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Avaliação Física

1 – Identificação
Nome:
Data de nascimento:
Idade:
Sexo:
Cor:
Estado Civil:
Escolaridade:
Profissão atual / ocupação: Há quanto tempo?
Profissão anterior: Há quanto tempo?
Endereço e telefone:
Avaliação Física
2 – Anamnese
Queixa Principal (QP): transcrição exata do que o paciente relata.
História da Patologia Atual (HPA): resume os problemas atuais do paciente e informações clínicas de relevância.
História da Patologia Pregressa (HPP): identifica afecções e cirurgias ocorridas no passado que podem ou não
ter relação com a doença atual
História Familiar: doenças graves sofridas por familiares próximos do paciente.
História Socioeconômica: faz alusão aos hábitos, relata ocupação atual e passada do paciente, bem como
condições de higiene, tabagismo, etilismo e habitação.
Perfil Emocional:
Nutrição:
Medicamentos / Dosagem:
Raio X e exames complementares:
Lesão do Ligamento Cruzado
Anterior (LCA) e Lesão do
Menisco Medial (MM)
Anatomia do Joelho
Funções do MM:

• Dissipação de forças compressivas


• Transmissão de cargas
• Promover e ampliar a estabilidade articular
• Gerar informações sobre o posicionamento do joelho (propriocepção)
• Distribuir o líquido de lubrificação articular (sinovial) e seus nutrientes
• Proteger a cartilagem articular
• Ampliar a área de contato entre fêmur e tíbia

Funções do LCA:
• Função primária de restringir a anteriorização da tíbia
em relação ao fêmur
• Função secundária, controle rotacional do joelho
Etiologias (LCA E MM)

• Se o menisco esmagado = fraturar;


• Com uma violenta rotação do joelho caminhando ou correndo, por exemplo, em uma mudança de direção;
• Uma violenta hiperextensão do joelho, por exemplo, um chute no vácuo no futebol em que é possível ferir o
menisco interno, além de músculos da coxa;
• Desequilíbrio entre atividade de flexor, extensor e rotador do joelho;
• Causas menores: desgaste, trauma direto ou atividade física, realizada por pessoas mal treinadas e não
preparadas. O menisco mais frequentemente sujeitos a lesão é aquele medial porque tem menos mobilidade,
se o joelho se move muito rapidamente pode estirar excessivamente o menisco interno causando uma lesão.
• Incidência: indivíduos do sexo masculino e feminino ocorre na relação de 2,5 a 4 :1 e geralmente as lesões
agudas são mais frequentes na faixa etária dos 20 a 30 anos nos homens, enquanto que as lesões
degenerativas são mais frequentes nos indivíduos com idade superior a 40 anos.
Teste de gaveta anterior e posterior
(avalia a frouxidão ligamentar)

Teste de McMurray adaptado - MM


(avalia a presença de dor e desconforto)

Teste de Apley - compressão em DV


(avalia a frouxidão ligamentar)

PS: Sempre fazer o comparativo com o outro membro


Teste de gaveta anterior – observar a translação da tíbia

0 – 0,5cm – +
0,5 a 1cm – ++
> 1cm - +++

PS: Sempre fazer o comparativo com o outro membro


Tratamento Conservador
Fisioterapia

• Inicia em 24h – crioterapia (redução de edema) e exercícios ativos para ganho de ADM
• Nas primeiras semanas ocorre a cicatrização do enxerto – exercícios de grande amplitude de movimento
ou grandes cargas devem ser evitadas, a marcha é iniciada com muletas.
• Exercícios isométricos são iniciados para restaurar força e RML dos grupos musculares.
• Exercícios proprioceptivos leves são iniciados, dependendo da tolerância do paciente/cliente
• Exercícios de cadeia cinética fechada são iniciados na primeira semana para gerar estabilidade e
melhorar propriocepção.
• Não sobrecarregar a articulação patelofemural, evitando os exercícios de cadeia cinética aberta logo, o
cisalhamento articular podendo interferir na cicatrização do enxerto.
• O tempo de recuperação do LCA pode variar de 6 – 8 meses (religamentização do enxerto) .
Tratamento Conservador

Educação Física:

• Enxerto cicatrizado

• ADM diminuído ou não

• Presença de edema ou não

• Baixo tônus e trofismo muscular da musculatura da articulação do joelho

• Presença de algias (dores) ou não

O que fazer?

Avaliação Física – perimetria e avaliação postural


Ganho de ADM: Treinamento do CORE

Mobilidade de tornozelo e quadril

Alongamento de quadríceps, ísquiotibiais, adutores e abdutores

Liberação Miofascial

Melhorar tônus e trofismo (força e resistência): Exercícios de propriocepção: (equilíbrio e coordenação):

Cadeia cinética aberta Prancha instável

Cadeia cinética fechada Busu

Exercícios isométricos Cama elástica

Resistência manual Treinamento funcional

Theraband
Artrose
Artrose
A artrose (do grego artros, articulação, e do latim ose, desgaste), também chamada de osteoartrose, não é uma doença.
Trata-se de um fenômeno absolutamente natural – o desgaste da cartilagem que reveste nossas articulações ou juntas – que
faz parte do envelhecimento global do organismo humano, como as rugas ou as chamadas manchas senis em nossas mãos.
Em geral, a artrose é confundida com artrite, que aí, sim, denota uma doença. A artrite (do grego artros, articulação, e do
latim ite, inflamação) implica na presença de uma das três características definidas por Galeno (século 3 d.C): dor, calor e
rubor.

A artrose é degenerativa e progressiva. O desgaste da cartilagem articular acontece porque os condrócitos, células
formadoras do tecido cartilaginoso, não se regeneram. Assim, uma vez destruídos, não há peças sobressalentes para reparar
a cartilagem. Além disso, a cartilagem articular não é vascularizada. Ou seja, não recebe seus nutrientes por meio de vasos
sanguíneos, mas se nutre apenas por embebição (como uma esponja) a partir do osso situado logo abaixo da cartilagem, o
chamado osso subcondral.

Etiologia
• Genética • Excesso de peso

• Idiopática • Fraqueza muscular

• Traumas / Impactos • Sexo Feminino – menopausa

• Esportes em nível competitivos


Sintomas
Osteófitos

Edema ADM diminuído

Limitações funcionais

Esclerose subcondral Rigidez articular

Dor Crepitações
Imagem
Radiológica
Joelho Esquerdo
Imagem Radiológica
Quadril Direito

A evolução do desgaste
no quadril em um
paciente. 1- A
diminuição do espaço
articular é uma marca
registrada do desgaste
articular, mas nem
sempre é visível em
exames de raio-x
simples. 2 e 3 -
Osteófitos são
proeminências ósseas
que vão se formando
em torno da
articulação. Aumentam
muito o atrito articular
e diminuem o
movimento da
articulação.
Imagem Radiológica
Artroplastia de Quadril
Imagem Radiológica
Coluna Lombar
Prescrição de Exercícios
• Observar as sequelas geradas pela artrose – cervicobraquialgias, lombosacralgias, lombalgias,
pinçamento do n. ciático

• Fortalecimento do Core

• Alongamento e fortalecimento muscular da articulação acometida

• Mobilidade da articulação acometida

• Trabalho de propriocepção

• Compressa de água quente (quando necessário), dependendo da tolerância do aluno

• Diminuir peso corporal

• Minimizar os desvios posturais

• Liberação Miofascial
Síndrome do Impacto do Ombro
Síndrome do Impacto do Ombro

Manguito Rotador -
tem a função de
estabilizar a
articulação do ombro,
ou seja, manter a
cabeça do úmero da
cavidade glenoidal.
Músculos do Manguito Rotador
O Redondo Menor e Infraespinhal - músculos que produzem o movimento de rotação externa ou lateral,
extensão e abdução horizontal do úmero.

O Supraespinhal tem como principal ação trabalhar no inicio da abdução do úmero no ombro. Tem a
capacidade deslocar a cabeça do úmero em sentido inferior a medida que os motores primários, como o
músculo deltoide , realizam o movimento de abdução glenoumeral/ombro. Esse comportamento previne o
impacto do úmero contra o acrômio a consequente lesão da bolsa subacromial e do tendão do
supraespinhal. Um ponto importante a salientar é que a localização do tendão do supraespinhal sob o
acrômio torna esse músculo particularmente vulnerável a tendinite, síndrome do impacto e ruptura.

O Subescapular tem a capacidade de produzir o movimento de rotação medial do úmero na articulação


glenoumeral/ombro. A literatura classifica o subescapular como o maior músculo do grupo manguito
rotador e o único rotador medial.
Tipos de Acrômio

Bigliani (A) Tipo I (reto – 17%), (B) Tipo II (curvo – 43%) e (C) Tipo III (ganchoso – 39%)
O espaço subacromial - tendões do manguito rotador
O teto do manguito rotador é formado por uma
proeminência da escápula, chamada de acrômio.
Esse osso pode ter diferentes formatos: reto, curvo
ou ganchoso. Os formatos curvo ou ganchoso
podem predispor a alterações, como a síndrome do
impacto ou as lesões dos tendões do manguito
rotador.
O "chão" desse espaço subacromial é formado por
uma proeminência chamada tubérculo ou
tuberosidade maior.
É nessa tuberosidade que se inserem os tendões
supraespinal e infraespinal. A bursa, por fim, é um
tecido localizado entre esse teto (acrômio) e o chão
(tendões do manguito rotador). É um bolsa de tecido
lubrificante que diminui o atrito entre essas duas
regiões.
Apesar de sempre ser considerada como a causa
dos problemas no ombro, a inflamação da bursa
(bursite) é a consequência de alguma alteração
biomecânica ou biológica do espaço subacromial.
Avaliação Funcional para Tendinite de Supraespinhoso e

Bursite Subacromial
Tratamento Conservador

• Analgésicos Educação Física:

• Antiinflamatórios • ADM diminuído ou não


• Fisioterapia
• Presença de edema ou não

• Baixo tônus e trofismo muscular da musculatura da articulação do ombro

• Presença de algias (dores) ou não

• Função da articulação diminuída


Ganho de ADM:

Mobilidade de torácica e de ombro

Alongamento de musculatura da cintura escapular, peitoral Treinamento do CORE


maior e menor e dorsais

Liberação Miofascial

Melhorar tônus e trofismo (força e resistência):

Cadeia cinética aberta

Cadeia cinética fechada


Exercícios de propriocepção: (equilíbrio e coordenação):
Protocolo de Rockwood
Treinamento funcional
Exercícios isométricos

Resistência manual
Escoliose
Escolioses
Escoliose - trata-se de um desvio postural da coluna vertebral que tem por
característica uma curvatura lateral no plano frontal, podendo estar associado à
rotação dos corpos vertebrais no plano axial e sagital.
Pode ser classificada em idiopática, neuromuscular, congênita e adulta

Idiopática – Ocorre na fase de crescimento


• Infantil
• Juvenil
• Adolescente
Neuromuscular - relacionada ao resultado natural de uma patologia do sistema
neuromuscular, onde a lesão neurológica afeta o músculo, levando a graus
variados de paralisia.
Adulta - eclode em indivíduos cujos
centros de crescimento ósseos já
estão fundidos

Congênita – má formação do
tubo neural durante a fase
embrionária
Tipos de Curvaturas: Estruturais - componente rotacional (Giba) e Funcionais

Secundária - compensatória

Primária
Classificação da Escoliose quanto à Região
Anatomia da Vértebra
RX de coluna com escoliose com e
sem rotação de vértebras

Pedículo
Teste de Adams

Presença da Giba ou Gibosidade

Método de Nash & Moe para medida da


rotação vertebral
Ângulo de Cobb - mede a amplitude da curva pela mensuração e cálculo do
ângulo entre as linhas, respectivamente traçadas, que tangenciam a placa
terminal superior da vértebra cranial e a placa terminal inferior da vértebra
caudal, da curva escoliótica a ser medida
De acordo com Kisner e Colby a classificação é descrita mediante sua gravidade,
sendo:
• Leve (entre 10º e 20º)
• Moderada (entre 20º e 40º)
• Severa (maior que 40º ou 50º)
Ganho de ADM:

Mobilidade de coluna vertebral e cinturas escapular e pélvica

Alongamento de paravertebrais (côncavo) – Método Klapp

Liberação Miofascial

Pompage cervical e lombar

Melhorar tônus e trofismo (força e resistência): PNF no quadrado lombar na concavidade

Cadeia cinética aberta

Cadeia cinética fechada Treinamento do CORE

Exercícios isométricos Treinamento funcional

Mat Pilates (bola)


Discopatias
Anatomia do Disco Intervertebral
Substância branca

Substância cinza
Neuroanatomia
Plexo Braquial
Plexo Lombar Plexo Sacral
Dermátomos
Tipos de Hérnias Discais
Ganho de ADM: Treinamento do CORE

Mobilidade de torácica Exercícios posturais

Alongamento de m. paravertebrais, m. dorsais e m. peitorais

Pompage cervical e/ou lombar

Liberação Miofascial

Melhorar tônus e trofismo (força e resistência): Exercícios de propriocepção: (equilíbrio e coordenaç

Cadeia cinética aberta Prancha instável

Cadeia cinética fechada Busu

Exercícios isométricos Cama elástica

Theraband Treinamento funcional

Evitar cargas axiais e exercícios rotacionais

Diminuir massa gorda


Obrigada!
Gigliola Rhayd Boechat Salloto

gigliolarhayd

gigliolaboechat@gmail.com

21.99560.6921
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