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R. T. Floyd
Manual de
Cinesiologia Estrutural
16ª Edição
Manole
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R.TFloyd
EdD, ATC, CSCS
Oirector of Athletic Trainlng and Spons t.1edicine
Professor of Physical Education and Athletic Training
Chair, Department of Physical Education and Athletic Training
1ne Uníven;ity of West Alabama
Llvlngston, Alabama
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E.te ~vro <'Oatcmpla as "-V"" do Arordo Ortogr.ífko do !Jntlu• Ponugucsa ele 1990,
que cmrou mi vigor no Brasil.
CDD-612.76
10.12903 Nl..M-WE 103
lmpicsso no Brn.sU
Prl11ted /11 Bmzfl
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.
_um.ar10
/
Prefácio, vi
Sobre o autor, vüi
Apêndices, 371
Pranchas de exercícios, 381
Glossário, 399
Créditos das ilustrações, 407
fodice remissivo, 408
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refácio
Ao revisar e~"ta edição, tentei aperfeiçoar os <.-apí- mesmo tempo que é utilizado principalmente na edu-
tulos para dar a eles ainda mais consistência e au- cação f'tSica, na ciência do exercício, no treinamento
mentar a abrangência e a precisão do texto. Como atlético, na fisioterapia, e em cursos de massoterapia, é
nas revisões anteriores, n"lllntive a abordagem bem- usado com frequência con10 referência constante por
sucedida que o dr. Clen1 Thompson estabeleceu entre oulJ'OS profissionais da saúde e educadores interessa-
1961 e 1989. Usei este livro pela primeira vez con10 dos nos aspectoo musculoesqueléticos de pessoas fisi-
esrudante de graduação e mais tarde en1 meus anos camente ativas. Cinesiologistas, treinadores, técnicos,
de ensino como professor. Desenvolvi grande res- educadores fisicos, &i(}{erapeutas, instnitores de aca-
peito por este livro e pelo estilo do dr. 111ompson, e dcrnia, especialistas cm condicionamento ftSiOO e força,
minha intenção é continuar preservando a eficácia per..Y111al trafners, rnas.sotcrapeuta~, m&iicos e outros
desta obra tradicional, ao adicionar material pt:ni- profissionais responsáveis por melhor.ir e manter a
nente às profissões que craball"lam com a população força muscular, a resistência, a flexibilidade e a saúde
fisicamente ativa, cada vez maior. Espero ter mantido global das pessoas irão se beneficiar d~ta obra.
um método daro, sucinto e simples de apresentação, Com o crescin1ento con!Úluo no número de panici-
complementado por uúormações aplicáveis adquiri- pantes de todas as idades em programas de atividade
das ao longo da n1inha carreira. fi.sica, é crucial que os profissionais da ãrea de saúde e
Esta obra submeceu-se a muitas atualizações ao longo educaç;.lo, envolvidos no fornecimento de instrução e
destes quase 6o anos. Meu ob,íetivo continua sendo pro- informação a indivíduos fisicamente ativos, sepm ca-
duzir o material mais aplicável possivcl na atividade fí- pazes de tranSmitir conhecimento de maneira correta
sica diária e tomá-lo ma~~ compreensível e de fácil utili- e responsável. A variedade de aparelhos, técnicas, mé-
zação para o ~tudante e o profissional. Com cs.'>E: todos de fortalecimento e flexibilidade, assim como de
propósito em mente, diversas tabelas e ilustrações forani programas de treinamento, está se expandindo e mu·
acrescentadas, e muitaS daquelas já existentes foram re- dando de forma contínua, mas o sistema musculoes-
vistas e atualizadas. Desafio os ~1Udantes e profwionais quelético mantém seu modelo e arquitetura const."ln-
de cinesiologja que lerem este Uvro a aplicar imediata- tes. Independentemente dos objetivos almejados ou
mente este conteúdo às atividades ftSicas que fa7..em das abordagertS en1pregadas na realização do exercí-
parte de sua prática díária. ~ que, durante a leirura, cio, o corpo humano é o ingrediente básico e deve
o estudarue possa palpar as p róprias ruticulações em ser completamente compreendido e considerado na
movimento e músculos em contração. Incentivo 13Jll- maximização de capacidades de desempenho e na
bém a fa1.crem o mesmo com os col(!g;lS, a fim de erui- n1inimização de resultados indesejados. A maioria dos
que<.-er seu aprendizado pratico, adquírir melhor com- avanços na cíência do exercício continua sendo resul·
preensão da ampla gama de aspe<tOS da anatomia tado de uma melhor compreensão do corpo e do seu
nonnal e, quando po5Sível, perceber a variação da nor- funcionamento. Não acredito que alguém nessa área
1nal.idade na anatomia musculoesquelética nos casos de consiga, en1 algun1 momento, aprender tudo sobre as
les.'io e no estado patológico. Além disso, <."Om o au- estruturas e as funções do corpo humano.
mento significativo da infonnação disponível e do uso Para aqueles incumbidos da responsabilidade de
da Inremec e de outrOS meios recnológicos, estimulo a instruir pessoas fisicamente ativas, este livro consis-
exploração cuidadosa e con!Úlua dessas fontes. Embora tirá cm uma fonte valiosa de recurso.s para sua infin-
esses recursos sejam úteis, devem ser conside.rlldos com dável busca por conhecimento e compreensão do
um oll"lar critico, como toda informação deve ser. movimento humano.
obre o autor
R. T. Floyd trabalha como treinador espoltlvo na estadual, regional e nacional, tendo também diversos
University of West Alabao1a há 32 anos. Atualn1ente, artigos e vídeos publicados relacionados aos aspectos
é diretor de Treinamento Atlético e Medicina Espor- práticos do treinaincnto atl6cico. Em 1992, passou a
tiva para o Centro de Treinamento Atlético e Medi- ser o autor do Manual de cinesfolQ8ía estn,l11ral, que
clna Esportiva da Univcrsity of Wcst Alabama, diretor ~'lava em ~ua décima segunda edição, após a aprova-
do reconhecido programa de educaç-J.o em treina- ção do dr. Oem W. 111ompson, que íoi autor da quarta
mento atlético para o CAAHEI' da mesma universi- até a décima prin1eira edição.
dade e p rofessor no departamento de Educação Fí- Floyd é menlbro titular da 'ational Athletic Trainers'
sica e Treinamento Atlético, o qual preside. Desde Association, especialista certificado em Condicionamento
1980 vem ministrando diversos cursos de educação e Força e instrutor certificado d e Treinamento Persona-
risica e de treinamento atlético, incluindo cinesiolo- lizado da National Strengtl1 and Condicioning Associa-
gía, para estudantes graduados ou em fonnação. tion. Também é cenificado como Diretor de Equipa-
Floyd tem n1antido uma carreira ativa durante todos mentos Atléticos na AthJctic Equipament ManagerS'
esses anos de profissão. Recentemente foi ret:leito As.<;Odation, membro do American College of Sporcs
para atuar na National AthJctic Tr-Jlncrs' Association Medicine, da American Orthopaedic Society for Spon:s
(NATA, EUA), na Diretoria que representa o IX Distrito Medicine, da Ameri.can Osteopathic /\cademy of Spon:s
da Southeast Athletic Trainers' Association (SEATA, Medicine, da Ame.rican Spon:s Medicine Pello\vsh ip So-
EUA). Atuou dois anos como chefe do IX Distrito da ciety, da American Alliance for Health, Physical Educa-
NATA no Conselho da fundação NATA de Pesquisa e tion, Recreation and Dance e da Spons Physical ·n1e-
Educação, antes de ser eleito para a sua atual posição rapy Section. i\lêrn disso, 6 Uccnciado em Alabama como
de Chefe de Desenvolvin1ento no Conselho. Anterior- treinador atlético e técnico socorrista.
mente, de 1988 a 2002, atuou como representante do Premiado como o Treinador Atlético d e maior
IX Distrito no Cornítê Educacional de Multimídia da destaque pela NATA em 2003, Floyd tarnbérn recebeu
NATA. Foi presidente da Seleç.io da Convenção Local o Prêmio da /\thletic Trainer Service e m 1996. Por sua
para o IX Distrito de 1986 a 2004 e vem dirigindo a contribuição proemine nte no campo do Trei namento
Oficina Anual de Competência~ em Treinamento Atlé- Atlético, recebeu o Prê.m io do lX Distrito em 1990 e
tico para Estudantes da SEKrA, desde 1997. Atendeu também a concessão mais elevada da SEATA, o Prê-
tan1bém como examinador da NATA BOC por mais de n1io de Honra ao Mérito em 2001. Teve seu nome
uma década e, por diversas vezes, no Comitê de Revi- incluído no livro das personalidades mais importan-
são da União em Programas Educacionais de Treina- tes entre os professores da América do None em 1996,
mento Atlético para visitantes locais. Floyd foi apon- 2000, 2004 e 2005. Em 2001 enuou para a Sociedade
tado recentemente para ser conselheiro da Collegiate Honorá.ria da Phi Kappa Phi e para o bali da fama na
Sporcs Medicine Found'ltion. Miniscrou mais de cem University o f \Vest Alaban1a e na Alabama Athletic
apresentações profissionais nos EUA, em níveis lôC'al, Traincrs Assocíation, c m maio de 2004.
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R.T.E
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Capítulo
undatnentos de
cinesiologia estrutural
Objetivos
• Rever a anatonúa do sistema musculoesquelético
• Rever e compreender a terminologia usada para descrever localizações de partes do corpo, posições de
referência e dircçôcs anacônlicas
• Rever os planos de movimento e seus respectivos eixos de rotação em relação ao movimento humano
• Compreender e descrever os vários tipos de ossos e articulações do corpo humano e suas características
• Descrever e demonstrar os movimentos aJticulares
c ínesiologia estrutural é o estudo do envolvin1ento cios que envolvem os motores primários majores
A de n1úsculos, ossos e anicula~ na cit:ncia do
n1ovúnento. Os ossos apresentam diferentes tanlanhos
também envolvem os músculos menores.
Neste livro, são considerados cerca de 100 dos
e fomlaS, o que influencia na quantidade e no tipo de maiores e mrus unportantes 1núsculos: os motores
movimento realizado entre eles nas articula~. Os primários. Alguns músculos pequenos do coipo hu-
tipos de articulação variam em estrutura e função. Os mano, como o muhffido, o plantar, o escaleno e o
músculos também variam bastante cm tamanho, fonna scrrácil posterior, são omitidos por serem exercitados
e estrutura de uma pane do coipo para a outra. em cooperação com outros músculos motores primã-
No corpo humano são encontrados mais de 600 rios maiores. Além disso, muitos músculos pequenos
n1úsculos. Este livro enfati7.a os músculos nlaiores, os das mãos e dos pés, assi!n como os da coluna verte-
nlais envolvidos no movimento das articulações. No bra 1, não são considerados em detalhes.
entanto, também são fornecidos detalhes relac iona- É comun1 que os estudantes de dncsiologia fiquein
dos a muitos dos músculos peque.n os localizados nas tão concentrados oo aprenilizado de cada um dos
n1ãos, nos pés e na coluna vertebral. músculos separadaml!nte que perdem de vista o siS-
Anatomistas, profissionais de educação íisica, mé- tema muscular t()la]. Deixam de visualizar o "todo", ou
dicos fisioterapeutas enfenneíros massotera"''Utas
1 , ' Y"'1 scfi, o fato de que os grupos musculares movem ani·
treinadores esportivos e oull"O.S proí1SSionaiS da área culações em dinâmicas especificas, n~rias ao mo-
da saúde devem conhecer e compreender adequada- vimento corporal e ao desempenho aprimorado. em-
mente t<xlos os grandes grupos n1usculares, par<1 bora seja crucial aprender os pequenos detalhes das
poder ensinar às pessoas <.'Orno fortalecer, melhorar e ÍLxações n1usculares, é ainda mals i!nportantc ser capaz
conservar essas partes do corpo humano. Tal conheci- de aplicar as informações a situações da vida real
mento constitui a base dos programas de exercício U1na vez que a infonnação possa ser aplicada de ttla-
que devem ser seguidos para forta.l ecer e manter neira prática, os detalhes s;:io filais bem compreendi-
todos os 1núsculos. Na nlaloria dos casos, os exerci- dos e aplicados.
l
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- -- Ante<iO<
fvenlraQ
P0>1eti0< - -
(d0<sol)
l'TGURA 1.1 • Posições e direções anatôn1icas. As direções a natômicas referem-se à posição de determinada
parte do corpo em relaç-.10 à outra.
De Van De Gr.>alf K.M: H11ma11 anatomy, (1 ed., Ncw Yori<. 100Z, McGr.>w·HUI.
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Capítulo l fund me-rito.• Jc c,nc rologca cs1ru1ur:il 3
Anterior
Anferomediol Tuberosidode do líbio Antero/otera/
Ligamento cruzado onlerior /
Menisco mediol
---Menisco loterol
Posteromed;o/ Posferoloterol
Superior
Superoloteral Superomedial
lnferoloteral lnferomediol
Inferior
FIGURA 1.3 • Terminologia direcional anatômica.
Ülteral Posteromedial
No lado ou de lado; na pane de fora, mais longe do Au-ãs e do lado de dentro.
plano mediano ou do plano sagital médio.
Posterossup erior
Medial Alr.'ls e na pane de cin1:1.
Relativo ao meio ou ao centro, mais próxímo da linha
mediana e do plano sagital médio. Profundo
Abaixo ou sob a superfície; usado para descrever pro-
M ediano fundidade ou localização relativa de músculo.5 ou
Relativo ao meio, localizado no meio ou estenden - tecido.
do-se para essa direç;:1o; situado no meio; medial.
Proximal
Palmar t.1a.i s próximo do tronco ou do ponto de origem.
Relativo à palma ou face votar da nlão.
Superficial
Plantar Peno da supe.rficie; usado para descrever a profundidade
Relativo à planta ou superficie inferior do pé. ou localização relativa dos músculos ou tecidos.
Posterior Superior/Supra-
Atrás, no dorso, na pane traseira. Acima em relação a outra estrutura; mais alio, cefá-
lico.
Posteroinferior
Atr'.is e ab'ai.xo; no dorso e abaixo. Superolateral
Acima e na pane externa.
Posterolaccral
Atr'.is e de um dos lados, especific-.1I11ente na parte Superomedial
excema. Acima e em direção il linha medíana ou p-<1rte interna.
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Capítulo l fu1><1 mr·rw" J.• "lc rologca cs1ru1ur:il 5
Planos de movimento
Ventral
Relativo ao ventre ou ao abdome, sobre o ventre ou Ao escudar as várias aniculações do corpo e anali-
na direção dele; parte anterior. sar seus m.ovimentos, convém ca.rac1erizâ-los de
acordo com planos específicos de movimento (Fig.
Volar 1.5), que podem ser definidos como superficies bidi-
Rel-ttivo à pallna da mão ou ã planta do pê. mensionais imaginárias, pelas quais um membro ou
segn1ento do corpo é movimentado.
Regiões do corpo Existem três planos de movin1enlo específicos, ou
cardinais, nos quais os v:iríos movimentos articula-
Como será mencionado adiante sobre o sistema res podem ser clas.5ificados. Os planos cardinais divi-
esquelético, o corpo pode ser dividido nas regiões den1 o corpo cm duas metades exaras e são clas.5ifi-
axial e apendicular. Cada uma delas pode ser, alén1 cados em sagital, frontal e transverso. Dentro de cada
disso, dividida em diferentes regiões, como cefálica, metade, hã um nfunero infinito de planos paralelos
cervical, tronco, 1nembros superiores e men1bros ín- aos cardinais. Os movimentos no plano sagital exem-
feriores. Dentro de cada uo1a, existem 01uitas sub- plificados a seguir ajudam a entender ~sso melhor.
regiões e regiões específicas. A Tabela 1.1 apresenta Exercícios abdominais envolven1 a coluna vertebral
uma análise detaU1ada dessas regiões e seus 001nes e, portanto, são desempenhados no plano cardinal
usuais, que estão ilustrados na Figura 1A.
Escapula.r Esclpula
Oors.'ll Dorso Venebral coluna venebr:1J
Lon1bar P:ine inferior do dorso
Tronco
Cc.líaca Alxlon1c
Abdominal Abdon1e
Umbilical Un1bigo
Inguinal Virilha
P(1bica Genital
Coxal Quadril
Pélvica Pelve
Sacral Entre os quadris
GIOtea Nãdegas
l'erincal l'erínco
(<X>11tl11ua)
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8. Femoral Coxa
< Patcl:I Rótula
Poplltco Alt'ás do joelho
Sural Paniurrílha
Cruml Perna
~lembro inferior Tálus Tornozelo
Calcânea Calcanhar
Dorsal Ahodo pê
Pedal Pé Tarsal Dorso do pê
Plantar Planta
Digital Dedos do pé
A B
- - - - -- Cranial
(ao redor cio cérebro)
·: ----+--Vertebral
-
-i:r---
(ookJna vertebral)
- B<aqulal (braço)
Abdominal
o~ano
-- r\-''---.!C_-:_ Lombal
(ponta c1o eo1ove1o)
(poição inferior do
---\-1~L- domo)
Sacral
-i--\---- Glútea (nádegas)
-Dorso
1 damão
Perineal
Femoral Genital - -- - - - Femoral (coxa)
(coxa)
Crural
anterlot (perna) - - ' - - - - - - Sural (panturrilha)
Tàlus (tomoielol-----
Eixo lolerol •
....._/
• V
' • •
, Plano lfonsver10
[frontol, coronal) (horizontol)
. ir~ •
.. .. • ...
.. • ••
••• 1
'
Aspecio
mecliol ......;::::...-.1-4
.' ,
Aspecto
lot&rol
Inferior
Modificado de lloOhcr J~1, Thlbodcau GA: Atbk!tú: lnjury US$t!$$1t1<ml, 41 N,, N.,.,, York, 2000, McGràw·Hill.
gital de movímento e se estende da porção anterior guín~ na n1edula óssea vermelha. O sistema esque-
para a posterior, perpendicularmente ao plano de lético se divide em esqueleto apendicular e esqueleto
n1ovímento frontal. À n1edida que o quadril é abdu- axial. O primeiro é formado pelos apêndices (mem-
zido e aduzido durante o exercício de polichinelo, o bros inferior e superior), pelo ornbro e pelo cíngulo
fêmur gira e1n tomo de um eixo que se dirige da do membro inferior. O segundo é composto pelo crâ-
parte anterior para a posterior do quadril. nio, coluna vertebr-.il, costelas e esterno. Mesmo tendo
algum conhecimento de anatomia humana, uma revi-
Eixo vertical ou longitudinal são dos conceitos é necessária ao con1eçar o esrudo
O eixo vertical, também conhecido como eixo lon- de cinesiologia. Os demais capítulos trazem informa-
gitudinal ou longo, desce de forma reta a partir do ções adicionais e ilustrações mais detalhadas de ossos
topo da cabeça e se sil\Ja perpendicularmente ao específicos.
plano de movin1ento transverso. Quando a cabeça
gira de um lado para o outro indicando desaprova- Os teologia
ção, o crânio e as vértebras cervicais são rotacionados
ao redor de um eixo que percorre a coluna vertebral.
o esquelcco adulto concl!m 2o6 ossos e pode ser
dividido em esqueleto axial e apendicular. O esque-
leto axial contém 80 ossOl;, incluindo o cranio, a co-
Eixo diagonal ou oblíquo (Figura 1.6)
luna vertebral, o esterno e as costelas. O esqueleto
O eixo diagonal, também conhecido como oblí- apendicular contém 126 ossos, incluindo todos os
quo, atravessa o plano diagonal em uin ângulo reto. ossos dos membros superior e inferior. A pelve é ãs
Quando a articulação glenoumeral se move da abdu- vezes classificada como pane do esqueleto axial por
ção diagonal para a aduç-Jo diagonal em um arremesso conta de sua importância na ligação do esqueleto
feito acima da cabeça, seu eixo corre perpendi.cular- axial com a extrenl.idade inferior do esqueleto apen-
mente ao plano ao longo da cabeça do úmero. dicular. O número exato de ossos e suas característi-
cas espccíílcas ocasionalmente variam de pessoa para
Sistema esquelético pessoa.
Plano de
movimento diagonal
Plano de
movimento diagonal
---
'
''
-- - - Eixo
'' Eixo
Clõnio
Vértebras ce<Vicois
(7)
1
~~·/
Os.os melocarpois l
fsquio' ' - - - Troconler moi0<
' - - - - Troconler mel\Of Falanges
Púbis
'- Túber isquló~co - - ' <:&dilo m<Kliol
""-~.- - - - F ê m u r - - - - - ' z - - dofãmur
~----- Pareio - Côndilo lateral
,,.______ Cobeço do lt'blilo ----A:'~li do fêmur
r:..----- Tíbio \l 11...
,...__ _ _ _ _ Flbulo
Mol6olo lo!erol
Tólus ---..__
Modilie1do dcl V-.tn De Gr.1:úf KM: Humarr """Iº"'>'• (i' ed., Ncw York, 21)02, McGr.iw·HUI.
Ulno
Osso esfenoide
Escópulo
~~~~
f êmur
VíslO anterior
do pai.lo
0$so
copítoto {corpoll ) VislO posletlor
do polelo
Ródio
Modlflc:ado de llool>er JM, Thlbode<au GA: Atb/l!llc f11jury-..w111, 4' ed., New York, 2000, McGr:iw-Hill; Shier O, Butler J, Lewis R: llole~
b1m1a11 a11atomy 6 pbyslolOfO\ 9" ed., New Yorl<, 2002, Mc:Cr:iw-Hlll; "Sttley RR. Step~ '11), T2te P: Anlltamy 6 Pbysio/Qgy, 7" ed., New
York, 2006, Mc:Cr:iw-Hill.
Os ossos curtos proporcionam unl certo amorteci- Características típicas dos ossos
nlento e incluem os os.~os do carpo e do tarso.
Os ossos longos possuem características típicas dos
Ossos planos deiuais ossos, coroo iluscrado na Figura 1.9. Eles tênl
Normalmente, apresentam ~'Uperfície curva e variam uma haste ou dlãfise, que é uma porçilo cilindrica e
desde os mais finos até os mais espessos, nos quais se longa do osso. A parede da dl.áfi.se, formada por osso
ftxam os tendões. De modo geral, oferecem proceção e resistente, denso e co1npacto é o córtex. A superficie
incluem o ílio, as costelas, o esterno, a clavícula e a es- externa da diáftSC é revestida por un'la membrana fi-
cápula. bro.<;a e densa chamada periósteo. Uma membrana fi-
brosa similar, denominada endósteo, reveste o interior
Ossos irregulares do córtex. Entre as paredes da diãfise s itua-se a cavi-
Os ossos irregulares atendem a diversos propósitos dade mednln, que contém a nledula amarela ou adi-
e são compostos de ossos de toda a coluna, além de posa. Ao final de cada osso longo está a epífise, em
ísquio, púbis e maxilar. geral alargada e com fonnato especifico para se unir à
epífisc de um osso adjacente em uma artículação. Ela ê
Ossos sesam o idcs fonnada por um osso esponjoso, ou trabecular. Du-
Silo ossos pequenos, e1nbutidos em tendões de r::mte o crescimento ~>o, a diáfise e a epífise esiào
unidades musculotendineas, que servem para prote- scparacfas por um disco fino de cartilagem conhecido
ger e conferir maior vantagem mecânica a elas. Além c·umo d.isco ep lfisárlo, comumente denominado plac-.i
da patcla, há pequenos ossos scsainoidcs dencro dos de crescimento (Fig. 1.10). Quando se chega ã maturi-
tendões ílexorcs dos dedos hálux e polegar. dade esquelética, em uma escala cronológica que varia
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Discos epilisórios
Cortilogem or,;culor -
Osso 4»ponjoso _ / Epifise
proximol
Endósteo _ _ _ _ _ _ _:....;
Osso compocio - - - - -
Covidode medular-----
Eplfise
Modulo ósseo Oi6fise
omorolo - ------,:.-:-
Discos
oplfisârios
fêmur
Enquanto os discos epifisários permanecerem
FIGURA 1.9 • Partes principais de um osso longo.
abertos, os ossos continuarão a crescer. Esses discos
De Shkr D, Bullcr J, Lewis R: Hole~ b1u111111 '111lllOmy6'pbplok/Jzy,
co1neçam a se fechar por volta ela adolescência e
9' cd., New York. 2002, McCraw-1 mi. então dcsaparcce1n. A 1naioria se fecha cm tomo dos
18 anos de idade, mas alguns podem estar prt.>scntes
até os 25. O crescimento cm cllil.metro continua por
tocla a vida. ISSO é realizado por uma camada interna
de osso para osso, como detalhado na Tabela 1.3, os do periósteo que con:.trói novas camadas concênlri·
discos são p~nchídoo por osso e se fecham. Para fa- cas sobre as antigas. Ao niesmo ten1po, o osso em
cilliar oo movimcncoo anicularcs, a cpíflsc é revestida voha da cavidade medular é reabsorvido e, dessa ma-
por uma canilagem articular, ou hiallna, que fornece neira, o díâlneuo é aumentado de forma contínua. Os
um efeit() amorte<.~or e reduz o atrito. novos ossos são formados por células especializadas,
chamadas osteoblastos, e as células que reabsorvem
os ossos velhos são os osteoclastos. Esse remodela-
Crescimento e desenvolvimento ósseos mento 6.~. descrito na Figura 1.12, í: necessário ao
A maior pane dos ossoo do esqueleto envolvidos na crescimento continuado dos ossos, ãs mudanças em
dnesiologia estrutural é chamada de ossos endocon- seu formato, aos ajustes às cargas impoStaS e ao re-
drnls, os quais se desenvolvem da canilagem híalina. À paro ósseo.
medida que oos desenvolvemos a paitir de um em-
brião, essa massa de canilagem hialina cresce rapida- Propriedades dos ossos
1nente em estruturas com formato similar aos ossos que
v-Jo originar. Esse crescimento continua, e a canilagem Carbonato de cálcio, fosfato de cálcio, colágeno e
sofre mudanças significativas e graduais para tomar-se água são a base da composição dos ossos. Por volta
um osso longo, como detalhado na Figur.i 1.11. de 60 a 70% do peso do osso é composto de carbo-
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Cap[rulo 1 I· 1 .l m nt< " ,i,. l"llf''1<'i,'<'1. • • ''"~ 1 13
TABF.1.A 1.3 • Escala cronológica para o e aun1ento da fragilidade óssea, resultando em uma
fechamento epifisário maior probabilidade de fraturas.
A maior parte da face externa do osso é cortical; o
Idade aproximada Ossos
osso trabecular está abaixo desta. O osso cortical é
R:lmos inferiores do pôbis e do mais resistente e mais compacto, com apenas 5 a 30%
7a8
isquio (quase completos) de seu volume poroso, com tecido não mineralizado.
Escápula, epicôndilo lateral do O osso trabecular, por sua vez, é esponjoso, com
15 a 17
ômcro, olêcrano d:l ulna aproximadamente 30 a 90% de seu volume poroso.
Epicôndilo medial do (!mero, O osso cortical é rígido, podendo suportar uma carga
18 a 19 muiro gr-.tndc, mas é menos ílexível do que o osso
cabeça e diáflse do radio
trabe<."Ular. Em virtude de sua <.-araeteristica espon-
Cabeça do úmero, extremidade
<fu."tal do radio e da ulna,
josa, o osso trabecular pode suporur grande defor-
Em tomo de 20 mação antes de se fraturar.
extremidade distal do fêmur e
da fibula, extremicfadc O tamanho e o formato do osso são influenciados
proximal da u'bia pela direç-.lo e pela magnitude das forças que são
20a 25 Acetábulo pélvico
aplicadas a eles habitualmente. Os ossos se remode-
lan1 com base nas cargas aplicadas sobre eles, e sua
Vértebra e sacro, clavlcula, extre- n1assa cresce ao longo do tempo de acordo com o
25 midade proximal da fibula, aumento do estresse sofrido.
esterno e co.5telas
Adaptado de Goss C.1\f: Groy~ aru#lomyoftbe b11ma11 body, 29' cd.,
Phllioddphl•, 1973, L<-o. & R:biget. Referências ósseas
Os ossos têm referências específicas que existem
par.i melhorar sua relação funcional com as anicula-
ções, os mCísculos, os tendões, os nervos e os vasos
nato e fosfato de cálcio, e 25 a 30% é constlruído de sanguíneos. Muitas delas são importantes para deter-
água. O colágeno fornece alguma ílexibilidade e 1ninar a localização e as fixações musculares, alén1 da
força na tensão exercida contra unia resistência. O função an.icular. Basicamente, rodas as referências
envelhecimento causa perda progressiva de colágcno ósseas podem ser divididas cm:
Cartilagem
:::'oíglo de "-. ( articular
/:tio I
dediSCO$
epiffsállos
car111agem canuo de /_
calcfficada ossificação Osso
primârío :..------ esponjoso
- - Cartilagem
artlc:ular
(•} (b} (e} (d) (e) (f}
~lGURA J.11 • Estágios principais a-f no desenvolvimenro do osso endocondral (os tamanhos relativos dos
o..o;so.5 não estão em escala).
De Shier O, Butler J, Lewis R; Holc's es:umtlals o/bum"n m1momyl'rpb~\ 9' "'1., 1'cw Yoik, 2002, ~k:C.-~w·Hlll.
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Crescimento eplnúrlo
Crescimento na ::...--- cartilagem
caiiilagem ao redor articular
da epffise
Cartilagem subslitufda
por0$$0
Remodelamento
ósseo
- -Unha epifisária
Crescimento em dllmetro 1
Adição óssea - - - - - ' -
Reabsotção óssea _ _ _ _..,.,..
l)c Seeley RR. Srephens TI>, T~le P: Arraromy 6 Pby#ola(Jy, 7" cd., ~~ York, 2006, McCnw-Hlll.
1. Processos (incluindo elevações e projeções), que As articulações podem ser classificadas de acordo
formam as articulações ou serveo1 co1no ponco con1 sua estrutura e função. A classificação por estru-
de fixação para os músculos, tendões ou liga- tura as divide em três categorias: fibrosa, cartilagmea
mentos. e sinovial. A classificação funcional camb6m as cllvidc
2. Cavidades (depressões), que incluem abertur.is e cm t:rês: sinartrosc (sinart:rodial), anfiarcrose (anfiar-
sulcos que contêm tendões, vasos, nervos e espa- trodial) e <lia.rtrose (diartro<lial). Existem, no entanto,
ços para outraS estruturas. subclassificaçôcs cm cada categoria. Por causa da es-
treita relação entre estrutura e função, existe uma so-
Descrições detaUudas e e.xemplos de muitas refe-
breposição significativa ent:re as classificações dos
rências ósseas são fornecidos na Tabela 1.4.
sistemas. Isto é, existem niais semelhanças do que
diferenças entre os n1embros de cada uni dos seguin-
Tipos de articulações tes pares: articulações fibrosa e sinart:rodial, articula-
ções cartilagínea e anfianrodial, e articulações sino-
A articulaçao de dois ou mais ossos pennite vá- vial e diart:rodial. Entrccanto, nem iodas as articulações
rios tipos de movimento. A extensão e o t.ipo de se ajustam com pcrfeiç-.lo cm ambos os siStemas. A
movimento determinam seu nome. A estrutura óssea Tabela 1.5 fornece uma lista detalhada de todos os
limita a espécie e a quantidade de movimento de t.ipos de articulação de acordo com os dois sistemas
cada articulação. Algumas articulações, ou artroses, de clas.5ificação. Como este texto se refere sobretudo
não possuem niovi1nento; outras são dotadas de mo- ao movi1nento, os sisten1as mais funcionais (anicula-
vin1ento levemente perceptível, e existen1 tambên1 ção sinartrodial, anfiartrodial e diartrodiaJ) senlo vis-
as que se movimentam de modo livre, com grande tos em mais detallies, após breve explicação da clas-
variedade de an1plirudes. O tipo e a arnplitude dos sificação estrutural.
movin1entos são parecidos en1 todos os humanos, As an:iculaçôes fibrosas, em geral imóveis, são liga-
1nas a liberdade, a amplitude e o vigor dos movi- das por fibras de tcddo conjuntivo. As subcategorias são
mentos variam de indivíduo para indivíduo, em as sururas e as gonfoscs, que são imóveis, e as sindes-
razão das limitações impostas por ligamentos, mús- moses, que perm.item pooca quantidade de movimento.
culos e ligeiras variações na estrutura articular. As articuL-ições canilagineas são ligadas por cart.ilagem
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Gonfose
Sinanrodi:il
Surura -
Slnfise
Anfiaruodial Sindesmose
Sincondrosc -
Classificação
funcional Anrodial
Condllar
Enartroclial
Dlanrodial - - Ginglimoide
Selar
Trocóidca
Gonfose Si11flesn1ose
Encontrada noo soquetes doo dentes. O soquete de Tipo de articulação que se mantém unida por
un1 dente é muitas vezes denominado gonfose (tipo n1eio de estruturas ligamentares fortes, que permi-
de articulação na qual um pino cônico ajusta-se em tem o mínitno de movimento entre os ossos. Por
um soquete). Normalmente, deve existir uma quanti- exemplo, as articulações coracoclavicular e libiofi-
dade mínin1a de movimenco dos denrcs na mandíbula bula r inferior.
ou maxilar.
Sfnjise
Articulações anfianrodiais (ligeiramente móveis) Tipo de a.rticulação separada por um coxim de fi.
(Figura 1.14) brocartilagem. o que permite movimentoo insignifi·
De acordo com sua estrutu ra, essas articulações cantes entre os ossos. Por exemplo, a s'tnfise púbica e
são divididas em dois tipos: sindesmose e sínfise. os discos intervertebrais.
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Cap[rulo 1 1 • .l n nt•' ,i,. r !lf''1<'>k'<'1. • ' ' ''"~ 1 17
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A B e
FIGURA l .14 • AnicuJações anfiartrodiais. A, Sindesmose; B, Sinfise; C, Sincondrose.
Modlflc:ido de llooi>cr JM, Thibodcau CA: Atbfctic fttjury a<s<tSSnumJ, 4' cd., New Yori<, 2000, .\!cCr:iw-Hill.
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-fl-------- Osso
•
1
Covidocle articular ~
(preenchido flOí -+-"-- Membrana sínovi~ Cópsulo
Ruido sinoviol)
Cartilagem--~=;:::::::::::==
Cópsulo fibroso J articular
articular
Bainho
tendíneo - - - - -
Camada fibroso }
Pariósleo
...,..- - - - Comodo
membronóceo
As articulações dianrodiais tain movimentos possí- pios o punho entre o rádio e a fileira proximal de
veis cm um ou mais planos. É C!Slabeloodo que as ar· o~ carpais ou a segund<t, a terceira, a quaru e a
ticulaçõcs que apresentam movimentos possíveis cm quinta articulações metacarpofalãngicas.
um único plano tenham 1 grau de liberdade de movi·
mento, ao passo que as articulações com movimentos Articulação enartrodial (esferóidea, bola-e-soquete
em dois ou n1ais planoo tenham, respectivamente, 2 mu1claxia1)
ou 3 graus de liberdade de movimento. Consultar a Tipo de articulação que permite movimento em
Tabela 1.6 par.i uma comparação das caracteriscicas todos os planos. São exen1plos as articulações do
das articulações dianrodiais por subcategoria. ombro (glenoumeral) e do quadríl.
Cobeço do úmero
Ena1hodial Trocóidea
M<uloçõo bolo-e- Articuloçõo
scqUOlo (~t) em pivt> (radiulnorl
Osso. do
corpo Ar1todlal
Ginglimoide Articuloçõo
Articvloçõo em deslizonle (intercorpol)
dobradiço (umeroulnor)
I ,,
P'IGURA 1.16 • Tipos de articulações diarttodlais ou slnoviais.
De Doohcr JM. lhlbodc:iu OA: Atbl<•llc fnjury ,_,,,,,,,4 "" cd., Ncw York, 2000, McOraw-HJll.
entre a perna e a coxa. Alguns descrevem essa ação mos para enfatizar movimento reduzido ou cm ex-
como uma "flexão da perna" que ocorre na articulação cesso, respectivamente. Desses termos associados, hl-
do joelho, quando na verdade o que ocorre é uma perextensão é o de uso mrus comum.
flexão do joelho. Além dis.50, a tenninologia do movi-
mento ê utilizada para descrever movilnentos que
ocorrem na amplitude total ou em uma amplitude Termos que descrevem movimentos
muito ~uena. Ainda usando a fltOOio do joelho como gerais
exemplo, podemos realizar esse movimento por toda
a amplitude partindo de uma extensão total (0° de Abdução
flexão do joelho) e flexioná-lo por co1npleto, de modo Movimento lateral, afustando da linha mediana do
que o calcanhar toque as nádegas; isso corresponderia tronco no phmo frontal, 00010 ao levantar os braços
a aproximadamente 140" de flexão. Pode-se ainda ini- ou as pernas para o lado, horizontalmente.
ciar com o joelho em 90" de fle..'cio e então flexioná-lo
e m mais 300; esse movimento resulta e m um ângulo Adoção
de flexão de joelho de 1200, mesmo que o joelho fle-
xionasse apenas 30". Nos dois exernplos, o joelho se Movi1nento feito medialn1ence em direç-.lo à linha
encontra em díferentcs graus de flexão. Pode-se tam- 1nediana do tro nco no plano frontal , como ao abaixar
bén1 iniciar com o joelho em 90" de flexão e esten- o braço para o lado ou retomar a coxa à posição
dê-lo 400, o que resultaria em um ângulo de flexão de anatômica.
500. Mesmo tendo estendido o joelho, ele ainda ~'lá
flexionado, apenas menos do que antes. Flexão
Alguns tern1os podem ser usados para descrever Movimento de inclinação que resulta em diminui-
1novin1ento cm diversas articulações de todo o corpo, ~'.ào do ângulo da articulaç-.lo pela aproximaç-.lo dos
ao passo que outroS são relativamente específicos para ossos, normalmente no plano sagital. Um exeo1plo
uma determinada articulação ou grupo de articulações ocorre na articulaç-lo do cotovelo quando a mão ê
(Fig. 1.19). Em vez de relacionar os termos em ordem levada até o 01nbro.
alfabética, optamos por agrupá-los de acordo con1 a
área do corpo e colodi-los e1n par com seus termos Extensão
opostos, quando possível. Alêtn dlsso, prefixos como Movimento de fortalecimento que resulta em au-
hipo e hiper podem ser co1nbmados com esses ter- 1ncnto do â ngulo da articulaç-Jo pela separação dos
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A a e
AGURA 1.19 • Movimentos articula.res. A, exe.m plos de movimentos no plano sagital; extensão dos dedos do
~ esquerdo, comozclo (flexão plantar), joelho, quadril, ombro, C01ovelo, punho, dedos da m:lo e pane cervical
da coluna venebr.il; tl~ dos dedos do pé díreito, tornozelo (flexão dorsal), joelho, quadril, o mbro, cotovelo,
punho e dedos da mão. B, exemplos de movin1entos no plano lateral; abdução da aniculação rransversa do
iarso/ sublalar esquerda (eversào), o mbro, punho, dedos da mão e rotação ascende nte do cíngulo do membro
superior, da pane cervical da coluna venebral (flexão lateral ã esquerda) e do quadril direito; aduçlo da
articulação traru.-versa do tarso/subtalar direita (inversão), ombro, punho, dedoo da mão e rotação descendente
do cíngulo do membro superior. C, exemplos de n1ovlmcntos no plano transverso; rotação medial do quadril
direito, ombro esquerdo, rutk."Ulaçôes radiulnares (pronação); rotação lateral do joelho esquerdo, quadril,
ombro direito, articulações radiulnares (supinação) e parte cervical da coluna vertebra l <rotação para a direita).
lnversão Elevação
Virar a planta do pê para dentro ou mediaimente Movimento superior do cíngulo do membro supe-
no plano frontal; aduçào. Exemplo: flcar de pé com rior no plano frontal, como ao encolher oo on1broo.
peso sobre a borda externa do pé.
Protração(abduçâo)
Flexão dorsal ( dorsiflcxão) Movimento do cíngulo do men1bro superior no
MoviJnento de flexão do tornozelo que resulta no plano horizontal para a frente, afastando-se da co-
moviJncnco do dorso do pé na direção da tíbia ante- luna. Abdução da escápuL1.
rior no plano sagital.
Retração (adução)
Fl exão plantar Movimento do cíngulo do membro superior no
Movimento de extensão do tornozelo que resulta plano horizontal para tr.is, em direção à c:oluna. Adu-
no afasc.'Ullcnto do pê e/ou dos dedoo crn relação ao ção da escápula.
corpo no p lano sagital.
Ro tação descendente
Pro n ação Movimento rotacional da escápula no plano frontal
com o ângulo inferior da cscápula movendo-se me-
Co1nbinação de flexão dorsal do tornozelo, ever-
diaimente e para baixo. Ocorre basicamente ao retor-
são subtalar e abduç-Jo da pane dianteira do pé
nar da rotação ascendente. Na verdadt:, o ângulo Infe-
(hâlu.x para fora).
rior pode se mover para cima levemenle, enquanto a
escápula contin ua en1 rotação descendente extrema.
Supinação
Combinação de flexão plantar do tornozel o, in- Ro tação ascendente
versão subtalar e adução da parte dianteira do pé
Movilnento rotacional da cscápula no plano fron-
(hâlux para dentro).
tal com o ângulo inferior da esclpula movendo-se
lateralmente e para cima.
Termos que descrevem os movimentos
da articulação radiulnar Termos que descrevem os movimentos
da articulação do ombro
Pro nação
Rotacionar mediaimente o rádio no plano trans- Abdução h orizontal
verso, de modo que ele flque diagonal em relação à Movimento de afastamento, no plano horiZontaJ,
ulna, resultando na posição do antebraço con1 a palma do úmero em relação i\ linha mediana do corpo.
da mão voltada para baixo. Tam~m conhecido como extensão horizontal ou ab-
dução tran.<;versa.
Suptnação
Rotacionar lateralmente o rádio no plano trans- Adu ção h orizontal
verso, de modo que ele flque paralelo à ulna, resul- Movimento do úmero no plano horizontal em di-
tando na posição do antebraço con1 a palma da mão reç-Jo i\ linha mediana do corpo. Também conhecido
para cima. como flexão horizontal ou adução tra.nsversa.
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Termos que descrevem os movimentos Ao longo deste livro, uma série de ícones é uti-
lizada para representar diferences movin1entos ar-
da coluna vertebral ticulares. Estes estão dispostos após as descrições
das ações a niculares dos músculos. Como será de-
Flexão lateral (inclinação lateral)
ta lhado no Capítulo 2, as ações demonstradas re-
Movimento lateral da cabeça e/ou do IJ'Onco no presentam movimentos que ocorrem quando o
plano frontal, afastando-St: da linha mediana. Abdu- n16scuJo se contrai de forma conct:ntrica. A Tabela
ção da coluna. 1.7 fornece uma lisca completa dos ícones. Reco-
menda-se <.'Onsu ltá-la se necessário durante a lei-
Redução tura dos capítulos 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11e12.
Retorno da coluna venebral no plano frontal para
a posição anatô1nica a parti r da flexão lateral. Adução
da coluna. Movimentos fisiológicos e
.
movrmentos ' .
acessonos
Termos que descrevem os movimentos A flexão, a extensão, a abduçiio, a aduçào e a ro-
do punho e da mão tação ocorrem por meio de movimentos dos ossos
em planos de movimento sobre um eixo de rotação
Flexão dorsal (dorsiflexào) articular. Esses movimentos poden1 ser denominados
Movimento de extensão do punho no plano sagi- fisiológicos. A movimentação dos ossos relativa aos
ta l com o lado dorsal ou posterior da mão moven- três planos cardinais resultantes desses movimentos ê
do-se cm direção ao lado posterior da lateral do an- denominada osteoclnemática. Para que ocorram
tebraço. movimentos osteocinem.1ticos, deve haver movi-
mento entre as superfícies articulares em questão.
Flexão palmar Esse movimento entre as superficies articulares tam-
Movimento de flexão do punho no plano sagital, bém ê conhecido como artroclnemática e inclui
com o lado volar ou anterior da mão movendo-se em três tipos especfficos de m.o vim.e ntos acessórios.
direção ao lado anterior do antebraço. Estes, denominados especificamente para descrever
a mudança real na relação encre uma superficic arti-
Flexão radial (desvio radial) cular de um osso e outra, são a rotação, o rola-
mento e o deslizamento (Fig. 1.20).
Movimento de abdução do punho no plano fron-
O rolamento é às vezes denominado balanço ou
tal, no qual o polegar se move em direção ã lateral
balanceio, enquanto o deslizruncnro é às vezes deno-
do antebraço.
minado escorregamento ou translação. Se o movi-
Flexão ulnar (desvio ninar) mento acessório é impedido, o movimento fisiológico
não acontece en1 qualquer grau substancial, a não ser
Movimento de adução do punho no plano frontal, pela con1pressão ou distração articular. Como muitas
no qual o dedo minimo se move em direção ã por- articulações diaruodiais no corpo são compostas de
ção medial do antebraço. uma superficie côncava que se articula com uma con-
vexa, o rolamento e o deslizamento devem ocorrer de
Oposição do polegar
forma sin1ultânea em algum grau. Por exemplo, con10
Movin1ento diagonal do polegar ao longo da su- ilustrado na Figura 1.21, para que uma pessoa parada
perfície palmar da mão para tocar os dedos. en1 uma posiç-lo de agachamento estenda o joelho, o
fêmur deve rolar anteriormente e, ao mesmo te n1po,
Reposição do polegar deslizar para trás sobre a tíbia. Para não deslizar, o
Movimento diagonal do polegar ao retornar à po- ren1ur deve rolar frontalmente à tíbia e, para nilo rolar,
sição anatômica após oposiç-Jo com a mão e/ou ele deve desliz.'U' posteriormente a ela.
dedos. A rotação pode ocorrer de forma isolada ou combi-
Esses movimentos são considerados em detalhe nada com o rolamento e o deslizamento, dependendo
nos próximos capítulos, tendo em vista que se apli- da estrutura articular. Ern algum grau, a rotação ocorre
cam a articulações individuais. na flexão e na extensão do joelho. No exemplo do
Podem ocorrer combinações de movimentos. A agachamento para a posição estacionária em p(l, o
flexão e a extensão poden1 ocorrer com abdução, fêmur roda medial ou internamente quando o joelho
adução e rotação. (0 ll!XIO COtttflllUI 1111 p. 28J
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- -
\
'
Elevação da Depressão da Abdução da Aduçào da Rotação Rotação
esclpula escápula esclpula C5C.':i pula ascendente da descendente da
escipula esclpula
Glenoumcral
.~
J \, fY
Punho
j
Extensão do punho Flexão do punho Abdução do punho Aduç:lo do punho
Articulação Cllrpometacarpal Attículação metacarpoíalãngica Aniculaç:lo interfalângica
(CMC) do polegar (t.iCF) do polegar (IP) do polegar
.-.
;;; ..... ,
....
~
rr
Flexão da 2' à Extensão da 2' Flexão da
' rr
Flexão da 2' à
:;:fo'
Extensão da Flexão da
vr
{,
V
\
1
5 articulações à 9 aniculaçôes flex:.lo da
:za à 9 9 articulações :za à 9 :za à 5~ :za à 5ª
MCF e CF MCTelP articulaç-ôcs MCF artirulaçõcs articulações IF articulações IF
proximais proxima.is MCF e IF MCF proximais distais
e dista.i.s e distais
Quadril
,
~ ~_,,.
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,.,._ 1 )}; ~ ---0 1:
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D ~~ J
flexão do joelho E.~ens:1o do joelho Rocaç:lo lacera! do joelho Rocaç:lo medial do joelho
Tomoielo Aruculaçôes ln!nsversas do tarso e sublalar
>À~
. J I
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1: --- ~:1
T
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tt'l r:r i
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·-
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1
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.c:::::::r~' E=?J lJ~
Flexão lombar Extensão lomoor Flexão lombar lateral Rotação lombar unilateral
Rotoçõo
"
1
1
1 ..
'
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A B e
FIGURA 1.20 • Artrocinen1ãtica articular. A, Rotação; B, Rolamento; C, Deslizamento.
De Prenc!C<: WE: R<>babllltatfo" t«:b,,ftfl•l'S f or spons fft«lfcfne and otb/1!tltJ tmfnftig, 4' cd., New Yori<, 2004, WCB/Mc:<lrow-Hilt
atinge a extensão total. A Tabela 1.8 fornece exemplos BBC Scicnce & Narure
de movimentos acessórios. www.bbc.eo.uk/Kiencelhumanbody/body/factfiles/joinW
ball_and_socketjoint.shtml
Rolamento (balanço)
Descreve cada tipo de articulação e fornece uma
Unu série de pontos de uma superfície articular visão de como as articulações se movem no corpo.
entra em contato com uma série de pontos de outr.i
supcrlicic articular. University of Michigan Lcarning Rcsource Center,
Hypermusde: Musde ínAction
Des lizamento (tranSlação, escorregamento)
www.med .umich.edu/lrc/HypermuKle/Hyper.htmlllflex
Um ponto específico de u1n.1 superficie atticular toma
Descreve cada movimento e fornece uma visão
contato com urna série de pontos de outra superficic.
dos movimentos realizados.
Rotação Articulations
Um único ponto de un1a ~-uperfície articular roda http-J/basic-anatomy.net
sobre um único ponto de outra superfície a1ticular. O
movimento ocorre ao redor de um eixo mecânico Un1a discussão completa sobre articulações.
longitudinal fixo no sentido horário ou anti-horário.
Foss Human Body
http'i/sv.berkeley.edu/showcase/pages/bones.html
Sites Um site interativo que permJte uma montagen1 do
esqueleto.
Anatomy & Physiology Tutoriais
www.gwc.maricopa.edu/class/bio201/index.htm Functions of tbe Skeletal Systcm
http-J/trainíng.seer.cancer.gov/module_anatomy/unit3_ 1_
BBC Science & Narure bone_functions.html
www.bbc.co.uklsciencelhumanbody/bodylfactfiles/ Diversas páginas con1 informações sobre tecido,
skeleton_anatomy.shtml desenvolvin1ento e crescímento ósseos, bem como
Descreve e fornece diferentes vistas de cada osso. sobre articulações.
Detalha todos os tipos de articulação com figuras Osteologia humana tridimensional com vídeos
e questões para revisar. sobre cada osso.
Skeleton: TheJoints
c:Skeletons Projcct
www.zoology.ubc.ca/~bíomaníaftutoriallbonejt/outline.htm
www.eskeletons.org
Passe o mouse sobre a figura e clique par.i aces-
Um site interativo que mostra a morfologia, as ori-
sar ilustrações detalhadas das articulações.
gens, as inserções e as articulações de cada osso.
ForensicAothropology
Ex.RxArtlculatlons
www.personal.une.edu.au/-pbrown3/skeleton.pdf
www.exrx.net/Lists/Articulations.html
Detalha exercícios comuns demonstrando 1novi-
mentos de cada articulação e Hstando os 1núsculos PRANCHAS DE EXERCÍCIOS
envolvidos.
Para auxiliar o aprendizado, realizar exercícios em
Skeleton Sbakcdown sala de a ula ou em casa ou esrudar para provas, são
www.harcourtsc:hool.com/activity/skeVskel.html fornecidas pranchas no final do Hvro.
Auxilia a coloc:ar un1 et;queleto desartitulado de volta
ao lugar. Prand1a do esqueleto posterior (nG 1)
Na prancha do esquele to posterior, relacione os
Human Aoatomy Online nomes e todas as características ~pedficas de cada
www.lnnerbody.com/lmage/skelfov.html osso.
Classificação interativa do esqueleto.
Prancha do esqueleto ante.r ior (oº 2)
KLB Science Departmen t lnteractives Na prancha do esqueleto anterior, relacione os nomes
e tcxlas as caraaerísticas específicas de cada osso.
www.kibschool.org.uk/interactive/scíence/
skeleton.htm
Exercícios de classificação do esqueleto. EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E DE
REVISÃO
lntroductory Anatomy:Joints
www.leeds.ac.uk/chbllectures/anatomy4.html 1. Escolha, de modo aleatório, díversas posições di-
Notas sobre articulações. ferentes cm seu corpo e as descreva usando a
te.r minologia direcional anatômica correta.
Thc 1ntcractlvc Skclcton 2. Complete as lacunas nos parágrafos seguintes
www.pdh-odp.eo.uk/skeleton.htm usando cada palavra da lista abaixo somente uma
Passe o mouse sobre a figur.i e clique para aces- vez, com exceção das marcadas com d ois asteris-
sar ilustrações detalhadas do esqueleto. cos, que devem ser utilizadas duas vezes.
decObito dorsal posteroinferior me deitei parcialmente de costaS e sobre meu lado di-
decObito ventral posterolateral reito por um tempo. Veja qllt! a porção _ _ _ __ _
distal posteromcdial da minha coxa direita e a porção da
posterossuperior minha coxa esquerda estão tx.'111 bronzeadas mas infe·
dorsal .
lizrnente naquela posiç:1o a coxa direita _ _ _ ' _ __
inferior profundo
inferolateral proximal e a coxa receberam merios exposl-
infcron1cdial superficial çâo". Jacob comentou, "Sim, quando você se deita
ipsilateral superior sobre um lado a 1naior pane do te1npo, toma todo o
lateral superolateml.. sol no lado e nenhum sobre o
n1edial supcromedial - - -- - -·· Parece que você tinha uma coalha
palmar ventral cobrindo seus pés e tornozelos, já que a reglilo
plantar votar ------do s seu.~ membros inferiores não t:Stá
posterior •• tão brorv-eada quanto a região dos
membros inferiores". Slcphanie respondeu, "' 'ocê está
correto. Eu mantive a pane mais bai.Q das minhas per-
Quando Jacob cumprimentou Stephanie na praia,
nas cobertas quase todo o tempo enquanto esuva dei-
estendeu a superficie de sua mão
tada de ambos os lados, de modo que a pele sensível
para segurar a superficie da m:lo
dela em um aperto de mão. Quando a face
sobre minhas canelas e
não queimaram. Mas, eu consegui um bom bronzeado
------
- - - - - - de seus corpos ficou de frente uma
para a outro, Jacob observou que o cabelo posicio- - - - -- - sobre meu tronco - - - -- - •
C.'tcctO na face do meu cotovelo di-
nado na po~il<> maÍli da calx.-ça de reito, em que cu est:.rva :1poiad:i•. Quando Jacob desli·
Stephanle pareceu ser de uma cor diferente daquela zou suas sandáli.is paro protegera face _ _ __ __
de que ele se lembrava. Ele então pediu que e la se
dos pés d:i areia quente, ele disse, ·Bem, prazer em ver
virasse, assim, ele poderia cer uma vista - -- -- você. Eu tenho que ir ao consultório médico e tirar um
de seu c:ibelo. Quando ela fez isso, tomou-se claro para ter certeza de
raio X do tórax
que ela tinha uma mecha loira que corria de s ua re-
que estou livre de uma pneumonia".
gillo no sentido
por todo o caminho descendente até a regiilo
------
3. Os temios específicos dos movimentos articulares
-- - - - -·
Stephanie enlllo perguntou a Jacob se a queima-
do corpo surgem de movimentos b:1sicos em lrCs
planos cspcóficos: flcxào/cxtcnsilo no plano sagi-
dura de sol nas porções de seus
t:al, abdução/aduç:1o no plano frontal e rocação no
ombros era decorrente da exposição que sua cami-
plano tran.werso. Com isso em mente, complete a
.
seta regata proporcionou. Ele respondeu que shn,
mas que isso em somente um:i quehnadura
terminologia dos movin1en1os articulares no quadro
a seguir.
e não tão . Ele
então disse, "Que pena eu não ter tirado a c:irniseta!
Quadro de terminologia dos movimentos
Assim, cu teria tomado mais sol na porção
articulares
- - - - - - dos meus omb~ mais :icima no
pescoço·. Para cad:i movimento específico da coluna es-
Sc.cph:lnic disse que ela tinha sofrido havia pouco querda, indique o movimento básico que ela repre-
tempo queimaduras de sol em suas costaS quando dei- senta. Use os termos jlexiio, extensão, abdução, adtJ-
tou-se em na praia. Ela ent1o jogou o Çi'lO e rotação (lateral ou T11edial).
cabelo ao redor do lado do seu pes.-
coço para a porção do tronco para 1'1ovimento cspcclf'ICO_....,.._--.;.._;;.;.:.;;.;.:. bislco
1'1ovímen10...==:::::......--1
expor a regi:lo . Jacob fez unia obser- Evcrs:lo
vaç.lo, "Puxa, en1 vez do biquíni você ten1 hoje fai- lnvers:io
x:is sobre seus omb~ correndo de seu peitoral Flexão dorsal
para seu on1bro -----~ Flerlo plantar
voc~ deve ter vestido um biquíni com faixas cruzadas -
.
pois cu vc;-jo que você tem linhas bronzcadas na dire-
' Prona~o
Supinaçio
ção para a parte lombar d:i coluna
Fl;;.:exão lateral
1---...;;.
,·enebral da face
-------
dos ombros. Você de\·eria ter ficado mais tempo dei- Flexão radial
tada em •. Ela respondeu "Bem, eu Flcx:lo ulrur
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5. Decermine os planos em que ocorre1n as atividades 10. liste os ossos do cíngulo do membro inferior.
abaixo. Use uma caneta par.i visualizar os ei.xos de
cada uma. 11. Descreva e explique as diferenças e semelhanças
a. Subir escadas entre o ri\dlo e a ulna.
b. Girar a maçaneta para abrir a porta
c. Concordar movimentando a cabeça 12. Descreva e explique as diferenças e semelhanças
d. Discordar movimentando a cabeça entre o úmero e o fêmur.
e. Balançar o corpo de um lado para o outro
f. Olhar por cima do ombro 13. Utilizando a Figura 1.7 e outr'dS fontes, coloque
um X na coluna apropriada para indicar a classi-
6. Quais são as cinco funções do esqueleto? ficação do tipo de osso no quadro abaixo.
14. Classifique as partes de um osso longo. 17. Localize os vários úpos de articulaç-Jo no esque-
leto humano e palpe os seus movirnentos cm um
out:ro indivíduo.
18. sozinho ou com ou1ra pessoa, pratique vários
movimentos articulares.
19. Posicione-se em frente a uma porta fechada. Agarre
a maçaneta, gire-a e abra totalmente a porta, pu-
xando-a para você. Determine todas as articula-
ções envolvidas nessa ação e liste os movimentos
feitos por cada uma delas.
20. Utilize um goniôn)etro para mensurar amplitudes
de movimento articulares de alguns de seus cole-
gas de classe para cada urn dos movítncntos a se-
guir. Co1npare seus r~uhados com a variação média
de re:.t1.hados apresentada nos Apêndices 1 e 2.
a. Rotação medial e lateral do ombro com o ombro
em 900 de abdução em deçúbito dorsal.
b. Flc.xào do cotovelo em decúbito dorsal.
c. Extensão do punho com o antebraço na posi-
ç-Jo neutra e o cotovelo em 900 de fle.ic:ão.
d. Rotação lateral e 1nedial do quadril na posição
sentada con) o quadril e o joelho cm 90" de
flexão.
e. Flexão do joelho em decúbito ven!ral.
f. Flexão dorsal do tornozelo com o joelho cm
900 de flexão e em extensão rotai.
F&nur 21. Complete o quadro de tipos, movimentos e pla-
nos de movimentos das articulações (p. 33).
a. Preenchendo com o tipo de aniculação diar-
15. Usando as referências ósseas, como você deter- trodial.
mínaria o comprimento de cada membro inferior, b. Listando os movimentos da articulação sob o
a fim de verificar se uma pessoa realmente tem plano de movimento no qual ele ocorre.
um.a diferença de comprimento no tamanho total
22. Usando a tem1inologia apropriada, complete o
da perna?
quadro de posição articular a seguir listando o
16. Explique por que a fibula é niais suscetível a fra- nome de cada articulação envolvida e sua posiç-lo
turas do que a úbia. ao têrmino dos movimentos articulares múltiplos.
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23. Liste duas habilidades esportivas que envolvam mo- Quadro de plano de movimento e eixo de rotação
vimentos mais bem visualizados de um dos lados.
Uste tan1bém oc; principais movimentoo que ocor- Plano de Eixo de
Movimento
renl no tornozelo, no joelho, no quadril, na coluna, movimento rouc:lo
na aniculaç:1o glenoumer:tl, no cotovelo e no punho. Rotaç;lo cetvical
Em qual plano esses movimentos nlai.s ooorrcm?
Qual o principal eixo de roração envolvido? Rlevaçào do dngulo
do membro suoerior
24. Liste duas habilidades esportivas que envolvam Aduç.lo glenoumeral
movimentos mais bem visualizados de frente ou horiwntal
de trás. Uste também os principais movimentos Flexão do cotovelo
que ocorrem na anículação transversa do tarso/
sulxalar, no quadril, na coluna, na articulação glc-
Prona~o radiulnar
noun1eral e no punho. Em qual plano esses movi-
mentos mais ocorrem? Qual o principal eixo de Desvio radial do
rotação envolvido? ounho
Abduçio metacarpo-
25. Liste as semelhanças entre tornozelo/ pé/dedos falllna:ica
do pé e punho/ mão/ dedos da mão no que diz
FlcxAo lomb:lr lateral
respeito aos ossos, estruturas articulares e movi-
1nentos. Quais são as diferenças? Rotaç.lo medlal do
nuaclrU
26. Compare e con1taste as articulações glenoumeral
e acecabulofemoral. Qual delas ê nmis suscetível Extens!lo do í<Jelho
a luxações e por quê?
Inversão do tornozelo
27. Por que a posiç-Jo anatômica <: tão importante
para a compreensão da anatomia e dos movi- Extensão do hálwc:
1nentos articulares?
Prc:ntlcc WF,: Ant.lx:fm ~ flrirtelp{C$ n/ulbklk tmlnln&, cd 11 , Ncw Stcdman ·n..: Sle<lman~ 1Pwdkaf dlalot111'y, cd 2'1, lnltUno<-c, 2000,
Yol1<. 2003. McGra..··Hill. upp<nccu wm1>ms & Wilkins.
Prcmtia: WE: Rdxlbllítatl<m t«bnlqucs 111 JfJO"' m"'11drw, ed 4. New Stclndltt A: Kl11mol0f1Y of tb<r b11ma11 bod)'. St>rltWicld. li., 1970,
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Shl<:< D, Buúa J, Lewis R: Hole~ _,,,lals ofbumun tmatomy nrrd 'hn l)e Gr-.ufT KM, Fox $1, 1'1l'leur KM: $y>l()J)fl< ofbunUJrt anaJOnt)'
pb)Sf<>/OIJ)'. ed 9, New Vod<, 2006, McGt:lW· Hill. (!,pb;»-fólot!J', l'>ubuquc, IA, 1997, Brown.
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Capítulo
undafllentos
neurofllusculares
Objetivos
• Revisar a anatomia básica e a função dos sisten13S n1uscular e nervoso
• Revisar e compreender a terminologia básica usada para descrever as localizações, a organização e as
caracterislicas dos músculos, bem como as funções neuromusculares
• Aprender e compreender os diferentes tipos de contração muscular e os fatores e.nvolvidos em cada um
deles
• Aprender e compreender os conceitos neuromusculares básicos relativos à função dos músculos no
n1ovimento anicular e a seu crabalho conjunto na geração de movimento
• Desenvolver um entendimento básico dos mecanismos de controle neural do movimento
s músculos esqueléticos são rcsponsávei.'l pelo distintivas, seja sua aparência visual, sua localização
O movimento do corpo e dt.: todas as suas arti<.u·
lações. A conu·.ição muscular produz a força que
anatômica ou sua fun~-ão. São exemplos da nomen·
clatura de músculos esqueléticos:
causa o n1ovimento das articulações no corpo hu- Forn1a10 - deltoide, romboide
mano. Além de sua função nos movimentos, os mús·
1an1a11bo - glúteo máximo, redondo menor
culos também fornecem proteção, contribuem para a
postura e para a sustentação e produzen1 grande 1V1í111ero de diuisôes - tríceps braquial
parte do calor corporal cotai. Existem mais de 600 Direção das ftiJras - oblíquo externo
músculos esquelé1icos, os quais constituern cerca de Localização - reto femoral , palmar longo
40 a 50% do peso corporal. Destes, existem 215 pares
Ponto de fixação - coracobraquiaJ, extensor longo do
de músculos que, em geral, trabalhan1 cooperando
hálux, Oexor longo dos dedos
entre si para exe<.utar ações opostas nas articulações
que cruzam. Na maioria dos casos, os músculos Ação- eretor da espinha, supinador, extensor do dedo
atuam mais em grupo do que de forma independente mínin10
para realizar um dado movimento articular. ls.w é CO· Ação e forn1a10 - pronador quadrado
nhecido como ação m uscular agregada. Ação e 1an1a11bo - adutor magno
Fornullo e localizaçiio - serrátil anterior
Nomenclatura muscular Localização eji.Yação- braquiorradial
Localização e nún1ero de divisões - bíceps fen1oral
Para aprender sobre os músculos esqueléticos, é
útil saber como são nomeados. Em geral, os múscu- Na díscussão sobre o assunto, os músculos costu·
los são nomeados por uma ou mais caracterisúcas mam ser agrupados para uma compreensão mais
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clara e maior concisão. A nomenclatura dos grupos Localtzaçâo - flbulares, abdominal, cingulo
musculares segue um padnlo similar. A seguir, estào do men1bro superior
os grupos n1usculares nomeados de acordo com dife- Ação - flexores do quadril, manguito rotador
., .
rentes pnnc1p10$:
As Figuras 2.1 e 2.2 descrevem o sistema muscular
Fort1za/o - isquiotibiais de um ponco de vista superficial. Elas não apresen-
Núnzero de divisões- quadríceps feinoral, oiceps sural tam <>-~ músculos profundo.~.
Frontal ---------------<!-,
Orbiculor do olho ---------li~
Mosse~r -------------->< Orbicular do boco
Esternocleidomost61deo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Eiterno-hi6idoo
Eiternotireóideo - - - - - - - - - - : -"'"1 ~~~------- Trapézio
FIGURA 2.1 • Músculos superficiais do corpo humano, vista anterior de un1a posiç-Jo anatômíca.
Estemocleidomost6ideo - - - - - - -
Adulormogno ---f-H~----4-f--f.;.,t
S61eo - - - - - - - - - - -
Fibulor l o n g o - - - - - - - - -
fibulor cvrto - - - - - - - - - +--------- Tendõo do colcóneo
Os músculos ilustrados aqui, ben1 como n1uitos entre si e em relação aos tendões a que se ligam. O
outroS inúsculos e rodas as articulações do corpo, formato e a organização das fibr,is tt!m papel na c.-a-
ser.lo estudados com 1nais decalhes nos demais capí- pacidade do músculo de exercer força e na ampli-
tulos deste livro. tude pela qual ele pode efetivamente exercer essa
força contra os ossos a que está unido. Um fator que
influencia a capacidade de um mósculo de exercer a
Formato dos músculos e organização força é o seu diãn1etro de secção transversal. Man-
das fibras tendo todos os outros fatores cons1antes, um mús-
c ulo com um diâmetro de secç-Jo traru.versal maior
Os n1úsculos possuem diferentes formatos, e suas será capaz de exercer uma força maior. Outro fator
fibras podem estar organizadas de diferentes modos que atua na capacidade de um músculo para mover
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uma articulação por unta grande amplitude de movi- As fibras dos músculos untpenados avançam obliqua-
1nento ê sua capacidade de encurtar-se. De modo mente apenas de um lado do tendão. Exemplos são
geral, músculos mais longos podem encurtar-se por observados no bíceps femoral, no extensor longo
uma grande ampli1ude e, portan10, são mais eficazes dos dedos e no tibial posterior.
ao mover articulações por grandes amplitudes de As fibras dos múseuloo bipenados avançrun obliqua-
1novimen10. mente de ambos os lados de um tendão central,
Todos os músculos esqueléticos podem ser agru- como no reto femoral e no flexor longo do hálux.
pados em dois tipos bãsicos segundo a organi7.ação i\•f úsculos 17ittltfpenados possuem vários tendões com
de suas fibras: paralelos e penados. Cada tipo pode fibr.is avançando diagonalmente entre eles, como
ser subdividido de acordo com seu fom1ato.
no deltoide.
Os músculos paralelos possuem fibras orgaruzadas
de fonna paralela ao comprimento do músculo. De Os músculos bipenados e unipenados produzem
modo geral, míisculos paraJelos produzem uma ntaior as contrações mais fortes. Consultar a Tabela 2.1 e
amplitude de movimento do que os músculos de ta- a Figura 2.3 a respeito do formato dos míisculos e
manho similar, porém organizados de forma penada. da organização das fibras.
Os míisculos paralelos são classíf'icados da seguinte
forma: Propriedades do tecido muscular
Músculos planes são, de modo geral, finos e extensos. O tecido musculoesquelétíco possui quatro pro-
Originam-se de aponeuroses largas, fibrosas, no for- priedades relacionadas com sua capacidade de produ-
mato de folhas, o que pemlite que distribuam sua 7.ir força e gerar 1novimcnro ao redor das articu lações.
força sobre uma área ampla. E.xemplos incluem o Irritabilidade ou excitabilidade refere-se à proprie-
reto do abdome e o obliquo externo. dade sensível ou responsiva do músculo aos estímulos
Músculos fitSijom1es têm formato de fuso com uma químicos, elétricos ou mecânicos. Ao fornecer um es-
faixa central que se afila aos tendões em cada ex- tin1ulo apropriado, os músculos respondem gerando
trc1nidade, pcmlitlndo que concentrcn1 sua força tensão. CootratilJdade refere-se à capacidade que o
em pequenos alvos ósseos. Exemplos silo o bra- músculo tem de, quando estinn1lado, contrair-se e de-
quial e o braquiorradiaJ. senvolver tensão ou força interna em oposição a uma
Músculos em tira são mais unifonncs en1 diâmetro, resisd!ncía. A capacidade do tecido muscular de gerar
e, necessariamente, todas as suas fibras são organi- cens:.lo ou contrair-se é única, visto que ouuos tecidos
zadas dt: maneir.i paralela e alongada. Isso tam- não possuem essa propriedade. Extensibilidade diz
bém os corna ap1os a conccnu-ar a força cm pe- respeito ã capacidade do músculo de ser estendido de
quenos alvos ósseos. O sart6rio é uni exemplo. forma passiva além de seu comprimento de repouso.
Músculos radiados às vezes são descritos como trian- Por exemplo, o uíceps braquial demonstra extensibili-
gulares, em formato de h(:Jicc ou convergentes. dade quando é estendido alén1 de seu con1primento
Combinam uma organização de músculos lisos e fu- de repouso pelo bíceps braquial e por outros flexores
siformes, uma vez que se originam de aponeurest:s do cotovelo a fun de atingir a flexão completa dess.1
amplas e convergem em um tendão. Exemplos são articulação. A elasticidade se relaciona à capacidade
o peitoral maior e o trapézio. do míisculo de recoroar ao seu comprimento de re-
pouso origínal após um estiramento. Dando continui-
Músculos esjincteríanos, ou circulares, são tiras tecni-
dade ao exemplo do COlovelo, o rriceps braquial de-
camente contínuas que cercam aberturas e tên1 monstra elasticidade por retornar ao seu con1primento
como função fechá-las em uma contração. Um original de repcuso quando os flexores do cocovelo
exen1plo é o orbicular da boca, que a cavidade oral cessam a contração e relaxam.
cerca.
Músculos penados possuem fibras mais cur-
tas que são organizadas de forma oblíqua aos
Terminologia muscular
seus tendões, formando uma estrutura sirnilar a A localização dos músculos, su:is fixações prox.i-
uma pena. Essa organização aumenta a área de mais e distais e sua relação co1n as articulações que
secção tr.insversaJ muscular, expandindo assim cruzam são fundamentais para decenninar os efeitos
seu potencial de produção de força. Sua classi- que eles exercem sobre as articulações. Tambêro ê ne-
ficação se baseia no arranjo preciso entre as fi. cessário compreender certos tcnnos ao cr:nar de movi-
bras e os tendões. rncntos do corpo.
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Capítulo 2 1an<l:uncntoo ncuromusa.1lare.> 41
Radiado - MI formato de
hélice; força de contraçllo
concentrada em um único ponto
de fixação; mais forte que
o tipo paralelo; p. ex., deltolde
e peitoral maior
MO<l&~do de V;ln De Craatr KM: H'"""" ª''°'º"'>'·li' cd., Oubuque, IA. 2002, Mc:Craw-HJJI.
cifico pode ser inervado por mais de um nervo, e Tendão
um nervo pode inervar mais de um músculo ou ape- Tccído conjuntivo fibroso, scmelha.n1c a uma corda.
nas parte de um. Conl!Cla os músculOI; aos O$$OS e a outras estruturaS.
Em alguns casos, dois músculos podem compartilhar
Amplitude um tendão, como o tendão do calcâneo para os múscu-
Amplitude de comprimento da fibra muscular los gastroenêmio e sóleo. Em outro.5, um músculo pode
entre o alongan1ento máximo e o mínimo. ler míiltiplos tendões conectando-o a um ou mais ossos,
como as três fixações proximais do lriceps braquial.
Ventre (corpo) Origem
A porção central e corpulenta do músculo. Costuma De uma perspectiva eslrutural, a f001çJo proximal
aumentar em diãmetro à medida que o músculo se de um músculo, ou a pane do músculo que se fixa
contrai. É a porção conrrátil do músculo. mais proxímalmente ao meio, ou centro, do corpo, é
Quando um músculo espL>cífico se contrai, ele considerada a origem. De u1na perspectiva funcional
tende a puxar as duas extremidades na direção de seu e histórica, a parte ou ftxaçào menos móvel de um
ventre para o meio. Em consequência, se nenhum músculo costuma ser considerada a origem.
dos ossos em que o m(isculo está fixado estiver estabi-
117.ado, ambos os ossos irão se mover um em direção Inserção
ao oulrO con1 a contração. Entretanto, é 1nais comum Do ponto de visia esuutur.il, a fixação distal ou a
que, por uma série de fa1ores1 um dos ossos esteja parte que se fixa n1ais distalmente ao meio, ou centro,
mais estabilizado. Desse modo, sob contração, o osso do corpo é considerada a inserção. Do ponto de visla
menos csrabilii.ado cosruina se mover cm direção ao funcional e histórico, a parte mais móvel costuma ser
nlllÍS estabilizado. considerada a inserção.
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Capítulo 2 1 •n<1 ""'"lt
Por exemplo, em exerc1aos de l'OSC"J bíceps, o classificadas como ison1étricas ou isotônicas. Uma
músculo bíceps braquial tem sua origem na escápula contração isométrica ocorre quando é gerada tensão
(osso menos móvel) e sua inserção no rádio (osso no interior do m(Jsculo, mas os ângulos articulares
ma~s móvel). Em alguns movimentos, esse processo permanecen1 constantes. Contrações ison1étrlcas po-
pode ser revertido, como c.x.-orre no exercício de tra- dem ser chamadas de estáticas, posto que uma quan-
ção na barra fixa, no qual o rádio é relativamente es- údade significativa de tensão pode ser desenvolvida
tável e a escápuia se move para cima. En1bora nesse no músculo para manter o ângulo articular cm uma
exen1plo o osso mais móvel esteja invertido, a fixação posição relativamente e:.1átka ou estável. Contrações
proxilnal do bíceps braquial é sempre na esclpula, e isométricas podem ser utilizadas para escabilizar seg-
esta continua sendo a origen1, enquanto a inserção, mentos corporais, impedindo a movimencação resul-
por sua vez, ainda está no rádio. O bíceps braquial tante da ação de forças externas.
seria um músculo exU'ÍnSeco do cotovelo, ao passo Contrações isotônicas envolvem o desenvolvimento
que o braquial seria intrínseco ao cotovelo. Neste de tensão por parte do 1núsculo para provocar ou con-
lívro, em cada músculo estudado ser-lo indicadas sua trolar o movimento de uma articulação. Pode1n ser
origem e sua inserção. consideradas dinãmk:as porque a variaç-Jo do grau de
tensão muscular é a causa da mudança dos ângulos
Tipos de contração (ação) muscular articulares. A contração muscular isotônica é classifi-
cada ainda como concentrica ou exci!ntrica, com base
A tensão gerada em um músculo como resulcado na ocorrência de encurtamento ou alongamento. As
de um estímulo é conhecida como contração. O contrações concêntricas envolvem o desenvolvimento
tenno contração muscular pode confundir, pois, em ele tensão por parte cio músculo quando ocorre encur-
alguns casos, o músculo não diminui cm compri- tamento, ao passo que as excêntricas envolven1 o alon-
mento como o termo faz supor. Por isso, é cada vez gamento do músculo sob tensão. Na Figura 2.4, A e B
mais comum referir-se aos vários tipos de contrações ilustram contrações isotônicas, e G' demonstra uma
musculares como ações r1111sculares. contração iso1nétrica.
Contrações musculares podem ser usadas para É importante notar que o movimento pode ocor-
g<.>rar, controlar e ftnpcdir o movimento artlcular. Em rer cm qualquer aniculação sem que exista contração
ouuas palavras, elas podem ser utilizadas para iniciar, muscular. Esse movinlento é denominado passivo e é
acelerar, diminuir ou desacelerar o movinlento de um resultante apenas ele forças externas, como as aplica-
segmento corporal, ou ainda in1pedir o rnovi1nenco de das por uma outra pessoa, por um objeto ou por
um segmento corporal provocado por forças externas. uma resistência, ou ainda pela força da gravidade na
Todas as contrações ou ações musculares podem ser presença de relaxan1ento 1nuscular.
\
1
Movimento
1
Movimento
A B e
FIGURA 2.4 • Contrações isotônicas e isométricas. A, Contração concêntrica; B, Contraç-Jo cxc<!nlrica; C,
Contração isomélrica presente quando um músculo se contrai, mas não se encurta.
' b11ma" onatomyi> pb)'Slolcgy, 9' ed., Dubuque, '"""'· 2002, McGrnw-Hlll.
Mod!Rc:ado de Shle< O, Butlef J, l.e\\1$ R; llole'.<
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•• ••
comprimento do Sem mudanç:i
força ela gravid:ide e/ou
músculo agonista significativa
por forças externas
Alongamento Encunamento Imposto apenas pela
•• ••
Comprimento do Sem mudança
força da gravidade e/ou
mÚ51CUlo antagonista significativa
por forças externas
Imposto apenas pela
.Mudanças no Sem mudança Na direçilo ela força
Na din.--çlo da força força da gmvidade e/ou
ângulo anlcular significativa externa (resistência)
por forças externas
Contra objetOCI imóveis Contra a força da gravi· Com a gravidade e/ou De acordo oom a força
Direç:lo da parte
ou <."Onlr.l um:1 força cbde e/ou outra força ou1r.1 força externa da gravidade e/ou
do oorpo
externa (resístêncía) externa (resb<ência) {iesistênda) outras forças externas
Ausência de movimento
ApUca~lo de prcss:lo ou movimento p-~ssivo
t-iovlmento (força), mas sem Causa movimento Controla o movimento ocorrem como resultado
result:ir em movimento da forç;i da gravidade e/
ou de forças externas
- Encurtamento
Alongamento dinâmico:
Desoiç;lo Eslátic:I; fl.~3dOr:l dinilmico: trobalho Passivo; relaxamento
trabalho negativo
positivo
Força muscular
Sem força, s6 ~
aplicad:i ~. Força • resistência Forç;i > rcsist<lnci3 FOI\';! < resistência
re.5l5rêncb
resistência
(co111in11a)
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Capítulo 2 1 an<l:uncntoo ncuromusa.1lare.>
-
Aceleração/ Acelcr:ição Desaceleraç:1o
Aceleração zero de acordo com as forças
des;iccleração t& ex1emas aplicadas
Símbolo descritivo (•) (+) (-) (O)
Movimento passivo pro-
Impede as forças Desacelera ou para o
Aplicação Inicia ou acelera o vocado pela ação da
externas de gerarem movimento, "freando a
prática lllQVÍmCnlO movitncn10 força da gr:1vicL1de e/ou
ação"
ouuas forças externas
Mcwimenlo do ,...,,.;,,,
"'-
ontob<oço '---~· •.,~
Conl<oçõo do músc:ulo
bk&ps braquial
(cC<IO&nlTico)
Ródio
~
Músc:ulo
A relaxado
Con1roçõo do j """'
8 músc:ulo tricepo
bro'l"iol {c:oncénlrico)
articulação. Ern certOS casos, dois músculos podem tra- lado, tornando-a relativamente estável para que os
balhar em sinergia, con1mbalançanclo suas ações opos- ílexores do quadril no lado envolvido se contraiam
ras, a fim de realizar uma ação comum. contra ela. Quando a bola é chutada, o pectíneo e o
Conforme discutido, os agonistas são os princi- tensor da fáscia lata são adutores e abdutores, res-
pais responsáveis por determinados movimentos, ix;-ctivamentc, além de flcxorcs. As ações de abdu-
como a flexão cio quadril e a extensão do joelho ção e adução são neutralizadas uma pela outra, e a
quando se chuta uma bola. Nesse exemplo, os n1ús- ação comum dos dois músculos resulla em ílexào
culos isquíotlbiaJs são antagonistas e relaxam para do quadril.
permitir que o chute ocorra, o que não significa que Do ponto de vista prático, não é essencial conhe-
nenhum outro músculo da área do quadril esteja cer a força exata exercida por cada flexor do coto-
envolvido. A precisão do chute depende do envol- velo (bíceps, braquial e braquiorradial) ao fazer fle-
vimi:nto dt: muitos outros músculos. Quando o xões de braço na barra fixa. O importante é entender
1nembro inferior oscila para a frente, sua trajetória e que esse grupo muscular é o agonista, ou principal
seu ângulo subsequente no ponto de contato de- motor responsável pela ílexào articular do cocovelo.
pendem ele uma certa quantidade de contração ou De modo semelhante, é imponante entender que
relaxamento relativo nos abdutores, adutores, rota- esses músculos se contraem concentricamente quando
dores internos e externos do quadril. Esses múscu- o queixo é tracionado para cima até a barra e que
los agem de 1naneira sinérgica para guiar com preci- eles se contraem excenlricamente quando o corpo se
são o membro inferior, ou seja, não são responsáveis abaixa de maneira lenla. /\1úsculos antagonistas pro-
diretos pela extensão do joelho e pela flexão do duzem ações oposlas às do agonista. Os n1úsculos
quadril, mas contribuem para a precisão do movi- que produzem extensão da articulação do cotovelo,
mento total. Esses músculos-guias contribuem par.i por exemplo, são antagoni5l3S aos que produzem a
aprimorar o chule e impedir movimentos adicionais. sua flexão. É importante compreender que exercícios
Além disso, os músculos do quadril contralateral e específicos p recisam ser prescritos para o desenvolvi-
da área pélvica precisam estar sob relativa tensão mento de cada grupo muscular ant:igonisla. O movi-
para ajudar a fixar ou estabilizar a pelve naquele mento de retorno ã posição suspensa após urna íle-
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Capítulo 2 47
xão de braço na barra fixa é a extensão da aniculação A etetromiografaa (E.\1G) utili~ elt:trodos de super·
do cotovelo, mas nela o uiceps e o ancõneo não ficie colocados sobre o músculo ou eletrodos finos em
estão sendo rortalccidos. Ocorre uma contração con- ronna ele agulha colocados denll'O dele. Quando o in-
cêntrica cios nexores da articul:lção do cotovelo, se- dividuo em estudo movimenta a aniculação e contrai
guida por uma contraç-Jo exci!ntrica dos mesmos os músculos, a unídade de F..\1G detecta o potencial
músculos. ele ação dos músculos e romece unl:I leitura eletrônica
da intensidade e da duração da contraç-Jo. A E.\1G é a
Inversão da função muscular maneira n"l:lis precisa de detectar a prcsenç:t e a exten-
Um grupo mu~lar relacionado ao desempenho são da atividade muscular.
A estimulação elWica muscular é de cena ronna o
de uma dada função pode contrair-se para controlar
opo510 da eletromiografia. l:m vez de a ek'Uicidade ser
o exato movimento oposto. A Figura 2.S A ilusua o
utili7.ada para delectar a ação n1uscular, ela ê usada para
comportamento do bíceps como agoni51a ao con-
provocar a atividade muscular. Os eletrodos de superfi-
trair-se concentricamente para ílexlonar o cotovelo.
cie são colocados sobre o músculo e então o estimula-
O oiceps é um antagonista para a Ocxão do cotovelo
e, nesse exemplo, o pronador redondo ê conside- dor o contraí. Mações articulares podem ser observa-
rado sinergil>ta cm relaç-Jo ao bíceps. 1'1esmo que o das para verificar o efeito da oontração do músculo
bíceps tivesse que se alongar de n"l:lncíra lenta e con- sobre elas.
trolar a extensão do cotovelo, ele continuaria sendo
o agonism, mas se contf"'Jiria concentricamente para linhas de tração
estender essa aniculação. A Figura 2.S 8 ilustra con10 Combinar o conhecimento do modelo funcional e
o triceps ê u1n agonista para a extens.'lo do cotovelo, da classific:a.çilo diartrodial dt: uma articulaç-Jo em par·
contraindo-se concenlric111nente. O bíceps é um anta- ticular com a compreensão da localizaçilo espeéúlc:a
gonista da extensão do cotovelo nesse e.xemplo. de uma unidade n1usculotendínea quando esta cruz.-i
Mesmo que o tríceps tivesse que se alongar de rnodo uma articulaç.'lo é extremamente útil para entender o
lento e controlar a Oexilo do cotovelo, ele continua- modo con10 ela atua na aniculaçilo. Por exemplo, sa-
ria sendo o agonista d.'l cxteru;ilo, apesar de con- bendo que o reto re1noral tem sua origcrn na espinha
trair-se excentricamcnte. Nos dois exemplos, o del- ilíaca anteroinferior e sua inserção na ruberosidacle da
toide, o trapé1Jo e vá.rios outros músculos do ombro ubia via pateia, pode-se afirmar qut: o músculo deve
agem como estabilizadores dessa área. rer = relação anterior com o joelho e o quadril.
Além disso, sabendo que ambas as articulações s.'lo
Determinação da ação muscular capazes de movimentos no plano sagital, como ílexào
e extensão, é possível supor que, ao ocorrer a contra-
A ação específica de um músculo pode ser deter- ção concêntrica do reto femoral, ocasionam-se a ex-
minada por vários métodos. Isso inclui levar cm consi- tensão do joelho e a nex:io do quadril.
deração linhas anatômicas de tração, clissecçào anatô- Al~ disso, sabendo que o ~mitendineo, o semi-
mica, palpação, modelos, eleuomiografm e estimulação mcmbranácco e o bíceps remorai originam-se no
elétrica. rober isquiitico e que os dois primeiros atravessam o
Com uma compreensão das linhas de tração de um joelho de forma posteromedíal antes de se inserirem
músculo relativ-.is a uma articulaç-Jo, pode-se determi- na ubia, mas que o bíceps femoral atravessa o joelho
nar a ação muscular nessa articulação. (Ver tópico •u- de rorma pos1erola1eral antes de se inserir na cabeça
nhas de tração• adiante neste capírulo.) Embora não da fibula, pode-se imaginar que os ires músculos
esteja disponh•el a todos os c.-studantes, a dissecç-Jo de possuem relações posteriores com o quadril e o joe-
músculos e articula~ em cadáveres é urna excelente lho, o que os capacita a serem extensores do quadril
maneira de entender a ação muscular. e flexores do joelho na contração c:oncen1rica. O co-
Para a n"l:lioria dos m(isculos csqucl&iCOli, a palpa- nhecimento especifico relacionado às suas rLXações
çi1() é um modo n1ui10 útil para determinar a ação mus- distais e ã capacidade do joelho de girar quando ne-
cular. Essa estratégia foi uso d'l sensibilidade do tato xlonado permite determinar que o sernitendínco e o
para sentir ou examinar um niúsculo contraído. A pal- semimembranáceo causam rotação medi:tl, ao pas.sc>
pação li1nita-se ;\ muscul:itura superficial, mas ê útil para que o bíce~ femoral causa rotação lateral. S:iber que
entender o mecanismo da articulaç:lo. Modelos como os eixos de rotação do joelho se encontram nos pla-
tiras elásticas longas podem ser utili~clos para facilicar nos frontal e vertical, mas não no sagital, possibilita
o entendimento ci1s linhas de craç:\o e sio1ular o alonga- determinar que apesar de o semitendíneo e o semi-
mento ou encurt:unt:nto muscular quando Un"l:I articula- mernbranáceo terem UO"la linha de traçilo poscerorne-
ção se move por várias amplirudcs de n'IOvímento. dial e de O bíceps remorai ter Un"l:I linha de tração
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posterolateral, eles não são capazes de gerar, respec- siona contração muscular. Dependendo de uma série
1ivamente, adução e abdução do joell10. de fatores, este es(unulo pode ser processado em vá-
Esse concei10 também se aplica de forma inversa. rios graus e em diferentes níveis do s istema n ervoso
Por exemplo, se a únjca ação conhecid:i de un1 1nús- central (SNC), o qual, para o propósito desta discus-
culo como o braquW é a flexào do co1ovelo, pode-se são, será dividido e1n cinco nlveis de controle. Essa
dc1enninar que sua linha de tração deve ser anterior ã lista, que pane de um nível n1ais geral de controle
articulação, bem como que a origem do braquial deve com localização mais superior para um nível mais es-
e:;rar localizada em alguma parte;: da região anterior pecífico com IO<.'<llizaç.1o mais inferior, inclui o córtex
do úmero e a sua inserção em alguma parte da região cerebral, os núcleos da base, o cerebelo, o tronco
anterior da u lna. cerebral e a medula espinal.
Ao estudar os movimen1os do corpo, deve-se con- O córtex cerebral é o mais alio nível de con-
siderar lodos os seguintes fatores e suas relações para trole, providenciando a elaboração do movimento
alcançar um conhecimento con1pleto do assunto: voluntário co1no uma ação muscular agregada, 1nas
não como uma atividade muscular específica. Ele
1. Localizações exa1as das referencias ósseas a que 1ambém interpreta estímulos sensoriais do corpo a
os músculos se lixam de forma proximal e disial fim de dc1errninar as respostas necessárias.
e suas relações com as articulações. Os n úcleos da base são o nível seguinte. Eles
2. Os planos do movimento em que uma articulação controlam a manutenção de posturas, o equillbrio e
é capaz de se mover. os movimentos aprendidos (como dirigir um carro).
3. A relação entre o músculo ou sua linha de tração Administram também a integração sensorial para ati-
e os eixos de rotação da articulação. vidades de equilíbrio e ritmo.
4. À medida que uma articulação se move ao longo O terceiro é o cerebelo, maior integrador dos
de uma amplitude de movimento específica, a impulsos sensoriais, fomecendo feedback rela1ivo ao
possibilidade de que linha de tração de um deter- movin1ento. Ele controla a duração e a in1ensidade
minado músculo mude a ponro de exercer uma da atividade muscular, ajudando no refinamento dos
ação diferente ou oposta il que exercia na posi- movimcn1os.
ção original. o nível scguin1e é o tronco cerebral, que intc-
5. O efeito potencial da contração ou do relaxa- gr.i todas as atividades do sis1ema nervoso central
mento ele outros múscu los sobre a capacidade p<>r meio da excitação ou da inibição das ações neu-
particular de um niúsculo para causar movi- romusculares desejadas e das funções de alerta ou da
mento. manutenção de um estado de vigília.
6. O efeito do comprimento relativo de um músculo A m edula espinal é a via comum entre o SNC e
sobre sua capacidade de gerar força (ver relação o sistema nervoso periférlco (SNP), que contém
comprimento-tensão 1nuscular e insuficiência ativa/ todos os demais nervos ao longo do corpo. Ela pos-
passiva). sui o controle 01ais específico e in1egra vários refle-
7. O efeito da posição de outras articulações sobre a xos espinais simples e co1nple.xos, bem con10 as ati-
capacidade de um músculo biarticular ou multiar- vidades corticais e as dos núcleos da base cm vários
ticular en1 produzir força ou pem1itir alongamento níveis de classificação do.~ reflexo.~ espinais.
(ver músculos uniaruculares/biarticulares/ multiar- Do p<>nto de vista funcional, o SNP pode ser clas-
ticu lares). sificado em sensorial e motor. Os nervos sensoriais
ou aferentes transmitem impulsos de receptores da
pele, aruculações, músculos e de outros aspectos pe-
Controle neural do movimento riféricos do corpo para o SNC, ao passo que os ner-
voluntário vos 1notorcs ou eferen tes carregam in1pulsos para as
regiões mais ruscan1es do corpo.
Ao se fa.lar de atividade muscular, seria preciso na Os nervos espinais, ilustrados na Figura 2.6, tant-
verdade chamá-la de atividade neuromuscular, uma bém fornecem funções mo1oras e sensoriais para
vez que o n1úsculo não pode ser ativo sem inervação. suas respectivas porções do corpo e são nomeados
Todo movimen10 voluntário é resulcado do tr.1balho de acordo com a localização de sua saída na coluna
conjunto dos sistemas muscular e nervoso. Toda con- vertebral. De cada lado da coluna vertebral há oito
tr:1ç-lo muscular ocorre como resultado de uma csLi- nervos cervicais, doze nervos torácicos, cinco lomba-
mulaç-lo do sL~tema nervoso. Por fim, toda fibra mus- res, cinco sacrajs e um nervo coccígeo. Os nervos
cular é inervada por um neurônio motor somático cervicais de l a 4 formam o plexo cervical, que, de
que, ao receber uma es1imulação apropriada, oca- modo geral, é responsável pelas sensações da região
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Capítulo 2 1 an<l:uncntoo ncuromusa.1larc 49
que vai desde.! a pa.n e superior dos ombros até as espinais, um mJõtomo ê definido como um músculo
partes posterior da cabeça e anterior do pescoço. O ou grupo muscular suprido por um nervo espinal cs-
plexo cervical fornece inervação motora para vários pecífi<.-o. Certos nervoo espinais são ra.mbém responsá-
músculos do pescoço. Os nervos cervicais de 5 a 8, veis por reflexos. Ver Tabela 2.3 para observar as fun-
bem con10 o primeiro nervo torácico, fonnan1 o ções específicas dos nervos espinais.
plexo braquial, que fornece as funções motora e sen- As unidades funcionais básicas do sistema ner-
sorial para os membros superiores e para a maior voso responsáveis por gerar e transn1itir impulsos são
parte da c.'SCápula. Os nervos torácicos de 2 a 12 as células nervosas conhecidas como n eUJ'Ônios. Os
avança.m direcamente par.i regiões ana1ômicas espe- neurônios consis1Co!n1 em u1n corpo celular, uma ou
cfficas locali1.adas no 16rax. Todos os nervos lomba- mais proíeçôes de ramificações conhecidas como
res, sacrais e coccígeos formam o plexo lombossa- dendritos - que transm item impulsos par.i o neurô-
cral, que fornece sensação e função mo1or.i para a nio e par..i o corpo celular - e um axôolo, uma pro-
parte inferior do tronco, para toda o membro inferior íeção alongada que leva i1npulsos para fora dos cor-
e para o perineo. poscelulares neuronais. Os neurôn ios sãodassificados
Um aspecto da função sensorial dos nervos espi- em três tipos, de acordo com a direç-Jo na qual trans-
nais ê fornecer f eedback para o SNC reference :\s sen- mitem ímpulsos. Neurônios sensoriais transmitem
sações da pele. Un1a determinada área de pele suprida impulsos de [odas as partes do corpo para a medu la
por um nervo espinal específico é conhecida como espinal e para o cérebro. Os oeUJ'Ônlos motores
dennãtomo. A respei10 da função mo1ora dos nervos 1ransmi1em impulsos do cérc.!bro e e.la medula espinal
( O texto continua'"' p. 52.)
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50 M in1 •I Jc 1 " 'r>r ''""'
'lABELA 2.3 • Dermátomos, miótocnos, reflexos e aplicação funcional das raízes dos nervos espinais
Raiz Dcrmátomo aferente Miótomo eferente
Reflexos Aplicaç;lo funcional
nervosa (sensorial) (n1otor)
Músculos superiores do
CI Taco: vénice do mnlo Nenhum Nenhuma
pescoço
Tato: tempora, fronte, MÚS<:\llos supe.riores do
C2 Nenhum Nenhuma
occipfcio pescoço
e
·~ T:ito: todo o pescoço, Rell'3ç:lo da esclpula,
...
V face posterior, área Trapézio, esplénio da extensão do pescoço
C3 Nenhum
9.<J temporal, abaixo da cabeç:I Sensaç<>es da face e da lateral
li: mandíbula do pescoço
Retraç:lo e elevaç;lo da
Tato: ãre:i do ombro,
Trapé".t.io, levantador da esclpula
C4 ~rca clavicular, área
escápufa
l\cnhum
Sensaç<>es <ia clavícula e da
superior da escãpula
pane superior da esdlpula
Músculos intr\nsccos da
Tato: região medial do Abdução e adução dos dedos
mão, com exceção do
TI braço e do antebraço atl! Nenhum Sensações da porção medial do
oponente do polegar e do
o punho br:iço e do cotovelo
abdutor curto do polegar
TABELA 2.3 (cont.) • Dermátomos, miótomos, reflexos e aplicação funcional das raízes dos nervos
espinais
Raiz Dermátomo aferente Mi61omo eferente
Reflexos Aplicação funcional
nervosa (sensorial) (motor)
-"
"-
L5 da perna, alro do pé até
os três dedos mêdios do
lares, gl6teos máximo e
médio e llexores dorsais
Nenhum Seru;ações da pane superolateral
da perna, superficic anterior da
pé perna, três dedos m&tios do pé
fibra - - - - - - - - . \ \
nervoso sensorioJ
Tecminoções
nervo>0>
sensoriais ~--Órgõo iendinoso
de Golgi
fibro
nervoso---.. ~--Tendõo
senS01ial , );,-""""'.
~-,,;...-;:..--fibra
íntrafusol
-----fibra
musculoeoqveléttco
~~'--"'--:-:--=----fuso muscular fibra muscular _ _ _ __,,
;L..._.,,._J:.-_,..------8oinha de tecido
coniuntivo
A e
FIGURA 2.7 • Fusos nlusculares e órgãos cendinosos de Golgi. A, O aumento do comprimenco n1uscular
estimula o fuso m~ular, que, por sua vez, t!.'>"timula a contração muscular; B, Os órgãos tenclinosos de Golgi
ocupan1 os tendões e inibem a contração muscular.
De Shlcr D, Butlcr J, l.éwls R: llole's bumari a11ntomy & pb)l<fo/"fO', 9' c<l, Ncw York, 2002, McGmw-HUJ.
dões e abaixo da pele, são ativados por rápidas mu- A qualidade do movimento e a reação à mudança
danças no ângulo articular e por mudanças de pres- de posição são sigrufic-.itivamente dependentes do
são que afetam a clpsula. F.ssa ativação dura pouco e controle de f eedbock proprioceptivo dos músculos e
não é eficaz na detecção de pressão constante. Esses articulações. Assim como outros fatores que envol-
corpúsculos auxiliam no fornecimento de feedbock vem o 1novimento corporal, a propriocepção pode
sobre a localização de uma pane do corpo no espaço ser aperfeiçoada por meio de creinamenro específico
após n1ovimentos rápidos como correr e saltar. que utilize os proprioceptores en1 alto grau, co1no
Os corpúsculos de Ruffini, localizados em cama- em atividades funcionais e que treinam o equilíbrio.
das profundas da pele e na cápsula articular, são ati- Tentar manter o equilibrio em uma perna só, a prin-
vados por movimenros articulares fones e súbiros, cipio com os olhos abenos sobre uma superficie
bem como por mudanças de pressão. Ao contrário plana, pode seivir como atividade proprioceptiva de
dos corpúsculos de Pacini, suas reações a mudanças nível simples, mas que pode eventualmente progre-
de pressão sào ma ls lenw, mas sua ativaç-lo é contí- dir para um nível mais elevado, como equilibrar-se
nua enquanto a pressão é mantida. Eles são essen- de olhos fechados em uma superficie desnivelada e
ciais na detecção até n1esmo de mudanças minin1as instável. Existem ouuas inúmeras ati\ridades de trei-
da posiç-Jo da aniculação e no fornecimento de in- namento proprioceptivo que de fato só são limitadas
fomiaçõcs, como o ângulo articular exaro. pela lm.'lg!nação e pelo nível de proprloccpção.
Os corpúsculos de Meissner e os bulbos de Krause
estão localizados na pele e nos tecidos subcutâneos. Conceitos neuromusculares
Emboi-.i sejam importanLes no recebimento de estí-
mulos pelo raro, eles não sào tão relevanrcs para esra Unidades motoras e o p rincípio do tudo ou nada
discussão de cinestesia. Ve.r Tabela 2.4 para mais Quando um determinado músculo se contrai, a
comparações entre os receprores sensoriais. contr.tção na verdade ocorre na fibra muscular, den-
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Axooio do
neurônio molar
Oireçõo do impul$0
FIGURA 2.8 • Reflexo patelar ou abalo do joelho. Uma batida inesperada no tendão patelar causa um rápido
esti.ramento do quadciceps, ativando o fuso nluscular. A informação do estiramento é enviada pelo a.""<ônio do
neurônio sensorial para a medula espinal, onde faz sinapse com o neurônio motor, que, por sua vez, conduz
pelo seu axônio uma resposta motora para o quadríceps se contrair.
De: Shic:r D, Bu~er J, Lewis R: Hole's bumL111 a11<•tomy êr pbj'<lo/Qg>\ 9' ed, New Yori<, 2002. McGr:iw-Hill.
t t i t l r
Estimulo
subllmlar
(nenhuma
unidade
Estimulo
limiar
(uma unidade
motora
Esllmulo
máximo
(Iodas as
unidades
1
1
1
mot0ta responde) Esllmulos subméxlmos motoras EstimulOs supraméxlmos
responde) (aumen10 do número respondem) {Iodas as unidades
de unidades mototes motoras respondem)
quo respondem)
Tempo-
F!Gl..'RA 2.9 • Obtenção do estímulo limiar e o efeito do recrutamento de ruais unidades n1otoras no aumento
da tensão. Se o estimulo nào alcança o limiar, não há resposta da unidade motora. À medida que a força do
es(unulo aumenta, mais uoldades motoras são recrutadas até que, por fim, todas elas sejam recrutadas e a
máxima tensão muscular seja gerada. O aumento da força do estímulo alé1n dessa faixa não possui efeito.
De Seel~-y RR. S(eph<.= 1'0. Tale l': A•iatomy.Spbysf()logy,.,. cd., N~·w YO<k, 2006. Mc:Gr.ow·IUll.
Tempo
Sm• 40 ms SOms
Controção
T610no
Período de
lo!inelo
t
" Relaxomen10
/
Controções
fó>iCO>
,-L,
t Estímulos
Estimulo
De Powcrs SK, Howlq ET: Ewrcl.sc pby:riology: lh<'OIJ' 111rd De Powetll SK, Howlcy ET: ~ pbyslol08)' tbrozy at1d
appllcatlmr tojlt11ess atul pt!r/ómratrce, 4ª ed., l\'cw Yorlc, 2001,
appllcotkJ>r ro jltrléSS ntrd per/orma1u:1J, 4' & , Ncw Yori<, 2001,
McGraw-lliU. Mc(ir:1w-HJIJ.
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Capítulo 2 1an<l:uncntoo ncuromusa.1larc.> 57
••
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Componenle Componente Componenle Âi1gulo de troçõo
rolot6rio rotatório < 90" (40']
e'lcbllizodor "''
--
Componente
1
estobllizodor
A
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de 90". U1n aumento da força ê a única soluç-Jo para os vidos, um músculo biarticular pode contrair-se para
músculos tmbalharcm em um ângulo de cração des- gerar, controlar ou evitar movimento de uma ou de
vantajoso, que requer uma força maior para trabalhar ambas as suas articulações. Músculos biarticulares
com eficiência. possuem duas vantagens sobre os uníarticulares:
eles podem ger.ir, controlar e/ou impedir o movi-
Músculos unlarticulares, biarticulares e rneoto em mais de uma articulação e são capazes de
multlarticulares manter um comprimento relativamenre constante em
Os n1úSC\llos uniarticulares são aqueles que cru- virtude de seu "encurramento" en1 uma articulação e
zam uma única aniculação e que aruam de modo do seu "alonga1nento" e1n outra. Na verdade, o mús-
dircio apenas sobre essa articulação. O braquial do culo não se encurta em uma artlculaç-Jo e se alonga
cotovelo ê urn exemplo, já que s6 pode puxar o cm outra; cm vez disso, o seu encurtamento concên-
úmero e a uJna para mais peno um do ou1ro na con- trico para mover uma articulação ê compensado
tração con~ntrica . Quando o úmero cst;\ relativa- pelo movimento na outra articulação, que move a
mente estabilizado, como em uma rosca bíceps, o fixação do músculo afastando-a. Essa manutenção
braquial se contrai para flexionar o cotovelo e puxa a de um comprimento relativamente constante resulta
ulna para perto do úmero. Entretanto, quando a ulna na capacidade muSC\llar de continuar a exercer força.
está relativan1ente estabilizada, como no exercício de No exemplo do exercício de tração na barra fixa, o
tração na barra fixa, o braquial indiretamente causa bíceps braquial atua con10 um ílcxor no cotovelo.
movimento no ombro, mesmo sem atravessá-lo. No estágio inicial, esse n1úsculo está em um estado
'esse exemplo, o braquial se concrai e puxa o úmero relativamente alongado no cotovelo, em virtude de
para perto da ulna, como um flexor do cotovelo. Em sua extensão, e cm um estado relativamente encur-
resposra, o ombro precisa P'.tSSar de fleia1o para ex- tado no ombro, em virtude de sua posição flexio-
tensão a flm de concluir o exercício. nada. Para concluir o exercido, o bíceps braquial
Os músculos biarticulares são aqueles que cru· contrai-se de forma concêntrica para flexionar o co-
zam duas articulações diferentes e que atuam direta- tovelo, desse modo "encurtando-se" adequadamente
mente sobre elas. Em razão de vários fatores envol- nessa fixação. Ao mesn10 ten1po, o on1bro é esten-
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dído durante o exercício, o que de fato "alonga" o Unl exenlplo ocorre quando o reto femoral con·
bíceps braquial nessa articulação. trai-se de modo concêntrico na flexão do quadril e
Os músculos biarticulares do quadril e do joelho na extensão do joelho, como na Figura 2.17, A. Ele
fomece1n excelentes exenlplos de dois 1nodelos de pode execurar qualquer ação, cada uma no seu
a~1o diferentes. Um exemplo de um modelo de movi- ten1po, mas é ativamente insuficienLe para atingír a
mento concol'l'COte ocorre quando o joelho e o qua- a1nplirude de movin1cnto roral das duas articulações
dril são estendidos ao mesmo tempo. Se apenas o joe- ao mesmo tempo, como na Figura 2. 17, B. Do rnesmo
lho fosse es1endido, o reto fenloral iria encurtar e modo, ger.tlmente os i.squiotibiai.s não vão alongar-se
perdc:r 1ensào oomo os ouuos músculos do quadri- o bastante para permitir a flexão má.xima do quadril
ceps femoral, mas seu comprimento relativo e sua e a extensão máxima do joelho; em consequência,
subsequen1e tensão desenvolvida podem ser mantidos esses movimentos siio passivamente insuficientes.
eo1 razão do seu alongamento relativo na articulação Como resultado desse fenômeno, é quase impossível
do quadril durante a extensão. Quando unl."I bola é estender o joelho de uma forma ativa por completo
chutada, pode ser observado um exetnplo de um mo- com o quadril totalmente flexionado, ou vice-versa.
delo de movimento contraconcorrente. Dllr'.inte a
fase de n1ovinlento do membro inferior para a frenie,
o reto femoral é contraído de forma concênlrica tanto
para flexionar o quadril come> para estender o joelho.
Esses dois movimentos, quando combinados, aumen-
tam a tensão e o estiramento nos músculos isquioti-
biais nas articulações do joelho e do quadril.
Os músculos multiarticulares atuam em três ou
mais articulações por causa da linha de tração entre
sua origem e sua inserção, atravessando móltiplas ar-
ti<.1.1lações. Os princípios discutidos em relação aos
músculos biarticulares aplicam-se de forma similar
no caso dos músculos rnultiarciculares.
Universlty of Arkansas for Medical Scienccs Nerve Punctions of thc Muscular System
tables http://training.seer.cancer.gov/module_anatomy/unit41 _
http"J/anatomy.uams.edu/anatomyhtmVnerves.html muscle_functions.html
lnúmc.:ras tabelas de toe.los Ql nervos do cotpO. Várias páginas com informações sobre a estrutura,
os tipos e os grupos de músculos esqueléticos, com
A Cybera.natomyTutoriaJ of the Brach.ial Plexus and revisões e testes.
lts Associated Injuries
Func tions of thc Nervous System
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Um guía para o plexo braquial.
nerve_functions.html
Dermatomes Várias páginas co1n informações sobre a organiza-
ção do sistema nervoso, a estrutura do nervo, revi-
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Loyola University Medical Edu cation Network
Wormações sobre como melhorar a consciência
Mastcr Muscle Ust
corporal e a eficiência dos movimentos.
www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/GrossAnatomy/
d íssector/mml Fitter Intemational
Uma revisão interativa e gráfica dos músculos po-
www.fitter1.com/article__proprioception.
s icionados por região e por orden1 alfabética.
html?mtcPromotion=Artícles%3EProprioception
Produtos e artigos sobre propriocepção.
Spinal Cord and Ncrvous System
www.driesen.com/spine_and_spinal_cord.htm The Physlcian and Sportsmecllcine
Uma revisão da n1cdula espinal e do sistema ner· www.physsportsmed.com/issues/1997/10oct/laskow.htm
voso. Refinando a reabilitação com treinamento de p ro-
priocepção: acelerando o retomo à prática esportiva.
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Propric>eepç-Jo. http://anatline.nlm.nih.gov/AnatQuest/AwtCsVieweraq<ut-
away.html
Meds l Neurophysiology 2003 Uma boa fonte que utiliza imagens de cadáveres
www.med.uwo.ca/physiology/courses/medsweb em diversos cones anatômicos par& desenvolver a ha-
Um síte com aninlaçõcs de ncurofisiologia. bilidade de identilicaçilo de estruturas anatômicas ao
longo do corpo.
Muscular Syscem
www.bio.psu.edu/faculty/strauss/anatomy/musc/muscular.
EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E DE
htm
Fotos de cadáveres de gatos com exposição do sis- REVISÃO
tema muscular.
1. Observe em um colega alguns músculos enconua-
BBC Science & Nature dos nas Figuras 2.1 e 2.2.
http:l/bbc.co.uk/sciencelhumanbody/bodyfinteractives/ 2. Complete o quadro de nomenclatura muscular, cs-
3djigsaw_02/lndex.shtml aevendo as aracteristicas distintivas de cada um dos
Um site interativo que permite selecionar a iner- 1núsculos nomeados de acordo <."Om o formato, o ta-
vaç-Jo para os mlísculos. manho, o número de divisões, a direção da fibra, a
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9. Fique em pé, t!relO e apoiado en1 uma só perna pois estenda o punho ao mãx:imo. O que acon-
sobre uma superficie plana com o outro joelho le- tece com os dedos e por que isso acontece?
venlCnte flexionado, sem cont:1to com nada. Olhe
para a frente e tente manter o equiliôrio nessa po- 14. F1e.xione ao má.xlmo se~ dedos ao redor de um
síçào por até cinco minutos. O que voei! nota acon- lápis com o punho n.1 posição neutra. ~1antenha a
tecendo com os músculos da perna? Tente nova- máxima flexão dos dedos enquanto permite que
mente com o joelho da perna de apoío levemente seu colega segure seu antebraço com uma mão e
fle.xlonado. Que diferença voei! nooi? Tente nova· use a outra mão para forçar seu punho para a
1ncnte sobre um pedaço de espuma grossa. Tente máxima flexão. Voe{! consegue manter o controle
na posição original com os olhos fechados. Des- do lápis? Explique.
creva as diferenças entre as várias tentativas.
1;. Você está andando em uma linha reta na rua
10. De p(!, segure na mão um livro pesado com o quando um estranho colide com você. Você tro-
antebraço supinado e o cotovelo flexlonado a peça, mas recupera o equilíbrio. Utilizando as in·
cerca de 90". Solicite a um colega que repentina- formações deste capítulo e outras fontes de refe-
mente coloque outro livro pesado sobre o que rência, explique o que aabou de acontecer.
você já está segurando. Qual é o resultado ime-
di:no no ângulo de flexão do seu cotovelo? Expli- 16. Beber um copo de água <:uma atividade normal
do dia a dia na qual a mente e o corpo estão en-
que o porqul! desse resultado.
volvidos no controle da tarefd. Explique c.-omo os
11. Sente bem ereto em uma mesa com os joelhos movimentos acontecem desde o momento em que
flexionados a 90" e os pés livres. ~lantenha essa sua mente indica que você está com sede, dando
posição enquanto flexiona o quadril direito e atençào às ralzcs nervos.'lS, às contl"dções muscula-
tente cruzar suas pernas, de modo a deixar a res e ao ângulo de traç:1o.
pema direita cruzada sobre o jocU10 esquerdo. É
dificll? O que tende a acontecer com a parte infe- Referências bibliográficas
rior do dorso e com o tronco? Como você pode
modificar essa atividade para tomá-la mais fácil?
Bcmicr Mil: Pcrtwbadon anel agllJcy lt2Jl\íAg ín lhe tthaJ>iliwion for
!10CCCr •Ih~ Atbktk Tht•'W' 7bdoy 8(3}20-22, 2003
12. Determine sua c-.irga máxima no exercício de rosca llbclcbum T. Guoklcwb K.\1. PrtscNue< \IA Pm11kc WE: &bnc:e
0
bíceps no teste de uma repetiç:lo rnixima come- and joit1I sutxbry, lhe rebtl\C cootnbullOl\5 oi propriocq)UOn and
çando com tocal extensão e terminando com tocai musaibr MJ'Cft8'h,jounw/ ofSpon R•ba/Jllltatfon 9(4}31H28,
flcxilo. Realize cada um clo5 exercícios a seguir 2000
com penodos adequados de recuper.iç:1o. Olnt'r AM. KJnzcy SJ, Chliwood l.F, Cole JL. Proprioceptlve
neummu.cubr fadlltatlon dccre:t>ci mu.sde activity during llie
wecch reílcx in scleaed ~erior thl1th mu:scles. Jottnwl ofSport
a. Comece com o cotovelo flexionado a 45P e so- RdJabll//atfo11 9(4):$--278, 2000.
licite a um colega que lhe dê um peso um Do\'n G. Powcro ME: RcU>bdky oi jolnt poolllon""""' and (.,...,,.
pouco maior do que havia feito no reste de reprodualOn .-sures tluring íntml:ll and atc:nW rot1tlon oi lhe
uma repetição máxima (cerca de 2 kg). Tente t.hooldtt. jouma/ o/Atbklk Tralnl•f8 38(4). ~IO, 200}.
levantar o peso atê a amplitude restante de fle- 1L1ll SJ BaslC biom«JNl11la, cd 4 r;.,,. Yoric. 2003. ~lc(;,..,.·.1 hlJ
xão. Você consegue atingir a flexão total? Ex- lWmlJ J. Knuact1 K.\I Blont«banlwl baJis o/bu1"Qn ,,_.._,.,, cd
plique os resultados. 2, ~. 200j, IJpplncocl WUUam.. & Willtins.
b. Comece com o cotovelo em 90" de flexão. Peça H2nulton 1', l.u~ K l\ltialok«>· sdm11fa baJis ofbuman
- . . _ ed 10. Ooown. 2002. McGr>w·IWI
ao seu colega que lhe dê um peso maior do que
cm l 2a. Tente permanecer com o cotovelo fle- Knl8ht KL. lngtt.<Cll CD. &nholomcw J. 1soconk conrr.ictions mlgh1
bc more dJccth·c th>n bolunc:tle contnetloo.t in dc>-doping
xionado nessa posição durante dez segundos. musdc Mte"l!'h,Jo"""'' ofSpon lldx1blJl1a11o11 10(2):124-131.
Você consegue realizar essa aç:lo? Explique. 2001.
c. Con1ece com o cotovelo em flexão n1áxima. Krel31>b:ium e, 83rthcls KM. 8l<J1t1t"Clw111c$: a qu11/lrarlw approtldl
Solicite ao seu colega que lhe dC: um peso /«st11dyt1111 b1mw11 "'"'""""''· cd 4. ~n. 1996, Allyn &
ll•C'On.
maior do que em 12b. Tente baixar o peso len-
Undsay DT: Fllna1onal buma11 anaUHny. SL Loul$. 1996. Mosby.
tamente até alcançar a extens:lo tOtal. Você
LotPn GA. McKinncy IOC· A•ial()mlc "''~· cd 3. Dubuquc, IA.
consegue realizar essa ação? Explique.
1982, °""'n.
McAtdlc WD. K.aldl Fl, KA1d! \/1 ~ p/>)!Slo""1)" cneigy
13. Com o punho em uma ~ição neutra, estenda os nuJrilion, and buman ~''"· cd S. lblwnorc, 2001.
dedos ao máximo, tente manter a posição e de- Uppincoa WiUiams & Wdlans
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Capítulo 2 1 •n<l uncntoo ncurorm rl·•rr•' 65
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l'O\v= SK, 1lowlcy lff: ~ pb~ tb«>ry aml Off>llCIJtl()r1 Van De Graal' KM, l'ox SI. l..al'lcur KM: S)'nop;ls o/ buman mratomy
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~'"\;lf\11 131,, L<.-pbart S~I· 11ic ><."rot>rilnotor •)">t~'Ul. pan 1; lhe
ph)'$10lasJC!11 b:lsls o( fun<:ll<>MI folnt $Clbtlily, jounwJ efAtbktlc
Trof11lng 37(1);71-79, 2002.
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Capítulo
atores e conceitos
biotnecânicos básicos
Objetivos
• Conhecer o princípio das alavancas e entender como ele pode contribuir para um melhor desempenho
físico
• Conhecer o funcionamento do si&ema musculoesquelêtico e vê-lo como uma série de máquinas simples
• Conhecer os conceitos de torque e con1prirnento dos braços da alavanca e entender como eles podem
contribuir para um melhor desempenho fislco
• Conhecer as leis de movimento de Ne,vton e cncender como elas podem contribuir para um meU1or
desempenho físico
• Conhecer os princípios de equilíbrio, compensação e estabilidade e encender como eles podem
contribuir para um melhor desempenho iLSico
• Conhecer os conceitos de força e impulso e entender como eles podem conlribuir para um melhor
desen1penho fisico
gio ou mesmo ela faculelacle, sobre as leis que afetam uma grande d istância. As máquinas funcionam de
o movimento. Esses e outros princípios serão discuti- quatro maneiras:
dos rapielamente nesre capírulo, que procura prepa-
1. Equilibrando n1Íllriplas forças.
rar o leitor para aplic:'i-los aos movi1nenros do corpo
2. Acentuando u1na força com o objetivo de reduzir
humano. Quanto mais esses princípios pudere1n ser
utilizados cm a plicaçõcs práticas, n1ais fácil será co1n-
precndt.~los.
-
a força total necessária para superar un1a rc-
.
.stenc1a.
s1
3. Acentuando a amplitude e a velocidade do mo-
A mecãolca, estudo das açôes fískas elas forças,
vime nto de modo que a resistência possa ser
pode ser subclividíela em estádca e dinâmica. A es-
mO\'ida a uma distância maior ou de forma mais
tática envolve o estudo de sistemas que estão em um
rápiela do q ue a força aplicada.
constante estado de movimento, seja em repouso sem
4. AJterando a direção resultante da força aplicaela.
movimento ou movendo-se em uma velocidade
constante, sem aceleração. Ela envolve o equilíbrio de As máquinas símples são a alavanca, o sistema de
toclas as forças que agem sobre o corpo. A dinâmica roda e eixo, a polia, o plano inclinado, a hêlíce e o
envolve o esrudo de sistemas em movimento com
calço. A organi1.ação do sistema musculocsquel&ico
aceleração. Um sistema em aceleração está fora de
fornece crês tipo.-; de máquinas que produzem movi·
equilíbrio por estar submetido :l ação de fo rças
mento: alavancas, roda/eixos e polias. Caela um deles
desiguais. Os componentes adicionais do estudo ela
envolve o equilíbrio de forças rolacionais sobre um
biomecJnica são a cincmádca e a cinédca. A primeir.i
eixo. A alavanca é a forma mais comum de n1áquina
trata ela descrição do movimento e leva em considera-
simples e ncontrada no corpo humano.
ção elen1e ntos como tempo, deslocamento, veloci-
elade, acelenrção e fatores esp-.iciai.s de um sistema em
movimento. A cinética é o estudo das forças assoei.a- Alavancas
das ao movimento de um corpo.
Pode ser difícil para uma pessoa visua.lizar seu
corpo como um sistema de alavancas, embora e le de
Tipos de máquinas encontradas fato funcione dessa maneira. O movimento humano
no corpo ocorre por melo do uso desse sistema. As alavancas
anatômicas do corpo não podem ser mueladas, mas,
Con10 discutido no Capítulo 2, utilizamos os mús- quando devidamente compreendido, o sistema pode
c-ulos para aplicar força aos ossos aos quais se fixan1 ser usado de forma mais eficiente, de modo a maxi-
a fim de gerar, controlar ou impedir movi n1entos nas n1izar os esforços musculares en1preendidos pelo
articulações que eles cruzam. Frequentemente, faze- corpo.
mos uso dos ossos, como os das mãos, para segurar, Define-se alavanca como unia barra rígiela que
empurrar ou puxar um objeto enquanto utllizan1os gira em torno de um eixo de rotação, ou fulcro. O
uma série de outros ossos e articulações por rodo o eixo é o ponto de rotação ao redor do qual a ala-
corpo para aplicar força por meio dos m(Jsculos a fin1 vanca se a1ove.
de mudar a posiç-.10 de um objeto. Ao fazermos isso, A alavanca gira em tomo do eixo em decorrência
uma série de mecanismos silnples e ntra em ação para de unia força (algumas vezes mencionada como es-
realizar as tarefas. As máquinas são utilizaelas para forço, E) aplícaela a ela para provocar seu movimento
awnentar ou muhiplic-<1r a forç-.i aplícada na execu~-ão contra uma resistência ou peso. No corpo, os ossoo
de u1na tarefa ou para fornecer uma vantagem me- representam as lx1rras, as articulações são os eixo.~, e
cânica, que permite aplicar uma força, ou esforço, os músculos se contraem para aplicar a força. A quan-
relativan1ente pequena para mover uma resistência tidade de resistência pode variar de máxima a mínima.
maior. Pode-se determinar a vantagem mecâníca cli- i\líás, os ossos propriamente ditos ou o peso do seg-
vidbldo a carga pelo esforço. o aspecto mecânico de menro do corpo podem ser a única resistência apli-
cada componente deve ser considerado na análise da caela. Todo sistema de alavanca possui esses três com-
função mecânica dos componentes. ponentes conjugados de rrês formas possíveis.
Outro modo de pensar sobre as n1'1quinas ~ q ue A l~ção desses tres componentes ou a maneira
elas conve rtem q uantidades pequenas de força sohre como eles estào dispostos um em relação aos outrOS de-
uma lo nga dist<lncia em grandes quantidades de força tcmúna o tipo de alavanca e o tipo de movin1ento que
exercidas sobre uma pequena distância. Isso pode se melhor se adapca a ela. São eles o eixo, o ponro de apli·
inverter, de niodo que uma grande quantielade de cação ela força (normaln1~te a inserção do músculo) e o
força exercida sobre uma pequena distância con- ponto de aplicação ela resist.ê nda (às ve-~ o centro de
verta-se em uma pequena quantidade de força sobre gravidade da alavanca e a localização de uma res.i.5rência
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Capítulo 3 1 11or<s e conce1100 b1omecln1cos lxhk:os
externa). Quando o eixo (E) é colocado entre a força (J.) Pri moiro clcwo
e a resistência («), uma alavanca de primeira dasse é f R
produzida CFigs. 3.l e 3.2). ·as alavancas de segund.'I
classe, a resi&ência fica entre o eixo e a força ()'igs. 3.1 e
l l
3.3). Se a força for colocada entre o eixo e a resislencia,
AI
Sogundo closso
cria-5e um alavanca de terceira classe (Figs. 3.1 e 3.-0. A R f
Tabela 3.1 fornece um resumo das ttês da$CS de ala- l t
vanca e as caracrerí.sticas de cada uma. ');
A vantagem mecinica das alavancas pode ser de- Terceiro closso
tenninada usando-se as seguintes equações:
Vantagem nlecânica
...
resistenc1a
f
t
R
l
força ·i
ou
FIGURA 3.1 • Classificação das alavancas.
Vantagem comprimento do braço de força
=
mec-lnica comprimento do braço de resistência
Equilíbrio R Amplitude
de movimento forço
A
E
R
F E
Forço F
-
A
E
l~ /
R
' ,
R
Volocidoclo e omplil\lde de movimenlO
F
B
E
R f
Velocido~ o omplil\ldo
de movimenlo
E E
"
F-
R
R
R
E
A B
R E
A. Modifieido de lloohcr JM, lbibodeau GA! Atb/Cllc l11j11ry fl$$($$1tietll, 4' ed., 2000. Mç(;r.iw·Hill.
8. Modificado de 11a11 SJ: llaSk: l>tomccbanfCS, 4' ed.. 2003. McGr.1w-11i.U.
\\:Jocídade e
Braço de amplirude de
E-F-R
resistência e movimento Dfceps br.1quial e
Força entre o Elxo pr6xin10
3• braço de força {lt,-'QUCJ' grande Pá, carapulta braquial na flexão
eixo e a à força
movem-se na fôf\'l\ para mover do cocovelo
resistência
mesma dir<.'Ção uma resistência rela-
uvamence pequena)
ao estender o c0tovclo em uma flexão de braço, outro vanca de terceira dlsre no corpo. Usando a articulação
caso semelhante no corpo é a flexão p lantar do torno- do COlovelo (.ll> como eixo, o bíceps braqulal a plica força
zelo para e levar o corpo con1 apoio sobre os dedos do cm sua inscrç:lo sobre a tubcrosidadc do r.1dio (F) para
pé. A região dos meratarsais sesve de eixo de rotação girar o antebraço para cima, com centro de gravi-
Sl'l.l
($) quando os flexores plantares do tornozelo ap licam dade (!ô servindo de ponto de aplialção de resi5tência.
força ao calcãneo (F) para levantar a resistência do O b raquial é um verdadeiro exemplo de alavanca-
corpo na articulação tibiofibular (/-0 con1 o tálus. Abrir gem de terceira classe. Ele traciona a u lna logo abaixo
a boca cm oposição a alguma resistência é oulro exem- do cotovelo e, con10 ela não consegue girar, a tr.iç-Jo
plo. No entanto, existem relativamente poucas ocor- é dire1a e certeira. O bíceps braquial, por outro lado,
rências de alavancas de segunda e~ no corpo. rotaciona o antebraço quando e le é flexionado, de
1nodo que a alavanca de terceira classe se aplique
apenas à flexão.
Alavancas de terceira classe
Queros exemplos íncluem os isquiotíbiais, ao se
As alavancas de terceira classe (Fig. 3.4), nas quais a con1.r aírem p ar-.i flexionar o joelho com o corpo em
força (! aplicada entre o eíxo e a resi!.tenda, servem para uma posição ereta, e o iliopsoas, ao ser usado par-.i
produzir velocidade e amplitude de movimento. Quase flexionar a coxa na altura do quadril.
todas as alavancas do corpo humano são cles,-;e tipo e
requerem grande quantidade de força para serem movi·
meneadas, mesmo quando a resistência é pequena. São Fatores no uso de alavancas
exemplos as catapultas, as portas de mola e o uso de um anatômicas
remo, no qual a força de elevação é aplicada com a mão
de baixo, enquanto a mão de cima serve con10 eixo de Nosso sistema de alavancas anatôallcas pode ser
rotlç:lo. O bk:cps br.iquial é um exemplo típ ico ele ala- usado pa.ra fornecer vantagem mecllnica e meU1orar
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72 'I 11 i;,I de rim'< ol<>ir 'uuru 1
a eficiência de movin1entos f'isicos simples ou com- R~ão enir. for-ça, ~o ele for-ça • ~o ele ,.1l1tincla
plexos. Alguns Indivíduos desenvolve1n inconscien- _,, uma NMl1in<ia canotonte de 20 kg
tetnente o h,'\bito de usar as alavancas humanas de 21
maneira apropriada, mas, muiw vezes, não (: isso o
20
19
18
•
que ocorre. 17
16 -0- 8r090 d. '-Si>lincio
15
Torquc e comprimento dos braços da alavanca . . . forço
Para entendennos bc1n o sistema de alavancas,
- 13
!. 12 " ...,._ 8roço d. ÍO<ço
7
6
8
uma direção não alinhada com o centro de rotação de 5
um objeto de eixo ftxo. Nos objetos sem eixo fr..xo, 4
3
uata-se de uma força aplicada de maneira não ali- 2
nhada com o centro de gravidade do objeto. Para que 1
o
a rotação ocorra, precisa ser aplicacL1 uma força ex- o 2 3 4 5 6
centrica. No corpo bumaoo, a contração muscular Fof1a (N )
aplica unia força excêntrica (que não deve ser confun-
dida con1 contração excêntrica) ao osso em que se FIGURA 3.5 • Relação encrc forças, braços de força
fLxa e causa nele uma rotação em tomo de;: um eixo e braços de resistência. (O gráfico considera uma
siruado na ruticulação. A quantidade de torque pode resistência constante de 20 N, o que resulta cm
ser determinada n1ultiplicando-se a quantidade de uma representação gráfica do braço de resistência e
força (.magnitude da força) pelo braço de força. A de força posicionados um sobre o ourro.) A, Con1 a
resistênci1 constante e m 20 N e um braço d e
distância perpendicular entre a localização da a plica- resistência de 1 m, o produto de (força) X (braço
ção da força e o eixo é conhecida como braço de de força) deve ser igual a 20 Nm. Como resultado,
força, braço do momento ou braço do torque. O braço existe uma relação inversa entre a força e o braço
de força pode ser mais bem con1preendido quando se de força. Confom1e a força aumenta, o
entende que ele (! a menor discância entre o eixo de comprimento do braço de força diminui, e vice-
rotação e a línha de ação da força. Quanto malor a versa. B, Se a força aumenta e o braço de força
distância do braço de força, nlai.s torqu<: é produzido pe;:m1anccc constante, o braço de resiscência
diminui para uma resistência constante de 20 N.
pela força. Uma aplicação prática de torque e alavan-
cas ocorre quando aumentamos propositalmente o
comprimento do braço de fo rça a fim de aumentar o
torque para conseguirmos mover com mais facilidade aumento em un1 ou em ambos os componentes da
uma resistência relativamente niaior. En1 geral, isso é força. As Figuras 3.6, 3.7 e 3.8 mostram alavancas de
referido con10 aun1ento ou alavancagem. primeira, segunda e terceira classe, rcspcccivamente.
Também é importante notar que o braço de resis- Até mesmo leves variações na localização da força e
tência pode ser deftnido como a distância entre o eixo da resistência são imponantes para determinar a van-
e o ponro de aplicação da rcsisrl!ncia. Ao discutir a tagem mecânica e a força efetiva do músculo. Esse
aplicação de alavancas, é necessário entender a relação ponto pode ser ilustrado pela simples fórmula desta-
entre os '-omprimentos dos dois braços da alav-dJlca. cada na Figura 3.9, que utili1.a o músculo bíceps bra-
Há uma relação inversa entre força e braço de força, quial em cada exemplo.
exatamente como há entre resistência e braço de resis- No exemplo A da Figura 3.9, só é possível mover
tência. Quanto maior o braço de força, menor a força a inserção do bíceps braquial por meio de cirurgia,
necessária para movin1entar a alavanca se a resistência portanto, isso não é pr11tJco. Em algumas condíções
e o braço de resistência permanc<:ercm constantes, orropédlcas, as fixações dos tendões são cirurgica-
como mos1.rado na Fígura 3.5. Além disso, quando a mente recolocadas a fun de n1udar as forças dinâmi-
força e o braço de força permanecem constantes, uma cas dos músculos sobre as aniculações. No exemplo
maior resistência podera ser movinlcntada se o braço B, o braço de resistência pode e, com frequência, é
de resistência for encurtado. e ncurtado para a umentar a habilidade de mover um
Má ainda uma relaç-:io proporcional entre os com- objeto. Ao tentar um peso máximo em un1 exercício
ponentes da força e os da resistência. Ou seja, para de rosca bíceps, flexiona-se o punho para aproximar
que o movin1ento ocorra quando algun1 dos compo- o peso do corpo, o que encurta o braço de resistência.
nentes da resistência aun1enta , é preciso haver um (0 texto cc111(1111t11u1 p. 74J
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( 73
f·~
Fa~ R = Reslsttnda
R • Resist6nda VM ,. Vantagem
VM • Vantagem mednlai
mecAnica
A
A
Braço de força == 20
I• Braço de força= 10 • .sraço de resistênda =1~j ·I
1
R
R
F
F
F = 10, R = 20, VM = 2
F =20, R =20, VM =1
B
8 Braço de força = 20
Braço de
Braço de força = 15
•I~slstênda = 5•I I· Braço de ·I
resistênda = S
I·
R
R
F =13,33, R = 40, VM = 3
F a 10, R =40, VM =4
e
Braço de força== 5 Braço de resistênda =15 e
I· ·I· ·I Braço de força .. 20
R
I· Braço de resistência = 1S
F R
F
flGl 'RA 3.6 • Alavancas de primeira cl:c.sc. A, Se FIGlltA 3.7 • Alavancas de segunda classe servem
os braços de força e de resistência têm o mesmo para mover grandes resistências com pequenas
comprimento, é nocessãria uma força igual :\ forças e possuem uma vantagem mecânica positiva
resistência para contrabalançá-la. B, Confom1e o j!i que o braço de força (: sempre mais longo do que
braço de força se toma mais longo, uma diminuição o de resistência. A, Colocar a resistência na metade
da quantidade de força passa a ser necessária par-.i do can1inho entre o eixo e o ponto de aplicação da
mover uma resistência relativamente 1naior. e, ;\ força fornece uma vantagem mecânica de 2. B,
medida que o braço de força se torna mais curto, Aproxímar a resistência do eixo aumenta a
uma diminuiç-lo da quantidade de força passa a ser vaniagem meclnla, mas diminui a distância pela
neces.~ria para mover urna resistência relativamente qual a resistência é movida. C, Quanto mais peno a
menor, mas a velocidade e a amplitude de resistência é posicionada do ponto de aplicação da
movimento pela qual a resistência pode ser movida força, menor é a vantagem mecânica, mas maior é a
estão maiores. distância pela qual ela ê movida.
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74 trutural
=10 ·•II
Exemplo A-Alongando o braço de força
I• Braço de fof2
Aumente o BF movendo a inserçJo distalmente
em 0,05 m:
R F
F X 0, 15 • 45 N X 0,25 m
=
F x 0, 15 11,25 Nm
F = 75 Nm
=
F 20, R • 10, VM • 0,5 Um aumento da distAncia da inserçJo no eixo em 0,05 m
resulta em uma considerável reduçllo na força necessária
p ara mover a resistência.
B
Exemplo B - Encurtando o 1>n<o de reslst•nda
Braço de reslstlnci a =20 ~
I· Braço de força =
Reduza o BR movendo o ponto de apllcaçllo da
resistência proximalmente em 0,05 m:
I· ·I f X 0, 1 " 45 N X 0,2 m
F x 0, 1 = 9 Nm
R F
F " 90 Nm
Uma diminuição da distância da aplicação da resistência
ao eixo em 0,05 m resulta em uma reduçllo considerável
F = 40, R • 10, MA = 0,25 na força necessária para mover a resistência.
~lGURA 3.11 • Alavancas de tcrct:ir.i classe. A, ~ o cxcn1plo e deixa claro esse processo c1n que se
necessária uma força maior do que a resistência, pode, obviamente, reduzir a força nt.-ccs.5ária redu-
qualquer que seja o seu ponto de aplicação, jã que zindo a resistência.
o braço de resistência t: sen1pre maL5 longo. 8 , O sistema de alavancas do corpo humano desti-
Aproximar o ponto de aplicaç:lo da força ao eixo na•sc a gerar velocidade c aniplirudc de movimento à
aumenta a amplitude de movin1ento e a velocidade, custa de força. Braços de força curtos e bra~"O.~ de re-
mas requer mais força. C, Aproxinmr O ponto de sistência compridos requerem grande força muscular
aplicação da força :\ resistência diminui a força para produzir n1oviniento. No antebraço, as r1Xaçõcs
necessária, mas diminui 1ambt:m a velocidade e a dos músculos biceps e ttíceps ilustram claramente esse
amplitude de niovimento. ponto, uma vez que o braço de força do bíceps t: de
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Capítulo 3 1 llOr< ' ,. 75
2,5 a 5 cm e o do tríceps de menos de 2,5 cm. ~1uitos sível aumentar o comprin1ento de uma alavanca com
outros exemplos parecidos são encon1tados em todo uma raquete ou um bastão.
o corpo. Do ponco de vista prático, isso significa que Em esportes como beisebol, hóquei, golfe e hó-
o sisten'a muscular deve ser forte para fornecer a força quei de grama, alavancas mais longas apresentan)
necessária para os movimentos do corpo, principal- 1nais forç:'.1 linear e, portanto, melhor desempenho.
mente cm atividades esportivas vigorosas. No entanto, para conseguir executar movimentos
Quando se fala em alavancagem relacionada a ha- completos no menor tempo possível, pode ser neces-
bilidadi.is esportiV".tS, refen.."-se, de um modo geral, a sário um bra~"O de alavanca mais curto. Por l!XCmplo,
diversas alavancas. Por exemplo, para arremessar uma um apanhador de beÍS(?bol, ao tentar úrar um corre-
bola, há alavancas nas articulações do ombro, do co- dor da segunda base não tem de atirar a bola de
tovelo e do punho, bem como na relação entre o solo, modo que ela viaje tão rápido como quando o lança-
oo meinbroo inferiores e o tronco. dor a atira. Para ele, é mais in)portanle iniciar e com-
Inclusive, pode-se dizer que há unia alavanca longa pletar o lançamento o mais rápido possível. O lança-
que vai dos pés acé a m."lo. dor, por sua vez, ao tentar atirar a bola a mais de 150
Quanto mais longa a alavanca, mais efetiva ela é na km/h, utiliza seu corpo como un1 sistema de alavan-
velocidade que 1tans1nite. Um jogador de tênis conse- cas em uma amplitude de movin1ento maior para dar
gue bater na bola com mais força fa7.cndo impulso velocidade a ela.
com o cotovelo estendido do que com o c0tovelo íle-
xionado, porque a alavanca (incluindo a r.iquete) fica Rodas e eixos
maior e se move em uma velocidade maior. Rodas e eixos são usados sobrerudo para melhorar
A Figura 3.10 indica que un)a alava nca mais longa a amplin1de e a velocidade de movimento no sistema
(Z') percorre um mesn'o número de graus mais rá- mu.sculoesquclí!úco. Uma roda e um eixo funcionam
pido do que uma alavanca mais curta (S'.> . .Esse prin- essencialmente como uma forrna de alavanca. Quando
cípio se aplica a atividades esportivas em que ê poo- a roda ou o eixo gira, o ouuo deve girar também. Os
Ã.
\
\
\
\
\
\
\
\
\ \
1 1
1 1
r1GURA 3.10 • Comprin1ento das alavancas. O final de uma alavanca longa (Z') movin1enta-se com mais
rapidez do que uma alavanca curta (S') no mesmo ângulo e na mesma quantidade de tempo. Quanto n)ais
longe a resistência estiver do eixo, maior a distância em que ela se move e maior a força distríbuida,
resultando na movimentação da resistência em unia velocidade também maior. Nas atividades esportivas em
que (: possível aumenta r o comprimento de uma alavanca com un'a raquete ou um taco, os mesmos
princípios são aplicados.
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dois completam um giro ao mesmo tempo. O centro girará en1 uma velocidade três vezes maior do que o
da roda e do eixo corresponde ao fulcro. Os raios da do eixo. Além disso, a distância a qual o lado externo
roda e do eixo correspondem ao braço de força . Se o da roda girará, será três vezes maior que a do lado
raio da roda é nlllior que o do eixo, então, em virtude externo do eixo. A vantagen1 mecânica da roda e do
de seu braço de força mais longo, a roda possui uma eixo para esse cenário pode ser c:tlculacL'I consideran-
vantagen1 mecânica sobre o eixo. ls10 é, uma força do-se o raio do eixo sobre o raio da roda.
menor pode ser aplicada à roda para mover uma resis-
tência maior aplk~1da ao ei.xo. De forma muito sin1plc.:s,
raio do eixo
se o raio da roda é três vezes o raio do eixo, enrão a Vantagem mecânica -
roda possui uma vantagem mecânica de 3 para 1 sobre raio da roda
o eixo, como na l'igu.ra 3.11. A vanragem mecânica da
roda e do eixo para esse cenário pode ser calculada Nesse caso, a vanragem mecânica é sempre menor
considerando o raio da roda sobre o do eixo. do que 1. F..sse é o principio utili7.ado no trem de di-
reção de um automóvel para girar um eixo, que, logo
• , raio da roda depois, gira o pneu ao redor de uma revolução para
V:antagem mecan1ca = . d . cada giro do eixo. As pessoas usam a porência de um
rato o eixo
motor de um au1om6vel para produzir a força neces-
Nesse caso, a vantage1n mecânica é sempre niaior sária para aumentar a velocidade do pneu e, assim,
do que 1. Uma aplicaç-Jo desse exemplo é utilizar deslocar-se por grandes distâncias. Vm exen1plo dos
uma porção exterior de um volanre de direção de músculos que aplicam força cm um eixo para rcsulrar
em amplitudt: e velocidade de movimento maiores
au1om6vel en1 tomo do n1ecanismo de direção. Anti-
gameore, antes do desenvolvimento da direção hi- também pode ser observado no membro superior, no
dráulica, os volantes possuíam um diâmctr0 maior caso dos rotadores internos fixados ao (1mero. Com o
do que hoje para dar ao mocorisca maior vantagem úmero atuando como o eixo e a mão e o punho loc-.i-
mecânica. Um exemplo da aplicação da força a uma lizados na parte externa da roda (quando o cocovelo
roda no corpo é quando tentamos forçar manual- é flexionado a cerca de 9()11), os rotadores internos
mente o ombro de uma pessoa a uo1a rotação medial aplicam força ao ú1nero. Com os rotadores internos
enquanto ela o mantém e1n rotação lateral isometri- girando o úmero de modo concêntrico e interno por
uma pequena amplitude, a mão e o punho percorrem
can1ente. O úmero age como un1 eixo, enquanto a
uma grande disrância. Usar a roda e o eixo dessa ma-
1não e o punho da pessoa estão localiz:idos pr6xin1os
neira nos permice aumentar de modo significativo a
:\ parte externa da roda quando o 001ovelo está ne-
xionado a cerca de 90". Se centannos cm vão frear a vt:loc.i dade em que pode1nos arremessar objetos.
força de contração dos rotadores externos empur- Polias
rando internamente o seu antebraço m~io, pode- Polias individuais pcssucm um eixo fixo e a fun-
mos aumentar nossa força de alavanca, nossa vanra- ção de mudar a direção efeciva da aplicação de força.
gem mecânica e nossa chance de sucesso aplicando Possuem ainda uma vantagem roecânic-.i de 1, como
a força mais próxima ã mão ou ao punho da pessoa. mostrado na Figura 3.12, A. Inúmeros aparelhos com
Se a aplicação da força é invertida de n1odo a ser carga as utili7.am para alterar a direção da força de
aplicada no eixo, a vanragem n1ecânica resulta de a resistência. As polias pode1n ser móveis e se combi-
roda girar a uma dlstãncia e velocidade maiores. Usando nar para formar polias compostas, a fim de aumentar
o mesmo exemplo, se o raio da roda é três vezes a vantagern mecânica. Cada cabo adicional ligado às
maior do que o raio do eixo, o lado cxrcmo da roda polias móveis aumenta a vancagem mecânica em 1,
como mostrado na Fig. 3.12, B.
No corpo humano, um excelente exemplo é for-
necido pelo maléolo lateral, que atua como uma
Rodo polia ao redor do tendão no qual o fibular longo
corre. Confom1e esse músculo se contrai, ele puxa
para seu ventre, que está em direção ao joelho. Em
raz."lo do uso do rnaléolo lareral coroo uma polia (l'ig.
,..,. ''
3· · I
3. 13), a força é transmitida para a face plantar do pé,
o que resulra em um movin1cnto descendenre e late-
1· ral do pé. Outros exemplos no corpo humano in-
l'IGURA 3.11 • Roda e eixo. cluem as polias da face votar das falanges que redire-
cionam a força dos 1endões flexores.
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Capitulo 3 1 • n
dá ao longo de uma linha reta, tr'J.ta·se do movimento
retilineo, ao passo que o movimento ao longo de unia
VM• 1 VM•2
linha curva é chamado de movimento curvilineo. O
movimento angular, também conhecido como movi-
mento giratório, envolve rocação em tomo de um eixo.
No corpo humano, o eixo de rocação dos movimentos
é composto por suas v:1ri.'IS articulações. Em um certo
senti<lo, esses dois tipos de movimento se inter-relacio-
nam, uma vez que o movimento angular elas anicula-
çôes pode produzir o movimento linc2r do andar.
Por exemplo, em muitas atividades e:.ponivas, o
movimento angular cumulativo d3s anicul:ições do
corpo imprin1e movimento linear a um objeto lançado
A 8 (bola, disco) ou a um objeto atingido por um instru-
mento (taco, raquete).
FIGURA 3.12 • A, Polia individual; B, Polia
Deslocamento refere-se a uma alteração de posi-
composta.
çlo ou locali.zação de um objeto a partir de seu pon10
original de referi!ncia, enquanto distância se refere ;\
medida de compri1nento do trajeto percomdo. Um
objeto pode ter percorrido unia distância de 10 me-
Músculo fibulor tros ao longo de um caminho linear em duas ou 1nais
z longo direções, nlas ter se deslocado de seu ponto de refe-
rência original apenas 6 metros. A Figura 3.1 i1 for-
nece um exen1plo. Deslocamento angular refere-se
il alteração de localiz.aç;lo de um corpo em roiaç;lo.
Deslocamento linear é a dlst:lncla que um slsLcma
Mal6olo percorre cm linha reta.
lowol Preocupamo-nos algumas veres com o tempo que
o deslocamento leva para ocorrer. A velocidade es-
calar descreve a dislllncla percorrida pelo objeto cm
um determinado intervalo de tempo. A velocidade
também leva em conta a direçio al<:m de descrever a
taxa de deslocamento.
Uma breve revis.10 das leis de movimento de Newton
FIGURA 313 • Polia. O maloolo lateral serve como indicará suas muitaS aplicações em ativid3des de educi-
uma polia para o 1endào do fibular longo. çào fisica e esportes. As leis de NC\vton explicun tO<Jas
Lei da inércia
Um corpo cm movimento tende a permane-
cer oa mesma velocidade escalar, e m Unha reta,
a m e nos que sofra a ação de uma fo rça. Um
oorpo cm repouso 1ende a permanecer em re-
pouso a menos que sofra a ação de uma força.
A inércia podt: ser <bcrir.a como a resistência a
uma ação ou a uma mudança. Em termos de movi- ..•...
mento hum."lno, tnércla refere-se ã resistência :\ acelera-
ção ou à desaceleração. Ela é a tendência de permane-
cer no esiado atual de l1lO\IÚilellto, independentement e
de o segmento do corpo esiar se movendo cm uma FIGURA 3.15 • Exemplo da primeira lei do
determinada velocidade ou de não es1ar farendo movi- movimento de Nt.>wton.
mento algum. De Hamilton N, Lucq;cM K K1n<'Slolqo· sckrltljk basisofbuma•1
Os músculos produzem a força necessária para ini· mollon, 10' cd., 2002, ~kG ....,·.HUI.
dar, parar, acelerar e desacelerar o movimento ou al-
terar a :,"Ua dir<.'Ção. Em outras palavras, a inércia é a
relutância em mudar de estado, e s6 uma força pode A acel eração pode ser deílnida como a taxa de
vencer essa relutância. Quanto maior a massa de um mudança da velocid:1de. A força n1uscular necessária
objeto, maior sua inércia. Por conseguinte, quanto para que un1 corpo en1 n1ovin1ento atinja uma deter-
major a massa, maior a força necessária parn alterar minada velocidade é nomulmente grande. A massa,
slgniflc:llivarnente a sua inércia. Inúmeros exemplos a quanúdade de matéria de um corpo, afeta a veloci-
dessa lei são encontrados em atividades de educação dade e a aceleração em movimentos físicos. A força
fisio. Um velocista deve aplicar força considcrtívcl muscular nettSSiria para acelerar um homem de 80
sobre os blocos de partida para superar a inércia de kg até uma certa velocidade é muito maior do que a
repouso. o corredor de pista fechada deve aplicar necessária para aceler-.ir um homem de ;s kg até a
força considerável para superar a in(!rcia do movi- mesma velocidade. ~possível também acelerar mais
mento e parar antes de se chocar contra a parede. A uma bola de beisebol do que um disco, por causa da
Figura 3.15 fornece um exemplo de como um esquia- diferença de peso entre esses dois objetos. A força
dor em n1ovimento continua em n1ovimento mesn10
necessária para correr na metade da velocidade é
após saltar da collna. Bolas e outros objetos lançados menor do que a força necessária para correr na velo-
ou rebatidos requerem força para serem parados. lnl· cidade máxin1a. Para imprimir velocidade a wna bola,
ciar, ix1rar e mudar de direç:lo - ações que fazem ou a outro objeto, é necessário acelerar rapidamente
parte de muitas atividades íisícas - fornecem muitos a parte do corpo que a segura. Futebol americano,
outrOS exemplos da lei da in(!rcia aplloda ao movi- basquete, atletismo e hóquei de grama são alguns
mento do corpo. espones que demandam velocidade e aceleração.
Como a mudança do estado de inércia exige apli-
cação de força, é óbvio que qualquer atividade reali-
Lei da reação
1,ada em um ritmo regular e uma direção constante
A cada ação corresponde uma reação igual e
conservará energia, e que qualquer atividade com
ritmo ou direção irregular custará caro para as reser- oposia.
vas de energia. Isso explica em pane por que ativida- Ao exercer força sobre uma superfície de apoio an-
dando sobre ela, a superfície oferece uma resistência
des co1no handebol e basquete são mais cansativas
igual, na direção oposta ã da planta do pé. O pé foz
do que a corrida moderada e a dança.
força para balxo e par-.i trás, enquanto a superfície em-
purra para cima e para a frente. A força da superfície
Lei da aceleração reagindo ã força exercida sobre ela é denominada
A mudança na aceleração de um corpo ooorre força de reaçOO do solo. O corpo proporciona a força
na mesma direção da força que a provoca. A mu- de ação, enquanto a superfície fornece a força de rea-
dança de aceleração é d.J.retamente proporcio nal ção. É mais fácil correr cm uma pista dura do que cm
à força que a causa e inversamente proporcio- uma praia arenosa, por causa da diferença. entre as
nal à massa do corpo. forças de reação do ~lo de cada superlicie. A pista
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Capírulo 3 f • ,, 79
resis1e il força de propul'iilo do corredor e a reaçilo o Como resultado, é sempre mais difícil começar a ar-
impulsiona para a frente. A areia dissipa a força do rastar um obje10 sobre uma superficie do que conti-
corredor e a força de reação é reduzida de modo cor- nuar a arrasti-lo. Pode-se aumentar o atri10 e.~1ico,
respondente, com aparente perda de velocidade e de aumentando-se a força normal, ou perpendicular,
força para a frente (Fig. 3.16). Ao iniciar uma corrida, que age sobre os dois obje100 simultaneamente,
o velocista aplica uma força cm excesso de 1.335 como ao adicionar mais peso a un1 obje10 posicio-
sobre os blocos de partida, que resistem com força nando outro sobre ele. Para determinar a quantidade
igual. Quando um corpo esú em voo, como no meio de força de atrito, deve-se considerar as forças que
de um salto, o movimento de uma parte do corpo pro- pressionam os dois objc1os ao mesmo 1empo e o co-
duz rcaçilo cm outra pane, íá que não hã superficie eficiente de atrito, que depende da rigidez e da as-
resi&iva para oferecer força de reação. pereza das texturas das superficies. O coeficiente de
alri10 é a ra7.ilo enrre a força necessária para superar
o atrito sobre a força que mantém as superficies uni-
das. A.trito de rolamento é a resistência de um ob-
jeto rolando sobre uma superficíe, como uma bola
rolando na quadra ou um pneu rolando no solo. O
atrito de rolamento é sempre menor do que o atrito
estático ou cinético.
o
Sem
..
Tensõo
.
Compre»Õo Clsolhomenlo
rado con10 uma alavanca longa. Quanto mais longa,
tanto pelo <.-omprimento natural do corpo como
pelos seus movimentos preparatórios para a posição
atrás estendida (como ao arren1essar uma bola de
corgo ou tração softbol, con1 extensão das articulações do on1bro e
do cotovelo), maior sera o arco de aceleraç.lo e ,
portanto, maior a velocidade transmitida ao objelo
lançado.
Em certas dn:unstâncias, quando a bola deve ser
lançada a uma distância curta - como no beisebol,
Flexão ou Torção Combinação quando ela é arremessada pelo apanhador para as
inclinação (k><çõo e compre»Õo)
bases - a alavanca curta é vantajo.53 porque leva men05
ternpo para soltar a bola.
FIGURA 3.17 • Forças de sobrecarga meclnica. O equillbrio é un1 fator importante no arren1esso
quando o corpo é girado para lrãs no início do movi-
mento. A virada praticamente desequilibra o corpo,
levando-o para trás e depois par'd a frente. O restabe-
Arremesso lecimento do equillbrio ocorre na fase de comple-
mentação e acompanhamento, quando os pés se
No desempenho de vííri3.5 habilidades esportiv-<1s, abrem e os joelhos e o tronco se flexionam para re-
podem ser encontradas muitas aplicações das leis das baixar o centro de gravidade do corpo.
alavancas, do movin1ento e do equilíbrio. Uma habi-
Udade comum a muitas atividades esportivas é o ar-
remesso. O objeto arremessado pode ser algum tipo
Resumo
de bola, nus muitas vezes é uo1 objeto de outro ta- Toda essa abordagem foi apenas wna stntese dos
manho ou formato, como uma pedra, um saquinho fatores que afetam o movimento. A análise do movi-
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82 '-ln1111I ···-·-'-•! •••
mento hu1nano à luz das leis da rtSica suscita uma lntemationaJ Society o f Blo mechanics
dúvida: qual deve ser a abrangência dessa an:\lise? www.isbweb.org
Ela pode se to mar multo complexa, principalmente Softwares, dados, infonnações, fontes, JX1ginas ama-
quando o movimento do corpo <: conjugado com a relas, conferências.
manipulaç-Jo de um objeto na mào, envolvido cm
arremCl>Sal', chutar, rebater ou agarrar. James Madisoo ~1cmoriaJ High School
Esses fatores entram em consideração quando www.madisoo.k 12.wi.usljmmfisp/U7POF<>8.pdf
tentamos fa7.Cr uma análise das atividades comuns do Um arquivo cm PDF explicando os seis tipos de
programa de educaç:lo risica - futebol , beisebol, bas- máquinas simples.
quete, atletismo, hóquei de grama e natação, entre
outros espones. É preciso que o proflssion.'\l d e edu- Kinesiology Biomechanics Classes
caçào rtSica, aU:1n de uma vi.são con1pleta dos fatores www.uoregon.edu/-karduna/biomech anicsllcinesiology.
que controlam o movimento humano, tenha amplo htm
conhecimento dos princípios f1Slol6gicos e biomec:.i- Uma l_ista de inúmeros sites d e aulas de biomecâ-
nicos da cincsiologia. nica e cinesiolog.ia na web com muitas apresentações
Não é intençào deste livro embrenhar-se em uma e anotações para download.
a náli.se detalhada de outras atividades. Algumas fon·
tes que consideram esses proble1nas de forma mais Marsden State High School
detalhada sào citadas nas referências bibliográficas e www.marsdenshs.qld.edu.au/subject s/sclence/juniors-
nos sites indicados no final do capítulo. cience.quizzes/physlcs.-simple.html
Testes d e tisica - máquinas simples.
Sites
Oprusner.com
www.members.optusnet.eom.au/nricklconverters/mo-
Biomechanics World Widc mentlhtml
www.per.ualberta.ca/blomechanics F6nnulas de conversão para variáveis rtSicas.
&.1.e site permite ao leitor procurar nos periódicos
de biomecânica informações recentes relacionadas The Pbysics Classroom
ao mecanismo da lesão. http://www.g lenbrook.k12.il.us/qbsscVphys/Class/88oard.
html
Biomechanics: Thc ~1agazinc of Body ~1ovcmcnt Vãrios tópicos, incluindo as leis do movimento e
and ~1edicine outros princípios fisicos.
www.biomech.com/
Pbysics Concepts - Simple ~1achines
COSI Hands-On Science Cente rs http'ilwww.ceeo.tufts.edu/robolabatceeolK12/classroom/
www.cosi.org/onlineExhlbitslsimpMacM m1.swf lever.asp
Um site com animações em íl:ish que demonstrnm Uma visão geral dos conceitos rasi~ envolvidos
explicações de núquinas simples. no estudo da biomecânica.
EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E classe que não tenhan1 sido citadas neste capítulo.
Para cada uma, identifique a força, o eixo e a resis-
DE REVISÃO tência. Também e.'íplique se a vantagem de usar
cada alavanca ê o equíhbrio, a força de movi-
1. No quadro de identificação dos con1ponentes de mento, a velocidade ou a amplitude de movi-
alavancas a seguir, l~'te duas alavancas para cada mento.
2"
2"
3J
3'-
2. Alavancas anatômicas podem melhorar o desem- 6. Utilizando a Figura 3.18, considere que os com-
penho físico. l:ixplique como isso ocorre usando ponentes estão organizados con10 l.ista o quadro
as informações sobre o arremesso fornecidas de cálculos das variáveis de alavancas, determi-
neste capítulo. nando o valor de cada um deles. Na Figura 3.18,
cada linha ven.ical na barra d'l alavanca repre-
3. De que classe de alavanca ê um volante de auto- senta o ponto em que o componente cs~ para
móvel? ser organi1.ado, o ponto da extremidade esquerda
4. Se o músculo bíceps ê Inserido c1n seu antebraço representa O e o da extremidade direita repre-
5 cm diStal ao eixo de seu cotovelo, a dístância senta 20.
.,
do eixo do cotovelo para a palma de suas mãos é
de 45 cm e você levanta um peso de 9 kg, qual a
tração que seu músculo exerce para alcançar a
fle.icão do cotovelo?
1 2 3 • 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1• 15 16 17 18 19 20
5. Se o peso de um. objeto é 50 kg e sua vantage1n
mecânica é 4, qual a força que você precísaria
FIGURA 3.18 • Componentes de um sistema de
exercer para levantar um objeto com um sístema
alavancas.
de alavancas?
f. 19 9 3
(continua)
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84 M. 11 u ~ C:. m.., ol >ir • ,U'IJn.; 1
i. 8 17 l
j. 20 4 11
7. Liste dois diferentes sistemas de roda e eixos nos 11. Qual a magni1ude da força necessária para levan-
quais a força é aplicada :l roda. A partir de sua tar um obje10 de 200 kg em um siste1na de polia
observação, estime qual dos dois possui maior con1 quatro cabos de ~-upone?
vantagem mecânica. 12. Identifique um exemplo prático da lei da inércia
8. Lis1c dois diferentes sistemas de roda e eixos nos de Newton e explique como ele a ilustra.
quais a força é aplicada ao eíxo. A panir de sua 13. Identifique uni exemplo prático da lei da acelera-
observação, estime qual dos dois possui maior ção de Ne,Vlon e explique como ele a ilustra.
vantagem mecânica.
14. Identifique un1 exemplo prático da lei da reação
9. Para remover um parafuso, é mais fácil usar uma
chave de fenda com uma manopla ma ior para se- de New1on e explique como ele a ilustra.
gurar? Por quê? 15. Pelo quadro de co1npar.1çôes entre as tarefas para
as leis do movimento, considere que você possua
10. Se uma polia eslá montada com quatro cabos de
supone, qual seria a vantagem mecânica dessa a habilidade, a força, etc. para realizar cada par
de 1arefas. Circule, na coluna A ou B, a que seria
lnscalaç-Jo?
mais fácil de realizar segundo as leis do movi-
mento de Newton e explique por quê.
Pegar um peso que foi rebatido :i 97 km/h. Peg.1r uma bola de soítbol que foi arremessad.1 a
d.
97 km/h.
Ex.
Investir contm um :1rocante de 108 kg correndo Investir contra um ::11acan1c de 91 kg correndo
e.
cm direção a você com grande ra pidcz. em direção a você com grande rapidez.
Ex.
Correr rapidamente 37 m cm 4,5 segundos cm um Correr mpidamcntc 37 m cm 4,5 segundos em um
f.
canlpo úmido. campo seco.
Ex.
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Capítulo 3 1 11or. 85
1. Luta greco-romana U.trham JN: Ml'Cbat1ica/ ldtre<iology, St. Lou.ls. 1978. Mo.by.
Brocr MR: Atl f11rrod11Glio1110 ldtrosfolo8)~ l!ngl..wood Cliffs. "!].
21. Desenvolva, individualn1ente ou em um pequeno 1968, Pn:nticc·llall.
grupo, um trabalho final ou um relatório de classe Brocr Mlt, Zemlcke RI': Hjjícúmcyofb11ma11 mou1mm11, cd 3,
sobre os seguintes fatores do movimento: Phil:iddpbia, 1979. Saul'Klm;.
a. Equilíbrio Bunn JW: Sdetlltfa; pr111clpk< ofcoacbl11g. ed 2, P.11glcwood Clllr:'-
::0.1. 1972. Pn:nllcc-llaU.
b. Força
Cooper JM, Adtian M, Cl:lssow RB: Kl11e$/Ology. ed S, Se. Louis. 1982.
c. Gravidade Moo;by.
d. Movimento Don:11clll K. Wolf St.: 71'e bú>m«ba11fa of tiM/OOI a11d a1~,
e. Torque Phibdclphia, 1990, 02\'ls.
f. Alavancagen1 H•U SJ: 8aslc bfo,,1açbmtfc$, ed 4, Ncw Yoric, 2000. McCr.tw·Hill
g. Projéteis l lamíll J. Knutten KM: Bklm<dJanlcaJ brulsofb1mia11 " ' - " " "· cd
h. Atrito 2. ~ltim<l<\!, 2003, Uppincoo William:J & WUkins.
i. Fluruação Hin:son M: Klt1cdology, ed 4, Ncw York. 1981. McCrnw-Hlll.
j. Aerodinilmíc:t Kcscrrct• S, Jonklns WI., Malonc 111: Throwlng Injuries, Spons l11)11ry
k. Hidrodinâmica MatJ(lR'f11U1ttl 2.-4. 1989.
1. Restituiç-Jo Kclley oi,, Kl11~/11ndamenl(J/s o/mot/011 descriptlon,
Englcwood Clilr:<. NJ. 1971. Prcnticc-Hall.
m. Rotação
• Ktelg)lb:>um F,, B.1rthel$ KM: Blom«banll:s: a qualllalíve approat;b
n. Angulo de rebote
for st1uJylt'8 b11ma11 tnOOl!mt!lll, cd 3, Ncw Yoric, 1990, .MaanJllan.
o. Momento ou impulso
Log;>n CA, McKinney WC: Anntomlc ldncsiolOfiY, cd 3, l"ew York,
p. Centr0 de g.ravidade 1962. McGraw· HíU.
q. Capacidade de manutenção do equilíbrio Luugens K. tbmilton N: Kln<'$IO/Ogy. scil.lr1Jtfa; basls l)/b11mmt
r. Estabilídade motkJ1~ cd 10, Ncw York, 2002, Mc:Gr.iw-HllL
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86 tn1rt1~-------------------
M<Cmlry EK. Kcnd.ill l'I'. RodJ(~ MM, Pro\'>n« PG. Rom:ml Prctllla: ~ Arbdm~pr111clpks o/D/bktk tmltll"l/. cd li, Ncw
WA ;llU$C"1s: le>lftlJI a11d/uru:flo11 utlb pou11~ anti pai•~ ed S. York, 2()03, McGr.iw·I hll
Phlbddphla, 2005. lJpplnccct Willbms & Wllklns. IW<h P1' IC/nmotqry o"'1 apptkd anatomy, ed 7, Phlbddphb, 1989.
McGlnnl$ PM. IJ-bo111CS <!fsport 011(/ ~. cd l , ClumJ)Q,g1\, ln & Tcbig<r.
IL 2005. Hwmn Kll-. Scou MG: Anal)$!$ o{buma11 motlot~ ed 2, Ncw Yotlc, 1963,
Newn:iM. DA Km4!Sfolc(!.y o/tbtl ,,._,.~ l)Olem fet1ndatfonl Appktoo-Gmtury-Oofts.
for pbJ'Slcal IYbabUllallon, SI. Louh, 2002, Ma1by. Segedy k 6r:lct$' pn< elfttts .spur rcsearcb "'f8e· Biom«btmlcs
Nordul M. Fr.1nkd VH I~ blo11t«banlcs<!fllxtm~ Fcbrw.ry, 2005.
~ ed 2, Phlbddphi>, 1989, ln & f'dllger
'1odun CC. l.c>'2.J11PC PK· )olnt~nondfu11ctltHt o
'lt'on«I< J: FtmalonaJ
Mooby.
ª"""""'' '"""""' ed 2, :oi. Louis. 1990.
~anolys1s, Ph>bddplua, 1983. 02•.s Wut..d R:AlbldlcabllllyatldtbtlanaJOmy<!fmotlon, London 19M,
Notlhnp JW, Lopn GA. McKIMey WC: A•lllfJ:d> o/sport "'°"°"' \Thl!c.
onol(}mkondblom«bonlcpMp«tú'f:S. cd j , "cw
Yori<, 1983. Wbiung WC: 8.om«bo11la <!fmuscu~t lnfr•?·; Ownpo)8n. 11.,
McGr.1.,·llill. 1998, Human Klll<'lla.
PlscopoJ, llaley J Kit~ .. tbtl~<!f-t, ~ Yori<,
1981, Wlley.
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Capítulo
_íngulo do tnetnbro
•
superior
Objetivos
• Identificar no esqueleto caracrerísricas ósseas importantes do cíngulo do membro superior
• Indicar em un1 diagrama de esqueleto as características ósseas importantes do cíngulo do membro
superior
• Desenhar em um diagrama de esqueleto os 01úsculos do cíngulo do men1bro superior e indicar, con1
setas, os seus moviJncntos
• Mostrar cm uma pessoa todos os n1ovilnentos do cíngulo do membro superior com seus respectivos
planos de rnovimento e eixos de rotação
• Palpar os músculos do cíngulo do membro superior em wna pessoa e listar seus antagonistas
• Palpar as articulações do cíngulo do membro :.'Uperior em uma pessoa durante cada movimento em
roda a amplitude de movimento
Ugomento
ocromioclavicular
wperiar
Acrômio
Ligamento
9$1e<nocloviculor ontorior
Ugome<ilO intorclovicvlor
Monubrio
Cavidode
glenoidal
Ugomento
com>doviculor
fo»a
subexopulor
Bordo medial
Acr6mío
-- Cavidade
glenoidol
E•pinho _ __,.,..
Cavidade-~
glenoidol
F0»0
- - lnfroospinal Borda [axilorl lateral----\>I
A, de Scclcy RR, Sccphcn.~ m , 1'2tC P; At111tomy and pbyslolagy. ,. cd., Ncw York,
bwnon a110tomy a11d pbyslolo(zy, 9" cd., Ncw York, 2002, Mc:Cmw-HllL
2006, Mc:Cl'llW·Hill; 8 , de Shlct º·
Butlcr J. Lewis R: llole's
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C:ipirulo 4 <'.tngulo do m1:mhru •Upcnor 89
\ Clavlcula
Espinha - - - -
ela escópula
Ângulo inferior
ela escópulo
FIGURA 4.3 • Anatonúa da superftcie do cíngulo do n1embro superior direito, vistas anterior e posterior.
zante rotatório na articulação estemoclavicular. Essa esdpula pode ser descrita como tendo uma amplirude
articulação é suportada anteriom'lellte pelo ligan1ento total de 25º de 01ovimento de abdução-adução, (,(p de
estemoclavicular anterior e, posteriormente, pelo liga- ro1ação ascende nte e descendente e 550 de e levação-
mento po&erior. Alêm dísso, os llgan1entos costoclavi- depressão. A aniculação escapulotorácica é suportada
cular e interclavicular também fomecem estabilidade dinamicamente por seus mCisculos e não possui
conua o d eslocamento superior. suporte ligamentar, já que não apresenta caracteristi-
ClS sinoviais.
Acrornioclavicular (AC) Não há uma articulação caraeterística entre a es-
Classificada como articulação artrodial, possui des- câpula anterior e a caixa torácica posterior. Entre
lii.amento e movimento rotacional totais de 20 a 3()0, estaS duas estrun1ras ósseas, está o múscu lo serrãtil
que acon1panl1am os outros n1ovimentos do cíngulo anterior, que se o rigina lateralmente ils nove C<>l>1elas
do membro superior e da aniculaçào do ombro. Além superiores, corre posteriorn1ente li caixa torácica e se
do force suporce proporcionado pelos ligamentos co- insere sobre a borda medial da escápula. lmedíata-
racoclavicu lares (trapezoide e conoide), os ligamen- 1nente posterior ao mCisculo serrátil anterior, sobre a
tos acromioclaviculares superior e inferior fomt:een1 região anterior da escápula, está o mCisculo subesca-
estabilidade para essa articulação vulnerável a lesões. pular (ver Cap. 5).
Classificada como aniculação do tipo sindesmótica, a
articulação coracoclavicular, por meio de seus liga- Movimentos (Figuras 4.4, 4.5)
mentos, aun1enta muito a estabilidade da articulação
acromioclavicular. Ao analisar os movimentos do ángulo do membro
superior, oonvém oonoentrar a atenção em urna referên-
Escapulotorácica cia óssea específica, como o ângulo ínferior (posterior-
Não ~ urna articulação sinovial verdadeira, pois mente), a cavidade glenoldal Oateralmente) e o acrômio
não possui caracterísricas sinoviais regulares e seu mo- (anteriormente). Todos esses movimentos possuem um
vimento é totalmenre dependente das articulações es- ponto pivoml onde a claVÍcula se une ao e&emo, na
temoclavicular e acromioclavicular. Apesar disso, a articulação esternoclavicular.
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Romboldc
Trapézio
leYonto<lot do eJCópulo
Romboi<le
Trapézio
levantado< . ._,__
'lllil.__,.
~--+ Peliorol
Serrótil
onleria<
do -6pulo menor
' ..
Trapézio
Peilorol menor
esteja em uma po5iç:io mais apropriada para que o P'.irte descendente - elevaç1o e ~ens1o da ctbeç:1
úmero possa se n10ver. Sem o movimento concomi- Parte transversa - elevação, adução e rotação
tante da esclpula, s6 seria possível elevar o úmero até ascendente
cert:1 de~ de abdução e lle.'do tocai de ombro. Isso Pane ascendente- adução, depremo e rotaç-.lo
ocorre com os músculos apropriados de ambas as arti- ascendente
culações uabalh.indo cm sinergia paro realizar a ação Romboíde - aduç:lo, rocaç:lo descendente e elevaçlo
desejada de todo o membro superior. Por exemplo, se Levantador da esclpula - elevação
algul"'fll des<.ia elevar a mào lateralmente tão alto quanto
po5Sível, o músculo semtil anteriOr e o trapézio (panes É importante notar que os músculos podem não
1ransversa e ascendente) giram de forma ascendente à estar necessariamente ativos por toda a amplitude
escápula enquanto o supraespinal e o deltoíde iniciam de movimento em que eles são agorúst.as.
a abdução glenoumeral. Essa sinergia entre os múscu- A Tabela 4. 1 fornece uma classificação detalhada
los da esclpula e da articulação do ombro aumenta os dos músculos responsáveis pelos principais movi·
movimentos totais do meinbro superior. Oiscuss:lo mentas do cíngulo do membro superior.
complementar da interaç:1o e do trabalho em conjunto
dessas aniculações (: fornecida no início do Capítulo 5,
na Tabela 5.1, que lista os n10vi1ncn1os do cíngulo do Nervos
menlhro superior que, em geral, participam nos movi- Os músculos do cíngulo do membro suix:rior são
mentQ.5 da articulação do ombro. inervados sobretudo pelos nervos dos plexos cervical
e braquial, como ilustrado nas Figuras 4.6 e 4.7. O tr.t·
Músculos pézio é inervado ix:lo nervo a<..'CSS6rio espinal e por
ramos de C3 e C4. Alérn de inervar o trapézio, C3 e C4
São cinco os principais mõsculos envolvidos nos tan1bén1 inervam o levantador da esclpula, o qual
movimentos do cíngulo do membro superior. Para tambt:m recebe inervaç;lo do nervo dorsal da esc:'.I·
evitar confus:lo, convêm agrup:i-los cm um grupo pula, que se origina em C5 e também inerv-J o rom-
diferente dos músculos da articulação do ombro. O boide. O nervo tor:icico longo se origina cm C5, C6 e
l>"\Jbclávio também est:'.I nt!s:;t: grupo, mas não é: con· C7 e inerva o scrr:itil anterior. O nervo peitoral medial
siderado agonista em nenhuma ação do cíngulo do origina-se de C8 a TI e inerva o peitoral menor.
membro superior. Todos os cinco músculos da região
po5S0em sua origem no esqueleto axial, com inser-
ção na esc:ípula e/ou na clavícula. Eles não se fixam Músculo trapézio (Figura 4.8)
ao úmero nem causam as ações da articulação do
ombro. O peitoral menor e o subd:ivio se localizam
Origem
anterionnente em relação ao tronco. Já o serrãlil an-
terior se localiza anteriormente ã escapula, mas pos- Parte descendente: base do crlnlo, proruber-Jncia oc·
terior e lateralmente ao tronco. Postcrionncntc ao cipital e ligamentos po:.teriores do ~
tronco, também Cl.tào localí7.a~ o trapézio, os rom- Parte tranSversa: processos espinhosos da sC:tima vér-
boides e o levan12dor da esclpula. tebra cervical e dali três vértebras tor:icicas supe-
Os músculos do cíngulo do membro superior têm riores
papel fundamental no fornecimento de estabilidade Parte ascendente: processos espinhosos que vão da
dinâmica à escápula, de modo que ela possa servir quarta à décima segunda vértebra tor:icica
con10 base relativa de suporte paro as atividades da ar-
ticulação do ombro, como lançar, rebater e bloquear. rnserção
Músculos do cíngulo do me mbro s uperio r - Parte d~ndentt!: face posu:rior do terço lateral da
localização e ação clavícula
Ant.t!rior Parte transversa: horda medial do acrômio e horda
Peitoral menor - abdução, rotaçilo descendente e superior da espinha da esclpula
depremo Parte ascendente: espaço triangular na base da espi·
Subclávio - depressilo nha da escápula
Posterior e lateraln1ente
Serrátil anterior - abdução e rotação ascendente Ação
Posterior Parte descendente: elevaç;lo da csclpula; extcns:lo e
Trapézio rotação da cabcçl
C:ipirulo 4 <'.tngulo do mcmhru upcnor 93
..!'-
abaixo da 51 e (:/'
.,....! Face anterior
costelas proximalmcnte 3 ori-
o Superfície das gem durante a abduçào; melhor Nervo
de toda a
-= Serrá til nove costelas realizada com a an.iculaç:lo gle- 1oracico
"' extensão da ROl:lç:lo
8.o anterior superiores ao
lado do peito
borda medial ascendente
Frontal noumeral Aexionada a 901; na longo
mesma posiÇ'lO, palpar as fibras (C5-C7)
-~ da esdipula
superiores entre as bordas
later;1ís do peitor:ll maior e o
"'::é Iatíssimo do dorso na axila
'::é~ Adur-lo
Rotação
Embora difidl, já que é pro-
Transverso
fundo em relação ao trapézio,
Processo espi- Frontal
Borda medial descendente pode ser palpado durante a
nhooo da 6ltinm Nervo
da esdípula aduçilo; melhor realizada com
Romboi- v"1tebra C<:JVic:tl dorsal da
abaixo da a nião ipsilateral do individuo
eles e das cinco pri- escápula
espinha da atrás do dorso par.t relaxar o
melras vénebra.~ Elevaç;lo Fronmt (CS)
escápula trapézio e colocar o romboide
torácicas
em ação quando o indivíduo
ek-va e afasta a mão do dorso
Dilicil de palpar já que é pro- Nervo
Processo tr.ins-
fundo em relação ao trapézio; dorsal da
W\lllOta- verso das
Bor<la mcdi:il rnelhor paltxido na inserção csclpula
dores da quatro vérte- Elevação Frontal
da escápula medial ao ângulo superior da (C5) e
csclpula br.is cervicais
esclpula, paniculnn11eme ramos de
superiores
durante li11.cira elevado C3 c01
Nota; O subdóvío não é citado, visto que não é um mole< prímórío nos movimentos do clngulo do membro superior.
• Rotz.. (romo -oij
0 Romos
~---c1 1D 0vtro. - f.ao ro_,
porte do plexo ooMc:ol) • Rol...: C5, C6, C?, ca, TI
= _;;;_-C4 0 Tronco.: wporiot, tMclio, inlwiot
O Diviaõos onlerioros
• Diviaõos poslt<ioro•
O foadculo.: ~. loiorol, modlol
Cl 0 Romo1: Nol-..o O><ilot
Nono ro4Jol
Nol-..o museu~
Nono medlono
~cul6-
fo1<lculo modiol
btoqulol modiol
Parte iransversa: elevação, rotação ascendente e adução FIGURA 4.7 • Plexo braquial, vista anterior. As
(retração) da escápula raízes do plexo são formadas pelo ra1no ventral dos
nervos espinais C5-Tt e se unem para formar os
Parte ascendente: depressão, adução (retração) e rota-
croncos superior, médio e inferior. Cada tronco se
ção ascendente da escápula distribui cm divisões a nterior e posterior que se
unem para formar os fascículos posterior, lateral e
.......... l medial, dos quais o plexo nervoso braquial se inicia.
[i;' T T
Í\ . a
'' i ~
:'UI
De Scclcy RR, Stephens Tt>, T~1e P: Ar101omy6pbyslolO(D•. (lo ed.,
Dubuque, low:i, 2003, McGraw-Hllt.
e
~
Pane tram·vers:i: de C7 a T3 e la1eralmente ao acrôolio e
t
Palpação
' da esdípula, em especial durante depressão e adução
Porte descendente
O, Base do crónio, ptotuberóncio
ocdpitol, ligamento! posteriores
do pescoço, proces.sos espinhosos
Elevação (portes dMccndonto o transvorso) 1 do sétimo vértebra c:ervicol {C7) e
de todas as vértebras
torócicas (T 1.fJ2)
Par!ê transvorso
Aduçõa
{portes transverso e ascendente)
Parte ascendente
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade Uma rotação continua da escápula para cima permite
A parte descendente é uma porção tênue e relati· que os braços sejam elevados acima da cabeça. O tra-
vamente fraca do músculo e permite alguma eleva- pézio é sempre usado para in1pcdir a cavidade glenoi-
ção da clavícula. Em razão de sua origem na base do dal de ser tracionada para baixo durante o levanca-
crânio, auxilia na extensão do pescoço. mento de objetos com os braços, sendo visto em ação
A parte cransversa é maís resístence, maís espessa e quando se segura um objc10 acinia da cabeça. Quando
possibilita elevaç-Jo vigorosa, rotaç-Jo ascendente e se sustenca o br.iço de lado, horizontalmente, pode-se
adução (rclração) da cscápula. Raramente esra porção ver a fixaç-Jo típica da escápula no músculo trapézio,
do músculo é fraca já que é tão ativa no posiciona- enquanLO o deltoide segura o braço nessa posição.
me::nto do ombro p;ua função e poe.'IUra. Como resul· F..sse músculo é também usado vigorosamente quando
cado, é muitaS ve7.es uma fonte de dor e desconforto se levanta algo do chão com as mãos, <.."Orno ao pegar
por causa de sua tensão crônica. um carrinho de mão pesado. O trapézio precisa impe-
A parte ascendente ajuda na adução (relração) e dir que a escápula seja tracionada para baixo. Carregar
gira a escápula para cima. En1 geral, é fraca , principal- objecoo sobre o onlbro cambên1 coloca esse mfisculo
mente em indivíduos cujas atividades den1andam em ação. O fortalecimento das panes descendente e
quantidade significativa de abdução escapular. transversa pode ser obtido por meio de excrcícioo de
Quando todas as panes do trapézio lrabalham jun- crucifixo. As partes transversa e ascendente podem ser
taS, elas tendem a tracionar para cima e aduzir ao fortalecidas por exercícios de remada inclinada e exer-
1nesmo tempo. A ação tipica do músculo trapézio é a cícios de abdução horizontal pr.uicados em de<:úbito
fixação da esaípula para favorecer a a~'ào do deltoicle. ventral. A parte ascendente pode ser enfati:r.ada com o
exercício de retração dos ombros: tentar colocar os co- Músculo levantador da escápula
tovelos nos bolsos traseiros das calças por meio de
(Figura 4.9)
depressão.
Para alongar o Lrnpézio, cada porção precisa ser Origem
especificamente visada. A parte descendente pode Processos transversos das quatro v~rtcbras ccrvicaiS
ser alongada usando-se uma mão para tracionar a superiores
cabeça e o pescoço para a frence e1n flexão ou flexão
lateral 11:ve pard o lado oposto, enquanto a mão ipsi-
Inserção
lateral se prende na borda de uma mesa para manter
a escápula em depressão. A parte transversa é alon- Borda medial da escápula acima da base da espinha
gada até certo ponto com o procedimento usado para da escipula
a parte descendente, mas pode ser alongada ainda
1nais usando-se un1 parceiro para tracionar passiva- Ação
mente a escápula até a prolração completa. Talvez a Eleva a margem medial da esdipula
1nelhor maneira de alongar a parte ascendente seja
com o indivíduo en1 decúbito lateral enquanto uo1
parceiro segura a borda lateral e o ângulo inferior da
escápula e a movinlenta de forma passiva até alcan-
çar a elevação e a protração máximas.
'
• O, ProcessM lronsversos
dos quolro v6rlebtos
Cle<Vicois wperiores (C 1.C4)
Elevação 1
1, Bordo medial da
osc:ópvla acima
L"-._..:~...._da espinho
Palpação Palpação
Difk.i l de palpar, pois é profundo em relação ao mús- Dificil de JY.ilpar, pois é profundo em relaç-Jo ao tra-
culo tr.tpézio; melhor palpado na inserção imedia- pézio, mas pode ser palpado com o tr.tpézio rel:i-
tamente medial ao ãngulo superior da cscápula, xado durante aduçâo. Isso é melhor executado co-
em especial durante ligeira eh:vaçào locando-se a mão ipsilateral do indivíduo atrás do
dorso (ro«açào medial glenoumeral e rotação des-
Inervação cendente da escápula), o que relaxa o trapézio e
NCJVO dorsal da cscápula C5 e ramos de C3 e C4 coloca o romboide em ação quando o indivíduo
eleva a mão afast..'lndo-a do dorso
Aplicação, fortalecimento e llexibWdadc
Encolher os ombros coloca o levantador da cs- Ine rvação
cãpula e o lr.lpé:z.io superior em ação. A fixação da Nervo dorsal da escápula (CS)
escápula pelo músculo peitoral menor penníte que
os levantadores da escápula de ambos os lados es- Aplicação, fo rtalecime nto e flexibilidade
tendam o pescoço ou o ílcxionem lateralmente, se Os músculos romboides fooim a esclpula em adu-
usados apenas de um lado. ção (retração) quando os músculos da aniculaç;lo do
Talvez a melhor fonna de alongar o levantador da ombro aduzem ou estendem o braço. S:lo usados vi-
escápula seja girando a cabeça cm cerca de 459 para gorosamente no exercício de ílexào de braço na barra
o lado oposto e flexionando ativamente a parte cervi- fOOl. Quando a pessoa se pendur:1 na barra horizon-
cal da coluna venebral cnquan10 a esclpula é man- tal, suspensa pelas nlilos, a escãpula 1cndc a ser t.ra-
tida ern posiçào relaxada e ern depressão. cionada, afastando-se da pane superior do tórax. No
Assim como o trapézio, o levantador da escápula momento em que o movimento de flexão é iniciado,
t.amb<:m é uma fonte comum de dor, sensibilidade e sào os músculos romboides que giram a borda medial
desconforto c:iusados pela tensão crônica e por car-
da escápula para baixo e para tr.is, ern dircçilo à co-
regar objetos com alças sobre os ombros.
luna venebral. Observe sua posição favorável para
isso. O romboide tr.ibalha de maneira similar JYJra
Músculos romboides - maior e menor prevenir a condição de escápula alada.
{figura 4.10) o trabalho integrado dos músculos lr.lpézio e
romboide produ:z. aduç-Jo com ligeira elevação da es-
Origem cápula. Para impedi-la, o Iatíssimo do dorso é convo-
Processos espinhosos da wtima vértebra cervicll e pri- cado a entrar c.m ação.
meiras cinco vénebras tor.icicas Trações na barra fixa e metgulhos entre barras para-
lelas são exercícios excelentes para desenvolver a força
Inscrção desse músculo. Os romboides podem ser along;idos por
movirtlCnlO passivo da cscápula até a prottação corn-
Borda medial da escápula, abaixo da espinha da
plaa eoquanco mantêm depress:lo. A rotação ascen-
escápula
denle tambêm pode contribuir para o :ilonpnento.
Ação
Os músculos romboides maior e menor lr.lbalham Músculo serrátil anterior
jun1os (Figura 4.11)
Adução (rclr.lçào): forçanl a escápula cm direção à O rige m
coluna venebral Superficie das nove costelas superiores do lado do
Rotação descendente: :i partir da posição girada para 16rax
cima, forçam a escápula rara a rotação descen-
dente Inserção
Elevação: leve movimen10 para cima, que acompanha Face anterior do comprimento 101:11 ela borda medial
a aduçào da cscãpula
Ação
Abdução (protração): traciona a borda medial da es-
cápula, afastando-a das vénebras
O, Processos aspinhosos
do último Vllrtobro cervic:ol (C7)
e dos cinco primeiros
vértebras torácicos [T l ·TSI
1, Bordo medíol do
Elevoçõo escópulo oboíxo do
espinho
FIGURA 4.10 • Músculos romboides (maior e menor). O, Origetn; /, Inserção; vista posterior.
1, Foce anterior do
comprimento total do
bordo mediol
do escópulo
O. Superfícies
dos nove costelas
superiores ao
lodo do tórax
~
A 8 "
VisJo lateral Visto lateral com o escópulo reíletido poSleriotmente,
oiôbindo o suporlicle ontorior
1, Processo
c:orocoide
do esc6pulo
Rotação
descendente O, Superffcias onterior114
do terceiro 6 quinto
CO$telo
alongamento do serrátil anterior. Além disso, este Músculo subclávio (Figura 4. 13)
músculo tambêm é alongado permanecendo-se em
dcc(ibíto dorsal com uma toolha enrolada diretamente Origem
sob a parte 1oracic:a da coluna vertebral enquanto um Face superior da primeira costela, na sua junção com
parceiro empurra cada escipula para retraç-Jo. a ca nilagem costal
Mósculo subd6vio
1, Sulco inferior no porção
Depre$SÕo 1 mt\dio do doviculo
7. Depois de analisar cada e.xe.rcicio no quadro dos 8. Analise cada habilidade do quadro e liste os movi·
movimentos do cíngulo do membro superior, di- mentos do ángulo do membro superior direito e es-
vida cada un1 em duas fases de movimento prinlá- querdo em cada fase da habilidade. Você pode listar
rio, con10 a fase de levantarnento e a de abaixa- a pooição inicial do cíngulo do nienlbro superior na
mento. Para cada fase, determine os movimentos fase de posicionamento. Depois decida movúuento,
do cíngulo do rncmbro superior que ocorrem e l.istc o(s) principal(i.s) músculo(s) rcsponsávcl(ls) por
enrão Liste os principais músculos responsáveis por provocá-lo/controlá-lo. Ao lado de cada músculo ein
provocá-los.'contr01á-los. Ao lado de cada mús<:ulo cada movimento, indiqu1: o tipo de conu-.iç;io ron10
em cada movimento, indique o tipo de contração se segue: T·isoml"trica; C-COOCl..'ntrica; E-excentrica.
como se segue: !-isométrica; e-concêntrica; P--ex· Pode ser ne<:essãrio para a análise revisar os concei-
cêntriC".t. tos do Capírulo 8 para as várias fases.
Elevaç:lo Oepres.<>ão
5errálil anrerior
Romboide
Peitoral menor
Quadro de análise de movimento do cíngulo do membro superior
Supino reto
Relll3da prona<fa
Elevação do ombro
com barra
Arremesso no
o
lxlsebol
E
D
Saque no vôlcl
E
D
Saque no tênis
E
D
AITCmcsso no
softbol
E
Revês para a D
esquerda
(backba11d)
E
no tênis
D
Cóqucte
E
o
Boliche
I!
Lance livre oo D
basquete E
Capítulo4 ,. 1 'n mhm SUlllO ' 105
Neumann. DA: Kltieslo/ogy of tbe m11SC11lor"'*1ill S)lllem fo1111tlnti<n1S
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Capítulo
rticulação do ofllbro
Objetivos
• Identificar en1 um esqueleto ou em um inruvíduo detenninadas estruturas ósseas da art.iculação do
ombro
• Indicar em um diagrama de esqueleco detem1inadas estruturas ósseas da articulação do on1bro
• Desenhar em um diagrama de esqueleto os músculos da articulação do ombro e indícar, por meio de
seras, os movimentos dessa articulação
• Mostrar em um colega todos os movímentos das articulações do ombro, com seus respectivos planos e
eíxos de rotação
• Entender como os movímentos da escápula acompanham os do úmero quando se realiza movimento
con1 o complexo do ombro
• Determinar e enumerar os músculos da articulação do ombro e seus antagonístaS
• Organizar e enumerar os músculos que produzem os movin1entos do cíngulo do men1bro superior e
da articulação do ombro
s únicas f1Xações da articulação do 01nbro no es- Por ser dotada de arnplitude de movi.mento muito
A queleto axial estão posicionadas ao longo da es-
cápula e de sua junção com a davícula, na articulação
grande em vário.s planos diferentes, a articulação do
ombro possui quantidade significativa de frouxicL'io
estemoclavicular. Os movimentos da articulação do que, com frequência , resulta em problemas de insta-
ombro são muitos e variados, e não é comum haver bilidade, como impacto do manguito rotador, sublu-
movimento do úmero sem movimento da escápula. xações e luxações. O preço da mobilidade é a redu-
Quando o úmero é flexionado acin1a da altura do ç1o na estabilidade. O conceito de que, quanto mais
ombro, a escápula é elevada, girada para cima e abdu- rn6vel a articulação, menos estável ela (: e de que,
Zida. Com abduç-Jo glenoumeral acilna da alcura do quanto 1nais estável, menor a sua mobilidade apli-
ombro, a escápula é girada para cima e elevada. A ca-se de modo geral em todo o corpo, mas, de modo
adução do úmero resulta cm rotação descendente e especial, na aniculaç-lo do ombro.
depressão, ao pas..'iO que a sua e.""tensão resulta e.m
depressão, rotação descendente e aduçào da escápula.
A escápula abdu7.·se com rotação niedial e aduçào ho- Ossos
rizontal do (1mero. A aduçào da escápula acompanha A c,,~pula, a davícula e o úmero servem como
a rootção !ater.ti e a abdução horizontal do úmero. Na fixação para a maior parte dos músculos da articula-
Tabela 5.1 há uma sinopse dC$CS moviJnentos e dos ção do ombro. Aprender a localização específica e a
principais músculos responsáveis por eles. importância de certas referências ósseas importantes
107
TABELA 5.1 • Combinação de movimentos do ciogulo do membro superior e da articulação do
ombro.
Quando os músculos da anlcul:i~o do ombro (2" costela) realizam as :ições da 1• oostela em qualquer amplitude de movimento
significativa, os músculos do clngulo do membro superior (4• costela) trabalham em conjunto realizando as ações da 3• eos1ela.
é essencial par.i a comp reensão das funções do com- ção esferóidea (ou de bola-e-soquete) multiaxial clas-
plexo do ombro. Algumas dessas referências na cs- sil1cada como eoaruodial (Fig. ;.1). Como tal, ela se
cápula são a fo.<>sa supraespinal, a fossa infraespinal, a move cm codos os planos e é a mais móvel das arti-
fos.o;a subes<:-.ipular, a espinha da esclpula, a cavidade culações do corpo. Sua estabilidade é ligeiramente
glenoidal, o p rocesso coracoide, o acrômJo e o ân - reforçada pelo lábio glenoidal, um anel cartilagíneo
gulo inferior. Os marcos de referência do úmero são a que envolve a cavidade glenoidal no interior de sua
cabeça, o tubérculo maior, o rubérculo menor, o sulco área periférica, sendo ainda e.stabili7.ada pelos liga-
intertubercular e a tuberosidade para o músculo del- n1entos glenoumerais, sobretudo anterior e inferior-
toide (revisar as Figs. if.l e 4.2 e ver a Fig. 5.1). mente. Os ligamentos glenoumerais anteriores se tor-
nam retesados quando ocorre abdução, rotação lateral,
extensão e abdução horizontal, ao passo que os fmís-
Articulação simos lígan1entos capsulares posteriores são tensio-
A articulação do ombro, especificamente conhe- nados na rotação medial, na flex;1o e na adução hori-
cida como anículação glenoumeral, é uma articula- zontal. Nos últimos anos, percebeu-se a importância
Capitulo S 1 11nilaç<'lo do 0111b10 109
Atliculoçõo ocromiocloviculor
Clovículo
Tubérculo
menor
Sulco ---l:-1
intertuberculor (bicipitoij
Covidode
glenoídol
~ri--- Úmero
Tuberosidode _ __,
poro o músculo
deltoide
Corte morginol do • Ligamento Movimento para baixo do (Jmcro no plano frontal, me-
membtono $Ínoviol glenoumerol inferior diaimente em direção ao corpo a partir da abdução.
PIANO SAGITAl
180' PIANO FRONTAL PIANO HORIZONTAL
180' 180'
90' 90'
NawoO'
130'
O' O'
A N..,tro li Neulfo e 90'
Neutro
O'
D E
FIGURA 5.4 • Amplirude de movimento do ombro. A, Flexão e extensão; B, Abdução e adução; C, Abdução
horizontal e aduçâo; D, Rotação medial e lateral com o braço ao lado do corpo; e E, Rota~'âo medial e
lateral com o braço abduiido en1 9()0.
Flexão Extensêio a
Rotoção lateral F
Rotação mediol E
Adução hori:r:ontal H
Abdução hori:r:ontal G
Superlicie Rotação
Ten<Uo
anterior da medial
plano 6 ou Transverso
cartilagem
Peitoral 7cm Aduçâo Das costelas ínferiorcs e do
eos1al das Nervo
maior, dtsrante do horizontal estemo ao sulco lntenubercular do
peitoral
.g~
seis
parte lábio úmero, durante a extensão
priruelr.ls Aduçào medial
lateral do Diagonal resístida a partir de uma posição
-?.
~
~terno-
<:o.5131
costelas e
porção
1>"Ulco inter·
diagonal
fl.OOonada
(C8, TI)
Plano de
MCisculo Origem Inserção Ação Palpação lnervaç:lo
movimento
Acinm da espínha da es-
Superior- clpula na fossa supracspin.'11
DoL~ terço5
mente no durante a abdução inicial no Nervo supra·
Supra- mediais
tubérculo Abdução Frontal plano da esdpula, o tendào escapular
espinal da fossa
maior do pode ser palpado ímedíata- (C5)
b"Upraespinal
úmero mente ao lado do :iaômio
sobre o rubérculo nmior
O tendão pode ser pai-
pado no ponto em que
Região poste- Extensão Sagital passa abaixo do redondo
rior da crist:l
Lado maior na parede axilar
ilíaca, dorso
medial do posterior, particularmente
do s:•<.TO e
sulco Inter- durante exten.5~0 resLsúda
processo
tubercular do Adução Frontal e a rotação medial . O mús-
espinJ1oso das
Lat!sslmo õmero, ime· culo pode ser palpado na Toracodors:il
vértebras
do dorso diat:'.lmente região lombar superior/ to- CC6, C7, CS)
lombares e das
anterior à rácica inferior durante ex-
seis torácicas
inserção do tensão de uma posiç:lo fie-
infe riores;
redondo Rotação xlonada e pela maior pane
ramifica-se nas Tr.insverso de seu comprimento du-
maior medial
U'ês costelas
rante a adução resistida de
inferiores
uma posição ligeiramente
abduzida
Exten.~o Sagital
L:lbio me-dia! Imediatamente acima do
Posteriormente do sulco Adução Frontal latí.ç,çimo do dorso e
f
o :10 terço infe- intcnulx.-cular :1bai.xo do redondo menor
·e
rior da borda do õmero, sobre a supetflcie posterior Nervo
~ Redondo
nmior
lateral da es-
dlpula in1cdia·
imediata-
mente poste-
da csclpula, movendo-se sul>eSClpular
diagonalmente para cima e inferior
8 Rotação
Transverso lateralmente do ângulo in-
tamente supe· rior à inser· (C5, c6)
~~
medial
rior ao ângulo çãodo ferior da escápula durante
inferior hllíSslmo do rota\,'ào medial t.'Ontra
dorso resistência
M. bíceps broquiol
M . trop<\zio
M. deltoide
~-• M. pcilOrol
rnoior
I
M. deltoide
M. triceps
broquiol
M. redondo
moior
M. lotíssimo
do dor$0
Trapézio
- - -- - - Coracobraquial
,...
1 - - Borda medial
Cabeça curta /) da escápula
do bfceps braquial
Cabeça longa _ __...r-
do bfceps braquial
li
FIGURA 5.8 • Músculos anteriores do ombro. A, O peitoral maior direito foi ren10vido para mostrdr o peitoral
menor e o se1Tátil anterior; B, Músculos anteriores do ombro e do braço direítos co1n a caixa torácica reinovlda.
De Shicr O, Buúer J, 4'Wis R: 11o/C'$ -.111o1s of buma11 a1111tomy a11d pby$/ology, ?' cd., New Yortc, 2006. McCraw-HiU.
118 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
-....;;.- - oeltoide
- - - - -........- - lnfraespinal
....,.---- - Redondo menor
- - - , . - --+--Redondo maior
-:e:--":':-- Cabeça longa
do tlfceps braquial
\ ""'- - Cabeça lateral do
tlfceps braquial
FIGURA S.9 • Músculos posteriores do ombro. A, O trapézio direito e o deltoide foram removidos par.i
mostrar os músculos encobertos; B, Músculos da superfície posterior da csdlpula e do braço.
De Shler D, Bullcr J, Lewis R; Hok'$ t'$$C11lials ofb11nll111 t1r111U>my """ pbyslOIO(l)', 9" cd., Ncw Yoric, 2006. McG12w-Hlll..
Capitulo S 1 la< ilal,<'lo do 0111b10 119
li1 ~;11
M . redondo
n )-~-r-= ~ ·I
menor
M. bíceps Nervo
musculocutôneo
braquial~
M. corocobroqukil
Origem ..
Parte clavicular: terço lateral anterior da clavícula
Parte acromial: face latera l do acrôrnio
Parte espinal: borda inferior da espinha da esclpuJa ( conllmla)
120 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
Abdução ( t
horizonrol
Rotoçõo modlol
Inserção Palpação
Tendão plano com largura de S a 8 cm no lábio late- Pane clavicular: da parte medial terminal da clavícula
ral do sulco intelt\lbercular do úmero ao sulco incelt\lbercular do úmero, durance a flexão
e a adução a panir da posição anatôm.ica
Ação Parte cstemocostal: das costelas e do esterno até o
Pane clavicular (fibras superiores): rotaç-Jo medial, sulco intelt\lbercular do úmero, durante extensão
adução horizontal, flexão acé cerca de &J>, abdu- resistida da posição flexionada e adução resistida a
panir da posição anatômica
ção (uma vez que o braço seja abduzido em 90", as
fibras superiores aultiliam na continuação da abdu- Inervação
ção) e adução (com o braço em abdução abaixo de
90") da articulação glenoumeral Parte clavicular: nervo peitoral l:ueral (Cs-c7)
Pane estemocostal (fibras inferiores): rotação medial, Pane escemoco.stal: nervo peitoral medial (C8, TI)
adução hori1.ontal, extensão e adução da anicula-
ção glenoumcral desde uma posição flexionada até Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
a posição anacõmica A prega a.'tilar anterior é form::ida b::isicamcntc
pelo peitoral niaior. Este múscu lo auxilia o Scrr:'ítil
• :mterior na Lraç:io da esc..-ápula para a frente quando
, o • r .l1
•
o ela move o úmero cm flexão e rotação medial. Ape-
-~ \ \. r.
" ' .,
1,
. ~
sar de não estar fLXado à escápula, o peitoral niaior é
eficaz na sua protr.içào por caus:1 de sua tr.ição ante-
1
rior sobre o úmero, que se une à esclpula na articu -
lação glenoun1eral. Sua ação tlpica é exemplificada
\. . \
l J pelo arren1esso da bola de beisebol. À medida que a
articulação glenoumeral é flex.ionada, o úmero gira
122 t<n1t Ir: 1
internamente e a esdpula é tracionada para a frente rutila, particularmente durante a extensão resistida e
com rotação ascendente. Ele também funciona como a rotação medial do úmero. O músculo pode ser
auxiliar do Iatíssimo do dorso quando estende e aduz palpado na região lombar supcrior/ toracica inferior
o úmero a partir de urna posição elevada. durance a extensão a partir da posição ílexionada.
O músculo peitoral maior e a parte clavicular do O mt'.Jsculo pode ser palpado ao longo da maior
deltoide trabalham muito ligados. O peitoral maior é pane de seu comprimento durante a adução resis-
usado vigorosamente em ílexões e remadas, bem tida a partir de uma posição ligeiramente abduzlda
como em arremessos e saques de t~nís. Com um hal-
Inervação
tere, o indivíduo coloca-se em decúbito dorsal sobre
uma prancha com os braços ao lado do corpo e os !\ervo toracodorsal (C6-8)
leva até uma posição de aduç-Jo horizontal. Esse
Aplicação, forcaledmento e flexibilidade
e.xercício, conhecido como supino, é bastante usado
para o desenvolvimento do peitoral maior. O Iatíssimo do dorso e o redondo maior formam a
Em r.mio da popularidade dos exercícios de supino
prega axilar posterior. Atua de forma relevante na
e de OUIJ'0.5 exerócios de levantamento de peso que en- aduçào, na extensão e na rotaç-Jo ml!dial do úmero.
futi7.am o peitoral maior e de seu uso cm atividaclcs es- Em virtude da rotação :iscendentc da esclpula que
portivas, esse músculo é muitas ve7.es S<>brecarregado acompanha a abdução glenoumeral, o latíssín10 do
em compar:iç;lo aos seus antagonistas. Portanto, o alon- dorso gira de modo eficaz a esdpula para baixo ao
gamento e:: scn1prc neccss:lrio e pode ser feito por rota- tracionar rodo o éingulo do mernbro s uperior para
çlo L1ceral p.1ssiva. Esse músculo tambérn é alongado baüco em uma adução glenoun1eral ativa. É um dos
quando o ombro é abduzído horlzoncalmente. Estender n1úsculos eXtensores do úmero 111aL5 i111ponantes e se
por con1plc.10 o ornbro provoca alon~nento do peitoral contrai vigorosamente nas flexões de bl".tÇo na barra
maior superior, ao pasoo que a abduçilo coniplcta alonga fixa. O Iatíssimo do dorso (! sempre auxJllado pelo
a p::ute estemcx:oo.al do pcitor-.tl maior. redondo maior e à~ vezes (! chamado de rnúscu lo do
nadador por causa de sua funçilo na propuls;1o do
coq>0 à frente na água durante a rotação medial, a
Músculo Iatíssimo do dorso adução e a extensão.
(Figura 5. 14) Exercícios em que 0.5 br.tços são tracionados JY.tra
Origem baixo provocam uma contração enérgica no músculo
Iatíssimo do dorso. Flexões de braço na barra fixa,
Região posterior da crista ilíaca, fuce dorsal do sacro subir em corda, mergulhos entre barras paralelas e ou-
e processos espinhosos das vénebras lombares e tros movimentos de levantamento na barra horizontal
seis vénebras torácicas inferiores (T~12); ramifi- são bons para desenvolvê-lo, assim corno exercícios
ca-se nas três costelas inferiores com halteres - remada básica e p11ll--OWTS. Um exercí-
cio comum para esse músculo consiste em puxar para
Inserção baixo, em direçlo aos ombros, a barra de um sistema
L.ido medial do sulco íntertubcrcular do úmero, ime- de polia suspensa acima da cabeça, conhecido como
diatamente anterior :\ inserç;lo do redondo maior pwtada atrás com polia alta ou pwcador alto.
O Iatíssimo do dorso e o redondo maior são alon-
Ação gados juntos quando o ombro (! gírado extemamente
Aduç-.lo da aniculaç-Jo glenoumeral em uma posição abduzida de 90". Esse alongamento
Extens;io da aniculaçlo glenoumeral pode ser intensificado pela abduç-Jo total do ombro,
Rotação n1edial da articulaçilo glenourneral enquanto se mant.ém a rotação lateral, seguida de ne-
Abdução hori1.ontal da aniculaç-Jo glenourneral xão e l'Olllção lateral do cronco para o lado oposto.
VislO antoti0<
Abduçõo horizontal
,.---.... I, L6bla medial do
suko intefluberculor
do úmero
Roioçõo medial
Eictensõo \
Aduçõa ..
O, Região posterior cio crl1to
ilroco, face do.-,ol do >0C10
e proces>0s espinho>Os dos
vértebra• lomboro• o do•
$OIS vértebras torócioos
infe<iores; romific:<HO nos
lrês ca.ielos infe<ior"'
'
-'-~......~~1- Múicvlo
c:orocob<oqviol
O, Proce•io corocoiclo
do o.00,,.Ao
Músculo Músculo
suproespinol wbe$Capufor
Mú.culo inlroeopinol
(Raklç6o lateraQ /
\.. Tendão do
redondomenar _ ___,'n l
l -----~~
(Rotoçõo loteroQ
Tendão do
infroespinol
Tendõo do wbescopular) (Ralaçã::edio~
Tondõoda
sup<oo$f>inol
(Abcluçõo] J
FIGURA 5.16 • Músculos do manguito rotador. Vista
antcrossuperior, ombro direito.
_
Acr6mio
7~~f;;:.==--- c1av1c:u10
.-,......~--- Processa carocoide
--'"-..__>...~-- Supraespinol
lnlroespinol ~
·=::-""- -' - - - Tubêtcvlo menor
Tub6rcvlo maior - -
Úmero - - - -
Músculo subescapular (Figura 5.18) bito dorsal e o membro superior em ligeira flexão e
aduç-Jo com o cotovelo posicionado sobre o ab-
Origem don1e. Use uma mão posteriormente para segurar a
Toda a superficie anterior da fossa subescapular borda n1edial e puxá-la lateralmente enqua nto, com
a outra mão, palpa entre a es('ápula e a caixa torá-
Inserção cica à medida que o indivíduo gira inccmruncntc o
Tubt:rculo menor do úmero antebraço contra o peito.
Ação Inervação
Rotação medial da articulação glenoumeraJ l\ervo subescapular superior e inferior (C5,6)
Adução da aniculação gleooumeral
Extens.'\o da articulação glenoumcral Aplicaç-lo, fortalecimento e flexibilidade
P.stabllizaç-Jo da cabeça do úmero na mvidade glenoidal O subescapular, outro músculo do manguito rota-
dor, olllntérn a cabeça do úmero na cavidade glenoi-
dal pela frente e por bai.xo. Acua com o Iatíssimo do
l)
•• dorso e o redondo maior en1 seus movimentos típi-
••~
\,
cos, mas sua ação é mais fraca jâ que está localizado
próximo à articulação. Requer também o auxílio do
romboidc para csrabilizar a cscápula e tomá-la efi-
Palpação
caz nos movimentos descritos. O subescapular fica
O subcscapula r, o Iatíssimo do dorso e o redondo relativamente oculto na caixa torácica, em sua locali-
maior forman1 a prega axilar posterior. A maior zação na face anterior da escápula na fossa subesca-
parte do subescapular é inacessível na parte ante- pular. Pode ser fortalecido com exercícios parecidos
rior da escápula, atrás da caixa torácica. A porção coo1 os usados para o Iatíssimo do dorso e o re-
lateral pode ser palpada com o indivíduo em decú- dondo maior, como puxadas attâs com polia alta e
Estobilizoçõa da
<:abeço do úmer
1, Tuberculo menor
do úmero
Aduçõo /
Rotoçõo
medial ~-t-
O, Todo a •uperffcie
E>densõo anterior da fo,so
subeS<:Opulor
subir em corda. Um exercício específico para seu posição sentada imediatamente próximo ao acrõ-
desenvolvimento consiste em girar mediaimente o rnlo sobre o n1bérculo maior
braço conc:ra unia resistência na posição ao lado do
corpo, a CP de abdução glenoun1eral. Inervação
A rotação lateral com o braço aduzido de lado
Nervo supraescapular (C5)
alonga o subcscapular.
Abdução
(
1, Supe<ioonente
no fllbércvlo
moi0< do úmero
Abdução
,--.....
horizontal
Rc>loçõo
lotorol
O, Super/leio posterior
do escópulo oboixo do
espinho
••
Abduçao
,,,,.-.....
horizontal
1, Tubô<culo molor
do úmero sob<e o
lodo pc»terior
Roloçào
lo1oral
O, E$Cópulo post..io<,
bordo loterol
Origem Inervação
Posterionncnte no terço inferior da borda latem! da Nervo subescapular inferior (C5, C6)
e.~pula, logo acima do ângulo inferior
I, lóbio m.diol do
1 sulco inletlub.rculor
do ÚIM<O
•
Rotoçõo
medial
Aduçõo -
O. Terço lnle<K>< do botdo
I loierol do es.cópulo
Washington M usculoskeletaJ Tumor Cente r 2. Como e onde podem ser palpados os seguintes
www.sarcoma.org/main.php?page=Shoulder músculos em um indivíduo?
Cirurgia do émgulo do membro superior. a. Deltoide
b. Redondo maior
PRANCHAS DE EXERCÍCIOS c. lnfraespinal
d . Redondo menor
Como recurso auxiliar para o aprcndi7,ado, para e. I.atíssimo do dorso
tarefa.5 em classe ou fora dela, ou para escudar para f. Peitoral maior (panes clavicular e ~mocostal)
provas, são fornecidas pl".tnchas no final do livro. NO'ü\: Usando o músculo peitoral maior, indique
como várias ações permitem palpação muscular.
Prancha do esqueleto (n11 1)
3. Demonstre e localize em um indivíduo os princi-
Desenhe e identifique na prancha os seguintes pais músculos usados nos seguintes movimentos
1n(isculos: da articulação do ombro:
a. Delcoide a. Abdução
b. Supraespinal b. Adução
e. Subescapular c. Flexão
d. Redondo malor d. Extensão
e. lnfrdespinal e. Adução horizontal
f. Redondo nlenor f. Abdução horizontal
g. t..itíssimo do dorso g. Rotação lateral
h. Peitordl maior h. Rotação medial
i. CoracobraquiaJ
4. Cit!! os planos em que ocorre cada um dos se-
Prancha da figura humana (n11 2) guintes movimentos da articulação glenoumeral,
Identifique e indique com setas os seguintes mo- com seus respectivos eixos de rotação em cada
vin1encos da articulaç:lo do ombro: plano.
a. Abdução a. Abdução
b. Aduç;io b. Adução
e. Fle.-a1o c. Flexão
d. Extensão d . Extensão
e. Adução horizontal e. Adução horizontal
f. Abdução horizontal f. Abdução hori7..0ntal
g. Rotação nledial g. ROtaÇ'dO lateral
h. Rotação lateral h. Rotação medial
13. Preencha o quadro de análise muscula r a seguir, mine os movimentos que ocorrem na articu lação
listando os principais músculos envolvidos em do ombro e liste os principais músculos respon-
cada movimento anicular. sáveis por causá-los/controlá-los. Ao lado de cada
músculo em cada movimento, indique o tipo de
14. Depois de analisar cada u1n dos exercícios do contração con10 se segue: l-iso1nl'!trica; e-concên-
quadro de análise dos n1ovimentos aniculares do trica; E-excêntrica.
ombro a seguir, divida cada um en1 duas fases de
movimento primário, como a fase de levanta- 15. Analise o quadro de análise de habilidades cs-
mento e a deo! abaíxamento. Para cada uma, deter- ponivas da articulação do ombro a seguir e liste
134
os movimentos das articulações esquerda e di- conuolá-lo. Ao lado de cada músculo em cada
reita do ombro em cada fase. Pode ser preferível movimento, indique o tipo de contração como
listar a posição em que a articulação do ombro se segue: l-ison1étrica; C-concêntrica; E-excên-
está na fase inicial do n1ovin1ento. Depois de trica. Pode ser necessário consultar os conceitos
cada movimento, liste os principais músculos da para a análise do Capítulo 8 para as várias
aniculação do ombro responsãveis por causá-lo/ fases.
Flexão de braço
no solo
Tração na barr.i
flxa
Supino reto
Mergulho entre
barras panilelas
Puxada pela
frente
Desenvolvimento
pela frente com
barra
Remada pronada
Elevação cio
ombro com barra
Capitulo S 1 la< ilaç<'lo do 0111b10 135
Arremesso no D
beisebol E
D
Saque no vôlei
E
D
Saque no tênis
E
Arremesso no D
softbol E
Backba11d no D
tênis E
D
Cliquei.e
E
D
Bolichc
E
Lance livre no D
basquete E
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Capítulo
rticulação do cotovelo
e articulação radiulnar
Objetivos
• Identificar em um esqueleto humano detenninadas características ósseas das articulações radiulnar e do
cocovelo
• Indicar detenninadas características ósseas em um diagrama de esqueleto
• Desenhar e indicar os m(Jsculos em um diagrama de esqueleto
uase todos os movimentos do membro supe- do punho. Apesar de o rádio e a ulna fazerem parte
Q rior envolvem as articulações radiulnar e do
cotovelo. É n1uito con1um essas articu lações apare-
da articulação com o punho, a relação entre os dois
não ê tão intima quanto a das articulações radiulnar
cerem agrupadas, por causa de sua íntima relação e do cotovelo.
anatômica. A articulação do cotovelo estã intima-
rnente relacionada com a radiulnar nos dois ossos Ossos
desta, o rádio e a ulna, que compartilham unia ar-
ticulação com o õmero para formar a articulação Proximaln1en1e, a ulna ê multo nmior do que o
do cotovt!IO. Por t!SSa razão, alguns podem confun- rádio (Fig. 6.1). Porém, discalmente, o rádio ê muito
dir os movimentos do cotovelo com os da articula- maior que a ulna (ver Fig. 7.1 no Capítulo 7). A
ção radiulnar. Além disso, os niovimentos da arti· csclpula e o úmero servem como fixações proxi-
culação radiulnar podem st!r atribuídos de forma mais para os músculos que flexionam e estendem o
errônea à articulação do punho, pois parecem cotovelo. A ulna e o radio funcionam como Axaç&o
ocorrer nela. Entretanto, exanúnando de perto, distal para os mesn1os músculos. A escápula, o úmero e
vê-se que a articulação do cotovelo e seus movi- a ulna funcionam como fixações proxima~5 para os que
mentos podem ser nitidamente diferenciados da- pronam e supinam as articulações radiulnares. As
queles da articulação radiulnar, assim como os mo- fixações distais dos músculos radiulnares se localizam
vimentos radiulnares podem distinguir-se daqueles no rádjo,
137
138 '1. ~~ ai
- - úmero
Crisio Cristo
lateral foS$0 coron6ídeo
suprocondilor
loterol
---J..- Copftulo
Cabeço radia l
fo»0 do
Epicõndllo
lateral
--+
olócrano L_ Tuberosidode do r6dio
Capitulo ---.1~ Epicõndilo _....i r ..._,,. .....-- Ródio
'---Tróeleo la torai
Processo
---
Olócrono
coronoide
---..... Ulno
Úmero--+--
f OS$0 eoron6ideo
Tuberosidode do ródio
Ródia
or-- Epioôndilo
medial
Olkrono
•
Ulno ProeeS$0 coronoide lncisuro tl'oeloor
Tuberosidade da ulno
e
f lGURA 6.1 • Artlculaç-.lo do cotovelo direito. A, Vista anterior; B, Vista lateral; e, Vista medial.
139
movimentos do cotovelo consh"tem basicamente no são total, o olécr.ino da ulna é encaixado pela fossa
movimento entre as superfícies articulares do úmero do olêctano do úmero. F..ssa disposição permite maior
e da ulna - especifican1ente, o encaixe da tróclea do estabilidade anicular quando o cotovelo se encontra
úmero na incisura troclear da ulna. A cabeça do rádio en1 extensão total.
•
tem relativamente pouco contato com o capitulo do A medida que o cotovelo ê flexionado em cerca
funero. À medida que o cotovelo chega a uma cxten- de 20" ou mais, sua estabilidade óssea é, de cena
~~~-Olóctano
·---+-- lncisura trocieat (semllunar)
~'557-- Processo coronolde
Tuberosldade da ulna
' - - - Processo
coronolde
B Vista proximal
Rádio-----
-.,1-----+ lncisura
!rodear
--+ Processo
coronolde
11--.- -~'----1- lncisura
radial
- -cabeça
.,.__ _ Processo es1íloide
Processo estiloide
~--tnclsure utnw do Mio
A Vista anterior
e Vista lateral da extremidade
proximal da ulna
PIGURA 6.2 • Articulação radiulnar direita em supinação. A, Vista anterior; B, Vista proximal da articulação
radíulnar; C, Vista lateral da extremidade proximal da ulna.
De Secley RR, Stephens m. Tate P: Anntomy 6 pbySiolORY, 7' ed., Ncw YOf1<, 2006, McGnw-Hlll; Shler O, Bu~er J, Lewis R: /lo/e~ bumnt1
llt1lllomy 6 pb)$1ology, 9' é'd., New York, 2002, Mc<;mw-Hlll.
forma, aumentada, conferindo a ele maior frouxi- anular, por sua vez, localizado lateralrnente, pro-
dão de um lado para o outro. A estabilidade do porciona efeito de gancho ao redor da cabeça cio
cotovelo na ílcxão depende 1nais dos ligarncntos rádio, garantindo-lhe maior estabilidade.
colaterais, como o ligamento colateral radial ou la- Os movimentos que o cotovelo é capaz de reali-
teral e, em particular, do ligamento colater.rl me· zar vão de 00 de extensão a cerca de 145 a 1500 de
dial ou ulnar (Fig. 6.3). O ligamento colateral \1lnar flexão, como detalhado na Figura 6.4.
é ele extrema importância, pois fornece suporte A articulação radiulnar é classificada como tro-
medial para impedir o corovelo de abduzir (o que c6idea ou de pivô. A cabeça radial gira em tomo de
não é seu n1ovin1ento normal) quando estressado seu encaixe na ulna proximal e esse movin1cnto é
cm atividade física. Muitos esportes de contato, acompanhado pela rotação do rádio distal ao redor
principalmente os que envolvem atividades ele ar- da ulna discai. A cabeça do rádio é mantida em sua
remesso, impõem estresse il face medial da articu- articulação pelo ligamenro anular. A articulação ra-
lação, o que resulta cm lesões. O ligamento colatc· diulnar «'.! dotada de capacidade de supínação de
ral r.idial no lado oposto fornece estabilidade cerca de 80 a 90" a partir da posição neutra, e a de
lateral, sendo raramente lesionado. O ligamento pronação varia de 70 a 900 (Fig. 6.5).
E:picôndilo
Cópwla /medial do
C6p1ulo artieulor ar~cular
/ \ úmero
ligamento coloterol radial ligamento anular
Tendõodo m.
ligomenlO anular blcep! broqulol
j!G«ionodo)
Tendõo do m. bícep$
broquiol [$GCCíonodo) C6P"'lo Úmero
ar~culor
Membro na Tr6cleo
tinavial
Ródio
Processo coronolde
e Vista sog.l tal
FIGURA 6.3 • Aniculaç-Jo do cotovelo direito com ligamentos delalhados. A, Vista lateral; B, Vista medial; C,
Vista do corte sagital.
Capítulo 6 \n culaÇlo <lo L'OIO\'C o e an1c1.1l~ç:lo r~drulnar 141
180'-f:....:::~~==~r.,.!,.. 1e<r-{-~~
10'
H.pen>Oenl6o
- 90'
A a
Em razão de o rádio e a ulna estarem íortcmcncc exisce sinergia entre as articulações glcnoumcral, do
unidos entre as articulações proximal e distal por <.-Olovelo e radiulnar.
uma membrana interóssea, a articulação entre as A medida que a articulação radiulnar percorre
díáfiscs dos dois ossos é cm geral classificada como sua amplitude de nlovimento, os m(isculos gle-
do tipo sindesmose. Contudo, existe um movi- noumerais e do cotovelo se contraem para estabili-
mento rotatório substancial entre os ossos. zar ou auxiliar na eficácia do movimento nas articu-
Apesar de as articulações radiulnar e do cotovelo lações radiulnares. Por exemplo, quando uma
executarem funções independentes un1a da outra, os pessoa tenta apertar ao máximo (com a mão direita)
m(isculos que controlam cada uma delas trabalham um parafuso com uma chave de fenda , movimento
juntos em sinergia para desempenhar ações que bene- que envolve a supinação radiulnar, ela tende a girar
ficiam o funcionan1cn10 do n1cmbro superior co1no externan1ente a articulação glenoumeral e a flexio-
um todo. Ponanto, a dL5função em uma articulaç-lo nar a do cotovelo. De modo inverso, quando tenta
pode afetar a função normal da outra. afrouxar um parafuso apertado com pronaçào, tende
a girar inlernamenle a articulação do cotovelo e a
Smergia entre as articu.lações gJenoumcra.I, estender a articulação glenoumeral. Em ambos os
do cotovelo e radiulnar casos, depende-se dos agonistas e dos antagonistas
Assim como exí.sle sinergia entre o cíngulo do nas articulações circundantes para fornecer um grau
membro superior e a articulação do ombro na exe- apropriado de estabilização e assistência para a tarefa
cução de atividades do mt!mbro superior, também requerida.
142 ~l.1nual de dnc"-•OI021:1 estrutural
Flexõo A
Extenião B
e Supina~õo o
l'IGURA 6.6 • Movimentos das an.ic..'Ulações radiulnar e do cotovelo. A, Flexão do cotovelo; B, Extensão do
cotovelo; C, Pronaçào radiulnar; D , Supinaçào radiulnar.
Capítulo 6 \r· n1I ..-) <lo ' ''" '> n1c1.1! ' r: d " r 143
M. <f.llOl<lo --1+--
M. pranodat r.danda
FIGURA 6.7 • Músculos da região anterior do FIGURA 6.8 • Músculos da região anterior do
n1en1bro superior. membro superior.
144 ~l.1nual de dnc"-•Ologi:i estrutural
M. trop6zio
Acrômio
~~v do..cópvla
- - M. dellOide
- -M. btoquiorrodiol
Ncw..oo vlnor -~ M. exleftsor radial
Anc:6noo --+.\. longo do corpo
M. Rex<>< - - - i M. oxiensor rodiol curto
do çorpo
vlnor do corpo
~Aaômio
Espinho do _ __ - Serrótil onlerl<>< {seccionado)
""" - Clovlallo '1.-:.,.-- Corocobroquiol
escópulo
abeço
- - DellOklo curto _ _.._ Redondo moio<
Bíceps
Tricep1
Cobeço
lon90 - - _
- Peito<ol maior
akepl braquial
braquial Cobeço-
longo
fC Tendôo do lofluimo do dotso (s.c:cionodol
braquial Cobeço---- Cabeço longo } Tricep1
(cabeça longo) r---Cobeço medial btuqulo l
loiorol - - Braquial
Ródio ~
Tendõo do blceps - -
1 t:== Epioôndilo
Braquial
medial do úmero
Anc&eo _ _ _ _ - - - Broquionodiol
broquiol Apone<>rose do blceps braquial
Pronod<>< r.clondo - -
-::....L---- Ulno
A B
FIGUM 6.11 • 1'1úsculos do braço. A, Vista lateral do ombro e do braço direitos; B, Vista anterior do ombro
e do braço (profundo) direitos. Deltoide, peitoral maior e peitoral n1enor removidos revelando suas
estruturas mais profundas.
Capítulo 6 \r; rui r!IQ <lo •'OIO•'Clo e an1c1.1!.1ç:lo r~drulnar 145
(ctmllml4)
146 ~l.1nual de dnc"-•Ologi:i estrutural
s-E
braquial dial e lateralmente
superficie articulação do
cabeça proximal :io.s epicôndi-
posterior do cotovelo
-"'o. medial
úniero
los medial e lateral
'O
e;
1:::
& Com o cotovelo en1
~ flexão relaxacfa e o an·
o tebraço em pronaçllo
...
1:::
Superfície relaxada, pode ser p.,1-
[ EpicôndUo
lateral do
lateral do radio pado profundamente
Nervo
8 Supinador ómero beirando proXimal Supinaçllo do
Transverso
no braquiorradial e
radlal
~
imedi.,mmente antcbr-.tço nos extensores radi.'lis
a pane po5terior (C6)
abaixo da longo e c.-uno do carpo
::;: da ulna
cabeça sobre a face latera.1 do
radio proximal com U-
gcira rcsisti.'llcia à
supinaç:lo
Superfície
Face posterolateral da
posterior da por-
Superfície ulna prox:im.'ll ;10
ç:1o lateral do Nervo
po5terior do Extensão do ol~crano durante ex·
Ancôneo olécrano e Sagital radial
oondilo lateral cotovelo tensão l'<!SiStida do oo-
quano (C7,C8)
do úmero tovelo com o punho
proxin1al da
ern nex:ão
ulna
Nota: O Aexor radia l ôo corpo, o palmar longo. o Rex01 ulnor ôo co1po e o lleico< siperficial ÔO$ dt!ÔO$ ouxWom no Pexõo fraco ôo colc:l'olelo,
ooquonlo o e>denSOf ilncJl do corpo. o e>eleno011octol curlo do corpo. o~ rodiol lo'1g0 do corpo e o~ do. dedos owaliom no
eid!WÕO ~oco do cQ40Yeb. Em 1ozõo de wa e><p0$iÇÕO no Copiiulo 7. eles nõo eslào li$10dos OCimo
Capítulo 6 \r-. 11 . J) <lo' ''" ''> n1cul ·ç c'd •'" r 147
Nervos (l'iguras 5.11, 6.12, 6.13) nervo mediano, ilustrado na Figura 6.13, inerva o pro-
nador redondo e mais adiante se ramifica, tomando-se
Os músculos das aniculações radíulnar e do coto- o intcróssco, que supre o pron:idor qu:idrado. As deri-
velo são todo.~ inervados pelo$ nervos mt!Cliano, mus· vações mais i1nporrantes do nervo mcdi:ino são c6 e
culocutâneo e radial do plexo braquial. O nervo radial, C7. Ele fornece sensaçJo para a fac.-e P'.ilmar da mão e
que se origina de C5, c6, C7 e C8, fornece inervação para as irês primeiraS falanges. A face palmar do lado
para o triceps braquial, o braquiorradial, o supinador e radial do quarto dedo e a face dorsal dos dedos indi-
o ancôneo (fig. 6.12). Mais especificamente, o nervo cador e longo também recebem sensações por esse
i.nrerósseo posterior, derivado do nervo radial, supre o nervo. O nervo musculoculâneo, mostrado na Figura
supinador. O nervo radial rambém fornece sensação à 5.1l, ran1iílca·se de C5 e C6 e supre o bíceps braquial
parte posterolareral do braço, antebraço e mão. O e o braquial.
M. onc6nea
M , "--==1Y
· '"P'"º""'
M. extensor
I
\ ~ M. extGMO< radial
longo do corpo
M. oldcnsor radlal ' - - - Nervo mediono
ulnor do co.rpo cvrlQ cio corpo
M. oldonsor 1 u__ M. abdulOr longo
do dedo mlnimo ,~
V- cio pologor
':,( Mm. extensores ~~~-- M. pronodor red0e1do
~ longo o curto
M. exlemor • do polegar :;+- M. floxor radial do coipo
do. dedos ""'- M. extensor do +-- M. polmor longo
indlcodor
ll:;i;f-- M. fio- su~klol
dos dedos
ILI-- - M. flexor p<olundo
dos dedo.
FIGURA 6.12 • Distribuição rnuscular e cutllnca do f'lGURA 6.13 • Distribuição muscular e cutinea
nervo radial. do nervo mediano.
148 '!.•"•ai"•· c"-•OI021:1 estrutural
Músculo bíceps braquial (Figura 6.14) coracoide. Diiaalmence, o tendilo do bíceps é JY.tl-
pado em sentido anteromedial à articulação do co-
Origem tovelo durante a supinaçào e a flexão
Cabeça longa: tubérculo supraglenoidal acima do lábio
superior da cavidade glenoidal Inervação
Cabeça cuna: processo coracoide da escápula e lábio Nervo musculocutâneo (C5,6)
superior da cavidade glenoidal en1 conjunção con1
a ftxação proximal do cor-.icobraquial Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
O bíçeps é <."On1umente conhecido como músculo
Inserção biarticular ou de duas articulações (on1bro e coto-
Tuberosidade do rádio e aponeurose bicipital velo). Tecnicamente, contudo, deve ser <.-onsiderado
como de três artlculações (mulliarticular) - ombro,
Ação <:Otovelo e radiulnar. t fraco nas ações sobre a articu-
Flexão do cotovelo lação do ornbro, embora ajude a fornecer estabili-
dade anterior dinâmica para n1anter a cabeça do úmero
Supinaçào do a ntebraço
na cavidade glenoidal. Tem mais força na flexão do
Flexão fra<.-a da aniculaçào do ombro cotovelo quando a a niculaçào radiulnar é supinada,
Abdução fraca da aniculaçào do onlbro quando ela sendo também um supinador fone, principalmente
está cm rocaçào lateral se o cotovelo estiver flexionado. As palmas afastadas
da face (pronação) diminuem a eficiicia do bíceps,
e m pane por conta da tração desvantajosa do mús-
culo quando o rádio sofre rotação. Os mesn1os mús-
I' "' culos são usados na flexão da aniculação do <:Oto-
' velo, independentemente de pronação ou supinação
do antebraço.
A flexão do antebraço com haltere nas mãos, co-
nhecida oomo "rosca•, é um e.xcelente exercício para
desenvolver o bíceps. Esse movin1ento pode ser reali-
Palpação zado com uni braço de cada vez, con1 pesos, ou com
Faciln1ente palpado no úmero anterior. O tendão de os dois braços simultaneamente, com um haltere. Ou-
cabeça longa pode ser palpado no sulco intertuber- traS atividades em que ocorre flexão enêrgica do ante-
cular e o de cabeça curta logo abaixo do processo braço são subir corda e fazer flexões na barra fixa.
O, Prace"°
eo<acoido
O, Tubérculo
•uproglenoidal
Cabeço I0119a}
Cabeço curto Bíceps broquiol
J flexão
-+--1, ApaMUrose
bicipilol -t---+- 1, Tuberc»idodo
do ródlo FIGURA 6.14 • Músculo bíçeps
braquial, vista anterior. O,
Origem; /, lnserç-.10.
e_ Supiooçõa
Capitulo6 1I r 149
J
'1
Músculo btoquiol
JFlexõo
J 1
dade de pronação diminui conforme o antebraço
atinge a posíç-.io neutra. Por causa de sua ação na
rotaç-lo do antebraço para uma posição neutra do
Supinoçõo P'ronoçõo
Músculo tríceps braquial O'igur:i 6.17) Na porção posterior do braço duranrc a extensão re-
sistida a partir d e uma posição flexionada e, e m
Origem sentido distal, imediatamente próximo à s ua inser-
cabeça longa: tubérculo infraglenoidal abaixo do lábio ção no olécrano
inferior da cavidade glenoidal da escápula cabeça longa: proximal ao tendão na parte postero-
cabeça lateral: metade superior da supe.rficie posterior medial do braço abaixo da pane espinal do d!.!ltoide
durante a extensào/adução resistida do ombro
do 6mero
O, Tub6'culo ..+L----#J~~.
inlroglenoidol
cio e.scópulo O, Dois lerços dis.lois
cio wperllcie
posterior cio úmero
HI-'~- 1, Oléctono
cio ulno
Cabeça lateral: facilmente palpada nos doís terços pro- Músculo ancôneo (Figura 6.18)
ximais do úmero posterior
Cabeça medial (profunda): 1nedial e lateralmente pró- Origem
ximo aos epicôndilos medial e lateral Superficie posterior do cônclilo lateral do úmero
Inervação Inserção
Nervo radial (C7, C8) Superfícies posterior do olécrano e proximal a um
quarto da ulna
ApUcação, fort.alecimento e flexibilidade
A ação típica do t:riceps é dernonstrada em exercí- Ação
cios de flexões quando hã extensão vigorosa do co- Extensão do cotovelo
tovelo. É usado na parada de mãos e em qualquer
movimento de empurrar que envolva o membro su-
perior. A cabeça longa C: u1n importante extensor da
articulação do ombro.
Dois músculos e~1endem o cotovelo - o uíceps
braquial e o ancôneo. Os exercícios de flexões de
braço demandam contração enérgica desses múscu-
los. !>1ergulhos entre barras paralelas são mais difíceis Palpação
de realizar. Os supinos com halteres ou pesos são
Face posterolateral da ulna proximal ao olécrano du-
exercícios excelentes para o uíceps braquial. Supinos
rante extensão resistida do <.'Olovelo com o punho
acima da cabeça e roscas de tríceps (extensões do
em flexão
cotovelo a panir de uma posição de braços acinla da
cabeça) também o enfatizam.
inervação
O tríceps deve ser along-.ido com o ombro e o
cotovelo em flexão m.áxima. Nervo radial (C7, C8)
Extensão
O, Superfície
poslorior do côndilo
loterol do úmero
1, Superfície
pc»rerior do ulno
superior e ol6erono
O, Porte dlslal do
cri>lo condiloide
modiol do úmero, "'°f--t"~"'=!-\.
porção medial do
olno proximal
1, Terço médio
do $operlície
lateral do ródio
Pronoçõo
"••
1, Ouor1o di•lal
do lodo on101íot ..--o. Ouorla distal do
do ródio lodo onlerior
do ulno
'
1, Superfíde
lolerol do
O, Epicôndilo ródio proximal
loterol do imediotomente
úmero oboixo do
cabeço
Posterior Anterior
O, Próximo o
M. supinodor - i . - *-'-.,- porte posl«ior
do ulno
Supinoçõo
~
FIGURA 6.21 • Músculo supinador, visca posterior. O, Origem; 1, Inserção.
supinado par.i posição de palma para cima, a fim de American Academy of Orthopaedlc Surgeons
fortalecer esse músculo. http:J/orthoinfo.aaos.orgcategorycfm ?topcategory=Ha nd
O supinador é alongado quando o antebraço é Biblioteca de informações para pacientes com
pronado ao n1âximo. problemas no cotovelo.
Prancha do esqueleto (oll 1) 2. Como e onde em unia pessoa poden1 ser palpa-
dos os seguintes músculos?
Desenhe e indique na prancha os seguintes mús-
a. Bíceps braquial
culos:
b . Braquiorradial
a. Bíceps braquial
c. Braquial
b. Braquiorradial
d . Pronador redondo
c. Braquial
d. Pronador redondo e. Supinador
e. Pronador quadrado f. Tríceps braquial
f. Supinador g. Ancôneo
g. Tríceps do braço 3. Palpe e dê o nome dos músculos diretamente
h.Ancôneo responsáveis pelos seguintes movimentos:
a. Flexão
Prancha da figura humana ( nll 2) b. Extensão
Identifique e indique com seras os seguintes c. Pronação
movimentos da articulação do cotovelo e da articulação d . Supinação
radiulnar:
4. Liste os planos em que ocorre cada um dos seguin-
1. Articulação do cocovelo tes movimt:ruos das arti<.·ulações radiulnar e do coto-
a. Flexão velo. Cicc seus respectivos eixos de rotação cm cada
b. E.xtensão plano.
2. Articulação radiulnar
a. Pronação a. Flexão
b. Extensão
b. Supinação
c. Pronaçào
d . Supinaçào
EXERCÍCIOS LABORATORIAIS E DE
REVISÃO 5. Discuta a diferença entre Oexões de braço na
barra fixa com as palmas da n1ão voltadas para o
rosto e voltadas contra e le. Analise essa diferença
1. Loc:a.lize as seguintes partes do úmero, rãdio e ulna
en1 termos musculares e anatôrrucos.
cm um esqueleto huniano e em uma pessoa.
a. F.squeleto 6. Analise e explique a diferença na alividade mus-
1. EpicôndUo 1nedial cular das articu lações radiulnar e do cotovelo
2. Epicôndilo lateral entre girar a maçaneta no sentido horário e abrir
3. Crista supracondUar Laterdl a porta empurrando-a, e girar a maçaneta no sen-
4. Tróclea tido anti-horário e abrir a porta puxando-a.
7. Preencha o quadro de ação muscular antagonista cujas ações são antagonistas aos músculos da co-
abaixo com o(s) músculo(s), ou pane(s) dele(s), luna da esquerda.
Flexão Extensão
Pronação Supinação
9. A articulação do cotovelo é a inserção de qual 12. Depois de analisar cada um dos exercícios no
músculo bilateral? Descreva quais movilnentos quadro de análise do movin1ento das articulações
estão envolvidos no cotovelo e na articulação su- radiulnar e do cotovelo (na próxima página), di-
perior de sua origem muscular. vida cada um em duas fases de movimento pri-
mário, como fase de levantamento e de abaixa-
10. Levantar uma televisão enquanto você ajuda seu mento. Para cada uma, dcrennine os movimentos
companheiro de quarto a se mudar, requer técnica das articulações radiulnar e do cotovelo que ocor-
apropriada para levantar e um ângulo de tração ren1, e então liste os principais músculos respon-
eficiente. Descreva o ângulo de traç-lo escolhido sáveis por causá-los/conll"Olá-los. Ao lado de cada
na articulação do eotovclo e porque esta escolha músculo em cada movimento, indique o ripo de
se opôs em relaçlo a outros ângulos. contração como se segue: 1- isométrico; C - con-
11 . tiste quais 1núsculos estão envolvidos no •coto- cêntrico; E - excêntrico.
velo de tenista• e descreva especificamente corno
você trabalharia a força e a flexibilidade deles.
Capítulo 6 \r;. 11 .. ..-) <lo 'v'''" ''> n1cul~ç:lo r~drulnar 159
13. Analise cada habilidade no quadro de análise de principal(is) múscu lo(s) das anJculações radiul-
habilidades csponivas das articulações radiulnar nar e do cotovelo responsáveis por c-.iusá-los/
e do cotovelo e liste os movimentos dos <.'Otove- controlá-los. Ao lado de cada músculo em cada
los dircíto e esquerdo e da articulação radiulnar movimento índique o tipo de contração como se
em cada fase da habilidade. Você pode preferir segue: 1 - iso1nétrico; C - concêntrico; E - excên·
li.star as posições iniciais em que as aniculações trico. Pode ser nece~rio rever os conceitos para
do cotovelo e radiulnar estão na fase de posicio- a análise no Capírulo 8 para as várias fases.
nan1cnto. Dcpoís de cada n1ovimento, liste o(s)
• Organizar e citar os músculos que produzem os movimentos primários do punho, da mão e dos dedos
in1portância das articulações do punho, da mão ral, as nl..ios e os punhos hun1anos possue1n meca-
A e dos dedos é muitas vezes relegada en1 compa-
ração com a que ~ atribuída às articulações maiores,
nismos complexos, altamente desenvolvidos e capa-
zes de uma enorme variedade de movimentos, que
necessárias para a locomoção. Isso não deveria acon- são o resu ltado do modo como escilo dispostos os 29
tecer, pois, en1bom as habilidades motoras finas ca- ossos, mais de 25 articulações e mais de 30 múscu-
r.ieteristicas dessa área não sejam essenciais cm al- los, dos quaL~ 18 são íntrinsêcos (com origem e inser-
guns esportes, muitos outros que envolvem atividades ~'iio IOC'alizadas na mão).
especializadas requerem o funcionamento preciso do Para a maior parte dos estudantes que usam este
punho e da mão. Diversos esportes, como arco e fle- livro, u1n conhecimento muito aprofundado des.'iCS
cha, bolíche, golfe, beisebol e tênis requerem o uso 1núsculos intrínsecos não é necessário. Conn1do, trei-
conjugado de cedas essas articulações. AJêm disso, o nadores esportivos, fisioterapeutas, terapeutas ocu-
funcionamento apropriado das articulações e dos pacionais, quiropráticos, anatomistas, médicos e en-
n1úsculos das mãos é fundamental para as atividades fern1eiros precisam ter um conhecimento mais amplo
do cotidiano. desses músculos. Os músculos intrínsecos são cita-
Em virtude do grande número de músculos, ossos dos, ilustrados e discutidos de uma forma limitada no
e ligamentos, bem como das articulações de tamanho final deste capítulo, onde tamlX:m são encontradas
relativamente pequeno, a anatomia funcional do refer~ncias a p-MLir das quais se pode obter mais in-
punho e da mão é complexa e desgastante para al- formações.
guns. Essa complexidade pode ser símplificada Nossa discussão se limita ã revisão dos músculos,
quando se relaciona a anatomia funcional às princi- articulações e n1ovimencos envolvidos nas atividades
pais ações das articulações: flexão, extensão, abdu- motoras gerais. Nesse grupo estão os músculos do
ção e aduç-lo do punho e da m:lo. antebrdÇO e os músculos extrinse<,'OS do punho, da
Um grande número de músculos é usado nesses 1não e dos dedos. Estão também incluídos os n1úscu-
movimentos. Do ponto de vista anatômico e estrucu- los extrínsecos maiores e nutís importantes de cada
161
162 \! mo•! d •' 'Olt ~ •><'l'\11 11'21
articulação, para fornecer um conhecimento mínimo cido, o seniilunar, o piramidal e o pisifonne. A fileira
dessa área. Os exercícios propostos para o fortaleci- discai, do lado radial para o L'ldo uJnar, é formada
mento desses môsculos serlo, de cena maneira, re- pelo osso trapézio únuhJanguJar maior), pelo trape-
dundantes, já que são sobretudo quatro os movimen- zoide (multiangular menor), pelo capitato e pelo ha-
tos reali7.ados pela conjugação de suas ações. Um mato. Esses ossos formam um arco de três lados, que
dos exercidos que mais fortalecerá esses músculos(! é côncavo no lado palmar. Esse arco ósseo é atraves-
o de flexão de braço feito na ponta dos dedos. sado pelos ligamentos carpaiS tranSVerso e volar,
criando o túnel do carpo, que, com frequência, é
Ossos uma fonte de proble.m as conhecidos como a síndrome
do túnel do carpo (ver Fig. 7.8). Em geral, o escafoide
O punho e a mão contam con1 29 ossos, entre os é, dentre os ossos do carpo, o mais comumente fratu-
quais o rádio e a ulna (fig. 7 .1). Oito ossos ca.rpais, rado, como consequência da hiperex.tensào de punho
em duas fileiras de quatro ossos, formam o punho. A en1 quedas com a mão estendida. Infelizmente, essa
fileira proximal é fonnada, a partir do lado radial (po- fratura é muitas vezes negligenciada após a lesão ini-
legar) para o lado uJnar (dedo mínimo), pelo osso cial, e1nbora possa causar grandes problenias se não
escafoide ou navicular, como é comumente conhe- for tratada de modo apropriado. O tratamento requer
Falange _ __,_ 1
distal
Folonge
m~io
Falo11ge ----=~ •
proximal
Atticuloçõo
metocorpofolõngica (MCF)
Motocorpo _ ____;,:
Articuloç6o
corpometacorpol (CMC)
Trapezoide
Escafoide
Semilunar
Processo - - - - Processo ~iloid.
estiloide - - - Ródio
Ulna--~
De Anthony CP, KolthotT NJ: Tt'Xl/Joollofar111UJmy1mdpb;pslolOf(.)\ 9'cd., St. 1.ouls. 197.S. Mosby.
Capítulo 7 .\J1 ,1,.. .,,,.,, " ) i'll'lh< •• !-< w .. 163
imobilização adequada por períodos mais longos do los envolvidos no movimento do punho são a base
que o de muitas fraruras e/ou cirurgias. Cinco ossos do segundo, do terceiro e do quinto metacarpais, o
do mecacarpal, numerados de um a cinco, do polegar pisiforme e o hamato. Os músculos dos dedos, que
para o dedo mínimo, unem·se aos ossos do punho. tam~m estão envolvidos no movimento do punho,
E.'Clstern 14 falanges (dígitos), três {Y.11".t cada falange, inserem·se na base das falanges proximal, nlédia e
com exceção do polegar, que só possui duas. Elas são dist31 (Figs. 7. 1 e 7.2). A base do primeiro metacar-
indicadas como proXimal, média e distal em relaç-Jo pal, a falange proximal e a falange distaJ do polegar
aos metacarpais. Além disso, o polegar possui um servem como ponto de inserção para os múscuJos
osso ~moide dentro de seu tendão flexor, p<>dendo envolvidos no movimento do polegar (Fig. 7.1).
ocorrer outro.~ sesamoides nos dedos.
O epicôndilo medial, a crista condilolde medial e Articulações
o processo coracoide servem como ponto de origem
para muitos dos flexores do punho e dos dedos, ao A articulação do punho é classificada como condi-
passo que muitos dos extensores do punho e dos loide, permitindo flexão, extensão, abdução (desvio
dedos têm o epicôndilo lateraJ e a linha supracondi· radial) e adução (desvio ulnar) (Fig. 7.2). O movi·
lar lateraJ como ponto de origern (Figs. 6.1 e 6.3). mento do punho ocorre sobretudo entre o rádio dis-
Distalmente, a referência óssea chave para os múscu- tal e a ftleir.i carpal proximal, que consiste no esca-
Artku~õo
interfolõngico proximol
Articuloçõo
mefocorpofalôngico ~,...::."<::""-- Articuloçõo
in1erfolõngic:o
di.1ol
Ulno
Corpo
Disco
orticulor
Ulno
Membro no
interósseo
Amculoçõo
corpomolOcorpol do pologor
Articuloçõo
Ródio rodiocorpol
Movimentos
FIGURA 7.3 • An1plirude de movimento do punho.
A, Flexão e extensão. Ffexào (flexão palmar): O a ± As ações comuns do punho são flexão, extensão,
8Qll. E>.·tensâo (dorsiflexão): Oa :t 7Qll; B, Desvios abdução e adução (Fig. 7.7, A -D). Os dedos só podem
radial e ulnar. Desvie radial O a 2()11. Desvio 11/11ar. O se flexionar e se estender (Fig. 7.7, E-1~, con1 exceção
a 3()0. das articulações mctacarpofalângicas, nas quais a ab-
Folonge média - - L
j - - Ligamento palmar
Ugamenla
colateral
- - m. floxar profundo
dos dedos _ - Falange média
Cóp>ula allkular - -
Llgamenla
- colate<al
-1- Ugamonlo palmar
- U9amcnto colatoral
_ - UgamenlO palmar
ligamento metocarpal
Torcolro metacarpo! ----- ITan>VM>O profundo ____ Terceiro molocorpal
A IS e
FlGURA 7.4 • Articulações metacarpofalângica e ioterfalângica do dedo anular. A, vista lateral; B, vísta
anterior (palmar); e, vista posterior.
Capítulo 7 Al11<.-UIJ•,"Ô<> <lo 1>unho •• <I.• w o 165
~~~-~
1
-·-b ,. . ._.
................... ......................
2
•
\ \
Ãhóm 1!PO ÔO tllcfo
2
FIGURA 7.5 • Amplirude de movimento d05 dedos. A, Flexão. 1, O movimento pode ser mensurado ou estimado
cm graus. 2, O movimento pode ser estimado por uma rc'.!gua como a distância da ponta do dedo à dobra palmar
distal (esquerda) (quantificando as flexões das articulações média e distal) e a dobra paln1ar proximal (direita)
(quantificando as articulações distal, média e proximal dos dedos}; B, Extensão, abdução e adução. 1, Extc~o e
hiperextensão. 2, Abdução e adução. Esses movinlentos ocorrem no plano da paln1a da m.~o ao longo do dedo
medio. O afasramento dos dedos pode ser medido da ponta do dedo incJjcador à ponta do dedo mínímo
(direita). Afastamento individual dos dedos de ponta a ponta dos dedos indicados (esquerda).
== 1
:iZ .......
O'
- 2
- O' ,.
-O'
50'
( 1$•
•
"' 2
' •
.. e
, 3
FIGURA 7.6 • Amplirudc de movimento do polegar. A, Alx:lução. 1, Posição inicial: o polegar cstcndido ao lado do
dedo indicador, que esiá alinhado com o rádio. Abdução é o ângulo aiado entre os ossos metacarpais do polegar e
o dedo indicador. Esse movimento pode ocorrer em dois plan05. ~ Alx:lução radial ou extensão ocorre em um
.z
plano paralelo ao ela palma; B, Flexão. 1, Pooção inicial: polegar estendido. Fle.'<ilo da articulação intetfalângica: O
a :1: OC/'. 3, Flexão da articulação 1netacarpofulângica: O a ± 5(]>. 4, Acx.~o da articulação carpometacarpal: Oa :1: 15º;
C, Oposição. Pooição inicial (11iais à esquerda): o polegar alinhado com o dedo indicador. Oposição é um
movimento composto por três element05: (1) abdução, (2) rotação e (3) flexão. Ern geral, o movimento é
considerado completo quando a ponta cio pole~ toca a ponta doo cinco dedo$. Alguns consideram o arco de
oposição completo quando a ponta do polegar roca a base do quinto dedo. Ambos oo métodos estão ilustrados.
dução e a adução são <.'Ontroladas pelos músculos in- pecto palmar do segundo metacarpal. Esses movimen-
trinse<:os da mão. Na mão, a falange média é conside- tos, associados ã pronação e à supinação do ante-
rada o ponto de referência que serve para diferenciar braço, possibilitam muitos outroo movimentos finos e
abdução e adução. A abdução dos dedos indicador e coordenados do antebraço, do punho e da n1ão.
1nédio ocorre quando eles se inovem lateralmente em
~o ao lado radial do antebraço. A abdução dos Flexão (flexão palmar)
dedos anular e mínimo ocorre quando eles se movem
Movimento da palma da n1ào e/ou das falanges em
mediaimente em direção ao lado ulnar da mão. O mo-
direç-.lo ao aspecto anterior ou volar do antebraço.
vimento medíal dos dedos indicador e médio em dire-
ção ao lado ulnar do antebraço é a adução, que, nos Extensão (dorsiflexão)
dedos anular e mínimo, ocorre quando eles se movem
lateralmente en1 direÇ'.lo ao lado radial da mão. O po- Movim1:nto do dorso da mão e/ou das falanges em
legar é abduzido quando se afasta da palma da n1ão, direção ao aspecto posterior ou dorsal do antebraço;
sendo aduzido quando se move em direção ao as- é algumas vezes mencionado con10 hiperextensão.
A a
e o
FIGURA 7.7 • Movimentos do punho e da mão. A, Plexào de punho; B, Extensão de punho; C, Abdução de
punho; D, Adução de punho. (continua)
Capítulo 7 Art1<.-UIJ1;õ..-- <lo 1>unhn e dt mo 167
G H
FIGURA 7.7 (cont.) • Movimentos do punho e da mllo. E, Flexão dos dedos e do polegar, oposiç-.lo; F,
Extensão dos dedos e do polegar, reposição; G, Adução das aniculaçôes metacarpofalângica e do polegar;
H , Abduç-lo das articulações metacarpofalângica e do polegar.
Movimento do lado do dedo mínúno da mão e1n dire- Os músculos extrínsecos do punho e da mão
ção ao aspecto medial ou ao lado ulnar do ante- podem ser agrupados de acordo com sua função e
bra<,v. É também o movin1ento dos dedos ao uni- sua lcx:aliz.ação (Tab. 7.1). Há seis músculos que n1ovem
rem-se, cm direção ao dedo médio. o punho, n1as eles não cruzam a mão para mover os
dedos e o polegar. Os três flexores do punho desse
Oposição grupo são o flexor radial do carpo, o flexor ulnar do
Movimenco do polegar de cru1.ar o aspecto palmar de carpo e o palmar longo - todos possuem origem no
modo a opor-se a uma ou a todas as falanges. epicôndilo medial do úmero. Os extensores do punho
possuem sua origem no epicôndilo lateral e íncluen1 De modo geral, codos os flexores do punho pos-
o extensor radial longo do carpo, o extensor radial suem sua origem no aspecto antcromcdial do ante-
curto do carpo e o excensor ulnar do carpo (Figs. 6.8 braço proximal e epicôndilo 1nedial do úmero, ao
e 6.10). passo que suas inserções fican1 na face anterior do
Outros nove músculos, que se originam do ante- punho e da n1ão. Todos os tendões ílexores, exceto
braço, funcionam sobrcrudo para movirncntar as falan- para o flexor ulnar do carpo e palmar longo, passam
ges, mas tainbém CS!âo envolvidos nas ações articulares alr.lvés do runel do carpo, bem como o nervo me-
do punho, já que o cruzam. E.'>SeS músculos são, de diano. Condições que acarretam edema e inflamaç-lo
modo geral, mais fracos em suas ações no punho. O nessa ãrca podem resultar cm aumenro da pressão
flexor superficial dos dedos e o flexor profundo dos no túnel do carpo, o que interfere na funçlo normal
dedos são fle.xores dos dedos; entretanto, também aju- do nervo mediano, levando à redução nas funções
dam na flexão do punho, bem como o fle.xor longo do motora e sensorial na sua área de inervação (Fig.
polegar, que, con10 o non1c diz, serve para ílcxJonar o 7.8). Conhecida co1no siodro me do túnel do carpo,
polegar. O extensor dos dedos, o extensor do indicador essa condição é particularmente comum com o uso
e o extensor do dedo 1nínimo são extensores dos dedos, repetido da mão e do punho em trabalhos manuaís e
mas também colaboram na extensão do punho, ben1 atividades de cscri16rio, con10 a digicação. Pequenas
como o extensor longo e o curto do polegar, que o es- modificações nos hábitos de trabalho e na pooíç-lo
tendem. O abdutor longo do polegar abduz o polegar e das mãos e punhos durante essas atividades podem
contribui par.i a abdução do punho. ter carãcer preventivo. Alêm disso, exercícios de íle-
( 0 t«c1o contlt111a na p. 172)
~
Flexor Epicôndilo Base do S" Flexão do punho Sagital Supcrficie antt.-ro- Nervo
ulnar do niecllal do memcarpal n1edial do antebraço, ulnar
carpo úmero e face (superfície poucos centímetros (C8, T1)
posterior da palmar), Adução do Frontal abaixo do epicôndilo
ulna proximal pisifonnc e punho media.! do úmero mé
hamato a região proximal do
Flexão fraca do Sagiml punho, com ílcxilo/
COIo velo adução resistida
( con1l111ia)
Capítulo 7 .\J1 11. •....,._., d > 1 unhn e dt mo 169
"'
:E
Flexão d'IS
Superfície aniculaçôes Superfieie anterior do
anterior média C".trpamcta· polegar na fulange
do rádio e borda carpa!, mela· p roximal, imOOiata·
anteromedial da carpofalãn- mente lateral ao pai-
ulna imediata- Base da gica e Sagital Ramo
m!ll' longo e medial
Flexor mente distal ao falange dis1al intcrfalângica ao flexor radial do
interósseo
processo coro- do polegar do polegar palmar do
longo do CllJ>O. sobre a super·
noidc; :\s vezes sobre a nervo
polegar íide anterior distal,
superflcie Flc.x:lo do mediano
há uma pequena em especial duranie
palmar punho (C8, TJ)
cabeça nxan- flexão ativa da
do-se sobre o artic."Ulaçào intcrfalân·
epicôndilo nie- Abdução do gíca do
dlal do 6mero Frontal polegar
punho
(c:o111/1111a)
170
Plano de
M6sculo Origem Inserção Ação Palpaç:lo lnervaçdo
movimento
E.üensào do Imediatamente
Sagilal
punho lateral ao processo
Epícôndilo
Base do 5Q estiloide da ulna,
lateral do Aduçào do
Extensor metacarpal Frontal cruzando o punho
úmero e mei."ldc punho Kervo r:•dial
ulnar do sobre a posteromedial-
medial da (C6, C7, C8)
carpo supcrfi<.ic mente, csp«ial-
borda posierior
dorsal Extensão rraca mente com a ex·
ela ulna Sagital
do cotovelo tensào/ aduç;to do
punho
Extensão do lmedi:n.1mente
Sagital proximal à face
punho
d01'$1l do punho e
cerca de 1 an
Abdução do medial ao processo
l'ronral
'Ô punho cstiloidc do rádio .
.e
§ Base do 3" o tendão pode ser
Q,
Extensor Epicôndllo mctac:up:u sentido durante a
.g radial curto lateral do sobre a extensão e seguido
Nervo radial
~ do carpo úmero superfície até a base do 3"
(C6, C7)
...~ dorsal
Flexão fraca do
meracarpal, espe-
chllmcnte com o
5 cotovelo
Sagital
punho cerrado;
""
"'
!:! proxirn.~I e poste-
o
·5 rionnente, medial
-8. ~ mass.1 do
braquiorr:1dial
-is Imediatamente
~::;: Extensão do
Sagital
proxin1al à face
punho dorsal do punho e
cerca de 1 crn
medial ao processo
Terço inferior
estiloíde do rádio,
da crista
Base do 1!' Abdução do o tcnd:lo pode ser
supracondllar Frontal
Extensor metacarpal punho sentido durante
lateral do Nervo radial
radial longo sobre a extensào e segu ido
úmero e do (C6, C7)
do carpo supcrfkic até a base do 1!'
epicôndilo
dorsal n1eiac:arpal, em
lateral do
Extensão fraca particular com o
úmero Sagital
do cotovelo punho cerrado;
proximal e
posteriormente,
m~-dial à massa do
Pronação fraca Transverso
braquiorradlal
(COnli1111a)
Capítulo 7 -'!1" 11 •....,._.,d> 1 11nhn e dt m1o 171
I
-o
No terço
distal da
Base d:IS
falanges
metacarpofalângica
Fraca extensão do
Sagital posterior do antebraço
distal e na ~'Uperfide
Nervo
:s
-o
Extensor
ulna pos-
médi:i e punho dorsal da n1ão,
radial
... do disul da 2' imediatan1ente medial ao
terior, na (C6, C7,
o indicador falange, tendão do extensor dos
.e: porç:lo C8)
§ supcrfic.ic dedos no dedo indicador
e. proximal Fraca ~'Upinaç:lo Transverso
dorsal com cxtens<lo do dedo
o
-o indicador e flexão do
~ ;Ili, 4ii e 5" dedos
xibilidade para o punho e para os flexores dos dedos culação do punho de 1naneirn anterolateral e postc-
podem ser üteis. rolateral, inserindo-se no lado radial da mão.
Em geral, os extensores do punho possuern sua O flexor ulnar do carpo e o c>.'tensor uJnar do
origem na face posterolateral do antebraço proximal carpo aduzem o punho e cruzam essa art.iculaç-Jo
e do epicôndilo lateral do úmero, ao passo que suas antcromcdial e posteromcdialmcnte para inserir-se
inserções se localizam na face posterior do punho e no lado ulnar da mão. Os músculos intrínsecos da
da mão. Os tendões fle.xores e extensores na parte mão (ver Tab. 7.2 e Fig. 7.2Ô) pos.5uem origem e in-
distal do antebraço imediatamente proximais ao serção nos ossos da própria mão. Para facilitar sua
punho estão presos nas faces palmar e dorsal por con1preensào e estudo, convêm dividi-los em três
bandas transversas de tecido. E.5sas bandas, respecti- grupos, de acordo com sua localizaç.Io. No lado ra-
vamente conhecidas como retiniiculos flexores e ex- dial hã quatro músculos do polegar - o oponente, o
1ensores, evitam que esses tendões se desprendam abdutor curto, o flexor curto e o adutor do polegar.
durante a flexão e a cxccnsào. No lado ul nar, hã crt-s músculos do dedo mínimo - o
Os abdutorei; do punho sào o flexor radial do oponente, o abdutor e o flexor curto do dedo mí-
carpo, o extensor radial longo do carpo, o extensor nimo. No restante da mão, há l t músculos que podem
radial curto do carpo, o abdutor longo do polegar, o ainda ser agrupados como os quatro lumbricais, os
extensor longo do polegar e o extensor curto do po- três interósseos palmares e os quatro incerósseos
legar. De n1odo geral, esses músculos cruzam a arti· dorsais.
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 173
FIGURA 7.8 • Corte transversal do punho direito. Observe o túnel do carpo e o arranjo das bainhas do
tendão.
A 8
Epicõndilo
,.,,,- modiol do
úmero
Pronodo<_ __ Fl<lxor rodiol 8roqul0<rodiol -
redondo ~ do corpo
_ _ Pofmor
longo
" " - Flexor ulnor Flexor
do corpo
.......,tC::::::L_ superficial dos
dedos
t ~--'
Corte do1 tendõo. ._
do olllonior --~ Extensor curto
dos dedos do polegar
e D
FIGURA 7.9 • Músculos do antebraço. A, Vista anterior do antebraço direito (superficial). l'vlúsculo
braqujorradial removido; 8 , Vista anterior do antebraço direito (majs profundo que em A). Nlúsculos
pronador redondo, flexor radial e ulnar do carpo e palmar longo removidos; C; Vista anterior do antebraço
direi10 (mais profunda do que cm A ou B). Músculos braqujorradlal, pronador redondo, flexor radial e ulnar
do carpo, palmar longo e flexor superficial dos dedos ren1ovidos; D, Músculos profundos do antebraço
posterior direi10. f\1úsculos extensor dos dedos, extensor do dedo n1ínimo e ex"tensor ulnar do carpo foram
cortados para visualizar músculos mais profundos.
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 175
f0$Ckulo posleriot
do plexo broquiol \
fosclculo lote<ol
do plexo broquiol ""
~ ~ "'- fo!Clculo medial
do plexo broquiol
J,~!
IY".... (. l
- - Nervo ulnor
Cabeço profundo
do músculo Rexor
~'
'urto do polegor
Inserção Palpação
Base do segundo e terceiro metacarpais, anterior (su- Superfície anterior do punho, ligeiramente lateral, cm
perfície palmar) linha com o segundo e terceiro metacarp-.iis com fle-
xão e abdução resistidas
Ação
Flexão do punho Inervação
Abduç-J.o do punho Nervo mediano (C6, C7)
176 ~Llnual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l
J-f-- O, Epicõndilo
medial do úmero
fi'-J'-- M. flexor
rodiol do corpo
flexõo
FIGURA 7.11 • MúsCtJlo flexor radial do carpo, vista anterior. O, Origem; 1, Inserção.
Orígem Inervação
Epicôndilo medial do úmero Nervo 1ncdiano Cc6, C7)
Capículo 7 Art1<.-ull\"Õ<:' <lo 1>unl n e dt mo in
~- 1, Aponeurote polmor
do segundo, cio le<eolro, cio
quarto e do quink> me1ooarpoi•
'-- • Aduçõo
FIGURA 7.13 • Mtísculo flexor ulnar do carpo, vista anterior. O, Origem; /, In.serção.
- Ir---+-- M. OXIOnSO<
ulnor do corpo
O, Dois quorlos
médios do botdo
posterior do ulno
Extensõo 1, Bose do
quinto motocorpol
(suporflcie dorso!)
'
FIGURA 7.14 • Músculo extensor ulnar do carpo, vista posterior. O, Origem; !, lnserç-Jo.
Abd::;
I, 8aM1
do terceiro
metocorpol
FIGURA 7.15 • i\1fisculo extensor radJal curto do carpo, vista posterior. O, Origem; l, lnserçào.
Inervação Inserção
Neivo radial (C6, C7) Base do segundo metacarpal (superfície dorsal)
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade Açao
O extensor radial curco do carpo é importante e1n E>-tensão do punho
toda atividade esportiva que requeira forte exten.'>:lo Abdução do punho
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 181
L
Extensão
-J Abduçõo
FIGURA 7.16 • Extensor radial longo do carpo, vista posterior. O, Origem; /, lnserç-.lo.
O, Epicõndilo mediol
do úme<o. Cobeço
ulnor: processo
ooronoide medial.
Cobeço rodiol:
dai> torço• SUJ»
riores do bordo
on1eri0< do r6dio
M. Rex0<
wperflc:iol
d<» doei<»
flexõo do punho
FIGURA 7.17 • Músculo ílexor superficial dos dedos, visra anterior. O, Origem;/, lnserção.
1
J cos múscu los envolvidos na flexão de todos os qua-
tro dedos. Ambos são vitais cm qualquer tiPo de ati-
vidade de segurar com a mão.
Par.i desenvolver es...es mú.'lCU!os, pode-se apenar
Palpação uma bola de borracha na palma da mão, bem como
Na área de depressão entre o palmar longo e o tendão praticar ouu-.is atividades de preensão e compressão.
do flexor ulnar do carpo, cspccialmcnte com o punho O flexor superficial dos dedos é alongado esten-
cerrado, mas mantendo a aniculação intcrfalângica dendo-se, de maneira passiva, o cotovelo, o punho e
distal ei;rendida com ligeira resistência à flexão do as articulações n1etacarpofalângicas e interfalângicas
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 183
Inserção Inervação
Base das falanges distais dos quatro dedos NeN<> mediano (C8, TI) para o segundo e terceiro
dedos
Ação Nervo ulnar (C8, T1) para o quarto e quinto dedos
Flexão dos quatro dedos nas articulações metacarpo-
falângicas, incerfalângicas proximais e interfalf!ngicas Aplicação, fonalecimcnto e flexibilidade
di.">tais Tanto o músculo flexor profundo quanto o fle xo r
Flexão do punho superficial dos dedos ajudam na flexão do punho,
em virtude de sua relação palmar com essa anicula-
çào. O flexor profundo é usado em qualquer tipo de
atividade de pegada, comp ressão e preensão, como
segurar uma raquete ou subir por uma corda.
O m(1sculo flexor profundo dos dedos pode ser
desenvolvido por n1eio dessas atividades, alén1 dos
floxõo do punho
FIGURA 7.18 • Músculo flexor profundo dos d edos, vista anterior. O, Origem; !, Inserçào.
exercidos de fortalecimento descritos para o múSOJlo Ação
flexor superficial dos dedos.
Flexão carpometacarpal do polegar, das aniculações
O flexor profundo é alongado de maneira seme- me1.acarpofalângica.s e interfalângicas
lhante à do fle.'<or superficial dos dedos, ressalvan-
Flexão do punho
do-se que, além do cotovelo, do punho e das articula-
ções metacarpofalângicas e interfalãngicas proximais, Alxluç-Jo do punho
as aniculações interfalângicas distais mmbém deven1
ser estendidas de 1naneira passiva, com o antebraço
cm supinaçào completa.
Origem
Palpação
Superfície anterior média do radio e borda medial an-
terior da ulna, distal ao processo coronoidc; ocasio- Superfície anterior do polegar na falange proximal,
nalmente uma pequena cabeça est.á presente fixan- imediatamente lateral ao palmar longo e medial ao
do-se ao epicôndilo medial do úmero flexor radial do carpo sobre a superfície distal ante-
rior do antebraço, cm panicular durante flexão
Inserção ativa da articulaç.lo interfalãngica do polegar
Base da falange distal do polegar (superfície palmar)
...
• -
1, Bow do folonge
disto! do polegar
(superffeie polmorl
FIGURA 7.19 • r.1úsculo flexor longo do polegar, vista anterior. O, Origem; /, Inserção.
Capítulo 7 Art1<.-Ull\"Ô<:' <lo 1>unl n e dt mo 185
Inervação Inserção
ervo mediano, ramo interósst.>o palmar (CS, Tl)
1 Quatr0 tendões para as bases das falanges média e
dislal dos quatro dedos (superficie dorsal)
Apllcação, fortalecimento e flexíbilidade
A principal função deste músculo é a flexão do Ação
polegar, que é vital nas atividades manuaís de segu- F~xtensãoda segunda, terceira, quarta e quinta falan-
rar e pegar. Enl virtude de sua relação palmar conl o ges das articulações metacarpofalângicas
punho, ele auxilia na sua flexão.
Extensão do punho
Pode ser fortalecido pressionando-se u1na bola de
borracha na n1ão com o polegar e por meio de mui- Extensão fraca do cotovelo
tas outras atividades de pegada e compressão.
O flexor longo do polegar ~ alongado pela exten-
são passiva de todo o polegar com o punho em ex-
tensão máxin1a.
Palpação
Músculo extensor dos dedos Com os quatro dedos estendidos, sobre a superfície
{Figura 7.20)
posterior do antebraço distal imediatamente nle-
dial ao tendão do extensor longo do polegar e la-
Origem teral ao extensor ulnar do carpo e ex1ensor do
Epicônclilo lateral do úmero dedo mínimo, dividindo-se então em quatro ten-
- -1- M. exten$0(
dos dedos
Ex!ensõo •
dos dedos
FIGURA 7.20 • Músculo ex1ensor dos dedos, vista posterior. O, Origen1; 1, Inserção.
dões separados que ficam acima da f.ice dorsal da Músculo extensor do indicador
mão e das aniculações metacarpofalângicas {Figura 7.21)
Inervação
Origem
Nervo radial (C6-<:8)
No terço medial distal da ulna posterior, na porção
proxínul
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Este músculo, trunbém conhecido como exten- rnscrção
sor comum dos dedos, (: o único envolvido na ex· Base das falanges média e distal da segunda falange
tensão de todos os quatro dedos. Divide-se em qua· (superficie dorsal)
tro tendões no dorso do punho e se insere em cada
um dos dedos. Auxilia também nos movin1entos de Ação
extensão do punho. Pode ser desenvolvido apli· Extensão do dedo indicador na articulação metacar-
cando resistência manual ao aspecto dorsal dos pofalãngica
dedos flexionados e, então, estendendo-os por con1· Extensão fraca do punho
pleto. Quando realizado com o punho flexlonado,
o exercício aumenta a carga de trabalho sobre o Supinação fraca do antebraço a partir de uma posi·
ntúsculo. ção pronada
Para alongá-lo, os dedos devem ser flexionados
ao máximo nas aniculações metacarpofalângicas, in·
terfalângicas proximais e intcrfalãngicas distais, com ' ,
o punho completamente flexionado.
O, No terço dlslol do
L..\-"\ ulno poslerior, no porção
proximal
O, Epicôndilo lateral
do úmero
Extensão
1, Bo~s dos lolo119es -...--HoiJ
médio e distal do quinto dedo
(superfície dorso!)
•
FIGURA 7.22 • Músculo extensor do dedo mínimo, vista posterior. O, Origem; l, lnserçào.
188 ~l.:nual de cin<.....to!ogb c.'Slnll11r3l
O, Superilcie
po$leroloterol do
ulno médio inferior
~ Exten$Õo
1, Bose do lolonge
......_--:"' dislol do polegar
(superlrcie dorso!)
• ,
FIGURA 7.23 • Músculo extensor longo do polegar, vista posterior. O, Origem; /, Inserção.
Cap1rulo 7 An1nll ~'b: do punho e da r 189
Ação
Palpação
Face dorsal da mão até sua inserç-lo na base da ía-
langc distal; iambém na superficie posterior do an-
tebraço inferior, e ntre o rádio e a ulna, imediata- Palpação
mente proximal ao extensor do indicador e medial
Imediatamente lateral ao tend:lo do extensor longo
ao extensor cu no do polegar e ao abdutor longo
do polegar no lado dorsal da mão até sua in.serç-Jo
do polegar com o antebraço pronado e dedos em na falange proximal, com extensão das anicula-
nexilo relaxada enquanto estende o polegar de ma-
ções carpometacarpal e metacarpofalângic a dopo-
neira ativa
legar e ílexào das aniculações interfalângicas do
lnervação polegar
Nervo radial (C6-C8) Inervação
Aplicação, fo rtalecimento e fleiôbllidadc Nervo radial (C6, C7)
M.--
do ródio m«lio i nlo<íor
curlo do J>Ole9at
_) E>áeruõo
FIGURA 7.24 • i\1l'.isculo extensor ctHtO do polegar, vista posrcrior. O, Origem; l, lnscrç'lo.
FIGURA 7.25 • Músculo abdutor longo do polegar, vista posterior. O, Origem; 1, Inserção.
Capítulo 7 Art1<.-UIJ1;õ..-- <lo 1>unhn e dt mo 191
Inserção Inervação
Base do primeiro metacarpal (supe.rficie later:LI dorsal) Nervo radial (C6, C7)
Ação
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Abdução do polegar na articulação carpometacarpal
A função básica deste músculo é a abdução do pole-
Abdução do punho gar, embora ele ofereça alguma assistência na abdu-
Extensão do polegar na articulaç.do carpomeiacarpal ção do punho. Pode ser fortalecido pela abdução do
Supinaçâo fra<.'3 do antebraço a partir de uma posi- polegar a partir da posição aduzida contra a oposi-
ção pronada ç.lo de resistência apliC3da manualmente. Seu alon-
flexão fraca da articulação do punho gamento é reali7Á'ldo pela flexão co1npleta e pela
adução do polegar de modo transversal ã palma da
mão, com o punho completamente aduzido.
To.>dõodo
lloxor prohmdo - -
dos dedos
'
/ l /
f ~lnleróueos
~--_...,._...._,~dotsolo
'
~ Tondõo do lloxor longo do polegar
eoboço L
"º..._... Adulot do
wmb<i«>ls ----:::-'::'':---.~~-..+
Abclulor do dedo mínlmo -
Oponeni. do dedo mlnimo - - -
~---- Coboço obliqoo s polegor
-~-;-t''-- Flexor cutto do pol.gor
Fi..o. curlo do dedo mlnimo - - - -~- Abc!lllo< oirlo do polegar
Tondõe1 do lloxor profundo
- Oponenie do pologor
doo dedoo
Tondõos do Ao- •upotliciol --~
,. - Tendóo do extensor cvrlo do pol.gor
do.dedo.
º"º
P..i96<> do plllfonn. - -
Tondõo do R..xor ulnor do corpo - 1
r Tondao do obdulor lofl90 do pol.gor
- - Rotinóculo e.-
Tond6e. do flexor { Ar16rlo radial
supotflciot dos dedos 1
NOM>o -e_ _..._ Pronodor quadrado
Ollério .mr ~1
Tende» do polmor loftgo Tendlío do ffoxor radial do carpo
Norvo modôono Tondõo do floX<l< longo do pologor
Modillcado de Van De Cr.tafl' KM: Hunun onatomy, 4' cd., Ncw York, 1995, McCr>w·HOI.
superfície palmar do primeiro metacarpal. A eminên· Os crês interósscos palmares são adu1orcs da se-
cía hipotenar é o coxim muscular que fonna a borda gunda, quana e quinta falanges. Os quatro in1er().c;.
ulnar na superfície palmar da mão e é constin1ído seos dorsais tan10 flexionam quanto abduzem as fa.
pelo abdutor do dedo n1ínimo, pelo flexor curto do langes proxiniais dos dedos indicador, médio e anular,
dedo mínimo e pelo oponen1e do dedo minimo. Os alén1 de ajudar na e X1ensão das falanges n1édia e dis-
1núsculos intennediários da m.Io consis1em em ires 1al desses dedos. O terceiro interósseo dorsal também
ínterósseos palmares, quatro ínterósseos dorsais e aduz o dedo médio. Os quatro Jumbricais flexionam
quatro músculos lumbricaís. as falanges proximais dos dedos indicador, médio,
Quatro músculos intrinsccos agem sobre a articula- anular e mínúno e estendem as falanges média e dis-
ção carpometacarpal do polegar. O oponen1e do pole- tal desses dedos.
gar é o músculo que causa oposição no meracarpal Tr<'.'5 músculos agem sobre o dedo mínimo. O
desse dedo. O abdu1or cuno do polegar abduz a anicu· oponente do dedo mínimo causa opo.5içâo do meta-
lação metacarpal do polegar e é auxiliado nessa ação carpal desse dedo, o abdutor do dedo mínimo abduz
pelo flexor curto do polegar, que também é um flexor esse metacarpal e o flexor curto do dedo mínímo o
1netacarpal. ~ metacarpal é aduZido pelo adutor do flexiona.
polegar. Tanto o flexor cuno quan10 o adutor do pole- Outros detalhes relativos aos m6sculos inuinsecos
gar flexioruun a falange proxímal desse dedo. da mão pocle1n ser vistos na Tabela 7.2.
Face palmar do
Superficle an1erior Oposição da 1° me1acarpal com Nervo
Oponente Borda lateral do
do ligamento carp-.d CMCdo oposição elas pontas mediano
do polegar 1° me1acarpal
1ransverso, trapézio polega.r d os dedos em relação (C6, 0)
ao polegar
Face radial da
Superfície an1erior
Abdu1or Abdução da superftcie palmar da Nervo
~ curto cio
cio ligamento carpal B."lSC da 11
CMCdo 11 articulação mediano
~
~.. polegar
tmnsverso, trapézio,
escafoide
falange proxirnal
polegar metacarpal com a (c6, O)
-8~ abduç;lo cl:I 11 Ct.1C
Cabeça
"'........ Cabeça superficial:
t1exão e
Face medial da
superficial:
nervo me-
ltãpézio e ligamento eminência 1enar, iinc-
Base ela falange abdução da cliano
Flexor curto carpa! transverso diammente proximal
proximal cio C."1C (C6, O)
do polegar Cabeça profunda: ~ 1• aniculaç:lo MCF
1o n1e1acarpal Flexão da MCP Cabeça pro-
face ulnar do 1° me..~ com flcrlo da f.1CP
do polegar funda: nervo
i.acarpal contra resistência
u lnar (C8,
Tl)
Catx.-ça tr.in~·vcr:.a:
corpo anterior do 311
Face ulnar da Aduçàoda Superfície palmar
8
·e mctacarpal.
Adutor do base da falange CMC; flexão da enire o 111 e o ZO Nervo ulnar
~ Cabeça obliqua: base
-g polegar
do ZO e do 311
proximal do l" MCFdo me1acarpais oom adu- (CS, T I)
...s5
meiacarpal polegar çào ela primeira CMC
memcarpais, do capi-
ui10 e do o-.ipe7.oidc
i
d
~
lnterós.5eos
Corpo do ZO, do 4° e
do 5º n1et:1carpais e
Bases da 2' da 41
'
e da 5• falanges
proxim.1i.s e
Adução da MCF
da 2ª, 4' e 9 fa.
Não pode ser :\ervo ulnar
(C8, TI)
palmares expansões palpado
expansões langes
extensoras
extensoras
(co111im111)
Capítulo 7 Art1<.-UIJ1;õ..-- <lo 1>unhn e dt mo 193
--li
<IJ
e Prirneiro e
segundo:
~ Expansões CXlCn·
Flexllo cb MCF nervo nie-
li:" Tcnd;lo do Ocxor
soras sobre o
e exlcn:><1o do diano
"'~ Lumbricalç profundo do.~ dedos
lado radial cb 2',
1FP/IFO da 2',
Ni'lo pode ser
(C6, Cl)
ela 3'. da 4' e da palpado
no centro da palm:i d.'I 3'. da 41 e Terceiro e
5" falanges
proximais
s•
da falanges quano:
nervo uln:u
(CS, TI)
~
-i
.e Abdutor do Pislforme e 1endlo F:ice uln:ir da Abduçllo da
Face ulnar da
eminência hlporemar Nervo ulnar
~ dedo do flexor ulrutr do base da 51 falange MCF da 5'
com abduç:lo da 5' (CS, 1·1)
li:" mínimo ~·rpo proximal falange
MCF
"':E
Superllcie palmar do
5" met.1carpal, lateral
Flexor curto Gancho do hanm10 e
Face ulnar da 5' Flexão da MCF ao oponenle do dedo Nervo ulnar
dodeclo ligamen10 carpa!
fabnge proltimal da 51 falange mínimo com flexão da (CS, Tl)
1nínirno transverso adjacen1e
5' MCI' conlr:t
resistência
Sites
3. Demonstre a ação e cite os principais músculos 7. Com um parceiro no laboratório, detennine como
responsáveis por estes movimentos na articulação e por que é impossível manter a flexão total de
do punho: todos os dedos quando se move passivamente o
a. Fle.xão punho para uma flexão máxima. Também ê dífí-
b. Extensão cil manter a extensão nláxírna de todas as anicu-
e. Abdução lações dos dedos quando se leva o punho de ma-
d. Adução neir.i passiva a uma extC!nsàO completa?
4. Cite os planos em que ocorre cada un1 dos seguin- 8. Preencha o quadro de análl~e muscular com os
tes movimentos das articulação do punho, da mão principais músculos envolvidos em cada movi-
e dos dedo. Dê os respectivos eixos de rotação mento.
para cada movimento cn1 cada plano.
a. Abdução 9. Liste os músculos envolvidos no dedo mínimo ao
b. Aduç-:io digitar cm un1 teclado de con1putador e alcançar
e. Flexão a tecla à esquerda conl os punhos estabilizados
d. Extensão em wna posiç-Jo ergonômica.
S. Discuta por que o polegar é a pane mais impor- 10. Descreva a importância dos músculos inuínsecos
tante da mão. da mão ao gir.ir a maçaneta de uma portá.
Flexão Extensão
Aduç:lo Abdu9lo
Flexão Extcns:1o
Flcx1lo Extens.'lo
Flexão Ex.tens.lo
Polegar
Flexão ExLCnsàO
196 ~Llnual de c1n<.....to!01tb c.'Slnll11r3l
11. Determine os tipos de exercidos de flexibilidade 13. A partir do quadro de a nálise de habilidades es-
que seriam indicados para um paciente com sín- portivas da articulação do punho e da n1ão, liste
drome do rúnel do carpo e explique em detalhes os movirnentos das articulações dos punhos di-
como e les seria n1 realizados. reito e esquerdo em cada fase. Você pode prefe-
rir listar as posições íniciais em que as articula-
12. Após analisar cada um dos exercícios no quadro ções do punho e da mão estão na fase de
de análise do movin1ento da articulação do punho posicionamento. Depois de cada movimento,
e da mão, divida cada um nas duas fases básicas liste o(s) principal(is) músculo(s) das a.rticulaçôes
do movimento cal como a fase de levantamento e do punho e da mão rcsponsávcl(is) por causá-lo
a de abaixamento. Para cada fase, determine os ou controlá-lo. Ao lado de cada músculo em cada
movimentos das articulações do punho e da mão movimento, indique o tipo de contração: 1 - iso-
que cscão ocorrendo, e então liste os principais métrica; C - concêntrica; F. - excêntrica. Pode ser
músculos dessa área responsáveis por causá-los necessário rever os conceitos para análise no Ca-
ou controlá-los. Ao lado de cada músculo em pítulo 8 para as vá.rias fases.
cada movimento indique o tipo de contração: 1 -
isométrica; C - concêntrica; E - excêntrica.
Quadro de análise de movimento das a.rticulações do punho e da mão
Fase inid:il do movimento Fase secundária do movimento
F.xerdcio
Movlmenlo(s) Agonlsta(s) - (tipo de conttação) Movimento(s) Agonista(s) - (tipo de contração)
Flexão de
br.iço no solo
Tração na
barra fixa
Supino reio
/\fergulho
entre barras
parnlelas
Puxada pela
frente
comprimir
uma bola
Lançar um
frisbee
Arremesoo no D
beisebol
ll
Saque no D
voleibol
E
D
Saque no 1ênl~
E
(C-01lllfl11a)
Capículo 7 Art1<-UIJ<,"Ô<.".> <lo 1>unhn e dr m1o 197
Quadro de análise das articulações do punho e da mão em habilidades esportivas (co n:t.)
Exercício Fase de apolo Fase preparatória Fase de movimento Fase de complementação
D
Arremesso no
softbol
E
D
Backband (golpe
obliquo) no tênis
E
D
Crique1e
E
D
Boliche
E
Lance livre no
o
basquete
E
Objetivos
• Analisar as habilidades esportivas em relação às fases e aos vãrios movimentos articulares que ocorrem
nessas fases
• Compreender os vãrios princípios do condicionrunento e como aplicá-los no fortalecímenro dos grupos
musculares maiores
• Analisar um exercício para determinar os movimentos articulares e os tipos de contrações que ocorrem
nos músculos envolvidos
• Estudar e compreender o conceito de cadeia cinética abena e fechada
• Aprender a agrupar mOsculos i.solados em unidades que produzem movimentos articulares específicos
• Começar a pensar em exercícios que aumentem a força e a resistência de grupos musculares
individualn1ente
• Aprender a analisar e a prescrever exercícios que fonaleç-.un os grupos musculares maiores
usam os músculos das m.'los, dos punhos, dos coto- refa. Nesse alongamento cooper.itivo, o tríceps e o
velos e das articulações do ombro. ancôneo podem ou não estar sob tensão. Se não es-
A oportunidade de praticar esses tipos de ativi- tiverem, o alongamenro é passivo, realizado toral-
dade, contudo, tomou-se limitada na cultura 1no- mcnte pelos flcxorcs do corovelo. Se estiverem sob
dcma. A menos que os professores de educação ti- tensão, os extensores do cotovelo estão contraindo
sica nas pré-escolas deem ênfase ao memhro superior, ex<.-entricamente para controlar a quantidade e a ve-
tanto em meninos como em meninas, essa área con- locidade do alongan1ento.
tinuará a ser a mais fraca do corpo. A fraqueza nos Um aspecto que muitas vezes causa confusão é o
1nembros superiores pode prejudicar o desenvolvi- faro de que, dependendo da atividade, esses mús-
mento e o desempenho de n1uitas atividades de re- culos podem funcionar de modo a controlar as
creação prazerosas, con10 golfe, tênis, softbol e ra- ações exatamente opostas, contraindo-se de modo
quetebol. As pessoas gostam daquilo que conseguen1 excêntrico. Ou seja, por meio de contrações excên-
fazer bem e podem aprender a gostar de atividades tricas, os flcxorcs do cotovelo podem controlar a
que aumentarão a força dessa parte do corpo. Essas extensão, e o tríceps braquial e o ancôneo, a flexão.
e outtaS atividades similares podem ser praticadas Profissionais de educação física devem estar aptos a
durante toda a vida adulta, portanto, o desenvolvi- visuali7..ar uma atividade e não apenas determinar
n1enro adequado de uma habilidade motora, construído quais músculos estão realizando o movin1ento, mas
sobre uma base apropriada de força muscular e resíS· tambêm saber que tipo de contração está ocorrendo
tência, é essencial para o prazer e para a prevenção e quais exercícios são apropriados para desenvolver
de lesões. os músculos. O Capírulo 2 fornece uma revisão de
Em geral, realiza-se exercícios típicos de fortaleci- como os músculos se contraem, trabalhando em
mento na sala de musculaç-lo, como o supino relo, o gn1pos e exercendo os movimentos nas articula-
dcsenvolvirnenlO e a cosca bíceps. Apesar de serem ções.
bons exercícios, todos se concentram basicamente
nos músculos do membro superior anterior, que, Análise do movimento
dessa fom1a, podem ser supradesenvolvidos se co1n- Ao analisar vários exercícios e habilidades esporti-
parados aos músculos posteriores. Como resultado, vas, é essencial desmembrar todos os movimentos
os indivíduos podem se tomar fortes e rígidos ante- ern rases. o número de fases, cm geral de U'ês a
riormente e fracos posleriorrnente. Por essa razão, é cinco, varia de acordo com a habilidade. Quase todas
necessário ser capaz de analisar exercícios de fortale- as habilidades esportivas possuem pelo menos três
cimento específicos e determinar os n1(1sculos envol- fases, uma preparatória, uma de movimento e uma
vidos, de tal forma que se busque um equilíbrio mus- de complementação. Muitas delas possuem ainda
cular co1npleco por meio da prescrição de exercícios uma fase inicial de apoio e uma fase final ele recupe-
apropriados. ração. Os nomes das fases variam n1uito de habili-
dade para habilidade, dependendo cfa terminologia
usada em cada esporte e da pane do corpo envol-
Concejtos para análise vida. Em alguns casos, essas fases principaiS podem
Ao analisar as atlvicl:ldes, é importante entender ser subdivididas, como no beisebol, cm que a fase
que, em geral, m6sculos são agrupados de acordo preparatória do braço do arremes..c;ador está decom-
com sua função concêntrica e trabalham em oposi- posta em armaçlo precoce e armaç'ào tardia.
ção pareada com um grupo antagonístico. Um exe1n- Na fase de apoio o corpo do atleta assume uma
plo de um grupo muscular agi-egado para reali7..ar posição confonável e equilibrada, a panir da qual ele
uma dada ação articular é visto no caso dos flexores inicia a habilidade esportiva. A ênfase dessa fase con-
do cotovelo, que trabalham juntos. Nesse exemplo, siste em fazer os vários ângulos articulares ficarem
os flexores do cotovelo (bíceps braquial, braquial e nas posições corretas uns em relação aos outros e em
braquiorradial) estão contraindo de forma concên- relaç-Jo à superficie em que o espone é praticado. De
trica como um grupo agonist.'I para realizar unia fle- modo ger.il, em compar.i~"<io com as fases subse-
xão. Enquanto flexíonam o cotovelo, cada músculo quentes, a fase de apoio<: relativamente estática, com
contribuí de maneira significativa para a tarefa. Eles amplitudes de movimentos muito pequenas. Em
estão crabalhando c1n oposição aos seus antagonis- razão da quantidade mínima de movimento nessa
tas, o tríceps braquial e o ancôneo, que trabalham fase, a m.'liOria das posições articulares mantidas pelo
juntos como um grupo muscular agregado para reali- corpo é realizada por contrações isométricas.
zar a extensào do cotovelo. Porém, nesse exemplo, A fase preparatória, tambêm chamada de fase
eles estão cooperando com seu alongamenlo para de pré-alongamento (gatilho ou virada), é usada para
permitir que os flexores do cotovelo realizem sua ca- alongar os músculos apropriados de modo que eles
.""" o• p:i r;i ' m~'fTI l ro pcrior
1
11) )
quer de seus elos não pode ocorrer sem movimento estabilizado. A Tabela 8.1 fornece uma comparação
substancial e subsequente dos outros elos. das variáveis que diferem entre os exercícios de ca-
No corpo, um men1bro pode ser visto como uma deia aberta e fechada e a Figura 8.2 fornece e.xem-
represenração de un1a cadeia cinética aberta se plos de cada un1.
sua ponta dístal não estiver fixa em nenhuma super- Nem todo exercício ou atividade pode ser classifi-
ficie. Essa disposíç-Jo permíte que qualquer articula- cado totalmente como de cadeia cinética aberta ou
ção do rncmbro se movimente ou funcione de ma- fechada. Por exe111plo, a can1inhada e a corrida são
neir.i independc.:nte, sem necessitar do movimt!nto classificadas nas duas categorias, em raz.'lo de suas
de outras articulações dele. No membro superior, fases de oscilação e apoio, respectivamente. OultO
são exemplos desses exercícios o crucifixo, o levan- caso é andar de bicicleta, que (: uma atividade consi-
tamento do deltoide (abdução do ombro) e a rosca derada mista pelo fato de a pelve, no banco, ser o
bíceps. Já no membro inferior, a flexão de quadril segmento mais estável, mas os p(:s estarem fLicados
na posição sen1ada, a extensão de joelho e exercí- para mover pedais.
cios de dorsiflexão do tomozelo. Em todos esses Levar em conta se a cadeia cinética está aberta ou
exemplos, o cenltO do corpo e o segmento proximal fe<:hada, por meio da aná lise de movinlentos espe-
es1ão cstabilil.ados enquanto o segmento distal está cializados, ajuda a determinar exercícios de condicio-
livre para movimentação no espaço através de um nainento apropriados para proporcionar melhor de-
único plano. Esses tipos de exercícios ~10 conheci- sempenho. De modo geral, exercícios de cadeia
dos como exercícios de articulação isolada e são be- cinêt.ica fechada são mais funcionais e aplicáveis a
néficos ao isolar uma aniculaçâo específica para demandas esportivas e atividades f"1Sicas. A maior
concentrar o trabalho en1 um detern1inado grupo pane dos esponcs envolve atividades de cadeia fe-
muscular; contudo, eles não são muito funcionais chada nos membros inferiores, e de cadeia aberta
para a maíoria das atividades fisícas, em particular nos superiores. Existem, no entanto, muitas exce-
para o membro inferior, que requer atividades mul- ções, exercícios de condicionamento de cadeia fe-
riarticulares envolvendo numerosos grupos muscu- chada que podem ser benéficos para membros en-
lares ao mesmo tempo. Além disso, uma vez que as volvidos principalmente em atividades esportivas de
articulações estejam cscávcis proxímalmentc e carre- cadeia aberta, as quais normalmente isolam apenas
gadas distalmente, as forças de cisalhamento agcn1 um segmento, enquanto os de cadeia fechada traba-
sobre a articulação com possíveis consequências ne- lham rodos os segrnenros da cadeia, resultando no
gativas. condicionamento de todos os músculos que cruzam
Se a ponta disca i do membro estiver ftxa, como cada articulação.
em exercícios de flexão de braço, mergulho entre
barras paralelas, agachan1ento ou levantamento terra,
esse n1e1nbro representar.\ u1na cadeia cinética fe- Considerações sobre o condicionamento
c h ada, na qual o movitnento de uma anicuJaç-Jo
não pode ocorrer sem ocasionar movímentos previ- Principio da sobrecarga
síveis nas articulações do outro membro. Ativida- Um dos princípios fisiológicos básicos do exercí-
des de cadeia fechada são muito funcionais e en· cio é o da sobrecarga, que diz que, dentro de parâ-
volvem o movimento do corpo em relação a um metros adequados, a força de um músculo ou grupo
segmento distal relativamente ftxado. A vantagem muscular aumenta de acordo com a sobrecarga im-
desses exercícios multiarticulares é que diversas ar- posta sobre ele. Como não ê objetivo deste livro ex-
ticulações estão envolvidas e diversos grupos mus- plicar em detalhes as aplicações específicas desse
culares panicipam causando e controlando os mo- princípio para cada conlponenrc do condicionamento
vimentos em vários planos, os quais t~m uma fone fisico, serJo mencionados apenas alguns conceítos
correlação co1n a maioria das atividades tisicas. gerais. Para n1elhorar a força e o funcionamento dos
Além disso, a articulação fica mais estável graças às músculos maiores, esse princípio deve ser aplicado
forças de compressão articular advindas da susten- em todos os grupos musculares, de forma progres-
tação do peso. siva e contínua, em todas as faixas etárias. Na prá-
Para expor as diferenças de outra maneira, exercí- tica, a quantidade de sobrecarga apUcada varia de
cios de cadeia aberta envolvem o membro sendo maneira significativa, de acordo con1 diversos faro-
1novido para estabilizar o corpo ou a partir de un1 res. Por exen1plo, logo nas pruneiras poucas sema-
corpo já estabilizado, ao passo que exercícios de ca- nas do treínamento de força de uma pessoa sedentá-
deia fechada envolvem o corpo sendo movido par.i ria, ela cm geral passa a poder levantar pesos
estabilizar um mernbro ou a partir de u1n membro já significativamente maiores. Muito do aun1ento dessa
Capírulo 8 \r .1hse muset1lar dos cxcrc':c1<~• p;11:1 o metnhro superior
TABELA 8.1 • Diferenças e.n tre exercícios de cadeia aberta e de cadeía fechada
habilidade se deve ao aperfeiçoamento da função esse princípio. Todos esses fat0res são importantes ria
neuronuiscular, mais do que a um aumento real na determinação do volume tooi.I do exercício.
força do tecido muscular. Unia pessoa be1n treinada , Nem sempre a sobrecarga é aumentada de forma
ao conuário, observa uolll melhora relativa1nente progressiva. J!m certos periodos do condicionamento,
menor na quantidade de peso que pode ser levan- ela, na verdade, deve ser redu7.ida ou aumentada
tado, por um período de tempo multo 1nais longo. para melhorar o resultado final do programa como
Portanto, a quantidade e a razão da sobrecarga pro- um todo. Essa variância intencional durante interva-
gressiva são extremamente variáveis e devem ser los regulares em um programa de creinarnento é co-
ajustadas de acordo com as necessidades específicas nhecida como periodização e <: direcionada para
e os objetivos de cada indivíduo. garantir ganhos favoráveis no dest!1npenho f'15ico.
A sobrecarga pode ser modificada alterando alguma Um dos objetivos da periodização é que o alicia es-
das ires variáveis do exercício - frequêocla, Intensi- teja no seu melhor desempenho durante as competi-
dade e duração. A frequência se refere ao número de ções. Para alcançar L<;SO, podem ser alteradas algu-
sessões por sernana, a intensidade, à porcenragen1 rela- mas variáveis, como o número de séries por exerácio,
tiva ao máximo absoluto, e a duração, ao tempo de as repetições por série, os tipos de exercícios, o nú-
cada sessão de exercício. Aumentar a velocidade, o nú- mero de exercícios por sessão de treino, o período
mero de repetições, o peso e a quantidade de ~ de descanso entre as séries e os exerócios, a resis-
são tod~ meioo de modificar essas v-.i.riáveis e aplicar tência usada, o Lipo de contr.i.ç:Io muscular e o nú-
204 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
A B
e
flGL'RA 8.2 • Atividades de cadeias cinflticas ahena e fechada. A, Atividade de cadeia cinética aberta para o
men1bro superior; B, Atividade de cadeia cinérica fechada para o membro superior; C, Arividade de cadeia
cinéLic-.1 aberta para o membro inferior; D, ALividade de cadeia cinéLica fechada para o membro inferior.
mero de sessões de treinamento por día e por se· Por exemplo, se um indivíduo for submetido a di-
mana. versas semanas de exercícios de u-einrunento de
força para uma dcicnninada aniculaçào por uma
Princípio AEDI a mplitude de movimento limitada, os músculos en·
O princípio AEDI (Adaptações Específic-.is às De- volvidos na execução desses exercícios aperfeiçoa·
mandas Impostas) deve ser considerado durante rão sobretudo a sua habilidade em se mover contra
todas as fases do treinamento e do condicionamento uma resistência maior ao longo da ampli tude de
fisico. Ele determina que o corpo gradualmente :;e movimento específica que foi utilizada. Na maior
adaptará, de forma muito específica, aos vários es- parte dos casos, haverá ganhos mínimos de força
tresses e sobrecargas aos quais é submetido. F..sse fora dessa amplitude. Alén1 disso, outros compo-
princípio é aplicado em todo tipo d e treinamento nentes do condicionamento físico - como a ílexibi-
muscular, bem como em outras atividades do corpo. lidade e o çondicionamento cardiorrespirat6rio e
muscular - melho.-ariio muito pouco. Em outras pa- veis por esse desenvolvimento necessitam prescrever
lavras, para alcançar cenos obje1ivos, os programas exercícios que atinjan1 os objetivos.
de exercício devem ser delineados especifican1ence Na idade escolar, esse desenvolvimento deve co-
para a adaptação desejada. meçar em idade precoce e continuar por todos os
Deve ser observado que essa adaptação pode ser anos escolares. Resultados de testes de aptidão reve-
positiva ou negativa, dependendo se as tl:cnlcas cor- lam a necessidade de melhorias consideráveís nessa
retas estão ou não sendo utilizadas e enfaLízadas no área.
planejamento e na administração do progr.ima. Se as Testes de abdominais, saltos boriZontais, corrida,
demandas são inapropriadas ou excessivas e são entre outroS, são utilizados pa.-.i indicar deficiências
aplicadas em um período de tempo muito cuno, de aptidão em crianças. Força n1uscular e resistência
podem causar lesão. Se elas são muito pequenas ou adequadas são imponantcs para as atividades da vida
administradas seo1 a frequência necessária por um diária de um adulto, como atlvidades recreativas e
período de tempo 1nuito longo, poucos bcncficios relacionadas ao trabalho. Mui1os problemas na regiilo
silo alcançados. Os programas de condicionamento e dorsal, entre outras índisposições risicas, podem ser
os exercícios incluídos neles devem ser analisados evitados por meio da manutenção adequada do sis-
para determinar se a musculatura está sendo utilizada tema n1usculoesquelético.
da maneira correta.
Análise
Neste tipo de exercício, hã pouco ou nenhum mo-
vimento dos músculos que se contraem. Em cenos
exercícios isomélricos, a conlr3çào dos músculos an-
tagonístas é tão forte quanto a contração dos n1úscu-
los que tenta1n produzir a força para o movímento, os
quais são chamados de agonJstas. Nesse exercício,
os agonistas do membro superior dírcico são anrago-
nistas aos agonistas do membro superior esquerdo e
vice-versa (Tab. 8.2). O exercício resulta em conlr3-
ções isomélricas nos músculos do punho e da mão, FIGURA 8.3 • Puxada de ombro.
do cotovelo, da aniculação do ombro e do cíngulo do
membro superior. A força da contração depende do
ângulo de tração e da alavancagem da articulação en- E:.xercícios isométricos variam no número dt: mús-
volvida e, portanto, não é a 01esma em cada ponto. culos em contração, dependendo do tipo de exerci-
Rosca bíceps
Descrição
A pessoa fica em p(: segurando o haltere nas
mãos, com as palmas voltadas para a frente. O hal-
tere é levantado até o cotovelo ser completamente
flexionado (Fig. 8.-0, sendo então retornado à posí-
ção inicial.
Aná.Lisc
Este exercício é dividido em duas fases par-.i a
análise: (1) fase de levantamento para a posíção fle-
xionada e (2) rase de abaixamento para a posição
estendida (Tab. 8.3). Nota: presun1e-se que não ocorra
movímento na aniculação do ombro nem no émgulo
do membro superior.
A B
FIGURA 8A • Rosca bíceps. A, Posição ínicial em
extensão; 8, Posição flexionada.
•Noto: O punho eol6 ligeiramenle eslendido poro focililor rnoiOf Flexão o!Ml dos dedo. oo "'S"IOI o hohe<e. 10. llexores permanecem
isomatr~ con1ro;doo dU101\lé lodo o -cício poro poder ""'8nlar o ha'lere.l
208 ~! mo 1! J. r•Pt" • ng!a c.-stn1111ral
Extensão do triceps
Descrição
O indiVÍduo pode usar a mão oposta para ajudar a
manter uma posição de ílexào de ombro. Segurando
então o haltere e começando cm ílexão completa do
cotovelo, estende-o até que o braço e o antebraço
fiquem alinhados. A articulação do ombro e o ón-
gulo do membro superior são esrabili7.ados pela mão
oposta e, portanto, presume-se que não ocorra movi-
mento nessas áreas 0'.ig. 8.5).
Análise
E..'>te exercício é dividido en1 duas fases para a
anãlise: (1) fase de levantamento para a posição es-
tendida e (2) fase de abaixamento para a posição
flexionada (Tab. 8.4). Nota: presun1e-se que nenhum
movimento ocorra na articulação do on1bro ou no
cíngulo do membro superior.
A B
FIGURA 8.6 • Desenvolvimento pela frente com barra. A, Posição inicial; B, Posição de desenvolvimento
completo.
•Noto: O punho ll$l6 1geiromenltt ~>Cio poro locil1to1mole< Rexóo oh-.o dO$ dodc» oo ~r o borro
2 10 M mo 11 J. rm<.."ilo!og!a c.-stn1111ral
A a
FIGURA 8.7 • Supino reto. A, Posição inicial; B, Posição para cima.
A B e
FIGURA 8.8 • Traç-Jo na barra fixa. A, Pendurado com os braços esLendldos; 8 , Queixo sobre a barra;
C, Pendurado com os braços flexionados, propenso a subir ou baixar.
Ex1c;n.sorcs da aniculaç:lo do
E.'tlensores da an.iculaç-Jo do ombro
ombro (oontraçào excêntrica)
L:uíssirno do dorso
1..atlssimo do dorso
Redondo maior
Ombro E..'ttensão Flexão Redondo maior
Pane espinal do dchoidc
Pane espinal do dehoide
Pei1oral maior
Pei1or:tl maior
Tríeeps bmquial (c::ibeça longa)
Tríceps braquial (cabeça longa)
Adu1ores do cingulo do membro
Adutorcs do cingulo do membro
superior, depressores e rotadores
superior, depressores e l'Oladores
Adução, Elevação, descendentes (oon1ração
Cingulo do dcscendcn tcs
depresslo e abdução e excêntrica)
membro Trapêzlo (panes ascendente e
rotação rotação Trapézio (panes ascenden1e e
superior transversa)
descendente ascendente 1ransvcrsa)
Pei1oral menor
Peitoral menor
Romboides
Romboides
• í " ""d.'. •
1
O indivíduo :;e deita no solo em dec(1bito venir.il
com as pernas unidas, as palmas das mãos tocando
o solo, as mãos apontadas para a frente e aproxirna-
damente sob os ombros (Fig. 8.10, A). Mantendo o
dorso e as pernas rei.as, o ind ivíduo empurra o
• corpo para cima e retorna à posição inicial (Fig.
8.10, 8).
Análise
Este exercício é dividido em duas fases para a
análise: (1) fase de empurrar para a posirwJo ele-
vada e (2) fase de abaixamento para a posição ini·
cial (Tab. 8.9).
Flexões de braço na barra fuca e no solo são exce-
lentes exercícios para a área do ombro, do cíngulo
do membro superior, das articulações do on1bro, do
A 8 cotovelo, do punho e da mão (ver Fig.~. 8.8 e 8.10). O
uso de pesos livres, máquinas e outros exercícios de
FIGURA. 8.9 • J>uxada pela fren1e. A, J>osiçào
condicionamento ajuda a desenvolver a força e a re-
inicial; B, Posição descendente.
sistência nessa pane do corpo.
Capírulo 8 \r .1hse muset1lar dos cxcrc':c1<~• p;11:1 o metnhro superior 213
A 8
FIGURA 8.10 • Flexão de braço no solo. A, Posição inicial; B, Posição elevada.
214 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
Sites .
mais de 1.500 páginas d e exercícios e ilus1raçôcs
.
anatom1cas.
Prand1a de C.'l:ercídos de remada vertical (n 11 1) na ponta dos dedos cm relação a flexões co1n a
Enumere os movimentos que ocorrem em cada milo apoiada no solo?
aniculação quando a pessoa levanta o peso ao rea-
7. Posicione-se de pé cm frente a uma pan.'Clc, a unm
lizar remadas venicais. Para cada movimento anicu-
distancia llgeiramentc superior ao comprimento de
lar, cite os principais músculos envolvidos, indi-
um braço, com as mãos voltadas para a frente e na
cando se eles estilo se contraindo concC::nlrica ou
altura dos ombros. Empurre a m:.lo reta na frente
excentricamente.
do ombro até o cocovelo ficar completamente es-
tendido e a :uticulação glenoumcral ficar fle.©
Prancha de exercícios d e mergulho entre barras nada em 90°. Faça cn~o cada um dos seguintes
paralelas ( n11 2) movimencos ances de ~ para o próximo:
Enumere os movimentos que ocorrem em cada
aniculaç-lo quando a pessoa move o corpo ao reali- • Flexão glenoumcral até 90°
zar mergulhos entre barras paralelas. Para cada movi- • Extensão completa do cotovelo
mento anicular, cite os principais músculos envolvi- • Extensào do punho até 700
dos, indicando se eles est:.lo se contr.llndo concêntrica
AnalLc;e os movimentos e o.~ n1úsculo.~ responsá-
ou excencricamcnte.
veis por cada movimento do cingulo do me1nbro
superior, da aniculação glenoumeral, do cotovelo
EXERCfCIOS DE LABORATÓRIO e do punho. Inclua o tipo de contração de cada
E OE REVISÃO músculo para cada movimento.
4. Crianças devem tentar fazer traçôes na barra fixa 9. Qual a diferença entre os dois exercícios das per-
e flexões de braço no solo para ver se possuem guntas 7 e 8? Voct! consegue fazer o n° 8 como
força adequada na área do ombro? fez o n° 7, ou seja, uma coisa de cada vez?
5. Teste a si mesmo fazendo trações na barra fixa e 10. Analise cada exercício do quadro de análise mus-
flexões no solo para determinar sua força e resis- cular (p. 218). Use um.1 Unha para cada anicula-
tência muscular na área do ombro. ção envolvida que se move ativamente durante o
exercido. Não inclua aniculaçõcs cm que não
6. Qual seria o beneficio, se é que há algum, resul- haja movimento ativo ou em que a articulaçilo
tante de fazer flexões de braço no solo com apoio seja mantida isometri<:'".unentc t:m uma posiç:1o.
Quadro de análise de exercício
l'orç-.i de
Forç:i causadora
Articulação resistência contra Grupo muscular
do movimento
Exc::rcício fase envolvida durante o movimento funcional, tipo
(múSculo ou
o movimento (m(isculo ou de contraçllo
gravidade)
2ravida de)
fase de
levanwnento
Desenvolvimento
pela frente com
barra
Fase de
abaixamento
Fase de
levantamento
Supino reto
Fase de
abaixam<:oto
Fase de puxada
Fase de retomo
Fase de cmpumu
Flexão de braço
no solo
Fase de
abaixamento
Fase de pu.'Glda
Remada pronada
Fase de
abaixamento
( ri , m nbrr ··Uf ·r 219
quadril, ou articulação femoral acetabular, é uma beça, em direção ao trocantcr maior e, então, move-se
O articulação relarivamente esrável em vittude de
sua arquitetura óssea, <.'Om ligamentos fortes e múscu-
para o ângulo dorsal em direção à linha nlediana
quando dá origem, inferiormente, ao osso proximal do
los grandes, dotados de grande capacidade de susten- joelho. É o osso mais longo do corpo. O cíngulo do
tação. Arua na descarga de peso e na locomoção, que 1nembro inferior é composto pelo.s ossos pélvicos di-
é significativamente favorecida por sua extensa ampli- reito e esquerdo unidos posterioanente pelo sacro, que
cude de movimento, conferindo a ela capacidade de pode ser considerado uma extensão da coluna verte-
correr, dar passos cruzados ou lacerais, S.'thar e realizar bral, com cinco v6rtcbras fundidas. Estendendo-se infe-
muitas outras alterações direcionais. riormente cm relação ao sacro está o cóccix. O osso
pt:lvico é constituído de tres ossos: ílio, ísquio e púbis.
No nasciniento e durante a fase de crescimento e de-
Ossos (Figuras 9.1 a 9.3)
senvolvimento, eles são três OSS05 distintos. Na idade
A articulação do quadril é uina articulação do tipo adulta, fundem-se, formando um osso pélvico único.
bola-e.soquece formada pela cabeça do femur conec- O osso pélvico pode ser dividido, grosso 111()(/0,
tada ao acclábulo do cíngulo do membro inferior. O em três áreas, começando pelo acetábulo:
ffirnur se projeca de modo lateral pal"'.t fora da sua ca- Dois quintos superiores • ílio
221
222 '! mui J. r1pc~• '''>RI ·.-11 ar:'
Dois quintos posteriores e inferiores • isquio logo abaixo da crb"tl ilíac-.i. Posteriormente, o glúteo
Quinto anterior e inferior • púbis máltimo origina-se na crista ilíaca posterior bem como
No esrudo dos músculos do quadril e da coxa é in- no sacro posterior e no cóccix. No sentido posteroinfe-
teressante destacar o papel central das principais refe- rior, a tuberosidade isqui.1tica serve con10 um ponto de
rencias ósseas como pontos de fixaç::lo fundamentais origem para os músculos isqulotibials, que estendem o
dos músculos. A pelve anrcrior ajuda a fomcccr pontos quadril. Medialmcntc, o p\Jbis e seu ramo inferior ser-
de origem para os músculos geralmente envolvidos na vem como ponto de origem para os adutores do qua-
flexão do quadril. Es~camente, o tensor da fáscia dril, os quais incluem os adutores magno, longo e curto,
lata origina-se da crista ilíaca anterior; o sanório, da es- o pectíneo e o grácil.
pinha ilíaca anterossuperior e o reto femoral, da espi· De modo geral, a coxa proximal serve como ponto
nha ilíaca anreroinferior. Lateralmente, os glúteos médio de inserção para alguns m\Jsculos curtos do quadril
e mínimo, os quais abduzem o quadril, originam-se e como origem para três dos extensores do joelho.
Cristo ilíaca
Sacro
Bo1<1 do socro
Arfic:uloçõos
socioilíocos
llio
Unho~neo
Unho
lntomaconréríco
Trocontef menor Púbis
Tuborosldodo isquló~co
Rama púbico Inferior
Fêmur --+--~ foquio Sínfise púbico
Cri$10 púbico
Tubérculo adutor
Epicôndilo lotorol
Tuborosidade do h'bio
Tlbio
FIGURA 9.1 • Fêmur e pelve, lado direito, vista anterior.
Capítulo 9 \rt1 11:< <'d•> . '·''lnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 223
f
Sacro -.....:~----+....:;;..
Espinho llroco __:'.}---7'-~ )~L.-./-'..---\-- maior
lncisuro isquiólico
posleroinferior lncisuro isquióttco
1pinho isquiótlco ----+--- menor
...-4'~ Troconler moior
Espinho ilíoco
poslerossuperior
--'---'---Fêmur
Espinho ilíoco Tubérculo
on1e<oinleri0t adutor
Espinho ilioco / C&dilo medial
posleroinlerior / do Fêmur
Espinho
lncisuro isquiótico _.,.--- ilíoco
_ljl--1--- Cõndilo lolerol
onteros.s.uperior
do fêmur
Espinho ~ -14- Acelóbulo
isquiólico j Cõndilo
lotorol do líbio
Forama --,-'---:::;--~::
obturado Cõndflo
mediei do líbio
Tuberosidode
isqulótico - ~ft-:\-~r---Trbio
Ffbulo
De grande destaque, o crocanter maior é o ponto de in- dril está sobre a ubia proximal ou libula. O sanório, o
serção para todos os rnúsculos do glúteo e a maioria cios grácil e o scmi1endíneo inserem-se na superficie ante-
seis rotadores externos profundos. Apesar de não ser romedial superior da h'bia imediatamente inferior ao
palpável, o troc:uuer menor seive como uma referência côndilo m.e<lial e depois Cl'\17,ando o joelho de modo
óssea sobre a qual o iliopsoas se insere. Anccriom1cntc, po&eron1edial. O scmimen1branácco localiza-se no
os t:res músculos vastos laterais do quadriccps fernoral sentido posteromedial, sobre o côndilo medial da tíbia.
originam~ pmximalmente. Po:.1eriormente, a linha ás- Lateralmente, o biceps fen1oral insere-se primariatnente
pera serve como inserção cios adutorcs do quadril. sobre a cabeça da libula, con1 algumas fibras fixan-
Disralmente, a patela serve como a maior referência dcrse sobre o côndilo lateral da úbia. No sentido ante-
óssea na qual se inserem todos os quatro músculoo do rolateral, o cubérculo de Gerdy fornece um ponto de
quadriceps femoral. O restante dos músculos do qua- ínserç-lo para o trato iliotlbial do tensor da fáscia lata.
224 M mo 11 J..· cm<."ilo!og!a c.-stn1111ral
Articulações (figuras 9.1 a 9.5) tura óssea da articulação do quadril confere a ele
grande estabilidade, contribuindo para que essa região
Na área anterior, os ossos pélvicos são unidos, for- sofra relativamente poucas sublu.xações e luxações.
mando a sínflSe p6bica, uma articulação anfiartrodial. A artlculação do quadril é classificada como enanro-
Na ãrea poslerior, o sacro se localiza entre os dois ossos dial e formacfa pela cabeça fen1oral inserida no soquete
pélvicos e fonna as articulações sacroilíacas. Fones liga- constiruído pelo acetábulo da pelve, sendo reforçada,
mentos unem esses ossos, dando origem a aniculaçôes sobretudo anterionnente, por uma cápsula ligamentar
rígidas, mas dooidas de leve mobilidade. São ossos extremamente fone e densa, ilustrada nas Figuras. 9.4 e
grandes e pesados, em sua maioria, recobertos por 9.5. Anterionncnte, o ligamento iliofcmoral, ou Y, im-
múso.llos espes.500 e também pesados. Nessas anicula- pede a hJperexten.sào do quadril. O ligamento redondo
ções, podem ocorrer movimentoo oscilatórios rrúnimos, liga um nível profundo do acetábulo a uma depressão
con10, por exen1plo, quando andamos ou flexJonamoo na cabeça do fêmur, lin1itando levemente a adução. O
o quadril em dedíbico dorsal. Enireranto, os movimen- ligamento pubofen1oral localiza-se anteromedial e infe-
tos dessa região, em geral, envolvem todo o cíngulo do riormente, e limita a extensão e a abdução excessiv-.is.
membro Werior e as articulações do quadril. Quando Posterioro1ente, o ligamento triangular isquiofemoral
andamos, ocorrem flexão e extensão do quadril com estende-se do ísquio, abaixo dele, até a f05.53 croc:anté-
rotação do ângulo do membro Wcrior, para a frcnle na ric-.i do f~ur e limita a rotação medi.'ll.
flexão e para lr".is na extensão do quadril. No trote e na Em virtude de díferenças individuais, hA um certo
corrida são gerados movimentos mais rápidos e de desacordo a respeito da exata amplitude de movimento
maior amplitude. po.<»ível na aniculaçâo do quadril, mas seus valores
1\s habilidades esportivas, como chutar uma bola, costumam ser de Oa l 3CP de fexào, Oa 3CP de CÃ1.ensào,
são oulJ'OS bons exemplos de movimentos pélvicoo e O a 3511 de abdução, Oa 3CP de aduçào, Oa 45° de l'Ola-
do quadril. A l'Olação pélvica ajuda a aumentar o con1- ção medial e Oa 5()ll de rotação lateral (Fig. 9.6).
primenro da passada na corrida e, no chute, pode re- O éingulo do membro inferior n1ove-se para trás e
sultar em maior amplitude de movimento, traduzida para a frente dentro de crês planos, totalizando seis
por maior alcance ou maior velocidade do chute. rnovin1cntos diferentes. Para evitar confusão, é in1-
Com exceç-.lo da articulação glenoumeral , o quadril pon:ante analisar a atividade do cíngulo do membro
é uma das articulações mais móveis do corpo, c:im inferior, a fun de determinar a loc-.illzação exata do
grande parte por causa de sua configuração mu ltiaxiaJ. movimento. Toda a rotação do cíngulo do membro
Diferentemente da articulação glenoumeral, a arquite- inferior resulta, na verdade, de movimento em um ou
Ligamento
iliofemorol
Zona
orbic.ilor
ligomenlo Ugomento
pubolemorol isquiofemorol
FIGURA 9.4 • Articulação direita do quadril, FTG URA 9.5 • Articulaç.lo direita do quadril,
ligamentos anteriores. Ligamentos posteriores.
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 225
120' _ _ _
FlfXÃO
30'ou- 30'ou_,.,.
EXTENSÃO
90" 90'
e
415•
O'
~tro
Al\OUÇÃO
Nwtro Ne<itto
O' O'
O'
Noutro
9<1' -'t'~tJ-9<1' 9<1'- --.......-
ROTAÇÃO
FIGURA 9.6 • Movimentação ativa cio quadril. A, A Oexão é mensurada em graus na posição de decúbilo dorsal.
O joelho pode ser estenclido ou flexionado; B, Extensão ou hipere.,-tens;io é normalmente mensurada com o
joelho es1endido; C, Abdução pode ser n1edida ein decúbito dorsal ou la1eral; a adução ê melhor mensurada com
o atleta em decúbito dorsal; D, AS rotações medial e lateral podem ser avaliadas em decúbito dor.>al ou ventral.
mais desses locais: quadril direito, quadril esquerdo e 1eral, ou frontal. As rotações transversas para a direita
parte lon1bar da coluna vertebral. En1bora não seja (sentido horário) e para a esquerda (sentido anti-ho-
essencial que o movin1ento ocorra em todas essas rário) ocorrem no plano horizontal ou transverso de
três áreas, ele deve ocorrer cn1 pelo menos uma para movimento.
que a pelve gire em qualquer direção. A Tabela 9.1 Flexão do quadril: movimento anterior do fêmur de
apresenta os movlmentos dos quadris e da pane lom- qualquer ponto no plano S.'lgital em direção à pelve.
bar da coluna vertebral que muiias vezes acompa- Extensão do quadril: movimento posterior do fêmur
nham a rotação do cíngulo do membro inferior. de qualquer ponto no plano sagital, afastando-se da
pelve; chamado, às vezes, de hiperextensào.
Movimentos (Figuras 9.7 e 9.8) Abdução do quadril: movimento lateral do fêmur no
As rotações pélvicas anteriores e posteriores ocor- plano frontal, afastando-se da linha mediana.
rem no plano sagital, ou anteroposterior, mas as rota- Adução do quadril: movlmento medial do filinur no
ções laterais direita e esquerda ocorrem no plano la- plano frontal cm direção à linha mediana.
TABELA 9.1 • Movimentos que acompanham rotações pélvicas
t.fovimento da parte Movimento do quadril Movimento do quadril
Rotação pélvica
lombar da coluna vertebral direito esquerdo
ROfaçào anterior Extens.'lo Flexão Flexão
Rotação post(.'tior Flexão F.xtcnsilo EX1ensolo
RolOÇõo pélvico Rotoçõo pélvico ROIOÇõo pélvico lateral $$querdo Rotoçõo pélvico
anterior posterior e lrOB$V81SO direito
A B D
Rotação lateral do quadri1: movimento lateral girató- Rotação pélvica lateral direlta: movi.mento inferior,
rio do ffimur no plano 1r.1nsverso em torno de seu no plano fronlal, da pelve direita em relação à pelve
eixo longitudinal, afasiando-se da linha mediana; ro- esquerda; ou a pelve direita gira para baixo ou a
iação lateral. esquerda gira para cima; inclinação lacera! direita;
Rotação medJa1 do quadril: movimento nledíal gira- realizada por uma alxlução do quadril direito, adu-
tório do ffirnur no plano transverso cm tomo de seu ção do quadril esquerdo e/ou flexão lombar lateral
eixo longitudinal, em direção à linha mediana; rota- esquerda.
ção medial. Rotação pélvica transversa esquerda: no plano
Abdução diagonal do quadril: movimento do fêmur horizontal, movimento rotatório da pelve para o
em um plano diagonal, afastando-se da linha me- lado esquerdo do corpo; a crista ilíaca direita move-
se anteriormente em relação à crista ilíaca esquerda,
diana do corpo.
que se move posteriormente; realizada por uma ro-
Adoção diagonal do quadril: movimento do fêmur tação lateral do quadril dircico, rotação medial do
em um plano diagonal em direção à linha mediana quadril esquerdo e/ou rotação lomlYar direita.
do corpo.
Rotação pêlvica transversa direita: no pl:ino hori-
Rotação pélvica anterior: movimento anterior da zontal, movimento rotatório da pelve para o lado
pelve superior; a crista ilíaca inclina-se para a frente direito do corpo; a crista ilíaca esquerda move-se
em un1 plano sagital; inclinação anterior; realizada anreriormente em rela~'ào à crista ilíaca direita, que
por uma flexão cio quadril e/ou extensão lombar. se move posteriormente; reali:t.ada por uma rotação
Rotação pélvica posterior: movimento posterior da lateral do quadril esquerdo, rotação medial do qua-
pelve superior; a crista ilíaca inclina-se para ir~.s em dril direito e/ou rotação lombar esquerda.
um plano sagilal; inclinação posterior; realizada por
uma extensão do quadril e/ou flexão lombar.
Músculos (Figuras 9.9 a 9.11)
Rotação pélvica lateral esquerda: movimento infe-
rior, no plano fronlal, da pelve esquerda em relação Na articulaç-J.o do quadril hã sete m(lsculos biarti-
ã pelve direiia; ou a pelve esquerda gira p-ara baixo culares que executam uma ação no quadril e outra
ou a direita gira para cima; inclinação lateral es- no joelho. Os n1úsculos realmente envolvidos na mo-
querda; realizada por uma alxlução do quadril es- vimentaç-J.o do quadril e do cíngulo do membro infe-
querdo, adução do quadril direito e/ou flexão lom- rior dependem amplamente da direç-J.o do movi-
bar lateral direita. mento e da posição do corpo em relação à Terra e às
228
forças gravitacionais. I! preciso lembrar também que seu tronco e sua pelve giram anteriormente, porém,
a pane do corpo que mais se move é a menos esta- quando ela se deita em supinação e contrai os flexo-
bilizada. Por exen1plo, quando a pessoa fica erera res do quadril, as coxas se moven1 para a frente, em
sobre os dois pés e contrai os flexores do quadril, flexão sobre a pelve estável.
Troto iliotibiol
..........._ Sor16rio
Semimembronóceo -+,+-
Vasto lorerol -+.,- ~
l Vo1fo
-1-a-- medial ~-Bíceps lomorol
(QObeQo cur10)
Pareio f..
1!
''""° ""'" -tr-fl
fibulor longo
\
1
S6feo
E>densor longo \
dos dedos ~,..;.::...
e 1endões \
'
Retinóculo
\
do oxtens0<
n1
'
Tendão do ,
cokllneo
l ,
(
A 8
FIGURA 9.9 • A, Músculos superficiais da perna direita, superfície anterior; 8 , Músculos superficiais da
perna direita, superfície posterior.
Modificado de Anlhony CP, KollhoJT NJ: T<oclbook of artolonry une/pbyslology. 9' ro., St. Louis. 1975, Mo.by.
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 229
Va>IO lateral - - - ,
_..,.,,__ _ Septo
lnlennUlCUlor
f6mur - -1::-- -+-- - Adutor lõfl90
Lateral r:Pi'--- - - Adutor curto Medial
Grácil
Adutor mogno
Postwior
FIGURA 9.10 • Área de secç-.lo tranSVersa da coxa esquerda em uma secç-.lo medial.
Em outro exemplo, os músculos flexores do qua- Os principais músculos envolvidos são os extensores
dril são usados para movimentar as coxas em direção do quadril e do joelho em contração excêntrica.
ao O'Onco, mas os músculos extensores são usadoo ex-
cencricamente, quando a pelve e o tronco se moven1 Músculos da articulação do quadril e do cíngulo do
lentat11ente p-ara baixo, sobre o fêmur, e concentrica- n1en1bro inferior - localização
mente, quando o tronco (! elevado sobre o fêmur -
quando, (! claro, a pessoa fica cm pé. A localizaç-.lo do músculo determina em grande
Na fase descendente do exercício de flexão de joe- pane a ação muscular. Nessa área, são encontradoo
lhos, o movimento nos quadris e joelhos (: de flexão. 17 ou mais músculos (os seis rotadores externos s.'lo
230 M mo 11 J. r1pc 1• !<• ·.-11 or:'
Comportimento anterior
~~:::::::::::~!~l====~ Adutor
>:: Veia femorol
longo profundo
Artéria femoral profundo
8íeéps femoral -4-l,.l..---:.;;:_:.;.:: Grõcil
(cabeço curto} Adutor curto
-~~~-- Adulor mogno
Comportimento 8keps femoral --~~~~:;;:. .A~_;.~::=;~
posl0tior (cabeço longa) ~~~~~~~~::::'.::><.. Nervo isqui6tico
FIGURA 9.11 • Secção u-ansversa da coxa medial esquerda, delalhando os compartimentos anterior, posterior
e medial.
Capítulo 9 -\rt1 11:< ''<ln ''"·"lnl •• c.111"11<1 dn nirmhrn t'lÍrrfnr 231
~ :::
PSOOi moi0t - -- - -
llioco - --'--
Oblurodor --'---~
il\to<no
-r .wxroespinal
r ...:.- -Sanó<ia
(seccionado)
7 Glúleo mó>dmo
Glúteo m6ximo-- -
~Tensor do lôJCio loto
.___ Ten>0< do
lóJcio lo1a
·~ L _Sor1ó<io
Grócil - -t
- - +---Bando ilio1ibiol
Semitendineo - ""T"-
(ló seio)
----..,::>---- - Gostrocn6mio
FIGURA 9.14 • Músculos da coxa posterior direita. FIGURA 9.15 • Músculos da coxa lateral direita.
Cap ítulo 9 \rt1 11" < l 1 quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 233
Plano d e
Mlisculo Origem lnserç:lo Ação Palpação Inervação
movimento
Flexão do joelho
Face posterolateral da
Extensão do
coxa di.Slal corn :1 com-
quadril Sagital
Superficie binação de lle.'Cào de
anteromedi:il Rotação posterior joelho e roc1ção me-
da pelve Nervo
superior da dial contra resistência;
Semi- Tuberosidade isquiático -
u'bi:i Rotação medial imediatamente dlstal ã
tendlneo lsqu iá tica divisão tibial
imediata· do qu:idril rubernsidade isquiática
0.5, Sl, 52)
n1ente abai.~o em ded'JbilO ventral
do cõndilo Rotação medial Transverso com o <1uadril rodado
do joelho llcxio- medlalinente durante a
õ nado flcxilo ativa do joelho
-8
'fi
Flexão do joelho Cob<.'rto <.'rO grande
"' Extensão do parte por outros n1úscu·
quadril Sagital los, o tendão pode ser
Superfície Rotação posterior sentido na face po&ero- Nervo
posteromc.' - da pelve medi.'\l do joelho, ill'le- isquiãtico -
Semlmen1- Tuberosidade
dial do diat.'UTleflte profundo divisão
branáooo isquiática Rotação medial
cõndilo me- ao tendão do semi- tibial
dial da ubia do quadril tendioeo com a com- 0.5, Sl, 52)
Transverso binação de Rexílo de
Rotação medial
joelho e roc:tção medial
do joelho
corura resi.5tênda
Exlen.<;;io do Avança de fonna eles-
quadril a.-ndéntc e bt<.T.tl entre
Quano poste- Sagital a aism ilíaca po&erior
riotda oi.~ CriSt3 obliqua Rotação posterior superiormente, r&SSura
ilíaca, super- sobre a su- da pelve
anal mc..oclialmerue e
lide posterior perficie Romç-.lo lateral
Transverso ~ g!útea inferior- Nervo glúteo
Glúteo dosaaoe later-.i.1 do tro- do quadril
mente; enfatizada com inferior
rnáxímo doc6cdx canter 1naior Fibras superiores:
extens:1o do quadril, ro- 0.5, Sl, 52)
próximo ao e da bandlt auxiliam na ab- cação lateral e
ll.io e à f.1sda iliollbial da dução do quadril ahduçlo
da área íáscia lat.1 frontal
Fibras inferiore;~
lombar
auxil.tln1 na
adução do quadril
co11t11111a)
'fABELA 9.2 (cont.) • Músculos agonistas da articulação do quadril
Plano de
Músculo Origem inserção Ação Palpação Inervação
n1ovlmento
Abdução do
Fronral
auadril
Fibras anterio- Ugeir:unente à frente
res: rotação me- e poucos centímetros
dial do ouadril acima do troc:1nter
Superficies Transverso maior com a l!levaç:lo
Supcrficic Fibr.ls poc.'lcrio- Nervo
posterior e ativa da pelve oposta
Glúteo lacerai do ruo res: rooição lateral glúteo
medial do tro- cm uma posição
m<:dio imedi:n~1mente doqU3dril superior
canter maior estacioru1ria eo1 pê ou
abaixo da crista Fibras anterio- (LA, L5, Sl)
do fêmur com a abduç.lo mlva
res: nexão do quando em apoio
auadril latcr:tl sobre a pelve
SagJ!al
Fibras posterio- contralateral
res: c."tensào do
quadril
Abdução do Profundo ao gl6teo
Fronial
quadril
~ Superfide lateral
n1édlo; recobeno pelo
- Glúteo
~
~ do ílío, imedia·
Supemc:ie an·
terior do tro-
Rotação medial
do quadril
tensor da fásda lata
entre a crista ilíaca an-
Nervo
glúteo
tan1ente abaixo Transverso
mínimo t'llnter maior quando o fêmur terior c o troeantcr superior
da origem do
do fên1ur (! abdu~Jdo omior durante a (IA, L5, Sl)
glúteo m<:dio
Flexão do rotaç-Jo mcdW e a
Sagital abdução
quadril
Aumquano Abduç:io do
l'romal
do trajeto quadril
d~'fld<;1'1tC Flexão do
Aorerolateralmente,
Crista ilfaca an- entre a coxa e ouadril
Sagiral entre a crista ilíaca Nervo
Tensor terior e super· o rr:no illotiblal, Rotação anterior
anterior e o trocanter glúteo
da fãs- ficie do ílio que, por sua da pelve maior durante nexllo, superior
ci:l lai:i imedfatamente vez, insere-se (L4, L5, S I)
rotação medial e
abaixo da crista no tubérculo
Rotação nlCdial ntxlução
de Gcl"Cly do
do quadril en- Trnnsverso
côndilo antero-
quanto flexiona
lateral
(co11t11111a)
Capítulo 9 -\rt1 11.1 <' I•> . '··•lnl • CJngulo do mcmhro 111fcrlor Z37
-~ Obturador
relaxado, palpar profunda·
façe posterior do
Margem do HQl.'lçi\O mente entre o troc:intcr R.1mos do plexo
troc:intcr maior
foramc lateral do Transverso m:1ior no asix.-cto postcros· sacra!
lntemo com o gêmeo su-
obrurado quadril superiOr e o forame ob- (Vi, L5, Sl, S2)
perior
rurndo enquanto roda o
~mur de fonna passiva
me.odiai ou lateralmente
Com a ~ em decúbito
ventral e o glOtco m:1Jdrno
Face posterior do relaxado, palpar profunda·
t.tlrgem iníe- trocanier maior, Romçâo mente entre o trocanier Nervo
Obturador
rior do fordmc imc."<lia1amcntc l:ucrdl do Trdnsvcrso maior no ª''J>CCIO infere>- obturador
externo
ob<urndo aba iJ<o do ob- quadril posterior e o fornme ob- 0.3, IA)
turador interno turado enquanto roda o
mmur de fonna passl\'3
mcdlal ou lateralmente
l1
Norvo ilio-hipog6slrico
l2
Nervo ilioinguinol
Nervo
genitofemOfol -----~
l3
Nervo
femoral
L5
• Rolies
Nervo
O Divi.ões anteriores sofeno
bo
O Divisões posteriores
Nervo
obturodor Tronco 1om ssocro1
l5
Sl
Nervo glúteo ----t~=:
superior
S3
Nervo isquiólico
Nervo femorol
culôneo posterior Col
Nervo pudendo
• Rolzc»
O Oivi5Õel ontori°'es
O Oivi5Ões postori°'es
metade inferior da coxa poscerior. A divisão tibial do posrerolaceral da perna e para a face plantar do pê,
nervo isquíático (Fig. 9.20) inerva o semitendíneo, o enquanto a divisão tibular fornece sensação para a
scmímcmbranácco, o bíceps femoral (cabeça longa) e pane anterolateral da perna e para o dorso do pé. Esses
o adutor magno. O nervo isquiático fornece sensação dois nervos continuam descendo pelo membro infe-
para a pane anterolateral e poscerolateral da perna, rior, providenciando funções ITlOIOra e sensorial aos
bem como para a maior parte das faces dorsal e plantar músculos da perna, cujos detalhes serlo comenradoo
do pé. A divisão tibial fornece sensação para a parte nos Capítulos 10 e 11.
240 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
M. odu!or mogno--..:...~
FIGURA 9.18 • Dislribuição muscular e cutânea do FIGURA 9.19 • Dislribuiçilo muscular e cutânea do
nervo femora l. nervo obturador.
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 241
IA
15
Sl
S2
S3
·-rl' 4 - M. semitendín(l()
b-#i..ó----~ M. semimembronóceo
..__ M. plonlcr
....,.J;;::::... M. 90$lrocnêmio
~ M. popliteo
f ~ M. sóleo
~-.:..-M. Rexor longo
do$ dedos
l1t :~-- M. tibial posterior
Inserção
llíaco e psoas maior: crocanter menor do fêmur e diá-
fL~e logo abaixo
Psoas menor: linha pectínea e eminência ilíopectínea
24 2 M
MúJCUlo ./-~~~i
ilíaco O, superlíeie lnlema -l'-11-
do ilio (ilíaco)
v lnciwro imodiolomenle
oboixo do &•pinho
ilíaco
ROIOÇÕO
lote~
M. sor16rio - - - - , . . .
Flexão do joelho
v
I, C6ndilo
onteromodiol
'
FIGURA 9.22 • Músculo sanório, vista anterior. O, origem; !, inserção.
do tlbio
244
mente (p-.ira baixo, na frente) com contração do sanó- los<:rção
rio. Os músculos abdominais precisam impedir essa
Face superior da pareia e tendão patelar até a rubero-
tendência e o fazem girando posreriorn1enre a pelve
sidade da u'bia
(puxando-a para cilna, na frente), achatando a$im a
pane inferior do dorso. Ação
o sartório, um músculo biarticular, é efetivo como
flexão do quadril
flexor do quadril e do joelho, mas é fraco quando as
duas açõ;;:s ocorrem ao mesmo tempo. Observe que, Extensão do joelho
quando centamos cruzar os joelhos na posição sen- Rotação anterior da pelve
tada, nonnalmente nos inclinamos para trás, elevando
assim a origem do músculo de modo a alongã-lo,
tomando-o mais efetivo na flexão e no cruzamento
dos joelhos. Com os joelhos niantidos estendidos, o '
sartório se toma um flexor n1aís efetivo do quadril. É ·!. J
o músculo mais longo do corpo e é fortalecido com
a prática de atividades de flexão do quadril, co1no as Palpação
descritas para desenvolver o iliopsoas. O alonga- Descendente na pane anterior da coxa, desde a espi-
mento pode ser feito por um parceiro, que leva pas-
nha ilíaca anteroinferior até a patela com a flexão do
sivamente o quadril até a extensão, a adução e a ro-
quadriVexreosão do joelho resistida
tação medial extren1as com o joelho estendido.
Inervação
Músculo reto femoral (Figura 9.23) Nervo fen1oral (L2-IA)
Flexõo cio
quadril O, Espinho ilioco
onteroinferior
l,, O, Sulco (pc»1etiof}
oçimo do
oc:elóbulo
tendência a girar anteriormente ã pelve (para baixo O reto femoral é mais bem alongado em decúbito
na frente e para cima no dorso). Só os músculos ab- lacerai com o auxílio de um parceiro pela flexão com-
domjnais poden1 impedir que isso ocorra. Quando se pleta do joelho, cnquanco o quadril estiver esten-
fala do grupo flexor do quadril de modo ge.ral, con- dido.
vém lembrar que muitas pessoas, ã medida que en-
velhecem, ficam com a pelve pennanenremente in-
clinada para a frente. A parede abdominal relaxada
Músculo tensor da fáscia lata (Figura 9.2-0
não segura a pelve para cima, o que rcsulca ern uma
Origem
curvatura lombar acentuada.
De modo geral, a capacidade do músculo de C!Xet· Crista ilíaca anterior e superficie do ílio logo abaixo da
cer força diminui quando ele se encurta, o que ex- crista
plica o nioiivo de o niúsculo reto fen1oral :>er um
extensor forte do joelho quando o quadril está esten- Inserção
dido, mas fraco quando o quadril está flexionado. A um quarto do uajeto descendente entre a coxa e o
Este músculo, assim como o grupo do vasto, é exer- trato iliotibial que, por sua vez, insere-se no tubér·
citado cm corridas e saltos. Nesses rnovimcntos, os culo de Gerdy do côndilo anterolateral da tíbia
quadris são fortemente estendidos pelo glúteo má-
ximo e pelos músculos isquiolibiais, que contraba- Ação
lançam a tendência do reco femoral de ílexionar o
quadril enquanto estende o joelho. O reto fernoral Abdução do quadril
pode ser lembrado como um dos niúsculos do grupo Flexão do quadril
do quadríceps femoral e é desenvolvido por meio de Tendência a girar o quadril mediaimente quando ele
exercícios de flexão do quadril ou de extensão do se llexiona
joelho contra a oposição de resistência manual. &ota9\o pélvica anterior
\j
M. lell$0r do -f--
lóKio loto
.......__.
Abdução
do quodril
FIGURA 9.24 • Músculo tensor da fãscia lata, vista anterior. O, Origem; 1, Inserção.
246 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
r::+.-11-!i~- M. glúteo
máximo
- 1 - 1, Crillo obliquo no
O, G..otlo po>lerio< cio 1<1por&io lotorol cio
cristo ilfoco. Jupotflcio 1rocon1et moio< o bondo
po~iof cio SOQ'O e do íliollbíol do lóscio loto
cócxix ptóximo oo ílio
e à f6scio do 6reo lombar
) ExteMão
J
) Roioçõo
. , . _ / lote<ol
,.,.._~ .T
Palpação \'
Corre de fonna descendente e lateral desde a crista
Palpação
ilíaca posterior s uperiormente, fissura a n al me-
diaimente e prega glútea inferiormence, enfati- Ligeiramente à frente e alguns cent1metros acima do
zado com extensão do q uadril, rotaç;lo lateral e trocanter maior, com elevação ativa da pelve oposta
abdução desde uma posiç-Jo e n1 pé ou com abdução ativa
quando deitado de lado sobre a pelve contralateral
lnervação
Inervação
'ervo glúteo inferior (LS, S1-S2)
Nervo glúteo superior OA-L5, Sl)
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
O n1úsculo glCiteo máximo entra em ação quando Aplicação, fo rtalecimento e flexibilidade
o movimento entre a pelve e o fên1ur aproxima-se A ação típica dos glúteos mêdio e mínimo se dá
de 15º de extensão ou ulcrapassa esse ângulo. Por durante a marcha. Quando o peso do corpo e sus-
isso, não e usado e xtensivamente na mitrcha. É im- penso em uma perna, esses n1úsculos impedem a pelve
portante na extensão da coxa com rotaç-lo lateral. oposta de desabar. Fraqueza nesses glúteos pode re-
A ação forte do g lúteo máximo ê vista quando sultar na marcha de Trendelenburg, e m que a pelve
corremos e salta.m os. A extensão forte ela coxa é ga- oposta d."t pessoa desaba na s ustentação de peso, por-
rantida no retomo à posição ero pé a partir da posi- que os abdutores do quadril não conseguem manter o
ção agachada, en1 especial se uma barra com pesos é alinha1nento adequado.
colocada sobre os on1bros. Exercícios de rotação lateral do quadril executa-
Para desenvolver esse n1úsculo, poden1 ser prati- dos contra a oposição de rcsísti!ncia podem fornecer
cados exercícios de extensão do quadril na posição algum fortalecimento para o glúteo médio, mas a me-
inclinada p-.ira a frente ou em decúbito venerai. A ên- lhor maneira de fortalecê-lo é por meio de elevações
fase sobre ele ê aíncla maior quando o quadril co- de perna e m decúbito lacerai ou dos exercícios de
meça na posição flexionada e move-se até a extensão abdução do quadril, descritos para o tensor da fáscia
completa com o joelho flexionado em 30" ou mais, lata. O glúceo mêdio é alongado melhor quando se
de modo a reduzir o envolvimento dos músculos is- move o quadriJ atê uma adução extrema à frente do
quiot ibiais na ação. n1e1nbro oposto e, depois, por rrls dele.
O glúteo n1áximo é alongado cm decúbito dorsal
com flexão eoo1pleta do quadril até a axila ipsilateral Músculo glúteo núnimo (Figura 9.27)
e, depois, até a axila concralateral, com o joelho em
flexão. A rotação medial simultânea do quadril acen- Origem
tua o alongamento. Superficie lateral do llio, logo abaixo da origem do glú-
ceo médio
Músculo glúteo médio (Figura 9.26)
Inserção
Origem Superfície anterior do trocantcr maior do fêmur
Superfície lacerai do ílio, logo abaixo da crista Ação
lnserção Abdução do quadril
Superficies poscerior e mêdia do troeancer maior do R001çào medial quando o ffi1nur é abduzido
m1nur Flexão do quadril
248 M mui d- •Pt."ilo!ng!. ><'1"11 11'21
l,S...~es
po<rorior e médio
do IToc.onler
moior do Umur
--.,, Rotoçõo
__./medial
O, Superfície lateral do
M. glúteo mínimo n1o. oboÍJ<O do origom
do glúteo médio
1, Supetflclo
onlericf do troconter 1
maior do fêmur
ROIOçõo
J _:)medial
M. pirilorma
M. gêmeo
superior
M. oblurodor
interno
1, Foc:e $Uperior e
po$lerior do troc:onlet
,_.,.--\..... M . obturodor moiar
externo
M. quodrado
femorol
M. gêmeo
Rotoçõo ~-1-"
lateral
inferior o. Soc:to, porçõe$
po$le1iore$ do l$quio
e forama obturado
FIGURA 9.28 • Os seis músculos rotadores laterais profundos, vista posterior: pirifonne, gêmeo superior,
gemeo inferior, obturador ex.Lemo, obturador interno e quadrado femoral.
250 > ogla " uutural
O, Tubere»idode
e-.s6o Roioçõo mecliol i "'"í6tico
do quod11I do quocfra
M i011111oftdlneo --;~
Palpação Inserção
Face posteromedial da coxa distal com a combinação Superfície posteromcdlal do cõndilo medial da tíbia
de flexão de joeU10 com rotação medial contr.i re-
sistência, imediatamente discai à ruberosidade is- Ação
quí:irica cm decúbito ventral com o quadril rodado
mediaimente durante a flexão ativa do joelho l'1exào do joelho
E.'1ensão do quadril
Inervação Roiaçào medial do quadril
Nervo isquiãtico - divisào tibial (L5, Sl-S2) Roiaçào medial do joelho flexionado
Romçào posterior da pelve
Ap licação, fortalecimento e flexibilidade
Esse músculo biarticular é mais efetivo quando se
con1rai para estender o quadril ou flexionar o joeUto.
Quando há extensão do quadril e flexão do joelho
simultâneas, os dois movimentos são fracos. Ao se
...
t-
curvar o tronco para a frente com os joelhos estendi-
dos, os músculos isquiolibiais exercem forte tração
Palpação
sobre a pelve traseira, inclinando-a para baixo no
dorso por contração mãxin1a. Se os joelhos esrão fle- Em grande pane cobeno por ou1ros músculos, o ten-
xionados quando esse 1uovimento ocorre, é possível dão pode ser sentido na face posteromcdial do jo-
observar que o trabalho é feito sobrerudo pelo mús- elho, logo abaixo do tendão do semilendíneo, com
cu lo glúteo mãximo. a combinação de flexão de jocllio e roiação 1ncdial
Por outro lado, quando os músculos são usados contra resistência
em flexão enérgica dos joelhos, como quando nos
penduramos em uma barra pelos joelhos, os flexores Inervação
do quadril entram em ação para elevar a origem des-
Nervo isquiático - divis.io tibial 0.5, SI-52)
ses músculos e tomá-los mais eficientes como flexores
dos joelhos. Por meio da extensão coo1plera do qua- Aplicação, fortalecimento e tlexibilidade
dril, o n1ovimento de flex."lo do joelho é enfraquecido.
Esses músculos são usados na marcha normal co1no Tanto o semitendíneo como o semimembranáceo
extensores do quadril e permitem que o glúteo mã- são responsáveis pela rotação medial do joelho, alé1n
ximo relaxe no moviJncn10. do mõsculo poplíteo, que é discutido no próxinlo
O scmilendíneo é melhor fortalecido por meio de capítulo. Em ra;r.ào da maneira como cru1.am a anicu-
exercícios de flexão de joelho contr.i uma resistência. lação, esses músculos têm papel preponderante no
Comumcntc conhecidos como roscas dos músculos fornecimento de estabilidade medial dínàmica ã ani-
posteriores da coxa ou ros<:as de perna, podem ser culação do joelho.
desempenhados em dec(lbito ventral sobre uma mesa A melhor forma de desenvolver o semimembraná-
extensora ou de pé com pesos fixos ao tornozelo. ceo é por meio de roscas de perna. A rotação 01edial
Esse n1õsculo é en fatizado quando se desen1penha do joelho em toda a amplitucll! acentua a atividade
rosc.a dos n1úsculos posteriores da coxa enquanto o desse m(lsculo. O semi1neo1branácco e: alongado da
joelho for mantido em romç-Jo medial. Essa posição mesma mant:ira que o semitendíneo.
252 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
:>
Rotoçõo O, Tuberosidode
Ex!enséio
do quodril
J medial
do joelho
isquiótico
M. semimembronóceo -+-1- ,
Flexão do
joelhJ
1, Superlicie posteromediol
do cõndilo medial do tibio -._--!...<;.....-:::..
e
Rotoçóo /
mediol
do joelho
flexionados, enquanto os quadris são estendidos, o tizado se o joelho for mantido em rotação lateral por
que ocorre quando nos levan1amos de uma posição toda a amplitude de movimento, o que torna a ori-
com joelhos flexionados para a posição em pé. gem e a inserção mais alinhadas un1a com a outra. O
O bíceps fe1noral é 1nais ben1 desenvolvido por bíceps femoral é alongado na exrens.'lo mâxíma do
meio das roscas de músculos posteriores da coxa joelho, enquanto o quadril é flexionado, rodado late-
como descrito para o scmitendineo, mas (! maís enfa- ralmente e Ugeir.unente aduzido.
~
M. bfceps femorol
Cabeço ~rto + -1--l'r
J
Extensão do quadril
O, Tubérosidade
isqui6tico
C.abeço longo -+-+
O, Metade inferior - - 1 - - . , _1
da linho 6spero,
cristo condiloide
laterol
0
Rotoçõo loklrol do joolho
1, Côndilo lateral
do tibio, cabeço
do ~'bulo
Origem
 frente do ramo púbico inferior, togo abaixo da ori-
gem do músc."UIO adutor longo Palpação
Profundo ao aduror longo e superficial ao aduror magoe;
Inserção muito dilicil de ser palpado e de ser diferenciado do
Dois terços inferiores da linha pectínea e metade adutor longo, que é imcdiatainente irúcrior; a porção
superior do lábio medial da linha áspera do proximal é imediatamente lateral ao adutor longo
fêmur Inervação
Nervo obrur.idor (L3·L4)
Ação
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Adução do quadril
Este m(1sculo, com o auxilio dos outros m6sculos
Rotação lateral quando aduz o quadril aducores, confere fortes movimentos das coxas uma
Auxilia na flex;lo do quadril
254 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
, __
O, À frenlo do romo
póbico inferi<><,
..,.~ ,,-<---+- M . oduior Cl.lrto imedio!omonlo oboixo
do 0tôgem do odulO< lofi9o
\ 1----1~-I, Doi• le<ÇO> inferiO<H
do linho pec:tfnoo do 16mur
e metode wpt<ior cio lóbio
medial do linho óspero
'
Capítulo 9 AnK11l.1ç.'10 do quadnl e CJngulo do mcmhro 111fcrlor 255
O, Plíbi1 onterie<,
imodi<Jtamanta abaixo
dowoaiw
''
'''-4.---- I, Terço mécf10 do linho áspero
Aduçõo
''
'•
Inserção Inervação
Todo o comprimento da linha áspera, crista condiloide Anterior: nCJVo obturador (12-L4)
interna e tubêrculo adutor Posterior: nervo isquiático CL4-LS, Sl-S3)
Ação
Aplicação, fortalecimento e flexlbilldade
AduçJo do quadril
O músculo adutor magno ê usado na pernada
Rotação lateral quando o quadril ê aduz.ido
do nado de peito e na equitação. Como os mús-
Extensão do quadril culos adutores (magno, longo, curto e grácil) não
são usados de modo intenso nos movimentos co-
tidianos, deve-se prescrever alguma atividade
para eles. Existem equipamentos n1odernos de
exercícios concebidos para oferecer resistência ao
01ovimento de adução do quadril. Os exercícios
256 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
R010Çõo
loi<Kol
ção ascendente dos músculos abdominai.s sobre a cíos de flexão e de adução do quadril contra a opo-
peh•e situada à sua frente. sição de resistência.
O músculo pectineo é exercitado com o iliopsoas O pec(meo é alongado pela abdução completa
na elevação e no abaixan1ento do nlembro inferior. do quadril estendido e nledialmente girado.
Para fortalecê-lo, podem também ser usados exerci-
, _ ...
O , E'poço do 2,5 cm
Roloçõo de l0tguro no frente do
lolerol púbis, logo ocimo do oristo
Aduçõo
1, linho rugoso
quo vai do lroconter
meoor ô linho 6spero
Flexõo
lnserção Palpação
Superfície anteromedial da tíbia abaixo do côn- Um tendão superficial fino sobre a pane anterome-
dilo díal da coxa com a flexão do joelho e a adução
resistida imediatamente posterior ao adutor longo e
Ação medial ao sernitendíneo
Adução do quadril lnCTVl1ção
Flexão fraca do joelho Nervo obturador (L2-L4)
258
M. grócil
1 Flexão do joelho
\j
1, Supetficio onlotomodiol
do tíbio, oboixo
\ do cõndílo
4. Faça a distinção entre flexão do quadril e flexão 8. Como a marcha pode ser afetada por fraqueza no
do tronco. músculo glúteo n1édio? Peça a um colega de la-
boratório que mostre o padrão de marcha asso-
5. Mostre o movimento e cite os principais múscu- ciado ã fraqueza do glúteo médio. Qual é o nome
los responsáveis pelos seguintes movunentos do dessa marcha disfuncional?
quadril:
9. Corno a tensão bilateral do iliopsoas pode afetar
a. Flexão a postura e o movimento da parce lombar da co-
b. Extensão luna vertebral na posição ereta? Mostre e discuta
c. Aduçào esse efeito com um colega de laboratório.
d. Abdução
e. Rotação lateral 10. Como a tcnsão bilateral dos músculos posteriores da
f. Rotação rnedial coxa pode afew a posrura e o movúncruo da pane
lombar da coluna vertebral na posição ereta? t.1ostre
6. Cice os planos en1 que ocorrem os movimencos e discuta esse efeito com uo1 colega de laboratório.
da articu lação do quadril. Enumere os eixos de
rotação de cada movimento em cada plano. 11. Pesquise as desordens que mais acomcccm o qua-
dril, tais quais a osteoarcrice, as distensões na virilha,
a. Flexão as dístensões nos músculos posteriores da coxa, a
b. Extensão bursite do trocanter maior e o deslizamento fatal da
c. Aduçào epílise do fên1ur. l~elate seus achado.5 na classe.
d. Abdução
e. Rotação lateral 12. Preencha o quadro de análise muscular com os prin-
f. Rotação medial cipais músculos envolvidos em cacfa movimento.
Abduçilo Aduç:lo
Agonisia Antagonista
Glúwo máximo
Glúteo médio
Glúteo mínimo
D!ceps fen10ral
Semlmembran:iceo/
scmitcndin(.'O
Adutor magno/
adutor cuno
Adutor longo
Grãdl
ROládorcs laterais
Reto femoral
Sanório
Pectineo
lllopsoas
14. Depois de analL5ar cada exercício do quadro de dril e então liste os n1úS<.-ulos dessa articulação
análise dos movimentos da aniculação do quadril que são os principais respon&'iveis por causá-los
(abaixo), divida cada um cm duas fases básicas ou concrolâ-los. Ao lado de cada músculo em
de movimento, tal qual a fase de levantan1ento e cada movimento, indique o cipo de concração: !-
a de abaixamento. Par.:1 cada fase, determine os isométrica; C-<:oncílntrica; E-excêntric-.1.
movimentos que ocorrem na aniculação do qua·
Flexão de
braço
Agachamento
Levantamento
letra
Lespross
( co111f11ua)
Quadro de análise do movimento articular do quadril (con t.)
Afundo/
Arranque
E.xercício de
renl3d.3
Stair macblrze
(degrau, step)
15. Analise cada habilidade no quadro de análise de mento, liste os principais músculos da articulação
habilidades esportivas da articulação do quadril do quadril responsáveis por causar/ controlar
(abaixo) e liste os movimentos da aniculação es- aqueles movimentos. Ao lado de cada mósculo
querda e da articulação direita do quadril em em cada movimento, indique o tipo de conlrn-
cada fase da habWd1de. Você pode preferir listar ção: !-isométrica; C-concêntrica; E-excêntrica.
a posiç:lo inicial cm que a articulaç:lo do quadril Pode ser necessário revisar os conceitos parn a
estíi na fase de apoio. Depois de cada movi- aníilise no capítulo 8 para as várias fases.
Arremesso no D
beisebol
E
Chute no futebol D
americano
E
Caminhada o
E
Arremesso no D
sofibol
E
Passe no futebol D
americano
E
Críquete D
E
BoUche D
Arremesso no D
basquete
E
Capítulo 9
Referências bibliográficas N~ TO. ct "1: Pdvic: 6lrcS.S fr.><-tulé$ ln long dlstancc: runncrs,
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tbe bumll•f llody, cd 2. SI. Loub. 2003. llbeviu Mosby. McCraw-Htll.
Capítulo
rticulação do joelho
Objetivos
• Identificar as caraeteristicas 6.5seas do joelho em um esqueleto humano
• Apontar e palpar cm uma pessoa os movin1entos da articulação do joelho e enumerar seus respectivos
planos de movimento e eixos de rotaç;lo
• Citar as ações do quadríccp.s femoral e dos músculos isquíoobiais, explicando sua imponância
• Listar e organizar os músculos que produzem os movimentos da aniculação do joelho, citando seus
antagonisras
a rticulaçào do joelho, a maior do corpo, é muilo Os topos dos côndilos medial e lateral da l:íbia,
A complexa. ConSiste basicamente em uma articu-
laç-Jo de dobradiça, sempre i;ujeita a estresse consi-
conhecidos como platô tjbial medial e platô tibial la-
teral, servem como receptáculos para os côndilos do
derãvel e distensão pela aç-Jo combinada de suas fêmur. A tíbia é o osso medial da perna e sustenta
funções de suscentação de peso e locomoção. Seus muito mais intensamente o peso do corpo do que a
fortíssimos músculos extensores e flexores, aliados a fíbula, que, apesar de servir con10 inserção para algu-
unu es1rutura ligament:u extrenumente resistente, mas estruturas articulares importantes do joellio, rulo
s.'\o responsáveis pelo grande vigor de funciona- se articula com o fê1nur nem com a pareia, não fa-
mento dcs.-;a articulação. zendo, portanto, pane da aniculação do joelho.
A patela <: um osso sesan1oide (flutuante) con-
Ossos (Figura 10.1) tido dentro do grupo muscular do quadricep.s fe.m o-
ral e do tendão patclar. Sua locali7.ação permite que
Os grandes côndilos do fêmur articulam-se sobre ela funcione para os quadríceps femorais como u1na
os côndilos também grandes da tíbia, em uma linha polia, criando um ângulo de tração mais acentuado,
mais ou menos horizontal. Como o fêmur se projeta que resulta cm unia vantagen1 n1ccâníca niaíor du-
para baixo, em um ângulo oblíquo em direção à linha rante a extensão do íoelho.
mediana, seu côndilo medial é ligeiramente maior que As principais referí!nclas ósseas do joellio são os
o lateral. polos superior e inferior da pareia, a rubcrosidadc da
266 ~Lu111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
Epicôndilo
medial
/ r - E_picôndilo lateral
Côndilo lateral
~--- fo$$0 inleroandilor
Base da paleio ... / ""' / ,'\ Facetas orliculorej
Ápice do potelo
Eminência
-----.t.,,
, _ .. Cmôednd.1ialo1
==---Côndilo lateral
intercondilar / / -- \ f - Ápice
Côndilo - Cabeço do h'bulo
Tubérculo de medial
Gerdy Tuberosidode
Articulaçõo-./ do tíbio
tibiofibular proximal
Superflcie lateral - -- :
- Cristo anterior
Fíbulo - - - - - - -Fíbulo
A B
FIGURA 10. 1 • Ossos do joelho direito - fê1nur, patela, tíbia e fíbula. A, Vista anterior; B, Vista posterior.
ModUlcado de Prcnuce we: ANlbefm's principies <>fatb/eflc 1ro1111ng, 12' ed., New Yoli<, 2006. McCr.aw-11111: de S.1bdin, KS: ArratomJ• 6
pb)'SIOfqgy. tbe 1mltyojform arulfunctlat~ 2' ed, New York, 2001, McCr>w·Hill
u1>ia, o tubérculo de Gerdy, os côndilos medial e late- A superficie anteromedial superior da tíbia, ime-
rdJ do fêmur, a superfície anteromedial superior da diatamente abaixo do côndUo medial, serve como
u"bia e a cabeça da fíbula. Os três músculos vastos do inserção para os músculos sartório, grácil e semi-
quadríceps femoral originam-se no fêmur proximal e tendíneo. O semimembranáceo insere-se postero-
se inserem junco com o reto fe1noral no polo superior medialmente sobre o côndilo medial da líbia. A
da patela. Sua inserção espeçífica denrro da patela cabeça da fíbula é a locali7.ação primária da inser-
varia, já que os vastos n1edíal e lateral se inseren1 ção d o bíceps fen1oral , apesar de algun1as de suas
dentro dela a partir dos ângulos superomediaJ e supe- fibras estarem inseridas no côndiJo lateral da tíbia.
rolateral, respc'CtivamenLe. O reco femoral superficial A origem do poplíceo está localizada na face lateral
e o vasto intermédio, que se encontra imediatamente do côndilo lateral do fên1ur.
abaixo, conectam-se à patcla pela direção superior. O ligamento colateral tibial, por sua vez, origi-
Partindo daí, insert:m·se na tuberosidade da tíbia pela na-se na face medíal do côndilo supcromedial do
via do grande tendão pate11r, o qual se estende do fêmur e insere-se sobre a superfície medial da tíbia.
polo inferior da patela até a tuberosidade da tíbia. No Lateralmente, o ligamento colateral fibular curto ori-
tubérculo de Gerdy, locali:wdo na face anterolateral gina-se no côndilo lacerdl do fêmur, muito pr6xin10 à
do côndilo lateral d1 Líbia, está o ponto de inserção origem do poplíteo, inserindo-se sobre a cabeç.a da
para o trato iliotibial do tensor da fáscia lata. fíbula.
Capírulo 10 -\r<i<"UI. ç • d<'~• •
Menisoo ~
- - -rr- t;gomenlO auzodo poSletior
UgamonlO auzodo anlwiar
lo1erol :::::::. ~ Menloco medial
Ligamento colo1o<al _J \ \ __.,,
Rbular (lotero~ ,....>'( • l i-- Ligamento colo1e<al
tibial (medial)
TubêtcvlodeGetdy ......- / ,
~ÕO Á
ffbioflbvlot Wpotlot
flbulo - Tíbio
,• •
•
UgomenlO de WrUbetg UgomenlO et11zodo onlorior
Articulação tíbiolibulor
•upo<io<
Tlbio-- -+-- F!lxilo
Vista posterior
Tuberasidode do bÔia
ljgomonlO cruzado anlwior /
Menisco medial
Plolà tíbiol lolorol
Plalà
libiol ------;--
f
medial \..
- -J+-- Mcniico lotorol
UgomenlO de Wrl$b«g
ModlflC>do de Aruhony CP, Kollhoft' NJ: TCX1"°"'1 Q/analomy a11d pbyslo/IJ8)•, 9' cd, St. Louls, l 97S, ~!~.
Capítulo 10
f6mur
Mombrono
linoviol
Bolso oboíxo do cob.ço
lotwal do m. goslrocnimio
----Toridõo
~
polelor
- - - - Polo supert0r do paleio
-.o--Polelo
Memb<ono
$inoviol -~'I
,_r_ _ Bolso pr9p<Jlelor
1 subcutõ'*!
Cortilogem _ ___:.~
Coxim de 90rd11to
infropotelor
I Bolso
~ ínfropotolor
Tendõo polOlor
Cristo ilíaco
Espinho illoco
ontcrouuperiot---..J_J
Espinho ilíaco ---+-~.'
onleroinferior
,_ ..
Fêmur ---+----t-
------Ângulo Q
Tuborosidodo do tibio
Tibio
FIGURA 10.6 • Ângulo Q, representado pelo ftngulo entre a linha que vai da espinha ilíaca anterossuperior
acé a pareia cenlr31 e a linha que vai da pareia cencral ã ruberosidade da cíbía.
O grupo drn; músçulos isquiotibiais 10<.".iliz.a·se no Os músçulos de duas anic:ulações são mais eficien-
con1partimento p05terior da coxa e é resp0nsãvel pela tes quando sua origcn1 ou inserção é estabilizada de
flexão do joelho, sendo constituído de três músculos: modo a impedir movimento na direção do músçulo
o semitendíneo, o semimembranáceo e o bíceps fe- quando ele se contrai. Além dísso, são capazes de
moral. Os doís primeiros (isquiotibiais mediais) são e.'Cercer uma força maior quando são alongados do
auxiliados pelo poplíteo na rocaçilo 111cdial do joelho, que quando são encurtados. Todos os n1úsculos is-
ao passo que o bíceps femoral (lsquiotibial lateral) é quiotibials, assim como o reto femoral, o sanório e o
responsável pela rotaçi!o lateral do joelho. grácil, s:lo biaJticulares (de duas articulações).
272
Um exemplo é o caso do músculo sartório, que se nhecída como pé anscrlno, que se fixa à face ante-
toma um melhor flexor do joelho quando a pelve é romedial da tíbia proximal abai.x o do nível da
girada posterionnente e estabilizada pelos 1nósculos tuberosidade da ti'bia. Essa fixação e a linha de tração
abdominais, pois assim seu con1primen10 tOfal é au- posteromedial ao joelho que esses músculos pos-
1nentado, já que sua origein é levada para mais longe suem pemliten1 que eles contribuam para a flexão do
de sua inscrç-Jo. É o que ocorre quando uma pessoa mesmo, principalmente quando o joelho está flexio-
renra flexionar o joelho e cruzar as pernas na posição nado e os quadris escão em rotação lareral. A c.ibeça
sentada. Nonnalmente ela se inclina para trás a ftm de medial e a cabeça lateral do gastrocnêmio têm uma
flexionar as pernas na altura do joelho. Essa situação flXação posterior, respectivamente, sobre os cõnclilos
pode ser ilustrada também pela ação de chutar uma medial e lateral do fêmur. Essa relação com o joelho
bola. O jogador invariavelmente inclina-se bem para fornece ao gastrocnêmio uma linha de tração para
uás para levantar e fixar a origem do músculo relo fe- auxiliar na flexão do joelho.
n1oral, de modo a rorná-lo n1ais eficiente como exten-
sor da perna no joelho. E quando uma criança pendu-
ra-se pelos joelhos, flexiona os quadris para focar ou Músculos da articulação do joelho - Iocalizaç-:to
elevar a orige1n dos músculos isquiotibiais, de modo a A localização do músculo está intimamente ligada
torná-los flcxorcs mais eficientes dos joelhos. ã sua função dentro do joelho. Enquanto visualiza
O grácil, o sart6ri<> e o semitendíneo se unem dis- os mlísculos na Figura 9.9, correlacione-os com a
talmenLe para fommr uma expansão tendinosa, co- Tabela 10.1.
-+M.vo.io
M. voslo ~>-- mediol
Músculo reto femoral (Figura 9.23)
lolerol
Origem
Espinha iUaca inferoanterior do ílio e margem supe-
rior do aretãbulo
\ Inserção
Face superior da pareia e tendão patelar, até a tubero-
sidade da tíbia
Ação
Flexão do quadril
_.,_.,_ Tube<ruidode Extensão do pelho
do llbio
Rotação pélvica anterior
Palpação Inserção
Na face ela coxa, desde a espinha ilíaca inferoanterio r Borda lateral da patela e te ndão patelar, a té a tubero-
até a patela com extensão de joelho e flexão de sidade da u'bia
quadril realizadas contra resistência
Ação
Inervação
Extensão do joelho
Neivo fe moral (l.2-lA)
Exte -
do i:rho
j 1, Botdo loterol do potelo
o tondõo potolor olé o ~--ff..,.,,._,
luberosidodo do tíbio
O, Dois terços
suporioros da
superfície
M . voslo intermédio - - +-...,.. anterior do fêmur
O, Todo o comptimenlo
do linho óspera e crislO
condtloide medial
''
'•
---- - M. vasto medial
''
'•
••
\
'
J
Extensão
do joelho
r "\-=1f..1-_ 1, Metade medial do
bordo •uperiot da
paleio e tendõo patelor
al4 a tub«osi<lade da h'bia
inserção Inervação
Flexõo J O. Superflcl.
~riordo
e6<>dilo toi-1
do fêmur
Roloçõo 1, Superficie
medial medial p<»leros-
wperior do h'bio
11. Pesquise exercícios preventivos e de reabilitação 13. Preencha o quadro de anãlíse muS<:ular (abaixo)
que fo.ruleçam a articulação do joelho e apre- com os principais músculos envolvidos em cada
sente suas descobertas em classe. movin1ento articular.
12. Que grupo muscular em tomo do joelho seria 1nais 14. Preencha o quadro de ação muscular antagonista
Importante de ser desenvolvido em um alleta com (abaixo) com o(s) músculo(s) ou panes deles,
ligamento cruMdo anterior lacerado? Por quê? E cujas ações são antagonistas cm relação aos n1ús-
com ligamento cruzado posterior lacerado? culos da coluna da esquerda.
Agonlsta Antagonista
Bíceps femoral
Semitendineo
Semimembranáceo
Reto femoral
V3Sto lacerai
Vasto in1ennédio
Vas10 medial
(conlln1u1)
Capírulo 10 An1<11iaçâ ><lo joelho 283
Agonisra Antagonista
Reto femoral
Poplíteo
15. Depois de analísar cada exercício no quadro de culação do joelho e então liste os principais
análise dos movimentos da articulação do joe- músculos desta articulação responsáveis por
lho a seguir, divida cada um em duas fases bá- causá-los/ controlá-los. Ao lado de cada mús-
sicas de movimento, como fase de levanta- culo cm cada n1ovitnento, itldique o tipo de
mento e de abaixamento. Para cada uma, contr.iç-lo corno se segue: !-isométrica; e-con-
determine os movin1cntos que ocorrem na arti- cêntrica; E-excêntrica.
l,qgptrJSS
Afundo/
Am\nque
F.xercldo
de remada
Stafr n1acbf11e
(degrau, step)
16. Analise cada habilidade no quadro de análise de cipais músculos da articulação do joelho res-
habilidades esportivas da articulaç-Jo do joelho ponsáveis por causá-lo/ controlá-lo. Ao lado de
e líste os movimentos da articulaç-Jo dos joelhos cada músculo em cada movimento, indique o
direito e esquerdo em cada fase da habilidade. tipo de contração como se segue: !-isométrica;
Você pode preferir listar a posição inicial em e -concêntrica; E-excêntrica. Pode ser necessário
que a articulação do joelho está na fase de revisar os conceitos para a análise no Capítulo 8
apoio. Depois de cada movimento, liste os prin- para as várias fases.
Quadro de análise da articulação do joelho em habilidades esportivas
Exercicio Fase de apoio Fase p reparatória Fase de movimento Fase de complementação
Arremesso no D
beisebol E
Chute no futebol o
americano E
o
Caminhada
E
Atrernesso no D
softbol E
Passe no o
futebol R
D
Criquete
E
o
Boliche
E
Arremesso D
no basquete E
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/ofcdú:loo l): t68, Scp<cmber--October 1966_ F<!bru2ty 1966.
Capítulo
rticulações do tornozelo
e do pé
Objetivos
• Identificar em um esqueleto humano as caractetísticas ósseas mais importantes, os ligamentos e os arcos
do tornozelo e do pê
• Desenhar e classificar em um diagrama de esqueleto músculos do wmozelo e do pé
• Mostrar e palpar em um colega os movimentos do tornozelo e do pê e enumerar seus respectivos planos
de movimento e eixos de rotação
• Palpar em uma pessoa as escrururns articulares superficiais e os músculos do tornozelo e do pê
• Listar e organizar os músculos que produzem os movimentos do tornozelo e do pê, citando seus
respectivos antagonistas
s 26 ossos, 19 músculos grandes, muitos pe- ainda em resposta à carga, apoio médio e apoio ter-
O quenos (intrínsecos) e mais de 100 ligan1entos
que constituem sua estrutura evidenciam a comple-
minal. Em geral, o toque do calcanhar caract.eri-
u -se pela arerrissagem do pé em supinação e da
Xidade do pé. pema em rotação lateral sobre o calcanhar, seguido
A sustentação e a propulsão são as duas funções pela pronação e rotação medial do pé e da perna,
do pé. Seu correto íuncionamenro e o desenvolvi- respectivamente, durante o apolo mêdlo. O pé re-
mento adequado de seus músculos, aliados à pratica torna à supinaç-Jo e a perna à rotaç:lo lateral antes e
apropriada de sua mel'ânica, são essenciais para durante a Impulsão-deslocamento. A fase de os-
todas as pessoas. Na sociedade moderna, os proble- cilação ocorre quando o pé sai do solo e a pcma se
mas de pé são uma das deficiências mais comuns. O move para a frenu~. para outro ponto de contato, e
uso de calçado impróprio ou outros problenUI$ relati- pode ser dividida em oscilaç'ào inicial, média ou ter-
vamente menores causam mecânica de pê deficiente minal. Com frequência , surgem problemas quando
e anormalidades na marcha, e, quando se iniciam na o pé é muito rígido e não entra em pronação de
infância, é inevitável que haja desconforto con1 o forma adequada, ou quando permanece em prona-
passar dos anos. ção após o apoio médio. No primeiro caso, as for-
As ações de andar e correr podem ser divididas ças de impacto n.'lo serão absorvidas durante a mar-
cm fases de apoio e de oscilação (Fig. 11.1). A fase cha, resultando cm um choque transrnitido à cadeia
de apolo se subdivide em uês componentes: toque cinética. Já no segundo, as forças propulsor.is diJni-
do calcanhar, apoio médio e impulsão-deslocamento. nuir-Jo e será oolocado estresse adicional sobre a ca-
O componente de apoio médio pode ser subdivido deia cinética. A corrida difere da caminhada, já que
285
286 M 11111. ! di. cln<.."ilo!og!a c.-stnnural
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
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apciom6dio
Apoóo ~
~mp<A.õo.
o.oloQõo
loidol
~õo
mécllo ......,,
ÔJdlaç6o
nes1a um pé es1á sempre em contato con1 o solo, dos cinco dedos do pé, conhecidos como falanges.
enquanto naquela hã um ponto en1 que nenhum Em cada falange existem três OS.'>OS individuais, ex-
dos pés toca o solo. ceto no hálux, que possui apenas dois. Cada um
A revolu~-ão no campo do <.."Ondicionamento iJ.Sico desses ossos cainbém (: conhecido como falange.
observada ao longo das últimas três décadas resultou Por fim, há dois ossos sesamoides situados sob a
em enonne progresso na confecção dos calçados es- priml!ira articulação metaiarsofalângica, localizados
portivos e recre-.icionais. Antes, um par de tênis era dencro dos tendões do flexor longo do hãlux.
suficiente para quase todas as a1ividades. A.gora há Em sua extremidade distal, a tíbia e a frbula se
calçados específicos para o basquete, o beisebol, o alargam, projetando-se horizontal e inferiormente,
futebol an1ericano, a corrida inoderada <Jogging), o dando origem a saliências ósseas conhecidas como
futebol, o 1enis, a canllnhada e o treinamento allema- maléolos, que servem como um tipo de polía para
tivo (cross-country). Bons calçados s.'lo importan1es, os tendões dos músculos siruados en1 posição dire-
mas nada substi1ui o desenvolvimento muscular ade- tamen1e pos1eríor a eles. Especificamente, o fibular
quado, a forç-.i l! a mecânica correia do pé. curto e o fibular longo estão exa1amente atrás do
maléolo la1cral. Os músculos imediataJncntc poste·
riores ao malí:olo medial podem ser recordados
Ossos pela fr'.ise "Tom, Oick e Harry" com o "T" para o Li·
Cada pé pos.o;ui 26 osso.e;, que, coletivamente, con- biai posterior, o "D" para flexor longo dos dedos e
ferem a ele o fonna10 de um arco. Conectam-se com o "H" para flexor longo do hálux. Esse arranjo ósseo
a coxa e com o res1an1e do corpo por meio da fibula aumenta a vantagem mec;1nica desses músculos na
e da líbia (Figs. 11.2 e l 1.3), fazendo com que o peso execução de suas ações de inversão e eversão. A.
do corpo seja transferido da cíbia para o lálus e para base do quinto 1netatarsal é grande e proeminente,
o calcâneo. servindo como ponto de fixaç;1o para o fibular curto
Além do cálus e do calcânco, existem outros cinco e o flbular terceiro.
ossos na pane de trás do pé e no mediopé, conheci- A supcrficic in1cma do cuneiforme medial e a base
dos como ossos tarsaís. Encre o lálus e os três ossos do primeiro metatarsal fornecem pontos dl! inserção
cuneiformes si1ua-se o navicular. O cuboide locali· para o tibial anterior, enquanto a superfície abaixo dos
za-se entre o calcâneo e o quarto e o quinto metatar- mesmos ossos serve como inserção para o fibular
sais. Distal em relaç-.io aos tarsais, estão os cinco me- longo. O tibial posterior 1em múltiplas inse~ sobre
tatarsais, que, por sua vez, correspondem a cada un1 as superficies internas inferiores do navicular, do
Capítulo 11 Arun1l:<ÇÕC• do tornozelo e do ~
Eminêncio inle<condllar
Cõndilo
loterol
__ Çõndilo
Cabeço mediol
do flbulo
ArHculoçõo
Hbiofibular ---+--< ·
inferior
0e Anthony CP, KolthofT NJ: 71>.>tllock <da"atomy and pbytfôfctO•, 9' cd., St. 1.0ul._ 197S. MO$by.
Folongos:
3, Distal
2, Médio
1, PrOJtimol
Anlep6 Articulações
interfolôngicos
proximois (IFP)
Metatarso is
Articulações
metolorsofolôngicas (MF)
Articuloçôa transverso
Mediol--t-
do torso
Cuneiformes lnlormediório ~.J--:::::iL
Mediop6
.____l~olerol ~
Naviculor ( ,
Retrop6
cano. Essa lesão, u1n entorse da articulação sindes- quando o joelho é flexionado, o que reduz a tensão
1n6lica, em geral atinge o ligamento tibiofibular infe- do músculo gastrocnêmio biarticular. A fibula gira
rior anterior, mas pode envolver também o posterior. sobre seu ei.xo de 3 a 5º lateralmente com a dorsille-
Em lesões mais severas, o ligamento tibiofibular pos- xão do tornozelo e de 3 a 5ª mediaimente durante a
terior, o ligamento interósseo e a n1embrana inter6s- flexão plantar. As superficies que formam as sindes-
sea podern ser atingidos. moses distanci:un•se em tomo de 1 a 2 rnn1 durante a
A articulação do tornozelo, tecnicamente conhe- dorsiflcxão compleca.
cida co1no articulação talocrural, é uma articulação Embora consideradas movimentos da articulação
do tipo dobradiça ou ginglimoide (Fig. 11.4). É for- do tornozelo, a inversão e a eversão ocorrem, tecni-
mada pelo tálus, pela llôia distal e pela ffbula distal. camente, nas articulações subtalar e tarsal transversa.
Pcm1i1e cerca de 500 de flexão plantar e 15 a 200 de Classificadas como deslizantes ou artrodiais, essas ar-
dorsiflexão (Fig. 11.5). Uma amplill.lde rnaior de dor- ticulações as.sociam-se de n1odo a permitir em torno
sillexão é possível particularmente no apoio do peso de 20 a 300 de inversão e 5 a 159 de eversâo. Ocorre
Capítulo 11 Arun1l.lÇÕC• do tornozelo e do pé
- - - - - Tíbio
Fíbula - - - -- ü90mentos ~biolibulores
onle<ior e posterior
Tendão
docolcdneo
Cuboide
ligamento Tend6odo m. e
cokoneocub6ideo dorwl flbulor curto Ouo do - - - - - - - Tlblo
quinto mototoool - - flbulo
ligamento
toloc:olcôneo lntor6o>eo Ligamento plantar longo f \ :.:...;:,.,:..__ LJ90mento
lnlOróoieo
,•
Ugomento ~
deltóideo ~.
ligomenlo
colconeofibulor
a
Nc:Mculor
FIGURA J 1.4 • Aniculação do tornozelo direito. A, VisLa lateral; B, Vista medial; C, Vista posterior.
Mod!Jlado de Van De Gr.llT KM: H11mat1 UtlOIOJn) \ ~ ed., Ncw York, 2002, McGr.l\\' Hlll.
290 ~L;J111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
90'
•
\
6IJ'
f1uilo
l'lGURA 1 1.5 • r.1ovimcnto ativo do tornozelo, do pé e dos dedos. A, A dorsiflexão e a flexão plantar são
mensuradas e1n graus a partir da posiç-Jo neu1ra do ângulo reto ou em percentuais de movimento em
comparação com o tornozelo do lado oposto; B, A inversão e a eversão são, em geral, estimadas em graus
ou expressas cm percentuais cm comparaç-lo com o pé do lado oposto; C, Flexão e exten.<;ão do hálux;
D , Amplitude de movimento pa.ra os quacro dedos laterais.
um movimento mínimo entre o restante das articula- na Figura 11.4. Sem dúvida, o enLorse de Lomo2clo
ções aruodiais intenarsal e 1arsometa1arsal. mais comum rcsuha de inversão excessiva, que pro-
As falanges unem-se aos mctatarSais, dando ori- voca danos às estrurur:is ligamentares laterais - so-
gem às articulações metatarsofalângicas, classificada.o; bretudo aos ligamentos calcaneofibular e talofibular
como do tipo condiloide. A articulação metatarso- anterior. Forças de eversão excessivas, causadoras de
falângica (MP) do h:ílux flexiona-se a 45º e estende-se lesão do ligamento deltóideo no aspecto niedial do
até 7C'P; já a articulação interfalltngica (IF) pode flexio- tornozelo, ocorrem com menos frequência.
nar de C'P de extensão completa a 90" de flexão. As Os ligamentos do pé e do tornozelo mantêm a
aniculações MF dos quatro dedos menores permitem posição de um arco. Todos os 26 ossos do pé são
cerca de 4C'P de flexão e 4C'P de cx1cnsão, e t~m capa- conectados com ligamentos. O alvo dessa rápida dis-
cidade mínima de abdução e ad ução. A movimcnta- cussão são os arcos longitudinal e IJ'ansVerso.
~'ào das articulações interfalângicas proximais (!FP) Existem dois arcos longitudlnais (Fig. 11.6). O arco
dos dedos menores vai de C'P de extensão a 35º de longitudinal medial localiza-se no lado medial do pé
flexão, e as articulações interfalângicas diStais (IFD) e et.'tende-se do osso calcâneo até o tálus, navicular,
flexionam-se em 6()11 e estendem-se em 3()). Em todas três cuneiformes e extremidades distais dos três meta-
essas articulações, há variação significativa de uma tarsais mediais. O arco longirudinal lateral locali:r.a-se
para a outra e de pessoa para pessoa. no lado lateral do pé e este nde-se do calcâneo até o
Os entorses de tornozelo consisten1 em unu das cuboide e extremidades distais do quarto e qumto
lesões mais comuns entre as pessoas fisicamente :ui- n1etatarsais. Os arcos longJtudinais, indlviduaJmentc,
vas, envolvendo o estiramento ou a laceração de um podem ser altos, n1êdios ou baixos, cn1bora un1 arco
ou mais Ligamentos. O número de ligamentos exis- baixo não seja neces.5ariamente um arco fraco.
tentes no pé e no tornozelo é muito grande par.r. ser O arco t..ranSverso (ver Fig. 11.6) a1ravessa o pé,
discutido nesLe livro, mas alguns deles são mos1rados de um osso metatarsal at<'! o outro.
Capítulo 11 Arun1l.lÇÕC• do tornozelo e do pé 291
Ossos
cvnoilormos
Osso
cuboido
Tólus
_,,,,_ colc6nco
.~-.:: Osso
novievlor
' - - - Arco tronsV9fso
' - - - Arco longltudinol
' - - - - Primeiro osso merotorsol
I
~
AKo transverso
alr3vês das bases dos ossos mc1amrsais moslr3ndo a porção do
arco transverso.
a
Movimentos ( Figura 11.7) Eversão: vira.r o tornozelo e o pé para fora; en1 ab-
dução, afas1and0-0s da linha mediana; o peso é
colocado sobre a borda medial do pé
Dorslflexão (flexão): dorsiflexão; movimento do
Inversão: virar o tornozelo e o pé para dcncro; em
topo do tornozelo e do pé em direção anterior ã
aduç;lo, em direção ã linha mediana; o peso ê co-
uôia
locado sobre a borda lateral do pê
Flexão plantar (extensão): movimento de afasta- Fle.tlo dO$ dedos: mo\•imenlo dos dedos em direção
mento do tornozelo e do pé e1n relação ã tíbia à superfície plantar do pé
A 1
e
D
E
F
G
H
Pronoção
/
Cobeço lolerol-"'--
do gostrocnAmio J ' 1 • , ',i'
nbiºITT
- --Extensor longo libiol anterior -
dos d.dos
- -Tondõo
do colcôneo
Fibulor """" t -- - Tendào
Clll1o
1- -Extensor longo do plonlOr
do hólux
Tendào - libiol posterior ---..,,.,..,..- , -""-- - Flexor longo
do colcôneo - --fibulor letcelro
dos dedos
Moléolo -
lateral
1 --1
- Re1inóculo ~~ r --
mfenor \ '
'---Flexor longo
do hólux
(
~ Rotinóculo
A
).'1 ffexor
FIGURA 11.S • Músculos da perna, do tornozelo e do pé. A, Vista lateral; 8 , Vista medial. (conti1111a)
294 ~Llnual de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
At16rio o ---=:::::-'.I
veia poplileas _ --;J
---Plonlor (secxionadol
"---,--Cobeço lotorol
do gostrocnêmia
(se«ionadol
\ ------Rerinóculo eidenw
superia<
Relin6eulo - - - - Tendõo do tibial J
ex1ensor posterior
inl0ti0<
Tenclõo - - -
do cok;a,_ ~ ;..---Artório fibufor
e o
flGt.:RA 11.8 (cont.) • Músculos da perna, do tornozelo e do pê. C, Vista antillior; D, Vista po1>1erior profunda.
como tríceps sural, pois possuem três cabeças que se localizatn-sc o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar, en-
unem ao tendão do calciineo. Os m6sculos eversores quanto no profundo licrun o flexor longo dos dedos, o
enconcran1-se mais para a borda lacerai, ao passo que flexor longo do hálux:, o poplíteo e o tibial posterior.
os inversores localizam-se medialn1ence. Todos os músculos do compartimento posterior super-
A perna é dividida em quatro comprutimentos, e cada ficial são flexOIC'l planeares primários. O plantar, auscnre
um deles oont6m mClsculos cspccfficos (Fig. 11.9). Envol- em algumas pessoas, é um músculo biarticular ve;,1igial
vendo e ligando fortemente cada cornpartin1en10 há uma que contribui muito pouco para a Aexão plantar do Lor-
f.íscia densa, que facilita o retomo venoso e inli:x.-'Cle o no1.elo. Os músculos do compammento po&erior pro-
inchaço excessivo dos músculos durante o exercício. O fundo, con1 exceçio do poplíteo, são Hexores plantares,
compartiinento anterior contém o grupo don;lflexor, que mas também funcionam como inversores.
consiste no tibial anterior, fibular terceiro, excensor longo Em razão da intensa de1nanda exercida sobre a
dos dedos e extensor longo do hálux. O companimento muscularura das pernas nas atividades de corrida
lateral contén1 o fibular longo e o fibular curto - os dois exigidas pela maioria dos esporres, são muiro co-
eversores mals fortes. O oon1partimento posterior é divi- muns entre os esportistas lesões tanto agudas como
dido em profundo e superficial. 'o superficial posterior, crônicas. A "hipersensibilidade dos músculos pré-ti-
Capílulo 11 .... ,,.,,.,,.,~
biais" (: uma express:lo comum para descrever uma Músculos do tornozelo e do pé por função
condiçilo dolorosa da perna, muitas veies associada
a atividades de corrida. Ela não constitui um diag- Flexorcs plantarc.'S
nóstico específlco, sendo, ao contrario, atribuída a Gasuocnêmio
um grande nOmero de lesões musculotend.Jnosas es- Flexor longo <los dedos
pecíficas. Na maioria das vezes, o tibial posterior, o Flexor longo do hálux
sólco medial ou o tibial anterior est.i envolvido, em- Fibular longo
bora o extensor longo do:. dedos tambêm possa tei- Fibular cuno
panicipaçào. A hipersensibilidade dos mOsculos pré- Plantar
tibiais pode ser prevenida, cm pane, por meio de Sóleo
alongamento dos flexores plantares e fortalecimento Tibial posterior
dos dorsiflexores. Eversorcs
Além disso, com razoável frequência, os esportistas
Fibular longo
são Vítimas de clíbras doloro.sas C:Jusadas por espasmo
Fibular curto
muscular agudo no gastrocnêmio e no sóleo. Elas
Fibular terceiro
podem ser aliviad:is por melo de dorsiflc.xão ativa e
Extensor longo dos dc.'<los
passiva. Outra lesão bastante incap-.tcitante envolve a
ruprura con1pleta do fone tendão do c:alcâneo, que Dorsiflcxorcs
conecta esses dois ílexor<.'S plantares ao c:alcâneo. Tibial anterior
Obscrvaçilo: Muitos mCtSCUlos cio tomo:1.elo e do Fibular terceiro
pé contribuen1 parn produzir mais de um movimento. Extensor longo dos dedos (extensor dos dedos)
Extensor longo do hálux (extensor do hálux)
lnversores
ComportimenlO loterol Tibial anterior
eo..... "'- plonlo< do ..._,..,,
e-o p6 Tibial posterior
Anlerlor
flexor longo dos dedos (flexor dos dedos)
Flexor longo do hálux (ílexor do hálux)
Compartimento lateral
Fibular longo
l'osl9rior Fibular cu no
Plano de
Músculo Origem Inserção Ação Palpação lnervaç:lo
movimenio
Cabeça me-
dinl: superfi- flcxilo planmr
cie posterior do tornozelo
Superlide
do côndilo
'.à n1edial do
posterior
Nervo
'€ do cakâ- Metade superior da foce
! Gastrocnemio fCmur neo (ten-
Sagilal
posterior da perna
tibial
Cabeça late- (Sl, 52)
"
\1)
...o ral: superficie
<.l:io do Flexão
·e calcâneo)
:! posterior cio do joelho
8. côndilo late-
-o
e
<.>
mi do ramur
Superfície P~terionnente sob o
·t
e
posterior da
flbufa proxi·
mal e dois
Superlicie
posterior
do calcá· l'lex:lo planear
músculo gasuocnên1io na
rcgi.~o m<.-dial e !ater.ti da
perna, panlcularnleme em
Nervo
8 S6lco
terços proxi· neo (ten- do tornozelo
Sagital
decúbito ventral com o
tibial
(SI, S2)
mais da SU• d.ão do joelho flexionado em
perficie tibial calcâneo) tomo de 90° e flexão
posterior plantar ativa do tornozelo
O tencUo pode ser pai-
Sup<.'rficie Inversão do pé Frontal
Superficie da pado proximalmente e
interna ln·
metade o-upc- clistalmente logo atrás do
íerior dos
rior d'I mem- mlloolo medial rom a in-
OSSOS navi-
brana inte· versão e a flexilo plantar, 'ervo
Tibial cular e
róssea e sendo melhor disting\lído tibial
posterior cuneiíonne Flexão plantar
su perficies Sagital do Dexor longo d06 dedos <l5, Sl)
e bases do do tornozelo
adjacentes da e flexor longo do h.1Jux se
29, 3º, 411 e
libia e da os d<.-dos puderem ser
)!lo=
fibula mantidos em ligeira
o metamrsais
'O extensão
.ae
ea. Flexão dos qua·
O tendão pode ser pai-
o
... ltO dedos OlenO-
pado posierionnente ao
Base da fa. res nas articula·
·5 lange distal ções metatarso-
maléolo medial e ao tibi:tl
!g Flexor longo
Terço médio
da superficie
de cada
um dos
falângica e
interfalãngicas
Sagital
pooterior e antet\omlenre
ao flexor longo cio hâlux
Nervo
tibial
e dos dedos pos1erior da oorn a llex;lo dos qwtro
qua1ro proximal e distal (L5, SI)
·l
e
libia
dedos
nlenores
l'lexilo plamar
do tornozelo
dedos menores enquanto
maruêrn o háJux estendido,
o tornozelo clorsiflcxionado
8 Inversão do pé Frontal e o pé evesticlo
..!:!
g
lateral da
tibuJa
'ºosso
m<:tatarsa1
Flexão planiar do
tornozelo
Sagical
latem!; inledim::uneme poste-
rolateral a partir do tibial an-
terior e extensor longo dos
(IA, LS, SI)
e
<)
dedos com a cversào ativa
E
•t:
...o. Eversâo do pé Frontil
Tendão do músculo na ex-
tremid1de proximal do 5°
~
Dois terços
Tu bera.si· met:uarsal· imediatamente Nervo
inferiores da
Fibular dade do 9 prox.imal e' posterior ao tibular
superficie
curto osso Flexão plantar do maloolo lateral; profunda· su pcrficial
latcr.11 d:• S:igital
mer.1tars.1J 1omozeJo niente amerior e po5leri0r (lA, LS, Sl)
fibuJa
ao fibular longo oom a
evers:1o ativa
Dorsiflexão lrnedia1.1men1e medial a fi.
Sagital
do tornozelo bula distal; lateral ao ten-
d:lo do ex1en.sor longo dos Nervo
Terço distal
Fibular Base do 5º dedos sobre a face antero- fibular
da fibul:i
terceiro mc(jttars:il latcr:d do pé, para baixo, profundo
anteríor Ew:rsão do pé Frontal
ao lado medial da base do (IA, L5, SI)
5° met3tarsal com dorsiíle-
xào e cversão
Segundo m6sculo no lado
E."<tcnsão dos
Côndilo lat(.~ lateral da bonb tibial anl(.'-
dedos menores
ral da tíbia, Ápice das rior, região superolateral da
nas :utirulações
cabeça e falanges tíbía entre o tibial anterior Nervo
extensor mccacarsofalângica
dois terços rnl-'Clia e Sagir.11 mcdialmcnte e a fibula flbular
.... longo dos superiores d1 e interfalângicas
o dedos disml do.s latcrnlme:nte; divi~ ein profundo
·e: proximal e distal
-<)
;
supcrficie
anterior da
dedos me-
nores Dorsiflexão
quatro tendões imedlata·
mente dislais ao 1omo1.cl.o
(IA, LS, Sl)
-o
e: fibuJa do tornozelo antcrioc oom os ck..odos em
e
-~
Eversão do oé
Extcns.~o do
Frontal exten'ião rui\13
a
E hálux nas articula-
o çôcs metatarso- Da façc dors:il do hálux
u Dois ICl'ÇOS
f.1.lângica e inter· Sagital imediatamente lateral ao ú· Nervo
Extensor médios da Base da
biai anterior e m<.'<lial ao fibular
longo do supcrficie falange dis- falân~lca
extensor longo dos dedos profundo
hálux m(.-díal da fi. tal do hálux Dorsif11ro1o
do tornozelo na aniruta~o anterior do (L4, LS, Sl)
bula anterior
tornozelo
Inversão fraca
Frontal
do tornozelo
Superficic Dorsiílcxão Prílll(.W mús<:ulo no lado ta-
Sagital
interna do do tornozelo tera! ela borda tibial anterior,
Dois terços Nervo
cuneifonne panlcularmente palpável
Tibial superiores da flbular
ITl(.>dial e com a dotsiflexão ativa tOlal
amerior superficie la· profundo
base do 111 tnvcrslo do p(! Front.'\I do tornozelo: tend:lo m.1ls
teral da tíbia ( IA, LS, St)
osso proeminente cruzando o tor-
metaiarsal no7.clo anterornedialmcnte
Nervos
Como descrito no Capítulo 9, o nervo isquiático cal primeiro e o flexor cuno dos dedos. O netvo plan-
origina-se no plexo sacral e toma-se os nervo:. ubial e tar lateral supre o adutor do hálux, o quadrado plan-
fibular. A divisllo tibial do nervo isquiático (Fig. 9.20) tar, o lumbrical (2, 3 e 4), os interósseos dorsal e
continua para baixo junto à face posterior da perna, plantar, o abdutor e o flexor do dedo mínimo.
inervando o gasU"OCní!mio (cabeça medial), o sólco, o O nervo Abular (Fig. 11.1O) divide-se logo abaixo
tibial posterior, o flexor longo dos dedos e o flexor da cabeça da ffi>ula, tornando-se os nervo.~ fibular''S
longo do htllux. Imediatamente anccs de alcançar o superficial e profundo. O rJmo superficial inerva o
tornozelo, o nervo tibial ramifica-se par.i se ton1ar os fibular longo e o cuno, enquanto o ramo profundo
nervos plantares medial e later.il, que inervam os inerva o tibial anterior, os cxlcnsores longos dos
músculos ln~ do pé. O nervo plantar medial dedos e do hálux, o fibular terceiro e o extensor
inerva o abdutor e o flexor curto do hálux, o lumbri- cuno dos dedos.
Cobeço curlo - --
do m. blceps fernorol
.\.
•
O, Superlíci!U posteri<><es
dos dois côndilos
do femur
• J Flexõo do joelho
M. goW'ocn&mio
1, Superfície posterior
do r;olcôneo
,-+-- M. aóleo
Origem Inervação
Cabeça e dois terços superiores da superfície later.tl da Nervo l'ibular superficial OA-15, 51)
fibula
Aplicação, fo rtalccimcoto e flexibilidade
lnserção O músculo l'ibular longo passa posteroinferior-
Superficies abaixo dos ossos cuneifom1e niedial e pri- 1ne nce pelo maléolo lateral e dirige-se para o pé, pas-
meiro nictatarsaJ sando sob e le pelo lado de fora, para inserir-se sob
O, Cabeço e dois
terço1 su-periora.s
- -1--t-M. libulor ~o cio suporfíclo loi;,.ol
cio h'bulo
FIGURA 11.13 • ~lúsculo fibular longo, vistas lateral e plantar. O, Origem; /, Inserção.
302 1. ~- ~l\I ' d 1f!t 1' • "'lõ.tr,11 lr::'I
sua superfície interna. Em ra7.ào de sua linha de Lra- Músculo fibular curto (Figura 11.I-0
ção, é um eversor e contribui para a flexão plantar.
Ao ser usado efetivamente com os ouu-os fte.xores Origem
do tornozelo, o n1úsculo fibular longo ajuda a fucar o Dois terços inferiores da superficie lateral da libula
arco transverso quando realiza a flexão. Se fosse de-
senvolvido sem os ouiros flexores plantares, produzi- Inserção
ria um pê fraco, evenido. Ao correr e saliar, o pé deve
Tuberosidade do quinto osso metata.rsal
ser colocado de modo a ficar apontado para a frente,
para garantir o desenvolvimento correto de todo o Ação
grupo mUS<.ular. Andar desc-dlÇo ou de meia sobre o
lado de dentro do pé (posição evenida) é o melhor Evers.-lo do pé
exercido para esse músculo. Flexão plantar do tornozelo
Exercícios de eversão para fortalecer esse m(isculo
podem ser realizados virando-se a planta do pé para
fora, co1n aplicação de resistência na direção oposta.
O fibular longo pode ser alongado levando-se
passivamente o pé :l inversão e ã dorsiflerlo erue-
mas, com o joeU10 flexionado.
O, Dois te<ços
inferiores da
M. líbular curlO superfície laieral
do ~'bula
Flexão
plonlOr 1, Tubete»idodc
Eversõo da quinto osso
do~ molOIOrsol
_)
l'IGURA 11.14 • Músculo fibular curto, vistas lateral e plantar. O, Origem; I, Inserção.
Capítulo 11 .\!' '"'·•
Iner vação
Orígem
Nervo fibular !.-i1perficial OA-LS, Sl)
'lef'Ç'O distal da fíbula anterior
Aplicação, fonalecimento e flexibilidade
Inserção
O músculo fibular <-wtO passa posteroinferionnentc
pelo maloolo lateral e exerce tração sobre a base do Base do quinto metararsal
quinto metaiarsal. É um eversor primário do pé e con-
tribui para a flexão plantar, ajudando também a man- Ação
ter o arco longitudinal quando ele comprin1e o pé.
Eversão do pé
O rnúsculo fibular curto é exercitado junto com
outtos flexores plantares nos movimenros vigorosos Dorsiflexào do tornozelo
de correr e saltar. De fonna semelhante ao fibular
longo, pode ser fortalecido com exercícios de cver-
sào, como virar a planta do pé para fora, contra re-
( ' t
sisté!ncia.
r
....... - "-)
I 1
•
'
o
M. flbulor tetee Iro
~<
'· Baseme10tn=I
do quinlo
f ..
I
"'
IJJ
,. DorsiRexõo
do iomoz.olo
•
FIGURA 11.15 • Músculo fibular
terceiro, visca anterior. O, Origem; l,
'1i'l
- 1..: >.. ~
r •
•
-v
Inserção.
Evor.õo do pé
304 Mnttldcc~
- O, C6ndilo lot.,ol
do tiblo
~
• )
\
O, CobeQo do
!."bulo • dois
lerços supeOot.s
do supe<llcie
anterõor do llbulo
r
DoniRexõo ~
do ) '
la<nozelo ~~
Exlonsôo ((!ÍJ}
(
do dodo lif{i )("
. ij ;f
1-lGURA 11 16 • Músculo extensor longo dos
dedos, vista anterior. O, Origem; 1, Inserção.
Capítulo 11 '"' '"'·• t :no. e ( ,. t > pé 305
Ootsí!l.xõo
do
lomoulo
•
FIG URA 11.17 • Músculo extensor ) Eicten.õo
longo do hálux, vista anterior. O, do dedo 1, Extr...,idade da
Origem; I, Inserção. base da lolango
dí1lol do hólux
306 M.i1111al de cin<.."ilo!og!a c.-stnnural
\
\
Em virtude de sua inserção, o músculo tibial ante- Superficie posterior da metade superior da mem-
rior encontrJ-se e m uma posição especial para firmar brana ínter6ssea e superficles adjacentes da tíbia e
a margem Interna do pé. Entretanto, ao se contrair da fibula
concentricamente, ele dorsiílexíona o torno1.elo e é
usado con10 ant:1gonista em relaçào aos flexores Inserção
plantares do tornozelo. O tibial anterior é forçado a Superfícies internas inferiores dos ossos n:1vicular e
se conlr:tir vigorosan1ente, por exen1plo, quando se cuneiforme e base do segundo, terceiro, qua.no e
pratica patinação no gelo ou se anda sobre a borda quinto metararsaís
1, Supertícies interne»
inlwloces dos OU01
noW:ular e cuneil<inne,
bases do 2", 31 , 41 • s•
O, Supe<fície posterior OS.SOS matatorsois
do motodo Mipe<iof
do membtono inletóu.a,
suporficles odjOClOnles
do ribio e do flbulo
In serção
Base da falange distal de c::1da um dos qualro dedos
J menores
Palpação Ação
O tendão pode ser palpado proximal e cllitalmente Flexão dos qualro dedos menores nas articulações me-
logo :urás do maloolo medial com a inversão e a tatarSOfalângica e interfalfulgírns proximal e distal
ílcxào plantar. É melhor distinguido dos nexores tn-.."Crsão do pé
longos do dedos e do hálwc se os dedos puderem
ser mantidos em ligeira extensão Flexão plantar do tornozelo
Inervação
Nervo tibial (L5, S1)
'
•
,
)
Flexõo plonlor
lnvenõo do pé
FIGURA 11.20 • Músculo flexor longo dos dedos, vistas posterior e plantar. O, Origem; I, Inserção.
, 7-
º·Dois~·
médios do
wp«flclo~
M. Roxor loogo do h61ux do fibulo
1, Boso do lolonge
disJol cio hól11x,
wporllelo do boixo
>---11..Aj --,
e
flei<õo do
~~F1Wio plontor
dodo\ -----
,,,_sõo do pé
FIGURA t 1.21 • Músculo flexor longo do hálux, vista n1edial. O, Origen1; 1, Inserção.
lhar sem ajuda do músculo flexor longo dos dedos Músculos intrínsecos do pé
ou conjugado a ele. Quando desenvolvidos de forma (Figuras 11.22 e 11.23)
inadequada, esses dois músculos facilmente provo-
cam dUbras ao serc1n convocados para atividades Os músculos intrínsecos do pé pQSSuem sua ori-
com a.~ quais não esrão acosl\imados. gem e inserção nos ossos que ficam dentro do pró-
São usados efetivamente na marcha se os dedos prio pé (Figs. 11.22 e ll.23). Um desses músculos, o
foren1 usados (como deveriam) para manter o equilí- extensor curto dos dedos, é encontrado no dorso do
brio do corpo a cada passo dado. Andar •com" os pé. Os restantes fican1 ein um con1partimento plantar,
dedos e não "sobre eles• (na ponta dos dedos) é uma dispostos em quatro camadas sobre a l>"Uperficie plan-
ação imponanre para esses músculos. tar do pé, e são:
Quando o gastrocnê1nio, o sóleo, o tibial posterior, o Primeira camada (superficial): abdutor do hálux,
fibular longo, o flbular cwto, o flexor longo dos dedos, flexor curto dos dedos, abdutor do dedo n1ínimo
o f!e.'Cor cwto dos dedos e o flexor longo do hálux são (quinto)
usados ein conjunto na marcha, a força do tornozelo Segunda camada: quadrado plantar, lumbócais
fica evidente. Casos de fraque73 no tornozelo e pé, na (quatro)
maioria doo ca.sos, têm como motivo a não utilização de Terceíra camada: flexor curto do hãlux, adutor do
todos esses músculos. Correr, andar e saltar constituem hálux, flexor curto do dedo m:ínlmo (quinto)
exercícios para esse grupo muscular. O flexor longo do Quarta camada {profunda): intcrósscos dorsais
hãlux pode ser e.5pCCificamenre fortalecido pelo exercí- (quatr0), interósseos plantares (trt:s)
cio da toalha, desairo para o flexor longo dos dedos.
O flexor longo do hálux pode ser alongado levan - Os músculos intrínsecos do pé podem ser agru -
do-se passivamente o hâlux à extensão extrema con1 pados por localização e pela pane do pé em que
o pé evertido e dorsiflexionado. O joelho deve per- agem. O abdutor do hãlux, o flexor curto do hálux
manecer flexionado. e o adutor do hálux inserem-se medial ou lateral-
Capítulo 1 1 Arun1l.lÇÕC• do t ' no:, ' • do pé 311
A
•
Boinhas fib<a10s ~-~-~-~---
dos dedos \ \ \ \ Tend<'lo do flexor ----~"'-.--.!"1t
curlo dos dedos 'I
r
Tendão do
lseccionodoJ flexor longo
do hólux
--Tendõodo
Rexor lol1fl0
wmbticol• _ _::_ _""'\
......\ - dohólux -· /...,,..- flexor e>1flo
do hólux
_ _ :"-.
~- flexor cur1o
__;~~"--...-- wmbtieais
flex0< curlo do cio h61ux
dedo mínimo---- Flexor e>1r1o --....::..:....:.. Tendão do
Abclulor do do dedo mlnimo -:-+::--::e,,_- "º""'
lo1190
dos dedo$
dedo mlnimo - - -
- - -- - flexor curlo
ln1e<6neo _ __, dos dedos -~~--- Quoârodo
/ plontor
plonlO< --:-- i - - Abdutor
do hólux Abclu1o1 do - -- 1 floxor C>lrlo
dedo mínimo
~-::=-- Af>o<-rose -~-- dos dedos
(MICdonodoJ
plon10r lseccionodot
Abdu1o< do
- " " - ' - - - Tub<lrosldod. hólux (..ccionodo)
docolcaMO
ligamentos D
plonlares
Cópwla1
/ or6culores
Tenclõo do flexor l
curlo do• dedo.
lseocionodol
lnleróneo
-->-~>-~>----
~ lntorónoo>
plantar \ douai•
_'>._,,__'>.,,_____ ln1o<ó1.-
---~- flax<>< curto
do hólux plontores
Oponentes do dedo --~.~f T...dõodo
mfnimo -...,,.~- fibvlor
+.;.::..:..:;-- Tendão do flexor longo
longo do hálux __,,,..--- Tendõo do
(seccíonodol tibial po"9<ior
Tendão do flexor
longo dos dedos Ligamtnlo
(seocionodol plantar longo
Tendão do
fibulor curlo
mt:nte na falange proximal do hálux. O abdutor O quadrado plantar, os quatro lumbricais, os qua-
do hálux e o flexor cuno do hálux locali7.am-se tro ínterósseos dorsais, os três ínterósseos planlares,
mais ou menos mediaimente, ao passo que o adu- o flexor e o extensor curto dos dedos localizam-se
tor do hálux está n1ais na parte central, abaixo dos mais ou menos na área centr",ll. Todos ficam abai.xo
metatarsais. do pé, com exceção do extensor curto dos dedos.
que é o único músculo intrínseco do pé localizado extensor intrínseco do hálux na articulaç-Jo metatar·
no compartimento dorsal. Embora todo o extensor sofalângica.
curto dos dedos tenha sua origen1 no calcâneo ante- Os quatro lumbricais são flexores da segunda, ter-
rior e lateral, alguns anaton1isms se referen1 a seu ceira, quarta e quinta falanges em suas articulações
primeiro tendão como extensor curto do hálux, a fim metatarsofalângicas, ao passo que o quadrado plan-
de manter a uniformidade na dcnornirtação de acordo tar ê flexor dessas falanges cm suas articulações in-
com a função e a localização. terfalângicas discais. Os ues interósseoo plantares são
Localizados lateralmente abaixo do pé est.ào o adutores e flexores das falanges proximais da ter-
abdutor do dedo mínimo e o flexor do dedo mí- ceira, quarta e quinta falanges, enquanto os quaLrO
nimo, ambos inserindo-se na face lateral da base da interósseos dorsais são abdutores e flexores da se-
falange proximal da quinta falange. Em virtude da gunda, terceir.i e quarta falanges, também em suas
inserção e da ação desses dois músculos sobre o articulações metatarsofalângicas. O flexor curto dos
quinto dedo, o nome "quinto" é às vezes usado en1 dedos flexiona as falanges médias da segunda, ter-
vez de mínimo. ceira, quarta e quinta falanges. O extensor curto dos
Quatr0 n1úsculos agem no hãlux. O abdutor do dedos, como citado antes, ê um extensor do hálux,
hâ lu.x é responsável unicamente pela sua abdução, mas também estende a segunda, terceira e quarta fa-
mas ajuda o flexor curto do hálux a flexioná-lo na langes em suas articulações mctat-.u-sofalãngicas.
articulação metatarsofalângica. O adutor do hálux é o 1-lfi dois músculos que agem apenas sobre o
único adutor, e o extensor curto dos dedos é o único quinto dedo. A falange proximal da quinta falange ~
1
' y_;+-A.Mrio tlbiol onlerior e
ner<o fiblilor p«>fundo
abduzida pelo abdutor do dedo mínimo e é fle.'<io- para manter e desenvolver os muitos músculos pe-
nada pelo flexor curto do dedo mínimo. quenos que ajudam a sustentar o arco do pê. Al-
A Tabela 1l .2 oferece mais detalhes a respeito guns especialistas são favoráveis a andar sen1 sa-
dos músculos intrínsecos do pé. pato ou con1 algum dos novos calçados concebidos
Os músculos só se desenvolvem e mantêm sua para favorecer o funciona1nento correto do pê.
força quando são usados. Um fator que contribui All!m disso, exercícios de toalha, como os descri-
para o grande aumento de condições de fraqueza tos para o flexor longo dos dedos e flexor longo
do pé é a falta de exercício para desenvolver tiSSes do hálux, também ajudam a fortalecer os músculos
músculos. Andar é uma das melhores atividades intrínsecos do pé.
..
"O
Quadr'Jdo
superfície medial
do calcâneo Margen1 later.tl do Flexão da 11'0 da
Não pode ser
Nervo pl.a ntar
ª
rl
.g
plantar
Cabeça lateral:
borda lateral da
superfície infe-
tendão do nexor
longo dos dedos
2', 3ª, 4ª e 51
falanges
palpado
lateral
(SI , S2)
e:
rior do calc".ineo
k tª lumbricnl:
nervo planrar
1cndôesdo Face dorsal da 2', 3ª, Flexão da MP da medial (L4,
Lumbricaís N:lo pode ser
(4)
flexor longo dos 4• e 5ª falanges pro- 2', 31 , 41 e 5ª L5): ZO, 3º e 411
palpado
dedos ximals falanges lumbricaJs:
nervo plantar
L·ltcral (Sl , S2)
(«mtf1111a)
TABELA 11.2 (cont.) • Músculos intrínsecos do pé
Auxilia na
~
proximal da 11 fa. extensilo da Anteriormente e
Caldineo lateral e an-
lange, lados late- MF da 1• fa- pouoo abaixo do Nervo ílbular
Extensor curto tenor, ligamento talo-
rais do tcn~io do langc e ex- mall-olo lateral profundo
dos dedos calcllneo lateral, retlnll-
extensor longo dos tensão das sobre o dorso (l5, SI)
culo extensor lnfc.-rior
dedos da 21, 3' e 4ª três fal:lnges do pé
falang<.-s ml-'<ilas
Sites
Radiologic Anatomy Browser Excelente site com muitos slides, dissecções, guias
http:l/radl inux1.usuf1.usuhs.mi l/rad/iong rutoriais etc., para o esrudo da anatomia humana .
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musculoesquelético. Wheeless' Textbook of Orthopaedics
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Unlvcrsity ofArkansas Mcclical School Gross Site com extenso número de links que levam a
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Loyola University Medical Center: Strucru.r e of the Foot and Ankle Web lndex
Human Bo<ly www.footandankle.com
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index.html zelo desse site é 1nuito útil.
Capítulo 11 .\!' c111;irt'ln -ln tornozelo e do ~ 315
American COilege of Foot and Ankle Surgeons Foot and Ankle link Library
www.acfas.org www.footandankle.com/podmed
Esse site, patrocinado por cirurgiões podiátricos e Uma lista de links de organizações profissionais e
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American CoUege of Foot and Anklc Surgeons.
The Universlty of Texas MDAnderson Cancer
Center Multlmedia and Leaming Resources Joint Hea.li.ng.com
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Virtual Hospital fas de classe ou extraclassc ou para estudar para pro-
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Muitos slides, infom1ações sobre pacientes etc. Prancha esquelética anterior e posterior (n11 1)
Desenhe e indique na prancha de exercícios os
Arthroscopy.com
seguintes músculos do tornozelo e do pé:
www.arthroscopy.com/sports.htm a. Tibial anterior
Informações para pacientes a respeito de vários b . Extensor longo dos dedos
problemas musc'llloesqueléticos do membro inferior. e. Fibular longo
d. Fibular curto
Ruman Anatomy Online e. Fibular terceiro
www.lnnerbody.com/ímage/musc08.html f. Sóleo
Anatonlia musculoesquelética interativa. g. Gastrocnêmio
h. Ü'tensor longo do hálux
Agllity total ankle system i. Tibial posterior
www.agilityankle.com j. Flexor longo dos dedos
Textos e gráficos sobre a anaton1ia do torno- k. Flexor longo do hálux
ze lo, com informações sobre um sistema para a
sua substltuiç-Jo. EXERCÍCIOS IABORATORIAIS E DE
REVISÃO
Anlerican Academy of Orthopaedlc Surgeons
http://orthoi nfo. aaos.orgfcategorycfm ?topcateg ory 1. Localize em um esqueleto humano e e 1n uma
=Foot pessoa as seguintes panes do tornozelo e do pé:
Biblioteca de educação sobre o pé e o tornozelo a. Maléolo lateral
para pacientes. b . Mal6olo med.ial
316 '! mo.! J.. r1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral
2. Como e onde em uma pessoa podem ser palpa- 6. Discuta a importância do calçado apropriado nos
dos os seguintes músculos? vários esportes e atividades.
a. Tibial anterior 7. O que sào óneses e como funcionanl?
b. Extensor longo dos dedos
e. Fibular longo 8. Pesquise distúrbios comuns do pê e do tomozelo,
d . Fibular cuno como pê chato, lesões laterais e no alto do 1omo-
e. Sóleo zclo, fascícc plantar e dedos cm martelo ou com
f. Gastrocnêmío deformidades. Apresente seus achados em classe.
g. E.xtensor longo do hálux
h. Flexor longo dos dedos 9. Pesquise os fatores anatômicos relacionados ã
l. Flexor longo do hãlux prevalência de inversão em vez ele eversão nos
entorses de tomozelo e apresente seus achados
3. Demonstre os seguintes movinlcntos e palpe os em classe.
principais mtísculos utilizados:
a. Flexão plantar 10. l'aça unia apresentação oral ou escrita com base
b. Dorsiflexào em artigos de revista que avaliam calçados de
c. Inversão corrida ou can1inhada.
d. Eversão 11. Peça a um colega que se coloque sobre os dedos
e. Flex;1o cios dedos do pé (elevação do calcanhar) com os joelhos
f. Extensão dos dedos totalmente estendidos e então repita com os joe-
4. Cice os planos em que ocorre cada um dos se- lhos flexionados em cer~-a de 2()11. Qual das posi-
guinces movimentos, com seu respectivo eixo de ções parece ser mais difícil de manter por um
rotação. período maior e por quê? Quais são as implica-
a. Flexão plantar ções disso para o fortalecimento e o alongamento
b. Dorsiflexào desses músculos?
e. Inversão 12. Preencha o quadro de análise muscular listando
d . Eversão os principais músculos envolvidos em cada mo-
vimento articular.
Dedos do pé
flexão Ext~nsào
Capítulo 11 '"' c11l,1a'\<>• tln torno1clo •· tio pé 317
13. Preencha o quadro de ação n1uscular dos an- deles que são antagonistas em suas ações em
tagonistas listando o(s) músculo(s) ou parte(s) relação aos da coluna do lado esquerdo.
Agortisla AntagonL:.1a
Gasuocnêmio
Sóleo
Tibial posterior
Flexor longo
dobálux
Fibular longo e
fibular cuno
Pibular terceiro
Tibial :interior
14. Depois de anaUsar cada exercício no quadro rem nas articulações do pé e do tornozelo e
de análise dos movimentos das articulações então liste os principais músculos responsá-
do pé e do tornozelo, divida cada um em duas veis por causá-los/ controlá-los. Ao lado de
fases de movín1ento pr imário, como uma fase cada músculo en1 cada movimento, indique o
de levantamento e uma de abaixamento. Para tipo de contração: !-isométrica; C-concên1rica;
cada fase, determine os movimentos que ocor- E-excêntrica.
Flex.io de
bra~nosolo
Agacha-
mento
U:v:inta·
mento terra
(co111inua)
Qu adro de análise do movimento das articulações do pé e do tornozelo (cont.)
Legpress
Aíunclo/
Arranque
Exercício de
remada
Stafr tnachfne
(degrau, Slep)
15. Analise cada habilidade no quadro de análise de os n1úsculos das ruticulações do pé e do tornozelo
habilidades esponiv-.is elas articulações do pé ~ do primarlamen te responsáveis por causar/contr0lar
tornozelo (abaixo) e liste os movimentos das articu- aqueles movimentos. Ao lado de cada músculo em
lações direita e esquerda do pé e do tornozelo em cada movimento, indique o tipo de conttaçào: !-
cada fase da habilidade. Pode-se listar a posição isométrica; Cconcêntrica; E-excêntrica. Pode ser
inicial em q ue as articulações do pé e do tornozelo n~rio revisar os conceitos para análise das vá-
estão na fase de apolo. Após cada movimento, liste rias fases no capítulo 8.
Arremesso D
no beisebol E
Chute no fute- o
boi americano E
D
Caminhada
E
Arremesso D
no softbol E
Pas.-;e no o
futebol E
D
Críquete
E
D
Bolíche
E
Arrenu.'SSO D
no basquete E
Capítulo 1 1 l\r '""' . A, tn:no;r-... ( t 1
> pé 319
Muscollno JI!: 7!>11 m11scular r,·stem manual: tbe ske/eta/ mi.seles
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M~ DJ: Ortbopedl<:pb)$ICtll OSSC$$mtml, ed 4, Phibddphl:I. 2002.
McGr:iw-HiU.
SaundcN.
Capítulo
ronco e coluna vertebral
Objetivos
• Identificar e diferencíar os vârios tipos de vénebras da coluna venebral
• Jndícar em um diagrama de esqueleto os tipos de vértebras e suas caracteóstlcas principals
• Desenhar e clas.~ificar em um diagrama de esqueleto alguns dos músculos do cronco e da coluna vertebral
• Mostrar cm um colega os movimentos da coluna, citando seus respectivos planos de moVimcnto e eixos
de rocação
• Palpar cm uma pessoa alguns dos músculos do cronco e da coluna vertebral
• Listar e organizar os músculos que produzem os movimentos primários do tronco e da coluna vertebral e
seus antagonistas
Tórax
A fundação esquelética do tórax é formada por
::=;:~~.::::::...- Foromoi interverlebrois 12 pares de cos1elas (Fig. 12.3). Sete pares são de
- - - f ' - - - Primeira v6r1eb<o costelas verdadeiras, pois se fixa1n dircta1nente ao
lombar esterno. Cinco pares silo considerados costelas fal-
;~~---Corpo sas. Desses pares, três se fixam indiretamente ao
esterno e dois são costelas íluruantes, pois suas ex-
Curvatura tremidades ficam livres. O manúbrio, o corpo do
lombar .._ .....,.,, esterno, e o processo xifoide são os outros ossos
do tórax. Todas as costelas se ftxam posteriormente
às vértebras torácicas.
,.,,---Promontório socrol As principais referências ósseas para localizar os
(primeiro véttcbra nlúsculos do pescoço incluem os processos mastoide,
SOCfOQ
transverso e espinal da parte cervical da coluna ver-
tebral, o processo espinhoso das quau-o vénebras to-
rácicas superiores, o manúbrio do esterno e a claví-
Curvatura Socro cula n1e<lial. As CC>l><elas posteriores e os processos
so<ral transverso e espinho.~ da pane torácica da coluna
venebral são áreas básicas de fixaç-lo para os múscu-
los posteriores da coluna. Os músculos anteriores do
JI' }-Cócclx tronco possuem fixações sobre as bordas das oito
cosrelas inferiores, as cartilagens costais das costelas
e as cristas ilíaca e púbica. O processo transverso das
l'IGURA 12.1 • Coluna venebraJ.
quau-o vénebras lombares superiores também serve
De Scclcy llR ct ai; AnaJam)'êrpb)l'lolnfJ>\ 3' cd., St. 1.ouL•, 1995, como pontos de inserção para o quadrado do lombo,
Mosby. assim como a borda inferior da 12ª costela.
Articulações
Os ossos de cada região da coluna possuem tama-
nhos e íormas ligeiramente diferentes, gerando grande A primeira articulação do esqueleto axial é a ar-
variedade de funções (Fig. 12.2). As vénebras au- ticulação atlanto-occipital, forn1ada pelos côndilos
mentam de tamanho entre a região cervical e a re- occipitais do cranio assentados sobre a fossa articu-
gião lombar, principalmente porque precisam supor- lar da primeira vértebra, que permite flexão e exten-
tar mais peso na pane inferior do dorso do que no são. o atlas (Cl), por sua vez, fica acomodado
pescoço. As duas pritneiras vértebras cervicais são sobre o áxis (C2), formando a aniculaçào a1lan1oa-
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 323
Forome VO<tobrol
focelo articular superi0<
Foceto orticulot
superio< Proee$$0
1ronsve<so
Forome
rtonsve<so ......_ _,
Fororne
transverso
A - - Processo espinhoso
Foceto orticulor
wperlor
Prooouo
=iol rron.-so
Foce10 =1ol
•uperi0<
focelo
e D c:<»lol inle<lor
Corpo
Proce1l0 orliculor
Espinho superior
E F
FIGURA 12.2 • Coluna venebral. A,Vénebra c:eivical típica vista de cima; 8 , Vértebra ceivical típica vista de
lado; C, Vértebra torácica lipica vista de cima; D, Vértebra torácica lipica vista de lado; E, Terceíra vêrtebra
lombar visra de cima; F, Terceira vértebra lombar vista de lado.
De Antbony CP, Ko!tholr NJ: Tex1book of anatomy and pbyslo/Q/o'. 9' cxl, St. Louis, 1975. Masby.
324 M.uiual de cmC51c>lo)(la cstnnural
/ . Proce>so e>plnboso
....,.i\'o-·"~ focelo
Tubérculo Tuberculo
Dióruo
/ --==.,-1'-- blremldod.
anterior
A
/
S..kocoslol
Pos.:oço
Cabeço
Focekl
fnciwro do ..iemo
lncl>uro dovlculor
1
Co$l\Olo$ \'trdodelro> 4
[cos.lolos ~tomai>)
s
6
9
(c:os1eloi Cortilogem eo<Sol
""""brocondroi>} 10
xial (Fig. 12.4 , A). Com exce~"ão dela, não há muito da coluna, os discos intervertebrais se tornam menos
movimento possível entre qualquer par de vérte- flexíveis, resultando no enfraquecimento do anel fi-
bras. No entanto, o efeito cun1ulativo de combina- broso, que, aliado à compressão, pode resultar na
ção do movin1ento de várias vértebras adjacentes protrUsão do núcleo pelo anel, problema conhecido
acaba por gerar movimentos substanciais dentro de como hérn ia do núcleo pulposo. Conhecido co1no
uma determinada área. Grande parte da rotação disco herniado ou "deslizante", sua protrusão pres-
dentro da região cervical ocorre na articu lação siona a raiz do nervo espinal, causando um grande
atlantoaxial, qut.: ~ c:lassiflc:ada como trocoidt: ou número de sintomas, inclusive dor irradiante, formi-
do tipo pivô. O restante das articulações vertebrais gamento, dormência e fraque1.a nos dermãtomos e
são classificadas como anrodial ou do tipo desli- miótomos das extremidades supridas pelo nervo es-
zante, em virtude de seus limitados movimentos de pinal (Fig. 12.S).
deslizamento. Um número substancial de problemas da parte lom-
Como niostram as Figuras 12.2 e 12.4, 8, o niovi- oor da coluna vertebral tem con10 causa o uso in1pr6-
mento de deslizamento ocorre entre os processos prio do dorso ao longo do tempo. A mecânica indevida
aniculares superior e inferior que formam as facetas com frequência resulta em distensão aguda e espasmo
articulares das vértebras. Encre os corpos vertebrais muscular doo extensores lon1batcs, além de alterações
e aderidos à cartilagem articu lar desse espaço estão meâmícas crônicas que levam à hemiaçào de disco. A
os discos intervertebrais (Fig. 12.4, C), comp<x~tos de maioria dos problemas ocorre pelo uso dos músculos
uma borda externa de fibrocartilagem densa conhe- relativamente pcquenoo do dorso quando se ílexiona a
cida como anel fibroso e de uma substância pulposa parte lon1bar da coluna vertebral pal"d levantar objeto.$:
e gelatinosa centra l, conhecida con10 núcleo pul- o <.urreto seria mantê-la em posição neutT.i ao se ag-.i·
poso. Es.5a disposição de material elástico compri- char, usando os músculos maiores e mais fortes do
mido permite compressão e corção em codas as dire- membro inferior. Além disso, o ~'tilo de vida conten1-
ções. Com a idade, por lesão ou por uso impróprio porãneo coloca as pessoas em flexilo lombar constante,
l.ômino
ligomen!O
'°'1gitudinol - "'
\
onteriOf
- - - Ugomenlo
inte1espinol
- Ligamento
ÁJl.is Disco Jup1oespinol
íntervonobrol - - " - ---.::::::;,._ FOfome
..- intarvarlabrol
llgomenlo omo1elo
lígamento loogitudinol posterio<
•
Piocesso
01ticulor
\k<
.
C6psulo orHculo1 frouxo
Covidode sinoviol
FIG ü RA 12.4 • Facetas aniculares das vértebras. A, As
facetas dos processos articulares superior e inferior se
inletior;:>!' ~ , Cortilogens arriculo1es articulam entre as vértebras cervicais adjacentes; B,
Ligamentos limítam o nlovimento entre as vértebras,
P1ocesso~ J- J como mostr11do na secção sagital através de três
Otlicu!<'r ·J vértebras lombares; e, cartilagens articulares deslizam
WpettOI (- "f ..:.:'! uma sobre a outra, para trás e para a frente, enquanto
Ooslizamanlo d<» a cápsula articular frouxa permite este movünento.
cartilagens omculores
Oe Unds:ly OT: f1" 1ctl0 11f1/ bumtm 0111Jtomy, St. t.ouls, 1996, Mosby.
e
326 M.uiual de cmC51c>lo)(la cstnnural
A Vosos songuineos
, • C0<po ..-rtobrol
)' •' f, 1' ..:~i~i- /
1"!." ···).... .?••~'>.X
-:!',,j,h'l),Ít~
i:·.
I J,,•·'
....,t"
,,..,.~ ''·
Y
. <,
Núcleo pulpo.so }
Anel fibroso Disco inlefvenebrol
1
Pres.sõo
(peso do corpo)
1 Pre:sJÕo no
Visto superior
FIGURA 12.; • Discos inlervertebrais. A, Secção sagital de discos norn1ais; B, Secção sagital de discos
hemiados; C, Disco hcmiado, visu superior.
Oe llllbode:iu GA, PalO<> KT: Aru11omy& pbymlogy, 9' "'1, Se. LouiS, 19?3. M<>lbr, Seelcy RR, Stcpti.:m TO, 1'.>te P: Anawmy 6 pb~\ 7' ed..
New York. 2006, McGr.aw·H11l.
o que, con1 o passar do lempo, gera unia perda gra- A região cervical (fig. 12.6) pode flexionar-se e
dual de lordose lombar. Essa "síndron1e do dorso acha- estender-se cm 45°. A área cervical flexiona-se late-
tado" causa aun1ento da press.'lo sobre o disco lonlbar ralmente em 4;0 , podendo girar cerca de 6o0 • A parte
e dor intennirente ou crônica na região lombar. lonlbar da coluna vertebral, responsável pela maior
A maior pane dos movimentos da coluna vertebral pane do moviroenco do tronco (Fig. 12.7), flexiona-se
ocorre nas regiões cervical e lombar. Hã algum movi- cm tomo de 80º e estende-se cerca de 20 a 30º. A
mento toradco, porem ele é muito discreto cm corn- flexão lombar lateral para cada lado ê, ern geral, de
par'Jção com o do pescoço e da pane inferior do dorso. 3;0 , ocorrendo ainda por volta de 45° de roraç-Jo
Já os movinlentos da cabeça ocorrem entre o crânio e para a esquerda e para a direita.
a primeira vértebra cervical, bem como dentro de ou-
tras vértebras cervicais. Como esses movimentos geral- Movimentos (Figura 12.s)
men1e oc-orrem juntos, este livro, par.t simplificar, refe-
re-se a 1odos os movimentos da cabeça e do pesooço Os movimentos da coluna são muitas vezes acom-
como 1novi1nentos cervicais. De modo semelhante, panhados pelo nome dado à região do movimento. A
quando se tr.tta dos movimentos do tronco, a tennino- flexão do tronco na parte lombar da coluna vertebral,
logia do movimento lombar é usada para descrever a por exen1plo, é conhecida co1no flexão 101nbar, e a
combinaçJo de movilncnros que ocorrem nas regiões extensão do pescoço costuma ser mencionada como
torácica e lombar. Uma inv~tigaç-Jo mais aprofundada extensão cervical. Cotno discutido no Capítulo 9, o
do movimento t!Specífico entre duas vêrtebr-.ts quais- cíngu lo do n1cmbro inferior rotaciona como um bloco
quer não faz pane do objetivo deste livro. por causa do movimento que ocorre nas articulações
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 3Z7
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l'IGl,,'RA 12.6 • Amplitude ativa de movimento da pane cervical da coluna venebral. A, Flexilo e extensão.
Estes movimentos podem ser estimados em graus ou indicados pela distància da ponta do queixo ao peito; B,
Rotação pode ser estimada em graus ou em percentual do movimento comparado em cada dlreção; C, Flexilo
lateral pode ser estimada em graus ou indicada pela dístância (em centímetrOS) da ponta da orelha ao ombro.
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FIGURA 12.7 • Amplitude ativa de movimento das partes lombar e torácica da coluna vertebral. A, Flexão
para a frente. O movimento pode ser estin1:1do ern graus, con10 indicado em 1, ou medido pela distância da
ponta dos dedos até a perna ou até o solo, como indicado em 2 e 3, respectivamente; B e C, Método de
mensuração com a fita de flexão; D, l liperextensão com o atleta parado em pé; E, Jlíperextensão com o
atleta em decúbito ventral; F, Inclinação latel"dl; G, Roração da coluna vertebr-AI.
do quadril e da pane lon1bar da coluna venebral. região cervical, a cabeça af.ist.a-se do peito; na re-
Consulte a Tabela 9.1. gião lombar, o tórax afasta-se da pelve; também é
Flexão da coluna v ertebr.11: movin1ento anterior da conhecida como hiperextensão.
coluna venebral no plano sagital; na região cervical, Flexão lateral (esquerda ou direita): conhecida
a cabeça aproxima-se do peito; na região lombar, o também como inclinação latel".i.I; a cabeça se move
tórax aproxima-se da pelve. lateralmente em direção ao 01nbro e o tórax se
Extensão da coluna vcrtebr.11: retomo da flexão·• move lateralmente em direção à pelve; ambos no
movimento posterior da coluna no plano sagital; na plano frontal.
328 M.:.nual de cmC51c>lo)(la cstnnural
E o H
t Esterno-
o deldo- Manúbrio do es-
"Q
aniculacio atlant<><XXioiL'll
l'lexào da parte cervical da
coluna vencbral
Sagíial Pcsooço antcrolatcr.tl,
dlagonalmenle entre 3 Nervo e>l'i-
nal accssó-
o mastói· temo, superficie Processo Cada um dos la~ toelç:lo origem e a inserçlo,
~
[
.g
cervicals
Cad:1 wn dos lado;;: ílcxilo la-
tera! parn o lado ipsilateral
Ambos OIS lados: extensão
Fromal
da edpula com a rc>
lação resistida lpc;ilater.11
Profundo ao trapê'.tio
cervicais
(01-0I)
o lado ipsílatetal
Cos1elas Exteiuão da coluna
Sagiull
Crista iliaca me- R0tat":lo nt<lvic:i anterior
posteriores R.'UllOS pos-
l;retor da dia!, aponeu~ Flexão lateral da coluna
1-12, teriores dos
espinha: torncolombar do Rocação pêl"lca lateral para Frontal
processos nervos
llloco.'tal sacro, roo.telas o lado con1r.1l:ueral
iransversos esplnals
posteriores 3-12 R0taçilo ipslliueral da
ccrvic1is 4-7 Transverso
coluna e da ca
í! Crista ilfaca m<.'- Processos es- Extensão da coluna e da Embora profundo e
-5 dial, aponeurose c:akA...- Sagital
~
pinhosos dlficil de distinguir
torncolomba r do oervic:lis 2-0, R0tac :lo ot.lvica anterior de ouiros múseulos
!! Eretor da sacro, processos p~ ~1ex~o l~tcrnl da coluna e dcss:i regL~o. pode R:unos pos-
8" espinh3: tran:.'Vcrsos lomba- tran:.~
da caL--:;,
Frontal ser palpado, con1 a tenores doe;
.a Longufs. res 1·5 e proces- torácloos l •12, Rooiçilo pélvica later.tl (Xira ~.çoo cm decúbito nervos
nove c:oslei.'IS o lado cont:ralatcral
~
o simo :sos trnnsvcrsos ventral, imedlata- espin:ils
1i toracicos 1·5, pro- Inferiores, Rotação lpsilateral da mente lateral ao.s
[ cessos aniculares processo coluna e da cal)CÇ!
Tl".10:.'VCl'SO processos espinhOISOIS
o cervicais 5-7 lll3St0ide na região lombar
i Ug:"unento nucal, 7" -P processo
E.~ensilo da coluna
S:tgital
com a extens.~o atiw
"' processo espinl'laiO espinhoso
Rocac;lo nélvica anterior
l'lcxào l:ncr:il d." coluna e R.'llll05 pos-
Eretor da <X!fVi<:al, proccs;os a.'fVical, ~
da
. teriores dali
espinha: espínhooos cornc>- cessos espl- Frontal
R0tação pêlvlca lateral para OCf"\'OS
Espinal <n< 11-12e~ nlKJOO:; IOcici·
o lado contr3lateral espinais
506 cspinhooo6 oos 5-12, asso R0taç:\o ipsilateral da
lomlxl.res 1-2 occipital Transverso
coluna e da c:itx..,.,.
(amtf11un)
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \ 1.-ncbral 331
Todos os
lateral à parte lom-
bar do cr<.'lor da <.'S-
pínha com a l1ex:ào
nervos
1·12, 1.1
Mú>CUlos
supr~ióideos
E>-'ornodoidomo•l6ideo,...,..- - -
Trap6zio - - - ~
O~I~
r-1re inferiorJ --.~
....--
MadifiCldo de Undsay OT: F111ialorra/ bumn11 artatorny, SI. Louís, 1996, M°""f.
FIGURA 12. 10 • MÚS<.."lllos profundos das regiões posterior do pescoço e superior das costas.
Madifiet1do de V:tn De Gna:a/T KM: /111mar1 arraio,..y, 4• cd., New YO<k, 1995. McGraw-llUI.
Capítulo 12 Th•ncn • mlun 1 •. -.\e'- 333
res da cabeça e da região superior da parte cervical da reto posterior n1aíor (: responsável pela rotação da
coluna vertebral. O reto lateral da cabeça a flexiona cabeça para o lado ipsilateral e é auxiliado pelo
lateralmente, além de auxiliar o reto anterior a estabi- semiespi.nal da cabeça, que a gira para o lado con-
lizar a an.iculação aclanto-occipital. tralateral. O esplênio da cabeça e o esternocleido-
O reto posterior da cabeça, maior e menor, o 1nast6ideo (Tabela 12.1) são muito maiores e mais
oblíquo, superior e inferior, e o semicspinal localí- potentes na movimentação da cabeça e da parte
zam-se posteriormente. Todos são extensores da cervical da coluna vertebral e serão abordados em
cabeça, exceto o oblíquo inferior, que gira o atlas. detalhes a seguir. Os outros músculos que agem
O oblíquo superior da cabeça auxilia o reto lateral sobre a parte cervical da coluna vertebral são tra-
na flexão lateral da cabeça. Além da extensão, o tados junto com os músculos da coluna vertebral.
Flexão lateral da
Superficie superior
RClo lateral Processo juguL1r do calx.-ça e e:.1abilizaç;lo
dos processos Cl-0
da cabeça osso occipiral da articulação
tr.insvcrsos do adas
atlantocdpí1al
Porção medial da
Reto posterior da Processo espinhoso
linha nucal inferior Extensão da cabeça Ramos pooieriores do Cl
cabeça (menor) do alias
do osso occipital
Flexão da calx.-ça e
PtOCe$SOS 1ransversos P:ine basilar do osso
Longo da cabeça da pane cervical da Cl-C3
de C3-C6 occipital
coluna vcnebr.tl
Lado direito: rotaç-Jo para a esquerda e flexi1o lateral Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
para a direita O estemocleidomastóídeo é o principal responsá-
Lado esquerdo: rotação para a di.reica e flexão lateral vel pela flexão e rotação da cabeça e do pescoço. Um
para a esquerda lado dele pode ser facilmente visualizado e palpado
quando giran1os a cabeça para o lado opôSt.o .
'. Pa.ra desenvolver a força desse músculo, basta co-
locar as mã05 na testa e aplícar força posteriormente,
tracionando ao mesmo tempo a cabeça para a frente
..._ '
r· ern flexão. Pode-se também aplicar força giratória de
um doo lados da rnandibula com a rnão e, ao mesmo
cempo, concraír o estemocleidomastóideo concentrica-
Palpação mente, tentando girar a cabeça na direç-J.o da mão.
Face anterolateral do pescoço, diagonalmente entre a A hiperexiensào cervical permite a.lgum alongamento
origem e a inserção, cm particular com a rotaç-Jo bilateral do esiemodeidoma'ilóideo. Cada lado pode ser
para o lado contr.ilatcral trabalhado individualmente. O lado direito é along-.ido
com flexão !ater.ti para a esquerda e rotação cervical
Inervação para a direita associada ã extensão. Os n10vin1Cntos
Nervo acessório espinal (Cr XI, C2-C3) opostos em extens.'lo alongam o lado esquerdo.
1, Ptoeeuo MO•loido
/ 0 Roloç6o poro o ditoilO
~ \
Fl.xôo lo*'>I
poro o ""l-ÔO
- ......-- M. es11modeidcmoslóideo
O, Svperficie oni..o.._;oc
do clovíwlo medial
""'°
O, Monlibrio do ..
o. ~;oc1o-
\
Músculos espJênios (do pescoço, da
cabeça) (Figura 12.12)
Palpação
O rigem Esplênio da cibeça: proíundo ao trapézio inferionnente
F.splCnio do pescoço: processos cspínhosos da ter· e ao e&emocleídomaslóideo superiormente; com a
ceira :\ sexta vC:nebra torácica pessoa scncada, palpar no triângulo posterior do
Esplênio da cabeça: metade inferior do ligamento pescoço entre a parte descendente do trapézio e
nucal e processos espinhosos da sétima vértebra o estemocleidomas16ideo com a rotação resistida
cervical e das três ou quatro vC::ncbras torácicas para o lado ipsilatcral
superiores Esplênio do pescoço: palpar na parte cervical da co-
luna vertebral posteroíníerior, imediatamente me•
Inserção dial ao levantador Inferior da escápula com a ro-
Esplê nio do pescoço: processos transversos das três tação ipsilateral resistida
primeir:1s vénebras cervicais Inervação
Esplênio da cibeça: processo mastoicle e osso occipital
Ramificações laterais posteriores dos nervos cervicais
de quatro a oito (C4-C8)
Açlo
Ambos os lados: cxtens:lo da cabeça e do pescoço Aplicação, fortalecimento e flexibilidade
Lado direito: rotaç-Jo e flexão lateral para a direita Qualquer movimento da cabeça e do pescoço cm
lado esquerdo: rocação e flexão lateral par.:1 a esquerda extensão, principa.lmcnte extensão e rotaçào, raz o
336
esplênio entrar em ação junto com o eretor da espi- zado com uma toalha ou com a ajuda de um parceiro,
nha e a parte descendente do trapézio. O tônus do para oferecer mais resistêncía.
músculo esplênio é responsável pela n1anucenção da O esplênio inteiro pode ser alongado com fle-
cabeça e do pescoço na posrura correta. xão n1ãxin1a da cabeça e da parte ceivical da co-
Um bom exercido para o músculo esplt:nio é en - luna vertebral. O lado díreito, por meio de movi-
ltClaçar os dedos atrás da cabeça com a cabeça cm mentos combinados de rotação para a esquerda,
flexão e então contrair lentamente os músculos pos- flexão lateral para a esque rda e ílexão. Os mesmos
teriores da cabeça e do pescoço para levá-los ã ex- movimentos para o lado direito aplicam alonga-
tensão mâx.ima. O exercício também pode ser reali- mento ao lado esquerdo.
O, Proceuos espinhosos
do !«atiro à sexlo
-*lebro toró<ic:o
l'ICURA 12.12 • Músculos ei>-plênios (do pescoço à esquerda, da c.-abeç.1 à direita), vista posterior. O, Origem; !,
ln-;erção.
,.
•1 Erolo< cio ~nho
'l
- - 1-1 ""'f-- lliocosiol cio 16rox
l&t
Multilido
(porçõo lomborj
--=:::::::::=:-
r
FIGURA 12.13 • Músculos profundos do dorso, visra posterior. Ã direita, Demonstração do grupo de
1núsculos eretores ela espinha. À esqu erda, Estes músculos forani removidos para revelar os músculos mais
profundos das costas.
ModlJlc:ado de SCClcy RR. Slcpl>ens TO, Tate P: Art<ttomy 6' pbystclog)'. 6' ed., Oubuque. IA, 2003, M<'.Craw· l liU
lnterironsv.,s6rios
- - Proc:es.so transverso
Ramo posterior
Processo espinhoso Processo espinhoso Exteruão da coluna
lnlér<:spinal primário dos nervos
de cada vértebra da vértebr:i seguinte vertebral
esplnais
Tu~rculos dos pro- Tu~rculos dos pro- Ramo anterior
Flexão !ater.li d.'l coluna
lnteruansversãrios cessas transversos de cessas transversos da primário dos nervos
vertebral
cada vértebra vértebra .segulnte espinais
Sacro. espinha Uiaca,
processo.~ tr.insver- Processos espinho-
Extensão e rotação Ramo posterior
soo d.'ls vértebras soo da 2', da 3• e da
t.1ultifido contralateral da coluna primá rio dos nervos
lombares, tor.icícas e 4' vértebras acirna da vertebral espinais
das quatro vt!llébras origem
cervicais inferiores
Base do processo cs· Extensão e rotação Ramo posterior
Processo iransverSO
Rotadores pinhoso da vértebra eontralateral da coluna prin1ário dos nervos
de cada vértebra
acima vertebral espinais
Todas as divÍSÕcS,
Extensão e rotação
Semlespinal do Processos transvetSOS Processos espinhooos ramo posterior
contralateral ela coluna
pescoço de Tl-TS ou T6 de C2.C5 primário dos nervos
vertebr-.il
espinais
Extensão e rola~'ào Ramo posterior
Scmicspinal Processos tr.tru.-vcrsos Proccssoo espinhosos
contral:neral da coluna prln1ário do.~ nervo.~
do tórax de T6·Tl0 ele C6-C7 e Tl·T4
vertebral espina~
equalizando a pressão. Quando é necessária maior dos intercostais externos. Os outros músculos da ins-
quantidade de ar, como durante a prática de exercício, piração são o levantador do dorso e o serrátil poste-
os out.ros músculos do tórax assumem papel n1ais ex- rior. A expiração forçada ocorre çom contraç;io dos
pressivo na inspiração. Os m(Jsculos es<:alenos elevam intercostais in1emos, transversos do tórax e sulxostais.
as duas primeiras costelas pgra aumentar o volume Todos es.5CS músculos são descritos em detalhes na
1orácíco. Uma maior expgnsão do peito fica por conta Tabela 12.4.
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 339
Músculos da inspl~6o
Ewnodoldoflloll61deo -'-=::..--
EJCO!eno. --,~,-
~1.--- ..-
lnietcotkJis in·1etnos - - - ' - . , . - - -
!Porto i"""CO<>dro~
Modlllc:o.<lo de \ '<ln De Gr.1:1.ff KM: Humtm a11atomy, ~· cld., New Yori<, 1995, MGGr:IW·Hill.
Deprin1e e U"aciona o
Cim1nfcrência da tendão ccntr:i1 par.t a
abenura rorãcica do frente n.'I inspiração,
Tendão central do Nervo frênico
Diafragma processo xifoide, C!lr- reduz a press:1o na
dlafragma (C3·C5)
tilagens costais 6-12 e cavidade 1orãcica e
v<:rtebras lombares aumenta a pressão na
cavidade abdominal
Eleva a cartilagem
Crista longirudinal na
costal d.'IS co:.telas 1-4
superficie interna das Borda superior da Ramos inLcn;ost:Us
lntercostai.s internos durante a inspiração,
costelas e c:1nil:1gen.s costela abaixo de T l-Tll
deprime iodas as
COSI.ais
eo><elas na expir.ição
Borda Inferior das Borda superior da Ramos intercostai.s
lntercostai.s externos Elt.'V3 as costelas
costelas eostela abaixo de TI-TI 1
Elev-a as costel.'ls e re:i-
Extremidades dos Superfk!e externa cio
Ui.a ílexão laternl da
Lev-.intado r do do l'50 processos transversos ângulo cb próxima cos- Nervos intercostais
pane tor.ldca cfa
de O, T2-Tl2 tela, abal.xo da orige1n
coluna vertebral
Tracíona a pane ven-
Mediaimente sobre a
Supcmcie interna de lrnl das costelas paro
supcrflcie interna da
Subcootals cada costela próxinw baixo, dímínuindo o Nervos intercostais
2'- e da 3• costelas
ao seu ângulo volume d:t cavidade
ab:iixo
torácica
(«>111f11ua)
340 'I m• •1 d '"' •' 'K •.,,, u:>
ConlrnlY.ilança a tração
Bordas inferiores late· pam dentr0 do dia· Sub-ramos dos ranios
Serrálil posterio r Processos espinhosos
raís aos ângulos das fmgma, tracionando as anteriores primários
(inferior) de T10-T12 e Ll-L3
costelas 9-12 úh.i mas 4 costelas para de T9-T12
fora e para babco
Supcrlicie interna do
Superlides internas e
esterno e processo xi-
bordas inferiores das Ramos intercostais
Transverso do t6r:IX foide, extremidades cs- Dcprin1c as COCitclas
crutilagens costal~ de deT3-T6
temais das cartilagens
3-6
costais d:.ts 00\telas 3-6
=r.
- fe" O músculo eretor da espinha funciona melhor
' quando a pelve está girada posteriormente, pois assim
Q - .........
sua origem abaixa e ele se toma mais efetivo em man-
ter a coluna ereta. Quando isso acontece, as costelas
15ra
......... _
I r
se eleV'.un e foram o tórax no alto, tomando os abdo-
minais ma.is efetivos na sustenmção da pelve para
cima, na fre nte, e achatando a parede abdonlínal.
Um exercício conhecido como "levantamento tt!ITll",
Palpaç.'io pratic-.ido com uma b'dJTa de halteres, usa o eretor da
Enlbora profundo e difícil de distinguir de outros espinha para estender a coluna. Nele, a pessoa incli-
músculos dessa reg.ião, pode ser palpado com a na-se para a frente, mantendo braços e pernas retos,
pessoa em decúbito ventral, imedia1an1ente late- pega a barra e retoma à posição ereta. Ao executar esse
ral ao processo espinhoso na região lombar con1 üpo de exercício, é muito importante usar sempre a
extensão ativa técnica correm para evitar lesões lombares. A contração
estática voluntária do eretor da espinha na posição em
lnervação pé constitui um exercício moderado e melhom a pos-
Ramos posteriores dos nervos espinais tura corporal.
\ \
Flexõo lombor
\ flexão
Flexão lombor lo1e<ol lombar
lolerol loto<ol
fxlensõo lombar f>Jon$11o lombor
Exlensõo lombar
M. do lombo
- -r- -
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1..
1..
( l
...
(
r
t
1
\
<
1. \,
~
l
I< A a ~ e
FIGURA 12.16 • t.tlúsculo eretor da espinha (sacroe.spinal), vista posterior. A, rliocostal do lombo, do tórax e
do pescoço; 8 , Longuíssimo do tórax, do pescoço e da cabeça; C, Espinal do tórax, do pescoço e da cabeça.
342 M.:.nual de cmC51c>lo)(la cstnnural
Semiespinol do t +--
- -- - E$pinol do cabeço
E$plênio do cabeço
cabeço (seccionado) - - - - - - + - < •' - -- - E$pinol do peKOÇO
longuluimo do pescoço ------.,..-=----
llioco$tol do pe$COÇO/
-i-:=='~:::':-:-=-:'::--- Espinal
do tólox
= .....:..:......____ llioco$1ol
do lombo
FIGURA 12.17 • Os músculos do dorso e do pescoço auxiliam na movimentação da c.-abeça (vista posterior)
e mantêm o rronco ereto. O esplênio da cabeça e o serniespinal foram ren1ovidos (à esquerda) para mostrar
os músculos subjacentes.
O eretor da espinha, com S\1as várias divisões, A hiperílexão máxima de toda a coluna alonga o
pode ser fortalecido por meio de diversas forn1as de grupo muscular dos eretores da espinha. O alonga-
exercícios de extensão do dorso, em geral pratica- mento pode ser isolado para seus segmentos especí-
dos em decúbito ventral ou com o rosco virado para ficos por meio de movimentos apropriados. A flex;lo
baíxo, com a coluna cm algum esrado de flexão. A máxíma da cabeça e da parte cervical da coluna ver-
pessoa usa entilo es.5es mCisculos para movunentar a cebr.11 alonga os segmenios da cabeça e do pescoço.
coluna parcial ou totalmente em direção à extensão, Flexão conjugada com flexão lateral para um lado
contra a íorça da gravidade. Para aumentar a resis- acentua o alongamento no lado contralatcral. Jã a flc--
tência, pode-se segurar um peso com as mãos atrás xão torácica e lombar alonga principalmente os seg-
da cabeça. mentos torácico e lombar.
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral
S.rrótil onloriot
,.
Conolt ~
ligo,,,..,~------,,
ingvinois
FIGURA 12.18 • Músculos do abdon1e. Oblíquo externo e reto do abdome. A bainha fibrosa ao redor do
reto do abdome foi rc1novida no lado direito para mostrar o músculo íntemo.
, Porodt pooioriot
rr---í::-:-:-..._,..~:-ili-- do boínho do te10
Bolnho do reto do obclomt - - - #---"- - - l - (reto do abdome
{'80àonodol removido)
linho semilonor ----,11-- - Tron$'YelíSO
- . ; i -- doobdome
tini.o olbo
Umbigo
Conal •
ligomenk> -------1~ \.
inguinois
FIGURA 12.19 • Músculos do abdome. O oblíquo externo foi removido no lado direito para mostrar o
oblíquo interno. Os oblíquos e:\'terno e interno foram retirados do lado esquerdo para revelar o cransverso
do abdome. O reto do abdome foi seccionado para expor a bainha do reto pcsterior.
344 M.uiual de cmC51c>lo)(la cstnnural
Oblíquo
inlemo
~ doobdome
Retos do abdome
Aponeurose do obliquo
Fóocio trons...,rao interno do abdome
Aponeurose do tronsV$!so do obclome
FIGURA 12.20 • Parede abdomínal. A disposição úníca dos quacro 1núscuJos do abdome coin sua fixação da
fáS<:ia dentro e ao redor do mÚS<."lllo relO do abdome é mosttada. Sem o:;sos de fixaç-Jo, esses mÚS<.-ulos podem
ser mantidos de forma adequada por meio de exercícios.
Músculo reto do abdome <Figura 12.21) Em wna pessoa relativamente magra e oom abdo-
minais bem desenvolvidos, podem ser notados três
Origem conjuntos distintos de linhas ou depressões. Cada
Crista púbica um representa uma área de tecido conjuntivo tendi-
noso q ue conecta ou sustenta os músculos abdomi-
Inserção nais em vez de fixações ósseas. Correndo vertical-
Cartilagem da quinta, da sexta e da sétima costelas, e mente a partir do processo xifoide, atn1vessando o
processo xifoide umbigo e chegando ao púbis está a linha alba, que
divide o reto do abdome e serve de borda medial
Ação para ele. Lateral a esse músculo est:1 a linha semllu-
nar, uma linha curva, em forma de lua crescente,
An1bos os lados: flexão lombar
que corre verticalmente e representa a aponeurose
Rotação pélvica posterior
que conecta a borda lateral do reto à borda medial
Lado direito: flexão lacerai fraca para a direira
doo oblíquoo externo e interno do abdome. As io.<J-
Lado esquerdo: flexão lateral fraca para a esquerda
criçõcs tendinosas são reenlrâncias horizontais
que cortam o reto do abdome em três ou mais pon-
tos, conferindo a ele sua aparência segmentada.
Consulte a Figura 12.18.
Palpação São 1nuitos os excrócios destinados aos m6sculos
dessa regfilo, como abdominais com o joelho ílcxionado
Superficie anteromedial do abdome, entre a caixa to- e pl!s apoiados no solo, abdominais com joelhos flexio-
r.~cica e o osso púbico, com flexão isoméuica do
nados e pernas elevadas e contrações Lsoinétricas. Os
tronco abdominais coin o joelho ílcxionado e braços cru7.ados
no peito são considerados por muitos um e.xeródo se-
Inervação guro e eflcienle. Os abdominais com joelhos flexionados
Nervos intercostais (17-T12) e pernas elevadas são considerados ainda mais efetivos
para isolar o trabalho dos abdonlinais. Esses dois exercí-
Aplicação, fortalecimento e flexibilidade cios encurt:tm o músculo iliopsoas e outros flexores do
O músculo reto do abdome controla a Inclinação quadril, rcdUZindo assiln sua capacidade de gerar força.
da pelve e, cm consequência, a curvatura da região Torções para a esquerda e para a direita provocam nos
inferior da coluna. Ao girar a pelve posteriormente, mtís<."lllos oblíquos uma contração mais ativa. Em todos
ele achata a parte inferior do dorso, tomando o ere- os exercícios citados, ê importante usar técnica apro-
tor da espinha mais efetivo como extensor da espi- priada, que requer movimento gradual para a posição
nha e os flexores do quadril (músculo iliopsoas, prin- ereta até a parte lomb-ar da coluna venebral estar ativa-
cipalmente) mais efetivos na elevação das pernas. mente fle.xionada ao máximo e então retornar lenca-
Capítulo 12 "'r- n •' • mlu11 • """e" '
mente à posição sentada. Devem ser evitados rnovin1en- cidir quais são índlc:ados, diante da presença das vá.rias
tos bruscos que envolvam uso ele impulsão. A amplitllde lesões e problemas comuns da região lombar.
de movimento continuada alêm da Oexão lon'lbar con1- O reco do abdome ê alongado por meio de hipe-
pleta só exercita os flexores do qwdril, o que, em geral, rextensão simultânea das regiões lon1bar e torácica.
rulo é o objetivo. Apesar de todos esses exercícios con- Estender os q uadris ajuda nesse processo, pois acen-
tribuírem para o fortalecimcnco dos músculos abdomi- rua a rotação p(:lvica anrerior, que hípercstende a
nais, ê preciso fazer uma análísc cuidadosa antes de de- parte lombar da coluna venebral.
1, Cor61ogem
dos•, do 6'
e do 7' costelas,
processo •õfoido
Fie.ao lateral
linho alba -
- - - - Inserção tendi"""'
I
O, Crlsla
púbica
Ação
Palpação
Ambos os lados: fl~xão lombar
Com a pessoa em dec(1bito dorsal, pa lpar latera l
• Alguma:<'"""'• atig<.,,. e• ln..<CIÇllo .,..:lo im·Cftkbs nos livro. de ao reco do abdon1e entre a crista ilíaca e as coste-
ruulomla, cm vinude de dif'emit"" intopreçiç0c$ • n::spcito de qual
CIU\Jlur.a 6Sse2 ~ • maiS 1nóv<-~. A lnScrç<Jo ~ ~ a pcartc
las inferiores, duran te rotação ativa para o lado
mais m6vd de um me!sculo. contral:iteral
346 • ! m• 11 de cmC51c>lo)(la cstnnural
Rotação
conlrolaterol
flêxao lombar
lateral
FIGURA 12.22 • "1fúsculo oblíquo externo do abdon1e, vista lateral. O, Origem; I, Inserção.
Músculo oblíquo interno do lado direito: fle.xào lombar lateral e rotação lombar pira
a direiia, e rotação pélvica lateral para a esquerda
abdome (Figura 12.23) l.ado esquerdo: flexão lombar lateral e rotação lom-
Origem bar para a esquerda, e rotação pélvica lateral para
Metade superior do ligamento Inguinal, dois terços a direita
anteriores da crisra ilíaca e fáscia lombar
_r!p.-
Inserção
Cartilagens costais da oitava, da nona e da décin1a
lmrn
_.,. .... _
Rotoçõo
ip1ílolerol
~
1, Cortilogens
cosloi>do 81, 99 e ......i~ 8, 9, 10
109 costelos,
linho olbo
Flexão lombor
-+-- M. obliquo in1emo
Flexão lombor lolerol do obdome
º· Melodo
superior do
ligomen10 inguinal,
doi• lerços onleriores
cio cristo ílfoco,
l.mio lombar
FIGURA 12.23 • Músculo oblíquo interno do abdome, viSta lateral. O, Origem; !, Inserção.
O, T0<ço la10<al
do ligamento inguinal,
bordo lntorno do cristo
ilíaca, superflcie inlorno
da cartilagem do• $8i> 1, Cristo p<ibico,
cosiola• inferi0<8', fóKlo linho iliopectiMK>
lombar e linho olbo junlOndCMe
oos $8uS pares do
outra loclo
_ _.__ MúKulo tronn••<>o
do abdome
12" costela
Procou<» ll'On•venos
Flexõo (
lo tarai
M. quadrado do lombo _ __,___ _. 1, Aproxirnadomeni. na metade do
comprimento do ba<do inferior da
12l costeio e nos proceuos
tronsverso.s dos quatro
vé<lobra1 lombares
superiores
Unha pectíneo _,___ _...._-!
Eminência iliopec:tíneo -+--,..-++
O, lóbio
intemo po11efk>t
da etil!O illoco
Site com extenso indice de /111ksque levam a tópi- Prancha do esqueleto posterior (n11 2)
cos wbn: fratul"'.tS, articulações, músculos, nervos, Desenhe e indique no diagrama do esqueleto os
1raumas, medicações, assuntos m&.licos, teStcs de la- seguintes músculos:
boratório e periódicos de ortopedia, além de outras a. Eretor da espinha
novidades das áreas ortopédica e mêdíca. b. Quadrado do lombo
c. Esplt:nio - do pescoço e da cabeça
Premiere ~1edical Scarch Englne
www.medsite.com EXERCÍCIOS LABORATORIAIS
Neste site, é possível buscar artigos relevantes E DE REVISÃO
sobre qualquer condiç;lo médica.
1. Localize cm um esqueleto humano e cm uma
Virtual Hospital
pessoa as seguintes panes da coluna:
www.vh.org a. Vértebl"'.t cervical
l\1uitos slides, informações sobre pacientes etc. b. Vértebra torácica
e. Vértebra lombar
Core Stability d. Processos espinhosos
www.brianmac.demon.eo.uk/corestab.h tm e. Processos transversos
Músculos do tronco, técnicas de creinamento e f. Sacro
exercícios. g. ~1anúbrio
h. Processo xifoide
Become Health NO\v.com:The Splne i. Estemo
www.becomehealthynow.comlcategory/bodyspine j. Caixa torácica (vã rias costelas)
Anatomia e função da coluna vertebral.
2. Como e onde podem ser palpados ern uma pes-
Spine Universe soa os músculos abaixo?
a. Reto do abdome
www.spineuniverse.com
b. Oblíquo externo do abdome
Disponibili1,a informações sobre a coluna para a
c. Oblíquo interno do abdome
educação do público sobre tecnologias, serviços e
d. Eretor da espinha
1.r.1tamentos, além de permitir pesquisas sobre desor-
e. Estemocleidomastóideo
dens da coluna vertebral.
3. Liste os planos em que ocorrem cada um dos
Stablllzatlon Sensibillty movimentos a seguir. Cite o eixo de roroç;lo de
www.OJlainc.org/HandOVUIParticipanLh andouts/0504% 20 cada movimento.
St<ibilization.pdf a. Flexão cervical
üma discussão sobre os músculos do abdome. b. E.~ensão cervical
e. Rotação cervical
Hospital for Joint Oiscasc Spine Ccntc r d Flexão cervical lateral
www.hjdspine.org/hospltalslhjdlhjdspinelmusclesandliga- e. Flexão lombar
ments.htm f. Extensão lombar
l\1úsculos e ligamentos da coluna. g. Rotação lon1bar
h. Flexão lombar lateral
PRANCl lAS DE EXERCfCJOS 4. Compare abdominais com os joelhos ílexlonados
e pés elevados, abdorninais con1 joelhos ílexiona-
Gomo recurso auxiliar para o aprendizado, para dos e pés apoiados sobre o solo e abdominais
tarefas de classe ou extr.1clr1sse o u para estudar par.t com joelhos estendidos. PedJr a um parceiro que
provas, são fornecidas pranchas no final do livro. segure os p(:s faz algu1na diferença na capacidade
de realizar o abdominal com joelhos ílexionaclos
Prancha do esqueleto anterior (n11 l)
ou estendidos? Por que?
Desenhe e indique no diagrama do esqueleto os
seguintes músculos: 5- Peça a um colega de laboratório que fique cm pé
a. Reto do abdome e assuma uma posição que exiba boa posn.1ra.
b. Oblíquo externo do abdon1e Que movimentos, em cada região da coluna, a
e. Oblíquo interno do abdon1e força da gravidade tenra produzir? Que músculos
são responsáveis por contrabalançar esses movi- 9. Por que músculos abdominais fracos são, em
mentos contra a força da gravidade? geral, acusados de causar dor lombar?
6. Compare e contraste as curvaturas da coluna ver- 10. Prepare um relato <>ral ou escrito sobre lesões ab-
tebral de um parceiro de laboratório sentado dominais ou lombares encontradas na literatura.
ereco com outro sentado relaxadamence em uma
cadeira. Que músculos são responsáveis pela ma- 1 L Pesquise as desordens espinais mais comun$,
nutençJo de uma boa postura sentada? como a neuropr.ixia do plexo braquial, a radicu-
loparia cervical, a hérnia do núcleo pulposo lom-
7. Que exercício ê melhor para o desenvolvimento bossacral, a hérnia ciática, a espondilose e a es-
dos músçulos abdomlnaL5 - elevações de pt:ma pondilolistese. Comente sobre seus achados en1
ou abdomina.is? Analise cada um tendo em vista a classe.
atividade dos músculos abdominais. Dê argumen-
tos para a sua resposta. 12. Preenclla o quadro de anãlise muscular com os
principals músculos envolvidos cm cada movi-
8. Por que o bom desenvolvimento muscular abdo- mento.
minal é tão importante? Por que essa área é fre-
quentemente tão negligenciada?
13. Preencha o quadro de ação muscular dos antago- ações em relaçJo aos músculos da coluna do lado
nistas (abaixo) listando o(s) múscu lo(s) ou parte(s) esquerdo.
do(s) músculo(s) que é (são) antagonisla(s) em suas
Quadro de ação muscular dos antagonistas • Partes cervical e lombar da coluna venebraJ
Agon~ Antigoni.sta
Esplênio da cabeça
Esplênio do pescoço
Eslemocleidomas16ideo
(co111lnw1)
352 M m• •1 d '"'" n <>)(! ,...,,,., u:>
Quadro de ação muscular dos antagorustas • Partes cervical e lombar da coluna vertebral (cont.)
Agonista Antagonista
Eretor da espinha
Reto do abdome
Quadrado do lombo
14. Após analisar cada exercício no q uadro de análise que ocorrem no tronco e na coluna e então liste os
dos movimentos do tronco e da coluna (abaixo), principais músculos responsflveis por causá-los/
divida cada un1 em duas fases de movimento pri- controk'í-los. Ao lado de cada 1núsculo e1n cada
mário, como fase de levanran1en10 e de abaixa- movimento, indique o tipo de contração: !-isomé-
mento. Para cada fase, determíne os n1ovimcntos trica; e.concêntrica; E-excêntrica.
15. Analise cada habilidade no quadro de análise de músculo(s) do tronco e da coluna responsável(is)
habilidades esportivas do tronco e da coluna e por causá-lo/ controlá-lo. Ao lado de cada mús-
Hsie os movime ntos do tronco e da coluna em c ulo e n1 cada niovimento, ind iq ue o tipo de con-
cada fase da habilidade. Pode-se lisrar a posição t:ração: 1-isométrica; C-concêntrica; E-excêntrica.
inicial do tronco e da coluna na fase de apoio. Pode ser necessário revisar os conceitos para a
Depois de cada movimento, liste o(s) principal(is) análise das várias fases no Capítulo 8.
Capítulo 12 Thinco e colun;1 \l."flcbral 353
Arremesso D
no beisebol E
Chu1e no futt... D
boi americano E
D
Caminhada
E
Arremesso D
no soflbol E
Passe no D
fu1ebol E
D
Criquete
E
D
Oo!iche
E
Arremesso D
no basquete F.
Referências bibliográficas
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e>fSporrs Mcd~'"" 14:320. Jul)•/.ull'~ 1966, McGraw-HlU.
Capítulo
álise 01uscular dos
. /'
Capítulo 8 apresentou urna introdução ã análise passivo causado pela contração de outros músculos,
para prevenír um movimento muito rf1pido para Abdominal - joelhos flexionados e pés
baixo. Uma pessoa pode demonstrar esse fato facil-
mente palpando esse grupo muscular enquanto se
apoiados no solo (Figura 13. 1)
move devagar de uma posiç;lo parada e ereta para Descrição
uma posiç;lo de meio agadlamento. O trabalho feito O indivíduo posiciona-se em decúbito dor..al, com
nesse tipo de contração (: quase o mesmo que o rca- os antebraços cruzados e apoiados sobre o pcico, os
liz:ldo nas contrações concêntricas. joelhos flexionados em tomo de 90° e os pé.~ afasta·
No exemplo do quadríceps femoral, a descida dos mais ou menos na largura do quadril. Os quadris
lenta (: excêntrica e a subida da posição de agadl3- e os joelhos sâo flexionados dessa maneira para re-
mento é concêntrica. Se a descida não estivesse sob duzír o comprimento dos flexores do quadril e, con-
controle muscular, ela ocorreria na velocidade ditada sequentemente, sua contribuição para o exercício.
pela gravidade e o alongamento muscular seria pas- Esse posicionamento propicíar:'.I maior ênfase sobre
sivo. Isto é, o movimcnco e a mudança do compri- os músculos abdominais se comparado ao mesmo
mento muscular seriam causados e controlados pela exercício realizado com o joeUlo estendido.
gravidade, não pelas contrações musculares ativas. o individuo ergue o tronco atê a posiç-Jo de dorso
Nos últimos anos, um número cada vez maior de curvado, vira o tronco para a esquerda, toca o eoto-
ml'<licos e profissionais da saúde tem enfatizado o velo esquerdo no joelho direito e enlllo retorna à po-
desenvolvimento dos grupos muscu lares por meio sição inicial. Na repetição seguinte, ele deve virar o
de atividades de treinamento em circuito e de ativi- tronco para a direita, para que o desenvolvimento
dades concra resistência. Atletas e não acletas, ho- muscular seja equilibrado.
111ens e mulheres, precisam de um desenvolvimento
muscular completo. r.1es1no aqueles que n:to desejanl
necessatian1ente uma massa nluscular significativa
sâo aconselhados a desenvolvê-la e mantê-la por
meio de treinamento contra resistência. Ao envelhe-
cer, a tendência natural é a perda de mass.'I muscular
e a conscqucncc diminuição do metabolismo. Esse
facor, combinado com h:\bitos de alimentação inapro-
priados, r<.'SUlta cm um acúmulo pouco saudável de
gordura e ganho de peso excessivo. isso se toma A
menos provável com o aumento da massa muscular,
o qual acelera a queima calórica.
Participar de esportes não garante o desenvolvi-
mento adequado dos grupos musculares. Por isso,
rambém tem sido cada vez mais enfatizada a cinesio-
logia mecânica na cducaç-Jo ÍtSica e no ensino de
habilidades esportivas, o que (: bastante proveitoso e
pode contribuir para um desempenho mais eficiente.
Entretanto, deve-se lembrar de que os princípios
mecânicos são de pouco ou nenhum valor para pra-
ticantes cujo sistema muscular não tem força ou re·
•
sistência adequadas, as quais s6 s:lo desenvolvidas
por meio de atividades e exercícios planejados. 'os
últimos anos, têm sido enfatizados cada vez mais
exercícios e atividades que melhoram o condiciona-
mento tisico, a força, a rcsisc<!ncia e a flexibilidade
dos pr,1tic-.1ntes. Este capitulo dar:'.1 continuidade à
prática, inLroduzida no Capitulo 8, de analisar os
músculos por meio de exercícios simples. Uma vez
que essas técnicas forem dominadas, o profissional e
estará apto a analisar e prescrever exercícios t: ativi-
FIGURA 13.1 • Abdominal, joelhos flexionados.
dades que trabalhem a força e a resistência muscular
A, Posição inicial relaxada; 8 , Posição de dorso
necess.'irias para esportes e para a manutenção de
curvado; C, ROtaçàO à direita.
uma vida saudável.
357
Extensões pronadas alternadas ou arco ã posição inicial. Na repetição seguinte, a cabeça, a re-
gião ~-uperior do tron<."<>, o membr() superior esquerdo e
em decúbito ventral (Figura 1 ~.2) o inferior direito é que são elevados.
Descrição
O participante deita-se em dedibito ventral, com o Análise
rosto voltado para o solo e ombro5 totalmente flexiona- Este exercício é dividido eni duas fases para a
dos e rel'lX.ados à frente do corpo. A cabeça, a regíào análise: (1) fase de levantamento do ombro direito da
superior do tronco, o membro superior direito e o mem- superfície de contato com solo e extensão do mem-
bro inferior esquerdo sào elevados. Os joelhos são nlan- bro superior esquerdo e (2) fase de abaixamento para
tido5 em extensão máxima. O p-.irtidpante então retoma a pooição relaxada (Tab. 13.2).
358 \! mal de cir.eslo!ogb cstnnural
A
a
Extensores do quadril
Extensores do quadril
(conltaç:lo excênlrica)
Glúteo m.1ximo
Clútt..'O máximo
Quadril Flexão Extensão Sernimembran~ceo
Semin1embranãceo
Semitendineo
Semicendínco
Blceps femoral
Bíceps femoral
Extensores do joelho
E.'({ensores do joeU10
(contração cxcên1ric:1)
Re«io fernoml
Reio femoral
Joelho Flexilo Exten.sllo Vasto medial
V.isto medial
Vasto intem1&1io
Vas10 intem1&1io
Vasto lateral
V:1sto lateral
Flexorcs plantares
Flexorcs plantares
(contração excênlrica)
Tornozelo Dorsiflexilo Flexilo plantar Ga.strocnêmio
GaStrOCnêmiO
Sóleo
Sóleo
360 \! mal de cir.eslo!ogb cstnnural
Descrição
O participante começa com o quadril flexionado,
mantendo o dorso e os membros superiores e infe-
riores retos, e segurando a barra posicionada no solo.
Ele então realiza um rnovi1nento par:i se posicionar
de pé estendendo os quadris. Se es.-;e exercício for
realizado de maneira inadequada, permllindo a fle-
xão lombar, pode contribuir para o aparecimento de
problemas nessa região. É (!SS(:ncial, Portanto, que os
extensore.5 lombares sejam usados mais corno estabi-
li1.adores isométricos da região lombar, enquanto os
extensores do quadril desempenham a niaior parte
do levanta1nento.
A
Análise
Este exercício é dividido em duas fase:; para a
análise: (1) fase de levantamento para estender o l'IGURA 13.4 • Levanmmento terra. A, Posição
quadril e o joelho e (2) fase de abaixamento para inicial com o quadril e o joelho flexionados; B,
flexionar o quadril e o joelho, recomando assin1 ã Posição futal com o quadril e o joelho estendidos.
posição inicial (Tab. 13.4).
Pase de levamamento para a posição de quadris Fase de abaixamento para a posição de quadris
Aniculação e joelhos estendidos e joelhos flexionados
Ação Agonistas Ação Agonl.stas
flexores do punho e da mão Flexores do punho e da mão
(contraç:io isomC:trka) (contraç:lo isomC:trka)
Flexor radial do carpo Flexor radial do carpo
Punho Flexor uln:tr do carpo Flexor ulnar do carpo
Flex:lo Flex:lo
emào Palmar longo Palmar longo
Flexor profundo dos dedos Flexor profundo dos dedos
Flexor superficial dos dedos Flexor superficial dos dedos
Fh.:xor longo do polegar Flexor lonso do polegar
~ensores
do tronco Extensores do tr0nco
Manutenção (contração isomêtrica) Manutenção (contração isoml!lrica)
Tronco
da extensão Eretor da cspinkt (sacrocspinal) da CXtl!nsilO Eretor da espinha (sacrocspinal)
Quadrado do lombo Quadrado do lombo
Extensores do quadril Extensores do quadril
GICiteo máximo (controç:lo excêntrica)
Semlmembranáceo Glúteo máximo
Quadril Exwnsào l'lcx:lo
Semi1cndineo Semi membranáceo
Bíceps femoral Scmitcndíneo
Bíceps femoral
Extensores do joelho E.xtcn.sorcs do joelho (quadri<.-cps fe-
(quadríceps femoral) moral) (contração excêntrica)
Reto femoral Reto femoral
Joelho Extensão Flexão
V:1Sto medial Vasto medial
Vasto in1ermêdio Vasto intennêdlo
Vasto lateral V:1s10 lmcral
Noto: O llgelro movímenlO do orRculoçõo do ombro e do c;fngulo do membro supe<ior nõo ~ ..,ndo onol l<ldo.
Capírulo 13 oor:a o 1ron ni<mbm n <11 r 361
Descrição
O partidpanle coni.rai os músculos da ~10 abdo-
minal anterior com o máximo de força possível, com
nenhum movimento do lJ'Onco ou dos quadris. Esse
exercício pode ser desempenhado sentado, em pé ou
em decúbito dor..al. De certa forma, quanto rn.-ilor a du-
ração da contração, maior sera a valicL-idc do exercício.
•
Abdome
ConLrnç:lo A
Reto do abdome
Oblíquo externo do abdome
Oblíquo interno do abdome
Transverso do abdome
1
A 1
FIGURA 13.5 • Contraç.lo abdominal. A, Posição FrGlJRA 13.6 • Levantamento de perna. A, Posição
inicial; B, Posiç-Jo conlraída. inicial relaxada; B, Posição elevada.
362 \! 1111 ,, d
Flexores do quadril
Extensores do quadril
lliopsoa.~
Glúteo máxlmo
Reto fcmor-.tl
Quadril Flexâo Extens:lo Bíceps femoral
Pectineo
Sernitendineo
Sanório
SemimembrJn.1ceo
Tensor da f:isda lata
Leg press em 45° ou inclinado vida para cima até os joelhos e os quadris se estende-
rem por completo. Então, o participante retoma à
(Figura 13.7)
posiç-Jo inicial.
Descrição Análise
O patticipante deita-se no solo, em decúbito dor- Este exercício é dividido em duas fases para a
sal, com os joelhos e os quadris fleidonado.s em uma análise: (1) fase de empurrar para a posição de joe-
posição próxima ao peito. Os pés são posicionados lhos estendídos e (2) fase de abaixamento para a po-
na superficie da plataforma do aparelho, que é mo- sição inicial (Tab. 13.6).
A 8
Exu::nsol'd do quadril
E«tensores do qu:1dril
(contração excêntrica)
Bíceps femoral
Bíceps femoral
Quadril Extensão Seminiembranáceo Fleicilo
Semimen1branáceo
Scmilc:ndín<.'O
Semitendíneo
Glõteo rn!\xlmo
GIC.teo máximo
Exercício de remada (Figura t3.8) ç:lo ao peito. Então, as pernas e os braços re1omam à
posição inicial.
Descrição Análise
O panicipante senla-se sobre um assento móvel Es1e exercício ê dividido em duas fases para a anã-
com os joelhos e os quadris flexionados próximos ao lise: (1) fase em que se puxa o braço em direção ao
peito. Os braços são levados à frente para segurar a peito e se empurra as pernas par.i estender os joelhos
barra horizontal. A seguir, as pernas são estendidas e o quadril e (2) fase de retomo à posição inicial
com força enquanto os braços são puxados em dire- (Tab. 13.7).
1-lGURA 13.8 • Mliquina para realizar o exercício de remada. A, Posição inicial; 8 , Movimento.
\1 ·~l\I ~1 d 1 t: l' ~· ~tn.1t Ir.:'~
Dorsiflcxorcs do tornozelo
Flexores plantares do tornozelo Tibial anterior
Pée flexão
Gtlsuocnêmio Dor.;iílex:lo Extensor longo do h:ilux
tornozelo plantar
S61eo Extensor longo dos dedos
Fibular terceiro
Quadríceps femoral (extensores do
l'lexores do joelho (n1Clsculos L'iqUi<>-
joelho)
Libiais)
Reto fernoral
Joelho Extensão Flexão Blceps femoral
Vasto medial
Semitendíneo
Vasto interm&lio
Semlmcmbranãceo
Vasto lateral
Extensores do quadril
~1exores do quadril
Gh'.íreo mãxirno
lliopsoas
Quadril Extensão Bíceps femornl Flexão
Reto femoral
Semime1nbran:lceo
Pectíneo
Semitendínoo
flc.xorcs do tronoo
Extensores do uonco Reto do abdome
Tronco Extensão Flexão
Eretor da espinha Oblíquo interno do :ibdome
Obliquo externo do abdome
Fase de rotação
para a direita
Abdominal,
joelhos
flexionados F-.isc de retomo
para a posição
de dorso
curvado
Fase de retorno
par.1 a pooiç:lo
inicial
Fase de
levantamento
Elctensões
pronadas
alternadas
Fase de
abaixamento
Fase de
abaill::unento
Agachamento
Fase de
levantamento
(co11tf1111a)
368 \! 1111 ' d 1 c"lnlogl • ot ir:-'
Fase de
levanl3Jllento
Levantamento
terra
Fase de
:ibaixamcnto
Fase de
levantamento
l.evantamento
d«.: perna
Fase de
retomo
Fase de
empurrar
J.cg prcss em
45v OU indí-
nado
Fase de
abaixamento
(<X'1//ltt1UJ)
Capítulo 13 \o '•' • '11uscular <los <..'Xen: KIO!' p:ira o lronro e p.112 o m<·mbr< > lnfcnor
Fase de
pu.-ar o braço e
empurrar 3
perna
E.xercício de
remada
Fase de
retomo à posl-
ção inical
Metaairpofalângica do Extensão 00
Ginglimoide
polegar Ple.:clo 40-900
Flexão 80-900
lnterfalângica do polegar Ginglimoide
Extensão 00
Extensão 0-400
2', 3•, 41 e 5• articulações Flc~lo 85-100°
Condilolde
metacarpofalllngicas Abdução Variável 10-40°
Adução Variivel 10-40°
F1exilo 8()0
Artrodial, exceto a Extensão 20-30°
Cervical artkulaç;lo atlantoo.xial,
que ê trocoide fllex11o lateral 35°
Rotação unilateral 45°
Flexão 45°
Extensão 45°
Lombar Artrodial
Flexão lateral 45°
Rotaç;lo unilateral 60°
F1exão 130°
Extensão 30°
Abdução 35°
Quadril F.nanrodial
Adução ().30°
Rotação latc:ral 50"
Rotação ntedial 45°
Exten."'10 ()"
Joelho
Para que ocorro rotação medial ou F1exào 1100
Gingllrnoide
Jaurral, o j<Jelbo deve C!Slarjlexto11ado <Jm Rotação medial 30°
pelo menos 30°.
Rornçào lateral 45°
Flexão planmr 50"
Tomo7.elo (talocrural) Ginglimo!de
F1exão dorsal 15-20"
Inversão 20-30°
Subla lar e tars:tl trnnsvcrs:i Artrodial
Eversão 5-15°
Flexão 45°
Elclens:lo 70"
Metatarsofalângica do hálux Condiloide
Abdução Variável 5·25°
Adução Variável 5-25°
Flexão 90"
lntetfalângica do hálux Ginglimoide
Extensão 00
Flcx~o 40"
ia, 3', 4• e 9 :utículaçõcs Extensão 400
Condiloide
metatarsofalângicas Abdução Variável 5-25º
Adução Variável 5-25º
ia, 3', 4• e 51 articulações Flexão 35°
Ginglimoide
lntetfal:tngicas proximals Extensão Oº
2', 3•, 4• es•articulações
G in8limoide
F1cxào 60°
intetfalangicas di.\-iais Ex1ens:lo 30°
374 MJ''" ~ dl" •ne:llolog1~ ~lnnuml
Apêndice 3
E:i>ercícios comumente utili7Ãldos para o fortalecimento de músculos selecionados
Alguns exercícios podem ser mais ou n1enos específicos para determinados músculos. En1 alguri.s casos, eles são
designados p-ara enfatizar porções específicas de um músculo em panicular ma.is do que outtas porções. Alguns
exercícios podem ser ligeiramente modificados, de modo a dar maior ou n1enor ênfase a certos rnúsculos ou
porções musculares. All!m doo músculos listados, vários outros crn articulações circunjaccntcs ou outras partes
do corpo podem estar envolvidos, contmíndo-se ísomelricamente p-ara manter o corpo em uma posição apro-
priada, a fim de que os músculos listados participem da re-.tlizaçào do exercício. A força e a resistémcia adequa-
das desses músculos estabifuadores são essenciais para a execução e o posicionamento corretos dos exercícios
listados, 0.5 quaL~ podem :;er docun1entadO$ com diferentes nomes por diferentes autoridades do assunto. Ilus-
trar e d0<.1.1n1entar as técnicas apropriadas e as indicações desses exercícios não f.i:z parte do objetivo d~'te livro,
ponanto, para mais detalhes, consuhe outros livros que fale.m sobre fortalecimento e condicionamento tisico.
Mcmbro>U Mcn~>ro su
Grupo Grupo
Masculos ll><C1ddo Músculo5 Exen:ido
mU>CUlar muscubr
Oellenvolvimento front;tl ROK:I l>iceps
Crudfuo l>eltoldc, pane E.ne=lo de ~ no lxlnro
Desenvolvimento oom cbvlcúbr Oei<:n"<>lvimcn10 unlla1cr:1l
h3h~ Deltoide, pane C:Om h:dtCrt'S
FlcXOl'CS
Suplno ~o acromi:tl Elcvaçlo frontal
do ombro
Abdutores Scmltil antCfior Supino reto c:om p<g>dJ Pdtor.d 111'1lor, parte Pk••çlo frontal na polia b:dxa
da e<clpub l'eltQ<:tl m<:11or ícc:hada cbvll;ul:lr l!lev•çlo front:tl unllo.ter.il com
Suplno inditudo Coracobr.1q\llal h•heres
l'lCJC:lo de br•ÇUS l!lcv• çOO íronc;il c:om barT•
SUpíno lndin>do oom hakm:s Lalissimo do donro
1'«11<14!.:k ( \'OCldor) Pr•ll-ouer c:om lulteres
Redondo maio<
Pr1//-overc:om bcur.a
O'\)j:s'<lt"'1' Ttfcep$ br.lqubl.
'l'r:iç:lo na lnlTJ rixa. milos em
El<:"ic;io lateral Inclinada c::a~ long:i
supinaç:lo
Romboidc Cruciflxo ln\'Cf'SO Hxt~ Pcitoml maiOr, pa.rtc
Pu.uda pclA frente com pe-
TuJ*7.lo, pane Remada sen12cb do ombro $"'110C<l61lll
Adut°""' gada fechada
ascendente Rcnl2<b indituda Ocltolde, (lWIC
<b esclpula Pull-overc:om polla • lt•
Tr.ip(::t.io, prutc Romada C\'ntr.d ~ Rem:ld:• urtifater:il com
lr.Ul>VCr$1 1.c"'1ntam<:nl0 lCJT:a lnfrJdpinal
h:llteres
l..,..":llll:lmcnro cem Cllllo $.tm6 Redondo menor
Abdominal, do latim: t1/xlomlnis, vcntn:: Concoldc, do g:n:go: kofm; CIOl\'O + eldcis, fonna, fonnaio
Abduto r, do latim: abduoere, abduzir Coronal, do grego: llorone, coroa
Acrõmlo, do grego: akroti, extrcmldade + ornr;s, ombro Coronolde, do grego: l«Jrorre, algo cwvado, tipo de coroca + ridos,
Adutor, do latim: aduCOf'O, aduzir, i:razcr pcirn, c:onuaír forma, fonnato
AbmuK:a, do latim: klwre, elc."Y2r, lewnl!lr, erguer Cortical., do 13tim: casca, crosu
Ancônco, do 8"'8"' IJB"'""
caovclo Co5tal, do btlm: OOSl:l, <JO&cl.1
AnflartrodW, do gn.--go: ampbo, ambos + artbrori, :uticulaç;lo + CranJal, do Utim: Crt111la/ls, cr.tnio; do grt.'go: krAnion
f!itJc,s, forma, formato Cmr:il, do latim: crumllS, penencente ~ pcm:t ou ~ coxa
AntcbraqulAI, do latim: an14 an1es + bracbfJ11n, brAÇO Cubilnl, do latim: cr1bl1u1n, OOl<Welo
AntecubltaJ. do latim: atue, antes + cub/111111, 001ovelo
Cuboide. do IJ1C80: lr)Vos, cubo
Anterior, do lallm: comp<lr:uh·o de a111c. antes
Cuneilormc, do latim: cr11W11S, cunha + /orm(~ formato
Ap<:nd.lcu.lar, do latim: apper1den>. apoiar« cm
Dcltokle, do lalim: Ml{()liles, do 8fC80, deltOCldcs, uiangutar: 1k!l1a,
ArtrodJal, do g1C80: (ltfbrot~ :uticulaç;lo + eldos, forma, formato delt.:a + -oefllm, -<>ide (semelhante a)
Axlbr, do latim: a.xl/Ja Dendrito, do grego: (/Qn(/ritos, penencente a um.1 :lr\-ore
Blceps, do la.tlrn: que pcx;sl•i duas cabeças, bl-, di= capcu, cabeça Oe:nnc, do sre!IO' dQrmli, pde
Bolsa, do grego: um saco de couro ~. do grego: tk'1'1t1a, pele + romo, inds:\o
Braço, do latim: braccbl11m DIAtbc, do grego: dlapbysis. um crescimento atr.1vés de
Braqul:tl, do lallnl: braebil•lis, braquial, do braço DbrtrodW, do grego: d(<, duas + artbro1" articul•ç;lo + ridos,
Braquiorndbl, do latim! bmccblum, braço + mdlallS, t:ldio forma, formato
Bucal. do latim: boca Olgltal, cio latim: d(gitus. dedo d:o mllo ou do p6
Cabeça, do ~otim: de CLtplll Distal. do l:ttim: dlstaro, c.mr d.ist:inte
Caldlnco, do latim: adcL111l!us, calc:mh:u, d(> l:ttim ca/canl'fln" de Dotsal, do latim: dorsalls, <Ü>tsUOlls, do dorso, dorso
óxido de c:llcio, cal virgem Dorso, do latim: dors/, genitl"<> de dorso
capllato, cabeça, do latim: """'' '· c:abeçt Eixo, cio grego: tU01l. dxo
CarpaJ, do latim: carpa/Is, do arpo. do punho Enanrod.la1, do grego: er~ em + artbro1~ articulàç:lo + rlt/os,
Carpo, do grego: karpcs, punho forma, formalO
Caudal, do blirn: CL111(/(Jlls, c:aucb El>Cill8tco, do grego: modot~ dentro do+ o.1teo1" os.<;0
Cdãlko, do grego; kepbale, ctbcçl Entalhe, dó fr.ind!s: ll«bl', entrAd:I, recuo d:I. rnargem, dente, c:n·
Cdiooc>, do grq<O: /«)Ilia, salienci3. c:a\Oldade, conctvicbdé mlhc, d~o
Cerebelo, do l:ttim: pequeno cérebro Epl8sllrlo, do grego: l!f>I, acima + pb)ef1" Cte$CCt
C&-d>ro, do latim; cerel>n11t~ cérebro Epl.Osc, do grego: <.p(pbt;sts, um aesdmcnto sobre
Cc:nrlcal, do latim: ctlMx, pescoço Eretor, do latim: erlgero. erigir
Cifosc, do 8J'C80: corcund:l, corcow Esc2fol.dc, do latim: esquife. íormato de txuco. bote, navío •
eidos, forma
Ci.nenútlc:a, do grego: kimmuuos, mo"imt.'fllO
Esdpuioa, do latim: scap111ae, ombro, omoplaw
Clnalologla, do gn.-go: kí11lma1os, movimento + logas, informa-
ç:lo, termo, fundamento, razão f.6collose, do gn:gc>: sco/fasü, ttxeim<!nlO
Oneslttioa, do grq\O: kit1l'mt11os, movim<.-nto + tll'Slh6sls, sc:nsaç'lo IWiocter, do grego: spblnclCf', m:lo
CbVicula, do frJncês: cll1vfculo, cla\lf("Ja, do latim: c/ai,1cula, Espl.oal, do latim: splnallls, coluna vcrtd>r.il
chave pequena Espinha, do búm: espinho
COOc:lx, do grego: ~ cuco bplênlo, do grego: spletr/01~ b:md1gcm, :tt:1dura
Concêotrlc:o, do latlm: c;or~ slmul~co a + eetrln1m, centro Esterno, do grego: stcniot~ peito, manu
C6n41lo, do grego: kotrd)fo.<. dobr:odlç:a Eslllolde, do angl<>-S:tXõnlo: stlgat~ levanw, Ctg\lct + eldos,
Condlloidc, do 81'-'80: '"""l)fos,
dobr;idlçi + eldcis, fonna, form:uo forma
Cor:ocobraquJal do grego: de romcoid .llom.'<. COl\'Q; cklos, fonna: Esll:rnoclddoma.-t61dc:o, do grego: swmo11, peito + /Jkls, chave
grego: brat{UIOll + latim. ratllal + ""ISIOS. mama + eldos, fC>m13
378 '-'11 1 tlrn
1lxd!otrlco, do J!l'CllO: eJI, fom • ke11tro•~ amuo Unh:a, do latlm: //1iea, linha
Extensor, do latim: exte11dcre, e&lnt-se Lomlx>r, do laÚlll! l11111blu, IOOlbo
Bxtcrno, do lawn: «KWr?11is, para fora, exterior Longo, do latim: /ottgt.s
Fabcla, do latim: /aba, pequeno fcijilo LonguíSslmo, do latlm: o longo, muito longo
~•is
F acc!a, do fr311cCs; /aa.'fle, face menor Lorclosc, do giego: lorrJQsls, encurwr, arquc:arocnto
FalAAgc, do 8J'C80: pbala•18<Jt$. dedo ou 0500 do dedo do pt Lumbrkal, do latim: /11mblu, lombo: refere-se a vermifonne;
F~ do btlm: /ascla. banda L:nln1: vermls, verme + /omtai forma, formato
Femoral, do latim: /emo~ /cm11r, coxa, genítivo de /cm11r. da Lunar, do latim: /1111atus, partidpio pass:ido de lunarc, curvar"Se
<JOXO como uma crescente, de l1111ar. lu.1
.Fêmur, do latim: coxa ~o. do laUm: g,:u><Je, nnlor
Flbul.a, do l.atlm: fecho. gancho, 3br-.içadeir.I, broche Malêolo , do latim: ma/ko/1cs, pequeno m.1nelo
Flexor, do L-.tJm, o que curva, dobr.> ou inclina M.amiria, do latim: ntamma, mama
Forame, do latim: furo, bur.too, abc:nurn Mandíbula, do latlln: mt,,ullbt1/a, queixo, maxilar, mandíbula;
Laúm: mandcrc, ma.11lgar
Fo.ssa, do latim: n:go, fosso, ''ªla
J'6vea, do latim: cova, bur.ico, civldade. pequena dcpresslo Ma.n6brio, do latim: CJbo, alç:i, manipular, de 11111111<.~ mllo
Fron"'1, do latbn: /ro111m1 (de /rotts), tcsia, fronte, Uteralmcme o M:argem, do latim: ma'7:1/11a/f.s. bonl3
que se proj(tt Maxlla. do latim: m:axllar superior, de m:tfar, qu;.>lxo, osso malar
l'llslformc, do 13tim: fUsus, fuso + /omu~ formato Máximo, do latim: o maior
Gast:rocnemlo, do gtego: g®cr. ventre + kt1m11c. pcma Meato, do btim; 11'11.YlfllS, passagem
Gl113llmoldc, do gteg0: gf1iglyttK>S. dobr.ldiça Medial, medlano, do bUm: m«lla/IS, do melo; do laüm: mailus.
Glúteo, do 8JCSO: glotúM, nádega medial
Gonfõk, do gr<.-go: p<ir.ifusar junto Menor, do latlm: mlnor, menor, menos. o mals mlõdo, seGUnd1tlo,
mell05 imp0<1:1ntc
GonJamctro, do gicgo: l/Otlla, ~ngulo + 11wtro•~ medida
Men"'1, do latim: mmt/O, queixo
Gricil. cio latim: gracioso
Metac:arpal, do grego: meta, depois, além de, mais longe, por
lWux, do latún: /Jallcx, dedo maior do pt
cima de, ncim.1 de + latim: carpa/Is., do carpo, punho
HalWlto, do btim: bamat1u, :adunoo, curvo, recur"ado
MC!:ltar'5al, do grego: meta. depois, além de. mals longe. por cima
Hl:allna, do grego: byalos, copo, vidro. espelho, lente de, acima de + tarsos, supetf\cle plaro e nlvd:.da
Uiaco, do latim: ilfum. fl:tnco, CO<illldo
Mlnimo, do laÚlll! mlnlmu~ o menor
tuo, do latim: "'""~ virillu, nall()O, eostado, V'.trfunte do 1,.~tim: Mlo, do grego: "!):\ músculo
ilia
Mlõromo, do grego: "!A músculo + tome, incís!o
lliocoetal, do btim: IJl11~ virilha, lbnco + COQa, t'OS!ela
Multllldos, do latim: m11/f14.S, muitos + fcndll, cone. divl~o ou
lndlc:>dor, do latim: l11dlds, <11.'Clo indicador, ponteiro, sin.'11, lisin
iscgmenlos
lnfcrior, do latbfü maJs baixo Músculo, do latim: musa1/us
lnfraesplnal, do latim: 111/ra, abaixo + spl11a, coluna venebnll
Nasal, do latim: 11mtu, n:ariz
Ingul.nal. do latim; l•tgllffl(l/f.s., vitilha
Navicul:lr, do latim: navicula, bote, lxum, recipient" <.'nt forrm de
Inserçio, do latim: 11~ dcnll'O + sereno, lnsc.-rir b:uro diminutivo de ruvis ruvlo
' '
lntcreap lrull, do latim: l•ucr. entre + spf11a, coluna vertebral Neural, do latim: 11eumlls, neivo
lntcrmedllrio, do laUm: 1men11«llafas, repous:ir entre; Latim; l11ter- N~nJo, do grego: 11e11ro11, nervo
11Kltllus, o que ~ en.tre: par~ o interior, entro + medlt1$, no me:lo Nuc:al, do btitn: OUC'J (dorso) do p<.'$<XlÇ')
lntcrm6dlo, do latlm: fnlcr, entre, 11t«llare, dMdir o que cs.<1 entn: Obliquo, do btirn: obllq11us, incliror-sc, declive, incllnaç:lo
tntc:rno, cio latim: f11ten11.s, dcnuo de Obturador, do ~•tim: obl11raro, fochar
lntcrósseo, do latim; 111wr, entre + os, os.~ Ocdpl"'1, do latim: occlput (gcn. oçeipiris}, parte J>0$1Crior do
ln~o, do latim: t111cr. en1te + tmnstlilrSeS, direçlo crlnio, de ob, contra, atr" + caput, cabeça
rr:1n.wers:al Olécrano, elo grçgo: COIO\'clo
lSoclnétlco, do gr<.-go: Loos, igual + Jd11esis, movimento Ooobro, do grego: 0'1tOS
Isométrico, do grego: LlOS, igual • metrot~ medida Oponentes, do latim: oppo11m11tm1 (nom. opponeru), pan. de op.
!sot6n1eo, do grego: lsos, igual + t0n1u, tõnus ponerr:, opor, fa1.Cr oposlçllo a, Indispor com
isqulo, do grego: 1$cblo•~ articulaç;lo do quadril Oral, do latbn: oralf.s., boca
Lata, do latbll! latiu, Lido Orl>l"'1, do latim: <>rbila, tr.ijt:t<>ria
Uteml, do latim: latcrttlf.s. Jl"l'lenCt.'flte ao lado Origem, do L~tlm: or(go, ln!do
U tisslmo, do lntim: latt:ssimus, >'Upcrlativo de laflu, amplo, largo ótk:o, do grego: otlkas, orelha, ouvido
Levantador, do lntim: kvator, levantar Palmar, do blbn: palma, p:ilma d:t m:J.o
Paccla, do bclm p:anela, rcclpiCt11e, c:avld:adc ou dcprcsslo, Slnc:ondn>tlc, do grego-. S)•~ slmull1neo + d>ondros. canibgcm +
r64ula osú,condiçio
l"cl:li.Mo, do bum. f>«'lna, pemc, crisla. r.&51Clo Slnoclcsmoec. do gicgo: S)'tllksmos, lig:uncnto + osú, condiçio
Pedal, do bUm: ptrlallS, ~ S1nflse, do grego: l)mpb)'>"fs. aesdmcruo sunuhloeo
Pdcoral. do bum. pectoralls, do peito. pcaor-, mama Slnovial, do btim: .l)•IOt'la. fluido :uticular
Penado, do bUm: petma, pcn:i Sóleo, do taum: so1ca, sa~JJa
Pcrineal. do grego: pt!rl11al0n. perineo SoolAtkx>, do grego: soma, rotfKl
Pcri6lltc<>, do J!IC80: pcrl, ~o redor de + QS/oot~ °"''° ~pubr, do latim: srib, debolXO, nbabco + scapulM, 01nopla1:1
Pcrõnlo, do grego: J>NO•W. broche Sulco, do btlm; ranhura, cnc:tlxc, enmlhc, C&tU
Plrlfonnc. do bllm. plrlformls, formato de pêrA superior, do btln\: s11/)l.'rlorom, nuJs :llto
Pllllformc, do btlm: pisa, cr-ilha + forma, fomut0 Sup{nador, do bum: 111{J11w111o. <.-m dei:(lbito ~
Planta, do bum: pla11ta, planta do ~ SupnesplnaJ.. do bllm: Sl•prtl, aam:t + splna, caluru veru:br.ll
l'Olcpr. do btim de pollex, polcg:u, dedo maJot do ~ Sural, do btim: srim. pan1umlha, bcunga da perna
l'Oplitc<>, do btlm popW, j:u'l'ac Sutura, do btim: si1111m, uma junl:I, dc:l1liz
~. do btlm· oompanti\'O de posierus. o que \'mi dq>ols. Tãlus, do latim: tornozelo, aw.1g:ilo, osso metawsa1
de poolO, pa!kriormmtc Tarsal, do grego: ll1rtal11, iomozdo
~. do btim: proa!SSUS, o que: dc:com: ~to
Temporal. do lawn: iempomlts. de tempo, rempor.irio, de tcmpris
Prolundo, do blim: f\mdo, de profundkbde, sc:m fundo, \':l.'IO, amplo (f<!m/X'rls}, tempo, ~ç:lo, tempo ou tem~ aproprl3do(a)
Pronador, do btlm1protiare, indlrn1r·se :l fn:ntc TcndJo, do tuim UrruW, tt:nd.'lo
Proximal, do latim: proxlmltatem (nom. proxlmllas), proxl· Temor, do lathru 1e11dcro, eslir.ir
mld:1dc, arredores, de próximo, o m•ls próximo
Transvcno, do btlm1 tmrlftoer=, obliquo
~. do l!J\.'80! psot~ músculo do lombo Traptzlo, do ~ 1mpe:lcr1, uma pcqucn:i mesa; do btim: tm·
Pi'.ibb, do bUm: (os) pribls, osso da virilha pni1"~ 1r.1pézlo, do fonn:110 de um mú.'ICUlo pareado
"aclladn, do lawn; rodlatre, c:mitit raios Trapaoldc, do grcgo: ~ fonnato de mcs;a
Radt•I, do bum. rodlalis, r.idio, rcuc <htcdon:ll de lw: Tria:ps, do btinL que pot!SUl !lês cabeças; /ri., tri- + capu1, cabeça
IUdlo. do bllll\! feixe clm!ciooul de luz Troc::uuer, do grego: trollba~ correr
Rombokk. rombokbl, da p:abvn rombo, los;i.ngo; do blim IJn. Trõdca, do gJ"CgO: trol<bflrla, 6btcma de polias
guado, drrulo do ndgico; do gicgo: rbombos, rombo, ~ Tub&culo, do bum 111berclllum, urna pequena pro1ubcrlncia
lloladores., do blim rotare. rodar
l1loa, do laum: COIO\'clo
Sat16rlo, do bum: Srtt10r , alf:ti:ltc
úmero. do L1um 11mcn<S, ombro
Selo, do latim: cu!Y:I, buraco, º'idade, bQcl.1, oco, cõnc:avo Vasto, do lawn: lmeruo. extensi"º· extenso, enorme
Selar, do l:ttlm: selim rutro, seb ru= ~ llo latim: l.lllrllal/1$, atim:i, por cinu, superiOr, ckvado,
Scmlc8plnal.. do latim· scm4 mcudc + sp111a, coluna vertebral vêrtlcc. o ponto mais :iho
Scmhncmbnuikco, do btirre sem4 mcudc + nu.>t11br<111'!, mcm- V!scera1, do latim lllsc"""• õ;g:la.. do coq>o
br.uu Volat, do btim: tola. planu, palnu
SanilendJ.neo, do bllm: SC1/I~ mctlde + /Ct""""' es1Jr.1t Xlfolde, do 8"'30< ~ ~ + l;dar, fõum, formato
Se, 6111. do 1:11i1n .fl'rl'IWS. ra 1m10 de - . de scn:a. smocc Zlgoma, do btim: %)80""'> :dgomll·, do grego zugoma, Rc:cha,
Sesamolde, do btirre sesamcllJcs. pucciclo com um Ili"° de sé- datdo, raio, pooo; de Z«llO''n. jUnt:tr, Ullll, a1ticu1ar
s:uno em wn:anho ou fonmtO
SlnartrodbJ, cio grego: syn, >imulllnco • artbroi~ arucubç1o +
elllos, fomu, fomuto
ranchas de exercícios
Capítulo 1
Prancha de exercícios nª 1
Na prand1a da região posterior do esqueleto, liste os nomes dos ossos e as principais
caracteristicas de cada um.
)•
381
382 ~! miai de c1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral
Capítulo 1
Prancha de exercícios n° 2
Na prancha da região anterior do esqueleto, liste os nomes dos ossos e as principais
características de cada um.
o o
0
Capítulo 4
Pranch a de exercíc ios nQ 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com ·o· e ·r,
respectivan1ente, a origcn1 e a inserç:lo de cada um.
a. Trapézio
b. Romboide
e. Scrrálil anterior
d . Levantador da csclpul a
e . Peitoral menor
I·
o
384 ~! mo. ! di. 'in<.."ilo!og!a c.-stn1111ral
Capítulo 4
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimenlos do cíngulo do membro superior.
Para cada movimenro, cite o plano em que ele ocorre e seu eixo de rotação.
a. Adução
b. Abduç-Jo
e. Rotação ascendenLe
d. Rotação descendente
e. Elevação
f. Depressão
Capítulo 5
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes m6sculos na prancha. Assinale com "O" e • 1• ,
respeccivamence, a origem e a inserção de cada um.
a. Deltoide f. Redondo n1enor
b. Supraespinal g. !.atíssimo do dorso
e. Subescapular h. Peitoral maior
d. Redondo maior i. Coracobraquial
e . lnfraespinal
)·
o
386 ~! mui di. cin<."ilo!og!a c.-stnnural
Capítulo 5
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimentos da articulação do ombro.
Para cada movimenro, cire o plano em que ele ocorre e seu eixo de rotação.
a. Abdução d. Extensão
b. Aduçi1o e. Aduç-Jo horizonral
e. Flexão f. Abdução horizonral
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Capítulo 6
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com "0" e •1•,
respectivamente, a origen1 e a inserção de cada um.
a. Bíceps braquial e. Supinador
b. BraquJorradial f. Tríceps braquial
•
e. Braquial g. Anconeo
d. Pronador redondo h. Pronador quadrado
./
388 ~! mo. ! d in<.."ilo!og!a c.-stn1111ral
Capítulo 6
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimentos das ruticulações do cotovelo e
radiul.nar. Para cada movimento, cite o plano em que ele ocorre e seu eixo de rotação.
Cotovelo Articulação rndiulnar
Flex.lo Pronaç-lo
Extensão Supinação
I
Capítulo 7
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com ·o· e ·r. respectivamente, a origem e a
inserção de cada urn.
a. Flexor longo do polegar f. E.~ensor
curto do polegar k. Extensor do dedo mínimo
b. Flexor radial do carpo g. Extensor ulnar do carpo 1. Extensor do dedo indicador
e. Flexor ulnar do carpo h.Palmarlongo m. Flexor superficial dos dedos
d. Extensor dos dedos í. Extensor radial longo do carpo n. Flexor profundo dos dedos
e. Extensor longo do polegar j. Extensor radial curto do carpo o. Abdutor longo do polegar
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390 ~! miai de c1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral
Capítulo 7
Prancha de exercícios n° 2
Assinale e indique com setas os seguintes movimentos do punho e das mãos. Para cada
movimento, cire o plano em que ele ocorre e seu eixo de rolaçào.
Punho e m:los
Extensão
Flexiio
Abdução
Aduçào
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Capítulo 8
Prancha de exercícios n º 1
Analise es1e exercício seguindo os procedimentos explicados oo Capítulo 8, que
incluem movimentos articulares e músculos que os produze1n.
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Prancha de e xercícios n° 2
Analjse este exerçício seguindo os procedimentos explicados no Capí1ulo 8, q ue
incluem movimentos articulares e músculos que os produzen1.
t
392 • ! mui d- in<.."ilo!og!a c.-stnnural
Capítulo 9
Prancha de exercícios n11 l
Desenhe e Indique os músculos da articulação do quadril e do cíngulo do membro
inferior. Assinale com "O" e "l", respectivamente, a origem e a inserção de cada u1n.
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Capítulo 9
Prancha de exercícios n 11 2
Desenhe e indique os môsculos da aniculação do quadril e do cíngulo do membro
inferior. Assinale com ·o· e "l", respectiva1nenre, a origem e a inserção de cada um.
( 1
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394 uut ur:i l
Capítulo 10
Prancha de exercícios nº l
Desenhe e indJque os músculos ela anJculaç-Jo do joelho. Assinale com "0" e ·r ,
um.
respectivamente, a origem e a inserç:1o de cada
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Capítulo 11
Prancha de exercícios nº 1
Desenhe e indique os seguintes músculos do tomorelo e do pê. Assinale com "O" e
·r, respectiva1nente, a origen1 e a inserção de cada um.
a. Tibial :interior g. Gastrocnêmio
b. Exte.nsor longo dos dedos h. Extensor longo do bálux
e. Fibular longo i. Tibial posterior
d. Fibular cun.o j. Flexor longo dos dedos
e. Sóleo k. Flexor longo do hálux
f. fibular terceiro
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396 ~! miai de c1n<.."ilo!og!a c.-stn1111ral
Capítulo 12
Prancha de exercícios n° 1
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com "O" e "l",
respeccivamente, a origem e a inserção de cada um.
a. Reto do abdome
b. Oblíquo externo do abdome
e. Oblíquo interno do abdome
d. Esrcmocicidomasróidco
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Capítulo 12
Prancha de exercícios n 11 2
Desenhe e indique os seguintes músculos na prancha. Assinale com •o• e •1•,
respectivamente, a origem e a insel'Ç'J.O de cada um.
a. Eretor da espinha
b. Quadr.ido do lombo
c. Espl€nio do pescoço e da cabeça
~
Capítulo 13 ~
Prancha de exe rcícios n° l
Tabela de análise de habilidade cinesiológica -...-"'e:
TarsaV !:.
subia lar
C'rng. do
Glenou-
f;
Dedos
Fase Dedos do pé Tornozelo joel ho Quadril Lonlhar Cervical membro Cotovelo Punho a
trans- mera! da m:lo
versa
superior "~
[
~
Posição ll"
G
Grau/1novimento 2-
"i:!.
Agonl.st.1/contr:ição
Posição
Grau/movimento
Agonísta/contração
Posição
Grau/movimento
Agonisia/contração
Posiç;lo
Grau/movimen to
Agonlst:l/contrt1ção
Posição
Grau/movimen to
Agonlsta/contração
!ossário
Abel~ - MO\imen10 la1cr.U tfutandande>-se da Unh:i mediana Apolo rrM:dio - f! a potÇ"lO ccrural <b fase de apolo da camlnhad.1
do uonco, como lcwn12r 0$ braços ou :as pcrn:1$ ao belo do ou corrida, caractenz.ada peb JX'C)<Uç:lo e rouçlo medial do pC!
corpo hori~ontalmenic e da perna. pod<.'ndo kr dMdl<b cm resposu à cug:i. apolo
Abdnçlo diagonal - M()Virnroro dé um membro <:l\Ú de um médio e apolo cc:nninal
pt..no dugon:tl, <hsunci2ndc>sc <b l!nh:l mcckan:a do coipo, Aniculaçlo ~ - ~ :h articub(ÕCS uni<bl, por
como nas aRlcubçõcs do quadril e glcnoumctal cattibgcm lu:o.luu ou f~ pcmWndo lno\im<:nla< ch.<-
Abdnçlo hot'ÓJC>nW - 1'to-"imc1110 do úmoo no pbno horu:onu1, cmos, como a sincondro!c e a <ln&c.
~da linha mediana do corpo. Articulação condllar - Tipo de orticubç:lo n:a qual os 05SOll pc:r-
Açlo musculu coordcmda - Ocoue quando grupos m11$CUb· milcm o movuncntO cm dois pl:anos sem roc:tÇlo, como no
tC" aluam cm ronjunlo para a1Jnglr dclcrmlnackx< movlmcntOS
punho. entre o r:ldlo e a nlclra proximal dos ossos do carpo. ou
artlrub~
erure a segunda, ccrccira, quana e qulnl:I articulações ~Clf
pof.ilitngicas.
A<clcraçào - Frcqu~cb de mud:inç;> n:i vcloclda<lc.
ArlkuJ.açio dlartrodl.al (dW1.rosc) - Ankulações stnovlals de
Aduçlo - Mcl\imtnlo mcdl:tl cm dircçlo :l linl~1 mcdt1m do ll'OllCO,
movimen10 livre que ~'Onlêm uma clpsula •rtieular e uma cinl·
°"
como abll.lClt br.JÇ06 ao belo do oorpo ou = :is pcm:is para a lagem hlaliru, lubtillc:ldas por liquido sin0Vt3l.
~lo lllUIÕmlCL
Articulação enartrodlal -11po de articul:tç:lo que pc:nnite movi-
~ dl:lgona1 - Movlmcn10 dé um membro acra'és de um
pbno diagonal, aproJ<JnUndo.se da linha RM:<lbna do eo<po,
mento cm todos °" pbnot.. como nas :utieubçl)d do ombro
(glcnowncr:ll) e do quadril
como nas artJCu.bções do quadril ou gtenoumeral
Ank:>ilaçlo ~ - Tipo de :ullcubç5o que pamilc uma
Aduçlo homontal - Mownenro do ~ no pbno horúontll,
ampla gama de lllO\llllCf'll(l(> em apenas um pbno. como nas anl-
aproxamando-se da l.tnha medWi.a do corpo.
o.tbçõcs do allO\'do, comozdo e joelho.
"8<>fllsta - Músculo ou f!IUpo muscular descnco como respons;h'CI Anlcubçlo selar - Tipo de ~ redprooo que ê cnool'llt:lda
pnnapcal pot um movimenlo artJCu.br espedí'lCO ao se oonll'alr.
somente 02 aJtiCub('ào ~ do poleg;u, pcrnullndo
Alavanca - ll:lm rigida (os.<>o) que se"'°'"'sobre um ""'º· l'!IO\'imm10 de bob e soqucle, com cxCl:!Çil() da n)UÇ:lo.
Alavanca de primeira cla55c - Afavanca na qu:il o dxo (fulcro) Articulaç6o uocóldc:a - Tipo de anlcubç:lo com lllO\imcnto ro<a·
~ cnltC a r~ e a rc5lsdlnci:l, como na cxicns\o d:l onk:ub- tivO ao n:tklt de um eixo longo. como uma rociçlõ do mdlo na
~o do cotovelo. articubç:lo r.tdiulrur.
Alavanca de 8C1!"nda ~ - Abv:mc:l n.~ qual a rcs~encb está Articulações anllArtrocll.a19 ( anlbnro8e) - Articulações que
cnltC o Cll<O (fulcro) e a Í()(ÇI, como na Ocxlo pbruar do pC! pcrmJccm somen1c un1:1 pequena quanll<bdc de movimento
para elevaMe nas ponw dos dedos. funcional. 1:11 como llncondroiie (:utlcub~o ~ da5
Al:avanca de cc:rcel.ra cbs5e - Alavanca na qual uma Í()(ÇI é apb- C06telas com o esterno), si~ (libio(ibubr disuO e sln·
c:ida entre o eixo (fulcro) e a ~. como na llexlo da aru· fise (como a sínl'l.SC p(Jbla).
rubçlO do C'OCO\'Clo. Attk:ulaç6c:s arvodla1s - Anlcubções em que os ossos ~
AmpUcudc - \'anação de COO'lpnmenlO cb fibn muscubr enitt o com IDO\'Ullcnlo Unwdo. como nos ossos do punho (carpo) ou
mh1mo e o mlnimo aloog:amento. do pé (urso).
AmpUcudc de movfmcnlO - Quanlldadc cspedllca de tno\'llnenlO Attk:ulaç6c:s Obro5as - All.cul2ções unidas por íibra.s de tecido
pc>Mh-el ~'lll um:i alticubç:lo. coojun1h-o. geralmente hnó\'els, como as gonfoses. sucum e sln-
Ãngulo - Curvacura ou projeção ~ngubr de um nsso, como a ân- desm06Cs.
gulo sup<.'fior ou lnfr:tlot da escápula. ~ sloovl.ab - Miculações dl:uuodi:lls de livre movi·
Ãngulo de tr:açAo - Ângulo en1te a ~o mu=lar e o 05SO no men10 que coniêm uma dpisula articular e C2J®lgem hlallna e
qual ele se Inser.:. são lubrillcadas p0< llquldo slnovial
Ãngulo Q (Angulo do quadriceps fcmoraO - Ãng\Jlo da pcaceb Artrocl.nemjtlal - Movimento en1te a .superfide real dos ossos e
form:odo pela lnccnccçlO da linha de lr.;çl<> do qwdiicqlo. f~ as :uticula~-oes.
r:al com a hnh:a de tr.>çJo do tcnd.\o p<11d:lr. ArtroM: - Junca ou :utlcubç:lo cnin: dois ou mais ossos.
Antagonbl:ll - Músculo ou 8JUpô mu5CUbr que ê conbino ou Axônlo - Pi~ :along:a<b que b":Wmilc impul$os ~ dosLincb a
OpOôlO :l contnÇ1o de ouuo mWo.olo ou l!"'J'O mu.scubr partir do coipo do ncurõnlO.
399
400 ' f\11 1
Blla1eral - Rclaclonado :I08 lados dlrcllo e a;qucrdo do COtpO ou de Cootraçio cood!nc:rtca - Contr.1çlo na qwl ocorre o cncuru·
wna Cllnll\Jr.i corpor.l), oomo 08 menbos dll't'ÍIO e esquado. mento do músculo, causando movimcnlO ru anlcubç:lo que ele
8lo<Ocdolc:a - EllUdo dos IDCC'.lllMlo5 rebootudos à :udhsc :uwó- cruza
miel e funoonaJ de~~~ humanos. Con~ exctntrlca - ContrJ\lo cm que o músculo se
along;i na tentativo de rontrobr o movimento que ocorre rus
Bipenado - Tipo de músculo penado com fibr.as que a~ de
forma ~ cm amboll Ot> bdos de um tendlo CU\lt".&l, como o anicubçõe$ que ck cruza, caraC1cri•.ado pela fO<Ç:I da gnvl·
m<.sculo reto femonl e o flexor longo do hilux. cb<k ou cb ccsisit-ncb oplic:ada aendo m:alorcs que :a força
concriul
Borda ou margem - Unha de hmltc de um osso, como a porvlo
Cootraçlo bom&rica - Tipo de ~o com pequeno ou ne-
lateral e mtd.aJ cb c.'$ápul2.
nhum encun:ameruo do mósculo, que ~ resulta cm ~
Braço de força - °'51Jnoa ~br "1\tre a locilizaçk> da aprecii•-d do 5nguJo da anieubç:lo.
apllaçio cb fOl"Çl e o dxo. A menor di5tlnd2 do dxo de rou-
Contraçlo lscKônJca - Conuaçk> que ocorre quando ld encwta·
ç:Jo >1é a Unha de i>ç:lo da forç:i 11unbém conhecido como
tnc:nlO OU esuramc:nlO do míisculo .oh tcn.-lc> Tamb&n conhe-
dislJncia pcrpcndlcubr ou braço de momento.
cieb como contraçk> dinâmica e d.>.S$11'1c:ub como ~
Braço de te11stbda - o..-clncb cnlrc o oxo e o ponto de aplica· ou cxciruric:a..
ç:lo cb ""'i.sti!ncb. Cootn•Ukbdc - Capcaci<bdc do mÚSQ))() de se conir.ait e dc$en-
Cabeça - Projcç)o pmcnllncnte e arredondJcb cb e•ll'Clllidade ''Olver a tensão ou a fOtÇa ln"'1\'U rontt:l um:a ~encb quando
proximal de um osso. geralmente an.lculacb, como cabeça do csimulado.
f&nur e Clbeça do Címero CorpÜ5c::Wo de K.raU5C - Proprioccptor sen~vd :io
toque e :i
Cadela cln&ica abcf1ll - Orom! <tWndo O ~C:fllO di.<l:ll de mudanças d<.: tempcntura que é ~'1lcontrado tu pele, no tecido
uma CX11'Cmld:idc tll'lo ~ flx:ido a nenhuma supcrf!dc, pcnnl· subcut~neo. rui mucos;• do l~blo e no.s gcnlt:1Ls externos.
tindo a qtmlqu~'f outra :mlculaç:lo d:t ClCltemidade se mover ou Corp{lscu.lo de Mclssoer - Proprloceptor oen..itivo ao toque flno
funcionar separadamente, sem ncec\Slt~r do movimento d<! ne-
e~ vibraç:lo; enconttado ru pele.
nhuma artlculaç.lo n3 extn.'1llltbdc.
Corp(lsculo de P:adnl - Proprioceptor ..,n.~tvd ~ prcss~o e à
Cadda clntllao fccbJMJa - Ocorre qu:indo a porç:to dlSIJl1 de vibraç;lo enrontt:tdo em tecido; >Ubcut~nco>, da subniuCOS3
unu extremidade cs~ fixa, lmpc:din<lo o movtm.:nto de qua.I· e tecidos subser0$0S ao redor de anlcul2çõcs, genitais cxtcr·
quer oulro oniculaç;\o, a mcnô6 que ()('()mi movimento prcvb1·
nos e gl~ndulas manúrias.
vel de outras anlcula«>cs tu cxtrcrnlckldc
Corpúsculo de Ruffinl - l'roprloa.'J*lr .._.,,..tivo P""' toque: e pns-
CAprola aJ1kub.r - Manguito de ICCklo lig;tmcntu que reveste e ~ cncontr:Klo na pele, tcddo subcutlnco dos dedos e fibra, ~
awolvc :inlcubçõcs dl:uuodlals ~da c11)6\lb anlcubr.
Cartlbga:n bJa1lna - QutiQgcm anicubr que ""'=" • cxiremldodc Cbrtcx - Pan:dc diallWtl dos ~ longos.. formada l>Of 06.10
dos Ol!SOS rw anlcubçõe$ da:uuodWs, fomeccndo um efeito de compaclO e denso.
amoneamcnro e reduZlndo :a fncçto dunnte o 11\0\°imt'nio.
Cri5ta - l'IQjcçlo Ó65CI procrnincntc. como a CND ílbca da pcl"e.
c.vldade medular - Í' .i ciYKbdc: encn: a. parede& dialisln:&s que
Dmdrim - Um:i ou m:us ~ que r.uruflC:lnl do awpo cb
OOlllém :a medula :amuda ou gorduos:L
~ ncwonaJ. tran<mltlndo ímpWos ao nculOOlo e ao awpo
CcoltO de gravidade - Ponlo cm que toda a m:ass:a e o peso rot> celular.
por.m s1o igu2lmcnle cli.<u\butdos cm IOcbs as ~
Ocp~ - inferior do óngulo do membro WpCiior,
MOVllllCnlO
Clfose - Aumcrno na ronc:aVí<bdc anicrior ela cwv.itu.ra IOdclc:a qw.ndo recoma à poslç:1o nonnal :após cncolh1men«> do
normal. A p;ine lombar da coluna 't'.rtd>tal pode ~ reduç)o ombro.
de .sua curvatura locd6tJc::a nomul, iesulundo cm dorso de :lp:l·
Oerndiomo - ~ ddlnida de pele inervada 1>0f um n<:n'O ~
rênda pbna, conhcckb como afOllC lombar.
n:al cspodllro.
ClocoWlca - Descriç:lo do movimcruo, indulnclo ~
Oc31lz:ar ( CSCOi •epr) ( translaçio)- MO\,mento ~ carac-
Mlbn: o tempo, o deslocamento, a '"loddade, s acekr.içto e os
terizado l>Of um ponto cspcdlloo em um:a supcrllc:ic anlcubr cm
fatottS ~l~ de um $1.;tc:m:& motor
contato com unia íibie de pontos de outra superlkie
Cl.r xslologla - Ciência do movlmeruo que Inclui aopcaos an:it~
Dcs.loc:lmcnto - Mudança na pcl6lç;\o ou loc:llllaç:lo de um ob-
micos (CMrutura~) e hlOmcdln~ (~-dnknl) do lllOVÍrnento.
jeto em relaç,\o a seu ponlO origtrul de r.:ferêncla.
Cinestesia - Conl1«lm.:nto da pt»lç:\o e do mo-im<:nto do
Deslocamento angular - Mud..~nça na põ61ç:\O de um corpo cm
corpo no espaço. é o sentido que fomcce • con.<dênci.a da
rouç;lo.
põ61ç:\o corporal, peso, mo-•lmcntos dos múscul0$, tenôõcs e
•nicubçõe~. Dcsloctuncnto linear - DiSlllnda que um ~ist<.'flU P<-'tOOM: em
uma llnh:I rett.
Cl.rcunduçilo - Movimento cin:ubr do osso tu nnlcul;iç;\o, como
no movimento do qu•dril, do ombro ou do tronco em tomo de Desvio rad1al (.Ocxjo l'lldlal) - Movlmcmo de abduç;lo do punho
um ponto fbco Comblmç:lo de nwo, extcn.s.lo, abduç:lo e do lado do polegar da nlào pam o antebrn~.
aduçào. Ocwlo ulnar (.Ocxjo ulnar) - Movln""'1o de aduç:lc> c.kl punho
Codldcntc de ~ - l'ropotç'lo entre • forç:a ~ prua do lado do ~ mínimo da mlo cm direç:lo ao antebraço.
super.ir :a fricç:l<> >Olln: • fc:wç>. c1uc: mantém a.. superfteb unic.b>. OWlse - i'Qrç'Jo cilíndriea lonlÇI ou tu.te long;t cb ~.
Côndllo - Projt'çlo gr.wlc e :am.xlond:>da que se :utlcub ~ Oild.mlca - E>ludo dos mecanlsmo8 que cn''Ol"<.'m sistenw cm
C1ll1\ outro °""°•
roma o dlndilo meti.li ou lakr.&l elo Rmur. l1IOVimen&o com xdc:r•ç:lo.
401
Distal - O m:ais dlM:lnte da linha mcdl:lna ou do ponto de rde- cquílibrio. n:wlando cm um lllO\imcnlo sem ~de '-cJo.
~- 25 f.abngcs &lo a pane m:ais ~ do membro SUpenõf. cidadc e diteçào.
D1'ltlnda - TDjc1óna do moYUDCntO; rdcn:« à sonu tcal do F..qullíbrio csdtJco - C«po em repouso completo ou unó\tl
compnmcnto ~ unidades de medida peroomdas EacoUosc - Q11v:arura. btcrais ou dCS\'iOs btcr.tis <b coluna \'Cr·
Dorsal - Rcladorudo ao dooo, sendo ou loc:alll';;ldo próxlmo, tc:bral.
~ ou em dtreçlo à ~ p<>61erioc.
Espaço artk:ular - Árc:J íntcm:I da clp50b :uúcubr de :artlcub·
Ouraçlo - Variável do cxctddo que gcrJlmcnte se refere no n6· ções sloovi:las ou dimrodlal,,
mero de rnlnu10. por scmo de exerddo. Espin.ba (proce8llO a p loho8o) - l'rojeç:lo delg;ld:I e pon1<1gud:1
Eixo 11111~-ropoêld°lor - l!ixo que 1cm a nlC9na oricma~\o dlrc- de um osso, como o processo C.'lpiJlhOSO de wl\3 vértcbr.i ou
clonlll que o plano sagiw do movimenlo e que Y'JI <1:1 íret11e espinha d3 esclpulll.
parJ ins cm um ~ngulo reto com o pbno fronllll do movimento. l!squcle1o apcndlçular - Apt'ndkc$, ou os membros superiorc5 e
1 .•mbém conht:ddo como eixo :138ítal ou AP. inf'eriotes, e 05 ângulos dotl membros inferior e superior.
Ebro corooal - V.li de um bdo a ouuo do corpo e es15 cm um
l!squclelo axJaJ - ~nlo. colun:t Vettcbnl. OOSlelas e C51emo.
4ngulo I""> •o pbno s;igital do IJIOYÍJnd\tO. Tamb(:m conhecxlo
como eixo fronul ou btcr:>l. Estabilidade - Resisl~ a uma mudtnç:a n:t 2eelcr.lç;'lo do
cxwpo: a ~ :a um d.stútblo no equilíbrio do corpo
Eixo de rocaçio - Ponlo 113 :uticubçjo sobre o qual um °""° .., Establllxadorcs - MCtsculos que circund:tm a llllkubç:lo ou
tnO\-c ou g1n par.1 complcur o movirncnlo anicubr
pane do corpo e contr:acm p:ir:i Onr ou C$:1billur uma ife2,
Eixo laccn.1 - üxo que tem a mesma onenaçào dlredonal do permitindo que um outro membro ou segmento eotpOl'lll
plano fronl:ll de movimento e avança de lado a bdo em ingulo
ex~ força e mo,·1mcn10. conheddos como ~dores. ãlo
reto com o plano s:igíllll do movimento. T~ conhecido essenciais na c~tablllzaç:lo de unu txise rebliv:tm<."1\te flnnc,
como cao frontal ou coronal.
pa,.~ que as ortleulaçõcs mml• dlsl3L~ tr:ib:dhem durante • exc-
Eixo obUquo ou dlugonal - Eixo que avanç:a em um ansulo reto cuç:lo de movimentos.
wm o plano diagonal. Como a ank;ubç:lo s)cnoum<."1'11 se
Estitlca - Árc:J da mcclnlca que envolve o estudo de sislcm:is
mo' e de a1Jduç:1o para aduç:1o dlagonal em um arreme<'iO, S<.'U que e51<lo em um esl:ldo con.>t:ante de movimento, quer em
caxo corre pcrpcndlcularmcme ao plano alr.lvés da C'Jbc!çl do repouso ou movt!'ndo-:ie em uma vclodd:lde conscinte sem
úmero :attlcraç;lo. l!nvolvc t~ ~ fo~ que :agem 50bte um corpo
Ebro vertical - Ew> que awnça dlrewncruc PQ.l'J o copo da cabeça cm equilibno.
e ooluru 'mebral e od em 1ogulo n:to ao plano lr•m.., erso de
1!5timulo llmJ:u - Qwndo o c>1lmulo é basunte forte poro
mov1mcn1o Também chamado de eixo b\g>rudinal ou longo.
produm um poccncbl de aç;'lo cm um uõnlo de uma única
l!mtlcldade - Ca~ do músculo de rcwm:ar ao compn· unidade mcxor. e tod» u fàbns musculares 111Cr'"2cUs por
mcnio Ol\8)IUI apó.\ ter Sido ~endido. esu se eonll"2cm.
EktromJovalla (EMG) - Método que: ullli.t.a tanto eletrodos de &úmuJo mtxlm<> - E!dmulo forte o suftdcnlC p:i.r:i produl:.ir po-
•uperfldc como de agulhas fuus p.tr.t dt'tt'CCl.f pOU.'ndais de tenà:ll de açlo em iodas :LS unidades mo1on.s de um mOscu1o
•ç:lo cJo.o, músculo.> e fornecer um• leitura cletrõnic:1 <b inlensl· particular.
cbdc e durnç:lo da COl'llr:aç:lo.
Evttsào - Dir<:donomcnto tb sc~a do p(: p:lrJ for• ou l>ltcrnlmcntc,
Elcvaç!lo - Movimento superior do dngulo do membro wperior, csiando cm poslç:lo crct:l com pese> na ~m inlém:a cio pé.
como oo enrolhlmento dos ombrool.
Extcn.'lio - Movimcn10 cm linha l'Cl3 que resulla no aumt'nlO do
End68teo - Mcmbr.in:t fina e densa que l'l."'°C51C o Interior do cór· :lngulo articular pelo tl'IO\llmeruo de :Úa9llt os 06505: por exem-
tex dos OSSOlS longos. plo. QU3llclo a mlo se nio-oe p:irJ longe do omb<o durwe :a ex·
l!plcondW~ latttal - Prohlcma comum, com f'n:quência a..<SO- tcns:lo da artJcubção do COlO\'CIO.
d>do a atlvlcbclcs de apcn;ar e lcwntu, c1wol\-cndo o ~ Exlcnclbllklade - C2pac:lcbde do músculo de ser C$tindo de \'Olt:a
~dos dedos pcóximo 2 5U2 origem oo q>odlndllo btml;
"º seu c:ompnmenco ongjnal •pós contr:IÇ:1o.
conhcâdo como C'OlO\"Clo do tenista.
Faccca - Supctfldc 6ssca :uucular pequena, li5:l e <253. como 2 f.a.
l!plcoodill~ medW - Afttçào do cxxO\"elo :as.soa.ada ao flexor reu articular de u= 'mel>r:a
mt-dul do punho e ao g1Upo pronador, próxuno à w2 Ori~>m
Fisda - Membr.uu libro.s.I que re\'este, 5U>tenla, coneaa e ;epar:i
no cpk:õndilo mroi21; com l'rcquêncú é dt.-oomln:td:t cxxovdo
05 múscubl.
de gotll.su.
Ftie de apolo - l'a.c de anill<e de ~bilidade que l"'""itc ao
l!pkôndllo - P~Jo loc:ali7.:ida sobre um dlod1lo, como oo epi·
<lOodllo mcdl.al°'' fatcr:ll do úmero.
31Jcb =umir umo poslç:lo wnfoniivcl e equUibrada, d:t Q\~•l se
!nld3 a habilld:1dc ..,,,poni..J ; d~ enfase a ~rios 5ngulos anlcub·
l!ptftsc: - l'.xcrcmld3dc de um 0550 longo, g<:."t:llmcruc a~•riPda e rcs nas posições CON'CQS com respeito a uma outra e:\ supcrfidé
:>d:tpud:t p:iro se unir à epU'ise de um 05SO :adj;>ccnle, fonnado de Cõnl310.
por osso tr.lbecubr ou esponjoso.
fase de complcrocntlllÇào - l'.uc que começa imccb:aiamcntc
Equilíbrio - (1) HablU<bde de controlar o equilJ'bno escitiro ou 3p6s o ~plce da f:a.e de movimmto para l13zer acdc:r.&ç.lo ""'"
din.tmlco (2) E.ado de :acder.lç:io ze;o no qual n:lo ld mucbnçJ g;uiv2 do membro OU SCgmcnlO corpor.al envolvido; conhcckb
"" \'dodcbde ou dan:çio do COlpo. como f'25c de dc$1cck-r.açJo. A vclodcbdc do ~to cocp(>-
Equllibrlo dlnSmlco - Ocorre quando todas as forç:u aplbd>• e reo diminui ~v:amente, cm geral denuo de um:a grande
de IOérd:a :llu:&nlC$ ~ um roipo cm movuncnto Cõtlo cm amplitude de lllO'imcnto.
402 1 1
t. ~ ~ ru• t
-
Fase de contraçio - Em wm contr.iç-lo de um:i únic:l flbn mus- Frk;ção de rolamento - RcslstCtlda de um objeto ao d~llzat
cui;>r, ~ a fa.sc que :.e ""8llC ao perlo<lo la1en1e em que a fibra sobre um:i superlide, como uma bob de>ll~,;indo por uma qua·
mUSC\Jbr romcç:a =lmcnlc a enc:unar. du12 aproxim.·ul3mcn1e dr.\ ou um pneu rolando ixlo solo.
<!()mil~. Fri<'çào ~ - Quamkbde de fncçlO CNtC dob objetos que
Fase de movimento - P:utc au\'a de uma lubilídadc, às rtus aincb não eorneçuam a oe lnO\'CI"
coohc:cida romo xdcr.açto, ~. l1l0\imento ou &>e de con- l'IJ90 moscubr - Ploprioocpta scnsi\'CI :ao~ e l f~
tllO t a fase 11:1 qual • !IOfna de focças e gcr:acb diicwncrnc n:i ela de esalt:utlcnto que se c:onccnlr:l prim:l.tWncnlc no \'CRlfC
bola, no implcmc:nlo csporu'v ou no oponente; ~. cm genl. muswbt enue as libras.
c:ir.aacru:>d:a ~ au•icbde condnttic:i dos mõsculos en''Ol\i- Giro - Um upode lnO\'llllCM> ~~por um úrucO
dos pcóxlma ao ndlamo por1IO sdx'C um:a superficle :anirubr jpl3Rdo cm senlldo hor:lrio ou
FllSC de rccupcnçio - fa.<;e de ard~ da h:abt.Jkbdc usada •J>Õ8 ~sobre um único por1IO de outra supt:rflcx :utarubr
a fa.sc de com~ para ft.'C\lpent o equillbno e o po5i· GonCOtlC - t um tipo de altiCubçk> lmó\'CI, CO<no a de um dente
oonamento, para que se esltja pronio p:ara • dem:ancb ~ inserido cm~ soqudC ÕS$c0.
docsponc.
Goniõmetro - lnsuumeruo utib.t.ado para medir 1ngulos aJ\ICub
Fase de rebawneoco - Em uma únJca conuaçk> de fibr.I..> mwicub· res ou comparar mucbnç:as cm ~los :inlculates
res, é a fase que se ~ à oonuaçlo cm que o; fibr.15 mwcubrcs
tm:pulsJo.deslocameo.co - Úluma parte cb fase de apoie> <b caml·
<X>l•"'Çlm • n:bJcar, durt1 aprox~le SO milL'i.'iCgUNb.
nhada ou corrida cuactenzllda pelo retom0 do pé :l po6lç:'lo de
F1115C p rq>ar.at6ria - f:asc de :uúl!M! d1 lubUk:bde, nonnalmcnlc
oonhccicb como fase de rondu.'30 ou aprumo. fi u.'l:ld:a pc1r2
supinaçio e o """"'°
<la pcrn:1 à pc>."iç:tO de rouç:lo la1c:r.il.
along;u- os m6sculos apropriados p:ara que cscj:lm cm po6iç;lo lnd.~ura - Oq>n:.'iSW n:i m:ugem de um °""'" ""'"" a inci"U'd
croclc::tt e a inclwr.1 12di3.I da ulna.
para ger.i.r ~ forç:• e momento de fotÇi quondo se oontra!rem
conccntricamemc n:1 próxima fase. l1Jétcla - Reslslêncb ~ aÇ>lo ou mudltt(':l1rcsblenda ~ acelcr:~o
ou desaceler~ç-lo. tnetcb é a tendência à nunuten.,'40 do ew1do
FlexAo - \ 1ovln1e1110 dol'I OC>SOS em uma ankulaÇ'lo, um em dl1'!- se o segmcruo corpol3.I
de movimento, mesmo ~!Ycr .e mo·
ç-~o ao outro, car~ctcritado pcLi dlmlnu~o do Sngulo entre
""1>Ck> cm urn:1 vdocidade partk"lar ou e>tivcr iJnõvd.
d~. como no movimento <1:1 m:lo cm dlr.'(ão 110 ombro d\J12nte
a llex4o do C()(OVelo. ~- Suprlmcl\10 de um m05culo, órg;lo ou prutc corpón.>:1
Flexão dorsal (dorslf>cxAo) - Movln...,,,10 de Rex:lo do torn<>-
zelo, quando a ponu do pé se rn<WC cm eh~ ~ p:artc anterior l nlhlçio rcdproaa - /UMlçk> de Wlkbdcs mocor.is de ~
da o"bb. caus:indo umo irúbiç:lo neur.ll reóprocl de unkhde:. iOOlOl\1.\ de
~que lhes pcrmk ~ sub;cqucnlc ;d) l1lCf1()$
Flc:xik> latc:ral - Mo-imcnto da c::abcç:i ie/ou tronCO 2fa.~se
r.cns:lo. 'Jlanb&n pode - dumw;b de úlCM1Ç'lo roóprocL
L11Cr.11itk.'fl1C da linlu m<.'Cli:m:a; alxluç:lo da colun:i.
1-:lçào - flonlo diSl:ll de l1x:içlo de um m~ m:ti5 di.!anlc da
Flc=xik> pah nu - MoYilncnto de f1Cldo do punho no pbno l"lgital
linlu medi3n:t ou da pane cenlr:ll do corpo. gcr.i.lmente ~ldc
com • supcrflcic antcnor ou •'Obf cb m:1o lt>O\~ em diN-
rado como a JXA1tC mais m6\d
çào .i superflde 2n1cnor do ancebl3ço.
losaçào trncllnMa - ~ hori2onr:l.i> qoc O\.IZml o mú;;aJlo
Findo plantar - MownenlO de cxtcnsJo do tomo•.clo que rc- ""°do abdome cm ~ou nui1 ~ ooníeindo-lhc uma ap:a·
5'1112 no afastamento do ~ e dos dedos em rebçào :ao COtJ>O.
r\!rld:I~
Forame - Onficlo ou :abcnura em um Q6.ll0, como no for.ime ~ ativa - PonlO alcanç:ado quando um músculo i;e
magoo na bra-<e do crtnlo toma cocun:ado ao pontO de n1o poder gerar ou manter a tc.-n·
Força - Produto da mas.s:a \'cr.<'$ • :attlcr:aç:So sSo ativa.
Força de reação do wk> - t a f()IÇ:l da supctflcic 1e2gjndo com a lMUflcli!ocla pas6iva - ~ cm que um mósculo ~ 6C
f()C'ÇI aplcdol sobre eb, como a que ocorre cn1re o COtPO e o cncoa1n e:;tlrado ao ndxlmo, <em pemutll' mownento.
solo qu~ se cone $Ob<C uma supctflcic. tntr:oskladc - \';uüvcl do aadao que gcr:almcmc se refere a um
Força cxc:bll.rlc.a - ~·Ol'Ç:l aplbda cm unu dlreçlo nio :tlinhada ceno pereentual do núxlmo •'"°'uto que unu pe!lliOC> pode ~·
cm rebç;lo :ao centro de rouçto de um objeto com cuco flxo. Em portar.
objct06 sem dxo rlXO. é w1u fOtÇ> 2plicad1 a unu a:rt.2 dístlnda ln~ - Neutõnt05 ccn1r:1i!I ou de conwo que condu·
do centro de gr:wkbde do objeto. zero impulsos dos ocutõnlos scnsill\'06 ao.. nculÔl\los mcxores.
""- -Cnid:ide, de ~o ou wperf10e aplain3d:I do OMO, oomo tovcnAo - Dlteclon:lrncnto cb pl3n12 do ~ par:• dentro ou me·
a fossl su~ ou • fos.1a ilbC1 dlalmeruc, estlndo em po6lç:'lo crcca com IX'SO n:• margem ex·
.F6vea - Uma f~ ou depreM:lo muilo pcquM-1 no OMO, como a lt:mll do pê.
íõvea da rnbcç:I do 11!mur. lrrll4bllidade - Proprled:ldc de um mli5culo que cooslsic cm ser
Fttquêncla - Um:• v:iriivcl do CX(.'fáclo que se refere ao núm<.-ro :.cnsível oo resp<n•~VO a c>tíinulcJ<'l quhnK'O>, dl:tri<x» ou m.:-
de ,..,=
que o cxerddo (: =lii.:ado por scm:1na. c.Jnloos.
Frk;ção - l'orç:1 que resul1.1 da resLst~nctl entre dua:i superllcies se IM>dJlético - '11po de cxcrddo din!mlro que cm g<:r.ll utili7"I oon-
movltnen12ndo unu sobre a OUtrJ traçXjes ~ dou cxcêncrlca.t, nas qual~ a "clocid.1dc do
Frk;ção d.nttlc:l - Qwntld;adc de fncç;lo que ocon-e cmre dois mcMmcn«> é oon.stante e :a ~ muscuLu (oonnalmen!e a
objetos que esclo deslí"'1ndo um sobre o outro coolr.lÇlo rnhlm:I) ocom: du= tOclo o movlmcnlo.
t,lt·'n
Jsqulotiblals - Nome comum dado aos m(lsaJlos põ<'iterlores da M"8culos biaftlculatcs - Aqueles lll\ÍSC\llOS que. da Ofi8Cm 1 Wcr·
roxa: b~ps remorai, semitendlneo e semimembr.utlc:eo. ç:lo, CIUl:lll1 ~ ank:ubçôcs dlfcn:ntes, pcnnltindo a ccewçlo de
Ugamcoto -11po de rcci<lo conjunlivo fone que conccu um osso 3ç6cs cm c:lda :utlwliçõo.
a oouo, fornecendo ewibi.lidade ~~tlca às :1nJculações. Mlísculos etn t!n - 'lípo de m\ÍSCUlo par.tlelo com f\br.\s unifonnes
Unha - P.l<!>':lç:lo ÓS.'IC:l mmos proeminente que uma ai<;ta, como em dl!lmeuo, corno o sanório.
a linha áspera do ICmur. Músculos~ - MCisculos que se originam fota da (proxl·
m:al a) pane do oc>rpo cm que ~Mm.
Unha alba - Divisão tc:ndinea e margem medial do reto do aP.
dome que av:inça vcrtlc3lmcmc do processo xJJoide ao pCibls, M6scruoos fusJfonncs - ripo de m6sculo paralelo com fibras orga·
passando pelo umbigo. ni2:1da.s em fonna de fuso rom o ventre cenual semellunte a
uma fita, com tendões em cicb lado. como o btaqui:ll e o bloep5
Unha ""1lilwUU" - L:ucml •o rolo do abdome, uma linha cm bt:lqulal.
form.ito de lua ou lu.1 cresa:nte, que av:inça venlcalmeme e
representa a oonex.~o da aponeurose com a margem lateral do M6sculos lo~ - M6sculos contidos lntelr.1JJ>ente dc:nllO
de uma pane espeólka do corpo; em geral, referem-se aos m6s-
reto do abdome e a margem medial dos obliquos do abdome
interno e externo. culos pequeiios e profundos enronll"Jdos no pé e na mão.
Músrulo8 multbrtlOllares - S~o aquele$ que, da origem à inser·
LOrdose - Aurnento na concavid:1dc: po:;tcrlor das cwvatur.LS lom·
ç:lo, oozam três ou qU3tro anKulações dífererues, pemulindo a
bar e cervical.
reallzação de ações em cada anlc:uJaç:lo.
Mllngulto rol3dor - Grupo de m6sculos ínllin.secos da an.icubç-lo
Músculos para.Idos - M<isculos que têm suas fobms díspostaS
glenowner.11, constituído pelos músculos subesolpuJar, supr•es-
paralewncme oo romprimento do músculo, como os músculos
pln31, ínfracspinlll e n.-dondo menor; é CSS<.'flcilll na manutcnçâo
planos, fusifonnes, cm llnt, radi:idos ou esf'incteres..
da e&:1bílld1de dlnâmic:i d• artlculaç:lo do ombro.
Músculos penados - MCisculos <JUC têm fibras di~postas obliq\lll·
Massa - Quantidade de 1Tl3téri3 de um corpo.
mente aos seus tt.-ndõc:8 de maneira similar a uma peno, como os
Meato - P.J.~gcm cm form:110 de tubo por um nsso, como o unípenac:lc6, bipena.dos e mulliperuu.lm.
mc::1to acústico externo do osso temporal. Músculos pia.nos - 11po de mÚ$CUlo paralelo. cm gcrdl fino e
Mcd.nlca - Estudo <hs açõe$ fLSicas d3s forç.i.s; pode = subdlvi- bugo, com llbr.ts que se origínom de apom.'\ll'OSCS flbros:is e lar·
cüda cm e.'táâc:i e dinâmica. 83" como as do reto do abdome e do obliquo externo.
Mediano - Relaci<>nado, localizado ou e11cndido em cürcção ao Músculos radlados -Tipo de m(1SÇUIO paralelo com um arranjo
meio, situado no meio, mcsial. combinado de músculo fus!fonnc e liso cm que estes originam
Medula csp!Jlal - v-. . comum crurc o sistema nen-oso central e o uma aponcurosc e convergem para u m tcnc:t:io, como o pcito-
nervoso ix.-riflorico.
SÍSl(.'111!1
ml maior ou o tmpl'Zio. Tambêm descrito, algumas vClCS, como
triangular, cm rorm:i de leque ou convergente.
Mlótomo - i\!Ú$C\llo oo grupo de mÚ$CUlo$ suprido por um OCf\'O
espirull cspedfoco. Mti3cuJo8 uolartlcularcs - Aqueles múSculos que, d• origem ~
ín.'IC~o. cruzam ap<.'ll:\.< um:i aniculaçllo, permitindo-lhe.< de-
Momento - Qu3.lldadc do movlmenlo. que ~ lguru a ma,s,;a multi- sempenhar açóe.• apena~ no anlc:ulaç:lo que au>.:im.
plic:ida pela ,·dockbdc.
M6scub unJpenados - Um tlpo de m<isculo penado com Obr.1s
Movimento llCCS8Ório - Mudançt real na relaç2o entre • supcrf'tde que av:inç.im obliquamente de um rendâo de um (inico lado,
anlcular de um 0650 ;.m rel.'IÇlo a outro, e:arocteriz:icb como os como o bíce~ remorai. o extensor longo dos dedos e o 1ibial
movimcnln'S de robrocnro. rowç:lo e deslizamento. posterior.
Movimento angular - Movimento que em'Olvc a rotaÇlo cm Nervos aferentes - Nervos que ltllZem impulsos dos re<X.'Plores
tomo de \1m eixo. da pele, anlrulaçõcs, m~os e outr.IS regiões pcrif(:rk:as do
Movimcnlo curvllinco - Movimento ao longo de umo Unha CUIV3. corpo para o s~cm.• ncivoso cemral.
Movimento linear - Movimento ao lonso de um:> linha. Também Nervos cnnll\nos - Grupo de 12 pares de nervos que se Otigj·
conhecido como movimento tmnsl:uório. nam da base do c<:rebro e que emergem do Ctãnlo pelos fora·
mcs; proporcionam funções mo<ora e sensorial esped/lcas à
Movimento Mtcodncmálku - Movimento dos (llS()S rcl:ltivo aos
três planos cirdinaís; <: 1CS11lmnte de movlmen1os f\slológicos.
cibcça e ~ füce.
Nervos dercntes - Nervos que carreg:1m impulsos provenientes
Movimento rccJ.li.neo - Movimento ao longo de uma Unha rc1:1.
do sistema nervoso cencral para regiões pcriféricis do corpo.
Movlmencos &lo~cos - Movimentos normais das :ítlkula- Nervos espinais - Grupo de 31 pares de nervos que se originam
çõcs, como flerlo, extensão, abcluç:lo, acluç:lo e roctç:lo. reali- da medula espinal e saem da coluna venebral de oda lado por
>.:idos por ossos que S<: movem cm pi.anos de movimento sob«: melo de abettut:IS entre as vênebtas. Eles avanç:im diretamente
eixos de rot.~çllo da anlc:ul:1ç:lo. para locais 3na1ômicos especlflcos, rormom dlíeremes plexos e
MúSallo csflncterla.no - Tipo de músculo paralelo que <: tccnlci· evcnru:il.mente tom.•m·se rarnillcições de netVOS pcrií&lco&
mente umo tiro mUSGUlar contlnl"1, :irranjad:a para ccrotr e fechar Nervos somãtleos (volundrlos) - Nervos aferentes que ~o
uma :tbenur.• com a contração, como o músculo Otblcular dos sob conllOlc ronsdeme e levam lmpul.S05 para os m<isculos
olllOS. Também conhecido romo músculo circular. esqueléticos.
Músculo multlpcoado - Tipo de músculo penado que possui Nervos vlscenls (lnvoluntários) - Nervos que carregam im·
m<iltiplos ten<lc)es com fil)f;ls que avanç:tm diagon:tlmeme entre pulsos ao coraç:lo, músculos lisos e gl1ndulas; referentes ao
eles. oomo o dcltoldc. slslema nervoso autõnomo.
404
Ncur6nlo - (;()lula nervo5a que ê a unidade bósk:a funclooal do Plano frontal - Plano que divide o corpo latcralmcme de um
sistema netVOISO responsável peb geraç-Jo e transmlssllo de lm· lado ao oulro em metades anterior e po&erior. Tillllbém conhe-
pulsos. cido como plano lateral ou cororul.
Neuronlo motor - Neurônio que 1r.1nsmitc impulsos do c('fd>ro e Pia.no sagll:Ll - Plano que di'<ide simetricamente o corpo, seccio-
m<.-dula <=>pinal aoo mú.'<Olk>.< t: tt:cido<'l gl:indularc:s. nando-O da frente para Ir.Is, dividindo-O em mctndes direita e es-
NCW'6nlo8 sensoriais - Neur6nios que lr.lMDÍlem impulsos de qU<.'ltla. Também conh«iclo c.umo WllerOpOStc:rior ou pltnó AP.
tod:u as prutes do corpo pan a mc:dula "-'J>inal t: o d'!rebro. Plano transvcrso - Plano que: diviclc o corpo horizont:ilmentc:
Ncutr:dlz:wlores - Músculos que <.'Ontr.lpôem ou ncutrali23m a cm rnc1adcs superior e inferior; também ch.·unado de pi.ano ho-
11çlo de outros músc.'UIO$ JY.11"~ impedir movirnt:ntt>.< indc:stjáveis; ri7..on1'11.
referidos como ncutr.illiantcs, con1r.1cm p:u:i rcsistlt a ações cs- Plantar - Rel•1ivo ~ sola ou :rup<.-rllcie Inferior do pê.
peállos de ouu-os m6sculos. Plexo braquJ.al - Grupo de neivos espinais compo&o pelos ner-
Oposlção - Movimento <llitgonal do pol~r ciuwido a supcrllcic vos CCtVicals (CSa C8), bem como pelo primeiro ncivo torácico,
palmar da ~o p:lra f.v,.er coni:uo com a m~o ou 06 dedos. respon.sivcls pela fu nção môlQr.l e: i<enSOrlol do membro supe-
rior e da rn:alor pane ela csdpula.
~ tend!ooso de Golgl (OTG) - f! um proprioreptor sensl''CI
:l. tens1o muscular e à con1r.1ç10 ativa. encon1r.1do nos tendões Plexo cervical - Grupo de n<.-rvos espinal:> compoSlo pc~ ner-
próxlmoo; à ru~o musculolcodinea. vos cervic:ils (CJ a 00, geralmente responsllvels pelas funções
mocora e sensorial da pane superior dos ombros à pane ()()$1C-
Odgem - Ponto proxim31 de íJJCaçlo de um nlÚSOJIO ou ponto de
rior da cabeça e regiilo anterior do pescoço.
fix:lçlo de um músculo m:iis pcúximo d:t linha mOOJana ou do
()Cfltm elo corpo, geralmente coosidcmdo como a parte meflO<S Plexo lombar - Gru1>0 de nerv<><! espinais rornpoSIOS por LI a IA
móvel. e por algumas flbras de Tl 2, cm gemi responsáveis pelas fun-
ções m(l(ora e «:nsitiw d:• rewao inferior do alxlomc: ., das
<>.!so cortk:al - Supctflcie 66se:i exterior da diM'ISC. Pormad:l por
porçOes anterior e medial dos mcml>ro6 inferiores.
osso compacto.
Plexo sacra1 -Grupo de: nC1V0S c:spinai.< composto de IA, 1.5 e: SI
Osso cndocondral - Osso longo que se dcserwolve a panir de
a S4, cm geral rcsponsivel pc~lS funções COO(Qr.l e scnsorl11 da
nwsas de Clnifagem hi:llina após o esciglo embrlonãrio.
P'Ute lombar da colwu vertebral, pelve. pcmneo, superficle pos-
Osso cspon}oso - Osso porOISO que se enoomra aoolxo da super. terior da coxa e pema, bem como as superfícies dols:ll e pl•nw
ride cortical óssea. tio pê.
Ossos sesamoldes - PcquCtl05 °'5SOS cnc:ilx:idos dcn1ro de um Poslçào anatôrulca - Posição de refeM!da na qual o sujeito csú
tendilo de unidade muscukxendine:i que fornecem prcxeçlo e em po$iç:lo ereta, ~'Qfn ~ juntos e palma.s das mãos volUl<bs
melhoram a vantagem niednk:a dess:l.s unldadcs, como na pa- pCll'3 a frente.
tela.
Poslção fundamc:fltal - P®Çllo de refen."ncia que é, cm cssencia,
Osteobbsto<i - Célul1.s especiali2:ldas na fonnaçlo de um novo Igual à posiç;1o anaiõmlca, cxocto pelos br.iços, que estllo com
06SC).
as jXl!nw viradas para o corpo.
OsteOdaslos - Célula.i espedali2adas na rcmodelaçlo de um novo J'o(c().clal de ação -Slml eléuico tra.Mllltldo pelo~ e mcdub
osso. espinal :llnlvés dos axônlos pArJ m>r.i.s musculares em umt uni•
Palpaç;lo - Uso da sensibilidade filtil para sentir ou exantinar um dade mot.ôr.I p:utlcular, que fornece o estímulo parJ a oorur:iç:lo.
mÚS<.'\llo ou outm tecido.
Ptqp - v.t!Ume <lll3tôrnicll das dobras de tecido sinovial que podem
Plica de g:aoso - ~o tendlnea ~ formada pelo sanório, se ltritat ou lnibrn:lt oom le:;Oes ou uso cx<XlSS!vo do foelho.
gr.lcil e scmítendlnt:o que se llX3 na superfide Mtc:romedial da
Princípio do tudo ou nada - E5lado em que, independentemente
rcgi~o proxim.•I d' 11ôi:i, abaixo do nlvcl da tubcrosidadc da
ID>la. do oúmcro cn' 'Olvido, as fibras musculares lndividu.1ls de uma
unidade: mo1or-J =~o em nitxlma contr.1ç-lo ou cm nláximo reL1-
~ - Vari.1ç:lo intcndon:ll da sobn.-c:irg:a atl'3vés de UJll3 xamena.o.
pn:scriç'lo n:du7.id:t ou aumentada em um programa de trein:i·
~- Projeçlo procmínente de un1 O<ISO, oomo no acrômlo
R\COlO para otimizar g:inhos do desempenho rl$lco.
da esclpula ou no olécr.tno do úmero.
Pcriodo latctuc - Em urn:a con1r.1ç:lo de urna (mies flbm muscular,
Proru.çlo - Rooiç:lo medial do r.1dio de 1nodo que cruze a ulna
é o perfodo breve de pouoos milis.«.'gllnclos que ,;egue o esd·
diagonalmente, rcsultruldo na posi<'ão do antcbra~ de p:llma
mulo antes que a f:ise de c:onll':lç;lo se lnlcie.
p=i baixo. O termo t:tmbém se reft= a um:i combiruç:lo cl:i
Pcrió5teo - Mcmbr:in.1 f\b<os:• e den:;:t que rcve:>te a supcrl'icie dor.!illcld.o do tornozelo, cVCfflio subc;tbr e abduç:Jo do an1~.
externa da dL'úise. Pi-oprloccpção - f~:dback re~•tivo no <=ll~do de t~o. compri-
Placl cplfls:iria - Pina placa de c:utlhlgem que scparn a <Wflsc e a mento e contra.ç:lo de um m<ísculo, à ()()$Jçao do corpo e dos
epíllse durante o crescimento ósseo. í; ronhecida como placa de rnernbros e ao movimento das aniculaçõcs fornecido por re-
cresdmcmo. ceptores internos local17.3dos na pele, arti(ulaçõcs, músculos e
Plano de movimento - Superfk'ie irnaglnária bidimensional sobre tendões.
a qual um membro ou scgmcnlo corpotal é mo"ido. ~ - Movimento do dngulo do rn<'..'fllbro superior par:i a
Plano diagonal - Combinaç-lo de mais de um plano. Menos que fn.'tltc dlst.mciando« di coluna; 3lxlução da csdipub.
paralclo ou perpendicular ao plano sagiw, frontal ou tr.insvelS:ll. Proximal - Mal$ pr6xirno :\ linha medlana ou do ponto de refe-
Conhecido ~ como plano obliquo. rí!nd:i; o 3Jllcbm~ é proximal a mio.
-
Quadriccp5 kmonJ - !\'orne comum dado aos quauo m~ da Som"Çlo - ~de cfC1IO ~'O da conu:aç:lo muscubt
pa1te anienor da coxa: o reU> femoral, o V25U> Mc.ldW. o •':ISlo in· que ocom: quando um mú!.culo cm repouso (: e5limubclo tq>et>-
~e o •"WO brcraJ. damenle com um~ múlmo cm um:a f~ que pcr-
R2mo - P..ute de um 0600 oom fonna10 •n'qlllbr que ~ m:us denso milc o tdax:amc:nt0 compklo """" ada c:sdmulo; a ..:gltn<b
que um ~e fonm um SnguJo oom o corpo pnndpal do <XXllr.lç\o ~ uma ICnsSo Jc,~ maíor que 2 primclr.i, e
oo.o, como o. ,..unci., •'llperior e inímor do públ:. a lc:rccit:l contrJÇ'lo prodUl' uma ~o maior que a scguncb.
Reduç&o - Recomo <b coluna venebf:al p:1n 2 poslçào llll:ltõmica a Su.klo - Oepr=Jo de um os.o. como o sulco inlenubercubr (b!d.
IJ'lrtir tb ílcXilo bteml; aduçlo d:l oolun3 v~'ft~-br•I. pil:ll) do úmero.
Rdk:xo mlodtko ou de Clllname:tl10 - Coo1mçOO ~ que SupirulçAo - Movimen10 de rotJç:\o lacerai do r:ldio paralelo·
ocorre ~'Oloo rc>Ultado tb 31iw~ dos ll<'ll!Ó<liuo mo1on:. dt: um mente :\ ulna, rcsulL~ndo na p<l<\Jçllo do an1cbraço com palma.
m(is.culo :a partir cio sl~c:m:i ncnu.o cx:ntt:tl, sccund:lrl:uncn1c a para ~ termo 1amhl:m utUl.t.ado para dtscn:ver a combina·
um npklo C$llnmcnt0 OQOnido no mesmo m(l,o,culo; um exemplo ção do.1 movimcn10. de inver.lo, oduçto e roQç\o m<.'Clbl cio
é o ldlcxo polCbr. pé e cio 1omo1.do.
Repol!llçlo - ~IO>imcnto diagonal cio polqpr qU2ndo ele rc1om:a Sutura - Uniu dt: undo cnu.. 06ó()ó, como• 5UIUra ~ min: o.
à ~o an:nõmlc:a a panir de um:i <>p06iç$0 com :a mào e/ou OSKIS p:uicuis cio a:Wo.
Rolamento (balanço) - 11po de mov11nen10 aOCMÓflO c:ir.Kteti· Témno - Oco<n: quando um COlimulo (: fOf'llC'cido em um:a fn:quê:n-
z.ido por um:i série de pontos em uma supetflclc :anlcubt em c:iaw o sufld<.'ntc, f.17.Cndo com que nào haja tcllJc::imcnlO cnue
oon1:110 com uma série de poru06 em oull':l superllde attlcular :is conlr.IÇÕe'i musailares.
Rocaçilo - M<Mmcnto ao redor cio eixo de um osso, como no giro Toque do aak:anhar - f; • primcird pane n:i f...., de apoio durJntc:
Interno, externo, p:ll'• baixo ou pa,..i drn.1. a aç:lo de c:anúnlur ou com:r, 01ractcrir.l<b pela :11crriss:lgem
Rocaç&o btc:ral - MovinlCnlO rocuótio :ao redor do eixo longiiudl· sobre o c:ak-...nh.,r com o ~ em sup!na~ e a perna em rocaçAo
n.il de um O>SO <IWncbn<Jo..sc cb Uniu mcdbna do corpo. latctal
T:ambém conhecido <orno rot:lç\o pcir:i for:i ou rocaç\o cx1c=. Torquc - Momento de força O cfcito rocxion:IJ de um:i fotÇl CX·
--
lology, t.'<I 6, Oubuqu<:, r.A, 2003, McGrow-Hill: 4.8-4.10, '4.12. l!mcst w.
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ndi ce relllissivo
A ângulo do esterno, 324
ingulo inferior, 87-89, 108
abdonun:us,205,356-357
ângulo Q (ângulo do quadricepi.), 270-271
abduç:lo, 23 ãngulo superior, 87-88
anlculaç;\o do eotovelo, 206
angulos de uaç:l.o, 58-59
anlculaç:lo do ombro, 110, 11 2, 151·152
:intebr:tço
articulações m<.tu:arpofulângicns, 167
amplitude de movimento, 141
dngulo do membro superl«, 90, 206 aspecto anit.'f'Om(.'<lial, 172
ck.-dos. 165 músculos, 174
csclpub, 92-96 anteriot", 2, 113
polegar, 165 anteroinferiOr, 2
punho, 166-169. 171, 176, 179-181, 184-185, 188 anterolateral, 3
quadril, 222, 225, 227, 233-236, 243, 245. 248 anteromedial, 3
abduç:lo di:1gonàl, 22, 110, 113 antcropostcrior, 3
alxluç:lo horizontal, 23, 110-112 anterossuperlor, 3
:aç:l<>, 41 :iplicaç:lo da f()fÇI, 69. 73
aç-l<> mu...cubr, <.letermin:l~;'l<> da, 47-48 lxaço de força (momento de f<XÇa ou totque), 72-74
aç:l<> muscular coordenada, 37. 199-201 aplic:aç:lo de re-.bl~ncb. ponto de, 71
acck:r:aç:lo, lei da, 78, 81 aponcurosc, 329
a~bulo, 221, 223-225 do bíceps lxaqui:ll, 14"
aduç:lo, 23 do oblíquo CX1emo, 117
anlculaç:lo do <.ttovclo, 206 do oblíquo externo do abdome, 34.3
artlculaçilo do ombro, 110, 112 do oblíquo intcmo do abdome, 343
anlculaçõcs m<.-tacarpofalânglCI.'>, 167 do tro.nsvcrso do abdome, 343
~.165 palmar, 174
csdpub, 92-96 plantar. 311
ombro, 90. 107, 151-152 am> lolljlitudinal do pé. 290-291
punho, 166-168, 178-179 latcr:il, 290
quadril, 22>-227, 254-258 medi2.I, 290
adução di:lgonal, 22, 110, 113 arco uaim-erso do pé, 2f!1, 29().291
nduç:'lo horiront.'11, 23, 110, 112 :1!1Th1zenamcn10 de minemis, 9
agach:unenLO, 202, 359 :ine:messo, 81
:agonl5las, 206 :ane'.:ria(s)
ala.,..1nc:a:;, 68-71 arqueada, 312
dngulo de uação, 58-59 dorsais 00$ dedos, 312
~tfk:aç:lo das, 69. 71 dorsal do pé, 312
romprimento dos braços <bs, 72-75 femoral, 230
de primeir:I cbsse, 69-71, 73-74 fcmor.il profunda, 230
de M.'gllnda das.se, 70-71, 73 fibular, 29-i
de terceirn classe. 70-71, 74 maleolar anterotnedial, 312
cm rclaç:lo a habili<bdcs csponivus, 75 poplíte:i, 232, 294
fatOteS no uso de, 71-n tibial anterior, 294, 313
vantagem mecânica das, 68 tibi31 po:;tcrlor, 294
:alç:i cervlc:il, 50, 94 articulaç:lo(Oes)
amplitude, 42 :IÇ'ÔeS articul:ares, r1g11r:u representall\':lS , 25-27
amplitude de movimento, 19, 69. 70, 73, 75 acromiocbvic ubr. 118-89. 109
anatomi:l, 67 anfwuodial, 14. 16-17
anel Obroso, 325-326 artrodial (d-.'!lli:t::1mcnto, pbno), 18--20, 87, 89. 267, 325
articulaç-Jo(ões) (co111.) anlculaçilo(ões) (c<>111.)
a!l:tntoaxial, 322 m(isculos. 143-146. 148-155
atlantocciplllll, 325 nervos, 147
bola-e-soquete, 108-110, 221 ossos. 137-138
bola-e-soquete mulfi:ucial, 19-20 sacroiliaca, 224
carpon!e13carpal, 162, 16-i-165 selar (em sela), 18-20, 164
e1rtil:1ginosa, 14-15 sinanrodial, 14-16
classlfic:içilo por esuutur.i e função, 16 sincondrosc, 17
condUares, 18-20, 164 sindesmose, 16-17, 141, 288
condiloidc (clij)'i()idc, ovôidc, bola-e-soqu<.1C h~ial), 18-19, sindesm61iç:1, 89
164, 290 slnflses, 16-17
condiloide dupla, 267 sinovial, 14-15, 17-20, 28
rotaç:lo descenden1e, 90 subtalar, 288
coracocl:ivicular, 89 t:trsom<."btamis anrodiais. 290
eh t.'Oluna vcrtebml, 325-327 úbioílbular, 71, 287
da mão, 16}-164 inferior, 2tr7
dedos da mão, 163-164 superior, 268, 287
desli1.:1mc (aruodlal), 288 tipos de, 14-19
dlaruodial (slnovlal), 14. 16-20, 24, 28, 267 transversa do tatSO, 288
do d ngulo do membro inferior, 224-225 troc6idea, 19-20, 140
do ângulo do membro superior, 88-90 LroCOidc-ginglimoidc, 267
do c()(ovelo, 138-141 urneroulnar, 138-139
do ombro (glcnoumer.il), 87, 89-92. 108-140, 143, 224 vcncbral, 322
ampUlude de movilnento, 110-111 artrocincm~tic:i, 24, 27
c.xcrdcios, 95 anro:.es, 14
lesões, 110 atlas, 49, 325, 333
movimentos, 23, 110-113 atrito, 79
míísculos, 106-110, l l }-1 15, 117-118, 120-125, 209-215 cinético, 79
nervos, 119 de rolamento, 79
ossos, 107-108 estático, 79
do pé, 285-319 axõnio, 49
do punho, 161- 190
do quadril, 224-225
do tarso, 1137 8
do tomo1.elo, 285-319
elípooide, 19-20 bainha dlglllll fibrosa, 311
em dobradiça, 19-20, 139, 164 bainha do rc.10, 343
enruuodial (bola-e-soquete, esferólclea), 18-20, 108 bandalUollbial,39. 232
1:$C!pul01orodc;i, 89 base de suponc, 79
cstcmoclavicular, 87-89. 107 bilateral, 3
femoral acct3hular. Verquadril Oi<Xlcx, 45
Rbrosa, 14, 16 biomeclnic:a, 67
gingllmoide (dobradiça), 18-20, 138-139, 164, 267, 288 bolsa
glenoumeral. Ver:1rticul:1ç:lo(ões) do ombro, glenoumer.il do olécr:lno, 140
interfalãngica (lf'), 162, 164-165, 287·288, 290 infrapa!elar, 269
intcrfalângica distal OFD), 162-164, 288-291 sinovial, 269
inlcrfal:ingica proxilll31 (IPJ'), 162-164, 288-290 subcut:lne:i infrap~telar, 269
mctaaupofalãngk:a, 162-Hí6 subrut>lnc:i prl:-patclar, 269
me1:11:ar.>0fal3ngiais, 286, 288, 290. 31 1 subdeltóldea, 110
movimentos na, 19-28 suprap:nclar, 269
ovoide, 19-20 borda later.tl, 87-&3
p:1tcloft.-n10ral, 277 borda mt.-dial, 87-88
plana, 19-20, 87, 89 bmço, mllsrulos do, 144
radiocarpal, 163 hraço de rcsl~1ênci:1, 72-74
radioumcraJ, 138-139 bulbos de Kr:lu.se, 52, 54
radluln:u, 23. 25. 137-167
movimentos, 25, 142
e citcunduç:lo, 22
CL'i:!lhamcnto, 81, 202
cabt.-çi
clav!cula, 87-89, 107, 109, 117, 125, 141, 332
m65CUIOS, 329, 332·333
lncisum clavicular, 324
c:otx.-ç-• cL1 ffi>ula, 291
medlal, 322·333
c:ibeç:I do fêmur. 223
c6cdx, 221-222, 321-322
<.':Ide~• cinC'lica
eo<.-fkicmc de alri10, 79
abett:I, 202, 204
colágeno, 12
ícduda. 202. 204 colo do temur, 222
C:lllC2 1or.ldca, 89, 324
coluna vertebral, 321·369
oolcl~'<>. 71. 286, 288-291. 29?-300
amplitude de movunento, 327
c:intlnhada, 202
nrticulaçôt.'S, 322-326
can:al inguinal, 343 medula espinal, 322
Clpsula anicular, 17, 140, 164, 311
movimen1os, 326-329
c:-.iractcdslk:a.s lipicas d06 06SO.'I, 11-12
m(lsculos, 329-}49
carbon:i10 de dlcio, 12
nerv~. 329-332
cartibgem oo;os da. 321-322
al1JC\lbr, 12-13, '267. 325 parte ceMal, arnplirude de movimento da, 327
coo.tal, 32-4 pane lombar, 322, 325
hlahna, 12, 17 amplitude de movimcn10, 327
lit<.-óldea, 332 parte: torácica, ampliludc de movimcn10 da, 327
cauda, 3 compartimento mt.'Cllal da COJCl, 230
c:auda t.'<tuina, 49 compartlrncnt o muscular da perna, 295
c:ivld.1de anlcular, 17 anierior, 295
cavid.1dc glcnoidal, 87-88, 90, 95. 108-1 10, 126-127, 129 la1er.ú, 295
cavkbde medular, 11-12 posterior, 295
oovi<bdc l>il'IO\-i:d, 267, 269, 325 posterior profundo, 295
cavicbdes (depressões) dos OMOS, 1-1, 16 posterior supetflci:ll, 295
ccí:llico, 3 complexo gastrocnêmio-~leo, 287
cenltO de gravidade, 79 componente de lux:1ção, 58
cerebelo, 48 componente n~o rotmório, 58
ciclo da march.1, 285-286 componente row16rlo. 58-59
dfosc lombar, 322 componentes eSt:1billz:idores, 58
dncm.'ltica, 68 componentes móveis cb poll:i compo61a, n
~iologi2 comprcss;\o, 81
deflniçlo, 67 conccito de cadei:I dnétic:i, 201-203
ccimologia dos termos comumcntc utilizados em. 377·379 concci1os ~"Uromu.'oC\ll:arcs, 5~
cineslologia C$11Utural, 1 condldonamen tO, 202-205
dnc51<.'Sla, 52·53 desenvolvimcn10 muscular, 205
cinêlic:l, 68 princípio AEDI, 204·205
dnl'lica abena, 202. 204 princípio da wb~-c.~orga, 202.-203
dngulo do membro inferior. 10, 22 1-27-1 â>ndilo
articulações, 224-225 da tlbia, 265-266, 3C>4
movimentos. 226-230 do fCmur, 265-'267, 272, 299
m(lscu)os, 227·228, 231·232, 242-253 b1etal da tíbia. 4, 222·223. 266, 268, 273, 279. 287
ncn.'QO>, 238-242 later.ai do fCmur, 4. 222
OMO'I, 221·223 medial <b uôia, 4, 222-223, 265-266, 287
dngulo do membro superior. 88, 109 n>edlal do fêmur, -1, 222, 268
abdu>-lo e elcva>-lo, 206 cóndilos ocdpiiai.s, 322
aduçlo e depressão, 206 condromafacl3, 270
analomia da supcrlidc, 89 <.'Ofle medular, 49
artlculações, 87, 89 conlr.lçào, 4}-45. 54-55
lcv.int:ldor da esclpula. 96. 209, 212-214 concêntrica, 4}-41. 47, 57·58, 200-201, 355-356
movimentos. 23. 89-92, 106 conlr.I gr:lvicbde, 355
m6sculos, 92·93, 95-100, 121 estitica, 43
n<:rvos, 94 exd:nuica, 44-47. 58. 72, 274, 355-356
osso.-i, 87 f.isica, 56
lnd1cc rc mk<Sl\ o 4 11
Manole 111111
9 781SZ8 42626