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LTC / DORT

Profª Ana Paula Bismarchi

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 As L.E.R. são Lesões por Esforços
Repetitivos (definição mais antiga)

 A D.O.R.T. (conhecidas como doenças


osteomusculares relacionados ao trabalho)
são responsáveis pela alteração das
estruturas osteomusculares – tendões,
articulações, ossos, músculos e nervos.

HOJE LEVA-SE O NOME DE LTC!!!


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Histórico
 1700 - Ramazzini - Pai da Medicina do trabalho -
"doença dos escribas e notórios".
 1920 - Doença das tecelãs (1920)
 1965 - Doença das lavadeiras
 Década de 80 – Universalização do problema
– Várias profissões
 Movimentos repetitivos ou grande imobilização
postural - Fenômeno Mundial

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Doenças Ocupacionais

 LER – Lesões por Esforços Repetitivos


 LTC – Lesões por Traumas Cumulativos
 DCO – Doença Cervicobraquial Ocupacional
 CTD – Cumulative Trauma Disorders
 SSO – Síndrome da Sobrecarga Ocupacional
 DORT – Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho

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L.T.C / D.O.R.T

 Resultado dos desequilíbrios entre


as exigências das tarefas por parte
da organização e as suas
capacidades motoras do trabalhador
dentro das suas possibilidades

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D.O.R.T
 Uma “síndrome clínica”
caracterizada por dor crônica,
acompanhada ou não por alterações
objetivas e que se manifesta
principalmente no pescoço, cintura
escapular e/ou membros superiores
em decorrência do trabalho.
 INSS/1998

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L.T.C / D.O.R.T

tendinite, tenossinovite, sinovite,


peritendinite, epicondilite,
epicondilite, dedo em gatilho, cistos,
síndrome do túnel do carpo,
síndrome do túnel ulnar, outras
síndromes, cervicalgia, síndrome
miofascial, síndrome simpático
reflexa Lombalgia e outros

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Diagnóstico de LTC/DORT

 Quem faz o diagnóstico?


– O médico assistente;
– O médico perito da Previdência
Social (INSS);
– O médico perito da justiça;
– O médico de empresa.

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Como fazer diagnóstico?

– História clínica – da moléstia atual,


detalhada;
– Pesquisa sobre os demais aparelhos;
– Comportamentos a hábitos relevantes
– Antecedentes pessoais e familiares
– História ocupacional
– Exame físico detalhado
– Exames complementares, se necessários

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DETERMINANTES

Concepção dos
Organização
equipamentos
da produção
Ambiente
físico FATORES DE RISCO
Fatores biomecânicos Fatores
esforço psicossociais
posturas insatisfação
gestos Sensibilidade percepção negativa
repetitividade do trabalho
individual

Concepção das Organização


ferramentas do trabalho
ANACT, 2009

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LTC / DORT
 Não resultam de lesões súbitas;
 Resultam de traumatismos de fraca intensidade e
repetidos durante longos períodos sobre as
estruturas musculoesqueléticas normais ou
alteradas;
 Os sinais clínicos são variáveis. Em geral: dor
associada de maneira mais ou menos
pronunciada a um desconforto no curso da
atividade profissional;
 Os gestos e movimentos causadores de lesão
podem ser de atividades extra-profissionais.

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Contração
muscular

 aumento da pressão intra-muscular levando a compressão


dos vasos sangüíneos intramusculares;

 nutrição dos músculos ativos pode ser temporariamente


perturbada;

 principalmente quando o nível de força é elevado.

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Condições estáticas

déficit de oxigênio
o músculo funciona em condições
anaeróbicas
a fadiga pode surgir
esta fadiga está condicionada pelo
repouso
cuja duração deverá ser proporcional às
pressões sofridas
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Modificações bioquímicas do
músculo hipersolicitado
 Acúmulo de lactatos;

 Insuficiência de glicogênio;

 Modificações das concentrações iônicas intra e extra-


celulares.

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As principais pressões que afetam
o tendão

 Força de tração exercida pelo músculo;

 Atrito;

 Compressão contra os tecidos adjacentes


durante a passagem ao nível das articulações.

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Pressões sobre os tendões

 Esforço cisalhamento - O tendão pode ser


submetido a esforços de compressão que
agem perpendicularmente ao eixo de
fibras;

 Isquemia - durante a compressão dos


tendões pode haver lesão dos vasos
situados na região adjacente.

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 Uma abdução de 30 graus do ombro provoca
uma isquemia parcial nos vasos situados
anteriormente, os quais irrigam, entre outros, os
tendões;

 A insuficiência de líquido sinovial pode ser


devido à diminuição deste líquido pelas bainhas
ou à qualidade nutritiva desse líquido, como
conseqüência dos processos inflamatórios;

 Quando as perturbações perduram, as arteríolas


e as vênulas se hipertrofiam, o número dos
fibrócitos aumenta e o tecido conjuntivo
prolifera.
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Trauma agudo Uso repetitivo

lesão

atividade
resposta
inflamatória

fraqueza,
rigidez
dor

repouso
Gross, Fetto & Rosen; 2000
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Estratégias individuais Mudança dos
modos
operatórios
Exigências
mecânicas

Estratégias coletivas Repartição


das operações

Fadiga

Deformações Microtraumas
tissulares
Rupturas
Alterações isquêmicas
(Assunção, 1998)
Compressões
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Por que as alterações do
humor no curso dos
DORT?
Hipótese

 a dor da perda da saúde


 a dor da decepção ao ser
excluída do ambiente de trabalho
 a dor do não reconhecimento
 a dor da humilhação no lócus da
perícia médica - precisa provar
aquilo que aflige
 doí porque dói e dói porque tem
que provar que dói

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torção
dorsal

abdução
extensão

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no micro ...
extensão do
pescoço

tensão em
ombros

monitor muito punho flexão


baixo e próximo extendido acentuada
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Causas das D.O.R.T

 1) Dano
 Diminuição do aporte sanguíneo à
região
– Repetitividade e/ou força dos movimentos quanto na
atividade estática das estruturas envolvidas
 2) Dano
 Trauma ou microtrauma - formação de
processos inflamatórios locais.

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A Vigilância da Saúde do
Trabalhador deve detectar
causas predisponentes

 Produção a todo custo


 Sobrecarga física e psíquica
 Distribuição inadequada dos afazeres
 Ambiente não ergonômico

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 A LTC/DORT se manifesta
clinicamente por um sintoma
subjetivo e peculiar a cada
indivíduo que é a DOR.

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Sintomas da D.O.R.T

 Desconforto, tensão, rigidez ou dor nas


mãos, dedos, antebraços e cotovelos
 Mãos frias, dormência ou formigamento
 Redução da habilidade (destreza manual)
 Perda de força ou coordenação nas mãos
 Dor capaz de interromper o

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Comunicado de Acidente de
Trabalho

 Nexo causal – importante !!!!!!!!!!!!!

 Quando ???????????

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Fatores agravantes

 Falta de apoio de níveis superiores para


uma atuação adequada.
 Diagnóstico impreciso e
acompanhamento inadequado durante o
tratamento médico
 Readaptação ao trabalho deficiente.
 Falta de um programa ergonômico.

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Prevenção D.O.R.T

 Organização do Trabalho
 (função da relação entre o homem e a
máquina)
 Ergonomia
 Postura adequada.

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Ações para D.O.R.T

 Incentivar o trabalhador a prestar atenção em


sintomas e limitações, mesmo que pequenas, e
orientá-lo a procurar logo o auxílio.

 Propiciar aos médicos que atendem aos


trabalhadores um diálogo com a empresa nos
casos que houver necessidade de mudar as
características do posto de trabalho.

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Ações

 Treinamento dos médicos – Atendimento


adequado ao trabalhador.
 Amparo ao trabalhador com D.O.R.T –
tratamento e reabilitação.
 Política de prevenção - Evitar o
adoecimento dos trabalhadores.

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Conduta

 fazer um diagnóstico específico e preciso


 excluir as causas não profissionais da patologia
 analisar a história profissional do indivíduo
 investigar se os fatores de risco são importantes
e duradouros
 pesquisar uma relação temporal entre os fatores
de risco presentes no trabalho e o aparecimento
ou agravo dos sintomas

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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