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Artrose, Tendinites e Bursites

 Queixas freqüentes no âmbito da atenção básica em Ortopedia.  Fatores de Risco:


 Similaridade clínica c/ embricamento no diagnóstico o Caucasianos
diferencial.
o Idade acima de 50 anos
o Bursa submuscular ou profunda
o Sexo feminino
o Entesis - Sitio de inserção da musculatura/capsula
o Mais frequente nos MMII
articular/ligamente no osso.
 Carga e atividade extenuantes de membros
inferiores;
o Obesidade
o Hipotireoidismo

FISIOPATOLOGIA

ARTROSE

CONCEITO

Doença de caráter inflamatório e degenerativo, caracterizada pela


deterioração da cartilagem, neoformação óssea nas superfícies e
margens articulares e deformidade do membro afetado.
A cartilagem é a avascular composta de matriz extracelular e fibras
EPIDEMIOLOGIA colágenas com um suporte da superfície óssea, sendo muito rica em
água (60-80%). O objetivo da cartilagem é justamente tolerar atrito
 Doença articular mais comum e estresse mecânico. Contudo, se esse estresse for muito intenso ou
 Idade de inicio – a partir dos 40 anos quando houver um desequilíbrio da articulação, pode a ver uma
 Mais frequente no gênero feminino (4:1) fragmentação dessa estrutura cartilaginosa o que causa a liberação
 Sinais radiográficos em 10% indivíduos maiores que 60 anos. de água, justificando a queixa frequente dos pacientes de estar
 Maior causa de incapacidade da população idosa “água no joelho”. Essa água, na verdade, extravasou para o espaço
 80% têm limitação de mobilidade extracartilaginoso e pode causar a efusão articular com aumento de
 25% são incapazes de realizar tarefas básicas diárias. volume, desconforto e dor para o paciente.

CLASSIFICAÇÃO: A quebra do desarranjo dos micropolissacarideos coloca a


superfície óssea subcondral (está imediatamente abaixo da
 Primária: Monoarticular ou Poliarticular cartilagem) em risco. O estresse mecânico contínuo nesse local
o Primário/ idiopática: quando não se consegue definir causa uma reatividade do organismo com formação de osteofitos –
qual a causa do surgimento do problema. proeminências ósseas que tentam reorganizar e estabilizar a
 Secundária: articulação. Tudo isso gera dor, e com o tempo, limitação da
o Trauma - Traumatismos articulares. atividade da articulação culminando com a perda da autonomia da
o Sinovites - sinovite vilonodular, condromatose pessoa.
o Neuropatias - Artropatia de Charcot.
 Envolvido em pacientes que tem ´pé insensível LENTE
do DM. ARTROSCOPIA:
o Infecções - Seqüelas de pioartrite.
 Pode cursar com degeneração de forma
precoce e cursar com artrose
o Anomalias congênitas e do desenvolvimento –
luxação do quadril.
o Doenças endócrinas ou metabólicas.

ARTROSE PRIMÁRIA

1 Lahyse Oliveira
2021.1
 A visualização de “franja” indica um processo de degeneração  Atividade de esforço repetitivo ou continuado, ou a lerdorte.
e
 Os tendões de risco se colocam em risco quando há uma
desgaste da cartilagem.
elevação continuada constantemente, por exemplo na
articulação do ombro. Para proteger, deve se fortalecer a
CLÍNICA
musculatura própria e a acessória.
 Dor;
CONCEITO:
 Derrame articular; Crepitação (sensação de atrito, estalido,
“areia no joelho”); Deformidades;
Inflamação das bainhas dos tendões
 Limitação funcional – Diminuição da amplitude articular;
tipicamente causada por uso repetitivo.
 Desvio de eixo articular (varo, valgo, flexo e recurvato).
 Causas da inflamação:
o 1) Mecânica – esforços
prolongados e repetitivos e
sobrecarga.
o 2) Química – Desidratação,
nutrição inadequada e toxinas
orgânicas.
 Dentre as tendinites membro
 Mão reumatoide com deformidade interfalangeanas distais e superior, existe a síndrome de impacto.
proximais.
AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA

SÍNDROME DE IMPACTO
Síndrome dolorosa, de natureza microtraumática ou degenerativa,
associada ou não a perda de força, caracterizada por tendinite do
manguito rotador (MR), com ou sem ruptura parcial ou total de um
ou mais tendões, dependendo da fase clínica da doença.

 O ombro tem várias articulações, mas a articulação escapulo-


umeral é a principal do membro superior.
 Quando se envelhece, perde-se água nos tecidos (degeneração)
e com o tempo, facilita-se a ocorrência de lesões com o estresse
do dia a dia – previne-se com boa alimentação, hidratação e
musculatura trófica.
 O manguito rotador é um grupo composto de quatro músculos:
supraespinhal, redondo menor, infraespinhal e subescapular.
Esses músculos são os grandes estabilizadores dinâmicos do
 Pinçamento articular: é uma redução do espaço articular, com
ombro, auxiliam no movimento de elevação e posicionamento
junção de um osso com outro.
da escapula. Eles atuam em convergência.
o A cartilagem não aparece no RX, somente o vazio
 O manguito rotador auxilia o deltoide na elevação do membro:
que ela devia ocupa. Em caso de obliteração nesse
o deltoide eleva ativamente o ombro/braço e quando elevado a
vazio, significa que houve uma perda da cartilagem.
acima de 60°, ele precisa de um fulcro para levar a cabeça do
 Osteofitos marginais: tentativa de estabilizar a articulação
úmero de encontro a gleinoide o que é realizado pelo manguito
devido a movimentos desajustados.
rotador e assim, há articulação completa do membro.
 Cisto angeosos: erosões que parecem cavernas. Ocorrem em
fase mais avançada.
o O cisto é um achado decorrente da artrose,
geralmente no quadril e joelho isso é mais
proeminente.
 Processo inflamatório evidente: mais visto em articulações
mais superficiais.

TENDINITES

ETIOLOGIA

 Fatores de risco:
o Artrose acrômio-clavicular:
o Osteófito subacromial
 O supraespinhal é o principal musculo desse
grupo, e o espaço pontilhando é o túnel por

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onde esse musculo passa. Se há um osteofito
que faz uma redução desse túnel, ele coloca o
tendão supraespinhal em risco, colaborando
para a degeneração/rotura desse tendão.
o Formato do acrômio
 O acrômio retificado é ótimo pois o canal está
bem aberto e tem muito espaço para o
manguito deslizar. Contudo, se esse for mais EXAME FÍSICO
curvo, isso diminui o espaço do musculo
supraespinhal e o atrito contínuo pode romper
esse tendão.

 MANOBRA DE NEER: elevação passiva do membro,


CLASSIFICAÇÃO ocasionando o impacto do manguito rotador na borda da
glenoide. Se houver lesão inflamatória no local, gera-se dor e a
GRAU I - LESÃO AGUDA E descrição do teste é “Neer positivo a X graus de elevação do
membro”
REVERSÍVEL  MANOBRA DE JOBE: feito no plano da escapula. Com 30-
40° de rotação interna do ombro, se faz uma elevação contra a
 Lesão aguda
resistência do examinador. Esse exame objetiva comparar a
 Edema e hemorragia no MR
lesão do manguito - análise do supraespinhal. Quando não é
 Pacientes < 30 anos
possível fazer essa elevação, significa que pode ter uma lesão
 Geralmente por crossfit, arremessadores, nadadores – esporte
do supraespinha. À vezes, ao comparar os lados, percebe-se
de giro do ombro.
uma força diminuída em um dos lados, o que indica uma rotura
GRAU II - ALTERAÇÕES NO MR, SEM RUPTURA. parcial ou até total desse musculo.

 Lesão crônica IMAGENOLOGIA


 Degeneração e fibrose no MR
 Radiografias
 Pacientes de 30-50 anos
o AP verdadeiro (RE E RI)
 Rx / US / RNM: visualiza-se degeneração
 AP verdadeiro é
o USG: degeneração de fibras e rotura
feito no plano da
o RNM: específica e mensura o grau
escapula
GRAU III - RUPTURA DO MR.  AP em três
posições: em
 Dor noturna neutro, rotação
 Limitação funcional interna e
 Hipotrofia do supra e infraespinhais rotação externa.
 Ruptura do MR e de pode ter associado Ruptura do Bíceps  A
o O tendão da cabeça longa do bíceps tem uma ação
sinérgica com o manguito rotador na tentativa de
manter a cabeça do úmero na glenoide. Ele também
tendencia quando há lesão do manguito
encontra-se em risco na síndrome do manguito rotador.
rotador é que haja uma ascensão do
 Rx / US / RNM / artro RNM: Ruptura do tendão
úmero em relação da glenoide. Isso gera
o RX: aspecto degenerativo avançado;
um ciclo vicioso: quanto mais lesão,
o USG: degeneração e rotura
maior a ascensão do úmero contra o
o RNM e artro RNM: degeneração e rotura
acrômio  maior redução do espaço
 O tratamento nesses casos são cirúrgicos. Os resultados com a
supraespinhal e do musculo do manguito
reconstrução dentro do momento adequado são ótimos, porém,
 mais contenção  mais ascensão e
dependem muito da reabilitação do paciente para ter sucesso.
lesão...
A fisioterapia deve ser bem intensa,
o Axilar
o Oblíqua Apical
o Túnel do Supra-espinha
 Ultrassonografia
 Ressonância Magnética

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EPICONDILITE LATERAL o RNM: sito insercional com processo inflamatório

 Afecção degenerativa que afeta o cotovelo, situada na origem


dos extensores e na sua aponeurose (ERCC).
o Musculo utilizado no movimento de giro de parafuso,
associada a uma pronosupinação forçada.
 Doença autolimitada - Resolução em 70% a80% dos casos em
1 ano.
 1 – 3% da população (40 - 60 anos), membro dominante
 Associada ao exercício ocupacional: Extensão ou pronação
forçadas.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

 Compressão do ramo recorrente do N. radial


 Radiculite cervical

TRATAMENTO
 Controverso:
CLÍNICA: o Remissão espontânea, fisioterapia, cirurgia
 Dor insidiosa, localizada ou irradiada para antebraço e dorso  Tratamento conservador é a modalidade principal;
da mão. o Bons resultados em 85-90% dos pacientes*;
 Palpação dolorosa o Modificação de atividades;

EXAME
FÍSICO:

 Após a resolução dos sintomas, deve se introduzir o


condicionamento continuado para prevenir novos episódios
similares.

INFILTRAÇÕES:

 Uma opção de tratamento mais invasivo, porém ainda


conservador. Pode se infiltrar:
o Toxina botulínica – tem o efeito de relaxamento da
musculatura, o que tende a reduzir o estresse e
favorece o processo de redução inflamatória.
o Sangue autólogo – o hematoma faz parte do processo
de regeneração ósseo e muscular. Assim, ao fazer o
 TESTE DE COZEN: extensão forçada contra a resistência infiltrado, se leva fatores de cicatrização para aquela
com o cotovelo semifletido e punho serrado. Para sensibilizar lesão.
esse teste, pode se palpar a região do epicôndilo. o Plasma rico em plaquetas;
 TESTE DE MILL: extensão contra a resistência semelhante a o Corticosteróides;
cozen, porém com a mão espalmada.  Curto prazo;
 TESTE DA CADEIRA: elevar a cadeira na posição de  Corticosteróide x fisioterapia
pronação com o cotovelo estendido.  Técnica da injeção: deve se localizar bem o epicôndilo e
 TESTE DE XICARA: segurar uma xicara com os dois dedos infiltrar no entorno do epicôndilo.
com um cotovelo semifletido.
 TESTE DE MAUSELEY: extensão do terceiro dedo contra a
resistência. Dor bem evidencia na região do epicôndilo.

DIAGNÓSTIC
O:

 Eminentemente clínico
 Exames serve para casos mais duvidosos:
o Radiografia: calcificação no sito de inserção dessas
lesões
o USG: infiltrado inflamatório tendíneo bem na inserção.

4 Lahyse Oliveira
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CIRÚRGICO:  Tratamento com fisioterapia e analgesia. Quando não se
 alha > 6 meses do tratamento conservador; resolve (menos casos) pode se fazer infiltração e resolução
 Excisão da área de tendinose + debridamento + reinserção cirúrgica.
o Scratch test”;
 Até 97% de bons resultados;
 Tratamento aberto vs. Tratamento artroscópico;
o Escolha individual do cirurgião;
o Aberto: não aborda a articulação, apenas a parte
extrarticular epicondilar – cirurgia de nirschl).
o Artroscopia: é mais comum. Resolve o processo
degenerativo, ressuturando e reaproximando.
TENDINITES: COXA E QUADRIL

 Tendinite ou entesite: do íleo psoas, dos músculos da espinha


ilíaca superior (sartório, reto da coxa, adutores).
o Abdução- comum em bailarinas e jogadores de futebol

TENDINITE DE DE QUERVAIN

JOELHO: TENDINITE DA PATA DE


GANSO/BURSITE ANSEINA

 Predominância feminina  Conceito: Inflamação da inserção dos tendões dos músculos


 Acontece no tendão abdutor longo e extensor curto do polegar sartório, grácil e semitendinoso e da Bursa localizada sob estes
- próximo à estilóide do rádio. tendões na face superomedial da tíbia (músculos flexos do
 Lesão por esforço repetitivo. joelho).
 Dor na região da estilóide radial com diminuição da força de  Clínica: Indivíduos obesos de meia idade ou idosos. Dor à
“pinça” entre o polegar e o indicador. palpação local (face medial da porção superior da tíbia); a dor
 MANOBRA DE FINKELSTEIN: é patognomônica. Abraçar piora ao deambular e subir escadas.
o polegar com os outros dedos e de forma passiva, o  Tratamento: geralmente se resolvem com abordagem clínica
examinador pede para o paciente fazer um desvio ulnar do conservadora, fortalecimento continuado, infiltração.
punho. O paciente sente uma dor no sitio da xiloide radial. o Infiltração repetida pode degenerar a fibra tendínea
 Diagnóstico clínico.  Obs: Esses tendões são utilizados para o enxerto para rotura de
 Diagnóstico diferencial c/ rizartrose (carpo e metacarpo). ligamento cruzado – retirada de um fragmento do tendão
patelar ou enxerto do musculo da pata de ganso.

DEDO EM “GATILHO”

 Tenossinovite estenosante do T. flexor superficial sob a cabeça


do metacarpo.
 O processo inflamatório tendíneo gera uma reação inflamatório JOELHO: TENSINITE PATELAR
que gera um nódulo, o qual é travado e estenosado sobre a
cabeça do metacarpo.  Conceito: Degeneração mucóide do tendão em sua origem no
 Flexão fácil; extensão dolorosa c/ ressalto. pólo inferior da patela.
 Polegar, 2º e 3º dedos são + frequentes  Clínica: Comum em atletas e idosos. Dor na parte inferior de
 Presença de nódulos na região palmar. patela, c/ piora aos esforços; dor à palpação do pólo inferior da
 Geralmente tem origem ocupacional; pode estar associado a patela - joelho fletido a 45°.
outras doenças (AR, LES, hipotireoidismo e diabetes).  Formado por tríceps, paretea e tensão patelar.

5 Lahyse Oliveira
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 Rx: usado em casos de sintomas agudo. Presença de infiltrado  Clínica: Dor à palpação e à elevação do ombro.
inflamatório na córnea inferior da patela.

TORNOZELO E PÉ -TENDINITE DO TIBIAL POSTERIOR

 Clínica: Dor e edema imediatamente posterior ao maléolo


medial, dor à inversão do tornozelo contra – resistência ou
eversão passiva. COTOVELO: BURSITE OLEOCRANIANA
 Causas: traumas, pronação excessiva do tornozelo; AR;
espondilartropatias (de charcot por exemplo).  Conceito: inflamação da bursa olecraniana, que recobre a
o Comum em mulher, corredor que usam sapatos planos, proeminência do olécrano.
 Clínica: Flutuação e dor à palpação da parte posterior do
o que forma mais a musculatura.
cotovelo.
 Quando crônica pode a ver a queda do arcoplantar, podendo
 Tratamento convervador, sendo que raras vezes se faz uma
levar a rotura dessa tendão.
punção (diminuir o volume) ou infiltração.

QUADRIL: BUSITE TROCANÉRICA


BURSITES
 Conceito: Inflamação de uma ou mais bursas localizadas sobre
CONCEITO a inserção do glúteo médio e no trocanter.
 Clínica: Acomete indivíduos do gênero feminino a partir da 5ª
 Inflamação de uma bolsa sinovial, saco membranoso revestido
década - gestação. Dor na região trocanteriana e face lateral da
por endotélio, localizada próximo a articulações. Pode haver
coxa; piora à deambulação e ao deitar-se. Início agudo ou
comunicação c/ membranas sinoviais articulares, repercutindo
gradual. Piora com a adução e à palpação.
como dor articular (equivocadamente como artrite).
 A intervenção costuma ser conservado (fisioterapia, analgesia
 Função das bolsas sinoviais: Evitar atrito entre estruturas
e gelo), e em queixas graves que se faz uma RM observamos
(tendão e osso / tendão e músculo) facilitando o deslizamento;
um infiltrado na região da Bursa.
proteção das proeminências ósseas. Quando se tem um trauma
 O atrito da faixa tíbia também ajuda a causar ou tornar esse
local ou esforço excessivo, pode se obter inflamação dessa
quadro perene, necessitando de infiltração e raramente uma
estrutura.
bursetomia

OMBRO: BURSITE SUBACROMICAL

BUSITE ISQUIATRICA

 Conceito: inflamação da Bursa subacromial, que recobre o  Conceito: Inflamação da Bursa que
manguito rotador; costuma fazer parte do quadro da síndrome separa o glúteo máximo da
de impacto. tuberosidade isquiática. Ocorre em
 O impacto do úmero proximal com a ascensão em direção ao indivíduos que costumam sentar-se
acrômio primeiro costuma ocasionar uma bursite, que progride em superfícies duras ou que
por continuidade para a inflamação do tendão, culminando com perderam muito peso.
o ciclo vicio da síndrome do impacto.

6 Lahyse Oliveira
2021.1
 Clínica: Dor na tuberosidade isquiática com irradiação para
face posterior da coxa.
 Tratamento conservador.

BUSITE ILIO PECTNIA OU DO ILEIOPSORAS

 Conceito: Inflamação da Bursa localizada por trás do iliopsoas,


anterior à articulação do quadril e lateral aos vasos femurais.
 Clínica: Dor na região inguinal e anterior da coxa, com
irradiação para o joelho. Piora com a hiperextensão do quadril.
Dor à palpação e na flexão contra resistência do quadril.
DOENÇAS OSTEOMETABÓLICAS
o Simula uma dor da artrose, porém não tem a limitação
da artrose e geralmente irradia para o joelho

JOELHO: BUSITE PRÉ- PATELAR

 Conceito: inflamação da Bursa pré-patelar, que recobre a


porção anterior da patela, geralmente associada a trauma, AR
ou artropatia por cristais.
 Pessoas que rezam ajoelhadas para rezar.
 Clínica: Flutuação e dor à palpação da parte anterior da patela.
 Tratamento convencional

SÍNDROME MIOFASCIAL
 Conceito: Inflamação das
PÉ: BURSITE RETROCALCANEANA
bursas situadas na inserção do
tendão de Aquiles.
 Clínica: Dor e flutuação local.
Associação com esporões de
calcâneo, tendinite de
Aquiles, uso prolongado de
sapatos com saltos altos e
longas caminhadas.
 Tem risco de persiste pois pode levar a rotura do tendão de
aquiles, pois há uma degeneração da bursa por continuidade, o
tensão que pode vir a romper. INFECÇÕES

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS ENTRE


TENDINITES E BURSITES

COLAGENOSES

7 Lahyse Oliveira
2021.1
OSTEONECROSE

SÍNDROMES COMPRESSIVAS E RADICULOPATIAS


Colapso vascular que ocorre no osso

ARTROPATIAS

Charcot: perda de sensibilidade e do estímulo neurológico ao osso,


por conta disso há uma osteose de desuso e isso culmina com
fraturas. Comum em úlceras.

TUMORES

8 Lahyse Oliveira
2021.1
Lombalgia e Tumores
CASO CLÍNICO o Teste de Giordano: punhopercussão da região do flanco
que avalia se existe uma inflamação da capsula renal.
Paciente feminino, 75 anos com dor lombar há 2 anos. Refere piora Avalia nefrite.
importante há 1 semana. Refere início insidioso e progressivo, com
piora aos movimentos e ortostase. Melhora ao deitar. Quais outros
dados poderiam contribuir na anamnese??? Frequencia, irradiação,
intensidade, qualidade.

Nega Febre, perda de peso, alterações urinarias, irradiação para


MMII e diminuição da força ou parestesias.

ANAMNESE LOMBALGIA

EXAME FISICO

Para avaliar dor lombar no exame físico, é importante que:

 Testes especiais:
o Lasegue: elevação passiva do membro, descrita a partir
de um quadro de alteração sensitiva ou dor com o grau
de elevação do membro
o Testes neurológicos habiturais
o Avaliação de miotomos (músculos autonomicamente
inervados por uma determinada raiz), dermatomos
(mesmo que o miotomo só que da parte sensitiva), arcos
reflexos (ex: reflexo patelar).

 Inspeção estática:
o Marcados anatômicos: T6 na altura da escapula.
o Busca por de assimetrias
o Triangulo de Talhe: quando se coloca o paciente em
ostoestase para o examinador e vê se que a silhueta do
membro com a região da cintura. Se um lado é diferente
do outro, esse triangulo está assimétrico indicando uma
escoliose.
o Teste de adams: pede-se para o paciente fazer a flexão do
tronco, sem dobrar o joelho e observa-se os marcos
anatômicos: espinhas ilíacas posteriores, processos
RADIOGRAFIA
espinhos da vertebra, angulação.
 Se houver a formação de giba de um dos lados,o  Indicações para pedir radiografia:
teste é considerado positivo indicando um o Idade maior que 50 anos
processo de desvio de eixo da coluna chamado
o Trauma
de escoliose.
o Déficit neuromuscular
 Palpação:
o Perda de peso
o Marcos anatômicos:
o Suspeita de espondilite anquilosante
 C6-C7 no occipto.
o Abuso de drogas e álcool
 T3 na altura do processo espinhoso da escapula.
o Historia de neoplasia
 T6-T7 no ângulo inferior da escapula.
o Uso de corticoide
 L4 na altura da borda.
o Hipertermia maior que 37,8 °
o Teste de bloomberg: irritabilidade abdominal que pode
o Segunda consulta em menos de um mês sem melhora.
ser confundida com dorsalgia.
 Geralmente pedida em dois planos, incluindo a transição
toraco-lombar e a lombosacral
o Normal: espaços intervertebrais e altura preservada, sem
desvio de eixo.

9 Lahyse Oliveira
2021.1
o Artrose: osteofitos marginais, redução de espaço CASO CLÍNICO 2
intervertebral, formação de bordas, fusão das vertebras.
 Bico de papagaio são justamente os Paciente de 56 anos, com dor lombar há 12 dias. Refere início
osteofitos formados nas vertebras. insidioso e progressivo, com piora aos movimentos. Nos últimos
5dias, iniciou irradiação da dor para os membros inferiores
associada com parestesias. Pouca melhora com analgésicos

SÍNDROMES DOLOROSAS DA COLUNA  Rx: pouco clara


 RNM: Degeneração discal evidente – escurecida sem a porção
 Síndrome dolorosa miofascial mais acinzentada.
 Dor discogênica: inflamação do ângulo do disco  Degeneração discal é indicada em 35% dos casos entre 20-39
 Artrose facetaria: sobrecarga das facetas articulares que anos. E 100% acima de 50 anos
culminam com desgaste e dor. Para aliar a dor, é necessário o Isso significa que há um ponto de fragilidade,
infiltração da faceta.
principalmente com a postura inadequada, sendo
 Estenose lombar: obliteração do espalho da raiz ou do canal
necessário mudanças de hábitos de vida.
por conta de complexo do disco fibrosos junto com um  Para se confirmar que o achado de imagem é uma doença a
processo osteofitario, ou abaulamento de disco ou Clínica deve estar em paralelo com imagem: se a imagem está
escorregamento da vertebra (espondilolistese)... com várias degenerações, mas a clinica está bem  não é
 Hérnia de disco definida bem como doença, mas sim com medidas preventivas.
 Deve se ficar alerta para: Infecção, tumores, dor referida
(irradiação)... e síndrome da cauda equina.
CASO CLINICO 3
SÍNDROME DA CAUDA EQUINA Paciente feminina, 52 anos, queixa de dor lombar há 30dias sem
trauma que piora com a deambulação. Nega febre ou sintomas
 É uma emergência ortopédica - essa pessoa precisa de uma sistêmicos. Antecedentes Médicos – HAS controlada. Neoplasia de
abordagem imediata para descomprimir essa medula. mama operada há 2 anos.
 O cone medular vai até L1 e abaixo de L1 há a eferências de
raízes que formam o entremeados na coluna chamada de cauda
equina.
o Quando existe uma hérnia em L4 e L5, não há uma
compressão da medula propriamente dita e sim, as
raízes da medula.
o Acima da cauda equina é justamente um quadro
agudo em que algo oblitera as raízes que compõem a
cauda equina e, portanto, inervam o quadro inferior
como o todo.
 O quadro clínico será dor intensa, anestesia em cela, plegia
 RX: apagamento da vertebra/ imagem lítica – existe algo que
súbita, paraparesia de membros inferiores, alteração de força,
está corroendo aquela vertebra. Em perfil, já há fratura
sensibilidade, perda do controle esfincteriana.
patológica, por isso deve-se afastar a possibilidade de implante
secundário desse tumor na coluna.
 Metástase: sugere um implante secundário.

CASO CLÍNICO 4

Paciente feminina, 60 anos, queixa de em quadril direito há 45 dias


sem trauma que piora com a deambulação. Nega febre ou sintomas
sistêmicos. Antecedentes Médicos - HAS controlada. Neoplasia de
mama operada há 2 anos. Exame físico: paciente em BEG,
eupneica, marcha com pequena diminuição da fase de apoio do
membro

10 Lahyse Oliveira
2021.1
inferior direito (marcha claudicante). Sem deformidades. Dor em  O osteoblasto é que faz a formação de osso, gerando a lesão
flexão e rotação do membro do quadril. blastica
 Lesão lítica ou plástica que fragilizou a cortical a ponto de
causar uma fratura patológica.
o Qualquer situação que reduza a resistência mecânica
do osso, como por exemplo osteoporese, pode causar
fratura patológica.

CINTILOGRAFIA ÓSSEA

 Serve para avaliar a extensão dessas lesões


o Hipercapção maior na região do centro proximal,
indicando onde esta acometido na imagem.

 RX: no fêmur proximal imagem lítica irregular, o que é um


alerta de lesão tumoral.

LESÕES NO RX

LESÕES BEM DELIMITADAS:

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

 Imagem de sitio de reabsorção do osso, com invasão de partes


moles, o que é um indico de malignidade.

 Lesões bem delimitadas tendem a ser defeitos corticais


benignos.

SINAIS DE AGRESSIVIDADE RADIOGRAFICA

 Imagens múltiplas erosivas sem respeito a cortical


 Lesões múltiplas
 Margens mal delimitadas
 Erosão ou destruição da cortical BIOPSIA
 Reação periosteal
 Extensão para partes moles  É indicada nessas situações
 A coleta é feita com essas tefinas

CRITÉRIOS DE MIRELS

 Quando a lesão é de implante secundário, ou seja, quando ela é


 O osteoclasto é que faz lise óssea gerando a lesão lítica decorrente de um tumor de outro lugar que não o osso deve se
analisar a lesão, pois ela pode causar risco de fratura.

11 Lahyse Oliveira
2021.1
o Se houver esse risco, pode ou não indicar fixação  Como o osso também é um órgão hematopoetico, é um tumor
profilática daquele segmento acometido. de origem óssea, plasmocitoma.
 Se o implante for primário, o critério é diferente.

 Se o score for maior ou igual a 9, há um risco eminente de  Causa imagens líticas múltiplas no crânio, na pelve,
fratura  necessita fixar; aumentando o risco de fratura.
 Se for um score menor que 9, não é necessário fixar.  A ideia nesse caso, é tratar a lesão óssea, e não a fratura. Em
 Sempre para articulação de implante secundário. vez de fazer fixação, se faz uma endoprotese (retira todo o
segmento acometido pela lesão e implanta uma prótese – visa
uma ressecção tumoral).

 Mirels: fêmur 2, dor 2, lítica 3 , mais de 2/3 da circunferência


óssea 3  score 10  fixação para trazer conforto e evitar
complicações inerentes a uma fratura patológica.

 Mirels: lesão lítica 3, membro inferior 2, fêmur proximal 3,


lesão lítica 3, comprometimento de mais de 2/3 3,  13 
fixação profilática para que além da lesão, não haja fratura
 Geralmente são pacientes que com implante secundário tem
quadro terminal, por isso a fixação visa dar conforto para o
paciente e evitar dor.

MIELOMA MULTIPLO

12 Lahyse Oliveira
2021.1

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