Palpar cm uma pessoa alguns dos músculos do cronco e da coluna vertebral
• Listar e organizar os músculos que produzem os movimentos primários do tronco e da coluna vertebral e
seus antagonistas

tronco e a coluna venebral apresentan1 proble- Ossos


O mas de cinesiologia que não S<1o encontrados
no estudo de outras partes do corpo. O prin1eiro mo- Coluna vertebral
tivo é a complexidade da coluna vertebral, constituída A intricada e complexa estrutura óssea da coluna
de 24 intricadas e complexas vértebras artículares, vertebral é constituída de 24 vértebras anículares e nove
com seus 31 pares de nervos espinais. Sem dúvida, fundidas em bloco O'ig. 12.1). A coluna é ainda dívidída
trata-se de uma das partes n'laiS complexas do corpo em sete vértebras cervicais (pescoço), 12 vértebras tora-
humano. cicas (tórax) e cinco vértebras lo1nbarcs (região inferior
A porção anterior do Lronco contém os músculos do dorso). O sacro (região posterior do cíngulo do
abdominais, que são um pouco diferentes dos outros membro inferior) e o c6ccix (osso da caud1) consistem,
músculos, po~~ algumas de suas seções são ligadas rcspcctivamcnLc, cm cinco e quatro vértebras fundidas.
por fâscias e bandas tendinosas, em vez de ligadas As duas primeir.is vértebr.i.s cervicai~ té!m fonnaLo sin-
aos ossos. Além disso, há n1uitos músculos inuinse- gular, que confere à cabeça ampla capacidade de movi-
cos pequenos en1 ação na cabeça, na coluna verte- mentos giratórios para os lados, para a frente e para
br,tl e no tórax que auxiliam a estabilização da co- trás. A coluna possui três curvaturas nomlais dentro de
luna e a respiraç-.lo, dependendo de sua localização. suas vénebr.is móveis. A da região torácica é côncava
Em geral, são profundos demais pa.ra serem palpados anteriormence e convexa posteriormente, enquanto a
e, portanto, não receberão a mesn'la atenção dos cervical e a lombar são côncavas posterionnente e con-
músculos superficiais maiores, que são estudados vexas anLerionnenle. As curvaturas nonnais da coluna
neste capítulo. penniLem que ela aboorva golpes e impactos.
321
322 M.:.nual de cmC51c>lo)(la cstnnural

conhecidas co1uo atlas e áxis, respectivan1ente. As


:--- Primeira v6oobra c.ervicol (otlos)
vénebras que vão de C2 a L5 possuem estruturas pa-
~~~- Segundo vénebra eervkol (óxis) recidas: cada un1a possui um bloco ósseo anterior-
Cvrvotura
cervical n1ente, conhecido como corpo, um foran1e venebral
central que se.rve de passagem para a medula espi-
nal, um processo transverso projetando-se para fora
,,.._..___ _ Sétima véneb<a cervico.I de cada lado e um processo espinhoso, facilmente
.3Jt-f--Primeiro v&rlebro lo<ócico palpável, que :;e projeta po.5teriormente.
Desvíos indesejáveis das curvaturas normais ocor·
rem por diversos fatores. O aumento da concavidade
posterior das curvaruras lombar e cervical é conhecido
como lordose, ao passo que o aumento da concavi-
dade anterior da curvarura torácica normal é conhe-
cido como cifose. A pane 1001bar da coluna venebral
Cu"10tlira pode sofrer reduç-Jo em sua curvatura lordótica nor-
torócica
olal, resultando e1n uma aparência achatada, conhe-
cida como clfose lo mbar. A escollose refere-se a
curvaturas ou desvios para os lados da coluna.

Tórax
A fundação esquelética do tórax é formada por
::=;:~~.::::::...- Foromoi interverlebrois 12 pares de cos1elas (Fig. 12.3). Sete pares são de
- - - f ' - - - Primeira v6r1eb<o costelas verdadeiras, pois se fixa1n dircta1nente ao
lombar esterno. Cinco pares silo considerados costelas fal-
;~~---Corpo sas. Desses pares, três se fixam indiretamente ao
esterno e dois são costelas íluruantes, pois suas ex-
Curvatura tremidades ficam livres. O manúbrio, o corpo do
lombar .._ .....,.,, esterno, e o processo xifoide são os outros ossos
do tórax. Todas as costelas se ftxam posteriormente
às vértebras torácicas.
,.,,---Promontório socrol As principais referências ósseas para localizar os
(primeiro véttcbra nlúsculos do pescoço incluem os processos mastoide,
SOCfOQ
transverso e espinal da parte cervical da coluna ver-
tebral, o processo espinhoso das quau-o vénebras to-
rácicas superiores, o manúbrio do esterno e a claví-
Curvatura Socro cula n1e<lial. As CC>l><elas posteriores e os processos
so<ral transverso e espinho.~ da pane torácica da coluna
venebral são áreas básicas de fixaç-lo para os múscu-
los posteriores da coluna. Os músculos anteriores do
JI' }-Cócclx tronco possuem fixações sobre as bordas das oito
cosrelas inferiores, as cartilagens costais das costelas
e as cristas ilíaca e púbica. O processo transverso das
l'IGURA 12.1 • Coluna venebraJ.
quau-o vénebras lombares superiores também serve
De Scclcy llR ct ai; AnaJam)'êrpb)l'lolnfJ>\ 3' cd., St. 1.ouL•, 1995, como pontos de inserção para o quadrado do lombo,
Mosby. assim como a borda inferior da 12ª costela.

Articulações
Os ossos de cada região da coluna possuem tama-
nhos e íormas ligeiramente diferentes, gerando grande A primeira articulação do esqueleto axial é a ar-
variedade de funções (Fig. 12.2). As vénebras au- ticulação atlanto-occipital, forn1ada pelos côndilos
mentam de tamanho entre a região cervical e a re- occipitais do cranio assentados sobre a fossa articu-
gião lombar, principalmente porque precisam supor- lar da primeira vértebra, que permite flexão e exten-
tar mais peso na pane inferior do dorso do que no são. o atlas (Cl), por sua vez, fica acomodado
pescoço. As duas pritneiras vértebras cervicais são sobre o áxis (C2), formando a aniculaçào a1lan1oa-
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 323

Forome VO<tobrol
focelo articular superi0<

Foceto orticulot
superio< Proee$$0
1ronsve<so

Forome
rtonsve<so ......_ _,

Fororne
transverso

fooelo articular inferior


A

A - - Processo espinhoso

Faceto orliculor superior focelo coslol •uperiOf


Focelo \
coSIOl\'1
ttan.sV6tsa

Foceto orticulor
wperlor
Prooouo
=iol rron.-so
Foce10 =1ol
•uperi0<

focelo
e D c:<»lol inle<lor

Espinho Proee= orticulor


PrO<le1l<> orticulor superior
superior
Proce= Processo •
; /,rLÁ tronsverso
transverso

Corpo
Proce1l0 orliculor
Espinho superior
E F

FIGURA 12.2 • Coluna venebral. A,Vénebra c:eivical típica vista de cima; 8 , Vértebra ceivical típica vista de
lado; C, Vértebra torácica lipica vista de cima; D, Vértebra torácica lipica vista de lado; E, Terceíra vêrtebra
lombar visra de cima; F, Terceira vértebra lombar vista de lado.
De Antbony CP, Ko!tholr NJ: Tex1book of anatomy and pbyslo/Q/o'. 9' cxl, St. Louis, 1975. Masby.
324 M.uiual de cmC51c>lo)(la cstnnural

/ . Proce>so e>plnboso

....,.i\'o-·"~ focelo
Tubérculo Tuberculo
Dióruo
/ --==.,-1'-- blremldod.
anterior

A
/
S..kocoslol
Pos.:oço
Cabeço

Focekl

FIGURA 12.3 • 'fórax. A, V-ista posterior de uma


costela típica; B, Artjculações de uma costela
con1 uma vl:rtebra torácica (vista superior);
C, A caixa torácica, incluindo a vértebra torácica,
o esterno, as costelas e as cartilagens costais que Ex~iclodt onlerio<
fixam as costelas ao esterno. (eldremi<lode do e•~I

De Shler D, Butler J, Lewis R: Hole~ bu man mui1omy 6'


J"')Slol()/zy, ?1 cd.. New York, 2002, McGrnw-HíJI.

fnciwro do ..iemo

Ãngvlo do OilOmO Vóm!bro to<ócica

lncl>uro dovlculor
1

Co$l\Olo$ \'trdodelro> 4
[cos.lolos ~tomai>)
s
6

9
(c:os1eloi Cortilogem eo<Sol
""""brocondroi>} 10

..___ Coitel<n Autuante.


1:}) 12
(CO>!Oloi ""r1obrois} e
Capítulo 12 ...,.. nro mlun 1 •. "fleh 325

xial (Fig. 12.4 , A). Com exce~"ão dela, não há muito da coluna, os discos intervertebrais se tornam menos
movimento possível entre qualquer par de vérte- flexíveis, resultando no enfraquecimento do anel fi-
bras. No entanto, o efeito cun1ulativo de combina- broso, que, aliado à compressão, pode resultar na
ção do movin1ento de várias vértebras adjacentes protrUsão do núcleo pelo anel, problema conhecido
acaba por gerar movimentos substanciais dentro de como hérn ia do núcleo pulposo. Conhecido co1no
uma determinada área. Grande parte da rotação disco herniado ou "deslizante", sua protrusão pres-
dentro da região cervical ocorre na articu lação siona a raiz do nervo espinal, causando um grande
atlantoaxial, qut.: ~ c:lassiflc:ada como trocoidt: ou número de sintomas, inclusive dor irradiante, formi-
do tipo pivô. O restante das articulações vertebrais gamento, dormência e fraque1.a nos dermãtomos e
são classificadas como anrodial ou do tipo desli- miótomos das extremidades supridas pelo nervo es-
zante, em virtude de seus limitados movimentos de pinal (Fig. 12.S).
deslizamento. Um número substancial de problemas da parte lom-
Como niostram as Figuras 12.2 e 12.4, 8, o niovi- oor da coluna vertebral tem con10 causa o uso in1pr6-
mento de deslizamento ocorre entre os processos prio do dorso ao longo do tempo. A mecânica indevida
aniculares superior e inferior que formam as facetas com frequência resulta em distensão aguda e espasmo
articulares das vértebras. Encre os corpos vertebrais muscular doo extensores lon1batcs, além de alterações
e aderidos à cartilagem articu lar desse espaço estão meâmícas crônicas que levam à hemiaçào de disco. A
os discos intervertebrais (Fig. 12.4, C), comp<x~tos de maioria dos problemas ocorre pelo uso dos músculos
uma borda externa de fibrocartilagem densa conhe- relativamente pcquenoo do dorso quando se ílexiona a
cida como anel fibroso e de uma substância pulposa parte lon1bar da coluna vertebral pal"d levantar objeto.$:
e gelatinosa centra l, conhecida con10 núcleo pul- o <.urreto seria mantê-la em posição neutT.i ao se ag-.i·
poso. Es.5a disposição de material elástico compri- char, usando os músculos maiores e mais fortes do
mido permite compressão e corção em codas as dire- membro inferior. Além disso, o ~'tilo de vida conten1-
ções. Com a idade, por lesão ou por uso impróprio porãneo coloca as pessoas em flexilo lombar constante,

l.ômino

ligomen!O
'°'1gitudinol - "'
\
onteriOf
- - - Ugomenlo
inte1espinol
- Ligamento
ÁJl.is Disco Jup1oespinol
íntervonobrol - - " - ---.::::::;,._ FOfome

..- intarvarlabrol

llgomenlo omo1elo
lígamento loogitudinol posterio<

Piocesso
01ticulor
\k<
.
C6psulo orHculo1 frouxo
Covidode sinoviol
FIG ü RA 12.4 • Facetas aniculares das vértebras. A, As
facetas dos processos articulares superior e inferior se
inletior;:>!' ~ , Cortilogens arriculo1es articulam entre as vértebras cervicais adjacentes; B,
Ligamentos limítam o nlovimento entre as vértebras,
P1ocesso~ J- J como mostr11do na secção sagital através de três
Otlicu!<'r ·J vértebras lombares; e, cartilagens articulares deslizam
WpettOI (- "f ..:.:'! uma sobre a outra, para trás e para a frente, enquanto
Ooslizamanlo d<» a cápsula articular frouxa permite este movünento.
cartilagens omculores
Oe Unds:ly OT: f1" 1ctl0 11f1/ bumtm 0111Jtomy, St. t.ouls, 1996, Mosby.
e
326 M.uiual de cmC51c>lo)(la cstnnural

A Vosos songuineos

, • C0<po ..-rtobrol
)' •' f, 1' ..:~i~i- /
1"!." ···).... .?••~'>.X
-:!',,j,h'l),Ít~
i:·.
I J,,•·'
....,t"
,,..,.~ ''·
Y
. <,
Núcleo pulpo.so }
Anel fibroso Disco inlefvenebrol

1
Pres.sõo
(peso do corpo)

1 Pre:sJÕo no

e PtOC.$SO e.spinhoso ---+1'

17.'e...,,- Proc.mo ''º'"-'°

Visto superior

FIGURA 12.; • Discos inlervertebrais. A, Secção sagital de discos norn1ais; B, Secção sagital de discos
hemiados; C, Disco hcmiado, visu superior.
Oe llllbode:iu GA, PalO<> KT: Aru11omy& pbymlogy, 9' "'1, Se. LouiS, 19?3. M<>lbr, Seelcy RR, Stcpti.:m TO, 1'.>te P: Anawmy 6 pb~\ 7' ed..
New York. 2006, McGr.aw·H11l.

o que, con1 o passar do lempo, gera unia perda gra- A região cervical (fig. 12.6) pode flexionar-se e
dual de lordose lombar. Essa "síndron1e do dorso acha- estender-se cm 45°. A área cervical flexiona-se late-
tado" causa aun1ento da press.'lo sobre o disco lonlbar ralmente em 4;0 , podendo girar cerca de 6o0 • A parte
e dor intennirente ou crônica na região lombar. lonlbar da coluna vertebral, responsável pela maior
A maior pane dos movimentos da coluna vertebral pane do moviroenco do tronco (Fig. 12.7), flexiona-se
ocorre nas regiões cervical e lombar. Hã algum movi- cm tomo de 80º e estende-se cerca de 20 a 30º. A
mento toradco, porem ele é muito discreto cm corn- flexão lombar lateral para cada lado ê, ern geral, de
par'Jção com o do pescoço e da pane inferior do dorso. 3;0 , ocorrendo ainda por volta de 45° de roraç-Jo
Já os movinlentos da cabeça ocorrem entre o crânio e para a esquerda e para a direita.
a primeira vértebra cervical, bem como dentro de ou-
tras vértebras cervicais. Como esses movimentos geral- Movimentos (Figura 12.s)
men1e oc-orrem juntos, este livro, par.t simplificar, refe-
re-se a 1odos os movimentos da cabeça e do pesooço Os movimentos da coluna são muitas vezes acom-
como 1novi1nentos cervicais. De modo semelhante, panhados pelo nome dado à região do movimento. A
quando se tr.tta dos movimentos do tronco, a tennino- flexão do tronco na parte lombar da coluna vertebral,
logia do movimento lombar é usada para descrever a por exen1plo, é conhecida co1no flexão 101nbar, e a
combinaçJo de movilncnros que ocorrem nas regiões extensão do pescoço costuma ser mencionada como
torácica e lombar. Uma inv~tigaç-Jo mais aprofundada extensão cervical. Cotno discutido no Capítulo 9, o
do movimento t!Specífico entre duas vêrtebr-.ts quais- cíngu lo do n1cmbro inferior rotaciona como um bloco
quer não faz pane do objetivo deste livro. por causa do movimento que ocorre nas articulações
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 3Z7

A 1 e
N""lro Noutro Noutro
O' O' O'

1
•; '

9()o_,,.;;;;::.+-'-+~-7-- 9Ô"
_ __,,.....__,,__ _ 900 9()o _ _.,::...__.___;,.__

l'IGl,,'RA 12.6 • Amplitude ativa de movimento da pane cervical da coluna venebral. A, Flexilo e extensão.
Estes movimentos podem ser estimados em graus ou indicados pela distància da ponta do queixo ao peito; B,
Rotação pode ser estimada em graus ou em percentual do movimento comparado em cada dlreção; C, Flexilo
lateral pode ser estimada em graus ou indicada pela dístância (em centímetrOS) da ponta da orelha ao ombro.

..
O' 1
:t ·/ .:

C7-·

..
,,'} l, • I
/'

-
e

'
\~ ; l 1 ·~ .::::::::) ~
,~,
,• ,,. ' . .
' - s1-~·
'•..,, ·'•'

2[ I
' \I
1
"

((
l
1
f1
1

13 t·
Jt
<' 1. __ , , •
....
' • j

20-

Ne~~-~
Neutro O- 1--l-"----. O> Noutro
.<c<_J:
lndinoçõo
loierol

FIGURA 12.7 • Amplitude ativa de movimento das partes lombar e torácica da coluna vertebral. A, Flexão
para a frente. O movimento pode ser estin1:1do ern graus, con10 indicado em 1, ou medido pela distância da
ponta dos dedos até a perna ou até o solo, como indicado em 2 e 3, respectivamente; B e C, Método de
mensuração com a fita de flexão; D, l liperextensão com o atleta parado em pé; E, Jlíperextensão com o
atleta em decúbito ventral; F, Inclinação latel"dl; G, Roração da coluna vertebr-AI.

do quadril e da pane lon1bar da coluna venebral. região cervical, a cabeça af.ist.a-se do peito; na re-
Consulte a Tabela 9.1. gião lombar, o tórax afasta-se da pelve; também é
Flexão da coluna v ertebr.11: movin1ento anterior da conhecida como hiperextensão.
coluna venebral no plano sagital; na região cervical, Flexão lateral (esquerda ou direita): conhecida
a cabeça aproxima-se do peito; na região lombar, o também como inclinação latel".i.I; a cabeça se move
tórax aproxima-se da pelve. lateralmente em direção ao 01nbro e o tórax se
Extensão da coluna vcrtebr.11: retomo da flexão·• move lateralmente em direção à pelve; ambos no
movimento posterior da coluna no plano sagital; na plano frontal.
328 M.:.nual de cmC51c>lo)(la cstnnural

Flexõo cervicol Exlensõo c<1rviail (hiperexlensõo)


A li

FJ..xão cervical lateral R010Çõo celVIClol


po.ro o direito poro o diteilO
e D

Flexõo lolerol lombor Rotoçao lo<nbor


Flexõo lombor paro o direl lO poro o dlreílo

E o H

FIGURA 12.8 • t.1ovimentos da coluna vertebral.


Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 329

Rocação da coluna vertebral (esquerda ou direita): Po~1eriores


movímento giratório da coluna no plano transverso; o Longuíssin10 da cabeça
queixo sai da posição neutra e gira em direção ao Oblíquo superior da cabeça
ombro e o tórax gira em direção a unia crista iliaca. Obliquo inferior da cabeça
Reto posterior da c-.ibeça - maior e 1nenor
Redução: movimento de retomo da flexão lateral para
Tra~zio, parte descendente
a posição neut:ra no plano frontal.
Esplênio da cabeça
Sentlespinal da c-.ibeça
Músculos do tronco e da coll.Ula vertebral Laterais
O maior grupo muscular nesta área é o eretor da Reto lacerai da c.ibeça
espinha (:.11croespinal), que se e.5tende, de cada lado da Esremocleidomastóideo
coluna venebral, d1 regi.io pélvica ao crânio. É co1n- Músculos da coluna verte bral
posro por crês 1núsculos: espinal, longuíssimo e !Uocos-
ral, e, do lado n1Cdial para o lateral, pos.illi fixações nas Superficiais
regiões lombar, tor.1cica e cervical. Assim sendo, o grupo Eretor da espinha (sacroespinal)
eretor da espinha é, na verdade, constituído de nove Espina l - da cabeça, do pescoço, do tórax
músculos. Há também o estcmodcidom::IStóideo e o es- Longuíssimo - da cabeça, do pescoço, do tórax
pli!nío, que são músculos grandes envolvidos nos movi- lliocostal - do pescoço, do tórax, do lombo
mentoo cervical e da cabeçi. Entre os gr.indes músculos Esplênio do pescoço
abdominais relacionados aos niovimentos lombares Profundos
estão o reto do abdome, os obliquos externo e interno Longo do pescoço - oblíquo superior, oblíquo
do abdome e o quadrado do lombo ( làb. 12.l). inferior, vertical
Na região da coluna vertebral encontra-se uo1 grande Inrerespinais - toda a coluna vertebral
número de músculos pequenos. Muitos se originrun em lntertransversários - toda a coluna vertebral
uma vértebra e inserem-se na vértebra seguínte. Sào Multííldo - toda a coluna vertebral
importantes para o funcionamento da coluna, mas o Psoas menor
conhecimento desses músculos é de valor limitado para Rotadores - toda a coluna vertebral
a maioria das pessoas. Por i.ssO, ne.~e capítulo, serão SemJespinal - do pescoço, do tórax
estudados só os músculos maiores, que estão envolvi·
dos principa!Jnente nos movimentos do tronco e da Músculos d o tórax
coluna vertebral CTab. 12.1), enquanto os músculo.s me- Diafragma
nores serão ttaradoo apenas de n1odo superficial. Intercostais - externo, interno
Para mell1or compreens:1o doo músculos do U'Onco e Levantador das costelas
da coluna vertebral, eles são agrupados de acordo corn Subcostais
sua locali7.aç-Jo e função. É preciso notar que algun~ Escaleno - anterior, 1nédío, posterior
possuem segmentos múltiplos, sendo que um segmento SCrrátil posterior - superior, inferior
de um determinado músculo pode locali:r.ar·sc e reali- Transverso do tórax
zar movimento em uma região, enquanto outr0 seg·
mento do mesmo músculo pode IOC'.ilizar-se em outr.i Músculos da parede a bdo minal
área e realizar movimentos pertínentes a ela. t.1uitos Reco do abdome
n1(1SCUlos do U'Onco e coluna vertebral funcionan1 n1ovi- Oblíquo e."1erno do abdome
mentando a coluna e auxiliando na respiração. Todos Oblíquo interno do abdome
os músculos do tórax estão envolVidos sobrecudo na Transverso do abdome
respiração. Os da parede abdominal são diferentes dos Quadrado do lombo
outroS músculos acé agora estudados: em vez de se fixa-
rem em dois ossos, frxam-sc em uma aponeurosc:: (fás.. Nervos
eia) ao redor da ãrea do reto do abdome. São o oblíquo
e>.'temo, o oblíquo interno e o transverso do abdome. O nervo cranial X1 e os espinais de C2 e de C3 iner-
van1 o cstemocleidomastóidco. Os rainos po5teriores la-
Músculos que movem a cabeça terais de C4 até C8 inervam os n1úsculos esplên.ios. Todo
o grupo dos eretores espinais ê suprido pelos ramos pos-
Anteriores
teriores dos nervos espinais, ao passo que os nervos in-
Reto anterior da cabeça
terco&ais de 17 até T12 inervam o reta do alxlome. Os
Longo da cabeça
(0 texto cont111ua 11a p. 332;)
330 'I m• •1 d 1 • ,• •KI ,...,,,,, u:>

TABELA 12.1 • M úsculos agonistas da coluna vertebral


Plano de
M(Jsculo Origem Lnserç:Io Ação Palpação Inervação
movimento
Extcns:lo da ~ na

t Esterno-
o deldo- Manúbrio do es-
"Q
aniculacio atlant<><XXioiL'll
l'lexào da parte cervical da
coluna vencbral
Sagíial Pcsooço antcrolatcr.tl,
dlagonalmenle entre 3 Nervo e>l'i-
nal accssó-
o mastói· temo, superficie Processo Cada um dos la~ toelç:lo origem e a inserçlo,
~

Transverso cm pruticulat com a rio (Cr XI,


§ deo ant~perior da nustoide ~o lado oontr:ü:uernl
.." (ambos cLivlcula medial
o o.s lados) Cada um <b lados: llcxào
l'OOIÇão parn o lado
contr..tlater.tl
C2-<;3)
:ll Frontal
lacerai par.a o lado lpsilateral
l
Ambos os lados: extensão Palpar na pcute cervical Ramos pos-
Processos da pane cervical da colun.1 Sagilal tia oolun:1 V(.'IU.:br:JI na t~lat1.~
iransve~
EsplênJo Processos espinho- vcncbr:!I regUo po&crolnfcrior, raís do
d.is ires Cada um dos lados: rotlçào
do so.s <la 3' até a (/- Tran:.~CniO imedi:u:unenie nléldl:ll quarto :10 oi-
primeiras "''"'.to lado in<lbter.11
pescoço vértebra torácica ao 1cv:tnlador inferior c:avo nervos
vénebras

[
.g
cervicals
Cad:1 wn dos lado;;: ílcxilo la-
tera! parn o lado ipsilateral
Ambos OIS lados: extensão
Fromal
da edpula com a rc>
lação resistida lpc;ilater.11
Profundo ao trapê'.tio
cervicais
(01-0I)

~ da cabeça e da pane et.YVi- Saglutl infcrionncnte e ao cs-


o
·5
~
Metade Inferior do cal cL-. coluna venebral temocleidomastókleo
Ralll05 pos-
Cat1:1 um do6 bdool: rotação ouperiônnc:nt<:; oom 3
~ lig:unento nucal Tr-.msverso
o lado jn<l(:ueral teriores
e processos Processo pessoo sentada, palpcir
...o Esplênio
cspinhOIS05 da 71 mastoide no ~o posterior
laterais do
~ dá
c:ab<.>ç:t
vênebra cervical e e osso do ~-oço emre ~
quarto ao
Oil:lVO ner-
das tri)s ou quatro oc:cipit:il Cada um doo lados: pane descendente do
vos cervicais
vênebras torácicas flcxilo lateral para o lado Frontal trapbjo e o esterno-
(C4-C8)
supériorcs ipsiL1teral deldomast6ídeo com
3 l'Ot,\ÇIO rcsi.'>lida para

o lado ipsílatetal
Cos1elas Exteiuão da coluna
Sagiull
Crista iliaca me- R0tat":lo nt<lvic:i anterior
posteriores R.'UllOS pos-
l;retor da dia!, aponeu~ Flexão lateral da coluna
1-12, teriores dos
espinha: torncolombar do Rocação pêl"lca lateral para Frontal
processos nervos
llloco.'tal sacro, roo.telas o lado con1r.1l:ueral
iransversos esplnals
posteriores 3-12 R0taçilo ipslliueral da
ccrvic1is 4-7 Transverso
coluna e da ca
í! Crista ilfaca m<.'- Processos es- Extensão da coluna e da Embora profundo e
-5 dial, aponeurose c:akA...- Sagital
~
pinhosos dlficil de distinguir
torncolomba r do oervic:lis 2-0, R0tac :lo ot.lvica anterior de ouiros múseulos
!! Eretor da sacro, processos p~ ~1ex~o l~tcrnl da coluna e dcss:i regL~o. pode R:unos pos-
8" espinh3: tran:.'Vcrsos lomba- tran:.~
da caL--:;,
Frontal ser palpado, con1 a tenores doe;
.a Longufs. res 1·5 e proces- torácloos l •12, Rooiçilo pélvica later.tl (Xira ~.çoo cm decúbito nervos
nove c:oslei.'IS o lado cont:ralatcral
~
o simo :sos trnnsvcrsos ventral, imedlata- espin:ils
1i toracicos 1·5, pro- Inferiores, Rotação lpsilateral da mente lateral ao.s
[ cessos aniculares processo coluna e da cal)CÇ!
Tl".10:.'VCl'SO processos espinhOISOIS
o cervicais 5-7 lll3St0ide na região lombar
i Ug:"unento nucal, 7" -P processo
E.~ensilo da coluna
S:tgital
com a extens.~o atiw
"' processo espinl'laiO espinhoso
Rocac;lo nélvica anterior
l'lcxào l:ncr:il d." coluna e R.'llll05 pos-
Eretor da <X!fVi<:al, proccs;os a.'fVical, ~
da
. teriores dali
espinha: espínhooos cornc>- cessos espl- Frontal
R0tação pêlvlca lateral para OCf"\'OS
Espinal <n< 11-12e~ nlKJOO:; IOcici·
o lado contr3lateral espinais
506 cspinhooo6 oos 5-12, asso R0taç:\o ipsilateral da
lomlxl.res 1-2 occipital Transverso
coluna e da c:itx..,.,.
(amtf11un)
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \ 1.-ncbral 331

TABELA 12.1 (cont.) • Músculos agollistas da coluna vertebral


Plano d e
Músculo Origen1 Inserção Ação Palpação lneivaçllo
movimento
Ambos os lados: flexão Supe:rficie antero-
lo1nbar medlal do abdome
Sagital Nervos
Crutilagcm da 5', Ambos os lados: rotação entre a caixa tom-
Reio do intercos-
Crista p(lbica @ e 7' costelas e nl'ilvica nn<terior cíca e o osso
abdome tais
processo xifoide Cada um do;; lados: flexilo p(lbico com a
(17-TJ2)
latcr.il fr.ica para o lado Frontal ílexão ÍSOlllétrica do
iosllateral cronco
Ambos os lados: flexào
lombar Nerv05
Sagital
Ambos os lados: roraç:lo Com a pessoa cm intcrcos-
Metade anterior
liofdas das nélvic:i · rior decúbito dorsal, tais (T8...
da aista ilíac:1, li-
Oilô eostel:is Cada um dos lados: flexão palpar lateralmente T12),
Obliquo gamento inguinal,
ínferiores ao lombar lateral para o lado ao reto do abdome nervo
externo aista púbic:i e
belo do tórax, in~ilateral entre a crista maca ílio-hipo-
do ab- fáscia do reto do Frontal
encaixando-se Cada um dos !:idos: rotação e as costela.$ gástrico
dome abdome na
com o serrãtil pélvica lateral para o lado inferiores com a CT12, Ll)
reglilo
anterior contra lateral rota~"ào ativa para o e nervo
anteroinferíor
Cada um dos lados: rotação lado contralateral ilioingul-
8 lombaT pam o lado Transverso na! 0.1)
g contraia tera!
Ambos os lados: flerlo
o Nervos
"O
lombar
~

.g Sagital Com a pes.wa em intercos-


~ietade Ambos os ladoo: rot:1çilo
-..
....
e superior do ni!-lvica erior
decúbito dorsal,
palpar a rcgillo ao-
tais (T8...
Tl2),
..
o Obliquo ligamento
·ai interno inguinal,
Cartilagem costal Cada um doo lados: flexão
<k• SI, 9' e 10' lombar lateral para o lado
terolaceral do ai>- nervo
don1e entre a crista ilio-hlpo-
~ doab- dois terços costelas e linha iosilateral
Frontal ilíaca e as costelas g{istrico
dome anteriores da alba Cada um d05 lados: rotação
ínferiores com a ro- ("f12, Ll)
crista ilíaca e pélvica latem1 para o lado
1ação ativa par:i o e nervo
f:iscia lombar contralateral
lado ipsilateral ilioingui·
Cada um dos lados: rocação
Transverso nal (Ll)
lombar ""'..., o l:ldo iMil:lteral
Terço lateral
Nervos
do ligamento Com a pessoa em
intercos-
inguinal, mar- decúbito dorsll, pai-
tais (17-
gen1 interna par a região antero-
Crista púbica e T12),
da crista ili- lateral do ab<lome
Trans- linha ilíopect1ne:i, Expiração forçada puxando nervo
aca, superficie crurc a cNla ilíaca e
verso do aponeurosc a parede abdominal para Transverso íllo-hipO-
abdome
interna oo abdominal para a dentro
as eoste~'IS inferiores
gástrico
crutilagem durante a expiração
linha a lba (T12, Ll)
cost1l das seis forçada; muito dilicil
e nervo
co.stelas infe- de di.5tinguJr dos ab-
ilioingui-
riores, fásda dominais obl'tqUOOl
na! (Ll)
lombar

Aproximadamente Flexão latel"'JI para o lado Com a pessoa em


~ memde do compri- in<ilateral dedibíto ventr:ll,
!! Frontal
g Lábio interno mento da borcb in- Rotação pélvica lau:ral parn imediatarnente supe- R;imos
..\:! Qua· o lado comralateral
~1erior ferior da 12" riOI" à crist."I ilíaca e dos
~
<Irado do Extensão lombar
j lombo
da crista
ilil1ca
costela e processo
tr.tn:>Vllf1i<l das qua-
tro vénebr'.is 1om-
Rotaclo nc'.•lvica :interior
Estabiliza a pelve e a parte
Sagital

Todos os
lateral à parte lom-
bar do cr<.'lor da <.'S-
pínha com a l1ex:ào
nervos
1·12, 1.1

bares superiores lombar da coluna vertebral planos L1teral i.sométricl


músculos abdonlinais oblíquos interno e e.xremo rece- Músculos que movem a cabeça
bem íne!Vação dos nervos inlerco&ais CTS-Tl2), do nervo
ílio-hipogásoico 012, LI) e do nervo ilioínguinal 0.1). A Todos os músculos apresentados aqui se originam
mesrna ineivação é fomecid1 ao iransverso do abdome, nas vértebras cervialis e se inserem no osso occípital
exceto a inervac-Jo que se inicia com o nervo intercostal do crânio, como seu próprio nome sugere (Figs. 12.9
17. os ramos de T12 e LI suprcn1 o quadrado do lombo. e 12.10 e Tab. 12.2). Trf!s músculos constirue1n os ver-
Revisar as Figuras 2.6, 4.6, 4.7 e 9.16. tebrais anteriores - o longo da cabeça, o reto anterior
da cabeça e o reto lateral da cabeça. Todos são flexo-

Mú>CUlos
supr~ióideos

Om.W.i6ideo (ventre supeti()(j- - - •


Co~logem ~reóideo ----:'~---i~YJl'
Músadc»
lnlr.W.íókloo. E$lemo/liói<l.o _ _ _ _.:.._:e::.::__ _ Tir<>hióideo L Músculos
E.slema~reói~ infr~ióideas
Críeollreóldeo _ _ _ __ ..::.;...:..._:;..~

E>-'ornodoidomo•l6ideo,...,..- - -
Trap6zio - - - ~
O~I~
r-1re inferiorJ --.~
....--

f!GURA 12.9 • Músculos anteriores do pescoço.

MadifiCldo de Undsay OT: F111ialorra/ bumn11 artatorny, SI. Louís, 1996, M°""f.

~~Lirn:___ Reto po$1erior menor do coboçio


;:_;.:.:..:.....,...__ Reto poslerior maior do coboçio
..;.;.._,,._ _ _ Obliquo •uperior da coboçio
~e.;_~--- Obliquo inferior do coboçio
......i:_ _ _ _ l.ongulu lmo do coboçio

E11emodoidomo•róideo - - - - " • "-- - - Espl6nio do peKOÇO


l.....,niodo< do e>eópulo - - - - - ' ;;..::.._ _ _ t...onlodor do MCápulo
Elpiinio do P8KOI» _ _ ___..;....;._ :..:-----Eseoleno m~io
- - - - Escxileno posletior

Rombolde menor --f'-------~­


[>«eionodol

Rombolde maior -------...::::;~


['9«ionodol

FIGURA 12. 10 • MÚS<.."lllos profundos das regiões posterior do pescoço e superior das costas.

Madifiet1do de V:tn De Gna:a/T KM: /111mar1 arraio,..y, 4• cd., New YO<k, 1995. McGraw-llUI.
Capítulo 12 Th•ncn • mlun 1 •. -.\e'- 333

res da cabeça e da região superior da parte cervical da reto posterior n1aíor (: responsável pela rotação da
coluna vertebral. O reto lateral da cabeça a flexiona cabeça para o lado ipsilateral e é auxiliado pelo
lateralmente, além de auxiliar o reto anterior a estabi- semiespi.nal da cabeça, que a gira para o lado con-
lizar a an.iculação aclanto-occipital. tralateral. O esplênio da cabeça e o esternocleido-
O reto posterior da cabeça, maior e menor, o 1nast6ideo (Tabela 12.1) são muito maiores e mais
oblíquo, superior e inferior, e o semicspinal localí- potentes na movimentação da cabeça e da parte
zam-se posteriormente. Todos são extensores da cervical da coluna vertebral e serão abordados em
cabeça, exceto o oblíquo inferior, que gira o atlas. detalhes a seguir. Os outros músculos que agem
O oblíquo superior da cabeça auxilia o reto lateral sobre a parte cervical da coluna vertebral são tra-
na flexão lateral da cabeça. Além da extensão, o tados junto com os músculos da coluna vertebral.

TABELA 12.2 • Músculos que movem a cabeça

Músculo Origem lnSérção Açào Inervação

Superlicie an1erior Pane basilar do osso Flexão da cabeça e


Reco anterior
da massa la1eral occipital, anterior ao estabilização da :uticu- Cl-C3
da calx-ça
do adas for.une nugno lação atlantoccipiral

Flexão lateral da
Superficie superior
RClo lateral Processo juguL1r do calx.-ça e e:.1abilizaç;lo
dos processos Cl-0
da cabeça osso occipiral da articulação
tr.insvcrsos do adas
atlantocdpí1al

Porção la1eral da Extensão <: rotação da


Reto posterior da Processo espinhoso
linha nucal inferior cabeça para o lado Ramos pooteriores do CI
cabeça (maior) do ruds
do osso occipital ipsilateral

Porção medial da
Reto posterior da Processo espinhoso
linha nucal inferior Extensão da cabeça Ramos pooieriores do Cl
cabeça (menor) do alias
do osso occipital
Flexão da calx.-ça e
PtOCe$SOS 1ransversos P:ine basilar do osso
Longo da cabeça da pane cervical da Cl-C3
de C3-C6 occipital
coluna vcnebr.tl

Osso occipital entre


Oblíquo superior Processo transverso Extensão e ílexllo
as linhas nucais Ramos pooteriores do Cl
da calx'Ç! do alias l:1lCral da calx'Ç!
Inferior e superior
Obliquo inferior Processo espinhoso Processo transverso
Rotação do atlas Ramos pootcriores do Cl
da cabeç.i do :\xis do atlas

Osso occipical, entre OlvL<;Oes posteriores


Semi espinal Processos transversos E.-xtensâo e roraç:lo
as linhas nucais primárias nos nervos
da cabeça de C4-17 con1rala1eraJ da cabeça
superior e inferior espinais

Músculo estemocleidomastóideo Inserção


(Figura 12.1 1) Processo mastoidc
Origem
Ação
Manúbrio do esterno Extensão da caJ:x,--ça na articulação atlanto-ocdpital
Superfície anterossuperior da clavícula medi.ai Plexào da pane cervic-.tl da coluna vertebral
334 'lll1'' 1 d

Lado direito: rotaç-Jo para a esquerda e flexi1o lateral Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
para a direita O estemocleidomastóídeo é o principal responsá-
Lado esquerdo: rotação para a di.reica e flexão lateral vel pela flexão e rotação da cabeça e do pescoço. Um
para a esquerda lado dele pode ser facilmente visualizado e palpado
quando giran1os a cabeça para o lado opôSt.o .
'. Pa.ra desenvolver a força desse músculo, basta co-
locar as mã05 na testa e aplícar força posteriormente,
tracionando ao mesmo tempo a cabeça para a frente
..._ '
r· ern flexão. Pode-se também aplicar força giratória de
um doo lados da rnandibula com a rnão e, ao mesmo
cempo, concraír o estemocleidomastóideo concentrica-
Palpação mente, tentando girar a cabeça na direç-J.o da mão.
Face anterolateral do pescoço, diagonalmente entre a A hiperexiensào cervical permite a.lgum alongamento
origem e a inserção, cm particular com a rotaç-Jo bilateral do esiemodeidoma'ilóideo. Cada lado pode ser
para o lado contr.ilatcral trabalhado individualmente. O lado direito é along-.ido
com flexão !ater.ti para a esquerda e rotação cervical
Inervação para a direita associada ã extensão. Os n10vin1Cntos
Nervo acessório espinal (Cr XI, C2-C3) opostos em extens.'lo alongam o lado esquerdo.

1, Ptoeeuo MO•loido
/ 0 Roloç6o poro o ditoilO

~ \
Fl.xôo lo*'>I
poro o ""l-ÔO

- ......-- M. es11modeidcmoslóideo

O, Svperficie oni..o.._;oc
do clovíwlo medial

""'°
O, Monlibrio do ..

FIGURA 12.1 1 • Músculo estemocleidomaslóideo, vista anterior. O, Origem; l, Insetção. (cc11li11ua)


Capitu lo 12 Tronco t coluru •l'ftl'br:il 335

R<*IQ6o poro o dir"'lo __.:> \

o. ~;oc1o-

flGll'RA 12 11 (cont.) • Músculo estcmoclcidomastóideo, vista lateral. O, Origem; /, Inserção.

\
Músculos espJênios (do pescoço, da
cabeça) (Figura 12.12)
Palpação
O rigem Esplênio da cibeça: proíundo ao trapézio inferionnente
F.splCnio do pescoço: processos cspínhosos da ter· e ao e&emocleídomaslóideo superiormente; com a
ceira :\ sexta vC:nebra torácica pessoa scncada, palpar no triângulo posterior do
Esplênio da cabeça: metade inferior do ligamento pescoço entre a parte descendente do trapézio e
nucal e processos espinhosos da sétima vértebra o estemocleidomas16ideo com a rotação resistida
cervical e das três ou quatro vC::ncbras torácicas para o lado ipsilatcral
superiores Esplênio do pescoço: palpar na parte cervical da co-
luna vertebral posteroíníerior, imediatamente me•
Inserção dial ao levantador Inferior da escápula com a ro-
Esplê nio do pescoço: processos transversos das três tação ipsilateral resistida
primeir:1s vénebras cervicais Inervação
Esplênio da cibeça: processo mastoicle e osso occipital
Ramificações laterais posteriores dos nervos cervicais
de quatro a oito (C4-C8)
Açlo
Ambos os lados: cxtens:lo da cabeça e do pescoço Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Lado direito: rotaç-Jo e flexão lateral para a direita Qualquer movimento da cabeça e do pescoço cm
lado esquerdo: rocação e flexão lateral par.:1 a esquerda extensão, principa.lmcnte extensão e rotaçào, raz o
336

esplênio entrar em ação junto com o eretor da espi- zado com uma toalha ou com a ajuda de um parceiro,
nha e a parte descendente do trapézio. O tônus do para oferecer mais resistêncía.
músculo esplênio é responsável pela n1anucenção da O esplênio inteiro pode ser alongado com fle-
cabeça e do pescoço na posrura correta. xão n1ãxin1a da cabeça e da parte ceivical da co-
Um bom exercido para o músculo esplt:nio é en - luna vertebral. O lado díreito, por meio de movi-
ltClaçar os dedos atrás da cabeça com a cabeça cm mentos combinados de rotação para a esquerda,
flexão e então contrair lentamente os músculos pos- flexão lateral para a esque rda e ílexão. Os mesmos
teriores da cabeça e do pescoço para levá-los ã ex- movimentos para o lado direito aplicam alonga-
tensão mâx.ima. O exercício também pode ser reali- mento ao lado esquerdo.

1, (do cobec;o) Processo


mos!Oide e ouo
occipital

O, (do cobec;ol Melode inferiOf


M...pl5nlo do li9omenlo nuool e
(do peJCoçol processo Mpinho.o do
M. esplãnlo ~mo ~o oorvicol o dos
(do ccbec;o) ---+- ttes ou quolro v«tebro•
toródcos S<iperiores

O, Proceuos espinhosos
do !«atiro à sexlo
-*lebro toró<ic:o

l'ICURA 12.12 • Músculos ei>-plênios (do pescoço à esquerda, da c.-abeç.1 à direita), vista posterior. O, Origem; !,
ln-;erção.

Músculos da coluna vertebral bra para o lado concralateral. O grupo íntercspinal-


intertr.tnsversário localiza-se profundamente em rela-
Na área cervical, os músculos longos do pescoço ç:io aos rotadores e consiste nos músc.-ulos interespinais
localizan1-se anteriormente e flexionam as vértebras e intenransversários. Como grupo, flexionam e esten-
cervicais e torácicas superiores. Posteriormente, os dem lateralmente as vl'.!nebras, sem, porém, girá-las.
grupos eretores da espin11a, transversoespinal, inte- Os inrerespinais são eJo.'"lensores que estabelecem a co-
resplnal-intert.ransversário e esplenlo correm todos ver- nexão enire o processo espinlloso de uma vértebra
ticalmente paralelos à coluna vertebral (Figs. 12.13 e com o da vértebra adjacente. Os n1úsculos intertrans-
12.14 e Tab. 12.3). E.5Sa localizaç-lo pcmlite que es- versários flexionan1 a coluna venebral lateraln1ente por
tendam a coluna e contribuam para a rotaç-lo e a melo da conexão enire os processos transversos de
flexão lateral. O grupo do esplênio e eretor da espi- vértebras adjacentes.
nha é abordado em detalhes mais adiante, neste ca-
pitulo. O grupo uansversoespinal consiste no semies- Músculos do tórax
pinal, no multífido e nos rotadores. Todos se originam
nos processos transversos de suas respectivas vérte- Os músculos do tórax estão quase que tOL"il1ncn1e
bras e, em geral, correm posteriormente para f001t-se envolvidos na respiração (Fig. 12.15). Durante o re-
nos processos espinllosos das vênebras logo acima pouso inativo, o diafragma é responsável pelos movi-
de suas vértebras de o rigen1. São rodos extensores da mentos respiratórios: ao concrair·sc, achata-se e o vo-
coluna e se contraem para girar sua respectiva vérte- 1umc rorãcico é aumentado com o ar inspirado,
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 337

Tettielro Y<l<lobro cenlcal ~-..


- -- - - - - S....i..ptnol cio cobeço

-~======= i.-.cntoclot ciocio


Muhifldo (porçõo .-icoQ /( O.CÓJ>Ylo
lol>guíulmo co o
ln!e<o>pínol À [
Semi..p<nol cio pel<X>ÇO r : t - - - lllocostol do pescoço
___
i
~ - - - - - lol>guíuimo cio pescoço


---~-- E'l)lnol cio ió<ox

,.
•1 Erolo< cio ~nho

'l
- - 1-1 ""'f-- lliocosiol cio 16rox
l&t

- -- - lllocosiol cio lombo __...


Qvodroclo cio lombo - - --

Multilido
(porçõo lomborj
--=:::::::::=:-
r

FIGURA 12.13 • Músculos profundos do dorso, visra posterior. Ã direita, Demonstração do grupo de
1núsculos eretores ela espinha. À esqu erda, Estes músculos forani removidos para revelar os músculos mais
profundos das costas.
ModlJlc:ado de SCClcy RR. Slcpl>ens TO, Tate P: Art<ttomy 6' pbystclog)'. 6' ed., Oubuque. IA, 2003, M<'.Craw· l liU

lnterironsv.,s6rios

- - Proc:es.so transverso

FIGURA 12.14 • Músculos profundos associados :\s


vértebras.
0e Sttley RR, Slephen.~ m. Tatc P: Anatomy 6 pb)'litllosy. 7' cd.,
Vítta posi.rolo.....,I New Y01k, 2006, MeGraw-H111 .
338 M.:.nual de cmC51c>lo)(la cstnnural

TABELA 12.3 • Músculos da coluna vertebral

t.1úsculo Origem Inserção Aç:lo Inervação

l.ongo do pescoço Processos tr.insversos Arco anterior do F'lex:'lo da p:trte cervical


C2·C7
(obliquo superior) de C3..C5 atlas da coluna vertebral
l.ongo do pescoço Processos traru.-versos l'lex:lo da pane cervical
Corpos de Tl·T3 C2-C7
(obliquo Inferior) de C5-C6 da coluna vertebral

l.ongo do pescoço Corpos de CX7 e Supcrficies anteriores flexão da pane cervical


C2-C7
(vertical) Tl·T3 dos corpos de C2-0l da coluna vertebral

Ramo posterior
Processo espinhoso Processo espinhoso Exteruão da coluna
lnlér<:spinal primário dos nervos
de cada vértebra da vértebr:i seguinte vertebral
esplnais
Tu~rculos dos pro- Tu~rculos dos pro- Ramo anterior
Flexão !ater.li d.'l coluna
lnteruansversãrios cessas transversos de cessas transversos da primário dos nervos
vertebral
cada vértebra vértebra .segulnte espinais
Sacro. espinha Uiaca,
processo.~ tr.insver- Processos espinho-
Extensão e rotação Ramo posterior
soo d.'ls vértebras soo da 2', da 3• e da
t.1ultifido contralateral da coluna primá rio dos nervos
lombares, tor.icícas e 4' vértebras acirna da vertebral espinais
das quatro vt!llébras origem
cervicais inferiores
Base do processo cs· Extensão e rotação Ramo posterior
Processo iransverSO
Rotadores pinhoso da vértebra eontralateral da coluna prin1ário dos nervos
de cada vértebra
acima vertebral espinais
Todas as divÍSÕcS,
Extensão e rotação
Semlespinal do Processos transvetSOS Processos espinhooos ramo posterior
contralateral ela coluna
pescoço de Tl-TS ou T6 de C2.C5 primário dos nervos
vertebr-.il
espinais
Extensão e rola~'ào Ramo posterior
Scmicspinal Processos tr.tru.-vcrsos Proccssoo espinhosos
contral:neral da coluna prln1ário do.~ nervo.~
do tórax de T6·Tl0 ele C6-C7 e Tl·T4
vertebral espina~

equalizando a pressão. Quando é necessária maior dos intercostais externos. Os outros músculos da ins-
quantidade de ar, como durante a prática de exercício, piração são o levantador do dorso e o serrátil poste-
os out.ros músculos do tórax assumem papel n1ais ex- rior. A expiração forçada ocorre çom contraç;io dos
pressivo na inspiração. Os m(Jsculos es<:alenos elevam intercostais in1emos, transversos do tórax e sulxostais.
as duas primeiras costelas pgra aumentar o volume Todos es.5CS músculos são descritos em detalhes na
1orácíco. Uma maior expgnsão do peito fica por conta Tabela 12.4.
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 339

Músculos da inspl~6o

Ewnodoldoflloll61deo -'-=::..--

EJCO!eno. --,~,-

~1.--- ..-
lnietcotkJis in·1etnos - - - ' - . , . - - -
!Porto i"""CO<>dro~

l Obllq<i<> exiomo do obdomo

~ Obllq<i<> iolorno do abdome

".. TtoosYOrso do obdome

" - - - - - - Reio cio obclome

FIGURA 12.15 • Músculos da respir.ição, vista anterior.

Modlllc:o.<lo de \ '<ln De Gr.1:1.ff KM: Humtm a11atomy, ~· cld., New Yori<, 1995, MGGr:IW·Hill.

TAJ3ELA 12.4 • Músculos do tórax

Músculo Origem lnserçlo Açilo lnerv:tç:lo

Deprin1e e U"aciona o
Cim1nfcrência da tendão ccntr:i1 par.t a
abenura rorãcica do frente n.'I inspiração,
Tendão central do Nervo frênico
Diafragma processo xifoide, C!lr- reduz a press:1o na
dlafragma (C3·C5)
tilagens costais 6-12 e cavidade 1orãcica e
v<:rtebras lombares aumenta a pressão na
cavidade abdominal
Eleva a cartilagem
Crista longirudinal na
costal d.'IS co:.telas 1-4
superficie interna das Borda superior da Ramos inLcn;ost:Us
lntercostai.s internos durante a inspiração,
costelas e c:1nil:1gen.s costela abaixo de T l-Tll
deprime iodas as
COSI.ais
eo><elas na expir.ição
Borda Inferior das Borda superior da Ramos intercostai.s
lntercostai.s externos Elt.'V3 as costelas
costelas eostela abaixo de TI-TI 1
Elev-a as costel.'ls e re:i-
Extremidades dos Superfk!e externa cio
Ui.a ílexão laternl da
Lev-.intado r do do l'50 processos transversos ângulo cb próxima cos- Nervos intercostais
pane tor.ldca cfa
de O, T2-Tl2 tela, abal.xo da orige1n
coluna vertebral
Tracíona a pane ven-
Mediaimente sobre a
Supcmcie interna de lrnl das costelas paro
supcrflcie interna da
Subcootals cada costela próxinw baixo, dímínuindo o Nervos intercostais
2'- e da 3• costelas
ao seu ângulo volume d:t cavidade
ab:iixo
torácica
(«>111f11ua)
340 'I m• •1 d '"' •' 'K •.,,, u:>

TABELA 12.4 (con t.) • Músculos do tórax


Míisculo Origem Inserção Ação Inervação

l!lev.t a 11 COOlcla e rea·


Bord.'\ interna e Li2a flexão, Oex:lo
Processos tr.t~-versos Ramos ventrais de
Escaleno anterior superficie superior lateral e l'Olaç:lO oontra·
de C3-Có C5·CÓ e , :\s vezes, C4
<fa t • eostela ~'\ler.ti <fa jXJJle ocsvical
da coluna vertebral
Eleva a 1• c.os1ela e rea-
Li2a flexão, flcx:io lm1..~
Proce'lSO.~ trnnsversos Superlide superior Ramos ventrais
Escaleno médio raJ e rotação rontralate-
de C2-C7 da 11 C05"tcla de C3-C8
ral <fa Jl'llte cesvicll da
coluna vcrtc.-bml
Eleva a 2' costela e rea-
liza flexão, flcx:1o lateral
Processos mn.wersos Superlide externa Ramos ventral~
Escaleno posterior e ligeira ro1aç:lo contra-
de C5-C7 da 21 oostcla de C6-C8
!ater.li da jXJJIC cetVi<::ll
da coluna vertebral
Ligamento nucal, pro- Bordas superiores Sub-ramos dos ramos
Scrrátil posterior Eleva as costelas supc-
(superior)
cessos espinhosos de lateralmente aos ân- anteriores prirníirios
riores
C7, TI e T2 ou T3 gulos das COS1elas 2·5 de Tl-T4

ConlrnlY.ilança a tração
Bordas inferiores late· pam dentr0 do dia· Sub-ramos dos ranios
Serrálil posterio r Processos espinhosos
raís aos ângulos das fmgma, tracionando as anteriores primários
(inferior) de T10-T12 e Ll-L3
costelas 9-12 úh.i mas 4 costelas para de T9-T12
fora e para babco

Supcrlicie interna do
Superlides internas e
esterno e processo xi-
bordas inferiores das Ramos intercostais
Transverso do t6r:IX foide, extremidades cs- Dcprin1c as COCitclas
crutilagens costal~ de deT3-T6
temais das cartilagens
3-6
costais d:.ts 00\telas 3-6

Músculos eretores da espinha• 1-5 e p rocessos tranSvcrsos torácicos 1-5, proces-


(sacroespinais) (Fig uras 12.16 e 12.17) sos anicu lares cervicais 5-7
Espinal: ligamento nu c-.il, sétimo processo espinhoso
cervical, processos espínhoso.s torácicos 1 1-12 e
lllocoscal
processos espinhosos lombares 1 · 2
Camada lateral
Longuíssimo Inserção
Camada média llíocosral: costelas posteriores 1-12, processos crans-
versos cervicais 4-7
~pinal
Longuís.5imo: p r0<.-essos c:spinhosos cervicais 2-6,
Camada medial processos transversos torácicos 1·12, nove coste-
las inferiores, processo mastoide
O rigem Espinal: segundo p rocesso espinhoso cervical, pro·
lliocostal: crista ilíaca media l, aponeu rose toracolo 1n· cesso espinhoso torácico 5·12, osso occipital
bar a partir do sacro, costelas posterio res 3-12
Longuíssimo : crista ilíaca medial, aponeurose toraco- Ação
lombar do sacro, processos ttanSVersos lombares E.x tensâo, flexào lateral, rota{:ào ipsílater.il da coluna
e da cabeça
• Este grupo muscul:lr Inclui o m~t. o longuls5lmo do tór.tx. Rotação pélvica an terior
o espinal do tõnx e suas divisões nas poncs 1~, tot:ldc:l e
cervical da colul\3 vcrtcbr.ll. Rotação pélvica lateral par.i o lado concralateral
Capítulo 12 ..-,.. n •' • lun 1 •. -.\e'- 341

\ Aplicação, fortalecimento e flexibilidade

=r.
- fe" O músculo eretor da espinha funciona melhor
' quando a pelve está girada posteriormente, pois assim
Q - .........
sua origem abaixa e ele se toma mais efetivo em man-
ter a coluna ereta. Quando isso acontece, as costelas
15ra
......... _
I r
se eleV'.un e foram o tórax no alto, tomando os abdo-
minais ma.is efetivos na sustenmção da pelve para
cima, na fre nte, e achatando a parede abdonlínal.
Um exercício conhecido como "levantamento tt!ITll",
Palpaç.'io pratic-.ido com uma b'dJTa de halteres, usa o eretor da
Enlbora profundo e difícil de distinguir de outros espinha para estender a coluna. Nele, a pessoa incli-
músculos dessa reg.ião, pode ser palpado com a na-se para a frente, mantendo braços e pernas retos,
pessoa em decúbito ventral, imedia1an1ente late- pega a barra e retoma à posição ereta. Ao executar esse
ral ao processo espinhoso na região lombar con1 üpo de exercício, é muito importante usar sempre a
extensão ativa técnica correm para evitar lesões lombares. A contração
estática voluntária do eretor da espinha na posição em
lnervação pé constitui um exercício moderado e melhom a pos-
Ramos posteriores dos nervos espinais tura corporal.

\ \
Flexõo lombor
\ flexão
Flexão lombor lo1e<ol lombar
lolerol loto<ol
fxlensõo lombar f>Jon$11o lombor
Exlensõo lombar
M. do lombo

- -r- -
'/
1..
1..
( l
...
(
r
t

1
\

<
1. \,
~
l
I< A a ~ e

FIGURA 12.16 • t.tlúsculo eretor da espinha (sacroe.spinal), vista posterior. A, rliocostal do lombo, do tórax e
do pescoço; 8 , Longuíssimo do tórax, do pescoço e da cabeça; C, Espinal do tórax, do pescoço e da cabeça.
342 M.:.nual de cmC51c>lo)(la cstnnural

Esp~nio longo {seccionado) _ _ _ _ __._ ,.


- - - Semiespinol do cabeço
longuís.simo do cabeço - - - - - - , . . . .

Semiespinol do t +--
- -- - E$pinol do cabeço
E$plênio do cabeço
cabeço (seccionado) - - - - - - + - < •' - -- - E$pinol do peKOÇO
longuluimo do pescoço ------.,..-=----
llioco$tol do pe$COÇO/

-i-:=='~:::':-:-=-:'::--- Espinal
do tólox

= .....:..:......____ llioco$1ol
do lombo

FIGURA 12.17 • Os músculos do dorso e do pescoço auxiliam na movimentação da c.-abeça (vista posterior)
e mantêm o rronco ereto. O esplênio da cabeça e o serniespinal foram ren1ovidos (à esquerda) para mostrar
os músculos subjacentes.

O eretor da espinha, com S\1as várias divisões, A hiperílexão máxima de toda a coluna alonga o
pode ser fortalecido por meio de diversas forn1as de grupo muscular dos eretores da espinha. O alonga-
exercícios de extensão do dorso, em geral pratica- mento pode ser isolado para seus segmentos especí-
dos em decúbito ventral ou com o rosco virado para ficos por meio de movimentos apropriados. A flex;lo
baíxo, com a coluna cm algum esrado de flexão. A máxíma da cabeça e da parte cervical da coluna ver-
pessoa usa entilo es.5es mCisculos para movunentar a cebr.11 alonga os segmenios da cabeça e do pescoço.
coluna parcial ou totalmente em direção à extensão, Flexão conjugada com flexão lateral para um lado
contra a íorça da gravidade. Para aumentar a resis- acentua o alongamento no lado contralatcral. Jã a flc--
tência, pode-se segurar um peso com as mãos atrás xão torácica e lombar alonga principalmente os seg-
da cabeça. mentos torácico e lombar.
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral

Músculos da parede abdominal


(figuras 12.18, 12.19 e 12.20)

S.rrótil onloriot

,.

CriJIO ltloco - -!f.--


(
Tronswno
doobdome

Conolt ~
ligo,,,..,~------,,
ingvinois

FIGURA 12.18 • Músculos do abdon1e. Oblíquo externo e reto do abdome. A bainha fibrosa ao redor do
reto do abdome foi rc1novida no lado direito para mostrar o músculo íntemo.

, Porodt pooioriot
rr---í::-:-:-..._,..~:-ili-- do boínho do te10
Bolnho do reto do obclomt - - - #---"- - - l - (reto do abdome
{'80àonodol removido)
linho semilonor ----,11-- - Tron$'YelíSO
- . ; i -- doobdome

tini.o olbo
Umbigo

Conal •
ligomenk> -------1~ \.
inguinois

FIGURA 12.19 • Músculos do abdome. O oblíquo externo foi removido no lado direito para mostrar o
oblíquo interno. Os oblíquos e:\'terno e interno foram retirados do lado esquerdo para revelar o cransverso
do abdome. O reto do abdome foi seccionado para expor a bainha do reto pcsterior.
344 M.uiual de cmC51c>lo)(la cstnnural

Go<duro wbculóneo Aponeurose do obliquo e•temo do abdome Obliquo e•lemo do abdome


Unho olbo

Oblíquo
inlemo
~ doobdome

Retos do abdome
Aponeurose do obliquo
Fóocio trons...,rao interno do abdome
Aponeurose do tronsV$!so do obclome

FIGURA 12.20 • Parede abdomínal. A disposição úníca dos quacro 1núscuJos do abdome coin sua fixação da
fáS<:ia dentro e ao redor do mÚS<."lllo relO do abdome é mosttada. Sem o:;sos de fixaç-Jo, esses mÚS<.-ulos podem
ser mantidos de forma adequada por meio de exercícios.

Músculo reto do abdome <Figura 12.21) Em wna pessoa relativamente magra e oom abdo-
minais bem desenvolvidos, podem ser notados três
Origem conjuntos distintos de linhas ou depressões. Cada
Crista púbica um representa uma área de tecido conjuntivo tendi-
noso q ue conecta ou sustenta os músculos abdomi-
Inserção nais em vez de fixações ósseas. Correndo vertical-
Cartilagem da quinta, da sexta e da sétima costelas, e mente a partir do processo xifoide, atn1vessando o
processo xifoide umbigo e chegando ao púbis está a linha alba, que
divide o reto do abdome e serve de borda medial
Ação para ele. Lateral a esse músculo est:1 a linha semllu-
nar, uma linha curva, em forma de lua crescente,
An1bos os lados: flexão lombar
que corre verticalmente e representa a aponeurose
Rotação pélvica posterior
que conecta a borda lateral do reto à borda medial
Lado direito: flexão lacerai fraca para a direira
doo oblíquoo externo e interno do abdome. As io.<J-
Lado esquerdo: flexão lateral fraca para a esquerda
criçõcs tendinosas são reenlrâncias horizontais
que cortam o reto do abdome em três ou mais pon-
tos, conferindo a ele sua aparência segmentada.
Consulte a Figura 12.18.
Palpação São 1nuitos os excrócios destinados aos m6sculos
dessa regfilo, como abdominais com o joelho ílcxionado
Superficie anteromedial do abdome, entre a caixa to- e pl!s apoiados no solo, abdominais com joelhos flexio-
r.~cica e o osso púbico, com flexão isoméuica do
nados e pernas elevadas e contrações Lsoinétricas. Os
tronco abdominais coin o joelho ílcxionado e braços cru7.ados
no peito são considerados por muitos um e.xeródo se-
Inervação guro e eflcienle. Os abdominais com joelhos flexionados
Nervos intercostais (17-T12) e pernas elevadas são considerados ainda mais efetivos
para isolar o trabalho dos abdonlinais. Esses dois exercí-
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade cios encurt:tm o músculo iliopsoas e outros flexores do
O músculo reto do abdome controla a Inclinação quadril, rcdUZindo assiln sua capacidade de gerar força.
da pelve e, cm consequência, a curvatura da região Torções para a esquerda e para a direita provocam nos
inferior da coluna. Ao girar a pelve posteriormente, mtís<."lllos oblíquos uma contração mais ativa. Em todos
ele achata a parte inferior do dorso, tomando o ere- os exercícios citados, ê importante usar técnica apro-
tor da espinha mais efetivo como extensor da espi- priada, que requer movimento gradual para a posição
nha e os flexores do quadril (músculo iliopsoas, prin- ereta até a parte lomb-ar da coluna venebral estar ativa-
cipalmente) mais efetivos na elevação das pernas. mente fle.xionada ao máximo e então retornar lenca-
Capítulo 12 "'r- n •' • mlu11 • """e" '

mente à posição sentada. Devem ser evitados rnovin1en- cidir quais são índlc:ados, diante da presença das vá.rias
tos bruscos que envolvam uso ele impulsão. A amplitllde lesões e problemas comuns da região lombar.
de movimento continuada alêm da Oexão lon'lbar con1- O reco do abdome ê alongado por meio de hipe-
pleta só exercita os flexores do qwdril, o que, em geral, rextensão simultânea das regiões lon1bar e torácica.
rulo é o objetivo. Apesar de todos esses exercícios con- Estender os q uadris ajuda nesse processo, pois acen-
tribuírem para o fortalecimcnco dos músculos abdomi- rua a rotação p(:lvica anrerior, que hípercstende a
nais, ê preciso fazer uma análísc cuidadosa antes de de- parte lombar da coluna venebral.

1, Cor61ogem
dos•, do 6'
e do 7' costelas,
processo •õfoido

Fie.ao lateral

linho alba -
- - - - Inserção tendi"""'

----~ M. relo do abdome

I
O, Crlsla
púbica

FIGURA 12.21 • Músculo reco do abdome, vista anterior. O, Origem;!, lnscrç:lo.

Músculo oblíquo externo do Rotação pélvica posterior


Lado direito: fle.x.1o lombar lateral para a direita e
abdome (Figura 12.22) rotação lombar para a esquerda, rotação p(:lvica
Origem lateral para a esquerda
Bordas das oito costelas inferiores do lado do rórax, Lado esquerdo: flexão lombar lateral par.i a esquerda
encaixando-se com o múscu lo serralil anterior· e rotação lombar para a direita, rotação pélvica
lateral para a direita
Inserç ão
Metade anterior da crista ilíaca, ligamento inguinal,
crista púbica e fãscia do músculo reco do abdome
na pane fronta l inferior

Ação
Palpação
Ambos os lados: fl~xão lombar
Com a pessoa em dec(1bito dorsal, pa lpar latera l
• Alguma:<'"""'• atig<.,,. e• ln..<CIÇllo .,..:lo im·Cftkbs nos livro. de ao reco do abdon1e entre a crista ilíaca e as coste-
ruulomla, cm vinude de dif'emit"" intopreçiç0c$ • n::spcito de qual
CIU\Jlur.a 6Sse2 ~ • maiS 1nóv<-~. A lnScrç<Jo ~ ~ a pcartc
las inferiores, duran te rotação ativa para o lado
mais m6vd de um me!sculo. contral:iteral
346 • ! m• 11 de cmC51c>lo)(la cstnnural

Inervação esquerdo do abdome contrai-se vigorosamente em ab-


Nervo.~ intercostais (T8-T l2), nervo íl io-hipogás· dominais quando o tronco gira para a direita, como ao
lrico (Tl 2, 1.1) e nervo ilioinguinal (1.1) tocar o cotovelo esquerdo no joelho direito. Girar para
a esquerda coloca o oblíquo externo direito em ação.
Cada lado do oblíquo externo deve ser alongado
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade individualmente. o lado direito (: alongado por mo-
Ao exercitar cada lado do abdon1e, seus 1núsculos vimento de ílexão lateral extrema para a esquerda
obliquos externos auxiliam na rotação do tronco combinado com extensão ou por movimento d<.: rota·
quando trab-JU1:un sem a ajuda un1 do outro. Quando ção lombar extrema para a direita, também combi·
traballiam juntos, auxiliam o músculo reto do abdon1e nado com extensão. Os movimentos opostos de ex-
em sua ação jã descrita. o músculo oblíquo externo tensão alongam o lado esquerdo.

O, llo<clos cios oilo e<»lelo>


ínfe1iotes oo lodo cio !6ral\,
encoixondo.w com o
serró~I anterio<

Rotação
conlrolaterol

- -f- M. obliquo e~temo


cio obclome

flêxao lombar
lateral

1, Mo!Oclo onlOrior cio


criw iliaca, Ugomenlo
inguinal, crista
púbica, lóscio cio
músculo reto do tt--+- Ugomento inguinal
abdome no porte
lron1ol inforiot

FIGURA 12.22 • "1fúsculo oblíquo externo do abdon1e, vista lateral. O, Origem; I, Inserção.

Músculo oblíquo interno do lado direito: fle.xào lombar lateral e rotação lombar pira
a direiia, e rotação pélvica lateral para a esquerda
abdome (Figura 12.23) l.ado esquerdo: flexão lombar lateral e rotação lom-
Origem bar para a esquerda, e rotação pélvica lateral para
Metade superior do ligamento Inguinal, dois terços a direita
anteriores da crisra ilíaca e fáscia lombar
_r!p.-
Inserção
Cartilagens costais da oitava, da nona e da décin1a
lmrn
_.,. .... _

costela, e linha alba


Palpação
Ação Con1 a pessoa em decC1bito dorsal, palpar o abdon1e
Ambos os lados: flexão lombar anterolateral entre a crista ilíaca e as costelas infe-
Rotação pélvica posterior riores com a rotação ativa para o lado ipsilateral
Capítulo 12 ...,.. n · Ju;1 1 •. ~~e'-- •

Inervação giram ao mesmo tempo, auxiliando o músculo reto


'crvos intcrcostais ('r8-T12), nervo ílio-hipogãstrico do abdome a flexionar o tronco, tomando o movi-
(T12, LJ) e nervo ilioinguinal (Ll) mento completo. Nos movimentos rotatórios, os oblí-
quos interno e externo, situados em lados opostos
entre si, sempre trabalham juntos.
Aplicação, fortalecimento e flexib ilidade
Assim como no oblíquo externo, cada lado do in-
Os múS<:ulos abclominaís obliquos internos correm terno deve ser alongado individualmente. O lado di-
diagonalmente, na direção oposta à dos oblíquos exter- reito ê alongado por meio de movimentos de ex:trema
nos. O oblíquo interno esquerdo gira para a esquerda e ílexâo lateral esquerda e extrema rotação lombar es-
o oblíquo interno direito, para a direita. querda, combinados com exrens:lo. Os n1esmos n1ovi-
Quando se toca o cotovelo esquerdo no joelho mentos para a direí1.:1, combin..-idos com extensão, alon-
direito, nos exercícios abdominajs, esses ml'.ísculos gam o lado esquerdo.

Rotoçõo
ip1ílolerol

~
1, Cortilogens
cosloi>do 81, 99 e ......i~ 8, 9, 10
109 costelos,
linho olbo
Flexão lombor
-+-- M. obliquo in1emo
Flexão lombor lolerol do obdome

º· Melodo
superior do
ligomen10 inguinal,
doi• lerços onleriores
cio cristo ílfoco,
l.mio lombar

FIGURA 12.23 • Músculo oblíquo interno do abdome, viSta lateral. O, Origem; !, Inserção.

Músculo transverso do abdome Aponeurose abdo1ninal até a linha alba


(Figura 12.24) Ação
Expiração forçada por cracionamento para dencro da
Origem
parede abdominal
Terço lateral do ligamento inguinaJ, borda inrema da
crista ilíaca, superfície interna das cartilagens cos- Palpação
rais das seis últimas costelas, f:iscia lombar Com a pessoa em decl'.íbito dorsal, palpar o abdome
anterolateral enrre a çrisca ilíaca e as costelas
Inserção Inferiores durante a exalaç:!o forçada; muito di-
Crista púbica e Hnha iliopectínea fícil de distinguir dos abdominals oblíquos
318 • ! m• 11 de cmC51c>lo)(la cstnnural

Inervação manter o abdome plano. Esse achaiamenio abdominal


Nervos in1ercosiais (17-Tl2), nervo ílio-hipogãscrico e a expulsão forçada do conteúdo abdominal são suas
(TI2, Ll) e nervo ilioinguinal (Ll) únicas ações.
O 1núsculo t:ran.5Vcrso do abdome é exercitado cfcci-
Aplicação, fonalecimento e flexibilidade vamcn1c quando se retrai o conteúdo abdon1ínal para
O 11'".in~verso do abdome é o principal músculo da tt3s, cm dírcção :l coluna, o que pode ser feito isometri-
expiração forçada e contribui - jun10 com o reio do camente, em decúbito dorsal ou em pé. A inspiração
alxlome, o oblíquo externo e o oblíquo interno - para máxima mantida no abdome pro1nove o along:amcn10.

O, T0<ço la10<al
do ligamento inguinal,
bordo lntorno do cristo
ilíaca, superflcie inlorno
da cartilagem do• $8i> 1, Cristo p<ibico,
cosiola• inferi0<8', fóKlo linho iliopectiMK>
lombar e linho olbo junlOndCMe
oos $8uS pares do
outra loclo
_ _.__ MúKulo tronn••<>o
do abdome

FIGURA 12.24 • i\.túsculo iransverso do abdome, vista lateral. O, Origem; /, lnserção.

Músculo quadrado do lombo (Figur.i 12.25) Ação


Flexão lateral para o lado em que está localizado
Origem
F.stabili7.a a pelve e a parte lombar da coluna venebral
Ubio interno pos1crior da crista ilíaca Extensão da parte lombar da coluna venebr.il
Ro1ação pélvica anterior
Inserção Ro1ação pélvica lateral para o lado contrala1eral
En1 tomo da metade do comprimcnco da borda inferior
da décima segunda costela e os proccssoo transver-
sos das quatro vêrtebr.is lombares superiores
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 3-19

Palpação mesn10 lado na posição ereta. Movimentos de rota-


Com a pessoa em decúbito ventral, imediatamente ção do lronco e flexão lateral conlra a oposição de
superior à crista ilíaca e lateral ao eretor da espi- resiscência são bons exercícios para o desenvolvi-
nha, com ílexào ison1étrica lateral mento desse músculo. A posição do corpo en1 rela-
Inervação ção à força da gravidade pode ser aherada para
aumentar a resistencia sobre esse e outros múscu-
Ramos dos nervos de Tl2, Ll
los do tronco e do abdome. A flexão lateral lombar
Aplicação,fortalecimento e flexibilidade esquerda alonga o quadrado do lombo direito e
O quadrado do lombo ~ importantt: para a fle- vice-versa.
xão lateral lombar e para a elevação da pelve do

12" costela

Procou<» ll'On•venos

Flexõo (
lo tarai
M. quadrado do lombo _ __,___ _. 1, Aproxirnadomeni. na metade do
comprimento do ba<do inferior da
12l costeio e nos proceuos
tronsverso.s dos quatro
vé<lobra1 lombares
superiores
Unha pectíneo _,___ _...._-!
Eminência iliopec:tíneo -+--,..-++

O, lóbio
intemo po11efk>t
da etil!O illoco

Roma p-Obico inferia<


Ramo púbico superior

FIGURA 12.25 • !'vtúsculo quadrado cio lombo. O, Origem; I, Inserção.

Sites Excelente site com muitos slides, d.issecções,


guias tutoriais etc., para o estudo ela anatomia hu-
mana.
Radlologlc Anatomlc Browser
http://radlinuK1.usuf1 .usuhs.miVrad/iong Universíty ofArlcansas Medical School Gross
Site com muitas vistas radiológ.icas do sistema Anatomy for Medical Srudents
musculoesquelético. http://anatomy.uams.edu/anatomyhtmVgross.html
Oissecções, rabeias de anatomia, imagens de atlas,
Loyola Unive.rsity Medical Center: Structure of the links etc.
HumaoBody
www.meddean.luc.edu/lumen/meded/grossanatomy/ Wbeeless' Textbook of Orthopaedics
indeK.htm www.wheelessonline.com
350 4 ~ 1 ~· ~.~.1.-,

Site com extenso indice de /111ksque levam a tópi- Prancha do esqueleto posterior (n11 2)
cos wbn: fratul"'.tS, articulações, músculos, nervos, Desenhe e indique no diagrama do esqueleto os
1raumas, medicações, assuntos m&.licos, teStcs de la- seguintes músculos:
boratório e periódicos de ortopedia, além de outras a. Eretor da espinha
novidades das áreas ortopédica e mêdíca. b. Quadrado do lombo
c. Esplt:nio - do pescoço e da cabeça
Premiere ~1edical Scarch Englne
www.medsite.com EXERCÍCIOS LABORATORIAIS
Neste site, é possível buscar artigos relevantes E DE REVISÃO
sobre qualquer condiç;lo médica.
1. Localize cm um esqueleto humano e cm uma
Virtual Hospital
pessoa as seguintes panes da coluna:
www.vh.org a. Vértebl"'.t cervical
l\1uitos slides, informações sobre pacientes etc. b. Vértebra torácica
e. Vértebra lombar
Core Stability d. Processos espinhosos
www.brianmac.demon.eo.uk/corestab.h tm e. Processos transversos
Músculos do tronco, técnicas de creinamento e f. Sacro
exercícios. g. ~1anúbrio
h. Processo xifoide
Become Health NO\v.com:The Splne i. Estemo
www.becomehealthynow.comlcategory/bodyspine j. Caixa torácica (vã rias costelas)
Anatomia e função da coluna vertebral.
2. Como e onde podem ser palpados ern uma pes-
Spine Universe soa os músculos abaixo?
a. Reto do abdome
www.spineuniverse.com
b. Oblíquo externo do abdome
Disponibili1,a informações sobre a coluna para a
c. Oblíquo interno do abdome
educação do público sobre tecnologias, serviços e
d. Eretor da espinha
1.r.1tamentos, além de permitir pesquisas sobre desor-
e. Estemocleidomastóideo
dens da coluna vertebral.
3. Liste os planos em que ocorrem cada um dos
Stablllzatlon Sensibillty movimentos a seguir. Cite o eixo de roroç;lo de
www.OJlainc.org/HandOVUIParticipanLh andouts/0504% 20 cada movimento.
St<ibilization.pdf a. Flexão cervical
üma discussão sobre os músculos do abdome. b. E.~ensão cervical
e. Rotação cervical
Hospital for Joint Oiscasc Spine Ccntc r d Flexão cervical lateral
www.hjdspine.org/hospltalslhjdlhjdspinelmusclesandliga- e. Flexão lombar
ments.htm f. Extensão lombar
l\1úsculos e ligamentos da coluna. g. Rotação lon1bar
h. Flexão lombar lateral
PRANCl lAS DE EXERCfCJOS 4. Compare abdominais com os joelhos ílexlonados
e pés elevados, abdorninais con1 joelhos ílexiona-
Gomo recurso auxiliar para o aprendizado, para dos e pés apoiados sobre o solo e abdominais
tarefas de classe ou extr.1clr1sse o u para estudar par.t com joelhos estendidos. PedJr a um parceiro que
provas, são fornecidas pranchas no final do livro. segure os p(:s faz algu1na diferença na capacidade
de realizar o abdominal com joelhos ílexionaclos
Prancha do esqueleto anterior (n11 l)
ou estendidos? Por que?
Desenhe e indique no diagrama do esqueleto os
seguintes músculos: 5- Peça a um colega de laboratório que fique cm pé
a. Reto do abdome e assuma uma posição que exiba boa posn.1ra.
b. Oblíquo externo do abdon1e Que movimentos, em cada região da coluna, a
e. Oblíquo interno do abdon1e força da gravidade tenra produzir? Que músculos
são responsáveis por contrabalançar esses movi- 9. Por que músculos abdominais fracos são, em
mentos contra a força da gravidade? geral, acusados de causar dor lombar?
6. Compare e contraste as curvaturas da coluna ver- 10. Prepare um relato <>ral ou escrito sobre lesões ab-
tebral de um parceiro de laboratório sentado dominais ou lombares encontradas na literatura.
ereco com outro sentado relaxadamence em uma
cadeira. Que músculos são responsáveis pela ma- 1 L Pesquise as desordens espinais mais comun$,
nutençJo de uma boa postura sentada? como a neuropr.ixia do plexo braquial, a radicu-
loparia cervical, a hérnia do núcleo pulposo lom-
7. Que exercício ê melhor para o desenvolvimento bossacral, a hérnia ciática, a espondilose e a es-
dos músçulos abdomlnaL5 - elevações de pt:ma pondilolistese. Comente sobre seus achados en1
ou abdomina.is? Analise cada um tendo em vista a classe.
atividade dos músculos abdominais. Dê argumen-
tos para a sua resposta. 12. Preenclla o quadro de anãlise muscular com os
principals músculos envolvidos cm cada movi-
8. Por que o bom desenvolvimento muscular abdo- mento.
minal é tão importante? Por que essa área é fre-
quentemente tão negligenciada?

Quadro de análise muscular • Partes cervical e lombar da coluna venebraJ


Pane cervic:il da coluna venebral
Flexão F.xtensllo

l'le.'tilo lateral direiw Rotação direita

Flex:lo lateral esquerda Rotação esquerda

Parte lombar da coluna vcncbral


Fl<xlo Extcns:lo

Flexão lateral direita Rotação direita

Flexão lateral esquerda Rotação esquerda

13. Preencha o quadro de ação muscular dos antago- ações em relaçJo aos músculos da coluna do lado
nistas (abaixo) listando o(s) múscu lo(s) ou parte(s) esquerdo.
do(s) músculo(s) que é (são) antagonisla(s) em suas

Quadro de ação muscular dos antagonistas • Partes cervical e lombar da coluna venebraJ

Agon~ Antigoni.sta

Esplênio da cabeça

Esplênio do pescoço

Eslemocleidomas16ideo

(co111lnw1)
352 M m• •1 d '"'" n <>)(! ,...,,,., u:>

Quadro de ação muscular dos antagorustas • Partes cervical e lombar da coluna vertebral (cont.)

Agonista Antagonista

Eretor da espinha

Reto do abdome

Oblíquo ex1emo do abdome

Oblíquo interno do abdome

Quadrado do lombo

14. Após analisar cada exercício no q uadro de análise que ocorrem no tronco e na coluna e então liste os
dos movimentos do tronco e da coluna (abaixo), principais músculos responsflveis por causá-los/
divida cada un1 em duas fases de movimento pri- controk'í-los. Ao lado de cada 1núsculo e1n cada
mário, como fase de levanran1en10 e de abaixa- movimento, indique o tipo de contração: !-isomé-
mento. Para cada fase, determíne os n1ovimcntos trica; e.concêntrica; E-excêntrica.

Quadro de análise do movimento do tronco e da coluna


Fase inicial do movimento Fase seeundárla do movimento
Exercício
Mov!mento(s) Agonlsta(s) - Tipo de contração Movimento(s) Agoni51a(s) - Tipo de contração
l'le.U.o de
braço no solo
Agachamenio
Levantamento
terr.i
Abdominal
com joelhos
ílexlonados
Extensilo
pronada
Hxercído
de remada
Elt.-vaç;lo
de perna
Stair nuu:hlne
(degrau, Slep)

15. Analise cada habilidade no quadro de análise de músculo(s) do tronco e da coluna responsável(is)
habilidades esportivas do tronco e da coluna e por causá-lo/ controlá-lo. Ao lado de cada mús-
Hsie os movime ntos do tronco e da coluna em c ulo e n1 cada niovimento, ind iq ue o tipo de con-
cada fase da habilidade. Pode-se lisrar a posição t:ração: 1-isométrica; C-concêntrica; E-excêntrica.
inicial do tronco e da coluna na fase de apoio. Pode ser necessário revisar os conceitos para a
Depois de cada movimento, liste o(s) principal(is) análise das várias fases no Capítulo 8.
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 353

Quadro de anãlise do tronco e da coluna em habilidades esportivas


Exerdcio Fase de apoio Fase preparatória Fase de movimento Fase de comp!emen1:1ç:lo

Arremesso D
no beisebol E

Chu1e no futt... D
boi americano E
D
Caminhada
E

Arremesso D
no soflbol E

Passe no D
fu1ebol E
D
Criquete
E

D
Oo!iche
E

Arremesso D
no basquete F.

Referências bibliográficas
Cbricson HM, Cílewlch C8: .lfUSÇj•/or.Jl(!ktal assessmett1' jol•ll m•l(l6 M~Uno )E: Tbe 1111uci1/arsystem n11J11/JDk tbe s/N!klal muscles Qf
e>f motlon a11d "''"'"ª'
musclB strot1g1b, Baltimore, 1989, Wíllfan" tbe b11n1t"' body, t'<I 2, Sl. Louis, 2003. Else\ller Mosby.
& Wllkln.•. N•tlonal Stn:ngth :and Condltlonlng ASsod.ation; B:lcchlc TR, l!arlc
Day AL: Obsav.iuon on lhe ucatment oi Jurnh<lr dUc discase ln RW: /is;unlllals Q/ Slrcttglb tml11l11g alld ()()lltflllo11l>lg, cd 2,
rollcge fOOlb.U pl•ym<, Anu.-rlca11jounu1/ o/S/J<>rls Medicine Ownpalgn, IL. 2000. lluman Kinctlcs.
15:275, Januaiy- F<:bruaiy 1987. O:itis C\ Kl11eslology lbe 11uxbo11la alldpa1bomeeba111cs Qfbuma11
Flekl O: A•IOJQmy. pt1/pall011 O•ui surft•at ttlllriH•l[lt, ed 3. Oxford. mooenumr, Phll.:ldelpllla, 2004, Upplncoc1 Willl:lms & Wllkln.<.
2001 , 8unerworth· llc:lncnunn. l'cny JP, Rohc DA, C•td2 AO: 'l1Je ld11eslolofzy wo~
Cc:ndl BI!, lnnson MM, Hruvcy PT: llnatomkal ld11esfolcgy, Phll•dclphia, 1992. D:lvts..
Oubuquc, IA. 1995, l!ddic Bowcrs. Prcntlcc WE: Arnbclm~pri,.ctpksofatblet~tral,.ltig, cd 12,
l lamílton N. Luttgens K: Kln~ scllnll~ ba#s ofb11ma" New Yodc, 2006. McCraw·Hill.
m0tlo11, ed 10, llo6ton. 2002. McCraw-llUJ, lbsch PJ: Kl11t!SIOlogyand applle<I ana1omy, ed 7, Phil:adclplli:t, 1989.
111$10p 1u. Mon1goniery J: l'Ja11fels ª"d Wonbllfl/bam"S n111SC-IB l.e2 & febiger.
tes/1118' 1edJnlq114!$ <l{ma11ua/ emml11a1rc1~ ed 7, PhlL•delphla, Sttley RR, Slti>hens m , Tute P: A11atomy& pb)...wiosY, ()> m..
2002, Saundets. Dubuque, IA, 2003. McGraw·Hlfl
Holden DL. Jackson DW: Stm;s fr•ctures of ribs ln fcmalc """"1'$, Srek'Y RR, Su.-phens n>, Tate P: A11atomy6 pbysiolagy, ed 7,
llmm1ct111 }OCIF710I ofsports Medlcf11c 13:277. July-Augu.st 1987. New York, 2006, McGr•W·HiU.
1.i.ndsay DT: /'imctíentd b11m'm '"wtomy, St. Louis, 1996, M®y. S;eg KW, Ad:ims SJ>: //lu.stmtcd C$$Clllla/s Q/ m1uci1/t/$J>elcta/ alllllom)'.
Ml~ OJ: Orrbopedlc pbyslcal llS$4!$$1'1e111, ed 4, Ph11:ldelplll.:l, 2002, ed 2, Calncsvlllc, ~1.. 1985, Meg:ibooks.
Saundets. Stonc IV, StoncJA: A1/asuftlm5kek1a/ mruclcs, :-/cw Yort. 1990,
M:mcns .!>IA, ct oi: Adduc10r 1dltlonitis and nuruhr olxlominls 1endopothy, McGraw-Hill
llm<T1am}ofm1td cfSpons Mtxliclnc 15-.353, }uly-August lll67. Tiiílxxk:;u CA, P•llOn K1': Anaíemy 6 pb)$'/ology, cd 9, 51. Loui>,
Marymont JV: Exerôseoreb1ed siress rearuon of 1be s.croil.i:tc joint, 1993. Mosby.
:m unusual rnusc o( low b:idt paln in 01hk~cs.. Amerlca11}011nllJI v.n Oc CflllT K.\I: H11ma11 a11momy, cd 6. Dubuquc, IA, 2002.
e>fSporrs Mcd~'"" 14:320. Jul)•/.ull'~ 1966, McGraw-HlU.
Capítulo
álise 01uscular dos
. /'

exerc1c1os para o tronco e


para o 01e01bro inferior
Objetivos
• Analisar um exercício para determinar os movimentos articulares e os tipos de contração que ocorrem
nos ml'.isculos específicos envolvidos naqueles movimentos
• Aprender a agrupar músculos individuais em unidades que produzem cenos movimentos articulares
• começar a refletir sobre exercícios que aumentem a força e a resistência de grupos musculares
individuais
• Aprender a analísar e a prescrever exercidos para fortalecer os principais grupos musculares
• Aplicar o cont.-ei10 de cadeia cineúca ao membro inferior

Capítulo 8 apresentou urna introdução ã análise passivo causado pela contração de outros músculos,

º de exercícios e atividades esportivas, 1nas in-


cluiu somente a anã~ dos 1núsculos da região do
membro superior, previamente estudados.
Daquele capítulo em diante, todas as outras arti-
pela inercia ou impulso, pela gravidade ou por for-
ças extemas, como auxílio manual ou aparelhos de
exercício.
Na contraç-Jo concêntrica, o músculo se encurta
culações e grandes grupos musC\llares do corpo contra resistência ou gravidade, ao passo que na
foram abordados. Os exercícios e atividades encon- contração excêntrica ele se alonga sob tensão para
trados neste capítulo se concentram sobretudo nos controlar o niovin1ento da.~ articulações que se
músculos do tronco e do niembro inferior. inovem sob efeíto da gravidade ou da oposição de
Força, resistência e flexibilidade dos músculos do uma resistência.
n1cmbro inferior, do tronco e das dlvísõcs do abdon1c A contração contra a gravidade se coroa bastan1e
s:lo ramb(:m muito importantes para o desempenho evidente nos membros Weriores.
físico habilidoso e pal"J a manutenção de um corpo O grupo muscular do quadríceps femoral contrai
saudável. excentricamcntc ã medida que o corpo se abaixa dc-
O tipo de contração é determinado de acordo v-.igar, em um movimen10 de ~ustentação de peso,
com o alongamento ou encurtamento do múst.'UIO por meio da ação do membro inferior. O quadríceps
durante o movimento em questão. Entretanto, os femoral funciona con10 desacelerador na ílexão da
músculos podem e ncurtar-se ou alongar-se na au- articulação do joelho em movimentos que exigen1
sência de contração, por meio de um n1ovin1ento sustentação de peso por contrair-se excentricamente
355
356 ,,, ' 1

para prevenír um movimento muito rf1pido para Abdominal - joelhos flexionados e pés
baixo. Uma pessoa pode demonstrar esse fato facil-
mente palpando esse grupo muscular enquanto se
apoiados no solo (Figura 13. 1)
move devagar de uma posiç;lo parada e ereta para Descrição
uma posiç;lo de meio agadlamento. O trabalho feito O indivíduo posiciona-se em decúbito dor..al, com
nesse tipo de contração (: quase o mesmo que o rca- os antebraços cruzados e apoiados sobre o pcico, os
liz:ldo nas contrações concêntricas. joelhos flexionados em tomo de 90° e os pé.~ afasta·
No exemplo do quadríceps femoral, a descida dos mais ou menos na largura do quadril. Os quadris
lenta (: excêntrica e a subida da posição de agadl3- e os joelhos sâo flexionados dessa maneira para re-
mento é concêntrica. Se a descida não estivesse sob duzír o comprimento dos flexores do quadril e, con-
controle muscular, ela ocorreria na velocidade ditada sequentemente, sua contribuição para o exercício.
pela gravidade e o alongamento muscular seria pas- Esse posicionamento propicíar:'.I maior ênfase sobre
sivo. Isto é, o movimcnco e a mudança do compri- os músculos abdominais se comparado ao mesmo
mento muscular seriam causados e controlados pela exercício realizado com o joeUlo estendido.
gravidade, não pelas contrações musculares ativas. o individuo ergue o tronco atê a posiç-Jo de dorso
Nos últimos anos, um número cada vez maior de curvado, vira o tronco para a esquerda, toca o eoto-
ml'<licos e profissionais da saúde tem enfatizado o velo esquerdo no joelho direito e enlllo retorna à po-
desenvolvimento dos grupos muscu lares por meio sição inicial. Na repetição seguinte, ele deve virar o
de atividades de treinamento em circuito e de ativi- tronco para a direita, para que o desenvolvimento
dades concra resistência. Atletas e não acletas, ho- muscular seja equilibrado.
111ens e mulheres, precisam de um desenvolvimento
muscular completo. r.1es1no aqueles que n:to desejanl
necessatian1ente uma massa nluscular significativa
sâo aconselhados a desenvolvê-la e mantê-la por
meio de treinamento contra resistência. Ao envelhe-
cer, a tendência natural é a perda de mass.'I muscular
e a conscqucncc diminuição do metabolismo. Esse
facor, combinado com h:\bitos de alimentação inapro-
priados, r<.'SUlta cm um acúmulo pouco saudável de
gordura e ganho de peso excessivo. isso se toma A
menos provável com o aumento da massa muscular,
o qual acelera a queima calórica.
Participar de esportes não garante o desenvolvi-
mento adequado dos grupos musculares. Por isso,
rambém tem sido cada vez mais enfatizada a cinesio-
logia mecânica na cducaç-Jo ÍtSica e no ensino de
habilidades esportivas, o que (: bastante proveitoso e
pode contribuir para um desempenho mais eficiente.
Entretanto, deve-se lembrar de que os princípios
mecânicos são de pouco ou nenhum valor para pra-
ticantes cujo sistema muscular não tem força ou re·

sistência adequadas, as quais s6 s:lo desenvolvidas
por meio de atividades e exercícios planejados. 'os
últimos anos, têm sido enfatizados cada vez mais
exercícios e atividades que melhoram o condiciona-
mento tisico, a força, a rcsisc<!ncia e a flexibilidade
dos pr,1tic-.1ntes. Este capitulo dar:'.1 continuidade à
prática, inLroduzida no Capitulo 8, de analisar os
músculos por meio de exercícios simples. Uma vez
que essas técnicas forem dominadas, o profissional e
estará apto a analisar e prescrever exercícios t: ativi-
FIGURA 13.1 • Abdominal, joelhos flexionados.
dades que trabalhem a força e a resistência muscular
A, Posição inicial relaxada; 8 , Posição de dorso
necess.'irias para esportes e para a manutenção de
curvado; C, ROtaçàO à direita.
uma vida saudável.
357

Análise curvado, (2) fase de rotação para a direita, (3) fase de


Este exercício é dividido em quatro fases para a retomo à posição de dorso curvado e (4) fase de re-
análise: (1) fase de elevação para a posição de dorso tomo à posição inicial (Tab. 13.1).
TABEIA 13.1 • Abdominal - joelhos flexionados e pés apoiados no solo
Fase de elevação para
Fase de rotação para Fase de recomo à Fase de recomo à
3 posição de dorso
Articulação a dil'élta posição de dorso curvado posição Inicial
curvado
Ação Agonista Ação Agonista Ação Agonista Ação Agonista
Plexores da
Flexorcs da Flexorcs da
pane cervical
f lexores da parte cervical parte cervical
da colun:1
Pane pane cervical Manuien- Manu1en- da coluna da coluna ver-
venebral
cervical da da coluna çàoda ção da vertebral tcbral (contra·
flexão (contração Extensao
coluna vertebral ílexào íle.xão (contr:1ção ção excên·
isomêtrica)
vertebral E.stemodei- cervical cervical isométrica) trica)
Eslernoclcl-
donlastóideo F.siernodcl- F.sicmodci-
domas16i-
dom~'tóideo domastóidc.-o
deo
Rotadores
Rooidores
lombares
lombares
para a direlta
para a Flexores do
(contração
Fl<:xor<:S do direita tronco
e.xcêntrica)
tronco (D) Reto do (contração
Rotação (D) Reto do
Reio do abdome excênuica)
lombar abdome
abdome Roiaçào (E) Obliquo Reto do
para a (E) Oblíquo
Oblíquo lombar CXlerno abdome
Tronco Flexão esquerda cxiemo EXtensão
externo do para a doab- Oblíquo
cm dirc."Çio doab-
abdome direita dome extemodo
à posição dome
Oblíquo (D) Obliquo abdome
neutra (D) Oblíquo
in1emo do interno Obliquo
interno
abdome do ab- interno do
do al>-
dome abdome
dome
(D) Eretor da
(D) Eretor da
espinha
espinha

l'lexores do Flexores do fle.'(ores do


Flexorcs do quadril quadril quadril
Manu1en· Manu1en·
quadril (contraç.lo (contr-dç:lo (con.traç-lo
çãoda ção da
Quadril Flexão lliopsoas isomêtrica) isomêtrica) Extensão excêntrica)
flexão do nexãodo
Reio íeinoral lliopsoas lliopsoas lliopsoas
quadril quadril
Pectíneo Reto fcmor:tl Reto fcmor.11 Rc..~o fcmor'<ll
Pectíneo Pectíneo Pectíneo

Extensões pronadas alternadas ou arco ã posição inicial. Na repetição seguinte, a cabeça, a re-
gião ~-uperior do tron<."<>, o membr() superior esquerdo e
em decúbito ventral (Figura 1 ~.2) o inferior direito é que são elevados.
Descrição
O participante deita-se em dedibito ventral, com o Análise
rosto voltado para o solo e ombro5 totalmente flexiona- Este exercício é dividido eni duas fases para a
dos e rel'lX.ados à frente do corpo. A cabeça, a regíào análise: (1) fase de levantamento do ombro direito da
superior do tronco, o membro superior direito e o mem- superfície de contato com solo e extensão do mem-
bro inferior esquerdo sào elevados. Os joelhos são nlan- bro superior esquerdo e (2) fase de abaixamento para
tido5 em extensão máxima. O p-.irtidpante então retoma a pooição relaxada (Tab. 13.2).
358 \! mal de cir.eslo!ogb cstnnural

FIGURA 13.2 • Extens3o pronada


alternada. A, Posição inicial relaxada;
B, Posição elevada.

TABELA 13.2 • Extensões pronadas alternadas ou arco em decúbito ventral


Fase de levantamento para elevar os mernbros su- Fase de abaixamento para a posição
Attículação perior e inferior relaxada
Ação Agonlsm Ação Agonlsta
Flexores da aroculação do ombro
Flexores da articulação do ombro
(contr.tç:lo excêntriat)
PeitOl".11 maior (parte clavicular)
Peitoral maior (parte ela vlcular)
Ombro Flcxâo Deltoide Extensão
Dcltoidc
Coracobr.iquial
CoracobraquJal
Bícc.'J)S braquial
Cíoeps braquial
Adutores do úngulo do membro Adutorcs do dngulo do m(.mbro
Cingulo do
superior superior (contração e.'Ccêntrica)
membro Adução Abdu~'ào
'l'rapéiio Trapézio
superior
Rombo ide Roa1boldc
Extensores do cronco e da pane
E.'ttCnsorcs do tronoo Flexão C'ervical da coluna vencbral (con-
l!retor da espinha (retomo para a tração excêntrlai)
Tronco Extensão
l!splenio posição neutra l!retor d.1 espinha
Quadrado do lombo relaxada) Esplênio
Quadrado do lombo
t:Jctensores do quadril Extensores do quadril (contr.ição
Glúteo máximo Flex:lo excêntrica)
SCmitcndínc.'O (retomo para a Glúteo máximo
Quadril Ex1en.sâo
Semin1ernbranáceo posição neutra Semitendineo
O!oeps femoral relaXJ1cla) Semimernbranãoeo
Bíceps femoral

Agachamento (Figura 13.3) nando os quadris enquanto mantém a coluna vertebral


erera, a1é as coxas estarem paralelas ao solo. Então, o
Descrição •
participanle retoma ã posição inicial. E comwn execu-
O participante coloc:i u ma barra sobre os 01nbros tar esse exercício de maneira imprópria, pennitlndo
atrás do pescoço segurando-a con1 as palmas das mãos que os joelhos se movam para a frente, além do plano
voltadas p-ara a frente. Em seguida, agacha-se, flexio- dos pés, o que aumenta mui10 o risco de lesão. De-
,,,,. ••~ t '"" p:ira o lronro e p.112 o m<·mbro lnfcnor 359

ve-se tomar cuidado para garantir que as pernas per· AnáJise


maneçam na posição mals vertical possível durante Este exercício ê dividido em duas fases para a análise:
este exercício. (1) fase de abaíxamento para a posíçâo agachada e (2)
Os pés devem ficar paralelos, com ligeira rotação la· fase de levantamento para a posição inicial (làb. 13.3).
tera! do menlbro inferior. Os joelhos devem apontar Nota: parte-se do principio de que não deve ocorrer mo-
para os romozelos e para os pés sem se movimentar vinlellto na articulação do onlbro, no cingulo do mem-
para a frenre, cncre ou para fora do plano vertical. bro superior, noo punhoo, nas mãos ou no dorso.

A
a

FIGURA 13.3 • Agachamento. A, Posição inicial; 8, Posiç-Jo agachada.

TABELA 13.3 • Agachamento


Fase de :11xli:Umen10 para a posição agachada Fase de levantamento (Xira a posição inicial
Artlculaç-J.o
Ação Agonistas Aç-.io Agoni~1:is

Extensores do quadril
Extensores do quadril
(conltaç:lo excênlrica)
Glúteo m.1ximo
Clútt..'O máximo
Quadril Flexão Extensão Sernimembran~ceo
Semin1embranãceo
Semitendineo
Semicendínco
Blceps femoral
Bíceps femoral
Extensores do joelho
E.'({ensores do joeU10
(contração cxcên1ric:1)
Re«io fernoml
Reio femoral
Joelho Flexilo Exten.sllo Vasto medial
V.isto medial
Vasto intem1&1io
Vas10 intem1&1io
Vasto lateral
V:1sto lateral
Flexorcs plantares
Flexorcs plantares
(contração excênlrica)
Tornozelo Dorsiflexilo Flexilo plantar Ga.strocnêmio
GaStrOCnêmiO
Sóleo
Sóleo
360 \! mal de cir.eslo!ogb cstnnural

Levantamento terra (Figura t3.4)

Descrição
O participante começa com o quadril flexionado,
mantendo o dorso e os membros superiores e infe-
riores retos, e segurando a barra posicionada no solo.
Ele então realiza um rnovi1nento par:i se posicionar
de pé estendendo os quadris. Se es.-;e exercício for
realizado de maneira inadequada, permllindo a fle-
xão lombar, pode contribuir para o aparecimento de
problemas nessa região. É (!SS(:ncial, Portanto, que os
extensore.5 lombares sejam usados mais corno estabi-
li1.adores isométricos da região lombar, enquanto os
extensores do quadril desempenham a niaior parte
do levanta1nento.
A
Análise
Este exercício é dividido em duas fase:; para a
análise: (1) fase de levantamento para estender o l'IGURA 13.4 • Levanmmento terra. A, Posição
quadril e o joelho e (2) fase de abaixamento para inicial com o quadril e o joelho flexionados; B,
flexionar o quadril e o joelho, recomando assin1 ã Posição futal com o quadril e o joelho estendidos.
posição inicial (Tab. 13.4).

TABELA 13.4 • Levantamento terra

Pase de levamamento para a posição de quadris Fase de abaixamento para a posição de quadris
Aniculação e joelhos estendidos e joelhos flexionados
Ação Agonistas Ação Agonl.stas
flexores do punho e da mão Flexores do punho e da mão
(contraç:io isomC:trka) (contraç:lo isomC:trka)
Flexor radial do carpo Flexor radial do carpo
Punho Flexor uln:tr do carpo Flexor ulnar do carpo
Flex:lo Flex:lo
emào Palmar longo Palmar longo
Flexor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Flexor superficial dos dedos Flexor superficial dos dedos
Fh.:xor longo do polegar Flexor lonso do polegar
~ensores
do tronco Extensores do tr0nco
Manutenção (contração isomêtrica) Manutenção (contração isoml!lrica)
Tronco
da extensão Eretor da cspinkt (sacrocspinal) da CXtl!nsilO Eretor da espinha (sacrocspinal)
Quadrado do lombo Quadrado do lombo
Extensores do quadril Extensores do quadril
GICiteo máximo (controç:lo excêntrica)
Semlmembranáceo Glúteo máximo
Quadril Exwnsào l'lcx:lo
Semi1cndineo Semi membranáceo
Bíceps femoral Scmitcndíneo
Bíceps femoral
Extensores do joelho E.xtcn.sorcs do joelho (quadri<.-cps fe-
(quadríceps femoral) moral) (contração excêntrica)
Reto femoral Reto femoral
Joelho Extensão Flexão
V:1Sto medial Vasto medial
Vasto in1ermêdio Vasto intennêdlo
Vasto lateral V:1s10 lmcral
Noto: O llgelro movímenlO do orRculoçõo do ombro e do c;fngulo do membro supe<ior nõo ~ ..,ndo onol l<ldo.
Capírulo 13 oor:a o 1ron ni<mbm n <11 r 361

Exercícios isométricos Levantamento de perna (figura 13.6)

Uma 1ecnica de exercício chamada isométrica é Descrição


um tipo de alividade em que há contmção de grupos O participante senta-se sobre um banco ou uma
musculares com pouco ou nenhum encurtamento. cadeira com os joelhos ligeiramente ílexionados e
Embora não seja tão produ1iva em ganhos de força com a perna esquerda sobre a direita. Enulo, tenta
global quanto a contr.1ç:lo isolônic:i, os exercícios elevar a perna direita enquanto aplica resistencia
isotnêtricos conslituem uma maneira efellva para conlra ela com a esquerda.
gerar e manter a força muscular em uma amplitude
de movimento limitada. Análise.
Um determinado núnlero de exercícios isomêtricos
Este exercício envolve apenas uma contr.1ção iso-
<: analisado aqui do ponlo de vista muscular para mos-
mêcrica dos músculos listados na Tabela 13.5. Logo
trar como são apropriados no desenvolvimenlo de
após conlple~-lo, a posição das pernas pode ser in-
grupos musculares espeéificos. Embora existam diver-
vertida, de modo que a perna direita fique sobre a
sas abordagens para a rea1!1.aç:lo d~ exercícios, a esquerda para exercitar os músculos contr.1laterais.
maioria das autoridades no as.sunto concorda que as
contr.1~ devem ser manlldas por cerc:i de 7 a 10 ~ as pmus ~o •hema<b.\. Ol< mO..<iCUlotl utill.tóldo6 M:~o 08
segundos para que o trclnamento surta algurn efei10. ~porem da OUlr.1 pcm:l

Contração abdominal (Figura 13,5)

Descrição
O partidpanle coni.rai os músculos da ~10 abdo-
minal anterior com o máximo de força possível, com
nenhum movimento do lJ'Onco ou dos quadris. Esse
exercício pode ser desempenhado sentado, em pé ou
em decúbito dor..al. De certa forma, quanto rn.-ilor a du-
ração da contração, maior sera a valicL-idc do exercício.


Abdome
ConLrnç:lo A
Reto do abdome
Oblíquo externo do abdome
Oblíquo interno do abdome
Transverso do abdome

1
A 1

FIGURA 13.5 • Contraç.lo abdominal. A, Posição FrGlJRA 13.6 • Levantamento de perna. A, Posição
inicial; B, Posiç-Jo conlraída. inicial relaxada; B, Posição elevada.
362 \! 1111 ,, d

TABELA 13.5 • Levantamento de perna


Perna direita ao tentar n.>alizar o movimento Perna esquerda ao n.-slstir ao movimento
Articulnç:lo ascendente ascendente
Aç:\o AgonistaS Ação Agonistas
Oorsille.'<ores do tornozelo
·ribial anterior flexores plantares
Fle~lo
Tomo7..elo Dorsille:x:lo Extensor longo do hãlux G~ocnêlnio
plantar
Extensor longo dos dedos Sóleo
Fibular terceiro
Extensores do joelho (quadtfceps fe-
Flexores do joelho (n1úsculos
moral)
isquiOlibiais)
!~eco femoral
joelho Ex"tensào Flexão Bíceps femoral
Vasto média!
Semí1endíneo
Vasto intermêdío
Semimcmbranáceo
V:ISlo lateral

Flexores do quadril
Extensores do quadril
lliopsoa.~
Glúteo máxlmo
Reto fcmor-.tl
Quadril Flexâo Extens:lo Bíceps femoral
Pectineo
Sernitendineo
Sanório
SemimembrJn.1ceo
Tensor da f:isda lata

Leg press em 45° ou inclinado vida para cima até os joelhos e os quadris se estende-
rem por completo. Então, o participante retoma à
(Figura 13.7)
posiç-Jo inicial.

Descrição Análise
O patticipante deita-se no solo, em decúbito dor- Este exercício é dividido em duas fases para a
sal, com os joelhos e os quadris fleidonado.s em uma análise: (1) fase de empurrar para a posição de joe-
posição próxima ao peito. Os pés são posicionados lhos estendídos e (2) fase de abaixamento para a po-
na superficie da plataforma do aparelho, que é mo- sição inicial (Tab. 13.6).

A 8

FIGURA 13.7 • Legpress em 45° ou inclinado. A, PosiçJo inicial; B, Posiçlo alta.


<los <..'Xen: tn<l!' p:ira o lronro e p.112 o m<·mbro lnfcnor 363

TABELA 13.6 • Leg press em 45º ou inclinado


Fase de empurrar paro a posiçilo de joelhos
Fase de abaixamento para a posição inicial
Articulação esrendidos
Ação Agonislas Açllo Agonistas
Fle...:ores pl1ntares do tornozelo
Fle...:ores plantares do tornozelo
Flexão (contração excêntrica)
Tornozelo G-astrocnên\io Dorsillex:lo
pl:uu.ar Gas1rocnên1io
Sóleo
Sóloo
Extensores do joelho (quadríceps fe· Extensores do joelho (quadríceps fe-
moral) moral) (contração excênlrica)
Relo femoral Reto femoral
JoeUio Extensão Flex;io
Vasto medial Vasto medial
V:isto íntcnnédio Vasto intcrml-dio
Vasto lateral VaSto lateral

Exu::nsol'd do quadril
E«tensores do qu:1dril
(contração excêntrica)
Bíceps femoral
Bíceps femoral
Quadril Extensão Seminiembranáceo Fleicilo
Semimen1branáceo
Scmilc:ndín<.'O
Semitendíneo
Glõteo rn!\xlmo
GIC.teo máximo

Exercício de remada (Figura t3.8) ç:lo ao peito. Então, as pernas e os braços re1omam à
posição inicial.
Descrição Análise
O panicipante senla-se sobre um assento móvel Es1e exercício ê dividido em duas fases para a anã-
com os joelhos e os quadris flexionados próximos ao lise: (1) fase em que se puxa o braço em direção ao
peito. Os braços são levados à frente para segurar a peito e se empurra as pernas par.i estender os joelhos
barra horizontal. A seguir, as pernas são estendidas e o quadril e (2) fase de retomo à posição inicial
com força enquanto os braços são puxados em dire- (Tab. 13.7).

1-lGURA 13.8 • Mliquina para realizar o exercício de remada. A, Posição inicial; 8 , Movimento.
\1 ·~l\I ~1 d 1 t: l' ~· ~tn.1t Ir.:'~

TABELA 13.7 • Exercício de remada

Fase de puxar o braço/empurrar a perna Fase de rctomo à posi~'ào inicial


Articulaç:io
Ação AgonlStas Açilo AgOniSUs

Dorsiflcxorcs do tornozelo
Flexores plantares do tornozelo Tibial anterior
Pée flexão
Gtlsuocnêmio Dor.;iílex:lo Extensor longo do h:ilux
tornozelo plantar
S61eo Extensor longo dos dedos
Fibular terceiro
Quadríceps femoral (extensores do
l'lexores do joelho (n1Clsculos L'iqUi<>-
joelho)
Libiais)
Reto fernoral
Joelho Extensão Flexão Blceps femoral
Vasto medial
Semitendíneo
Vasto interm&lio
Semlmcmbranãceo
Vasto lateral
Extensores do quadril
~1exores do quadril
Gh'.íreo mãxirno
lliopsoas
Quadril Extensão Bíceps femornl Flexão
Reto femoral
Semime1nbran:lceo
Pectíneo
Semitendínoo

flc.xorcs do tronoo
Extensores do uonco Reto do abdome
Tronco Extensão Flexão
Eretor da espinha Oblíquo interno do :ibdome
Obliquo externo do abdome

Adutores do ángulo do membro su- Adutores do cíngulo do membro su-


Aduçào, perior, l'Ol3dores descendentes e de· Alxluç:lo, perior, rotlldores descendentes e de-
C!ngulo do
rotação prcssorcs rotação prc.-ssorcs (oonLraçào excêntrica)
membro
descendente Tl"Jpêzio (pane ascendenre) ascendente Tl"Jpéz!O (pane ascendente)
superior
e depressão Romboide e elevação Romboide
Peitoral menor Peitoral menor

Extensores da articulação do ombro


Extensores da articulação do ombro
{contração excêntrica)
Latissimo do dor.;o
!.atíssimo do dorso
Articulação Rl.-dondo maior
Extensão Flexão Redondo maior
do ombro Pane espinal do deltoide
l'arte espinal do deltoide
Redondo menor
Redondo n1enor
lnfrae.-pinal
lnfmespinal

Flcxorcs d:i articulação do cotovelo


Flexorcs da articul:iç:lo do eo1ovclo
Articulação {contração excêntrica)
l:liceps braquial
do Flexão Extensão Bíceps braquial
Br:1quíal
eotovclo Braquial
Braquíorradlal
Braquiorr:idial

Plexores do punho e da m3o l'lexores do punho e da mão


(conLrnção ísomêlrica) {contração isométrica)
Flexor radial do carpo Flexor radial do carpo
Punho Flexor ulnar do carpo Flexor ulnar do carpo
Flexão Flexão
e mão Palmar longo Palmar longo
Flexor profundo dos dc.-clos Flexor profuado dos dl.-dos
Flexor superficial dos dedos Flexor superficial dos dedos
Flexor longo do p0lcg.1r Flexor longo do p0legar
Sites continuada sobre técnicas do exercício e assuntos re-
lacionados.
American College of Spon s Medicine
www.acsm.org Upper Extremity Condltioning Prograro
Pesquisa cientffica, educação e aplicações práticas www.eatonhand.com/hw/nirschl.htm
da medicina esportiva e da ciílnci.a do exercício para Mostra exercícios de fortalecimento para o mem-
manter e melhor.ir o desempenho tisico, o condicio- bro superior.
namento, a saúde e a qualidade de vida.
Rehab Team Site: Passive Stretching
Concept II http://calder.med.miami.edu/pointis/upper.html
www.concept2.com/index.html Exercícios de amplitude de movimento passivo.
lnformaçõcs sobre t&nica de remada e os múscu-
los usados. Body Map
www.athleticadvisor.com/body_map.htm
Fitness World Descreve lesões específicas e o modo como rratá-
www.fitnessworld.com las corretamente com pesos.
As Wormações deste site, que contém acesso à
revista Flrness 1Wanagerne111, abordam o condiciolk"l- The Physician and Spon s Medlcine: WeightTrainiog
mcnto f1Sico de modo geral. Injuries
www.physsportsmed.com/issues/1998/03mar/laskow2.htm
NationaJ Council of Strenght & Fitness Artigos sobre lesões do membro superior e sobre
www.ncsf.org como fortalecê-lo.
Certificação de personal rralnlng e educação conti-
nuada para o prof1SSional do condicionamenco f'isico. NISMAT Exerclse Programs
www.nismat.org/orthocor/programs
NalionaJ Strenght and CondlliolÚJlgAssocíation Diagramas e instruções passo a passo de exerci-
www.ncss-lift.org cios de fortalecinlento.
Informações para profissionais do treinamento de
força, espccíalistas em condicionamento e personal Spine Healch.con1
rratners. www.spine-health.com
Informações sobre a coluna vertebral, incluindo
NSCA Certificatioo Comission exercícios de fortalecimento do centro do corpo.
www.ncsa-cc.org
Corpo certificador da National Strenght and Con- ;; 1 Back Paln Síte
ditioning Association. www.1backpain.com
Informações sobre dor lombar e exercícios de for-
President's Council on Physical Fitness and Spons talecimento e alongamento para o dorSO.
www.fitness.gov
Informações e links sobre condicionamento fisico Runne r Girl.coro
do governo dos Estados Unidos. www.runnergirl.com
Exercícios de fonalccimcnto e a longamento,
E.x.Rx.oet bem como outras informações de saúde e condi-
www.exrx.net/li.sts/Oiretory.html cionamento tisico para mulheres.
Uma fonte de referências com niais de 1.500 pági-
nas com exercícios e ilustrações anatômicas para os PRANCHAS DE EXERCÍCIOS
proftSSionais do exercício, técnicos e e ntusiastas do
condicionamento f1Sico. Como recurso auxiliar do aprendizado, para tare-
fas de classe ou extraclasse ou para esrudar para pro-
Nacio nal Academy of Spons ~iedicine vas, são fornecidas pranchas no final do livro.
www.nasm.org
Oferece certificações especificas para especialistas Prancha de análhe de habilidades (n11 l )
da saúde, do exercício e do condicionamento lisico, Usando as 16cnicas ensinadas ncsre capítulo e no
e é uma valiosa fonte de referências para educação Capítulo 8, analise os movimentos anicula.res e os
músculos utilizados em cada fase do movimento dos carga que desenvolvam todos os grandes grupos
exercícios de habilidades esportivas selecionados. musculares utilizados nele.
Para cada an:iculação, liste a posição inicial e a sub-
sequente, o movin1ento e os graus do n1ovin1ento, 10. Deite-se em decúbico dorsal sobre uma n1esa com
bem como os agonistas, indicando se se contraem os joelhos, os quadris e os tomo7.elos flexionados
concêntrica ou cxccntricamcnte. em 90°. Estenda cada articulação até que seu joe-
U10 esteja totalmente estendido, seus q\1adris fle-
EXERCÍCIOS LABORATORIAJS xionados em apenas 10º e seu tornozelo em fle-
xão plantar de 100 ao desempenhar cada um dos
E DE REVISÃO seguintes movimentos antes de iniciar o outro
como se segue:
1. Encontre, descreva e analise completamente cinco
exercícios de condicionamento. • Extensão total do joelho
• ~"tensão do quadril em até 100 da posição neutra
2. Colece, analise e avalie exercícios encontrados em • Flexão plantar em 10°
jornais, em revistas, na internet ou na televisão.
Analise os movin1entos e os n1úsculos responsá-
3. Prepare uma ~rie dt: exercícios destinada a de- veis por cada movimento do quadril, do íoelho e
senvolver to<los os grandes grupos musculares do tornozelo.
do corpo.
11. Agora, fique em pé com o dorso e as nádegas
4. Selecione exercícios em livros e analise-os. contra uma p.a rede lisa e coloque seus pês (afas-
tados na largura do ombro) a uma distância de
5. Traga outros exercícios típicos para seren1 anali- cerca de 30 cm entre seus calcanhares e a pa-
sados pela classe. rede. Mantenha seus pés nessa posição, com os
6. Analise os exercícios de condicionamento dados quadris e os joelhos flexionados em tomo de 90º
por seus professores de educação f1Sica, técnicos cada, de mo<lo que as coxas fiquem paralelas ao
e treinadores. solo. Coro os pés ainda na mesma posição, des-
li7.e lentamente seu dorso e suas nádegas para
7. Observe crianças utilizando equipan1entos de um cima na parede, até suas nádegas ficarem o mais
playground. Analise, do ponto de vista muscular, afastadas possível do solo. Analise os movimen-
as atividades que elas estão executando. tos do quadril, do joellio e do tornozelo e os
músculos responsáveis por cada um deles.
8. Visite a sala de musculação de sua faculdade e ana-
lise os exercícios que podem ser realízados em cada 12. Qual a diferença entre os dois exercícios das
aparelho. Comf)'.ire e conrr.iste exercícios St:melhan- questões 10 e 11? Você pode desempenhar o
tes que utili7.em aparelhos e pesos livres diferentes. e.xercício 11 passo a passo assim como fez con1 o
NOTA: Os fabricantes de co<los os tipos de aparato e.xercício 10?
de exercício possuem uma lista completa do que
pode ser executado em cada aparelho. Obtenha 13. Analise cada exercício no quadro de aná!Jse de
un1a cópia dos exercícios recon1endados e analise exercícios. Use uma linha para cada articulação
cada uin deles do ponto de vista muscular. envolvida que se movimente de maneira ativa
durante o exercício. Não inclua articulações em
9. Considere um esporte (basquete, por exemplo) e que não exista movimento ativo ou articulações
crie exercícios aplicando o principio da sobre- que se mantenham em uma posição isométrica.
Capítulo 13 \ojh,c muscular <los <..'Xcn: tn<l!' p:ira o tronco e p.112 o m<·mbro lnfcnor

Quadro de anãlise de exercício


Articulaçlo Forç.is que causam Forças que rcsis-
Grupo muscular
envolvida durante o movimento tem ao movimento
Exercício Fase funcional, tipo de
o movimento (n1úsculo ou (músculo ou
contração
gravidade) gravidade)
Fase de
elevação para a
posição de
dorso curvado

Fase de rotação
para a direita
Abdominal,
joelhos
flexionados F-.isc de retomo
para a posição
de dorso
curvado

Fase de retorno
par.1 a pooiç:lo
inicial

Fase de
levantamento
Elctensões
pronadas
alternadas
Fase de
abaixamento

Fase de
abaill::unento

Agachamento

Fase de
levantamento

(co11tf1111a)
368 \! 1111 ' d 1 c"lnlogl • ot ir:-'

Quadro de análise de exercício (cont.)


Forças que causam Forças que resis-
Articulação Grupo muscular
o movimento tem ao movimento
Exercício Fase envolvida durante funcion:il, tipo de
(mt'.isculo ou (m6sculo ou
o movimento contração
gravidade) gravidade)

Fase de
levanl3Jllento
Levantamento
terra
Fase de
:ibaixamcnto

Fase de
levantamento
l.evantamento
d«.: perna
Fase de
retomo

Fase de
empurrar
J.cg prcss em
45v OU indí-
nado
Fase de
abaixamento

(<X'1//ltt1UJ)
Capítulo 13 \o '•' • '11uscular <los <..'Xen: KIO!' p:ira o lronro e p.112 o m<·mbr< > lnfcnor

Quadro de anãlise de exercício (cont.)


Forças que causam Forças que rc:.is-
Aniculação Grupo muscular
o movimento 1em ao movimento
Exercício F:asc envolvida durante: funcional, tipo de
(músculo ou (músculo ou
o movimen1.o contração
gr.ividade) gravidade)

Fase de
pu.-ar o braço e
empurrar 3
perna

E.xercício de
remada

Fase de
retomo à posl-
ção inical

Nallonal SUcngth anel Condíl>Onlng As$0dalion; &ccble TR. EaJle


Referências bibliográficas RW: li-1110/s ofstre11g1b 11-a11111ig a11d condlllo11l1ig, e<I z,
Cham~lgn. li., 2000. Humo.o Klnctlcs.
Adrlan M: IJSOklnctic cxen::isc:, Trolnlns and Candi1lonl111f 1:1, )une NOfthrlpjW, Log3n GA, Mc:KlnncyWC: A11ol)'sfsofsp<Jn rtrctl<m:
1991. 01rat<1mlc '""' blo111«b<l11lc perspectlL'BS, ed 3, New Y0<k, 1963,
z.
Allug Ho«man JL, Manln JL: MamlOI ofclfnlcal =-rctse lestl•IJl, McGrow-H1U.
cr.
Prcscrl/>11011 """ rt-babl/IJ(JJ(()I~ Norw.ilk, 199}. Appleton & Powers SK, Howley ET: Exttrr:tstJ pbysialogy: tbeory "'"' applfctJll011
l..'lnge. 10fi1"'1$$ and performance. cd S. Nc:w York, 2004. McG..,w-1lill.
Andrt.-w. JR. Barrelson GL: Pbyslca/ robabi/111111<111 oftbe flt}IJN!d Ptetlllc:e WE: llcbt1bl/11a1lon tccb11ltf1•"' 111 spom medlcfmJ, ed ~. New
atbkle, Phlladclphla, 1991, Sau~.
York, 1999, McCr:iw-HUI.
l!llcnbcclct't TS, Oavlcs GJ: Cl<Jseil kl1wtfc cbal11 cxtJrdse a Steindler A:. Kf1ws/o/ogyoft/xl buman body, Springllcld, IL, 1970,
comptclxmstwgr•lde l<J mr1ltlp/11-j()ln1 ~. Charnpalgn, u., O>:arles e 11lomu.
2001 , Human Klnetlcs.
Tor&JS. Veg>o JJ, TO<!! F.: Rebabfllra11o11 ofmbicJfc l11ft"1'!S: a11 t1tlas
Fahcy TI>. Atb/<1tfc tmlnl•IJl: prl11clpks a11d pmctfcet, Moonuin Vlcw, oftberoper11tç~. Chlc::iso, 1987. Yeu 8ook
CA. l\le6, MayfieJd.
Wirhe<I R: Atbletfc afltlll)I arul 11'#! Ofl'11()nl)' <( tn<Jlfort, London, J 984,
Logan GA, McKinncy WC: A11a1<1mfc k111esfol<Jgy, ed 3. New York, Wolfo.
1982. McGrow-HJIL
Malheson O, et ai: Slress ÍT:l<t\llllS in •lhletes, Ameri«mj0t1nwl o/
Sporrs 1'>fed~1rc 1S:16. Janu•ry·febru:ary 1987.
pêndices
Apêndice 1
Amplirude de movimento de articulações diartro<liais do membro superior

Articulação Tipo Movimento Amplitude

Protraçào Move-se 15º anteriormente


Retração Move.se 15º posterionnente

Estemoclavicular Elevação Movc.~sc 45° superiormente


Artrodial
(EC) Depressão Move-se 5º inferiormente
R01ação asc:enden1e 45°
ROlaçào desccnden1e 5º
20·30º de movímen10 rotacional e
Proltllção/retmção
deslit.ante
Acron1ioclavioilar Z0.30º de movimento rotacional e
Anrodial e.levação/ depress:lo
(AC) deslizante

Rô!:ição ascendente/rô!açào Z0.30° de movimento rotacional e


descendente desli7.ante

Não é uma aniculação si- Abduçào/aduçlo 25º de amplitude total


novial verdadeira; seu
Rotação ascendente/rotação
Escapulo1oraciC1 movimen10 é 101almeme
descendente
60° de amplitude lOlal
dependente das artioila-
ções AC e F.C Elcvação/ dcpn:ssào 55° de amplitude lotai
Flexi1o 90-1()()º
Extensa o 4-0-60°
Abdução 90-95°
00 impedida pelo tronco,
Adução
Glenoumeral En.·utrodial 75º anterior ao tronco
R01açào medial 70-90°
Rô!açào lateral 70-90°
Abdução horizontal 45•
Adução hori1.onml 135º
Extcn.silo 00
COlovelo Ginglimoide
Flexão 145-150"
Suplnaçllo 8()..90"
Radiulnar Trocoide
Pronação 70.90°
(co,,1f111w)
371
372 V"'" ~ dl" meslolo!.'I~ ~lnnuml

Amplitude de movimento de articulações diart:rodiais do membro superior (cont.)

Articulação Tipo Movimento Amplitude


l'le.:clo 7<>-90°
Extensão 6;.85°
Punho Condiloide
Alxluç:lo IS-25°
Aduçilo 25-400
Plexilo 15-45°

Carpome1::1carpal do Extensão 0-20"


Selar
polegar Adução 00
Abdução 50-700

Metaairpofalângica do Extensão 00
Ginglimoide
polegar Ple.:clo 40-900
Flexão 80-900
lnterfalângica do polegar Ginglimoide
Extensão 00
Extensão 0-400
2', 3•, 41 e 5• articulações Flc~lo 85-100°
Condilolde
metacarpofalllngicas Abdução Variável 10-40°
Adução Variivel 10-40°

2', 3•, 4ª e 5• articulações Plexào 90-120•


Ginglimoide
intcrfalângicas proxim.-iis Extensão 00
2', 3', 4• e 5' articulações Plelclo 00-900
Ginglimoide
interfalângicas distais Extensão 00
Apêndice 2
Amplitude de movimento de articulações diartrodiais da coluna vertebral e do membro superior

Asticulaç:lo Tipo Movimento Amplitude

F1exilo 8()0
Artrodial, exceto a Extensão 20-30°
Cervical artkulaç;lo atlantoo.xial,
que ê trocoide fllex11o lateral 35°
Rotação unilateral 45°
Flexão 45°
Extensão 45°
Lombar Artrodial
Flexão lateral 45°
Rotaç;lo unilateral 60°
F1exão 130°
Extensão 30°
Abdução 35°
Quadril F.nanrodial
Adução ().30°
Rotação latc:ral 50"
Rotação ntedial 45°
Exten."'10 ()"
Joelho
Para que ocorro rotação medial ou F1exào 1100
Gingllrnoide
Jaurral, o j<Jelbo deve C!Slarjlexto11ado <Jm Rotação medial 30°
pelo menos 30°.
Rornçào lateral 45°
Flexão planmr 50"
Tomo7.elo (talocrural) Ginglimo!de
F1exão dorsal 15-20"
Inversão 20-30°
Subla lar e tars:tl trnnsvcrs:i Artrodial
Eversão 5-15°
Flexão 45°
Elclens:lo 70"
Metatarsofalângica do hálux Condiloide
Abdução Variável 5·25°
Adução Variável 5-25°
Flexão 90"
lntetfalângica do hálux Ginglimoide
Extensão 00
Flcx~o 40"
ia, 3', 4• e 9 :utículaçõcs Extensão 400
Condiloide
metatarsofalângicas Abdução Variável 5-25º
Adução Variável 5-25º
ia, 3', 4• e 51 articulações Flexão 35°
Ginglimoide
lntetfal:tngicas proximals Extensão Oº
2', 3•, 4• es•articulações
G in8limoide
F1cxào 60°
intetfalangicas di.\-iais Ex1ens:lo 30°
374 MJ''" ~ dl" •ne:llolog1~ ~lnnuml

Apêndice 3
E:i>ercícios comumente utili7Ãldos para o fortalecimento de músculos selecionados
Alguns exercícios podem ser mais ou n1enos específicos para determinados músculos. En1 alguri.s casos, eles são
designados p-ara enfatizar porções específicas de um músculo em panicular ma.is do que outtas porções. Alguns
exercícios podem ser ligeiramente modificados, de modo a dar maior ou n1enor ênfase a certos rnúsculos ou
porções musculares. All!m doo músculos listados, vários outros crn articulações circunjaccntcs ou outras partes
do corpo podem estar envolvidos, contmíndo-se ísomelricamente p-ara manter o corpo em uma posição apro-
priada, a fim de que os músculos listados participem da re-.tlizaçào do exercício. A força e a resistémcia adequa-
das desses músculos estabifuadores são essenciais para a execução e o posicionamento corretos dos exercícios
listados, 0.5 quaL~ podem :;er docun1entadO$ com diferentes nomes por diferentes autoridades do assunto. Ilus-
trar e d0<.1.1n1entar as técnicas apropriadas e as indicações desses exercícios não f.i:z parte do objetivo d~'te livro,
ponanto, para mais detalhes, consuhe outros livros que fale.m sobre fortalecimento e condicionamento tisico.

Mcmbro>U Mcn~>ro su
Grupo Grupo
Masculos ll><C1ddo Músculo5 Exen:ido
mU>CUlar muscubr
Oellenvolvimento front;tl ROK:I l>iceps
Crudfuo l>eltoldc, pane E.ne=lo de ~ no lxlnro
Desenvolvimento oom cbvlcúbr Oei<:n"<>lvimcn10 unlla1cr:1l
h3h~ Deltoide, pane C:Om h:dtCrt'S
FlcXOl'CS
Suplno ~o acromi:tl Elcvaçlo frontal
do ombro
Abdutores Scmltil antCfior Supino reto c:om p<g>dJ Pdtor.d 111'1lor, parte Pk••çlo frontal na polia b:dxa
da e<clpub l'eltQ<:tl m<:11or ícc:hada cbvll;ul:lr l!lev•çlo front:tl unllo.ter.il com
Suplno inditudo Coracobr.1q\llal h•heres
l'lCJC:lo de br•ÇUS l!lcv• çOO íronc;il c:om barT•
SUpíno lndin>do oom hakm:s Lalissimo do donro
1'«11<14!.:k ( \'OCldor) Pr•ll-ouer c:om lulteres
Redondo maio<
Pr1//-overc:om bcur.a
O'\)j:s'<lt"'1' Ttfcep$ br.lqubl.
'l'r:iç:lo na lnlTJ rixa. milos em
El<:"ic;io lateral Inclinada c::a~ long:i
supinaç:lo
Romboidc Cruciflxo ln\'Cf'SO Hxt~ Pcitoml maiOr, pa.rtc
Pu.uda pclA frente com pe-
TuJ*7.lo, pane Remada sen12cb do ombro $"'110C<l61lll
Adut°""' gada fechada
ascendente Rcnl2<b indituda Ocltolde, (lWIC
<b esclpula Pull-overc:om polla • lt•
Tr.ip(::t.io, prutc Romada C\'ntr.d ~ Rem:ld:• urtifater:il com
lr.Ul>VCr$1 1.c"'1ntam<:nl0 lCJT:a lnfrJdpinal
h:llteres
l..,..":llll:lmcnro cem Cllllo $.tm6 Redondo menor

Dcscm'Olvímcnlo 0001 hallcres


Scmitll anteriQr Oeseiwolvimcnto dor.>:tl
Cruclflxo Ocscnvolvim<:11tO íronml
Roudores Tr.1pbJo, f1'2nC
Oc.<en"olv1men10 unib1cr:1I Oeltolde, porte
#SCCTldcnlCS asccndcn1e ~volvimento com haltcn.'$
t'Om halt""'8 cbvicular
da csclpub Tr.ipé?Jo, parte D<llenvol\'lmcnto unilateral
Elé-.':lc;!O latenl Oeltoidc, pane
lt21\SVCr$1 c:om h<lhcrcs
Remada ail3 e$plnal
Alxlut<>teS flev'Jç:l.O bteml
Oeltolde, pane
MCf8Ulho entre b:trm..< p:lllllcb.< do ombro Elcv:ac;io lateral ern declíbito
aCfOC'l\ial
Prúl.,,._ com h.•heres lateral
Pc:it=l maior, pane
Pull«wcom barr.a cbvicular
l!k'V:lç:l.O latcml no pollo lxdxa
Traç:lo na barra r.,.. Supr:1cspi112I
RClll2da :1lt:1
Tuçlo n.~ barra llx:i, m:1m c:m l!l<Mlç.lo latenl no N•ulllu.
Rnudord 11eit0t31 menor
rupl02ç:lo Remada 3li.1
de.ttn<lentes l'uXlld2 peb frente
Romboklc
cb csclpul• Pwada dors:ll
Puxada pcb frente oom pe· Pelcoml nulor Sxtens\o de uiceps no banco
g:ida íedlad•
1.:i1lssimo do dorso ,\ tetgulho entre borras paralcbs
Adutcnes
Pu/}-<)t'(trC.'OrJl polia •ll:I Redondo maior ·rrn~o na lxirT• llx:i
do ombro
Ncm3da uniatcrJJ Q)on Subcscápul:lr P\JXllda pela frente
hW:n:s Cor:icobrnqul:al P\Jxada dors:al

Romboide Sxtcn.~o de trlccp.o no banco


l..ev.lnt•dor da Remada :~to l'eitoral nuiOr
Rotadold Rocaç-lo ox-dial cn1 <lecúbito
csclpul• Crudl'ixo com barra L:!ll>Mmo do dol$0
le\-..n1:1dores internos lateral
Trapé?Jo, prutc Crudllxo com h:alteres Redondo moior
da csclpul• doomb<O Roc:açlo mc:di:ll cm pC cem 90'
descendente Ctucillxo no •parelho SU~pular
de~
'Tr:li*l,>O, 1..ev.intamento tcir.t
pane tr.U\SVOTS:l ROC•çào l>tcnl c:m d«tlb~o
Rotadorá lrúr:icsplnal lateral
l'eitoml menor cxtcmoo
~ M<'TgUÜ\0 entn< balT.U Redondo menor ROCIÇ)o lateml cm pê CCfll 90'
cb C'lclpub Tr•i*lk>· prutc pamlehs doombfo
asccndcruc de:tbWç-Jo
~kmbro superior Membro superiO<
Grupo Crupo
muacubr
Múseulos Exetdcio muscubr
Músallos lxerçlçlo

l.:ld.<simo do Flexor r:idlol do cirpo


dO<$O El~\'lO l~tcr.aJ indioad• Pa~n.tr longo
lnfraespinal Eltvaçlo la1cr.d indinada na polia Flc::xorcs Flexor uln:u do <:lrpO
Abdu1orcs Rosc:adepunho
Redondo mcno.- ballCI do punho Flexor SUJX'ffid:al dos
horl~mls
Oeltolde, pcll1C Crucillxo inverso dedQ6
do ombro
•cromi:ll Remidll indin:lda t1exor nroCundo dos dedos
Deltoldc. p:IJ1C Remada central Extensor r.adi<ll longo do
esp!rull Rosc:a invct$:1 oa bami
Extt"ll:><r <:lrpO
Rosc:a de punho inv~
Crucifixo res do E.uensor r>dl:ll curto do
F.xtcnsao de •liccpl
&tcn..~ de trf<lcps no banco punho carpo tt:V(."fS:I R,1 polia :llt•
Ddcrwolvimc:nto com 11'll1ere. Extensor ulnar do C2""'
Supino reto lnufnsccos da m;lo P~o palm2T com bob
Supino reto com p<:g;>da fcducb Flexor profundo dos dedos Pruensio de =
Adutorcs
hotironuls
Peftor>I n1'li0f
Suplno Inclinado
Supil\O declinado
Flcxores
dos dedos
Flexor supc.'fficbl dos Pn.'d>Silo de =
no lxtldc
Coracobr•quial ~ R05C2 de punho
do ombro Flcdo de b<a~ flexor 1o-~ do LevantlmentO ttrn1
Supino inclinlldo oom haltc:rcs
ROSCI inversa na bom
Voodot inclinado com h:lltete$ Extenso- E.censor dos d«los
Rosc:a de punho Ln\'C<Sa
Peck decil (VCXl<lot) n:s dos Extensor do dedo minimo
~oomÍ3llal
Ólltlf.()C.<lr ~ Extensor do lndlodor
cü.<dc:a
Rcm:ida scntad.1
Rosca conrerurada
R06Cl martelo
R06<2 na polia b:iixa
Rôoe\ na polb 2ltl Membro Inferior
Rosca com barra
Rosci Scott oa miquin:l Gf\lpo
Músallos F.xcrácio
R06Cl ScQlt livre com barro muscular
ROS<.'a ÍllVCt$:1 de biceps com l»mi Gontraçio :abdominal
Tr.lç:lo na barra fixa Abdom.lnal
Flcxon:s Blccps braquW
T1:1ç:lo na bcum lbca, ~os cm supi- Abdon1lnol no C$pelkbr
do S...qubl
n:açJo Abdominal com a. pem.a:>
COIO\'elo llnqulomdl:ll
Pux:lda peb freme elevadas e :as p:inrurrilh:i.•
Puxada dorsal Reto fenl()r.11
opob<.b$ no banco
Puxada peb fn:nlc com pcs;ida r... Flexores ·~$ Abdom.in•l no banco indi1Udo
doq~dril Pec:l!noo
chada Abdominal l\O banro cspcdf1CO
Remada .ent1<1:1 Tensor da fáscl.1 lalll
Abdominal oa m:lquln3
Rem:ida unlbtcr:al rom h:l.ltere.. P.lev:açio de pem> lnclin>da
Remada inclinada P.lcv-•~O de perna
Remada ccntr>I Elc\'llÇ]o de pc""'-' em
Renudll •lt~ su.spensio
1'11ll.,,.1•1r com barra Lcv:lntlmentO temi stljf
Suplno reto 1.cv11ntomento temi
Supino reto com pcg;ida fedt.1da F.xicn~o lombar
Supino dcdioado
~ch:tmcnto com hahcrcs
Desc:nvolvimcruo com halteres
Ag;adwnento
1'11//-cwrrom halteres Apcluunento frontal
Bxten.<:ilo de ufecps com halteres Agllchruncnto n.• núquloa
TrlccJl<S Chl1eo m:lxlmo
Oe;envol•·il•>et1t0 froncal 1Ag prm Inclinado ou em ~s·
br.tqulal Bíceps fcmor.al,
Supil\O Inclinado com l•lltcres l!xteiuon:s
Trlccps Flex.10 do uonco .-m p{: com •
Supino inclinlldo cabeç.11 lonp
br.lqulal, do qU2dril bam atr.is da c:ibeç:a apoi:lda
Extcnslo de ufccps unllatcr.tl com Scmitcndlneo
c:abeç:I bter.al $()l)fc os ombros
~e~ h:llteres Scmlmcmbtan5ceo
T~ Afundo ou avanço
do Extciu:io ultlbtcr.al de ttl<'.q).'I <CVel$3 Coice dom.I na polia baOOi
br~qul:al,
COl.O\•tlo na polia altl
c.1lx:ç1 lon8" l!xt~o de quodril na
Mergulho entre barra.~ pa1:1lela.s
~ núquina
P.x1ciu:lo de uiecps n:i poli• 2lt1
br~qutll, l\Xten$IO de quodril l\O rolo
~lex:lo de br.aço.
c:abeç:I media Ponle
E:xtens3o de tricx!ps re>"""' na po& :alti. Arco pmrudo
Anoõnco
f.irtcnsilo de ufccps scntoda com h•I·
teres ou ufccps fr:ince. Alxluç:lO de quadriJ "" polia
T~ fran~ sentido oo.n bom boixa
l!xtcns:lo de lri«ps no banco ClútL-o médio
Abdu1ores Abduçio de qU2dril n> núquina
l!xt~o de lrio:ps GIQ1eo m:lxlmo
do quadril cm pé
Eilctcn.«> unll:ucr:tl do :mrcb<:lço com Tensor da f:lsci:I blO
Abduçào de quadnl no solo
haltere (tronco inclin:odo par~ 3 &l.ue) Caddr• •bdutora
376 MJ 11ual de cmeslolor.:1~ ~1ru111ml

Membro inferior Pane ccMc:ll da coluna vcncbml e uonoo


Grupo Grupo
MWc\llos llxetádo Múscul<l« Exercido
n1U50lbt muscular
Adutor magno ~tema C>tilo.wnõ Esp1en10do
Adutorcs Adutor loogo Ag;tchamcnto n:& m1qulna pcsooço
do qu.'ldril Adu1orcuno Ad~o n:& polb b:l.OOI Extc_-ruorcs Esplênio da Lc\•antuncnto tcrm
Gr:lcil C:ldelr.1 •dutOl"l =vicJls cibeç:i Extensões de pescoço
TrapbJo, prute
Glõteo múlmo <bo:n<lc:nlc
Pirlfonnc
Robi.kne> G~meo &Uperior
Exten.s:J.o de ~ou OeJCionar
ROOl~'õlo do quadril p:m fora F1cxorcs EMcmodeido-
ext~mos Gênk'O Inferior o pescoço pwa • fu:ntc
Desvio corporlll cav!Clls mast61d«-'O
do quadril Obtur.idor externo Abdominal
Obrur.tdor Interno F.<icmoclcldo-
dr.ido femor.il tn:1$1óideo
f.Jtlcns:lO de pema ou R0tadorcs ~iOdo
Roca~ de pescoço no •parelho
CCIVic:lis pescoço
cadeira extensor.
Levantamento terra
l!splt-nlo da
cii-.
l.c:v>nb"""*> tan e;lllo swnõ
V.sto medbl fxtcn.s:J.o looll»r
Ag:ochamento com hahercs l!xtetUO<eS
ExtCOSO<C$ \\Isto intcrmédk> Eretor da espinha ExtellSÕeS proradls alternadas
Ag:ochamcnto douonoo
do jodho Rc:to fcm<>f'll Arcó oronado
Agachamcnto frontal
V3sto bttnl
f4J í"""' lndln:>do oo cm 4S" l.cwm!lm<'JllO ld'T'3
Ag;tdu.mmto iu. ~quiiu. Conrraçào :tbdomlnal
Ag:tchamt'JllO 00 ltlc:k Comro~ abdominais 2hemadas
Afundo ou •v.rn~'O oom torç:'lo
Semftt'Jldineo Reto do
Abdominal
Rlccps fcmor:il, cabcç:l •bdomc Abdomlnal no •'$pald:lr
Oblíquo
IOl\jyl Abdominal com a.s pernas eiel.':ldos
Bíceps femoral, cabcç:l Flex:lo unilateral de joelhos Flcxorcs CJCtemo do
do tronco abdome: e <>.S JXUll\ltrilhas ·~ no bonoo
f1cxorn rurta cm pé Abdomin:d no banco lnclln.1do
do joelho Sem!membr:lnJceo C.'ldelr.I Hexor.t Oblíquo
Abdomln•I no banco espcdftco
G~rornémio, cabcç:l M~ flcxor.i lntemodo
Abdomi.nlll na polb alta
1'ateral •bdomc
Abdominal no •fXlrdho
Gastrocnemio, ctbcça Ek:vaç:lo de pcm> Inclinada
mcdhl Elevllç:lo de perrui
'Ftblal ontetlor Elevaç:lo de pem.'15 em -pens:lo
Oor:liflcxo- ~~ longo do hilux
Puxadas com toalha Abdominol >Upr.l
resoo Extensor loogo dos
Puxadas com tir.t di.-iticl Abdomin:d obtrquo
tornozelo dedos
Flbubr tctedro Abdominal •ltcm:ido com t()fÇlo
Abdomi.oaJ no c:spaldar
Elo\"'l'lo de pcklllwrllll.'l em pé Abdominal com as pt"nW c_>k:\'adas
~(:lo un.il:ueral de pt
Oblíquo e as pwlturrilh:I$ apobdas no bonoo
Gastrocnêtnio. cabeç'.t l:lc•aç:lO de panturrilha cm Ab<lomlll31 no b:lnco lnclin:ldo
F1cxom; externo do
luer.d pi; com fterlo de tronco e RQtldorcs abdome Abdomln•I no ba.n co é$pCcinco
planurcs
Sólco apolo no banco Ob11quo Abdominal na polia alta
do do tronco
G:t5ttoc:nêo1i0. cabcç:l lllcv.iç:'lo de p<1n1urrilh• ln[cmodo Abdominal no m4quina
tornoulo
medial sencado •bdoi>>e i;IC>'\lÇ<lO de pcm.1 Inclinada
Eicv.iç:'lo de pa nru rrilha Elevaç-Jo de perna
SCIUlldo com b:lrr• ElCV2ç:lo de pcm:L< cm suspc:ru:lo
ln,"er:<lo Tibial •nterior Torç:>o ol1cm2da de tronco com
Atrl.<lo de tOQll\3
da wbu· Tibial poscerlor ~o
~ nledi:ll <Xllll fuix:I
l:ar/t:&ts:ll ~1exor longo dos 00006 Rocaç:lo de llOl'lco no aparclho
dhlk:t
lftf\S\'Cl'$a Flexor longo do h1lux
Abdominal supra
Extensor IOf18o dos
[<~da Abdominal obliquo
dedos
submlar/ Am.<10 de roallu Abdominal
Flbul•r longo Alxlornlnal no CSP"ld"r
raml V11;1cb orrcmo oom tira e~ Oblíquo
l'lbul:ar wno Abdominal com a.s p<-nw dc-'11.dos
transversa flbular tcn:eiro externo do
•bdomc e os pan!Utriltw •poi•dM no bo:lnco
Extensor loogo do Oblíquo Abdominal no banco inclinado
Bx1ensore1
lúlux Puxacbs com tcxillia Flexores Abdomlrtal no b:lnco é$pcdfKX>
dos dedos lmcmodo
P.xtcn.~r longo dQS Pu••dos com tlro clá11lca l:ttcrais do Abdominal n• polia ail2
do pé abdome Abdominal na m1qulna
~ tronCO
Quadrado i;Jev.ição de pem.1 inclinada
llnrobr walh> ou )X'l;lt • l()Cl)l1:1 do lombo PJcv:aç:lo de pcm>
enrolando 06 <lodos do pé R•"IO do ElCYllçlo de perna.< cm ~o
f1exorcs ~1exor loogo do5 dedos
Pep- pedrinha (1()1'11 05 dedos abdome Torçlo ahemad:a de uonco com
dos dcd"" ~1aor longo do hilux
do pé l>iast3o
do pés lnttfns<:cos do pé
Pegar canctl com os <ledo« lndin:o~o L1tcral com halteres
do pé tnd!naç!lo t11er:il na cidcira tonl.'ln3
Apêndice 4
Etimologia dos t ermos comumente utilizados na cinesiologia
A seguir estão listados alguns dos termos usados com mais frequência para nomear os músculos, ossos e
aniculações, bem como alguns termos adicíonais utili7.ados na explicação de suas funções. A etimologia é
fornecida para proporcionar uma compreens-io melh()r a respeito da origem e do desenvolvimento histórico
desses termos e para providenciar uma base mais significativa de como eles passaram a ser utilizados atual-
mente no estudo do corpo e do seu movimento.

Abdominal, do latim: t1/xlomlnis, vcntn:: Concoldc, do g:n:go: kofm; CIOl\'O + eldcis, fonna, fonnaio
Abduto r, do latim: abduoere, abduzir Coronal, do grego: llorone, coroa
Acrõmlo, do grego: akroti, extrcmldade + ornr;s, ombro Coronolde, do grego: l«Jrorre, algo cwvado, tipo de coroca + ridos,
Adutor, do latim: aduCOf'O, aduzir, i:razcr pcirn, c:onuaír forma, fonnato
AbmuK:a, do latim: klwre, elc."Y2r, lewnl!lr, erguer Cortical., do 13tim: casca, crosu
Ancônco, do 8"'8"' IJB"'""
caovclo Co5tal, do btlm: OOSl:l, <JO&cl.1
AnflartrodW, do gn.--go: ampbo, ambos + artbrori, :uticulaç;lo + CranJal, do Utim: Crt111la/ls, cr.tnio; do grt.'go: krAnion
f!itJc,s, forma, formato Cmr:il, do latim: crumllS, penencente ~ pcm:t ou ~ coxa
AntcbraqulAI, do latim: an14 an1es + bracbfJ11n, brAÇO Cubilnl, do latim: cr1bl1u1n, OOl<Welo
AntecubltaJ. do latim: atue, antes + cub/111111, 001ovelo
Cuboide. do IJ1C80: lr)Vos, cubo
Anterior, do lallm: comp<lr:uh·o de a111c. antes
Cuneilormc, do latim: cr11W11S, cunha + /orm(~ formato
Ap<:nd.lcu.lar, do latim: apper1den>. apoiar« cm
Dcltokle, do lalim: Ml{()liles, do 8fC80, deltOCldcs, uiangutar: 1k!l1a,
ArtrodJal, do g1C80: (ltfbrot~ :uticulaç;lo + eldos, forma, formato delt.:a + -oefllm, -<>ide (semelhante a)
Axlbr, do latim: a.xl/Ja Dendrito, do grego: (/Qn(/ritos, penencente a um.1 :lr\-ore
Blceps, do la.tlrn: que pcx;sl•i duas cabeças, bl-, di= capcu, cabeça Oe:nnc, do sre!IO' dQrmli, pde
Bolsa, do grego: um saco de couro ~. do grego: tk'1'1t1a, pele + romo, inds:\o
Braço, do latim: braccbl11m DIAtbc, do grego: dlapbysis. um crescimento atr.1vés de
Braqul:tl, do lallnl: braebil•lis, braquial, do braço DbrtrodW, do grego: d(<, duas + artbro1" articul•ç;lo + ridos,
Braquiorndbl, do latim! bmccblum, braço + mdlallS, t:ldio forma, formato
Bucal. do latim: boca Olgltal, cio latim: d(gitus. dedo d:o mllo ou do p6
Cabeça, do ~otim: de CLtplll Distal. do l:ttim: dlstaro, c.mr d.ist:inte
Caldlnco, do latim: adcL111l!us, calc:mh:u, d(> l:ttim ca/canl'fln" de Dotsal, do latim: dorsalls, <Ü>tsUOlls, do dorso, dorso
óxido de c:llcio, cal virgem Dorso, do latim: dors/, genitl"<> de dorso
capllato, cabeça, do latim: """'' '· c:abeçt Eixo, cio grego: tU01l. dxo
CarpaJ, do latim: carpa/Is, do arpo. do punho Enanrod.la1, do grego: er~ em + artbro1~ articulàç:lo + rlt/os,
Carpo, do grego: karpcs, punho forma, formalO
Caudal, do blirn: CL111(/(Jlls, c:aucb El>Cill8tco, do grego: modot~ dentro do+ o.1teo1" os.<;0
Cdãlko, do grego; kepbale, ctbcçl Entalhe, dó fr.ind!s: ll«bl', entrAd:I, recuo d:I. rnargem, dente, c:n·
Cdiooc>, do grq<O: /«)Ilia, salienci3. c:a\Oldade, conctvicbdé mlhc, d~o

Cerebelo, do l:ttim: pequeno cérebro Epl8sllrlo, do grego: l!f>I, acima + pb)ef1" Cte$CCt
C&-d>ro, do latim; cerel>n11t~ cérebro Epl.Osc, do grego: <.p(pbt;sts, um aesdmcnto sobre
Cc:nrlcal, do latim: ctlMx, pescoço Eretor, do latim: erlgero. erigir
Cifosc, do 8J'C80: corcund:l, corcow Esc2fol.dc, do latim: esquife. íormato de txuco. bote, navío •
eidos, forma
Ci.nenútlc:a, do grego: kimmuuos, mo"imt.'fllO
Esdpuioa, do latim: scap111ae, ombro, omoplaw
Clnalologla, do gn.-go: kí11lma1os, movimento + logas, informa-
ç:lo, termo, fundamento, razão f.6collose, do gn:gc>: sco/fasü, ttxeim<!nlO
Oneslttioa, do grq\O: kit1l'mt11os, movim<.-nto + tll'Slh6sls, sc:nsaç'lo IWiocter, do grego: spblnclCf', m:lo
CbVicula, do frJncês: cll1vfculo, cla\lf("Ja, do latim: c/ai,1cula, Espl.oal, do latim: splnallls, coluna vcrtd>r.il
chave pequena Espinha, do búm: espinho
COOc:lx, do grego: ~ cuco bplênlo, do grego: spletr/01~ b:md1gcm, :tt:1dura
Concêotrlc:o, do latlm: c;or~ slmul~co a + eetrln1m, centro Esterno, do grego: stcniot~ peito, manu
C6n41lo, do grego: kotrd)fo.<. dobr:odlç:a Eslllolde, do angl<>-S:tXõnlo: stlgat~ levanw, Ctg\lct + eldos,
Condlloidc, do 81'-'80: '"""l)fos,
dobr;idlçi + eldcis, fonna, form:uo forma
Cor:ocobraquJal do grego: de romcoid .llom.'<. COl\'Q; cklos, fonna: Esll:rnoclddoma.-t61dc:o, do grego: swmo11, peito + /Jkls, chave
grego: brat{UIOll + latim. ratllal + ""ISIOS. mama + eldos, fC>m13
378 '-'11 1 tlrn

1lxd!otrlco, do J!l'CllO: eJI, fom • ke11tro•~ amuo Unh:a, do latlm: //1iea, linha
Extensor, do latim: exte11dcre, e&lnt-se Lomlx>r, do laÚlll! l11111blu, IOOlbo
Bxtcrno, do lawn: «KWr?11is, para fora, exterior Longo, do latim: /ottgt.s
Fabcla, do latim: /aba, pequeno fcijilo LonguíSslmo, do latlm: o longo, muito longo
~•is

F acc!a, do fr311cCs; /aa.'fle, face menor Lorclosc, do giego: lorrJQsls, encurwr, arquc:arocnto
FalAAgc, do 8J'C80: pbala•18<Jt$. dedo ou 0500 do dedo do pt Lumbrkal, do latim: /11mblu, lombo: refere-se a vermifonne;
F~ do btlm: /ascla. banda L:nln1: vermls, verme + /omtai forma, formato
Femoral, do latim: /emo~ /cm11r, coxa, genítivo de /cm11r. da Lunar, do latim: /1111atus, partidpio pass:ido de lunarc, curvar"Se
<JOXO como uma crescente, de l1111ar. lu.1
.Fêmur, do latim: coxa ~o. do laUm: g,:u><Je, nnlor
Flbul.a, do l.atlm: fecho. gancho, 3br-.içadeir.I, broche Malêolo , do latim: ma/ko/1cs, pequeno m.1nelo
Flexor, do L-.tJm, o que curva, dobr.> ou inclina M.amiria, do latim: ntamma, mama
Forame, do latim: furo, bur.too, abc:nurn Mandíbula, do latlln: mt,,ullbt1/a, queixo, maxilar, mandíbula;
Laúm: mandcrc, ma.11lgar
Fo.ssa, do latim: n:go, fosso, ''ªla
J'6vea, do latim: cova, bur.ico, civldade. pequena dcpresslo Ma.n6brio, do latim: CJbo, alç:i, manipular, de 11111111<.~ mllo

Fron"'1, do latbn: /ro111m1 (de /rotts), tcsia, fronte, Uteralmcme o M:argem, do latim: ma'7:1/11a/f.s. bonl3
que se proj(tt Maxlla. do latim: m:axllar superior, de m:tfar, qu;.>lxo, osso malar
l'llslformc, do 13tim: fUsus, fuso + /omu~ formato Máximo, do latim: o maior
Gast:rocnemlo, do gtego: g®cr. ventre + kt1m11c. pcma Meato, do btim; 11'11.YlfllS, passagem
Gl113llmoldc, do gteg0: gf1iglyttK>S. dobr.ldiça Medial, medlano, do bUm: m«lla/IS, do melo; do laüm: mailus.
Glúteo, do 8JCSO: glotúM, nádega medial
Gonfõk, do gr<.-go: p<ir.ifusar junto Menor, do latlm: mlnor, menor, menos. o mals mlõdo, seGUnd1tlo,
mell05 imp0<1:1ntc
GonJamctro, do gicgo: l/Otlla, ~ngulo + 11wtro•~ medida
Men"'1, do latim: mmt/O, queixo
Gricil. cio latim: gracioso
Metac:arpal, do grego: meta, depois, além de, mais longe, por
lWux, do latún: /Jallcx, dedo maior do pt
cima de, ncim.1 de + latim: carpa/Is., do carpo, punho
HalWlto, do btim: bamat1u, :adunoo, curvo, recur"ado
MC!:ltar'5al, do grego: meta. depois, além de. mals longe. por cima
Hl:allna, do grego: byalos, copo, vidro. espelho, lente de, acima de + tarsos, supetf\cle plaro e nlvd:.da
Uiaco, do latim: ilfum. fl:tnco, CO<illldo
Mlnimo, do laÚlll! mlnlmu~ o menor
tuo, do latim: "'""~ virillu, nall()O, eostado, V'.trfunte do 1,.~tim: Mlo, do grego: "!):\ músculo
ilia
Mlõromo, do grego: "!A músculo + tome, incís!o
lliocoetal, do btim: IJl11~ virilha, lbnco + COQa, t'OS!ela
Multllldos, do latim: m11/f14.S, muitos + fcndll, cone. divl~o ou
lndlc:>dor, do latim: l11dlds, <11.'Clo indicador, ponteiro, sin.'11, lisin
iscgmenlos
lnfcrior, do latbfü maJs baixo Músculo, do latim: musa1/us
lnfraesplnal, do latim: 111/ra, abaixo + spl11a, coluna venebnll
Nasal, do latim: 11mtu, n:ariz
Ingul.nal. do latim; l•tgllffl(l/f.s., vitilha
Navicul:lr, do latim: navicula, bote, lxum, recipient" <.'nt forrm de
Inserçio, do latim: 11~ dcnll'O + sereno, lnsc.-rir b:uro diminutivo de ruvis ruvlo
' '
lntcreap lrull, do latim: l•ucr. entre + spf11a, coluna vertebral Neural, do latim: 11eumlls, neivo
lntcrmedllrio, do laUm: 1men11«llafas, repous:ir entre; Latim; l11ter- N~nJo, do grego: 11e11ro11, nervo
11Kltllus, o que ~ en.tre: par~ o interior, entro + medlt1$, no me:lo Nuc:al, do btitn: OUC'J (dorso) do p<.'$<XlÇ')
lntcrm6dlo, do latlm: fnlcr, entre, 11t«llare, dMdir o que cs.<1 entn: Obliquo, do btirn: obllq11us, incliror-sc, declive, incllnaç:lo
tntc:rno, cio latim: f11ten11.s, dcnuo de Obturador, do ~•tim: obl11raro, fochar
lntcrósseo, do latim; 111wr, entre + os, os.~ Ocdpl"'1, do latim: occlput (gcn. oçeipiris}, parte J>0$1Crior do
ln~o, do latim: t111cr. en1te + tmnstlilrSeS, direçlo crlnio, de ob, contra, atr" + caput, cabeça
rr:1n.wers:al Olécrano, elo grçgo: COIO\'clo
lSoclnétlco, do gr<.-go: Loos, igual + Jd11esis, movimento Ooobro, do grego: 0'1tOS
Isométrico, do grego: LlOS, igual • metrot~ medida Oponentes, do latim: oppo11m11tm1 (nom. opponeru), pan. de op.
!sot6n1eo, do grego: lsos, igual + t0n1u, tõnus ponerr:, opor, fa1.Cr oposlçllo a, Indispor com
isqulo, do grego: 1$cblo•~ articulaç;lo do quadril Oral, do latbn: oralf.s., boca
Lata, do latbll! latiu, Lido Orl>l"'1, do latim: <>rbila, tr.ijt:t<>ria
Uteml, do latim: latcrttlf.s. Jl"l'lenCt.'flte ao lado Origem, do L~tlm: or(go, ln!do
U tisslmo, do lntim: latt:ssimus, >'Upcrlativo de laflu, amplo, largo ótk:o, do grego: otlkas, orelha, ouvido
Levantador, do lntim: kvator, levantar Palmar, do blbn: palma, p:ilma d:t m:J.o
Paccla, do bclm p:anela, rcclpiCt11e, c:avld:adc ou dcprcsslo, Slnc:ondn>tlc, do grego-. S)•~ slmull1neo + d>ondros. canibgcm +
r64ula osú,condiçio
l"cl:li.Mo, do bum. f>«'lna, pemc, crisla. r.&51Clo Slnoclcsmoec. do gicgo: S)'tllksmos, lig:uncnto + osú, condiçio
Pedal, do bUm: ptrlallS, ~ S1nflse, do grego: l)mpb)'>"fs. aesdmcruo sunuhloeo
Pdcoral. do bum. pectoralls, do peito. pcaor-, mama Slnovial, do btim: .l)•IOt'la. fluido :uticular
Penado, do bUm: petma, pcn:i Sóleo, do taum: so1ca, sa~JJa
Pcrineal. do grego: pt!rl11al0n. perineo SoolAtkx>, do grego: soma, rotfKl
Pcri6lltc<>, do J!IC80: pcrl, ~o redor de + QS/oot~ °"''° ~pubr, do latim: srib, debolXO, nbabco + scapulM, 01nopla1:1
Pcrõnlo, do grego: J>NO•W. broche Sulco, do btlm; ranhura, cnc:tlxc, enmlhc, C&tU
Plrlfonnc. do bllm. plrlformls, formato de pêrA superior, do btln\: s11/)l.'rlorom, nuJs :llto
Pllllformc, do btlm: pisa, cr-ilha + forma, fomut0 Sup{nador, do bum: 111{J11w111o. <.-m dei:(lbito ~
Planta, do bum: pla11ta, planta do ~ SupnesplnaJ.. do bllm: Sl•prtl, aam:t + splna, caluru veru:br.ll
l'Olcpr. do btim de pollex, polcg:u, dedo maJot do ~ Sural, do btim: srim. pan1umlha, bcunga da perna
l'Oplitc<>, do btlm popW, j:u'l'ac Sutura, do btim: si1111m, uma junl:I, dc:l1liz
~. do btlm· oompanti\'O de posierus. o que \'mi dq>ols. Tãlus, do latim: tornozelo, aw.1g:ilo, osso metawsa1
de poolO, pa!kriormmtc Tarsal, do grego: ll1rtal11, iomozdo
~. do btim: proa!SSUS, o que: dc:com: ~to
Temporal. do lawn: iempomlts. de tempo, rempor.irio, de tcmpris
Prolundo, do blim: f\mdo, de profundkbde, sc:m fundo, \':l.'IO, amplo (f<!m/X'rls}, tempo, ~ç:lo, tempo ou tem~ aproprl3do(a)
Pronador, do btlm1protiare, indlrn1r·se :l fn:ntc TcndJo, do tuim UrruW, tt:nd.'lo
Proximal, do latim: proxlmltatem (nom. proxlmllas), proxl· Temor, do lathru 1e11dcro, eslir.ir
mld:1dc, arredores, de próximo, o m•ls próximo
Transvcno, do btlm1 tmrlftoer=, obliquo
~. do l!J\.'80! psot~ músculo do lombo Traptzlo, do ~ 1mpe:lcr1, uma pcqucn:i mesa; do btim: tm·
Pi'.ibb, do bUm: (os) pribls, osso da virilha pni1"~ 1r.1pézlo, do fonn:110 de um mú.'ICUlo pareado
"aclladn, do lawn; rodlatre, c:mitit raios Trapaoldc, do grcgo: ~ fonnato de mcs;a
Radt•I, do bum. rodlalis, r.idio, rcuc <htcdon:ll de lw: Tria:ps, do btinL que pot!SUl !lês cabeças; /ri., tri- + capu1, cabeça
IUdlo. do bllll\! feixe clm!ciooul de luz Troc::uuer, do grego: trollba~ correr
Rombokk. rombokbl, da p:abvn rombo, los;i.ngo; do blim IJn. Trõdca, do gJ"CgO: trol<bflrla, 6btcma de polias
guado, drrulo do ndgico; do gicgo: rbombos, rombo, ~ Tub&culo, do bum 111berclllum, urna pequena pro1ubcrlncia
lloladores., do blim rotare. rodar
l1loa, do laum: COIO\'clo
Sat16rlo, do bum: Srtt10r , alf:ti:ltc
úmero. do L1um 11mcn<S, ombro
Selo, do latim: cu!Y:I, buraco, º'idade, bQcl.1, oco, cõnc:avo Vasto, do lawn: lmeruo. extensi"º· extenso, enorme
Selar, do l:ttlm: selim rutro, seb ru= ~ llo latim: l.lllrllal/1$, atim:i, por cinu, superiOr, ckvado,
Scmlc8plnal.. do latim· scm4 mcudc + sp111a, coluna vertebral vêrtlcc. o ponto mais :iho
Scmhncmbnuikco, do btirre sem4 mcudc + nu.>t11br<111'!, mcm- V!scera1, do latim lllsc"""• õ;g:la.. do coq>o
br.uu Volat, do btim: tola. planu, palnu
SanilendJ.neo, do bllm: SC1/I~ mctlde + /Ct""""' es1Jr.1t Xlfolde, do 8"'30< ~ ~ + l;dar, fõum, formato
Se, 6111. do 1:11i1n .fl'rl'IWS. ra 1m10 de - . de scn:a. smocc Zlgoma, do btim: %)80""'> :dgomll·, do grego zugoma, Rc:cha,
Sesamolde, do btirre sesamcllJcs. pucciclo com um Ili"° de sé- datdo, raio, pooo; de Z«llO''n. jUnt:tr, Ullll, a1ticu1ar
s:uno em wn:anho ou fonmtO
SlnartrodbJ, cio grego: syn, >imulllnco • artbroi~ arucubç1o +
elllos, fomu, fomuto
ranchas de exercícios
Capítulo 1
Prancha de exercícios nª 1
Na prand1a da região posterior do esqueleto, liste os nomes dos ossos e as principais
caracteristicas de cada um.

)•

381
382 ~! miai de c1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

Capítulo 1
Prancha de exercícios n° 2
Na prancha da região anterior do esqueleto, liste os nomes dos ossos e as principais
características de cada um.

o o
0
Capítulo 4
Pranch a de exercíc ios nQ 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com ·o· e ·r,
respectivan1ente, a origcn1 e a inserç:lo de cada um.
a. Trapézio
b. Romboide
e. Scrrálil anterior
d . Levantador da csclpul a
e . Peitoral menor

o
384 ~! mo. ! di. 'in<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

Capítulo 4
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimenlos do cíngulo do membro superior.
Para cada movimenro, cite o plano em que ele ocorre e seu eixo de rotação.
a. Adução
b. Abduç-Jo
e. Rotação ascendenLe
d. Rotação descendente
e. Elevação
f. Depressão
Capítulo 5
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes m6sculos na prancha. Assinale com "O" e • 1• ,
respeccivamence, a origem e a inserção de cada um.
a. Deltoide f. Redondo n1enor
b. Supraespinal g. !.atíssimo do dorso
e. Subescapular h. Peitoral maior
d. Redondo maior i. Coracobraquial
e . lnfraespinal

o
386 ~! mui di. cin<."ilo!og!a c.-stnnural

Capítulo 5
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimentos da articulação do ombro.
Para cada movimenro, cire o plano em que ele ocorre e seu eixo de rotação.
a. Abdução d. Extensão
b. Aduçi1o e. Aduç-Jo horizonral
e. Flexão f. Abdução horizonral

,
,'
, ,''
,;
,, ,/
......
!,,...........
,........
____
.,....... - ____--- - -
__ , , -
_..
....... .-
_,,,."
""

~i-___ ..,--
Capítulo 6
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com "0" e •1•,
respectivamente, a origen1 e a inserção de cada um.
a. Bíceps braquial e. Supinador
b. BraquJorradial f. Tríceps braquial

e. Braquial g. Anconeo
d. Pronador redondo h. Pronador quadrado

./
388 ~! mo. ! d in<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

Capítulo 6
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimentos das ruticulações do cotovelo e
radiul.nar. Para cada movimento, cite o plano em que ele ocorre e seu eixo de rotação.
Cotovelo Articulação rndiulnar
Flex.lo Pronaç-lo
Extensão Supinação

I
Capítulo 7
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com ·o· e ·r. respectivamente, a origem e a
inserção de cada urn.
a. Flexor longo do polegar f. E.~ensor
curto do polegar k. Extensor do dedo mínimo
b. Flexor radial do carpo g. Extensor ulnar do carpo 1. Extensor do dedo indicador
e. Flexor ulnar do carpo h.Palmarlongo m. Flexor superficial dos dedos
d. Extensor dos dedos í. Extensor radial longo do carpo n. Flexor profundo dos dedos
e. Extensor longo do polegar j. Extensor radial curto do carpo o. Abdutor longo do polegar

-
,, -..'
)
, -

'

,. .
-..

'
390 ~! miai de c1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

Capítulo 7
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimentos do punho e das mãos. Para cada
movimento, cire o plano em que ele ocorre e seu eixo de rolaçào.
Punho e m:los
Extensão
Flexiio
Abdução
Aduçào

1 '- •
- '
I •

( 1
..._.
( ~

( ( ~

1
1
Capítulo 8
Prancha de exercícios n º 1
Analise es1e exercício seguindo os procedimentos explicados oo Capítulo 8, que
incluem movimentos articulares e músculos que os produze1n.

tt

Prancha de e xercícios n° 2
Analjse este exerçício seguindo os procedimentos explicados no Capí1ulo 8, q ue
incluem movimentos articulares e músculos que os produzen1.

t
392 • ! mui d- in<.."ilo!og!a c.-stnnural

Capítulo 9
Prancha de exercícios n11 l
Desenhe e Indique os músculos da articulação do quadril e do cíngulo do membro
inferior. Assinale com "O" e "l", respectivamente, a origem e a inserção de cada u1n.

'

o o
{;!
Capítulo 9
Prancha de exercícios n 11 2
Desenhe e indique os môsculos da aniculação do quadril e do cíngulo do membro
inferior. Assinale com ·o· e "l", respectiva1nenre, a origem e a inserção de cada um.

( 1


l
394 uut ur:i l

Capítulo 10
Prancha de exercícios nº l
Desenhe e indJque os músculos ela anJculaç-Jo do joelho. Assinale com "0" e ·r ,
um.
respectivamente, a origem e a inserç:1o de cada

'

o
l
Capítulo 11
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes músculos do tomorelo e do pê. Assinale com "O" e
·r, respectiva1nente, a origen1 e a inserção de cada um.
a. Tibial :interior g. Gastrocnêmio
b. Exte.nsor longo dos dedos h. Extensor longo do bálux
e. Fibular longo i. Tibial posterior
d. Fibular cun.o j. Flexor longo dos dedos
e. Sóleo k. Flexor longo do hálux
f. fibular terceiro

~
.., 1..._
... '. '
•• r
1
,1
(•. r•
'
,
/' ··.-· (
/I • ,- ,, 1
/' ··.- \
/i· ,-
( 1
1 i ~\ ' t~\
- • ' .::. •
' r
'

.. . '
{
- -:;>' - -:;;>
.... .
' i '

\ \

~
''."" .... f. ~ -
) \l J ' \l
1 ' '
' '
{ ~ ~ - •
• I
., .,. - •
,,;
' ~

"
"
. ~ 1
. . '. . 1 1 \lf<" , 1\
\'t'>J
, H
•• e; . e; .
~

~
,,.., .,.... ~
~ .
~ ~ • "" ,1 ~ ") l v (
v
- - ~
396 ~! miai de c1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

Capítulo 12
Prancha de exercícios n° 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com "O" e "l",
respeccivamente, a origem e a inserção de cada um.
a. Reto do abdome
b. Oblíquo externo do abdome
e. Oblíquo interno do abdome
d. Esrcmocicidomasróidco

'

)
Capítulo 12
Prancha de exercícios n 11 2
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com •o• e •1•,
respectivamente, a origem e a insel'Ç'J.O de cada um.
a. Eretor da espinha
b. Quadr.ido do lombo
c. Espl€nio do pescoço e da cabeça

~
Capítulo 13 ~
Prancha de exe rcícios n° l
Tabela de análise de habilidade cinesiológica -...-"'e:
TarsaV !:.
subia lar
C'rng. do
Glenou-
f;
Dedos
Fase Dedos do pé Tornozelo joel ho Quadril Lonlhar Cervical membro Cotovelo Punho a
trans- mera! da m:lo
versa
superior "~
[
~
Posição ll"
G
Grau/1novimento 2-
"i:!.
Agonl.st.1/contr:ição

Posição

Grau/movimento

Agonísta/contração

Posição

Grau/movimento

Agonisia/contração

Posiç;lo

Grau/movimen to

Agonlst:l/contrt1ção

Posição

Grau/movimen to

Agonlsta/contração
!ossário

Abel~ - MO\imen10 la1cr.U tfutandande>-se da Unh:i mediana Apolo rrM:dio - f! a potÇ"lO ccrural <b fase de apolo da camlnhad.1
do uonco, como lcwn12r 0$ braços ou :as pcrn:1$ ao belo do ou corrida, caractenz.ada peb JX'C)<Uç:lo e rouçlo medial do pC!
corpo hori~ontalmenic e da perna. pod<.'ndo kr dMdl<b cm resposu à cug:i. apolo
Abdnçlo diagonal - M()Virnroro dé um membro &lt:l\Ú de um médio e apolo cc:nninal
pt..no dugon:tl, <hsunci2ndc>sc <b l!nh:l mcckan:a do coipo, Aniculaçlo ~ - ~ :h articub(ÕCS uni<bl, por
como nas aRlcubçõcs do quadril e glcnoumctal cattibgcm lu:o.luu ou f~ pcmWndo lno\im<:nla< ch.<-
Abdnçlo hot'ÓJC>nW - 1'to-"imc1110 do úmoo no pbno horu:onu1, cmos, como a sincondro!c e a <ln&c.
~da linha mediana do corpo. Articulação condllar - Tipo de orticubç:lo n:a qual os 05SOll pc:r-
Açlo musculu coordcmda - Ocoue quando grupos m11$CUb· milcm o movuncntO cm dois pl:anos sem roc:tÇlo, como no
tC" aluam cm ronjunlo para a1Jnglr dclcrmlnackx< movlmcntOS
punho. entre o r:ldlo e a nlclra proximal dos ossos do carpo. ou
artlrub~
erure a segunda, ccrccira, quana e qulnl:I articulações ~Clf­
pof.ilitngicas.
A<clcraçào - Frcqu~cb de mud:inç;> n:i vcloclda<lc.
ArlkuJ.açio dlartrodl.al (dW1.rosc) - Ankulações stnovlals de
Aduçlo - Mcl\imtnlo mcdl:tl cm dircçlo :l linl~1 mcdt1m do ll'OllCO,
movimen10 livre que ~'Onlêm uma clpsula •rtieular e uma cinl·
°"
como abll.lClt br.JÇ06 ao belo do oorpo ou = :is pcm:is para a lagem hlaliru, lubtillc:ldas por liquido sin0Vt3l.
~lo lllUIÕmlCL
Articulação enartrodlal -11po de articul:tç:lo que pc:nnite movi-
~ dl:lgona1 - Movlmcn10 dé um membro acra'és de um
pbno diagonal, aproJ<JnUndo.se da linha RM:<lbna do eo<po,
mento cm todos °" pbnot.. como nas :utieubçl)d do ombro
(glcnowncr:ll) e do quadril
como nas artJCu.bções do quadril ou gtenoumeral
Ank:>ilaçlo ~ - Tipo de :ullcubç5o que pamilc uma
Aduçlo homontal - Mownenro do ~ no pbno horúontll,
ampla gama de lllO\llllCf'll(l(> em apenas um pbno. como nas anl-
aproxamando-se da l.tnha medWi.a do corpo.
o.tbçõcs do allO\'do, comozdo e joelho.
"8<>fllsta - Músculo ou f!IUpo muscular descnco como respons;h'CI Anlcubçlo selar - Tipo de ~ redprooo que ê cnool'llt:lda
pnnapcal pot um movimenlo artJCu.br espedí'lCO ao se oonll'alr.
somente 02 aJtiCub('ào ~ do poleg;u, pcrnullndo
Alavanca - ll:lm rigida (os.<>o) que se"'°'"'sobre um ""'º· l'!IO\'imm10 de bob e soqucle, com cxCl:!Çil() da n)UÇ:lo.
Alavanca de primeira cla55c - Afavanca na qu:il o dxo (fulcro) Articulaç6o uocóldc:a - Tipo de anlcubç:lo com lllO\imcnto ro<a·
~ cnltC a r~ e a rc5lsdlnci:l, como na cxicns\o d:l onk:ub- tivO ao n:tklt de um eixo longo. como uma rociçlõ do mdlo na
~o do cotovelo. articubç:lo r.tdiulrur.
Alavanca de 8C1!"nda ~ - Abv:mc:l n.~ qual a rcs~encb está Articulações anllArtrocll.a19 ( anlbnro8e) - Articulações que
cnltC o Cll<O (fulcro) e a Í()(ÇI, como na Ocxlo pbruar do pC! pcrmJccm somen1c un1:1 pequena quanll<bdc de movimento
para elevaMe nas ponw dos dedos. funcional. 1:11 como llncondroiie (:utlcub~o ~ da5
Al:avanca de cc:rcel.ra cbs5e - Alavanca na qual uma Í()(ÇI é apb- C06telas com o esterno), si~ (libio(ibubr disuO e sln·
c:ida entre o eixo (fulcro) e a ~. como na llexlo da aru· fise (como a sínl'l.SC p(Jbla).
rubçlO do C'OCO\'Clo. Attk:ulaç6c:s arvodla1s - Anlcubções em que os ossos ~
AmpUcudc - \'anação de COO'lpnmenlO cb fibn muscubr enitt o com IDO\'Ullcnlo Unwdo. como nos ossos do punho (carpo) ou
mh1mo e o mlnimo aloog:amento. do pé (urso).
AmpUcudc de movfmcnlO - Quanlldadc cspedllca de tno\'llnenlO Attk:ulaç6c:s Obro5as - All.cul2ções unidas por íibra.s de tecido
pc>Mh-el ~'lll um:i alticubç:lo. coojun1h-o. geralmente hnó\'els, como as gonfoses. sucum e sln-
Ãngulo - Curvacura ou projeção ~ngubr de um nsso, como a ân- desm06Cs.
gulo sup<.'fior ou lnfr:tlot da escápula. ~ sloovl.ab - Miculações dl:uuodi:lls de livre movi·
Ãngulo de tr:açAo - Ângulo en1te a ~o mu=lar e o 05SO no men10 que coniêm uma dpisula articular e C2J®lgem hlallna e
qual ele se Inser.:. são lubrillcadas p0< llquldo slnovial
Ãngulo Q (Angulo do quadriceps fcmoraO - Ãng\Jlo da pcaceb Artrocl.nemjtlal - Movimento en1te a .superfide real dos ossos e
form:odo pela lnccnccçlO da linha de lr.;çl<> do qwdiicqlo. f~ as :uticula~-oes.
r:al com a hnh:a de tr.>çJo do tcnd.\o p<11d:lr. ArtroM: - Junca ou :utlcubç:lo cnin: dois ou mais ossos.
Antagonbl:ll - Músculo ou 8JUpô mu5CUbr que ê conbino ou Axônlo - Pi~ :along:a<b que b":Wmilc impul$os ~ dosLincb a
OpOôlO :l contnÇ1o de ouuo mWo.olo ou l!"'J'O mu.scubr partir do coipo do ncurõnlO.

399
400 ' f\11 1

Blla1eral - Rclaclonado :I08 lados dlrcllo e a;qucrdo do COtpO ou de Cootraçio cood!nc:rtca - Contr.1çlo na qwl ocorre o cncuru·
wna Cllnll\Jr.i corpor.l), oomo 08 menbos dll't'ÍIO e esquado. mento do músculo, causando movimcnlO ru anlcubç:lo que ele
8lo<Ocdolc:a - EllUdo dos IDCC'.lllMlo5 rebootudos à :udhsc :uwó- cruza
miel e funoonaJ de~~~ humanos. Con~ exctntrlca - ContrJ\lo cm que o músculo se
along;i na tentativo de rontrobr o movimento que ocorre rus
Bipenado - Tipo de músculo penado com fibr.as que a~ de
forma ~ cm amboll Ot> bdos de um tendlo CU\lt".&l, como o anicubçõe$ que ck cruza, caraC1cri•.ado pela fO<Ç:I da gnvl·
m<.sculo reto femonl e o flexor longo do hilux. cb<k ou cb ccsisit-ncb oplic:ada aendo m:alorcs que :a força
concriul
Borda ou margem - Unha de hmltc de um osso, como a porvlo
Cootraçlo bom&rica - Tipo de ~o com pequeno ou ne-
lateral e mtd.aJ cb c.'$ápul2.
nhum encun:ameruo do mósculo, que ~ resulta cm ~
Braço de força - °'51Jnoa ~br "1\tre a locilizaçk> da aprecii•-d do 5nguJo da anieubç:lo.
apllaçio cb fOl"Çl e o dxo. A menor di5tlnd2 do dxo de rou-
Contraçlo lscKônJca - Conuaçk> que ocorre quando ld encwta·
ç:Jo >1é a Unha de i>ç:lo da forç:i 11unbém conhecido como
tnc:nlO OU esuramc:nlO do míisculo .oh tcn.-lc> Tamb&n conhe-
dislJncia pcrpcndlcubr ou braço de momento.
cieb como contraçk> dinâmica e d.>.S$11'1c:ub como ~
Braço de te11stbda - o..-clncb cnlrc o oxo e o ponto de aplica· ou cxciruric:a..
ç:lo cb ""'i.sti!ncb. Cootn•Ukbdc - Capcaci<bdc do mÚSQ))() de se conir.ait e dc$en-
Cabeça - Projcç)o pmcnllncnte e arredondJcb cb e•ll'Clllidade ''Olver a tensão ou a fOtÇa ln"'1\'U rontt:l um:a ~encb quando
proximal de um osso. geralmente an.lculacb, como cabeça do csimulado.
f&nur e Clbeça do Címero CorpÜ5c::Wo de K.raU5C - Proprioccptor sen~vd :io
toque e :i
Cadela cln&ica abcf1ll - Orom! <tWndo O ~C:fllO di.<l:ll de mudanças d<.: tempcntura que é ~'1lcontrado tu pele, no tecido
uma CX11'Cmld:idc tll'lo ~ flx:ido a nenhuma supcrf!dc, pcnnl· subcut~neo. rui mucos;• do l~blo e no.s gcnlt:1Ls externos.
tindo a qtmlqu~'f outra :mlculaç:lo d:t ClCltemidade se mover ou Corp{lscu.lo de Mclssoer - Proprloceptor oen..itivo ao toque flno
funcionar separadamente, sem ncec\Slt~r do movimento d<! ne-
e~ vibraç:lo; enconttado ru pele.
nhuma artlculaç.lo n3 extn.'1llltbdc.
Corp(lsculo de P:adnl - Proprioceptor ..,n.~tvd ~ prcss~o e à
Cadda clntllao fccbJMJa - Ocorre qu:indo a porç:to dlSIJl1 de vibraç;lo enrontt:tdo em tecido; >Ubcut~nco>, da subniuCOS3
unu extremidade cs~ fixa, lmpc:din<lo o movtm.:nto de qua.I· e tecidos subser0$0S ao redor de anlcul2çõcs, genitais cxtcr·
quer oulro oniculaç;\o, a mcnô6 que ()('()mi movimento prcvb1·
nos e gl~ndulas manúrias.
vel de outras anlcula«>cs tu cxtrcrnlckldc
Corpúsculo de Ruffinl - l'roprloa.'J*lr .._.,,..tivo P""' toque: e pns-
CAprola aJ1kub.r - Manguito de ICCklo lig;tmcntu que reveste e ~ cncontr:Klo na pele, tcddo subcutlnco dos dedos e fibra, ~
awolvc :inlcubçõcs dl:uuodlals ~da c11)6\lb anlcubr.
Cartlbga:n bJa1lna - QutiQgcm anicubr que ""'=" • cxiremldodc Cbrtcx - Pan:dc diallWtl dos ~ longos.. formada l>Of 06.10
dos Ol!SOS rw anlcubçõe$ da:uuodWs, fomeccndo um efeito de compaclO e denso.
amoneamcnro e reduZlndo :a fncçto dunnte o 11\0\°imt'nio.
Cri5ta - l'IQjcçlo Ó65CI procrnincntc. como a CND ílbca da pcl"e.
c.vldade medular - Í' .i ciYKbdc: encn: a. parede& dialisln:&s que
Dmdrim - Um:i ou m:us ~ que r.uruflC:lnl do awpo cb
OOlllém :a medula :amuda ou gorduos:L
~ ncwonaJ. tran<mltlndo ímpWos ao nculOOlo e ao awpo
CcoltO de gravidade - Ponlo cm que toda a m:ass:a e o peso rot> celular.
por.m s1o igu2lmcnle cli.<u\butdos cm IOcbs as ~
Ocp~ - inferior do óngulo do membro WpCiior,
MOVllllCnlO
Clfose - Aumcrno na ronc:aVí<bdc anicrior ela cwv.itu.ra IOdclc:a qw.ndo recoma à poslç:1o nonnal :após cncolh1men«> do
normal. A p;ine lombar da coluna 't'.rtd>tal pode ~ reduç)o ombro.
de .sua curvatura locd6tJc::a nomul, iesulundo cm dorso de :lp:l·
Oerndiomo - ~ ddlnida de pele inervada 1>0f um n<:n'O ~­
rênda pbna, conhcckb como afOllC lombar.
n:al cspodllro.
ClocoWlca - Descriç:lo do movimcruo, indulnclo ~
Oc31lz:ar ( CSCOi •epr) ( translaçio)- MO\,mento ~ carac-
Mlbn: o tempo, o deslocamento, a '"loddade, s acekr.içto e os
terizado l>Of um ponto cspcdlloo em um:a supcrllc:ic anlcubr cm
fatottS ~l~ de um $1.;tc:m:& motor
contato com unia íibie de pontos de outra superlkie
Cl.r xslologla - Ciência do movlmeruo que Inclui aopcaos an:it~
Dcs.loc:lmcnto - Mudança na pcl6lç;\o ou loc:llllaç:lo de um ob-
micos (CMrutura~) e hlOmcdln~ (~-dnknl) do lllOVÍrnento.
jeto em relaç,\o a seu ponlO origtrul de r.:ferêncla.
Cinestesia - Conl1«lm.:nto da pt»lç:\o e do mo-im<:nto do
Deslocamento angular - Mud..~nça na põ61ç:\O de um corpo cm
corpo no espaço. é o sentido que fomcce • con.<dênci.a da
rouç;lo.
põ61ç:\o corporal, peso, mo-•lmcntos dos múscul0$, tenôõcs e
•nicubçõe~. Dcsloctuncnto linear - DiSlllnda que um ~ist<.'flU P<-'tOOM: em
uma llnh:I rett.
Cl.rcunduçilo - Movimento cin:ubr do osso tu nnlcul;iç;\o, como
no movimento do qu•dril, do ombro ou do tronco em tomo de Desvio rad1al (.Ocxjo l'lldlal) - Movlmcmo de abduç;lo do punho
um ponto fbco Comblmç:lo de nwo, extcn.s.lo, abduç:lo e do lado do polegar da nlào pam o antebrn~.
aduçào. Ocwlo ulnar (.Ocxjo ulnar) - Movln""'1o de aduç:lc> c.kl punho
Codldcntc de ~ - l'ropotç'lo entre • forç:a ~ prua do lado do ~ mínimo da mlo cm direç:lo ao antebraço.
super.ir :a fricç:l<> >Olln: • fc:wç>. c1uc: mantém a.. superfteb unic.b>. OWlse - i'Qrç'Jo cilíndriea lonlÇI ou tu.te long;t cb ~.
Côndllo - Projt'çlo gr.wlc e :am.xlond:>da que se :utlcub ~ Oild.mlca - E>ludo dos mecanlsmo8 que cn''Ol"<.'m sistenw cm
C1ll1\ outro °""°•
roma o dlndilo meti.li ou lakr.&l elo Rmur. l1IOVimen&o com xdc:r•ç:lo.
401

Distal - O m:ais dlM:lnte da linha mcdl:lna ou do ponto de rde- cquílibrio. n:wlando cm um lllO\imcnlo sem ~de '-cJo.
~- 25 f.abngcs &lo a pane m:ais ~ do membro SUpenõf. cidadc e diteçào.
D1'ltlnda - TDjc1óna do moYUDCntO; rdcn:« à sonu tcal do F..qullíbrio csdtJco - C«po em repouso completo ou unó\tl
compnmcnto ~ unidades de medida peroomdas EacoUosc - Q11v:arura. btcrais ou dCS\'iOs btcr.tis <b coluna \'Cr·
Dorsal - Rcladorudo ao dooo, sendo ou loc:alll';;ldo próxlmo, tc:bral.
~ ou em dtreçlo à ~ p<>61erioc.
Espaço artk:ular - Árc:J íntcm:I da clp50b :uúcubr de :artlcub·
Ouraçlo - Variável do cxctddo que gcrJlmcnte se refere no n6· ções sloovi:las ou dimrodlal,,
mero de rnlnu10. por scmo de exerddo. Espin.ba (proce8llO a p loho8o) - l'rojeç:lo delg;ld:I e pon1<1gud:1
Eixo 11111~-ropoêld°lor - l!ixo que 1cm a nlC9na oricma~\o dlrc- de um osso, como o processo C.'lpiJlhOSO de wl\3 vértcbr.i ou
clonlll que o plano sagiw do movimenlo e que Y'JI <1:1 íret11e espinha d3 esclpulll.
parJ ins cm um ~ngulo reto com o pbno fronllll do movimento. l!squcle1o apcndlçular - Apt'ndkc$, ou os membros superiorc5 e
1 .•mbém conht:ddo como eixo :138ítal ou AP. inf'eriotes, e 05 ângulos dotl membros inferior e superior.
Ebro corooal - V.li de um bdo a ouuo do corpo e es15 cm um
l!squclelo axJaJ - ~nlo. colun:t Vettcbnl. OOSlelas e C51emo.
4ngulo I""> •o pbno s;igital do IJIOYÍJnd\tO. Tamb(:m conhecxlo
como eixo fronul ou btcr:>l. Estabilidade - Resisl~ a uma mudtnç:a n:t 2eelcr.lç;'lo do
cxwpo: a ~ :a um d.stútblo no equilíbrio do corpo
Eixo de rocaçio - Ponlo 113 :uticubçjo sobre o qual um °""° .., Establllxadorcs - MCtsculos que circund:tm a llllkubç:lo ou
tnO\-c ou g1n par.1 complcur o movirncnlo anicubr
pane do corpo e contr:acm p:ir:i Onr ou C$:1billur uma ife2,
Eixo laccn.1 - üxo que tem a mesma onenaçào dlredonal do permitindo que um outro membro ou segmento eotpOl'lll
plano fronl:ll de movimento e avança de lado a bdo em ingulo
ex~ força e mo,·1mcn10. conheddos como ~dores. ãlo
reto com o plano s:igíllll do movimento. T~ conhecido essenciais na c~tablllzaç:lo de unu txise rebliv:tm<."1\te flnnc,
como cao frontal ou coronal.
pa,.~ que as ortleulaçõcs mml• dlsl3L~ tr:ib:dhem durante • exc-
Eixo obUquo ou dlugonal - Eixo que avanç:a em um ansulo reto cuç:lo de movimentos.
wm o plano diagonal. Como a ank;ubç:lo s)cnoum<."1'11 se
Estitlca - Árc:J da mcclnlca que envolve o estudo de sislcm:is
mo' e de a1Jduç:1o para aduç:1o dlagonal em um arreme<'iO, S<.'U que e51<lo em um esl:ldo con.>t:ante de movimento, quer em
caxo corre pcrpcndlcularmcme ao plano alr.lvés da C'Jbc!çl do repouso ou movt!'ndo-:ie em uma vclodd:lde conscinte sem
úmero :attlcraç;lo. l!nvolvc t~ ~ fo~ que :agem 50bte um corpo
Ebro vertical - Ew> que awnça dlrewncruc PQ.l'J o copo da cabeça cm equilibno.
e ooluru 'mebral e od em 1ogulo n:to ao plano lr•m.., erso de
1!5timulo llmJ:u - Qwndo o c>1lmulo é basunte forte poro
mov1mcn1o Também chamado de eixo b\g>rudinal ou longo.
produm um poccncbl de aç;'lo cm um uõnlo de uma única
l!mtlcldade - Ca~ do músculo de rcwm:ar ao compn· unidade mcxor. e tod» u fàbns musculares 111Cr'"2cUs por
mcnio Ol\8)IUI apó.\ ter Sido ~endido. esu se eonll"2cm.
EktromJovalla (EMG) - Método que: ullli.t.a tanto eletrodos de &úmuJo mtxlm<> - E!dmulo forte o suftdcnlC p:i.r:i produl:.ir po-
•uperfldc como de agulhas fuus p.tr.t dt'tt'CCl.f pOU.'ndais de tenà:ll de açlo em iodas :LS unidades mo1on.s de um mOscu1o
•ç:lo cJo.o, músculo.> e fornecer um• leitura cletrõnic:1 <b inlensl· particular.
cbdc e durnç:lo da COl'llr:aç:lo.
Evttsào - Dir<:donomcnto tb sc~a do p(: p:lrJ for• ou l>ltcrnlmcntc,
Elcvaç!lo - Movimento superior do dngulo do membro wperior, csiando cm poslç:lo crct:l com pese> na ~m inlém:a cio pé.
como oo enrolhlmento dos ombrool.
Extcn.'lio - Movimcn10 cm linha l'Cl3 que resulla no aumt'nlO do
End68teo - Mcmbr.in:t fina e densa que l'l."'°C51C o Interior do cór· :lngulo articular pelo tl'IO\llmeruo de :Úa9llt os 06505: por exem-
tex dos OSSOlS longos. plo. QU3llclo a mlo se nio-oe p:irJ longe do omb<o durwe :a ex·
l!plcondW~ latttal - Prohlcma comum, com f'n:quência a..<SO- tcns:lo da artJcubção do COlO\'CIO.
d>do a atlvlcbclcs de apcn;ar e lcwntu, c1wol\-cndo o ~ Exlcnclbllklade - C2pac:lcbde do músculo de ser C$tindo de \'Olt:a
~dos dedos pcóximo 2 5U2 origem oo q>odlndllo btml;
"º seu c:ompnmenco ongjnal •pós contr:IÇ:1o.
conhcâdo como C'OlO\"Clo do tenista.
Faccca - Supctfldc 6ssca :uucular pequena, li5:l e <253. como 2 f.a.
l!plcoodill~ medW - Afttçào do cxxO\"elo :as.soa.ada ao flexor reu articular de u= 'mel>r:a
mt-dul do punho e ao g1Upo pronador, próxuno à w2 Ori~>m
Fisda - Membr.uu libro.s.I que re\'este, 5U>tenla, coneaa e ;epar:i
no cpk:õndilo mroi21; com l'rcquêncú é dt.-oomln:td:t cxxovdo
05 múscubl.
de gotll.su.
Ftie de apolo - l'a.c de anill<e de ~bilidade que l"'""itc ao
l!pkôndllo - P~Jo loc:ali7.:ida sobre um dlod1lo, como oo epi·
<lOodllo mcdl.al°'' fatcr:ll do úmero.
31Jcb =umir umo poslç:lo wnfoniivcl e equUibrada, d:t Q\~•l se
!nld3 a habilld:1dc ..,,,poni..J ; d~ enfase a ~rios 5ngulos anlcub·
l!ptftsc: - l'.xcrcmld3dc de um 0550 longo, g<:."t:llmcruc a~•riPda e rcs nas posições CON'CQS com respeito a uma outra e:\ supcrfidé
:>d:tpud:t p:iro se unir à epU'ise de um 05SO :adj;>ccnle, fonnado de Cõnl310.
por osso tr.lbecubr ou esponjoso.
fase de complcrocntlllÇào - l'.uc que começa imccb:aiamcntc
Equilíbrio - (1) HablU<bde de controlar o equilJ'bno escitiro ou 3p6s o ~plce da f:a.e de movimmto para l13zer acdc:r.&ç.lo ""'"
din.tmlco (2) E.ado de :acder.lç:io ze;o no qual n:lo ld mucbnçJ g;uiv2 do membro OU SCgmcnlO corpor.al envolvido; conhcckb
"" \'dodcbde ou dan:çio do COlpo. como f'25c de dc$1cck-r.açJo. A vclodcbdc do ~to cocp(>-
Equllibrlo dlnSmlco - Ocorre quando todas as forç:u aplbd>• e reo diminui ~v:amente, cm geral denuo de um:a grande
de IOérd:a :llu:&nlC$ ~ um roipo cm movuncnto Cõtlo cm amplitude de lllO'imcnto.
402 1 1
t. ~ ~ ru• t
-
Fase de contraçio - Em wm contr.iç-lo de um:i únic:l flbn mus- Frk;ção de rolamento - RcslstCtlda de um objeto ao d~llzat
cui;>r, ~ a fa.sc que :.e ""8llC ao perlo<lo la1en1e em que a fibra sobre um:i superlide, como uma bob de>ll~,;indo por uma qua·
mUSC\Jbr romcç:a =lmcnlc a enc:unar. du12 aproxim.·ul3mcn1e dr.\ ou um pneu rolando ixlo solo.
<!()mil~. Fri<'çào ~ - Quamkbde de fncçlO CNtC dob objetos que
Fase de movimento - P:utc au\'a de uma lubilídadc, às rtus aincb não eorneçuam a oe lnO\'CI"
coohc:cida romo xdcr.açto, ~. l1l0\imento ou &>e de con- l'IJ90 moscubr - Ploprioocpta scnsi\'CI :ao~ e l f~
tllO t a fase 11:1 qual • !IOfna de focças e gcr:acb diicwncrnc n:i ela de esalt:utlcnto que se c:onccnlr:l prim:l.tWncnlc no \'CRlfC
bola, no implcmc:nlo csporu'v ou no oponente; ~. cm genl. muswbt enue as libras.
c:ir.aacru:>d:a ~ au•icbde condnttic:i dos mõsculos en''Ol\i- Giro - Um upode lnO\'llllCM> ~~por um úrucO
dos pcóxlma ao ndlamo por1IO sdx'C um:a superficle :anirubr jpl3Rdo cm senlldo hor:lrio ou
FllSC de rccupcnçio - fa.<;e de ard~ da h:abt.Jkbdc usada •J>Õ8 ~sobre um único por1IO de outra supt:rflcx :utarubr
a fa.sc de com~ para ft.'C\lpent o equillbno e o po5i· GonCOtlC - t um tipo de altiCubçk> lmó\'CI, CO<no a de um dente
oonamento, para que se esltja pronio p:ara • dem:ancb ~ inserido cm~ soqudC ÕS$c0.
docsponc.
Goniõmetro - lnsuumeruo utib.t.ado para medir 1ngulos aJ\ICub
Fase de rebawneoco - Em uma únJca conuaçk> de fibr.I..> mwicub· res ou comparar mucbnç:as cm ~los :inlculates
res, é a fase que se ~ à oonuaçlo cm que o; fibr.15 mwcubrcs
tm:pulsJo.deslocameo.co - Úluma parte cb fase de apoie> <b caml·
<X>l•"'Çlm • n:bJcar, durt1 aprox~le SO milL'i.'iCgUNb.
nhada ou corrida cuactenzllda pelo retom0 do pé :l po6lç:'lo de
F1115C p rq>ar.at6ria - f:asc de :uúl!M! d1 lubUk:bde, nonnalmcnlc
oonhccicb como fase de rondu.'30 ou aprumo. fi u.'l:ld:a pc1r2
supinaçio e o """"'°
<la pcrn:1 à pc>."iç:tO de rouç:lo la1c:r.il.

along;u- os m6sculos apropriados p:ara que cscj:lm cm po6iç;lo lnd.~ura - Oq>n:.'iSW n:i m:ugem de um °""'" ""'"" a inci"U'd
croclc::tt e a inclwr.1 12di3.I da ulna.
para ger.i.r ~ forç:• e momento de fotÇi quondo se oontra!rem
conccntricamemc n:1 próxima fase. l1Jétcla - Reslslêncb ~ aÇ>lo ou mudltt(':l1rcsblenda ~ acelcr:~o
ou desaceler~ç-lo. tnetcb é a tendência à nunuten.,'40 do ew1do
FlexAo - \ 1ovln1e1110 dol'I OC>SOS em uma ankulaÇ'lo, um em dl1'!- se o segmcruo corpol3.I
de movimento, mesmo ~!Ycr .e mo·
ç-~o ao outro, car~ctcritado pcLi dlmlnu~o do Sngulo entre
""1>Ck> cm urn:1 vdocidade partk"lar ou e>tivcr iJnõvd.
d~. como no movimento <1:1 m:lo cm dlr.'(ão 110 ombro d\J12nte
a llex4o do C()(OVelo. ~- Suprlmcl\10 de um m05culo, órg;lo ou prutc corpón.>:1
Flexão dorsal (dorslf>cxAo) - Movln...,,,10 de Rex:lo do torn<>-
zelo, quando a ponu do pé se rn<WC cm eh~ ~ p:artc anterior l nlhlçio rcdproaa - /UMlçk> de Wlkbdcs mocor.is de ~
da o"bb. caus:indo umo irúbiç:lo neur.ll reóprocl de unkhde:. iOOlOl\1.\ de
~que lhes pcrmk ~ sub;cqucnlc ;d) l1lCf1()$
Flc:xik> latc:ral - Mo-imcnto da c::abcç:i ie/ou tronCO 2fa.~se
r.cns:lo. 'Jlanb&n pode - dumw;b de úlCM1Ç'lo roóprocL
L11Cr.11itk.'fl1C da linlu m<.'Cli:m:a; alxluç:lo da colun:i.
1-:lçào - flonlo diSl:ll de l1x:içlo de um m~ m:ti5 di.!anlc da
Flc=xik> pah nu - MoYilncnto de f1Cldo do punho no pbno l"lgital
linlu medi3n:t ou da pane cenlr:ll do corpo. gcr.i.lmente ~ldc­
com • supcrflcic antcnor ou •'Obf cb m:1o lt>O\~ em diN-
rado como a JXA1tC mais m6\d
çào .i superflde 2n1cnor do ancebl3ço.
losaçào trncllnMa - ~ hori2onr:l.i> qoc O\.IZml o mú;;aJlo
Findo plantar - MownenlO de cxtcnsJo do tomo•.clo que rc- ""°do abdome cm ~ou nui1 ~ ooníeindo-lhc uma ap:a·
5'1112 no afastamento do ~ e dos dedos em rebçào :ao COtJ>O.
r\!rld:I~
Forame - Onficlo ou :abcnura em um Q6.ll0, como no for.ime ~ ativa - PonlO alcanç:ado quando um músculo i;e
magoo na bra-<e do crtnlo toma cocun:ado ao pontO de n1o poder gerar ou manter a tc.-n·
Força - Produto da mas.s:a \'cr.<'$ • :attlcr:aç:So sSo ativa.
Força de reação do wk> - t a f()IÇ:l da supctflcic 1e2gjndo com a lMUflcli!ocla pas6iva - ~ cm que um mósculo ~ 6C
f()C'ÇI aplcdol sobre eb, como a que ocorre cn1re o COtPO e o cncoa1n e:;tlrado ao ndxlmo, <em pemutll' mownento.
solo qu~ se cone $Ob<C uma supctflcic. tntr:oskladc - \';uüvcl do aadao que gcr:almcmc se refere a um
Força cxc:bll.rlc.a - ~·Ol'Ç:l aplbda cm unu dlreçlo nio :tlinhada ceno pereentual do núxlmo •'"°'uto que unu pe!lliOC> pode ~·
cm rebç;lo :ao centro de rouçto de um objeto com cuco flxo. Em portar.
objct06 sem dxo rlXO. é w1u fOtÇ> 2plicad1 a unu a:rt.2 dístlnda ln~ - Neutõnt05 ccn1r:1i!I ou de conwo que condu·
do centro de gr:wkbde do objeto. zero impulsos dos ocutõnlos scnsill\'06 ao.. nculÔl\los mcxores.
""- -Cnid:ide, de ~o ou wperf10e aplain3d:I do OMO, oomo tovcnAo - Dlteclon:lrncnto cb pl3n12 do ~ par:• dentro ou me·
a fossl su~ ou • fos.1a ilbC1 dlalmeruc, estlndo em po6lç:'lo crcca com IX'SO n:• margem ex·
.F6vea - Uma f~ ou depreM:lo muilo pcquM-1 no OMO, como a lt:mll do pê.
íõvea da rnbcç:I do 11!mur. lrrll4bllidade - Proprled:ldc de um mli5culo que cooslsic cm ser
Fttquêncla - Um:• v:iriivcl do CX(.'fáclo que se refere ao núm<.-ro :.cnsível oo resp<n•~VO a c>tíinulcJ<'l quhnK'O>, dl:tri<x» ou m.:-
de ,..,=
que o cxerddo (: =lii.:ado por scm:1na. c.Jnloos.
Frk;ção - l'orç:1 que resul1.1 da resLst~nctl entre dua:i superllcies se IM>dJlético - '11po de cxcrddo din!mlro que cm g<:r.ll utili7"I oon-
movltnen12ndo unu sobre a OUtrJ traçXjes ~ dou cxcêncrlca.t, nas qual~ a "clocid.1dc do
Frk;ção d.nttlc:l - Qwntld;adc de fncç;lo que ocon-e cmre dois mcMmcn«> é oon.stante e :a ~ muscuLu (oonnalmen!e a
objetos que esclo deslí"'1ndo um sobre o outro coolr.lÇlo rnhlm:I) ocom: du= tOclo o movlmcnlo.
t,lt·'n

Jsqulotiblals - Nome comum dado aos m(lsaJlos põ<'iterlores da M"8culos biaftlculatcs - Aqueles lll\ÍSC\llOS que. da Ofi8Cm 1 Wcr·
roxa: b~ps remorai, semitendlneo e semimembr.utlc:eo. ç:lo, CIUl:lll1 ~ ank:ubçôcs dlfcn:ntes, pcnnltindo a ccewçlo de
Ugamcoto -11po de rcci<lo conjunlivo fone que conccu um osso 3ç6cs cm c:lda :utlwliçõo.
a oouo, fornecendo ewibi.lidade ~~tlca às :1nJculações. Mlísculos etn t!n - 'lípo de m\ÍSCUlo par.tlelo com f\br.\s unifonnes
Unha - P.l<!>':lç:lo ÓS.'IC:l mmos proeminente que uma ai<;ta, como em dl!lmeuo, corno o sanório.
a linha áspera do ICmur. Músculos~ - MCisculos que se originam fota da (proxl·
m:al a) pane do oc>rpo cm que ~Mm.
Unha alba - Divisão tc:ndinea e margem medial do reto do aP.
dome que av:inça vcrtlc3lmcmc do processo xJJoide ao pCibls, M6scruoos fusJfonncs - ripo de m6sculo paralelo com fibras orga·
passando pelo umbigo. ni2:1da.s em fonna de fuso rom o ventre cenual semellunte a
uma fita, com tendões em cicb lado. como o btaqui:ll e o bloep5
Unha ""1lilwUU" - L:ucml •o rolo do abdome, uma linha cm bt:lqulal.
form.ito de lua ou lu.1 cresa:nte, que av:inça venlcalmeme e
representa a oonex.~o da aponeurose com a margem lateral do M6sculos lo~ - M6sculos contidos lntelr.1JJ>ente dc:nllO
de uma pane espeólka do corpo; em geral, referem-se aos m6s-
reto do abdome e a margem medial dos obliquos do abdome
interno e externo. culos pequeiios e profundos enronll"Jdos no pé e na mão.
Músrulo8 multbrtlOllares - S~o aquele$ que, da origem à inser·
LOrdose - Aurnento na concavid:1dc: po:;tcrlor das cwvatur.LS lom·
ç:lo, oozam três ou qU3tro anKulações dífererues, pemulindo a
bar e cervical.
reallzação de ações em cada anlc:uJaç:lo.
Mllngulto rol3dor - Grupo de m6sculos ínllin.secos da an.icubç-lo
Músculos para.Idos - M<isculos que têm suas fobms díspostaS
glenowner.11, constituído pelos músculos subesolpuJar, supr•es-
paralewncme oo romprimento do músculo, como os músculos
pln31, ínfracspinlll e n.-dondo menor; é CSS<.'flcilll na manutcnçâo
planos, fusifonnes, cm llnt, radi:idos ou esf'incteres..
da e&:1bílld1de dlnâmic:i d• artlculaç:lo do ombro.
Músculos penados - MCisculos <JUC têm fibras di~postas obliq\lll·
Massa - Quantidade de 1Tl3téri3 de um corpo.
mente aos seus tt.-ndõc:8 de maneira similar a uma peno, como os
Meato - P.J.~gcm cm form:110 de tubo por um nsso, como o unípenac:lc6, bipena.dos e mulliperuu.lm.
mc::1to acústico externo do osso temporal. Músculos pia.nos - 11po de mÚ$CUlo paralelo. cm gcrdl fino e
Mcd.nlca - Estudo <hs açõe$ fLSicas d3s forç.i.s; pode = subdlvi- bugo, com llbr.ts que se origínom de apom.'\ll'OSCS flbros:is e lar·
cüda cm e.'táâc:i e dinâmica. 83" como as do reto do abdome e do obliquo externo.
Mediano - Relaci<>nado, localizado ou e11cndido em cürcção ao Músculos radlados -Tipo de m(1SÇUIO paralelo com um arranjo
meio, situado no meio, mcsial. combinado de músculo fus!fonnc e liso cm que estes originam
Medula csp!Jlal - v-. . comum crurc o sistema nen-oso central e o uma aponcurosc e convergem para u m tcnc:t:io, como o pcito-
nervoso ix.-riflorico.
SÍSl(.'111!1
ml maior ou o tmpl'Zio. Tambêm descrito, algumas vClCS, como
triangular, cm rorm:i de leque ou convergente.
Mlótomo - i\!Ú$C\llo oo grupo de mÚ$CUlo$ suprido por um OCf\'O
espirull cspedfoco. Mti3cuJo8 uolartlcularcs - Aqueles múSculos que, d• origem ~
ín.'IC~o. cruzam ap<.'ll:\.< um:i aniculaçllo, permitindo-lhe.< de-
Momento - Qu3.lldadc do movlmenlo. que ~ lguru a ma,s,;a multi- sempenhar açóe.• apena~ no anlc:ulaç:lo que au>.:im.
plic:ida pela ,·dockbdc.
M6scub unJpenados - Um tlpo de m<isculo penado com Obr.1s
Movimento llCCS8Ório - Mudançt real na relaç2o entre • supcrf'tde que av:inç.im obliquamente de um rendâo de um (inico lado,
anlcular de um 0650 ;.m rel.'IÇlo a outro, e:arocteriz:icb como os como o bíce~ remorai. o extensor longo dos dedos e o 1ibial
movimcnln'S de robrocnro. rowç:lo e deslizamento. posterior.
Movimento angular - Movimento que em'Olvc a rotaÇlo cm Nervos aferentes - Nervos que ltllZem impulsos dos re<X.'Plores
tomo de \1m eixo. da pele, anlrulaçõcs, m~os e outr.IS regiões pcrif(:rk:as do
Movimcnlo curvllinco - Movimento ao longo de umo Unha CUIV3. corpo para o s~cm.• ncivoso cemral.
Movimento linear - Movimento ao lonso de um:> linha. Também Nervos cnnll\nos - Grupo de 12 pares de nervos que se Otigj·
conhecido como movimento tmnsl:uório. nam da base do c<:rebro e que emergem do Ctãnlo pelos fora·
mcs; proporcionam funções mo<ora e sensorial esped/lcas à
Movimento Mtcodncmálku - Movimento dos (llS()S rcl:ltivo aos
três planos cirdinaís; <: 1CS11lmnte de movlmen1os f\slológicos.
cibcça e ~ füce.
Nervos dercntes - Nervos que carreg:1m impulsos provenientes
Movimento rccJ.li.neo - Movimento ao longo de uma Unha rc1:1.
do sistema nervoso cencral para regiões pcriféricis do corpo.
Movlmencos &lo~cos - Movimentos normais das :ítlkula- Nervos espinais - Grupo de 31 pares de nervos que se originam
çõcs, como flerlo, extensão, abcluç:lo, acluç:lo e roctç:lo. reali- da medula espinal e saem da coluna venebral de oda lado por
>.:idos por ossos que S<: movem cm pi.anos de movimento sob«: melo de abettut:IS entre as vênebtas. Eles avanç:im diretamente
eixos de rot.~çllo da anlc:ul:1ç:lo. para locais 3na1ômicos especlflcos, rormom dlíeremes plexos e
MúSallo csflncterla.no - Tipo de músculo paralelo que <: tccnlci· evcnru:il.mente tom.•m·se rarnillcições de netVOS pcrií&lco&
mente umo tiro mUSGUlar contlnl"1, :irranjad:a para ccrotr e fechar Nervos somãtleos (volundrlos) - Nervos aferentes que ~o
uma :tbenur.• com a contração, como o músculo Otblcular dos sob conllOlc ronsdeme e levam lmpul.S05 para os m<isculos
olllOS. Também conhecido romo músculo circular. esqueléticos.
Músculo multlpcoado - Tipo de músculo penado que possui Nervos vlscenls (lnvoluntários) - Nervos que carregam im·
m<iltiplos ten<lc)es com fil)f;ls que avanç:tm diagon:tlmeme entre pulsos ao coraç:lo, músculos lisos e gl1ndulas; referentes ao
eles. oomo o dcltoldc. slslema nervoso autõnomo.
404

Ncur6nlo - (;()lula nervo5a que ê a unidade bósk:a funclooal do Plano frontal - Plano que divide o corpo latcralmcme de um
sistema netVOISO responsável peb geraç-Jo e transmlssllo de lm· lado ao oulro em metades anterior e po&erior. Tillllbém conhe-
pulsos. cido como plano lateral ou cororul.
Neuronlo motor - Neurônio que 1r.1nsmitc impulsos do c('fd>ro e Pia.no sagll:Ll - Plano que di'<ide simetricamente o corpo, seccio-
m<.-dula <=>pinal aoo mú.'<Olk>.< t: tt:cido<'l gl:indularc:s. nando-O da frente para Ir.Is, dividindo-O em mctndes direita e es-
NCW'6nlo8 sensoriais - Neur6nios que lr.lMDÍlem impulsos de qU<.'ltla. Também conh«iclo c.umo WllerOpOStc:rior ou pltnó AP.
tod:u as prutes do corpo pan a mc:dula "-'J>inal t: o d'!rebro. Plano transvcrso - Plano que: diviclc o corpo horizont:ilmentc:
Ncutr:dlz:wlores - Músculos que <.'Ontr.lpôem ou ncutrali23m a cm rnc1adcs superior e inferior; também ch.·unado de pi.ano ho-
11çlo de outros músc.'UIO$ JY.11"~ impedir movirnt:ntt>.< indc:stjáveis; ri7..on1'11.
referidos como ncutr.illiantcs, con1r.1cm p:u:i rcsistlt a ações cs- Plantar - Rel•1ivo ~ sola ou :rup<.-rllcie Inferior do pê.
peállos de ouu-os m6sculos. Plexo braquJ.al - Grupo de neivos espinais compo&o pelos ner-
Oposlção - Movimento <llitgonal do pol~r ciuwido a supcrllcic vos CCtVicals (CSa C8), bem como pelo primeiro ncivo torácico,
palmar da ~o p:lra f.v,.er coni:uo com a m~o ou 06 dedos. respon.sivcls pela fu nção môlQr.l e: i<enSOrlol do membro supe-
rior e da rn:alor pane ela csdpula.
~ tend!ooso de Golgl (OTG) - f! um proprioreptor sensl''CI
:l. tens1o muscular e à con1r.1ç10 ativa. encon1r.1do nos tendões Plexo cervical - Grupo de n<.-rvos espinal:> compoSlo pc~ ner-
próxlmoo; à ru~o musculolcodinea. vos cervic:ils (CJ a 00, geralmente responsllvels pelas funções
mocora e sensorial da pane superior dos ombros à pane ()()$1C-
Odgem - Ponto proxim31 de íJJCaçlo de um nlÚSOJIO ou ponto de
rior da cabeça e regiilo anterior do pescoço.
fix:lçlo de um músculo m:iis pcúximo d:t linha mOOJana ou do
()Cfltm elo corpo, geralmente coosidcmdo como a parte meflO<S Plexo lombar - Gru1>0 de nerv<><! espinais rornpoSIOS por LI a IA
móvel. e por algumas flbras de Tl 2, cm gemi responsáveis pelas fun-
ções m(l(ora e «:nsitiw d:• rewao inferior do alxlomc: ., das
<>.!so cortk:al - Supctflcie 66se:i exterior da diM'ISC. Pormad:l por
porçOes anterior e medial dos mcml>ro6 inferiores.
osso compacto.
Plexo sacra1 -Grupo de: nC1V0S c:spinai.< composto de IA, 1.5 e: SI
Osso cndocondral - Osso longo que se dcserwolve a panir de
a S4, cm geral rcsponsivel pc~lS funções COO(Qr.l e scnsorl11 da
nwsas de Clnifagem hi:llina após o esciglo embrlonãrio.
P'Ute lombar da colwu vertebral, pelve. pcmneo, superficle pos-
Osso cspon}oso - Osso porOISO que se enoomra aoolxo da super. terior da coxa e pema, bem como as superfícies dols:ll e pl•nw
ride cortical óssea. tio pê.
Ossos sesamoldes - PcquCtl05 °'5SOS cnc:ilx:idos dcn1ro de um Poslçào anatôrulca - Posição de refeM!da na qual o sujeito csú
tendilo de unidade muscukxendine:i que fornecem prcxeçlo e em po$iç:lo ereta, ~'Qfn ~ juntos e palma.s das mãos volUl<bs
melhoram a vantagem niednk:a dess:l.s unldadcs, como na pa- pCll'3 a frente.
tela.
Poslção fundamc:fltal - P®Çllo de refen."ncia que é, cm cssencia,
Osteobbsto<i - Célul1.s especiali2:ldas na fonnaçlo de um novo Igual à posiç;1o anaiõmlca, cxocto pelos br.iços, que estllo com
06SC).
as jXl!nw viradas para o corpo.
OsteOdaslos - Célula.i espedali2adas na rcmodelaçlo de um novo J'o(c().clal de ação -Slml eléuico tra.Mllltldo pelo~ e mcdub
osso. espinal :llnlvés dos axônlos pArJ m>r.i.s musculares em umt uni•
Palpaç;lo - Uso da sensibilidade filtil para sentir ou exantinar um dade mot.ôr.I p:utlcular, que fornece o estímulo parJ a oorur:iç:lo.
mÚS<.'\llo ou outm tecido.
Ptqp - v.t!Ume <lll3tôrnicll das dobras de tecido sinovial que podem
Plica de g:aoso - ~o tendlnea ~ formada pelo sanório, se ltritat ou lnibrn:lt oom le:;Oes ou uso cx<XlSS!vo do foelho.
gr.lcil e scmítendlnt:o que se llX3 na superfide Mtc:romedial da
Princípio do tudo ou nada - E5lado em que, independentemente
rcgi~o proxim.•I d' 11ôi:i, abaixo do nlvcl da tubcrosidadc da
ID>la. do oúmcro cn' 'Olvido, as fibras musculares lndividu.1ls de uma
unidade: mo1or-J =~o em nitxlma contr.1ç-lo ou cm nláximo reL1-
~ - Vari.1ç:lo intcndon:ll da sobn.-c:irg:a atl'3vés de UJll3 xamena.o.
pn:scriç'lo n:du7.id:t ou aumentada em um programa de trein:i·
~- Projeçlo procmínente de un1 O<ISO, oomo no acrômlo
R\COlO para otimizar g:inhos do desempenho rl$lco.
da esclpula ou no olécr.tno do úmero.
Pcriodo latctuc - Em urn:a con1r.1ç:lo de urna (mies flbm muscular,
Proru.çlo - Rooiç:lo medial do r.1dio de 1nodo que cruze a ulna
é o perfodo breve de pouoos milis.«.'gllnclos que ,;egue o esd·
diagonalmente, rcsultruldo na posi<'ão do antcbra~ de p:llma
mulo antes que a f:ise de c:onll':lç;lo se lnlcie.
p=i baixo. O termo t:tmbém se reft= a um:i combiruç:lo cl:i
Pcrió5teo - Mcmbr:in.1 f\b<os:• e den:;:t que rcve:>te a supcrl'icie dor.!illcld.o do tornozelo, cVCfflio subc;tbr e abduç:Jo do an1~.
externa da dL'úise. Pi-oprloccpção - f~:dback re~•tivo no <=ll~do de t~o. compri-
Placl cplfls:iria - Pina placa de c:utlhlgem que scparn a <Wflsc e a mento e contra.ç:lo de um m<ísculo, à ()()$Jçao do corpo e dos
epíllse durante o crescimento ósseo. í; ronhecida como placa de rnernbros e ao movimento das aniculaçõcs fornecido por re-
cresdmcmo. ceptores internos local17.3dos na pele, arti(ulaçõcs, músculos e
Plano de movimento - Superfk'ie irnaglnária bidimensional sobre tendões.
a qual um membro ou scgmcnlo corpotal é mo"ido. ~ - Movimento do dngulo do rn<'..'fllbro superior par:i a
Plano diagonal - Combinaç-lo de mais de um plano. Menos que fn.'tltc dlst.mciando« di coluna; 3lxlução da csdipub.
paralclo ou perpendicular ao plano sagiw, frontal ou tr.insvelS:ll. Proximal - Mal$ pr6xirno :\ linha medlana ou do ponto de refe-
Conhecido ~ como plano obliquo. rí!nd:i; o 3Jllcbm~ é proximal a mio.
-
Quadriccp5 kmonJ - !\'orne comum dado aos quauo m~ da Som"Çlo - ~de cfC1IO ~'O da conu:aç:lo muscubt
pa1te anienor da coxa: o reU> femoral, o V25U> Mc.ldW. o •':ISlo in· que ocom: quando um mú!.culo cm repouso (: e5limubclo tq>et>-
~e o •"WO brcraJ. damenle com um~ múlmo cm um:a f~ que pcr-
R2mo - P..ute de um 0600 oom fonna10 •n'qlllbr que ~ m:us denso milc o tdax:amc:nt0 compklo """" ada c:sdmulo; a ..:gltn<b
que um ~e fonm um SnguJo oom o corpo pnndpal do <XXllr.lç\o ~ uma ICnsSo Jc,~ maíor que 2 primclr.i, e
oo.o, como o. ,..unci., •'llperior e inímor do públ:. a lc:rccit:l contrJÇ'lo prodUl' uma ~o maior que a scguncb.

Reduç&o - Recomo <b coluna venebf:al p:1n 2 poslçào llll:ltõmica a Su.klo - Oepr=Jo de um os.o. como o sulco inlenubercubr (b!d.
IJ'lrtir tb ílcXilo bteml; aduçlo d:l oolun3 v~'ft~-br•I. pil:ll) do úmero.

Rdk:xo mlodtko ou de Clllname:tl10 - Coo1mçOO ~ que SupirulçAo - Movimen10 de rotJç:\o lacerai do r:ldio paralelo·
ocorre ~'Oloo rc>Ultado tb 31iw~ dos ll<'ll!Ó<liuo mo1on:. dt: um mente :\ ulna, rcsulL~ndo na p<l<\Jçllo do an1cbraço com palma.
m(is.culo :a partir cio sl~c:m:i ncnu.o cx:ntt:tl, sccund:lrl:uncn1c a para ~ termo 1amhl:m utUl.t.ado para dtscn:ver a combina·
um npklo C$llnmcnt0 OQOnido no mesmo m(l,o,culo; um exemplo ção do.1 movimcn10. de inver.lo, oduçto e roQç\o m<.'Clbl cio
é o ldlcxo polCbr. pé e cio 1omo1.do.
Repol!llçlo - ~IO>imcnto diagonal cio polqpr qU2ndo ele rc1om:a Sutura - Uniu dt: undo cnu.. 06ó()ó, como• 5UIUra ~ min: o.
à ~o an:nõmlc:a a panir de um:i <>p06iç$0 com :a mào e/ou OSKIS p:uicuis cio a:Wo.

dedos. Tcn<ao - Tecido ~nlh'O f'ib<oso. fn,qucnlrmentc de oparêna:I


Rctraçlo - Movvnerno do dngulo do membro superior pora cru scmelhaole a um:a corda, que conca:a os m<lsGulos aos O&ll06 e
em dareçlo à coluna •'ertebral; :a<tuç.lo <b esdpu~ outras eill\Jl\lras

Rolamento (balanço) - 11po de mov11nen10 aOCMÓflO c:ir.Kteti· Témno - Oco<n: quando um COlimulo (: fOf'llC'cido em um:a fn:quê:n-
z.ido por um:i série de pontos em uma supetflclc :anlcubt em c:iaw o sufld<.'ntc, f.17.Cndo com que nào haja tcllJc::imcnlO cnue
oon1:110 com uma série de poru06 em oull':l superllde attlcular :is conlr.IÇÕe'i musailares.

Rocaçilo - M<Mmcnto ao redor cio eixo de um osso, como no giro Toque do aak:anhar - f; • primcird pane n:i f...., de apoio durJntc:
Interno, externo, p:ll'• baixo ou pa,..i drn.1. a aç:lo de c:anúnlur ou com:r, 01ractcrir.l<b pela :11crriss:lgem
Rocaç&o btc:ral - MovinlCnlO rocuótio :ao redor do eixo longiiudl· sobre o c:ak-...nh.,r com o ~ em sup!na~ e a perna em rocaçAo
n.il de um O>SO <IWncbn<Jo..sc cb Uniu mcdbna do corpo. latctal
T:ambém conhecido <orno rot:lç\o pcir:i for:i ou rocaç\o cx1c=. Torquc - Momento de força O cfcito rocxion:IJ de um:i fotÇl CX·

Rol2Çlo mcdW - Movimento rocu6rio ao redot cio ca.xo longitu· cmtrica.


dlllal de um OMO cm dlreç:lo à llnh2 mediana do oorpo. Tam- Tricepos suraJ - O ~ e o 8Õie<> em con,unw: o aicep>
bém conbttlda como roc:iç\o p:1.r.1 dcnuo ou rot:l~ ln1ema rdcie« às c:abcçis medial e b1enl do ga5t1otneini0 e do s6ko:
Sdo - C:ava<bde ou csp>ço a-idtio dcnuo de um OMO, como o sural refere« ~ p<ll1IUmlh:a.
6"lo frontll ou m:axlbr. Trocarucr - Uma projCÇlo 6lsc:a mllllO larga. como o uoain1er
Sl.ndcs- - 1lpo de anlcubçlo ~encida W!iulcincamcntc maior ou menor cio fêmur
por fones CS11Ururas llgamentarcs que pcnnnem moviment06 Tubé:tt:ulo - Projcç:lo Ó6:>C3 pc:qucn:a e am:doncbcb, como o tu·
mlnlm06 entre os ~. rorno as :articulações coracoc:l:wlcular bá'culo maior ou menor do õmc:ro.
e llbloflbular Inferior.
Tubcrosldadc - Projcç\o 6Mea laJ'g:I, ~rrcdondacb ou acidema<b,
Slndrome do c('u1cJ do carpo - Condi('ào a1maeri1.acL1 por como a rubcroskladc do r.ldlo ou da tíbia.
edema e lnlbm3(:'1o em ra?:lo do aumento da pn.-ss.1o no IÚllel
Unldodc motora - Corulslc cm um único ncurõnio motor e toda~
do arpo, <1uc interfere na função nomul do nervo rncdfano,
as llbr.is ml.L>C\Jbr<:s que ele inerva.
levando a rcduçlo das funções motora e $COSOfbl cm su:a dJ.s..
cnbuiç.\o: pa.nlcubrmente comum com o uso rcpc1i1i>'O da mào V:tnc::igem medi.nica - Y.lnuigemobtida por meio da uttl17.aç20
e do punho, cm tr:ibalhos m:inu:ais e no lr:lb:alho de cscnl6rio, de mqu~ que aumentam ou mulbpllc:am a força aplacada
como. por exemplo. digitar. no desempenho dt: uma tan.'Ía; IX'nnile que uma f<>rç3 rtbll·
•·::unente pequcn:a ~ oplica<b pcir:a l'llO\'cr urna rc:s.slêncb
S~ - MÚ5C\llos que putidpiam m ~dos~ m:as
muíto m:alor É dClcnnlnada pcb dMslo da carg:i pelo esforço
que ~ $lO os respons;1,'Cis pnm1noo. pcb aç:lo; tambm> fun·
mecl.nlco.
clonam como mó.!aJlos gubs. pCllticipanclo no rcfan:uncn10 dos
movimentos, C\'\tando 06 que são in<lcs<.'j:idos Vclockbdc - (t) O qulo npldo um objelo se move ou a dl5tln·
ela que de pctCOf1'C cm uma quantidade c.ipcdflca de 1empo.
Slslellua ncn'080 ccntr:al (SXC) - Córtex ~I. ii;SnAllOs da
(2) Abrange dil\.-ç.!O e tlcscrcvc a fn.-quência cLc <lóloc-.uncn10.
lxl.!íC, OL-rcbelo, tronco ccn.-br.il e m<.-dula espinal.
Sl$ccma nCNoso pcrll&ko (SNP)-Porç:lo do sistema nervoso Ventral - Rellltlvo ao abdome, na Íl\.'llle ou em dlreç.lo a freme ou
que conc<:m :~ dlvtsocl; sensorial e moior:1 d<: cod0$ os nervos p:111c anterior.
cio corpo, exce10 aqueles enroncr.idos no ~lstcmJ nervoso Vcnttt- A pol'Ç'lo C<.'ntr.11 ~":lmll6;1 e ~-on.Lrilll do mfurulo que, t.m
ccntr.il. gcr:il, :aumcnt:i de dlimctro com • <:Onlr.lç:lO muscular.
_réditos das ilustrações
CAJ>lTUl.0 1 Humtm anaJO"')'. ed 6, Dubuquc. IA. 2002, McCr>w·HUI; 6.3C. ):&San AI·
1.1, 1.4, 1.7, LIO. v.an de Çr.a.:tlT K.."\f: Ht,nUJtl tltaal<m1y, ed 6.. New "t'ork, c•o.ndcr. 6.4, 6.5, lloohcr JM. 11úbodeau GA: Atbktic lnjury ª''''''''""'4
ed 4. Dubuquc, IA, 2000, ~lcC,..w•HlU; 6.6, 6.7, 6,9, ~ l'io)'d: 6.S.
2002, M<Gr>W·lhll: 1.2. Mlhony CP. KolthQll' NJ: Tm~ q/ atUJJomy
ttnd pbynOIO(I)', cd 9. SI. 1.0Uls, 1975. Mooby: 1.3, Uncb Klo>btough: 1.s. 6. 10, lhlbodc:au GA! A•111iom,y ª'"'
pb)'Slo/og)\ SI. Loul.~, 1967, MO'by:
6.J lA·B, Seeley !UI. et ol: Antr/On!y and pb)'S#olqg)•, cd 6, Dubuquc, IA,
1.9. 1.13, 1. 14. l .16, llOOhcr JM. Thíl>odeou CA! Atblttk: lnft11y asse<S·
,,,....4 cd -4, Nc..., York, 2000. McCr:iw-HIJI; 1.8, Boohcr J~~ Thílxxl<2u
20<». McGnw-HlU.
GA: A1blnle /,.rjl'IY a.ues:smetJI, cd 4, New Yotk, 2000, ~kGnv.~HUI: SNer CAPITtn.ô7
D, lludcr J. Lewis ll; llold~ Human anatomy G pb)slology, cd 9. Ncw
Yoric. 2002, McCraw-HIU: Scc!lcy RR, Se~ TO, Tutc P: Atsa/Ofltl' ô 7.1, Anlllony CP, Kolthoff ~: T~ o/llnDUJm)I orld J>b>'Slo/otDI c:d 9,
pb)'Slology. cd 7. New York, 2006, McCn.....tm~ 1.9. 1.11, Shltt D, Butlcr SI. Louis. 197S. Mosby: 7.2, 7.1 1·7.2~. Llnd> Klmbrough: 7.3, 7. 10, 7.26,
J, LCwb ll; IM'S H11ma11 attalWP(Y ô pb)'Slology, cd 9. New York. 2002, Vàn de Crulf KM: Hu11tan 01111UJmy. cd 6, Dubuquc, IA.. 2002, McC,...,•.
McCrow·Hill: 1.12, Sttlcy RR, Slq>hcas 11>. Tate P, Anmomy6 pb)!Sfol· Hill; 7.4· 7.6, 7.8, llooher JM, l111bocbu GA: Albktk: lrrjuryassesmrart, <'<1
Q!t)'. cd 7, Ncw York, 2006. McCrow-Hill: 1.1s. Scc!lcy RR. ct .~ Anatomy 4, Dubuquc, IA. 2000, McCraw-Hlll 7.7, Usa Floj·d; 7.9A·D, Scdey RJt. CI
6 pb)'<lology, <d 6, Ncw York, 2000. McCr:iw·Hlll: 1.17, Pn:nlkc Wl!: A m · •1: AntJl(Jm)IDndpbyslolcgy, ed 6, Dubu<)UC. IA.~. Mc<irow-HJU,
lwlm sprl1idpksof<JJ/Jl•1k trulnl•rg. cd 11; Ncw VOO<,~. Mc<;r.1w-lliU1
CAPlnJt08
1.18, R.T flo)·d: 1.19, Usa fllo>'d; i .20, 121, Prcnllcc WE: N<w/Jlll111~n
ltdmlqu<"$/or spt)rlS nr«liçi11"'" 'd tJibkitlc trafnlng, ed 4: New Y<>rl<. 2004, 8. 1, 8.2. 8.8-8. ll, R.T l'loyd; 8-3-8.7, U.<:t A<>yd.
Mc<ir>w·lllll.
CAJ>ITlJLO 9
CAPtruLO l 9. 1, 9.;J-9.S. 9.11, 9.21·9.36, Llocb Klmb<ouJ!h; 9.2, 9.9, Mlhony CP.
2..1, 2..2.. Tblbodcau GA: Atta/Omy mld pb)'Slolot/Y, SI. Louis, 1987. MOlt>r, Ko ltholT NJ: Te.-abool> of a1w1omy and pb)'Slo/og)\ cd 9, S.. l<ltlls, 1?7S,
2$, V•n de G=ff KM: """"'" nn<JJomy, cd 6, Dubuquc, IA, 2002, Mooby; 9.6, 8oohcr JM, 11úbockau CA! Albkllc fnjulj' assessmmJJ, cd 4,
Mc<ir>w-HUI; 2-", 2.s. Shicr D. llvtlcr J, LCwb R: ltok's bumn11 mtalOmy Oubuque, lA, 2000, McCt2w-HIU; 9.7A-fl. 9.SA-D. Usa flo)'d; 9.10, Eme5t
6 pb)'Slo/og)\ cd 9. Dubuquc, r.A. 2002, McCe•w-11111: 2.6, lloOher JM, Thl- W, llcck; 9.12, 9.ll. 9.15-9.20, V... de Cr.Wr KM1 H11mon n11a/0tn)i <'<1
bod""u GA: Atbkrlc lrrjulj'1J$$41$Snf<"tt/, cd • • Oubuq11<:, IA, 2000, Mcer•w· 6, OUbuquc, IA. 2002, Mc<irow-HIJI; 9.14, Shlct O, Budcr J, Lewis R: Uokl's
HUI: 'Z.7, UJ, Shk< D, 6u~er J, 1.e>Vis 1\: llcl~~ l/uma11arta10my6pb)'l/(>I· bumnrr atJaUJm)' a11dpbysfology, cd 9. Dubuquc, IA, 2002, McCrow-Hill
~I ed 9. l':ew Yorlc, 2002, ~l<.Gr•W·Htn; 2.9, 2..12, Scdcy Rlt, Slqihen•
11;>. T•te "' Artal(J..y & ~.. ed 7, l"ew York, 2006, McGr:l\\'-llill: CAPlnJLO 10
"°"''e<S
2..1 O, 2.. 11 , SK, Howley ET: f'.rm:lse l'b>>'°"1fly. Tbeory arld Afr 10.1, Prertlk:c WE: Anrbeim~ prlrrdples of oibktk: tralnlrrg. cd 12, Nc:w
pllcatl<m to Htrri'SS arrd Perf<1r"'"'IC#, cd 4, N<:w YO<I<, 2001, McCeJw·Híll; VOO<, 2006, McCro.,··Hlll: 10.2.. Anlhony CP, KollholT N.J: 7i:>tbooll I//anm·
2..13-2..1~ ltT. Flo)'d; 2.16, Hltll SJ: /k1$fC bkmk'Cbanfa, ed 3, Ouboquc, <n"J' atJdpb,rsi<Jl<igy, t.'<19, SI. lOuls, 1975, Mo.by; 10.3.• Y.on de Gm>!f K.\1:
lA, 199'.I. W'CIVMcGrow·HIU. /lurr1t111 anaJomy, ed 6. Dubuquc, IA, 2002. M<Gr>w·Mill: J0.4, llool1ct
JM, lltlbode'.111 e"' A1h1<11C "rf"1Y ~. cd ~. Dubuque, IA. 2000,
CAPf'Tmo~ MeGr""'-lilll: 10.SA.D, U.<> Floyd; 10.6-10.12, Und:J Kln~)roogh.
3.1, 3o.I O, ll:tll SJ: IJat.k blorro«JH1111e<, t.'<I 3, Dubuque, lA, 199'.I, WCJl/
M<Gro....HUI: 3-~·'· IJooher JM, Th~u CA; Atbiffl<: lnjury asscst- CAJ>truto 11
"''"'4 ed 2, St. Louis, 19$, Mo•b)', H:ill SJ: &tsk blonr«btmks. cd 3, 11.l, PreNlcc WI!: Anlbelm ~principies of atbkllc tralnlng. cd 12: Ncw
Dubuquc, IA. 199'), WCB/McCraw-HU~ 3o.S-3-9. 3.11. 3.12, 3.14, 3,17, York, 2006, McCr.tw-HUI: 11.2. 11.3, M~y CP, Kollhoff "J: ~
llT. flo)-d; 3.13, ;s..1 S, 3.16, Hiltllibon N, Lu08"f'S K: Kfueslology: scietutfic e( arUJ/Om)' mld pb)IS/ology. cd 9. SI. Louis, 197S, Mosby; 11.4, lt.6.
Msts ofl,,.man mOll<m, cd 10, Nt.'W VOO<, 2002. ll.8A-D, lt.10, 11.22.. 11.23, 'hn de Gro:tll' KM: Umnmt arlaJOmy, cd 6,
Dubuquc. r.A, 2002, McGmw• lltll: 11.S, llooltcr JM, lltlbocbu CA: Atb-
Cr\J•ITutO 4 ktlc fnjulj' _,,,.,,,,, cd 4. Dubuquc. IA. 2000, McCrow-Hill; 11.7A·U.
4.1, 4.2A, 4.1 1, 4 .1:1, UndA Klnlb<ou8)>; 4.28, Shlet O. 8111ler J, LewlS R: l.l<a flO)'CI: 11.j), Scdt')' RR, C1 ai: ArraUJm)I arldpb)'#olog}'. ed 3, SI, Loulf,
H<M'< brimttll anatomy arrd />b)>'i°"'ffy. cd 9, Ncw YO<lt, 2002. Mc<:~•w· 199S, M<loby; 11. 11-11.14, 11 .16-11.21, E'rncol w. Ocdc; l i . IS, lindo
HUI: 4.3, 4.4, wa t'1o)'CI: 4.s, llaU SJ: IJDS((; blom«M•llC<, cd 3. Oubuque. Klmbtoogh.
IA. 199'), WCll/McGraw-HU~ 4.6, 4.7, Sttley RR. «oi: Ana/OmyatrdpbJS•

--
lology, t.'<I 6, Oubuqu<:, r.A, 2003, McGrow-Hill: 4.8-4.10, '4.12. l!mcst w.

CAPIT\ILO S
S-1·S.3, s.1s. s.16, S.lll·S.22, Und:t Klmhtou3h; s.•. l!Oclhet J~I. Thil)G.
CAP!nn.o 12
12..1, 12.13, Scclcy RR. c:1 ai: Anal(Jmyatulpb)'$/ology. cd 6, Oubuque, IA,
2003. Mc<;raw-Jbll1 12.lE-P, An~y CP. Koltbo!f NJ: Tcxtbooll o/ anm·
omy and pb)Oiol<>gy. cd 9, St 1.ouls. 1975, Mo.sby: l 2..2A-D, 12. ll , 12.1'2,
12.16. 12..18-l'Z.'ZO. 12.2:z.12.2s. Uncb Kimbrough: 12..3, 12.16, Shlcr D,
dcau C A: AJbkllC ln/ury assasrtumt, cd 4, Oubuque, IA. 2000. McCraw Butlcr J, Lc:WI$ R: llolo't buman analOm)' atld pb)'#olog}; ed 9. Dubuquc.
HUI: s.s, ~ ~lo)'d; s.6, s.7,John Hood; S.3, s.9, Shler D, llutler J, LCWi> lA. 2002, ~k'Gr:aw•HUI; 12.• , 12.9, 1.in<ls:ty D. F1111e1/onal ""''tomy. cd 1,
R; 11""1~ t!SSmltlals of buman llntllom)l lltld P">•#olqg)\ c:d 9, Ncw York, St.1.ouli!, 1996, .\1oob)~ 12.SA•ll, Thíbo<leau CA, Ponon KT: AnaJomyarld
2006, McCrnw-Kill; S.12-S.14, l!mesi W. B«k; S.10, S. 11, V.tn de Gr.Wf pb)$1o/<>8y. cd 9, SI. LouiS, 1993, M09by; 12.SC, 12.14, St>tlcy RR, Stephens
KM: Human anaJom)~ ed 6, Dubuque, IA. 2002, McCraw-Hlll; S.17, Stt- m, T•tJ: P: A1111tomy6pb~ (!d 7. Ncw York, 2006, McGr>w•l lin;
lcy RR. ct •~ Analomyarld pbysfokJfzy, cd 6. Dubuquc, IA, 20<». McCnlw- 12.6, 12..7, 8ooller JM, Thil>ode:lu CA; Atbklk: lrrJl"Y _,,,lltll, ed • ,
Hll~ S.18, f.mCS< W. llõclt with W-:. by Uncb Klmbrough. l)uhuquc, IA, 2000, McGr; W•HtO; 12.SA·U, Li."' fll<>yd; 12..10, 12.IS, V.n
de Groalf K.\I: l/11mo11 a11a1omy. <d 6. Dubuque, IA, ZOOZ, Mc:Grow-1UU;
CAPtnlL06 12..21, l!mcSI w. Becl<.
6.1, 6-3A, 6.t'-6.21. Linda Klmbrough: 6.2A-B. Scclcy RR. S«i>hc:ns m,
Tatc p, Ana1om1 &pbysfoqy, <d 7, N<'W York. 2006, McCraw·HlU: 6.2C. CAJ>fTI 'LO 1.;S
Shltt O, llutler J, i-!s R: Hok!'s bunian DllflUJ>n)I 01Jd pbysiology. <d 13.l· lJ.3. 13.6, u.u flloyd: 13.A, 13.s , ltT. l'lo)'<4 13.7, 13.M.e, Ron
9. N<.-w Y0<k, 2002, McC"'"'' Hill; 6.38, 6.ll, 6.13. 'hn de Cna.IT KM: Wbetlt.
ndi ce relllissivo
A ângulo do esterno, 324
ingulo inferior, 87-89, 108
abdonun:us,205,356-357
ângulo Q (ângulo do quadricepi.), 270-271
abduç:lo, 23 ãngulo superior, 87-88
anlculaç;\o do eotovelo, 206
angulos de uaç:l.o, 58-59
anlculaç:lo do ombro, 110, 11 2, 151·152
:intebr:tço
articulações m<.tu:arpofulângicns, 167
amplitude de movimento, 141
dngulo do membro superl«, 90, 206 aspecto anit.'f'Om(.'<lial, 172
ck.-dos. 165 músculos, 174
csclpub, 92-96 anteriot", 2, 113
polegar, 165 anteroinferiOr, 2
punho, 166-169. 171, 176, 179-181, 184-185, 188 anterolateral, 3
quadril, 222, 225, 227, 233-236, 243, 245. 248 anteromedial, 3
abduç:lo di:1gonàl, 22, 110, 113 antcropostcrior, 3
alxluç:lo horizontal, 23, 110-112 anterossuperlor, 3
:aç:l<>, 41 :iplicaç:lo da f()fÇI, 69. 73
aç-l<> mu...cubr, <.letermin:l~;'l<> da, 47-48 lxaço de força (momento de f<XÇa ou totque), 72-74
aç:l<> muscular coordenada, 37. 199-201 aplic:aç:lo de re-.bl~ncb. ponto de, 71
acck:r:aç:lo, lei da, 78, 81 aponcurosc, 329
a~bulo, 221, 223-225 do bíceps lxaqui:ll, 14"
aduç:lo, 23 do oblíquo CX1emo, 117
anlculaç:lo do <.ttovclo, 206 do oblíquo externo do abdome, 34.3
artlculaçilo do ombro, 110, 112 do oblíquo intcmo do abdome, 343
anlculaçõcs m<.-tacarpofalânglCI.'>, 167 do tro.nsvcrso do abdome, 343
~.165 palmar, 174
csdpub, 92-96 plantar. 311
ombro, 90. 107, 151-152 am> lolljlitudinal do pé. 290-291
punho, 166-168, 178-179 latcr:il, 290
quadril, 22>-227, 254-258 medi2.I, 290
adução di:lgonal, 22, 110, 113 arco uaim-erso do pé, 2f!1, 29().291
nduç:'lo horiront.'11, 23, 110, 112 :1!1Th1zenamcn10 de minemis, 9
agach:unenLO, 202, 359 :ine:messo, 81
:agonl5las, 206 :ane'.:ria(s)
ala.,..1nc:a:;, 68-71 arqueada, 312
dngulo de uação, 58-59 dorsais 00$ dedos, 312
~tfk:aç:lo das, 69. 71 dorsal do pé, 312
romprimento dos braços <bs, 72-75 femoral, 230
de primeir:I cbsse, 69-71, 73-74 fcmor.il profunda, 230
de M.'gllnda das.se, 70-71, 73 fibular, 29-i
de terceirn classe. 70-71, 74 maleolar anterotnedial, 312
cm rclaç:lo a habili<bdcs csponivus, 75 poplíte:i, 232, 294
fatOteS no uso de, 71-n tibial anterior, 294, 313
vantagem mecânica das, 68 tibi31 po:;tcrlor, 294
:alç:i cervlc:il, 50, 94 articulaç:lo(Oes)
amplitude, 42 :IÇ'ÔeS articul:ares, r1g11r:u representall\':lS , 25-27
amplitude de movimento, 19, 69. 70, 73, 75 acromiocbvic ubr. 118-89. 109
anatomi:l, 67 anfwuodial, 14. 16-17
anel Obroso, 325-326 artrodial (d-.'!lli:t::1mcnto, pbno), 18--20, 87, 89. 267, 325
articulaç-Jo(ões) (co111.) anlculaçilo(ões) (c<>111.)
a!l:tntoaxial, 322 m(isculos. 143-146. 148-155
atlantocciplllll, 325 nervos, 147
bola-e-soquete, 108-110, 221 ossos. 137-138
bola-e-soquete mulfi:ucial, 19-20 sacroiliaca, 224
carpon!e13carpal, 162, 16-i-165 selar (em sela), 18-20, 164
e1rtil:1ginosa, 14-15 sinanrodial, 14-16
classlfic:içilo por esuutur.i e função, 16 sincondrosc, 17
condUares, 18-20, 164 sindesmose, 16-17, 141, 288
condiloidc (clij)'i()idc, ovôidc, bola-e-soqu<.1C h~ial), 18-19, sindesm61iç:1, 89
164, 290 slnflses, 16-17
condiloide dupla, 267 sinovial, 14-15, 17-20, 28
rotaç:lo descenden1e, 90 subtalar, 288
coracocl:ivicular, 89 t:trsom<."btamis anrodiais. 290
eh t.'Oluna vcrtebml, 325-327 úbioílbular, 71, 287
da mão, 16}-164 inferior, 2tr7
dedos da mão, 163-164 superior, 268, 287
desli1.:1mc (aruodlal), 288 tipos de, 14-19
dlaruodial (slnovlal), 14. 16-20, 24, 28, 267 transversa do tatSO, 288
do d ngulo do membro inferior, 224-225 troc6idea, 19-20, 140
do ângulo do membro superior, 88-90 LroCOidc-ginglimoidc, 267
do c()(ovelo, 138-141 urneroulnar, 138-139
do ombro (glcnoumer.il), 87, 89-92. 108-140, 143, 224 vcncbral, 322
ampUlude de movilnento, 110-111 artrocincm~tic:i, 24, 27
c.xcrdcios, 95 anro:.es, 14
lesões, 110 atlas, 49, 325, 333
movimentos, 23, 110-113 atrito, 79
míísculos, 106-110, l l }-1 15, 117-118, 120-125, 209-215 cinético, 79
nervos, 119 de rolamento, 79
ossos, 107-108 estático, 79
do pé, 285-319 axõnio, 49
do punho, 161- 190
do quadril, 224-225
do tarso, 1137 8
do tomo1.elo, 285-319
elípooide, 19-20 bainha dlglllll fibrosa, 311
em dobradiça, 19-20, 139, 164 bainha do rc.10, 343
enruuodial (bola-e-soquete, esferólclea), 18-20, 108 bandalUollbial,39. 232
1:$C!pul01orodc;i, 89 base de suponc, 79
cstcmoclavicular, 87-89. 107 bilateral, 3
femoral acct3hular. Verquadril Oi<Xlcx, 45
Rbrosa, 14, 16 biomeclnic:a, 67
gingllmoide (dobradiça), 18-20, 138-139, 164, 267, 288 bolsa
glenoumeral. Ver:1rticul:1ç:lo(ões) do ombro, glenoumer.il do olécr:lno, 140
interfalãngica (lf'), 162, 164-165, 287·288, 290 infrapa!elar, 269
intcrfalângica distal OFD), 162-164, 288-291 sinovial, 269
inlcrfal:ingica proxilll31 (IPJ'), 162-164, 288-290 subcut:lne:i infrap~telar, 269
mctaaupofalãngk:a, 162-Hí6 subrut>lnc:i prl:-patclar, 269
me1:11:ar.>0fal3ngiais, 286, 288, 290. 31 1 subdeltóldea, 110
movimentos na, 19-28 suprap:nclar, 269
ovoide, 19-20 borda later.tl, 87-&3
p:1tcloft.-n10ral, 277 borda mt.-dial, 87-88
plana, 19-20, 87, 89 bmço, mllsrulos do, 144
radiocarpal, 163 hraço de rcsl~1ênci:1, 72-74
radioumcraJ, 138-139 bulbos de Kr:lu.se, 52, 54
radluln:u, 23. 25. 137-167
movimentos, 25, 142
e citcunduç:lo, 22
CL'i:!lhamcnto, 81, 202
cabt.-çi
clav!cula, 87-89, 107, 109, 117, 125, 141, 332
m65CUIOS, 329, 332·333
lncisum clavicular, 324
c:otx.-ç-• cL1 ffi>ula, 291
medlal, 322·333
c:ibeç:I do fêmur. 223
c6cdx, 221-222, 321-322
<.':Ide~• cinC'lica
eo<.-fkicmc de alri10, 79
abett:I, 202, 204
colágeno, 12
ícduda. 202. 204 colo do temur, 222
C:lllC2 1or.ldca, 89, 324
coluna vertebral, 321·369
oolcl~'<>. 71. 286, 288-291. 29?-300
amplitude de movunento, 327
c:intlnhada, 202
nrticulaçôt.'S, 322-326
can:al inguinal, 343 medula espinal, 322
Clpsula anicular, 17, 140, 164, 311
movimen1os, 326-329
c:-.iractcdslk:a.s lipicas d06 06SO.'I, 11-12
m(lsculos, 329-}49
carbon:i10 de dlcio, 12
nerv~. 329-332
cartibgem oo;os da. 321-322
al1JC\lbr, 12-13, '267. 325 parte ceMal, arnplirude de movimento da, 327
coo.tal, 32-4 pane lombar, 322, 325
hlahna, 12, 17 amplitude de movimcn10, 327
lit<.-óldea, 332 parte: torácica, ampliludc de movimcn10 da, 327
cauda, 3 compartimento mt.'Cllal da COJCl, 230
c:auda t.'<tuina, 49 compartlrncnt o muscular da perna, 295
c:ivld.1de anlcular, 17 anierior, 295
cavid.1dc glcnoidal, 87-88, 90, 95. 108-1 10, 126-127, 129 la1er.ú, 295
cavkbde medular, 11-12 posterior, 295
oovi<bdc l>il'IO\-i:d, 267, 269, 325 posterior profundo, 295
cavicbdes (depressões) dos OMOS, 1-1, 16 posterior supetflci:ll, 295
ccí:llico, 3 complexo gastrocnêmio-~leo, 287
cenltO de gravidade, 79 componente de lux:1ção, 58
cerebelo, 48 componente n~o rotmório, 58
ciclo da march.1, 285-286 componente row16rlo. 58-59
dfosc lombar, 322 componentes eSt:1billz:idores, 58
dncm.'ltica, 68 componentes móveis cb poll:i compo61a, n
~iologi2 comprcss;\o, 81
deflniçlo, 67 conccito de cadei:I dnétic:i, 201-203
ccimologia dos termos comumcntc utilizados em. 377·379 concci1os ~"Uromu.'oC\ll:arcs, 5~
cineslologia C$11Utural, 1 condldonamen tO, 202-205
dnc51<.'Sla, 52·53 desenvolvimcn10 muscular, 205
cinêlic:l, 68 princípio AEDI, 204·205
dnl'lica abena, 202. 204 princípio da wb~-c.~orga, 202.-203
dngulo do membro inferior. 10, 22 1-27-1 â>ndilo
articulações, 224-225 da tlbia, 265-266, 3C>4
movimentos. 226-230 do fCmur, 265-'267, 272, 299
m(lscu)os, 227·228, 231·232, 242-253 b1etal da tíbia. 4, 222·223. 266, 268, 273, 279. 287
ncn.'QO>, 238-242 later.ai do fCmur, 4. 222
OMO'I, 221·223 medial <b uôia, 4, 222-223, 265-266, 287
dngulo do membro superior. 88, 109 n>edlal do fêmur, -1, 222, 268
abdu>-lo e elcva>-lo, 206 cóndilos ocdpiiai.s, 322
aduçlo e depressão, 206 condromafacl3, 270
analomia da supcrlidc, 89 <.'Ofle medular, 49
artlculações, 87, 89 conlr.lçào, 4}-45. 54-55
lcv.int:ldor da esclpula. 96. 209, 212-214 concêntrica, 4}-41. 47, 57·58, 200-201, 355-356
movimentos. 23. 89-92, 106 conlr.I gr:lvicbde, 355
m6sculos, 92·93, 95-100, 121 estitica, 43
n<:rvos, 94 exd:nuica, 44-47. 58. 72, 274, 355-356
osso.-i, 87 f.isica, 56
lnd1cc rc mk<Sl\ o 4 11

con112ç-lo (co111.) 00005<12 mão


isoméuica, 43-44, 58. 206 amplitude de movimento, 165
00!6nlca. 43-44 anlcubções, 163-164
ncgauva,44 ligameruos. 164
contr:1çào abdominal. 361 movunen~ ~. 165. 167
CC>nll21:uer.il, 3 m6sculos, 168-ln
conlr.tLili<fadc m~br, 40 OSSOS, 162-163
corpo dedos do pé
mãqutnaS cnconin~ no, 68 cxtc:ns:lo tb.. 305
panes e regiões. S-6 ílexão dos. 309-310
regiões, 5-8 IJlO\o"imenlOS, 290
corpo celular do 11(.'\lfÕnlO, 49 scpar.açio dos, 290
corpo d2 V('tlcbra, 323-324 defonnação dos tecidos, 81
corpo do m6sculo, 42 dcndritos, 49
corp6sculos depre5são, 23
de Mcls.mer, 52-54 do dngulo do men\bro superior, 90-91
de P::icini, 52-54 dos ossos, 14
de Rulllni, 52·54 dermátomo, 49
corrida, 202, 224, 285 desacelerador, 355
cónex ccrcbr:il, 48 desempenho de hablli<ladc, 57, 81
córtex do OSM>, 11 desenvolvimento, 99
<."O.<lcla, 322, 324 dest:nvolvtmcnto de tcns11o muscul~r. 55
falsa (vcrtebrocondr:11), 322, 324 desenvolvllnento muscular, 205
nutuante (vertebral), 324 dcsli:camcnto (tmn.,laç-lo), 27-28
vctd:ideira (costeb vcrtcbroe5tcmal), 322, 324 deslocamento, n
cotovelo, 137·153 dcslocamcnto angul:ir, n
amplitude de movim<:n10, 141 movimento angular (ro1:11Jvo), n, 82
slm:rgl.2 entre as aniculaÇ'Õe'I glcnoumcral, do cotovelo dcslocam<.'1110 lin<.-:tr, n
e r:idiulnar, 141 desvio
e :utlcub~o r:idluln;tr, 137 radial, 24, 164
Ugamcntos, 140 ulnar, 24, 164
rnovim<.·ntos, 142, 200 desvios. 107
mlÍM:Ui06, 143-146, 148-155 dat'.se, 11
nenw, 14- diafr.agana.329.336-337,339
ossos, 137-141 dinimica, 68
COIO\elo de golrisu, 143 disco anlcubr, 163
co«>vclo de t<.-nisu, 143 disco tnlet\'ertebr21, 322, 325-326
coxa, 222, 229, 231-232 discos cpíf~. 11-14
crista condiloide medi:ll, 138, 163, 272 cU5ul,3
fasdrulo medi:al, 94 dlsând2, n
crista iliaca, 223, 231. 271, 322, 343. 348-349 divi.sào fibular, 239
crisla intcnrocant<:rica, 223
dor lombar, 325
crisla púbica, 223, 322 dorsal, 3
criSta supracondllar btcrnl, 138. 170 dorsinexâo. l'W íl<.'Xilo, dorsal
curv:1tur:1s d2 coluna vencbr:ll duraç.lo, 201
ccrvícal. 322
lombar, 322
sacr.tl, 322 E
1or:1cica, 322
Cybcx, 45 eixo do gonlômell'O (ponto de dobradiça), 19
eixo entre força e reslslênda, 68-69, 325
de uma rod;1, 76
o dxo vcrtic:il, 9
eixos de roo1\,lo, 68-69
dmlo.80 eaxo diagonal ou obliquo, 9
decúbito dot$1I, 4 eixo frontal, !ater.li ou coronal, 7
decúbl10 veninl, 4 eixo s:1gi1al antcroposterior ou ~gil:il, 8
eixos de roiaç:lo (co111.) eversào,23, 26,288,290, 292
eixo vcttic:al ou longitudinal, 9 exen:ício(s)
elasticidade muscular, 40 cadeia aberta f.<S. cadeia fecllada, 201·203
cleuomiografta (E.\1G), 47 comumeme utilizados para o fortaledn1ento de músculos
elevações do cingulo do membro superior, 89-90 seledon:idos, 367·369
elevações dos ossos. 14 de atticulaç:lo i.Solada, 202
eminência intcrcondilar, 266 cspcdficidadc dos(s), 205
eminência tcoar, 147, 192 i.Sométrioos, 361
en~teo, li máquinas, 362
entorse de tomo~..elo, 288 membro superior. análi.sc muscular do, 199-212, 215
epicondilite exerdcios para o membro superior
lateral, 143 aruUJsc dos, 205-215
m<.'<ii:tl, 143 d~nvolvimento pc:la frente com b:tn-d, 209
eplcôndilo extensão do llfccps, 208
lateral, 138, 163, 174, 222 flexão de braço no solo, 213
medial, 4, 138, 163, 222 puxada de ombro, 206
eplflS<.{S), 11·12 puxa<b frontal, 212
dislal. 12 remada, 363-364
proximal, 12 remada pronada, 215
equilíbrio, 79-80 rosci bíceps, 'l07
dinii.mico, 79 supino n..10, 210
estático, 79 trnÇ'Jo na bam flX3, 211· 212
escada, 55, 57 expansões cxtcnsorJS, 312
escala aonol6glc:a para o fechaniento epiflsário, 13 cxtcn.'l:lO, 23, 164
csc:ileno, 1, 329, 332, 338 artk'ulaçao do ombro, 110-111
anterior, 340 eo1ovelo, 69, 141-142, 152
mWio, 332. 340 dedos da mão, 165
po5terior, 332, 340 dedos da mão e: polegar, 167
esclpula, 87-88, 107, 109, 137 hãlux, 292
borda mc.-dial da, 117 joelho, 'lOl, 233, 244, 270, 275-2n
escoliosc. 322 punllo, 166, 170-171, 179-181, 185-186, 188, 190, 206
especificidade do exercido, 205 Ql13dril, 57, 225·226, 234, 246. 250, 252·254, 257
espinha, 323 uiceps, 208
da csc'lpula, 87-89, 108, 118. 144 extensibilidade muscular, 40
do {Squio, 223 cxwrisõe; pron::td:LS al1cnud:L'I, (>li arco em <k..>cúbito V.:.'1\11'1!, 358
movimentos da, 27
espinha UJ.aci, 231, 271
anteroinfcrior, 222 p
antcrossuperior, 222, 228, 270
fae<..13 ani<..'Ular, 325
po;;tcroinferior, 223
posterossupcrior, 223 superior, 323
esquelero faceta COSUll
funções do, 9-10 inferior, 323
vw anterior, 1O superior, 323
v~ poo;tcrior, 10
transversa, 323
esqueleto apendicular, 9·10 falanges, 163. 287·289, 291, 308-310
esqueleto axial, 9·10 distal, 162, 164
est.~l>ilid:ide, 79 medial, 162, 164
~tiCI, 68 proximal, 162, 164
esterno, 314, 324 fásda, 294
estimulação elétrica muscular, 47 transversa, 344
estímulo(s) fascículo lacerai, 94
limmres, 55·56 fa.sdculo ~erior, 94
núximo, 55-56 fase de apoio, 201 , 285-286
,'Ublimiar, 55-56 fase de complememaç:ào, 201
submll..'timos, 54, 56 fase de des.~cclcração, 201
suprAmiximo, S6 fase de lmpulsão-deslOC1nlCnto, da am!nhada, 285
~truturas ligamentares laterais, 290 fase de movimento, 201
fase de oscilação, 285-286 fossa (co111)
fase de "-'CU p<.'f"~çilo, 197 subesc:lpular, 103-109
fase de rc~mento muscular, 55 supracspinal, 108
fase preparatória, 200 clbíal, 267
fases de anâlise de habilicladcs, 200-201 t.roe::1ntérica, 224
~nur, 221, 223, 229, 265-266, 268-269, 271, 276, 278-279 frequência, 203
fibra muscul:1r, 53 fulcro, 69
fibroc:utllagens lntCtVenebrals, 241 função muscular, lnvetsfto cla, 47
fibula, 4, 222-223, 265-266, 268, 278, 287, 289, 301-306, 310 fusos musculares, 52-54
filamento terminal, 49
fllelra carpa! pro.'<.lmal, 163
fisiologia, 67 G
flexJ.o, 23
glândula tireoide, 332
an.iculaçào c:upomeuicarpal, 165
gonfose, 17
aniculaç:lo metacarpofalângica, 165
anlculações interfalângicas, 165 goniômctro, 19, 21
gordura iofrapatelar, 269
ccivical, 328
gordurd subcut:1nea, 344
cotovelo, 141-142, 145, 148-150, 153
cfa coluna venebral, 328 gravidade, 79
de braço, 212
de quadril na po.s!çllo sentada, 202
H
dcdo-5 ela m.~o. 165, 167-168
dorsal, 23-24, 288, 290-29 J hálux. 288, 305, 310-311
punho, 24 hematopoese, 9-10
tornozelo, 303-306 h<:mla do núcko pulposo, 325
hálux, 292 hiperexrensllo, 21
joelho, 233-234, 243, 250-252, 258, 270. 272-273, 299, 355 cervical, 328
lateral, 24, 327 COIOVC.10, 139
lombar, 326, 328 lombar, 328
ombro, JJ0-111 hipo1en3r, 175, 192
paunar, 24, 164
pl:inUtr, 23. 71
do tornozelo, 288, 291, 293-294, 299-302, 307·309 1
polegar, 167
punho, 166, 168-169, 172-173, 175·177, 182, l&i, 191, 206 mo, 49, 221, 223
quadril, 201, 227, 233-234, 236, 241, 243-245, 249, 254, impacto do m3ngulto rot:1dor, 107
257, 258 indsura
radial, 24, 164 do esterno, 324
ulnar (desvio ulnar), 24, 164 lsquiáclca, 222
fluido sinovial, 17, 267, 269 troclcar, 138-139
fora me lndinaçào, 79
intervenebral, 322, 325-326 anterior (inclinaç-Jo asoendernc), 91
obturado, 222, 249 laterdl (inclinaçlo externa), 91
transvetSO, 323 medial (inclinação para dentro), 91
vertebral, 322-323 poMerior (indinaç:lo descendente), 91
força, 68-69, 73, 80 inérci.1, lei da, 78, 81
força de n."açilo do solo, 78 lnerva('llo, 11-42
força excêntrica, 72 inferior, 3
forç:i interna, 80 lnferolateral, 3-4
forç:i extcma, 80 lnferomedial, 3-4
f0>f:ito de cllcio, 12 inlbiçào ou inervação recíproca, 60
fósforo, 10 in.~rç-lo do músculo, 42-43

fossa inserção tendlnosa, 315


articular, 322 insuficiência atJvn/passiva, 48, 60
do olêc:rnno, 138, 140 intensidade do cx<.'fCicio, 203
ilíaca, 223, 349 lnremeurônios, 52
infracspinal, 39, 108, 113, 115, 118, 123, 125 invers3o, W, 290. 292
414 ~! mui de cm<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

l~llilteral, 3 Ligamento Cco111.)


irritnbilidadc muscular (cxcitabUidadc), 40 de Wrisbetg, 268
lsocinétlco, 44 deltõidco, 289-290
ísquio, 221. 223 do eotovelo, 140
do joelho, 268
do p(:, 290
J do tomo~.clo, 288
dos dedos, 164
joelho, 3, 265-294
cstcm ocl:tvicular anterior, 88
aniculaç.lo, 27, 267-270
glcnoumcral, 108-l()C)
cápsula do, 267
inferior. t()<)
c:xten.são, 201
ml'<lio, l()C)
ligamentos e mcni.soo elo, 268
supc.r ior, l()C)
movimentos, 270
lllofemoral, 224
músculos do, 270.273
inguinal. 343, 345-347
nervos, 274
interclavicular, 88-89
ossos, 265-266
interespinal, 325
intcróssco, 282, 288-289
15qulofemor'JI, 224
L
longltudin.'ll :interior. 325
15bio glcnoidal, 108, 110 longituclinal posterior, 325
lãmln3, 325 mc.'tacarpal, 164
lateral, 3 nucal, 336
leg prcss, 362 palmar, 164
ein 45° ou inclinado, 362 patelar, 294
lei plantar, 311
da aceleração, 78, 81 longo, 289, 311
cL1 inércia, 78 posterior, 89
da reação, 78-79, 81 pubofemoral, 221
do movimento, n-79 sacroesplnal, 231
leis do movimento de Newton, n-78, 81 supracspinal, 325
ICl!ÕCS lig:imcntar<:s, 270 wocaJclneo interõsseo, 289
lcvanmmento de perna, 361 talocalclneo mc."<1131, 289
levant."llTlento de peso, 122 wocalclneo posterior, 289
Jevanta.mento do deltoide (abdução do ombro). 202 taloObular anterior, 288. 289
lcvanmmento terra, 202, 360 t:llorihular posterior, 289
Udo, 45 t:1lonavicular dor:;:il, 289
lig;unento iarsomeratarsal dorsal. 289
acromioclavicular, 88-89 tib!oObular, 288
amarelo, 325 anterior, 289
anubr, 140 posterior, 289
bifurcado, 289 tranSVerso, 268
calcaneocuboide dorsal, 289 triangular 15quiofemor:il, 224
calcaneofibular, 289·290 Unha áspera, 223, 275. 277-278
ealean('()navicular planur, 289 linha de ttaçlo, 47-48, 270, 272
capsular pos1erior, 108 linh.'l glút~• postcrolnferio r, 223
colateral, 140, 164 linha interuocantê:rirn. m. 275
colateral Abular, 266-268 linha pealnea, 222, 241, 348
colateral radi.'ll, 140 linha scmilunar, 34.)-344
colateral tibial, 266-268 lordose, 322
colateral ulnar, 140 lordosc lombar, 326
coracodavic:ular, 88-89 lumbricais later:iis, 147
comcoumeml, 109
crui.1do anterior, 17, 267-268
cruzado posterior, 267-268 M
cum..'Onaviculnr dor&~I, 289 magnitude da força, 72
de Bigclow, 224 malêolo, 286
fnd1ce n.·mtssl\'o 4 15

malEolo (co111.) m6sculoC$), abdutor (con1.)


bter.il, 76-77. 286-287, 293, 312 C\IJtO do pok.-g;ir. 173-175, 191-192
medial, 287, 312 do dedo minimo, 173-175, 191-193. 298. 310.313
manobr:i de Valsalva, 205 do lúlux, 293. 298, 310.313
manúbrlo, 87-88, 322, 324, 333-334 longo do polegar, 147, 167-168. 172-175. 190
m3o, 161-190 acessórloó!, 38, 199-200
aniculaçõe$, 163-164 adutor
movimentos, 167 cuncl, 222, 229-233. 240, 254
músculos, 167-173, 177-193 do hálult, 298, 310.311, 314
mfuculos lnterósseos d:i, 191 cio polegar, 173-175, 191·192
nervos, 173 longo, 222, 228-233. 240, 255
~. 162-163 magno,38, 222,228-233,240,256
superflde p:ilmar, 162 agonista, 45-46, 60
ndqwnas, encontradas oo corpo, 68 ancóneo. 39. 143-147, 152. 174, 199-200, 208-210, 214
ITl3l'dia de Tn:ndelenburg. 247 antagoni:Slll, 45-46, 60
=· 78-80 antebraço, 174
me2lO audluvo externo, 335 antc:rion:s do menlbro wpcrior, 143
medniel, 67-68 biatticular, 59-60. 271, 294
medial, 4 bíceps braquial, 43, 59-60. 71-72, 113, 143-144, 148, 207,
medl2no, 4 209·212. 214
medula amarela, 11 aponeurosc, 144
r11<.'Clula 65sca, 9. 12 c:ibeça cuna, 117, 143·145, 148
nwn1brona lnteró6se:I, 141, 163, 287, ?!07 cabeça longa , 117, 143-145, 148
1nen1broru sinovinl, 109, 140, 269 bíceps f(.'lllOral, 39, 47, 223, 231·232, 235. 253. 270.272.
nwmbro bupcrior 278, 293
:impUlude de movimento, 371-372 cabeça cuna. 228-Zj(), 232. 235. 253. 298
ativkbd~. :uúlise conceituai das. 199-200 C2bcça long;a. 39. 228-230, 232, 235, 241, 253
exetddos, :uúl~ muscular dos. 199-212 bipen:ido. 40-42
músculos posteriores, 14 braqulal,49, 59-60. 72, 117. 143-145, 149, '207. 211, 212
menl5co, 267-268 braquiorradial, 38-39. 143-145. 147, 150, 174, 207, 211, 214
bter.il, 268 cocágeo, 231
medial, 267-268 contralateral, 46
melJ!ulhO entre barras paralebs, 202 C'Ofõlcobt:1quial. 110, 113-114, 117, 124, 144, 209-210, 214
rnl6tomo, 49 cotp0 do, 42
momento, 80 crioOOreóideo, 332
movimento cb artkulaç;lo tio ombro, 110-113, 117-118, 122-125
an111sc do, 200-201 d:I articulaç:'lo radlulnar, 142- 145, 148-155
d;1 anlculaç:'lo cio cotovelo, 142
da cabeça, 329. 332-333
d:i anlculaç:'lo do ombro, 23, 111-1 12 da colun:i vcncbrnl, 324-349
da al\lculaç:lo cio qu:idril. 225-227 da COlCI, 228
da al\lculaç:lo radiulnar, 142 da mão, 167-193
da colun:a '-enebt:sl, 327-329 da respiração, 339
da mlo, 166-167
d3s C06t3.S, 332. 337, 3'12
cio dngulo do m<..'lllbro superior. 23, 89-92 deltoide, 39. 89. 93. 110, 114, 116-117, 120, 122, 124, 144
do joelho, 270 pane davicular, 209-210, 214
do'*· 291·293 pane cspir131, 212, 215
do tornozelo. 291·293 dlgãsuico, 332
movimento concorrente, 60 do abdonw. 343-349
movimento contraconcorrerue, 30 cio braço, 144
movimento linear, 77 do clngulo do membro lnferlor. 229-231, 241-258
movimento ostcoclncnútico, 24 do cíngulo do membro superior, 92-101
nlOvimcnto rcdllneo, 77 do corpo humano
moW1lcnto voluntário, controle n'"Ural do, 48-52 visa anterior, 38
movilncntos accssórios, 24·28
vista ~crior. 39
movimentos f~iol6gicos e lllO\'lmentos acess6rios, 24-28 do OOlO\'Clo, 143-1sÕ
músculo(~)
do dorso, 332, 336. 3'12
abdutO< cio joelho, 27().273
416 ' ! mui di· rm<.."ilo!og!a c.-stnnural

músculo(s) (co111) músculo(s). fibular (co111)


do m3nguito l'Q!ador, 110, 125 terceiro, 293, 297·298. 303. 312
do membro superior, 144 fix:tdoro;.-s, 45
a ntc:rior, 144 Rexor
pootcrior, 144 curto do dedo mlnimo, 173. 191-193. 298, 311>-31 I, 313
do retin:lculo ext<=nsor, 172, 228 curto do hãlux, 298, 31G-311, 313
cio pé, 29.3-297 curto do polcg:ir, 173, 191-192
do pcscoço,332, 342 curto dos dedos, 298, 311>-311, 313
do punho e da mão, 167-192 longo do hrilux, 241 , 287. 29.3-294. 296. 298, 310
cio quadril, 228-237, 241-253 longo do polegar, 148, 168-169, 184
do tórax, 336-349 longo dos dedos, 241, 287. 29.3-294. 296. 298, 309
do 1omozelo e do pé, 293-297 profundo dos cledos, 164, 168-169, 173-174, 182-183,
cio llOnco e da colun.'l vertebral. 329-349 207-210, 212, 214
dos dedos, 168-169 radlal do carpo, 148, 168, 172-175, 207-210. 212, 214
clasticidnde, 40 superlid:ll dos dt-do.~. 164. 168-169, 17.3-174, 182,
em tira, 40 207-210, 212, 214
crct<>r da espinha, 329-330, 337, 341-342 ulnar do carpo, 168, 172-174. 178, 207-208, 210,
escaleno, 1, 329, 332, 338 212, 214
anterior, 340 fuslform<:s, 40
m<.'<ilo, 332, 340 gastrocnêmio, 38-39, 228. 231-232, 241, 270, 272, 288, 29}-
pootcrio~332,340 294, 296. 298-29')
escapulares, 90-91 gt-meo
a~dos,90 Inferior, 232, 249
csftnctcrfanos, 4<H 1 supc.'lior, 232, 249
espinal, 324, 329, 341 gl(neo
da C3bcça, 341-342 m:lximo, 39, 222, 228, 231-232, 235. 246
do pescoço, 341-342 médio,39.222,232. 236, 248
do 16rax, 337 mínimo, 222, 236, 248
espleruos, 324, 336 grácil, 38-39, 222, 228-232, 235, 240, 258, 266, 271>-272
da ctbcç:•, 39, 329-330, 332-333, 336-337, 341-342 guias, 45-46
do pescoço, 329·330. 332, 336 Ilíaco, 231, 233. 241
longo, 341-342 lllocosul
esqucU:tlco, 37 do pescoço, 332, 337, 341·342
esrobili7.adores, 45 do tórax, 329, 337, 341-342
es1c.-mo-híóideo. 332 lombar, 337, 341-342
estcmoclcidom:lstóideo, 38-39, 324, 329-330, 332-347 lllopsoas, 71, 223, 228, 231, 241·242
estcmotireóideo, 332 ínfra-hióideo, 332
estile>-hióideo, 332 lnfrncspinal, 110, 125, 128
c.x1cnsibilidndc, 40 inserç:lo do, 42-43
extensor inlel'COSlais
comum dos dc.-do:.. 39, 171, 173-174 externos, 338-339
curto do Mlux , 298, 312 internos, 338-339
curto do p0legar, 38, 147, 168, 172-174, 190 ínterespinais, 331, 337
curto dos dedos, 298, 310, 312, 314 inlcróssco
do dedo mínimo, 147, 168, 171, 17.3-174, 187 dorsal, 172-173, 191·193, 298, 311>-314
do lndictdor. 147, 168, 171, 173-174, 187 palmar, 175. 191-192
dos dedos, 143, 147, 168, 185 plantar, 298, 311>-311, 31-i
longo do h:'ilux, 287, 293-294. 297-298, 305 intertrnllS\'Crs.1rios, 329, 337
longo do polegar, 147, 168, 171-174, 188 lnuinsecos, 41, 43
longo dos dedos, 294, 297-298, 304 isquiocibial~, 60, 223, 231, 267, 270-271, 278
radial curto do carpo, 39, 147, 168, 170, 172-174, 180 lallssimo do dorso, 38-39, 115-116, 118, 122-123, 144,
radial longo do carpo, 38-39, 149, 170. 172-174, 181 212-213, 215, 343
ulnar do catp<>, 39, 149, 168, 170, 172-174, 179 levantador
c.x1rinsccos, 40-41 da eostela, 329. 339
flbular da escápula, 91, 93, 96-97, 118, 328, 332
curto, 38-39, 287, 29.3-294. 297-298, 302 do ânus, 231
longo, 38-39, 228, 287, 293·294. 297·298, 301 longo da c;1beça, 329, 332-333
m(lsculo(s) (co1u:) n16sculo(s), reto (con/J
longo do pescoço, 329 l:ucral d:i cabeça, 329, 331, 333
longu!sslmos da cabeça, 329, 332, 337, 341-342 posterior da cabeç;i, 329
longuíssimos do pescoço, 332, 337, 341-342 m3ior, 332-333
longu!ssimos do 16rnx. 332. 337. 341·342 menor, 332-333
lumbricnls, 172-174, 191-192, 298, 31().313 romboide, 9().93, 97·98
lumbrictl meda!. 173 maior. 118, 332
manguilO rotador, 110, 125 menor, 332
milo-hi6id,-o, 332 roiadores, 329. 337, 357
multian.irulares, 5~ !ater.tis, 249
multílldo, 329, 337 san6rio, 222, 228·233, 240, 243, 266, 27().272, 293
multlpenados, 4042 semlesplnal, 329
neu1r.1liz:idor, 45 da cabeç;i, 329, 332-333, 337, 341-342
nomenclatura, 37·39 do pescoço. 337
oblíquo do tórax, 329, 337, 357
externo do abdonle, 117, 329, 331, 338, 343, 346 semlmembranáceo, 39, 47, 222, 228, 230-232, 235, 241,
infctior da C3~'3, 329, 332-333 252, 266, 270-271. 273, 278
interno do abdome, 117, 329, 331, 338, 343, 347 scm.ltcndín<.-o, 39. 47, 228-230, 232, 235, 241, 251. 266. 270-
superior da 01beç:t, 329, 332-333 273, 278
obtur.1dor sen-:ltil
cxtcmo, 237, 240, 249 anterior, 89, 91-93, 97-98, 117, 343
Interno, 231, 237, 249 posterior, 1, 329, 340
onio-lú6ideo, 332 ~erior superior, 332
oponente do d'-clo mínimo, 172, 174, 191, 193, 311 sincrgistas, 45
oponen1e do polegar, 172, 171, 191·192 sõleo, 38-39. 228, 241, 293·294, 296. 298, 300
organiz:•ç.lo elas fibras, 39-42, 56 subclávio, 92, 100
origem do, 42 subcostals, 329, 340
palmar longo, 1n, 207·214 subes<:apular, 89, 110, 113, 125·12Ó. 213
papel do, 45 suplnador, 143, 146-147, 155, 174
paralelos, 40-42 supr:1-hióidoos, 332
pea!neo, 222, 228, 231·233. 240. 257 supraespinal, 93, 110, 115. 122, 125
peiloral maior, 100, l17· 121, 125-126, 144, 209-213, 343 ten.'lôr da f~scia l:ttà, 222, 228, 231·232, 236, 245, 270
peitoral menor, 91·93, 97, 100 tcnninologia do, 40-43 da COXll, 231-232
penados, 40-41 libial anterior, 228, 2fn, 293-294, 297-298, 306
piriforme, 231, 237. 249 tibial posterior, 241, '187, 293-294, 296, 298. YJ7
planos, 40 lirco-hióideo. 332
plant.,r, 1, 4, 39, 228, 241 iransverso do abdome, 117, 324, 329, 331, 343. 348
popll1eo, 241, 271, 273, 279, 294 transverso do tórax, 329, 334, 340
pror4•dor qu:1dr.1do, 142, 145, 147, 153, 174 tr.1pézio, 38-39, 91, 93. 95·97, 116-118, 123, 329, 332
pronadortedondo, 142, 145, 147, 154, 174 ufceps bmqulal, 38-39, 115, 143, 151, 200, 212·213
propriedades dos tecidos do$, 40 c::ibeça lateral, 38, 122, 147, 152
psoas maíor, 231, 233, 240.241 cabeça longa, 38, 122, 147, 152
pooas menor, 231, 233, 329 c::tbeç:I medial, 146-147
quadrado do lombo, 322·323. 329, 331, 337. 349 tríceps sumi, 293
quadrado femoral, 237, 249 unlartkular, 59-60
quadrado pl:l ncar, 298, 310.31 1, 313 unipenado, 40, 42
quadríceps femoral, 60, 222, 265-267, 270, 274, 355 V:lSlO, 222·223
radiados, 40-4 2 intennl-dio, 229-231, 240, 270, 272·274, 276
redondo maior, 39, 115, 122, 130, 144, 212-213 228-232, 240, 266, 270, 272·273, 275. 293
~ueral,
redondo menor, 39, 110, 115, 122, 125, 129 medial, 2za..231, 240. 266, 270, 272-274, 2n
retinJiculo extensor, 172, 228
inferior, 293-294, 312
retinJiculo flexor, 172, 293 N
n::iu
anterior da cabeça, 329, 333 Nautilus, 374
do abdome, 329. 331·332, 343-344 ncrvo(s)
fernoral,49,60. 222, 228-231, 233, 244, 266, 270.274 acessório, 94
4 18 '! mui d m<.."ilo!og!a c.-stn1111ral

nervo(s) (cot11) ncrvo(s) (cont)


acessório espinal, 92 pudendo, 49. 239
aferente, 18 radial, 49, 94, 147, 150·152, 155, 175
auricular maior, 94 sacrais, 49
axilar, 49, 94. 119, 129 safeno, 230, 238
cervicais, 49-50 subclávio, 94
cervical tr.1nsverso, 49, 94 subcscapular, 119
coccigL'O, 49-50 supraclavicular, 94
cutâneo femoral lateral, 238 supm1:$C!pular, 94, 119, 128
ela articulaçllo do cotovelo, 147 tibial, 49, 232, 239, 241, 293, 298
cla articulaçilo do 01nbro. 119 tor:tcico<s). 48-49. 9·1, 332
da aniculaçâo do tornozelo, 298 inferior, 93
da articulação radiulnar, 147 longo, 93
da coluna venebral, 329 medio, 94
do cingulo do membro inferior, 238-241 superior, 94
do dngulo do membro superior. 92 toracodorsal, 113, 122
do joelho, 273 ulnar, 49, 94, 173
do pl:, 298 neurõnio(s), 49
do punho e da mlo, 173 m<>1or, 54
do quadril, 238-241 mocor sonmtico, 48
do LtOnCO, 92 sensoriais, 49
dorsal da esclpula, 94, 97 núcl1.'0 pulposo, 325. 326
eferente• 48 nl'.icleos de base, 48
espinal, '18-52, 238
femoral, 238, 240, 272
fomor.il cu~irn:.'O posterior, 49, 239 o
flbular, 274, 298, 312
olécr.ino, 69, 138
comum, 49, 232, 239, 293-294
Olympus, 374
p rofundo, 299, 312
oposição, do pol1.ogar, 24, 165, 167
superficial, 298
orelha ln tema. 80
frênico, 49. 94
órgão tendinooo de Golgl COTG), 52-54
genitofemoral, 49, 238
origem, do mOsculo, 42
glúteo
osso(s)
inferior, 238-239
articulaçJo mdiuln:1r, 137-138
238-239
SUjX.'fiOr,
capitato, 162
hipoglosso, 94
caractcristic:a~ do, 11-12
Uio-hípogãslrico, 49, 238, 332
carpo. 162-163
ilioinguinal, 49, 238, 332
cavidades do, 14, 16
eminência iliopúbic• pcdÍn<..-a, 241, 349
classíílcaçâo por fomia, 11
linha UiopOblca pectínea, 348
compacto, 12
interc0St.1is. Ver nervo(s). tor:tcico(s)
cortical, 13
lnterósseo
crescimento do, 12
anterior, 147. 173 crescimento e desenvolvimento, 12
posterior, 147, 173 cuboide, 286, 288-291
isqulático, 49, 230, 238-239, 273 cuneiforme medial, 301, 306
lombar, 49·50 cuneiformes, 286,288-289, 291, 307, 313
mediano, 49, 147, 153-154, 168, 173 movimento eurvilíneo, n
musculocutânco, 49, 94. 119. 147-149 cunos, 11
obturador, 238, 240 da artiruL~ção do ombro, 107· 108
occipital menor. 49, 94 da artlc;ulaç.lo do quadril, 221-223
inci.surd isqui.Atka menor, 223 da coluna venebral, 321-322
peitorais, 93, 113, 121 da mão, 162·163
peitoral medial, 94 do cmgulo do membro inferior, 221·223
plan~1r, 298 do dngulo do membro superior, ff7
lateral, 241 do cotovelo. 137-138
medial, 241 do joelho, 265-266
oo;o(s) (cot11.) perda da clpsula articular, 325
do pÇ, 286-287 períodizaç:lo, 203
do punho, 162-163 período de lati!ncia, 55-56
do tórax, 322, 324 periõstco, ll-12
do tornozelo, 286-287 perna
dos dedos, 162 C01D!>l11timcn1os musculares da, 297
cndoconclr.11, 13 superior, ml1sallos superficiais da, 229
escafoide, 162-164 pescoço, músculos do, 332, 342
esponjoso, 11-13 planos de movimento, 5-7, 48
hamato, 162-163 cardin•I, 5~
hlõicleo, 332 e seus eixos de rotação, 7-8
irregulares, 11 plano dfagonal ou oblíc1uo, 6. 8-9
longos, 10-12, 15 plano frontal, lateral ou coronal, 6-8
merncarpais, 162-164 plano saglt.'11, anteropos1erlor ou AP, 6, 8, 22
memtarsais, 286, 288-291, 301, 306-307, 311-312 plano tramverro ou hori7..ontal, 6, 8
n:ivicul:ir, 286, 289-291, 307 platô tlbial, 265
ooclpítal, 336 !ater.d, 268
piramidal, 162, 164 medial, 268
pisifonuc, 162-163 plt:.~O
planos, J 1 braquial, 49, 95, 175
processos do, 14-15 ccrvi~1l, 49-50, 94
propriedades, 12-13 lombar, 49, 238
púbico, 231 lomboss:icral, 49, 238
radio, 137, 139, 162-163, 174 sacral, 49, 238-239
radio distal, 164 polegar
referências 6s$cas, 13-14 amplirucle de movimento do, 165
semilunar, 162-164 movimentos do, 24, 167-168
sesamolclc, 11, 163, 265, 286, 311 oposição do, 24, 165, 167
rnrso, 286 reposição do, 24
tipos de, 10- J 1 polias índlviduais, 76
lr.lbecular, li posiçilo anatômica, 2
trapÇzio, 162 posiç:l.o fundamental, 2
ll'apcroidc, 162 posições de refetência, 2
OSleobl:ISIOS, 12
posterior, 4
o;;ceocl:istos, 12 posterolnferior, 4
osteologla, 9 pos1crol:ueral, 4
posteromedlal, 4
postcrossuperior, 4
p
potencial de aç:l.o, 55
J>lllm.1r, 4 pr.inchas de cxcrdcios, 381-398
palpação, do músculo, 47 prega, 269
parede abdom.inal, múse\ilos da, 343-349 princípio AIDI (Adapmçôes F.specíl1cas às Demmd3s lm~).
pateta, 4, 222-223, 228, 231, 265-2li6, 269-271, 274- m. 204-205
293- 294 principio da sobrecarga, 202-204
pê, 294. 311, 31,1 princípio do tudo °'' nada, 55
31'<.'()S, 29().291 processo(s)
articulações, 285-329 acromial, 87-88, 106-109, 125, 144
descriç:lo ele movimentos, 23 artk:ular Werior, 325
eversão, 301-303 arti<."Ular superiQf, 323, 325
invc~o. 306-307, 30'.>·310 coracoide, 87-88, 106-109, 124-125, t-!8
ligamentos, 290 coronoide, 138, 140, 169
movimentos, 291-292 dos ossos, 14-15
músculos, 293-297 espinhoso, 322-325, 336-337
nervos, 298 estiloide, 162
=:;, 286-287 maslolde, 322, 333-335
pê anserino, 272 trnOSVCl'l>O, 322-323, 326, 337
420 '! mui di· •n<.."ilo!ogla c.-stn1111ral

processo(s) (co111;) reflexo patelar, 52, 54


xifoidc, 322, 324 relaçào agonist.'l-antagonislll, 46
profundo, 3 relação força muscular-velocidade, 57-58
pl'Qjcçôes, doo <>S.50S, 14 relação 1ensà0<0mprimcnto muscular, 55·57
promontório sacral, 322 rem.<tda inclinada, 96
pronaçào, 23, 285 remada pronada, 215
antebraço, 141, 145, 150, 153-154 reposição do polcg:ir, 24. 167
aniculaçào radiuln.'lr, 142 resistência, 68, 72
torno1.elo, 285-286, 292 rctináculo cxtc.'flsor supc.'fior. 294. 312
proprlocepçlo. 52-53 reio anterior da cabeça, 329, 333
procrn~~lo, do cíngulo do membro superior, 23. 90 re10 do abdome, 329, 331·332. 339. 343-344
proxlmal, 5 reio femoral, 49, 6o, 222, 228-231, 233, 244, 266, 270-274
púbis, 221-223. 345 n..'fo '31eml da cabc.-ça, 331, 333
punho reto posterior da cabeça, 331
amplitude de movimento, 164 maior, 332-333
artkulações, 163-190 menor, 332·333
cone tr.1n:.-vcr.;al, 173 reuaçào, 23
extensão, 206 rodas, 75
nexão, 206 rolamento, 24, 27, 28
movimentoo, 24, 166 rosca bíceps, 72, 202. 207
mí\sculos, 167- 192 roiaçào
nervos, 173 ascendente, 90
OS.'JOS, 162-163 cervical. 328
puxad3 de ombro, 206 da c.~luoa vcncbml, 328
pUX3da fronml, 212 descendente, 23
eixos de, 7. 8, 68-69
lateral
Q do ombro, 110-111
do quadril. 225-226, 233-234, 236-237, 246, 249. 253
quadril, 221·274
lombar, 328
abdução, 222, 225, 233·236, 243, 245, 248
lll<.-dial
aduç.lo, 225, 227, 254·258
ascendente, 23, 90
amplitude de movimento, 224-225
aniculações, 224 da artlculaçào do ombro. 110-112
como uma aJtlculaçào do llpo cnattrodl.al, 224 do joelho, 270, 27&-279
CJCICnsdO, 57, 225, 234, 246, 250, 252·254, 257 do quadril, 225-226, 233-234, 236-237, 246, 249-251.
Oex.~o. 201, 227, 233·234, 236, 241, 243-245, 249, 254, 253, 258
2)7-258 lombar, 328
movlrnentoo, 225, 233-235 pélvica, 224-227
m6.'l<:ulos, 228-237, 241-253 anterior, 226-227
nervos, 238-241 lateral direita, 225·226
ossos, 221-223 lateral esquerda, 227
rotaÇ'JO, 225, 233·234, 236-237, 246, 249, 2)4 posterior, 227
transversal direita, 226
transversal esquerda, 227
R
ramo
anterior, 238 s
do lsquio, 223 sacro, 49, 221-223, 321-322
púbico, 222-223 selar. Ver :1nicul:1çiio(ões), selar (cm seb1)
inferior, 222, 349 septo intermuscular, 229-230, 232
superior, 222, 3'19 l:ttcral, 275
reação, lei da, 78-79 stndrome de oompartlmento (stndrome do ~ llbial), 300
rt..'CCptorcs sensoriais, 54 síndro~ do dor.)() ach:1mdo, 326
redução, 24, 329 síndrome do túnel do carpo, 162. 168
rcnexo de estirnmento, 52·53 sínfise púbk:a, 222
reflexo núoúllco, 52
slsteina esquelêúco, 9 subesclpular, 109, 125
siSteina nervoso cenual (SNC), 48 supraespinal, 109, 125
siSlema ncivoso periférico (SNP), 48 tendão (con1J
sites da internet tibial anterior, 289, 312
articulaç:ilo do <X><ovelo e :utlculaç:ilo radlulnar, 156-157 úblal poStcrior, 289, 294, 311
aniculaç:ilo do joelho, 280 tensão, 81
aniculaçào do ombro, 131-132 terminologia direcional arutõmici, 2-5
t<..'l>tC d<: salto horiron1al, 20S
articulação do punho e.: da mao, 193-194
testes ck: apticl:lo, 205
artleulação do qwdril e cíngulo do m..'mbro inferior, 25S-2S9
létulO, 55·56
aniculações do tornozelo e do pé, 314-315
tlbia, 4, 223, 265-266, 2<í8-269, 271, 279, 287, 289, 293·294,
biomec-.inic:i, 82
306-308
cíngulo do m<.mbro superior, 101-102 toque do calcanhar, apoio mêdio, 285
exercício par:i o m<.'tllbro superior, 216 t()rax
cxercícíos p.1r:i o tronco e par:i o membro inferior, 365-366 músculos, 339-349
íund.1mentos ela cincsiologia, 28-29 ossos, 321, 324
neuromuscular, 60 torç:lo (contorç.10), 81
tronco e coluna venebral, ~9 1omozelo, 289-290
sulco intcll\lbercular (bicipital), 108-109 articulações, 285·319
superficial, 4 dorsiOcx:lo, 202
superior, 4 ligamentos, '1$7
supcrolatcral, ~ movimentos, 29<>-292, 303-306
superomedial, 4 músculos, 293-297
suplnaç:ilo, 23 nervos, 298
do antebraço, 141, 145, 152, 155 OSSOS, 286-287
termos para dc;;crição de movimentos, 23
do tomo-.telo, 285-286, 292
torquc, 72, 74
radiutnar, 142
t.ração
supino reto, 99, 210
ã.ngulo de, 58·59
surur-a, 15
nwo de braço, 70, 97, 99, 202. 213
Unha de, 47-48
polias, 16-n
T tração na barra füm, 46, 58-59, 211.212
tabaqucirj anatômica, 189 trato llloúbial, 228, 232, 293
tãlus, 288, 291 U'elnamento contra resiSlí!ncia, 356
tencl:lo, 42 lteinamento cm cir<.'Uito, 356
do bireps, 109-110 trocantcr maior, 222-223, 249, 271, 275
do caldineo, 39, 228, 286-287, 289. 293-295 trocanter menor, 222-223, 241
extensor curto do tiálw:, 312 tronco. 321-369
extensor curto dos dedos, 312 e membro inferior, exercícios par-A, 355-369
extensor longo cio hálux, 312 ml'.Jsculos, 329·349
extensor longo dos dedos, 228, 312 tronco cerebral, 48
fibul:u curto, 289, 311·312 rronco lombossacr:il, 238-239
flbular longo, 294, 311 rubl'f'CUIO
libular terceiro, 312
adutor, 224
ncxor curto dõ.5 dedos, 311
de Gerdy, 222-223, 266, 268
nexor longo cio hálux, 287-288, 31 J
nuior, 108-109, 125
nexor longo dos dedos, 311
menor, 108-109, 125
nexor profundo dos dedos, 147
suprnglcnoldal, 148
gr-lcil, 293
lnfrne!lipinal, 109, 125 ruberosldade
lumbrical, 311 da tibi3, 3. 223, 265-266, 268, 210-212, 27+.2n, 281. 293
palmar longo, 147. 168, 174 do calc:inco, 31 l
pateL"lr, 228, 231, 265, 269-270, 274-2n, 294 do rádio, 7 J, 138
plantar, 293·294, 284 glútea, 222
redondo menor, 109, 125 isqulátlca, 223, 250·251, 278
semimembranllceo, 293 met:uarsal, 312
scmitcndínco, 293 para o músculo deltoide, 108
ttínel do carpo, 162·163, 168, 173 poplílea, 232, 294
safena maior, 230
lndsur.i lsqultitlct maior, 223
u velocidade, n, 79
concêntrica, 58
ulna, 59. 71. 137, 139, 144, 162·163, 174 de movimento, 68-70, 7$-76
umbigo. 343 cx<*ntriet, 58
úmero, 59, 107-109, 125, 137, 14-0, 168 ventral, 5
unianiçulares, mÚliCUloo, 59-ó<l veoue (ou corpo) do músculo, 42
unidade lllOIOra, 55 v<:ncbras
unipen.~clos. músculos, 40, 42 cervicais. 321·323, 326. 336-337
supino reio, 210
lornbares,49, 231, 321-323, 349
V corpo das, 322, 325-326
faceus articulares das, 325
v-Jntagem meclnlca, 68
de polias Individuais, 76 1orãcic:i.s, 49, 321-349
de uma direç-Jo e eixo, 7$-76 voLir, S
for~ de sobrec::irga meclnica, 81
veia
femor.tl, 230-231 z
femoral profunda, 230 zona orbicular, 224
Este consagrado Manual de C1nesiolog1a Estrutural, já em sua 16 edição,
continua sendo uma valiosa fonte de recursos para o estudo e aperfeiçoa·
mento no campo do exercício físico, contribuindo para a máxima com·
preensão do corpo humano com vistas ao aumento do desempenho e à
redução de resultados 1ndese1ados, independentemente das modalidades
de treinamento e dos ob1etivos almejados.

Com a finalidade de promover a aplicação prática do conhecimento do


movimento humano na análise e na orientação da atividade física, este
livro apresenta:
• abordagem clara e abrangente da estrutura e função dos ossos, arbcu·
lações, músculos e nervos;
• instruções sobre palpação, a fim de auxiliar o leitor a compreender a
gama de aspectos da anatomia musculoesquelética normal e, sempre
que possível, perceber a variação da normalidade nos casos de lesão e
no estado patológico;
• tabelas que facilitam a rápida ident ificação das ações. inserções e ori·
gens, planos de movimento, palpação e inervação de um músculo;
• exercícios para complementação do estudo, no final de cada capítulo.
que a1udam a revisar os principais tópicos e a fixar o conteúdo.

O Manual de C1nes10/ogía Estrutural destina-se a educadores físicos. cine·


s1ologistas. fisioterapeutas. massoterapeutas, médicos, professores e es·
tudantes das áreas relacionadas à saúde e ao movimento humano. sendo
portanto uma obra 1nd1spensável a todos os prof1ss1ona1s responsáveis
por melhorar e manter a força muscular, a resistência. a flex1b1lidade e a
saúde global da população fisicamente abva.

,,... ,,, ,, .... """".'

Manole 111111
9 781SZ8 42626

Você também pode gostar