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POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO:

Refere-se ao estudo do posicionamento para demonstrar radiograficamente ou visualizar partes específicas


do corpo nos filmes.

PONTOS DE REPARO DE POSICIONAMENTO TOPOGRÁFICO DO TÓRAX


O posicionamento radiográfico preciso e consistente exige determinados pontos de reparo, ou de
referência, para centralizar o raio central corretamente, de modo a assegurar que toda a anatomia essencial
esteja incluída naquela incidência específica.
No posicionamento do tórax, dois desses pontos de referência são a vértebra proeminente e a incisura
jugular.
Vértebra Proeminente: Para uma mulher de porte médio , o ponto médio do raio central estará 18 cm
abaixo da vértebra proeminente enquanto que para o homem, cerca de 20 cm. Para determinar esta medida
usaremos a técnica dos dedos espaçados.
Incisura Jugular (incisura manubrial ou supra-esternal): O nível de T7 em um adulto de porte médio
situa-se 8 a 10 cm abaixo da incisura jugular e cerca de 8 cm para muitos pacientes idosos. Já nos
pacientes jovens e/ou tipo atlético esta distância fica em torno de 10 a 12 cm. Usada para o posicionamento
de tórax em AP.
Apêndice (processo) xifóide: É a extremidade inferior do esterno e corresponde ao nível de T9 ou T10.

GRAU DE INSPIRAÇÃO
A melhor maneira de se determinar o grau de inspiração é observar o quanto o diafragma se moveu para
baixo, contando-se os pares de costelas na área dos pulmões, acima do diafragma. Uma regra geral para
pacientes adultos de porte médio é exibir um mínimo de dez em uma radiografia de boa qualidade.

FATORES TÉCNICOS
Quilovoltagem (kVp)
Em radiografias de tórax usa-se baixo contraste, descrito como um contraste de escala longa com muitas
nuances de cinza. Isso exige uma kVp alta, de 110 a 130.

Tempo de Exposição e Miliamperagem (mAs - milampéres por segundo)


Em radiografias de tórax usa-se mA alta e tempo de exposições curtos, para minimizar a chance de
movimentação com resultante perda de nitidez.
Um fator determinante para uma boa radiografia de tórax é ver, pelo menos, contornos sutis das vértebras
médias e superiores e das costelas posteriores através da sombra do coração e de outras estruturas
mediastinais.
INSTRUÇÕES PARA A RESPIRAÇÃO
As radiografias de tórax devem ser realizadas sob inspiração profunda e completa para que os pulmões
apareçam de todo expandidos.
Um volume de ar pode ser aspirado sem muito esforço na segunda inspiração, comparada à primeira. Por
isso, os pacientes devem ser solicitados a prender a segunda inspiração completa, e não a primeira.

INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO
Algumas vezes é necessário fazermos radiografias de tórax em inspiração e expiração. Entre as indicações
desse tipo de procedimento estão: um possível pneumotórax (ar ou gás na cavidade pleural) de pequena
monta, fixação ou ausência de movimentação normal do diafragma, presença de corpo estranho, ou para
distinguir uma opacificação costal ou pulmonar.
O número de costelas acima do diafragma, indicando o grau de inspiração (10 costelas) e de expiração (8
costelas).
RADIOGRAFIAS DE TÓRAX NA POSIÇÃO ORTOSTÁTICA
As radiografias de tórax devem ser realizadas na posição ortostática, se as condições do paciente permitirem.
Três motivos para essa recomendação são os seguintes:
1- Permitir que o diafragma se mova bem para baixo: A posição ortostática faz com que o fígado e outros
órgãos abdominais “caiam”, permitindo ao diafragma mover-se acentuadamente para baixo na inspiração
profunda e completa, permitindo com isso que os pulmões sejam aerados também por completo.
2- Mostrar a presença de possíveis níveis de ar e líquido no tórax:
3- Prevenir o ingurgitamento e hiperemia dos vasos pulmonares: Ingurgitamento significa distendido ou
edemaciado e hiperemia é o excesso de sangue que resulta parcialmente de um relaxamento dos pequenos
vasos sangüíneos distais ou arteríolas.

PA DFoFi de 180 cm
As radiografias de tórax quando realizadas em AP e não em PA a 180 cm, causarão maior ampliação da
silhueta do coração. A razão disso é a posição mais anterior do coração dentro do mediastino, colocando-o
muito próximo do filme em PA, portanto com menor ampliação.

PA VERDADEIRO SEM ROTAÇÃO


A rotação na radiografia de tórax em PA pode ser determinada pelo exame de ambas as extremidades
esternais (direita e esquerda) estarão à mesma distância da linha central da coluna.
O que fazer para evitar a rotação?
* Paciente apoiado em ambos os pés.
* Ombros inclinados para frente.
* Verificar a pelve, face posterior dos ombros e gradil costal póstero-inferior para que não estejam rodados.

ROTINA RADIOGRÁFICA DO TÓRAX:


PA e Perfil Esquerdo.
PA DE TÓRAX.
Paciente na posição ortostática, com os pés um pouco afastados, peso distribuído sobre os dois pés.
Queixo elevado.
Mãos sobre a porção inferior dos quadris, com as regiões palmares para fora. E cotovelos parcialmente
flexionados.
Ombros para frente para tirar as escápulas da frente dos campos pulmonares.
RC perpendicular ao nível de T7.
DFoFi: 180 cm.
Exposição feita ao final da segunda inspiração completa.

PERFIL DE TÓRAX
Sempre realizar o perfil esquerdo, a menos que o problema do paciente seja do lado direito.
Colocar o paciente em perfil esquerdo e elevar os braços do mesmo acima da cabeça.
O paciente deve estar em perfil verdadeiro, ou seja, o Plano Coronal deve estar perpendicular ao chassi e o
plano sagital paralelo ao chassi.
RC perpendicular direcionado para a região média do tórax, ao nível de T7. DFoFi: 180 cm.
INCIDÊNCIAS ESPECIAIS PARA TÓRAX:
Decúbito dorsal ou semi-ortostática AP.
Decúbito Lateral AP (Hjelm-Laurell).
Incidência AP lordótica (Incidência de Fleischner ou apicolordótica).

DECÚBITO DORSAL OU SEMI-ORTOSTÁTICA AP.


Utilizada para pacientes no leito ou na maca.
RC angulado cerca de 5º caudal para ficar perpendicular ao eixo longo do esterno e evitar que as clavículas
obscureçam os ápices pulmonares.
RC a nível de T7 (8 a 10 cm da incisura jugular).
DFoFi mínima de 1,0 m para o decúbito dorsal.

DECÚBITO LATERAL AP (HJELM-LAURELL).


Utilizada para pesquisa de pequenos derrames pleurais ou pequenos volumes de ar na cavidade pleural.
Paciente em decúbito lateral direito ou esquerdo, com apoio radiotransparente sob o mesmo.
Queixo e braços elevados acima da cabeça para não encobrirem os campos pulmonares.
Joelhos ligeiramente flexionados e plano coronal paralelo ao chassi.
RC ao nível de T7 com feixe horizontal para mostrar nível hidroaéreo ou pneumotórax.
OBSERVAÇÕES:
* Líquido na cavidade pleural (derrame pleural), deitar o paciente com o lado afetado para baixo.
* Pequenos volumes de ar na cavidade pleural (pneumotórax), o lado afetado deve estar para cima.

INCIDÊNCIA AP LORDÓTICA (INCIDÊNCIA DE FLEISCHNER OU APICOLORDÓTICA)


Esta incidência é utilizada principalmente para detectar calcificações e massas sob as clavículas.
*Colocar o paciente em pé cerca de 30 cm distante do chassi, de costas, reclinando-se para trás, de modo a
encostar os ombros, o pescoço e a região posterior contra o chassi.
* Apoiar as duas mãos do paciente nos quadris, com as regiões palmares voltadas para fora e os ombros
rodados para frente.
* RC perpendicular ao chassi, centralizado com a porção média do esterno. DFoFi= 1,80 cm.
* Pacientes debilitados ou na maca, fazer uma incidência semi-axial AP com o RC direcionado de 15 a 20º no
sentido cefálico para a porção média do esterno.
* Devemos visualizar as costelas quase que horizontalizadas e acima ou superiormente aos ápices pulmonares
e as costelas devem aparecer distorcidas, com as posteriores quase horizontalmente sobrepondo as
anteriores.

ESTUDO RADIOLÓGICO DO ABDOME


Marcos Topográficos:
São sete (07) os marcos topográficos para posicionamento do abdome ou para localização de órgãos no
abdome.

1- Ponta do processo xifóide (nível de T9-T10).

2- Margem costal inferior (nível de L2-L3).

3- Crista ilíaca (nível de L4-L5).

4- Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS).

5- Trocanter maior.

6- Sínfise púbica.

7- Tuberosidades isquiáticas.

Instruções Respiratórias:
Um dos fatores básicos na boa radiografia abdominal é a ausência de movimento (pode ser voluntário
ou involuntário). Para evitarmos isso devemos empregar sempre o menor tempo de exposição possível.
Uma segunda forma de evitar o movimento voluntário é pelo fornecimento de instruções respiratórias
cuidadosas ao paciente. A maioria das radiografias abdominais é fita em expiração (o paciente é instruído a
“inspirar profundamente” e em seguida expirar totalmente e prender a respiração.
As radiografias de abdome são obtidas em expiração, com o diafragma em uma posição superior para
visualizar melhor as estruturas abdominais.

Fatores de Exposição:
Os principais fatores de exposição para as radiografias de abdome são as seguintes:
KvP média (70-80).
Pequeno tempo de exposição.
mAs adequado para a densidade suficiente.

A cavidade abdominopélvica também pode ser dividida em nove regiões utilizando dois planos
horizontais ou transversais e dois planos verticais.
1- Hipocôndrio direito.

2- Epigástrio.

3- Hipocôndrio esquerdo.

4- Flanco (lombar) direito.

5- Umbilical.

6- Flanco (lombar) esquerdo.

7- Inguinal.

8- Púbica.

9- Inguinal (ilíaca) esquerda.

Quadrantes: A cavidade abdominopélvica é dividida em quatro (04) quadrantes.

QUADRO DE SUMÁRIO ANATÔMICO – QUATRO QUADRANTES ABDOMINAIS


QSD QSE QID QIE
Fígado Baço Cólon ascendente Cólon descendente
Estômago Apêndice Cólon sigmóide
Vesícula biliar
(vermiforme)
Flexura cólica (hepática)D Flexura cólica (hepática)E Ceco 2/3 do jejuno
Duodeno 2/3 do íleo
Cabeça do pâncreas Cauda do pâncreas Válvula ileocecal
Rim direito Rim esquerdo
Glândula adrenal
Glândula adrenal direita
esquerda

ESTUDO RADIOLÓGICO DO ABDOME


Rotina: AP em Decúbito Dorsal.
1- Paciente em DD com o plano mediossagital
centralizado na linha média da mesa e/ou chassi;
2- Braços colocados ao lado do paciente, afastados do
corpo;
3- Pernas estendidas com apoio sobre os joelhos, se for
mais confortável;
4- Centro do filme ao nível das cristas ilíacas, com a
margem inferior da sínfise púbica;
5- Sem rotação da pelve ou dos ombros;
6- RC ⊥ ao centro do filme e direcionado para este (ao
nível da crista ilíaca).
7- DFoFi: 100 cm.
RESPIRAÇÃO
Exposição feita ao final da expiração. (Permita cerca de
1 segundo de atraso depois da expiração para que
cessem os movimentos involuntários do intestino.)
PATOLOGIA DEMONSTRADA
Patologia do abdome, incluindo obstrução do intestino,
neoplasias, calcificações, ascite e radiografia de base
para estudos contrastados do abdome.
ESTRUTURAS DEMONSTRADAS
Contorno do fígado, baço, rins e estômago cheio de ar
e segmentos do intestino e o arco da sínfise púbica
para a região da bexiga.

ROTINA DE ABDOME AGUDO (RAA)


1- AP Decúbito Dorsal 2- Abdome Ortostático (ou em Decúbito Lateral) e PA do tórax.

1- Lembre-se de fazer as imagens em posição ortostática se o


paciente chegar ao departamento em posição ereta

2- O decúbito lateral esquerdo substitui a posição ortostática se o


paciente estiver muito enfermo;

3- A incidência PA do tórax em ortostase ou AP do abdome em


ortostase visualiza melhor ar livre sob o diafragma;

4- O paciente deve estar em posição ortostática ou de lado para a


radiografia em decúbito, por no mínimo 5 minutos antes da
exposição, sendo preferíveis 10 a 20 minutos para mostrar pequenos
volumes de ar intraperitoneal.

5- As incidências já foram descritas anteriormente.


ESTUDO RADIOLÓGICO DOS ARCOS COSTAIS:
Considerações Importantes:
Se no pedido não vier especificado a região exata do trauma, devemos perguntar ao paciente a história clínica
para sabermos como radiografar.
Acima ou Abaixo do Diafragma
Acima:
1- De preferência em posição ortostática, pois rebaixa o diafragma e permite uma inspiração mais profunda.
2- Suspender a respiração e expor em inspiração, o que projetará o diafragma abaixo da nona ou décima
costela.

Abaixo:
1- Paciente em decúbito dorsal. Isso permite que o diafragma suba até sua posição mais alta e também resulta
num abdome “menos grosso”, o que leva a uma melhor visualização das costelas inferiores através dos
campos pulmonares.
2- Suspender a respiração e expor em expiração o que resulta no diafragma acima da sétima ou oitava
costelas.

ROTINA PARA GRADIL COSTAL: PA de tórax, AP (acima ou abaixo do diafragma) ou PA de Costelas (anteriores
e acima do diafragma) e Oblíquas Anteriores ou Posteriores (acima ou abaixo do diafragma).

AP de Costelas: Incidência utilizada para costelas posteriores.

Acima do Diafragma:
Paciente em posição ortostática, alinhar o PMS à linha média da estativa.
Elevar o queixo para prevenir superposição com as costelas.
Não permitir rotação do tórax ou pelve.
RC perpendicular ao filme ao nível de T7, 8 a 10 cm abaixo da incisura jugular.
DFoFi: 100 cm.
Prender a respiração em inspiração.
O exame deve mostrar as costelas de 1 a 9 ou de 1 a 10.

Abaixo do Diafragma:
Paciente em decúbito dorsal, alinhar o PMS à linha média da mesa.
Paciente em posição ortostática, alinhar o PMS à linha média da estativa.
Não permitir rotação do tórax ou pelve.
RC perpendicular ao filme, centrado a meio caminho entre o xifóide e o gradil costal inferior.
DFoFi: 100 cm.
Prender a respiração em expiração.
O exame deve mostrar as costelas de 8 a 12.

PA de Costelas: Incidência utilizada para costelas anteriores e acima do diafragma.


Paciente em posição ortostática, alinhar o PMS à linha média da estativa.
Elevar o queixo para prevenir superposição com as costelas.
RC perpendicular ao filme, centralizado em T7 (18 ou 20 cm abaixo da vértebra proeminente).
DFoFi: 100 cm. Prender a respiração em inspiração.
O exame deve mostrar as costelas de 1 a 9 ou de 1 a 10.
Oblíquas Anteriores: Utilizadas para costelas anteriores. Vale lembrar que ao fazermos uma OAD
visualizaremos melhor o lado esquerdo, pois estaremos afastando a coluna da área de interesse e
conseqüentemente uma OAE visualizaremos melhor o lado direito.

Acima do Diafragma:
De preferência em posição ortostática.
Girar o paciente em 45º com o lado afetado distante do filme.
Elevar o braço acima da cabeça, estender o braço oposto abaixo e atrás do paciente longe do tórax.
Alinhar o plano do tórax no meio entre a coluna e a margem lateral do tórax do lado de interesse ao RC e à
linha média da estativa ou mesa.
RC perpendicular ao filme, centralizado no meio entre a margem lateral das costelas e a coluna (nível de T7).
DFoFi: 100 cm. Prender a respiração em inspiração.

Abaixo do Diafragma:
Paciente em decúbito dorsal.
Girar o paciente em 45º com o lado afetado distante do filme.
Elevar o braço acima da cabeça, estender o braço oposto abaixo e atrás do paciente longe do tórax.
Alinhar o plano do tórax no meio entre a coluna e a margem lateral do tórax do lado de interesse ao RC e à
linha média da estativa ou mesa.
RC perpendicular ao filme, centrado a meio caminho entre o xifóide e o gradil costal inferior.
DFoFi: 100 cm. Prender a respiração em expiração.

Oblíquas Posteriores: Utilizadas para costelas posteriores. Vale lembrar que ao fazermos uma OPD
visualizaremos melhor o lado direito, pois estaremos afastando a coluna da área de interesse e
conseqüentemente uma OPE visualizaremos melhor o lado esquerdo.

Acima do Diafragma:
De preferência em posição ortostática.
Girar o paciente em 45º com o lado afetado próximo ao filme.
Abduzir o braço do lado afetado.
Alinhar o plano do tórax no meio entre a coluna e a margem lateral do tórax do lado de interesse ao RC e à
linha média da estativa ou mesa.
RC perpendicular ao filme, centralizado no meio entre a margem lateral das costelas e a coluna (ao nível de
T7). DFoFi: 100 cm.

Abaixo do Diafragma:
Paciente em decúbito dorsal.
Girar o paciente em 45º com o lado afetado próximo ao filme.
Elevar os braços do paciente.
RC perpendicular ao filme, centrado a meio caminho entre o xifóide e o gradil costal inferior. DFoFi: 100 cm.
Prender a respiração em expiração.

ESTUDO RADIOLÓGICO DO ESTERNO:


É um osso delgado, estreito e achatado que possui três divisões (manúbrio-porção superior, corpo- a mais
longa e processo xifóide ou apêndice xifóide- geralmente mais curto.

Pontos de Referência:
Incisura jugular, incisura supra-esternal, incisura do manúbrio ou fúrcula esternal são sinônimos é bem fácil
de ser palpada, pois é a área ligeiramente entalhada entre as duas clavículas (nível de T2-T3).
Ângulo esternal é a junção da extremidade inferior do manúbrio com o corpo do esterno (nível de T4-T5).
Apêndice xifóide corresponde ao nível de T9-T10.
Ângulo costal inferior corresponde ao nível de L2 ou L3.

Posicionamento do esterno
O esterno é difícil de ser radiografado em função de sua composição óssea e posição dentro do tórax. É
praticamente impossível ver o esterno em uma incidência AP ou Pa devido encontrar-se no mesmo plano da
coluna torácica, seno assim, deve-se inclinar o paciente de 15 a 20º em posição OAD para deslocar o
esterno apenas para a esquerda das vértebras torácicas e para dentro da sombra cardíaca homogênea.
O grau de obliqüidade necessário depende da tamanho da cavidade torácica. Paciente com tórax grande exige
menor rotação (15º) e pacientes com tórax estreito exige maior rotação (20º).

INCIDÊNCIAS BÁSICAS (DE ROTINA) PARA O ESTERNO


OAD E perfil.
OAD:
Posicionar o paciente obliquamente, 15º a 20º para o lado direito, OAD.
Alinhar o eixo longitudinal do esterno com o RC e à linha média do bucky ou mesa.
RC perpendicular ao filme direcionado para o centro do esterno. DFoFi: 100 cm. Utilizar técnica respiratória.
OBS:Se o paciente não puder ficar na posição OAD, pode-se conseguir uma imagem oblíqua inclinando o RC
15º a 20º ao longo do lado direito do paciente para projetar a lateral do esterno para a coluna vertebral,
sobre a sombra do coração.

Lateral ou perfil:
Posicionar o paciente de pé ou sentado com os ombros para trás.
RC perpendicular ao filme direcionado para o centro do esterno.
DFoFi: 150 a 180 cm.
Suspender a respiração em inspiração.
Pode-se ainda fazer em decúbito lateral como mostrado na figura.

ESTUDO RADIOLÓGICO DOS MEMBROS SUPERIORES


POLEGAR
Rotina: AP, Perfil e Oblíqua.
AP
Sentar o paciente de frente para a mesa, braços estendidos, com a mão rodada internamente para supinar o
polegar para a incidência AP.
Girar internamente a mão com os dedos estendidos até que a superfície posterior do polegar esteja em contato
com o chassi.
RC perpendicular ao filme e dirigido para a 1ª. Articulação MCF. DFoFi: 100 cm.
PA (EXCEÇÃO)
Coloque a mão em posição quase lateral e apóie o polegar no bloco de suporte de esponja, que é alto o
suficiente para que o polegar não se torne oblíquo, mas posicionado em PA verdadeira.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a 1ª. Articulação MCF. DFoFi: 100 cm.
OBS: Desaconselhável devido ao aumento da DOF.

OBLÍQUA (ROTAÇÃO MEDIAL)


Sentar o paciente na extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a cerca de 90º com a mão e o punho
repousando sobre o chassi.
Abduzir ligeiramente o polegar, com a superfície palmar da mão em contato com o filme, o que posiciona o
polegar naturalmente em oblíqua a 45º.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a 1ª. Articulação MCF.
DFoFi: 100 cm.

LATERAL (PERFIL)
Sentar o paciente na extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a cerca de 90º, a mão apoiada sobre o
chassi, palma para baixo.
A partir da posição oblíqua, rode a mão ligeiramente para o lado medial até que o polegar assuma uma
posição lateral verdadeira.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a 1ª. Articulação MCF.
DFoFi: 100 cm.

MÉTODO ESPECIAL PARA O


POLEGAR
“MÉTODO DE ROBERT”.
Fratura tipo Bennett: Fratura longitudinal que ocorre na base do 1º metacarpo, com a linha de fratura
penetrando na articulação carpometacarpal, geralmente incluindo deslocamento ou subluxação posterior.
Girar o braço anteriormente até que o aspecto posterior do polegar esteja apoiado no chassi.
Raio central direcionado 15º (em direção ao punho), entrando pela 1º articulação CMC.
TIPOS DE FRATURAS NOS DEDOS
Fratura do boxeador: Fratura que envolve mais comumente o quinto metacarpo distal, com uma angulação
posterior do ápice mais bem demonstrada na visão lateral. Isso resulta no ato de socar alguém/algo.

Fratura do beisebol: É uma fratura da falange distal que é causada por uma bola que golpeia a extremidade
de um dedo estendido. A articulação interfalangiana distal (IFD) é parcialmente flexionada, e uma fratura
em avulsão freqüentemente está presente na base posterior da falange distal.

Fratura do tofo ou explosiva: É uma fratura cominutiva da falange distal que pode
ser causada por um golpe esmagador na porção distal do dedo ou polegar.

MÃO
Rotina: PA, Perfil (Lateral “em Leque”) e Oblíqua.

PA
Sentar o paciente na extremidade da mesa com o cotovelo fletido quase a 90º e a mão e o antebraço apoiados
na mesa.
Mão pronada com a superfície palmar apoiada no chassi, abduzir os dedos ligeiramente.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a 3ª. Articulação MCF. DFoFi: 100 cm.

OBLÍQUA
Sentar o paciente na extremidade da mesa com o cotovelo fletido quase a 90º e a mão e o antebraço apoiados
na mesa.
Colocar a mão e o punho inteiros a 45º sobre um apoio radio transparente, deixando os dedos separados e
paralelos ao chassi.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a 3ª. Articulação MCF. DFoFi: 100 cm.
OBS: Quando fizer a oblíqua de mão, opte pela rotina com dedos paralelos, pois os espaços articulares ficam
abertos, enquanto na oblíqua convencional os espaços articulares ficam fechados.

LATERAL “EM LEQUE” -


LÁTERO- MEDIAL
Sentar o paciente na extremidade da mesa com o cotovelo fletido quase a 90º e
a mão e o antebraço apoiados na mesa.
Separar os dedos e o polegar na posição em leque e apoiar no bloco radio transparente, como demonstrado.
Deixar todos os dedos paralelos ao filme e os metacarpos não obliquados.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a 2ª. Articulação MCF.
OBS: A posição lateral “em leque” é a posição preferida para a mão, se as falanges são as áreas de interesse.

2- IDADE ÓSSEA
TABELA DE GREULICH-PYLE.
* Feita com mãos em punhos em PA comparativo.
* RC perpendicular, no meio do filme, passando ao nível das terceiras articulações metacarpofalangeanas.
DETERMINAÇÃO DA CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE MEDIDAS ANTROPOLÓGICAS NOS SERES VIVOS
Deve-se fazer radiografias das mãos em PA + Punho AP + O (obliquados de 45º a 50º) e fazer perfil dos
polegares. O osso pisiforme que começa a aparecer aos 9 anos na mulher e aos 10 anos no homem, às vezes
sobrepõe com o osso piramidal que aparece nos primeiros anos de vida (entre o 1º ano e o 4º ano de idade).
Há necessidade de se fazer oblíquas das mãos encostando os dois pisiformes obliquados de 45º a 50º a fim
de associar o referido osso que é importante na determinação de idade óssea.

RESUMO DO PERFIL
O sesamóide adutor do polegar, que aparece aos 11 anos na mulher e aos 13 anos no homem, projeta-se
lateralmente, próximo ao primeiro metacarpo.
O sesamóide flexor, que aparece aos 12 anos na mulher e aos 14 anos no homem, projeta-se sobre a cabeça
do 1º metacarpo, o que dificulta a sua visualização, havendo nesse caso, a necessidade de um perfil rigoroso
do polegar em face da sobreposição do referido sesamóide.
OBS: Se não for feito o perfil de polegar na faixa entre os 12 anos na mulher e os 14 anos no homem, na
determinação da idade óssea, o diagnóstico pode ficar inconcluso.
O radiologista, neste caso, não pode avaliar com propriedade a idade cronológica em relação à idade óssea.

PUNHO
Rotina: PA, PA oblíqua (oblíqua) e Lateral (perfil).
PA
Sentar o paciente na extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a cerca de 90º,a mão apoiada sobre o
chassi, palma para baixo. Deixar mão, punho e ombro no mesmo plano.
Com a mão pronada, arquear a mão ligeiramente para posicionar o punho e a área carpal em contato estreito
com o chassi. RC perpendicular e direcionado para a área média do carpo. DFoFi: 100 cm.

LATERAL (LÁTERO-MEDIAL)
Sentar o paciente na extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a cerca de 90º,a mão apoiada sobre o
chassi, palma para baixo. Deixar mão, punho e ombro no mesmo plano.
Ajustar a mão e o punho em uma posição lateral verdadeira.
RC perpendicular e direcionado para a área média do carpo. DFoFi: 100 cm.

* A incidência de perfil do punho demonstra fraturas ou luxações da porção distal do rádio ou ulna,
especificamente as luxações ântero-posteriores das fraturas de Barton, Colles ou Smith.

Fratura de Barton: É uma fratura intra-articular da borda posterior do rádio distal.

Fratura de Colles: Fratura do punho na qual o rádio distal é fraturado com o fragmento distal
deslocado posteriormente (angulação anterior do ápice) resulta de uma queda sobre o braço
estendido.

Fratura de Smith (Colles Invertida): É uma fratura do rádio distal com deslocamento anterior
(angulação posterior do ápice).

OUTROS TIPOS DE FRATURAS


Fratura impactada: Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro; a diáfise do osso é
impelida na cabeça ou no segmento terminal. Isso ocorre mais comumente nas extremidades distais ou
proximais do fêmur, úmero ou rádio.
Fratura de Hutchinson (do chofer): É uma fratura articular do processo estilóide radial.

ANTEBRAÇO
Rotina: AP e Lateral (perfil).
AP
Sentar o paciente na extremidade da mesa, com a mão e o antebraço em extensão completa e palma para
cima (supinada).
Orientar o paciente para inclinar lateralmente o quanto seja necessário para posicionar todo o punho,
antebraço e cotovelo numa posição mais próxima à frontal verdadeira possível (os epicôndilos medial e lateral
devem estar à mesma distância).
RC perpendicular ao filme e direcionado para a porção média do antebraço. DFoFi: 100 cm.

LATERAL (LÁTERO-MEDIAL)
Sentar o paciente na extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a cerca de 90º,a mão apoiada sobre o
chassi, palma para baixo. Deixar mão, punho e ombro no mesmo plano.
Ajustar a mão e o punho em uma posição lateral verdadeira.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a porção média do antebraço. DFoFi: 100 cm.

TIPO DE FRATURA COMUM NO ANTEBRAÇO


Fratura de Monteggia: Fratura da metade proximal da ulna juntamente com
deslocamento da cabeça radial, pode resultar de defesa contra golpes com o
antebraço elevado.

COTOVELO
Rotina: AP (extensão, flexão parcial) e Perfil.
AP EM EXTENSÃO
Estender o cotovelo, supinar a mão e alinhar o braço e o antebraço ao eixo longitudinal da porção do filme
que está sendo exposta.
Solicitar ao paciente para inclinar lateralmente como é necessário para uma incidência AP verdadeira (palpar
os epicôndilos para assegurar que estejam paralelos ao filme).
RC perpendicular ao filme e direcionado para a porção média da articulação do cotovelo, que se encontra
aproximadamente 2 cm distalmente ao ponto médio da linha entre os epicôndilos. DFoFi: 100 cm.

AP EM FLEXÃO PARCIAL
Deve-se realizar duas incidências: Uma com o antebraço paralelo ao filme e outra com o úmero paralelo ao
filme.
Em ambas as incidências o RC deve estar perpendicular ao filme e direcionado para a porção média do
cotovelo, que está aproximadamente a 2 cm distal ao ponto médio dos epicôndilos. DFoFi: 100 cm.
* Se o paciente não puder estender parcialmente o cotovelo e o cotovelo permanecer fletido próximo a 90º ,
realize uma das as duas incidências AP

LATERAL (LÁTERO-MEDIAL)
Sentar o paciente na extremidade da mesa com o cotovelo fletido a 90º.
Centralizar a articulação do cotovelo em relação ao RC e ao filme.
Abaixar o ombro até que o úmero e o antebraço estejam no mesmo plano horizontal.
Mão em perfil com polegar para cima.
RC perpendicular ao filme e direcionado para a porção média do cotovelo. DFoFi: 100 cm.
ÚMERO
Rotina: AP, Lateral e Lateral com feixe horizontal.
AP
Paciente em posição ortostática ou em decúbito dorsal.
Estender a mão e o antebraço o tanto que o paciente possa tolerar.
Abduzir o braço ligeiramente e supinar suavemente a mão, de forma que os epicôndilos do cotovelo estejam
eqüidistantes em relação ao filme.
RC perpendicular ao filme e direcionado para o ponto médio do úmero. DFoFi: 100 cm.
* Deve-se incluir as articulações do ombro e do cotovelo no mesmo filme.

LATERAL COM ROTAÇÃO (INCIDÊNCIAS LÁTERO-MEDIAL E MÉDIO-LATERAL)


Pode ser feita com o paciente de costas para o filme (pronar a mão, fletir parcialmente o cotovelo e abduzir
ligeiramente o braço) ou de frente para o filme( paciente oblíquo a cerca de 20 a 30º a partir do PA e flexionar
o cotovelo a 90º) ou ainda em decúbito dorsal, como mostrado.
RC perpendicular ao filme direcionado para o ponto médio do úmero. DFoFi: 100 cm.

LATERAL COM FEIXE HORIZONTAL


Flexionar o cotovelo se possível, mas não tentar girar o braço, a incidência deve ser a 90º a partir da incidência
AP.
Posicionar o chassi entre o braço e o tórax, colocando um apoio (radio transparente) para elevar o mesmo.
RC perpendicular ao ponto médio dos dois terços distais do úmero. DFoFi: 100 cm.
Prender a respiração durante a exposição, a fim de evitar o movimento do chassi.

PORÇÃO PROXIMAL DO ÚMERO E CINTURA ESCAPULAR


OMBRO (SEM TRAUMA)

Rotina: AP em rotação interna e AP em rotação externa (incidências específicas para pesquisa de bursite).
AP ROTAÇÃO EXTERNA
Paciente em decúbito dorsal ou ortostático.
Rode o corpo um pouco para o lado afetado, se necessário, para colocar o ombro em contato com o tampo da
mesa ou estativa.
Colocar a articulação escapulo umeral no centro do filme.
Abduza o braço estendido e rode externamente o braço (mão supinada) até que os epicôndilos do úmero distal
estejam em paralelo com o chassi.
RC perpendicular ao chassi e direcionado 2,5 cm abaixo do processo coracóide. DFoFi: 100 cm.
OBS: Nesta incidência o tubérculo maior estará posicionado em perfil lateral e o tubérculo menor estará
localizado anteriormente, logo, medial ao tubérculo maior.

AP ROTAÇÃO INTERNA
Paciente em decúbito dorsal ou ortostático.
Rode o corpo um pouco para o lado afetado, se necessário, para colocar o ombro em contato com o tampo da
mesa ou estativa.
Colocar a articulação escapulo umeral no centro do filme.
Abduza o braço estendido e rode internamente o braço (mão em pronação) até que os epicôndilos do úmero
distal estejam perpendiculares com o chassi.
RC perpendicular ao chassi e direcionado 2,5 cm abaixo do processo coracóide. DFoFi: 100 cm.
OBS: Nesta incidência o tubérculo menor é visto em perfil medialmente e o tubérculo maior está rodado em
relação às faces anterior e medial da porção proximal do úmero.

OMBRO (COM TRAUMATISMO)


Rotina: AP (rotação neutra), Transtorácica ou Y escapular.
AP
Posicione o paciente de forma que a articulação escapulo umeral esteja no centro do chassi.
Coloque o braço ao lado do corpo, em rotação neutra os epicôndilos estão em geral orientados a
aproximadamente 45º em relação ao chassi.
RC perpendicular ao chassi e direcionado para o meio da articulação escapulo umeral.
DFoFi: 100 cm

MÉTODO DE LAWRENCE (INCIDÊNCIA LATERAL TRANSTORÁCICA)


Fraturas e luxações da porção proximal do úmero (colo cirúrgico do úmero).
Coloque o braço afetado ao lado do corpo do paciente em rotação neutra e permita a queda do ombro se
possível. Eleve o braço oposto e coloque a mão sobre a cabeça.
Raio Central perpendicular ao chassi, direcionado através do tórax para o colo cirúrgico.
OBS: Se a dor impedir o paciente de promover a queda do ombro afetado e elevar o braço e ombro oposto,
de modo a evitar a superposição de ombros, promova uma angulação do Raio Central de 10º a 15º no sentido
cefálico.

Y ESCAPULAR
Quando ocorrer luxação anterior : A cabeça do
úmero será vista abaixo do processo coracóide.
Quando ocorrer luxação posterior (mais rara): A cabeça do úmero será
vista abaixo do acrômio.
Coloque o paciente em oblíqua anterior de 45º a 60º a fim de deixar a escápula em uma posição lateral
verdadeira.
Abduza discretamente o braço.
Raio Central perpendicular ao chassi, direcionado para a articulação escapulo umeral. DFoFi: 100 cm.

CLAVÍCULA
Rotina: AP e AP axial.
AP
Paciente em DD ou ereto com os braços ao lado do corpo, queixo elevado e olhando para frente.
Centraliza a clavícula em relação ao chassi e ao RC.
RC perpendicular em relação à parte central da clavícula.DFoFi: 100 cm.

AP AXIAL
Paciente em DD ou ereto com os braços ao lado do corpo, queixo elevado e olhando para frente.
Centraliza a clavícula em relação ao chassi e ao RC.
RC deve estar orientado de 15º a 30º no sentido cefálico em relação à região central da clavícula.
DFoFi: 100 cm.

ESCÁPULA
Rotina: AP e Lateral.
AP
Lembrar do cumprimento militar.
Abduza discretamente o braço a 90º e supine a mão do paciente.
RC perpendicular à região central da escápula.
DFoFi: 100 cm.

LATERAL (OAD OU OAE)


O braço deve ser posicionado de acordo com a área escapular de interesse: 1- corpo da escápula. 2- acrômio
ou processo coracóide.
CORPO DA ESCÁPULA: Coloque o lado afetado encostado na estativa, gire o corpo cerca de 45º, faça que
o paciente coloque o braço sobre a região do tórax e segure o ombro oposto.
ACRÔMIO OU PROCESSO CORACÓIDE (OMBRO ALEXÂNDER): Coloque o lado afetado em contato com a
estativa, retro abduza o braço, rode o paciente até que a escápula esteja em uma posição lateral verdadeira
(30º a 45º), o que resulta numa posição oblíqua anterior de 45º a 60º.
RC perpendicular e orientado para o meio da borda vertebral da escápula.

ESTUDO RADIOLÓGICO DOS MEMBROS INFERIORES



Rotina: AP, Oblíqua e Lateral.
AP:
Paciente em DD, flexionar o joelho e colocar a superfície plantar afetada sobre o chassi.
Posicionar o Raio Central em um ângulo de 10º posteriormente (em direção ao calcâneo), perpendicular aos
metatarsos e direcionado para a base do 3º metatarso. DFoFi: 100 cm.
OBSERVAÇÕES:
1- Para um arco plantar alto exige um ângulo maior que 15º e um arco baixo próximo a 5º, de modo a ficar
perpendicular aos metatarsos.
2- Para corpos estranhos, o RC deve estar perpendicular ao chassi, sem angulação.

OBLÍQUA (MEDIAL):
Paciente em DD ou sentado na mesa de exame, joelho flexionado e superfície plantar do pé repousando sobre
o chassi, girar ligeiramente o corpo na direção oposta ao lado em questão.
Rodar medialmente o pé para colocar a superfície plantar a 30º a 40º em relação ao plano do chassi.
Raio Central perpendicular ao chassi e direcionado para a base do terceiro metatarso.
LATERAL (médio-lateral):
Demonstra a localização e grau do deslocamento anterior e posterior de fratura, ou anormalidades nos espaços
articulares.
Flexione o joelho do lado afetado cerca de 45º; colocar a perna oposta atrás do membro em questão para
evitar super-rotação da perna afetada.
Com cuidado, flexionar dorsalmente o pé.
Raio Central perpendicular ao chassi, direcionado ao cuneiforme médio (ao nível da base do terceiro
metatarso). DFoFi: 100 cm.

MÉTODO DE CAHOON (PÉS SEM PERNAS)


Incidência para ante e retro-pé. Esta incidência é uma combinação de duas projeções, a dorso-plantar e a
axial de calcâneo. Demonstra as falanges, metatarsianos, ossos do tarso anteriores e calcâneo com boa
definição.
Paciente em posição ortostática, com os pés sobre a mesa com o pé a ser radiografado sob o chassi.
Faremos primeiro um AP do pé com angulação de 10º (segundo Boisson 15º), em seguida, sem retirarmos o
pé do chassi, é feita no mesmo filme (movendo-se o tubo de RX para trás do paciente), a incidência axial do
calcâneo, com raio central de 25º caudal (segundo boisson 15º caudal), penetrando no tendão de Aquiles, 5
cm acima do plano do chassi. DFoFi: 100 cm.

CALCÂNEO
Rotina: Axial (plantodorsal) e lateral (perfil).
AXIAL OU PLANTODORSAL (MÉTODO DE HARRIS BEATH):
Paciente em DD ou sentado.
Flexionar o pé dorsalmente, de modo que a superfície plantar esteja quase perpendicular ao chassi e o
calcâneo colocado na extremidade inferior do chassi.
Angular o raio central a 40º cefalicamente, direcionado para a base do terceiro metatarso de modo a emergir
ao nível logo abaixo do maléolo lateral. DFoFi: 100 cm.
OBS: A angulação do RC deve ser aumentada se o eixo longitudinal da superfície plantar não for
perpendicular ao chassi.

PERFIL:
Paciente em decúbito lateral, com o lado afetado para baixo.
Flexionar o joelho do membro afetado cerca de 45º.
Posicionar o tornozelo e o pé para uma lateral verdadeira, o que coloca o maléolo lateral cerca de 1 cm
posterior ao maléolo medial.
Flexionar o pé dorsalmente, de modo que a superfície plantar esteja em ângulo reto com a perna.
Raio central perpendicular ao chassi, direcionado a um ponto localizado 2,5 cm inferior ao maléolo medial.
TORNOZELO
Rotina: AP, AP do encaixe, oblíquas e lateral.
AP:
Centralizar e alinhar a articulação do tornozelo com o RC.
Não forçar a dorsiflexão do pé para permitir que ele permaneça em sua posição natural.
Ajustar o pé e o tornozelo para uma incidência AP verdadeira.
Certificar-se de que a perna não esteja rodada
Raio central perpendicular ao chassi, direcionado para um ponto médio entre os maléolos.

AP DO ENCAIXE:
Centralizar e alinhar a articulação do tornozelo com o RC.
Não forçar a dorsiflexão do pé para permitir que ele permaneça em sua posição natural.
Rodar internamente toda a perna e o pé cerca de 15º a 20º até que a linha intermaleolar fique paralela ao
chassi.
Raio central perpendicular ao chassi, direcionado para um ponto médio entre os maléolos.

PERFIL MÉDIO-LATERAL
Centralizar a articulação do tornozelo com o raio central e com a porção do chassi a ser exposta.
Flexionar o pé dorsalmente, de modo que a superfície plantar esteja em ângulo reto com a perna ou o máximo
que o paciente puder tolerar; nunca forçar.
Raio central perpendicular ao chassi, direcionado para o maléolo medial. Dfofi 100cm

PERNA
Rotina: AP e lateral.
AP:
Ajustar a pelve, o joelho e a perna para uma incidência AP verdadeira, sem rotação.
Flexionar o pé dorsalmente a 90º com a perna, se possível.
Incluir a articulação do tornozelo e joelho no mesmo filme.
Raio central perpendicular ao chassi, direcionado para o ponto médio da perna.
DFoFi: 100 cm, podendo ser utilizado 110 a 120 cm com o fim de reduzir a divergência do feixe de raios x e
de incluir uma parte maior do corpo.

LATERAL (MÉDIO-LATERAL):
Flexionar o joelho cerca de 45º e se certificar de que a perna esteja rodada em uma posição de perfil
verdadeiro. Raio central perpendicular ao chassi, direcionado para o ponto médio da perna.
DFoFi: 100 cm, podendo ser utilizado 110 a 120 cm com o fim de reduzir a divergência do feixe de raios x e
de incluir uma parte maior do corpo.

JOELHO
Rotina: AP, perfil
AP:
Paciente em decúbito dorsal.
Girar a perna internamente de 3 a 5º para um AP verdadeiro.
Alinhar o RC paralelo ao platô tibial, a um ponto localizado 1,25 cm distal ao ápice da patela.
DFoFi: 100 cm.
RC perpendicular ao filme 1,25 abaixo do Ápice da patela

PERFIL:
Paciente em decúbito lateral.
Flexionar o joelho de 20 a 30º. DFoFi: 100 cm
RC perpendicular ao filme direcionada ao côndilo medial

INCIDÊNCIAS ESPECIAIS:
JOELHO AP BILATERAL COM CARGA:
Usado para avaliar processos degenerativos das cartilagens do joelho.
Mais comum se fazer AP, mas faz-se também o PA.

AP
Paciente em posição ortostática, sobre um degrau acoplado ou banqueta de madeira, de modo a ficar suficiente
alto para receber o feixe horizontal do tubo de raios-x.
RC perpendicular ao filme (porte médio), ou 5º a 10º caudal em paciente magro, direcionado a um ponto
médio entre as articulações do joelho e 1,25 cm abaixo do ápice da patela.
FÊMUR
Rotina: AP e lateral.
AP:
Alinhar o fêmur com o RC e com a linha média da mesa ou do chassi.
Para a parte média e distal do fêmur, rodar a perna internamente cerca de 5º para uma incidência AP
verdadeira, similar à AP do joelho e para a porção proximal do fêmur, uma rotação interna da perna de 10 a
15º se faz necessária, similarmente à AP do quadril (para deixar o colo do fêmur em perfil).
Devemos incluir as duas articulações no exame (joelho e coxofemoral).
RC ┴ ao fêmur e ao chassi e direcionado para o ponto médio do fêmur.
OBS: Em exames iniciais do fêmur, devem ser incluídas ambas as articulações. Para um adulto de porte médio,
um segundo chassi menor deve então ser utilizado para uma incidência AP do joelho ou do quadril,
assegurando-se que tanto a articulação do quadril quanto a do joelho estejam incluídas.

PERFIL (MÉDIO-LATERAL) OU LÁTERO-MEDIAL– PORÇOES MÉDIA E DISTAL:


Flexionar o joelho aproximadamente 45º com o paciente deitado sobre o lado afetado e alinhar o fêmur com
a LCM.
Colocar a perna não afetada por trás da perna afetada para evitar super-rotação
RC ┴ ao fêmur e direcionado para o ponto médio do chassi. DFoFi: 100 cm.

PERFIL (MÉDIO-LATERAL) - PORÇOES MÉDIA E PROXIMAL:


Flexionar o joelho aproximadamente 45º com o paciente deitado sobre o lado afetado e alinhar o fêmur com
a LCM.
Estender e apoiar a perna não-afetada por trás do joelho afetado e manter o paciente girado posteriormente
cerca de 15º para evitar sobreposição da porção proximal do fêmur e a articulação do quadril.
Ajustar o filme para incluir a articulação do quadril, considerando a divergência do feixe de raios x. (palpar
EIAS e colocar a margem superior do chassi ao nível desse marco de referência.
RC ┴ ao fêmur e direcionado para o ponto médio do chassi. DFoFi: 100 cm.
EFEITO DA ROTAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR
As fotos e radiografias pélvicas associadas nesta página demonstram o efeito da rotação na aparência dos
fêmures proximais.

1- Posição Anatômica :
* Eixos longitudinais dos pés na posição vertical.
* Colos femorais parcialmente encurtados.
* Trocanteres menores parcialmente visíveis.

2. Rotação medial de 15° a 20° (a posição desejada para visualizar pelve e quadril) :
* Eixos longitudinais dos pés e membros inferiores rodados internamente
em 15° a 20°.
* Cabeças e colos femorais em perfil.
* Incidência correta AP dos fêmures proximais.
* Trocanteres menores não visíveis ou ligeiramente visíveis em alguns
pacientes.

3. Rotação externa:
* Eixos longitudinais dos pés e membros inferiores igualmente rodados lateralmente em uma posição
normal de relaxamento.
* Colos femorais grandemente encurtados.
* Trocanteres menores visíveis em perfil internamente.

4. Rotação típica com fratura do quadril :


* Eixo longitudinal do pé esquerdo rodado externamente (do lado da
fratura do quadril)
* Pé direito e membro não-afetados em posição neutra
* Trocanter menor no membro rodado externamente (esquerdo) mais
visível; área do colo encurtada.

PELVE (BACIA)
Rotina: AP
AP:
Paciente em DD, alinhar o plano mediossagital em relação à linha central da mesa, assegurar que a pelve não
esteja rodada, separe as pernas e pés e então rode internamente os eixos longitudinais dos pés e membros
inferiores em 15º a 20º.
Raio central perpendicular ao filme, direcionado ao ponto médio entre o nível das EIAS e a sínfise púbica.
DFoFi: 100 cm.

INCIDÊNCIAS ESPECIAS:
MÉTODO DE CLEAVES MODIFICADO (PERNA DE RÃ)
Incidência útil para avaliação de displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) ou também conhecida por
luxação congênita do quadril (LCQ).
Alinhar o paciente na linha média da mesa.
Centralizar o filme em relação ao RC, ao nível das cabeças femorais.
Una as superfícies plantares dos pés e abduza ambos os fêmures de 40º a 45º.
Raio central perpendicular ao filme (7,5 cm abaixo do nível das EIAS).

Observação 1 : Essa incidência é freqüentemente realizada em exames periódicos de acompanhamento em


pacientes mais jovens, assim proteção gonadal adequadamente colocada é importante tanto em homens
quanto em mulheres, garantindo que as articulações do quadril não estejam cobertas.

Observação 2: Abdução menor dos fêmures como a apenas 20° a 30° a partir da vertical fornece ao menos
encurtamento dos colos femorais, mas esse posicionamento encurta toda a porção proximal do fêmur, que
pode não ser aconselhável.

QUADRIL UNILATERAL
Rotina: AP unilateral
Normalmente é um exame pós-operatório ou de acompanhamento para demonstrar o acetábulo, o trocanter
maior o colo e as cabeças femorais, a condição e a colocação de qualquer dispositivo ortopédico existente.
Semelhante ao AP do quadril bilateral, sendo esta unilateral.
Localize o colo femoral e alinhe-o ao RC e à linha média da mesa.
Rodar a perna internamente de 15º a 20º.
RC perpendicular ao filme, direcionado 2,5 a 5 cm distal ao meio do colo femoral (para incluir todos os
dispositivos ortopédicos do quadril de presentes).
O colo femoral pode ser localizado cerca de 8 a 10 cm distal à EIAS.

ESCANOMETRIA DE MEMBROS INFERIORES (TÉCNICA DE JUAN FARIL):


É a demonstração radiográfica dos ossos longos, a fim de medir quaisquer diferenças nos seus comprimentos.
Normalmente é utilizada para medição dos membros inferiores, mas também pode ser utilizada nos membros
superiores.
Indicações: Claudicância, escoliose e desnível de bacia.
Paciente em DD, com uma régua escanométrica sob a LCM e o paciente.
Deve-se colocar os pés em rotação Ferguson, devendo-se prender as extremidades dos pés do paciente para
não sair da posição.
Deve-se radiografar num mesmo filme as articulações coxofemorais, dos joelhos e tornozelos, somente
movimentando-se a bandeja com o filme.
RC perpendicular em todas as incidências.
DFOFi: 100 cm.

COLUNA VERTEBRAL
Rotina: AP, PERFIL,TRANSORAL E OBLÌQUAS
AP (axial) coluna cervical
Posição do Paciente: decúbito dorsal ou ortostática.
RC (Raio Central): angulado em sentido cefálico de 15° a 20°, para entrar no nível da margem inferior da
cartilagem tireóide a fim de atravessar C4.
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm

AP Para C1 e C2
Posição do Paciente: decúbito dorsal ou ortostática, paciente centralizado em relação ao RC , alinhar a porção
inferior dos dentes incisivos superiores com o processo mastoide perpendicular ao filme. Pedir o paciente para abrir
a boca sem mover a cabeça.
RC (Raio Central): Perpendicular através da porção media da boca aberta.
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm (em C1 e C2)

Lateral ou perfil da coluna cervical


Posição do Paciente: Preferencialmente em ortostática (sentada ou em pé) em posição lateral, paciente centralizado
em relação ao RC e a Linha central do bucky. Pedir o paciente para fazer uma retração dos ombros, para não
sobrepor a proeminente.
RC (Raio Central): Perpendicular entre C3 e C4.
Dfofi (Distância Foco-Filme): 150-180 cm

AP - Coluna Torácica
Posição do Paciente: ortostática ou decúbito dorsal Posicione o paciente com os braços ao lado do corpo e a cabeça
na mesa ou em um travesseiro fino.
RC (Raio Central): centralizado em T7, (8 a 10 cm) abaixo da incisura jugular, ou (3 a 5 cm) abaixo do ângulo
esternal.
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm
Respiração: interromper depois de expirar.

PERFIL - Coluna Torácica


Posição do Paciente: paciente: paciente na posição deitada lateral, com a cabeça em um travesseiro e os joelhos
fletidos. A radiografia pode ser feita com o paciente na posição ereta, com os braços estendidos e o peso igualmente
distribuído em ambos os pés.
RC (Raio Central): RC centralizado em T7, que está (8 a 10 cm) abaixo da incisura jugular, ou (18 a 21 cm) abaixo
da vértebra proeminente.
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm
Respiração: manter paciente respirando

AP – Coluna Lombar
Posição do Paciente: ortostática ou decúbito dorsal Posicione o paciente com os braços ao lado do corpo e a cabeça
na mesa ou em um travesseiro fino. Joelhos fletidos
RC (Raio Central) perpendicular ao nível da CI( L3 L4)
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm

PERFIL - Coluna Lombar


Posição do Paciente: paciente: paciente na posição deitada lateral, com a cabeça em um travesseiro e os joelhos
fletidos. A radiografia pode ser feita com o paciente na posição ereta, com os braços estendidos e o peso igualmente
distribuído em ambos os pés.
RC (Raio Central): Ao nível de L3 L4
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm

Oblíquas da coluna lombar


As duas incidências oblíquas, direita e esquerda, devem ser obtidas
Fazer a rotação do corpo a 45° para situar a coluna vertebral diretamente
Sobre a linha média da mesa e/ou grade, alinhada ao RC
Fletir o Joelho para dar estabilidade e conforto.

AP do Sacro
Posição do Paciente: decúbito dorsal, coluna centralizada no RC e linha central da mesa.
RC (Raio Central): 15°cefálico incidindo entre o nível da sínfise púbica e da EIAS
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm

AP do Cóccix
Posição do Paciente: decúbito dorsal, membros levemente fletidos coluna centralizada no RC e linha central da
mesa. RC (Raio Central): 10°caudal incidindo 5 cm acima da sínfese púbica
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm

Perfil ou Lateral do Sacro-Cóccix


Posição do Paciente: decúbito lateral, membros fletidos à 90° coluna centralizada no RC e linha central da mesa.
RC (Raio Central): perpendicular, incidindo 8 a 12cm post. 5 cm abaixo da crista ilíaca.
Dfofi (Distância Foco-Filme): 100 cm

COLUNA TOTAL ESCOLIOSE


AP OU PA - BÁSICA
OBS.: O PACIENTE DEVERÁ ESTAR DESCALÇO PARA REALIZAR ESSE EXAME.
ESTRUTURAS MAIS DEMONSTRADAS: Coluna torácica e lombar para avaliar curvatura lateral anormal
(escoliose).
POSIÇÃO DO PACIENTE: Em ortostática, braços ao lado do corpo, pés ligeiramente afastados.
Posicionar a borda inferior do chassi na altura da sínfise púbica.
RC: Perpendicular direcionado a um ponto médio do chassi.
DFOFI: 100 cm
RESPIRAÇÃO: Apnéia em expiração.

LATERAL - BÁSICA
ESTRUTURAS MAIS DEMONSTRADAS: Coluna torácica e lombar para demonstrar possível espondilolistese
(deslocamento anterior de uma vértebra) ou graus de cifose e lordose.
POSIÇÃO DO PACIENTE: Ortostática, braços ao lado do corpo, pés afastados e face lateral contra bucky
vertical. Borda inferior do chassi na altura da sínfise púbica.
RC: Perpendicular direcionado a um ponto médio do chassi.
DFOFI: 100 cm
RESPIRAÇÃO: Apnéia em expiração.
TOPOGRAFIA DO CRÂNIO (MARCOS DE SUPERFÍCIE)

Certos marcos de superfície e linhas de localização têm de ser usados para um posicionamento preciso do crânio.
Cada uma das seguintes estruturas topográficas pode ser vista ou palpada.

PLANOS CORPORAIS
O plano mediossagital (PMS) ou mediano divide o corpo em metades, esquerda e direita. Esse plano é importante
no posicionamento preciso do crânio, pois em toda incidência AP e PA ou lateral o plano mediossagital está ou
perpendicular ou paralelo ao plano do filme.
A linha interpupilar (LIP) ou inter-orbital é a linha que conecta as pupilas ou os cantos externos dos olhos dos
pacientes. Quando a cabeça está colocada em uma posição lateral verdadeira, a linha inter-pupilar deve estar
exatamente perpendicular ao plano do filme.

MARCOS NAS VISTAS ANTERIOR E LATERAL


A crista superciliar (arco) é a crista ou arco ósseo sobre a fronte diretamente acima de cada olho. Ligeiramente
acima dessa crista está um discreto sulco ou depressão, denominado sulco supra-orbitário, ou SSO. Observação: O
SSO é importante, pois corresponde ao nível mais elevado da massa óssea facial, que também está no nível do
assoalho da fossa anterior da calota craniana.
A glabela é a área triangular lisa, ligeiramente elevada, situada entre as sobrancelhas (um pouco acima delas e da
ponte nasal).
O násio é a depressão na ponte do nariz. Anatomicamente, o násio é a junção dos dois ossos nasais e do osso
frontal.
O acântio é o ponto da linha média na junção do lábio superior com o septo nasal. Esse é o ponto no qual o nariz
encontra com o lábio superior.
O ângulo ou gônio refere-se ao ângulo posterior inferior de cada lado da mandíbula. Uma área plana e triangular se
projeta para frente como um queixo (mento) nos seres humanos. O ponto médio dessa área do queixo, visto de
frente, é denominado ponto mentoniano.
Orelha Partes da orelha que podem ser usadas como marcos de posicionamento são a aurícula ou pavilhão
auditivo (porção externa da orelha), a ampla borda da orelha, feita de cartilagem, e o trago, a pequena borda
cartilaginosa que cobre a abertura da orelha. O TIO (topo da inserção das orelhas) refere-se à fixação superior da
aurícula, ou àquela parte na quais as hastes dos óculos repousam. Esse é um marco importante, pois corresponde ao
nível da crista petrosa de cada lado.
Olho As junções das pálpebras superiores e inferiores são denominadas cantos. Assim, o canto interno é o lugar
onde as pálpebras encontram o nariz; a junção mais lateral das pálpebras é denominada canto externo. A borda
superior da órbita óssea do olho é chamada de margem supra-orbitária, ou MSO, e a borda inferior é denominada
margem infra-orbitária, ou MIO. Outro marco é a margem orbitária lateral média, a porção da borda lateral próxima
ao canto externo do olho.

LINHAS DE POSICIONAMENTO DO CRÂNIO


▪ LGM: linha glabelomeatal
▪ LOM:linha orbitomeatal
▪ LIOM: linha infraorbitomeatal
▪ LAM: linha acantiomeatal
▪ LLM: linha labiomeatal
▪ LMM: linha mentomeatal
▪ LIP: linha interpupilar
▪ LGA: linha glabeloalveolar

Incidências básicas de crânio: PA, PERFIL E BRETON


CRÂNIO PA- 0°
Posição: Paciente em ortostática ou decúbito ventral apoiando a região frontal (nariz e a testa) na mesa ou
Bucky. LOM perpendicular ao filme.
Raio Central: Perpendicular na vertical (decúbito) ou horizontal (ortostática) deste, Junto à lâmbda, e saindo
junto à glabela. DFOFI: 100 cm.
Observação: Se o paciente for incapaz de abaixar o queixo suficientemente para trazer a LOM perpendicular ao
filme, mesmo com uma esponja pequena sob a cabeça, a linha infraorbitomeatal (LIOM) pode ser colocada
perpendicularmente em lugar da LOM, e a angulação do RC pode ser aumentada para 37° caudal. Isso mantém o
ângulo de 30° entre a LOM e o RC e demonstra as mesmas relações anatômicas. (Existe uma diferença de 7° entre a
LOM e a LIOM).
Axial AP (Towne, Bretton ou Reverchon)
Posição: paciente em ortostática ou decúbito dorsal com ausência de rotação ou inclinação, abaixar o queixo
colocando a LOM ou a LIOM perpendicular ao filme.
Raio Central: 30° caudal em relação à LOM ou 37° caudal em relação LIOM. Raio central incidi 6 cm acima da
glabela. DFOFI: 100 cm.

Perfil
Posição: Paciente em ortostática, decúbito ventral, em posição de nadador. Sem rotação ou inclinação e LIP
perpendicular ao filme
Raio Central: Perpendicular ao filme, entrando cerca 5 cm superior ao mae saindo no mesmo ponto no lado oposto.
DFOFI: 100 cm.

OSSOS DA FACE e SEIOS PARANASAIS


perfil de face e frontonaso, mentonaso.
Posição: Paciente em ortostática ou decúbito ventral, lateral contra a estativa
Raio Central: perpendicular direcionado ao zigoma DFOFI: 100 cm.

Parietoacantial (Método de Watters ou Mentonaso)


Posição: ortostática ou decúbito ventral hiperestender o queixo tocando a estativa mantendo a LMM perpendicular
ao filme
Raio Central: Perpendicular saindo no acântio
DFOFI: 100 cm.
PA Axial Método de Caldwel (Frontonaso)
Posição: ortostática ou decúbito ventral, frontal e nariz contra a estativa com o queixo fletido para a LOM ficar
perpendicular ao filme
Raio Central: Perpendicular ao filme, saindo no násio
DFOFI: 100 cm. Colimação: tanto quanto possível

ARCO ZIGOMATICO (Hirtz)


Posição: ortostática ou decúbito ou dorsal ossos parietais (topo) contra o filme com a LIOM paralela ao filme.
Raio Central: Perpendicular entre os arcos abaixo do mento 4 cm.ou direcionado no arco de interesse na obl.
DFOFI: 100 cm.

Tangencial Oblíqua (arco zigomático unilateral)


Posição: Ortostática ou decúbito dorsal, topo da cabeça contra o filme, pescoço hiperextendido para colocar LIOM
paralela ao filme com a cabeça rodada e inclinada em 15° para o arco afetado.
RC: Perpendicular direcionado ao arco de interesse.
DFOFI: 100 cm.
AP AXIAL (TOWNE modificado)
Posição: Ortostática ou decúbito dorsal, abaixar o queixo para colocar LIOM ou LOM perpendicular ao filme.
RC: Podálico 37° a LIOM ou 30° a LOM ao nível dos arcos.
DFOFI: 100 cm.

FORAME ÓTICO Método de Rhese


Posição: ortostática ou decúbito ventral apoiar o queixo o nariz e a bochecha contra a mesa mantendo a linha sagital
do paciente à 53° com o filme e a LAM perpendicular ao filme.
Raio Central: perpendicular direcionado a face inferior da órbita.
DFOFI: 100 cm.

MANDÍBULA
PA e PA AXIAL
Posição: ortostática ou decúbito ventral, colocar a LOM perpendicular ao filme.
Raio Central: PA perpendicular ao filme saindo na junção dos lábios
PA AXIAL cefálico de 20° a 25° saindo no acântio. DFOFI: 100 cm.
AP Axial (Towne para mandíbula)
Posição: ortostática ou decúbito dorsal, LIOM ou LOM perpendicular ao filme.
Raio Central: Podálico de 30° a 40° direcionado à glabela
DFOFI: 100 cm.

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