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MONOGRAFIA
Benguela, 2023
DCESH
MONOGRAFIA
“Habilitar de novo o individuo diminuído por qualquer motivo para os gestos que lhe são
naturais, eis uma das mais antigas preocupações dos mestres de ginástica e dos professores de
Educação Física.”
Francisco Sobral,
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTO
v
Ao Clube Nacional de Benguela, em especial a sua direcção e aos atletas, pela
disponibilização, num tempo em que esta prática não é a regra.
Ao Instituto Superior Politécnico Jean Piaget, por nos permitir pleitear ser
profissional de grau Licenciatura em Ciencias de Educação Fisica, Desporto e Motricidade
Humana.
vi
ÍNDICE
EPÍGRAFE
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
CAPITULO I –A MASSAGEM DESPORTIVA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE
LESÕES .............................................................................................................................. 17
1.1. Definições de conceitos................................................................................................. 18
1.1.1. Conceito de massagem desportiva .............................................................................. 18
1.1.2. Definição de lesões desportivas .................................................................................. 19
1.2. História da massagem desportiva .................................................................................. 20
1.3. Componentes da massagem ........................................................................................... 21
1.3.1. Direcção..................................................................................................................... 21
1.3.2. Pressão ....................................................................................................................... 22
1.3.3. Ritmo ......................................................................................................................... 22
1.3.4. Duração ..................................................................................................................... 23
1.3.5. Frequência ................................................................................................................. 23
1.3.6. Meio .......................................................................................................................... 23
1.4. Técnicas de massagem desportiva ................................................................................. 24
1.4.1. Pré-competição .......................................................................................................... 24
1.4.2. Pós-competição .......................................................................................................... 24
1.4.3. Massagem restauradora .............................................................................................. 25
1.4.4. Massagem modeladora ............................................................................................... 26
1.5. Lesões desportivas mais frequentes ............................................................................... 26
1.5.1. Lesões musculares...................................................................................................... 27
1.5.2. Lesões de ligamentos ................................................................................................. 27
1.5.3. Lesões ósseas ............................................................................................................. 28
1.5.4. Lesões de menisco ..................................................................................................... 28
1.6. Prevenção e recuperação de lesões desportivas .............................................................. 29
1.6.1. Prevenção de lesões no futebol ................................................................................... 29
1.6.1. Recuperação de lesões no futebol ............................................................................... 31
vii
1.7. Importância da massagem desportiva na prevenção e recuperação de lesões na equipa de
Futebol do Escalão Júnior .................................................................................................... 33
CAPITULO II- MASSAGEM DESPORTIVA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE
LESÕES: ESTUDO DE CASO NA EQUIPA DE FUTEBOL DO ESCALÃO JÚNIOR
MASCULINO DO CLUBE NACIONAL DE BENGUELA
2.1.Apresentação e interpretação do resultado das entrevistas efectuadas à equipa de futebol do
Clube Nacional de Benguela Para obtenção de dados sobre o tema: Massagem desportiva na
prevenção e recuperação de Lesões dos atletas de Futebol.................................................... 36
2.1.1.Aos Atletas ................................................................................................................. 36
2.1.2.Entrevista aos Membros da equipa Médica Futebol do Escalão Júnior do Clube Nacional
de Benguela 39
2.1.3.Entrevista dirigidas aos Treinadores de futebol do clube Nacional de Benguela........... 42
2.2.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................................................. 44
CONCLUSÕES ................................................................................................................... 46
RECOMENDAÇÕES .......................................................................................................... 48
EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 49
viii
RESUMO
O presente estudo fala sobre a massagem desportiva na prevenção e recuperação de lesões aos
atletas de futebol. Um estudo dirigido à equipa de futebol do Escalão Júnior do Clube Nacional
de Benguela, uma matéria de extrema prioridade no processo do rendimento desportivo, que
tem sido alvo de muita procura no seio da comunidade desportiva. De acordo com as
constatações e justificativa, formulou-se o seguinte problema de investigação: De que forma a
massagem desportiva ajuda na prevenção e recuperação de lesões aos atletas de futebol do
Escalão Júnior do Clube Nacional de Benguela? Tem como objectivo geral: Analisar a forma
como massagem desportiva ajuda na prevenção e recuperação de lesões aos atletas de futebol
do Escalão Júnior do Clube Nacional de Benguela. Trata-se de uma pesquisa exploratória e
descritiva, seguido dos métodos análise e síntese e comparativo, com técnicas de observação e
pesquisa bibliográficas e instrumento como a entrevista. Os resultados apontam que a acção da
massagem desportiva ajuda na recuperação do corpo cansado e na reparação de micro lesões,
bem como na predisposição para o treino seguinte e é incontestavelmente indispensável, dai
que, mediante os resultados apresentados pudemos concluir que a massagem desportiva
promove aos atletas de futebol e não só, restauração das energias, rejuvenesce nos atletas
actividade tridimensional (física, psicológica e motora). O que melhora o rendimento do treino
ou do jogo seguinte.
ix9
ABSTRACT
The present study talks about sports massage in the prevention and recovery of injuries to soccer
players. A study aimed at the junior soccer team of the Clube Nacional de Benguela, a matter
of extreme priority in the sporting performance process, which has been the target of much
demand within the sporting community. According to the findings and justification, the
following research problem was formulated: How does sports massage help in the prevention
and recovery of injuries to junior soccer players of the National Club of Benguela? It has the
general objective: To analyze how sports massage helps in the prevention and recovery of
injuries to junior soccer players of the National Club of Benguela. It is an exploratory and
descriptive research, followed by analysis and synthesis and comparative methods, with
observation techniques and bibliographical research and instrument such as the interview. The
results point out that the action of the sports massage helps in the recovery of the tired body and
in the repair of micro injuries, as well as in the predisposition for the next training and it is
indisputably essential, hence, based on the results presented, we could conclude that the sports
massage promotes to the football athletes and beyond, restoration of energy, rejuvenates three-
dimensional activity in athletes (physical, psychological and motor). Which improves the
performance of training or the next game.
10x
INTRODUÇÃO
A massagem pode ser definida como uma ciência que segundo Belzunce, “usa
toques cadenciados, sistemático e compressão dos músculos e tecidos por meio de várias
técnicas manuais que objectiva a manutenção ou promoção benéfica do estado do corpo, de
forma estética e terapêutica”.2 O emprego da massagem desportiva pode ser efectuado antes (a
estimulante) e depois (a relaxante), das sessões de treino.3
Justificação
A motivação para a abordagem deste tema é fruto de uma experiencia e reflexão
enquanto massagista e observadora das actividades desportivas em particular dos atletas de
futebol nos escalões de formação “no caso júnior” que em muitos casos tem-se verificado
nestes, más disposições físicas de actuar no jogo ou treinos que segundo nossas observações
1
Ricardo Hisayoshi TAKAHASHI, Exercícios de prevenção. Revista Tênis, ed 68, jun. 2009.
2
J. M BELZUNCE, Masaje en los Deportas,: Editora Barcelona, Barcelona, 1959, p.89.
3
C. M. URSULINO, A massagem e suas aplicações no desporto, Universidade Estadual de Campinas. Campinas,
2003, p.45.
4
Cf.: G. GLASMANN, Tratado de Fisiologia Médica, Elsevier, Rio de Janeiro, 2017, p.48.
11
deve-se a falta de massagem relaxantes bem como de recuperação de pequenas lesões agudas
adquiridas ao longo da actividade.
Problema de investigação
Ultimamente, tem-se acreditado cada vez mais que, com a prática ou acção da
massagem desportiva na recuperação e prevenção de lesões, se pode fomentar ou obter os
fundamentos principiantes da boa prática desportiva e neste intento o treinador e o profissional
de massagem desportiva na equipa, seriam vistos como os primeiros promotores de bom
rendimento desportivo de cada atleta a partir das acções básicas de recuperação numa sondagem
dos atletas que eventualmente apresentem fadiga após os treinos em que a massagem seria a via
de ultrapassa-la.
12
ajuda na prevenção e recuperação de lesões aos atletas de futebol do Escalão Júnior do Clube
Nacional de Benguela?
Perguntas de investigação
Objectivos
Geral: Analisar a forma como massagem desportiva ajuda na prevenção e
recuperação de lesões aos atletas de futebol do Escalão Júnior do Clube Nacional de Benguela.
Específicos:
1. Apresentar os fundamentos teóricos que sustentam a importância da massagem
desportiva na prevenção e recuperação de lesões;
2. Identificar as lesões mais frequentes nos atletas da equipa de futebol do Escalão
Júnior do Clube Nacional de Benguela;
3. Perceber como a equipa de futebol do Escalão Júnior do Clube Nacional de
Benguela tem feito para a prevenção e recuperação de lesões dos seus atletas;
4. Sugerir as estratégias de massagem desportiva à equipa de futebol do Escalão
Júnior do Clube Nacional de Benguela, face à prevenção e recuperação de lesões.
13
Metodologia de pesquisa
• Tipo de estudo
O tipo de pesquisa que sugerimos será de natureza aplicada, isto porque segundo
Prodanov e Freitas, a pesquisa aplicada, tem como finalidade “gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses
locais”.6
• Métodos
Desta maneira, tendo em conta o alcance dos objectivos que serão delimitados para
esta investigação, serão empregados os seguintes métodos de investigação: teórico (análise e
síntese) e empírico (comparativo).
5
António Carlos GIL, Como elaborar projectos de pesquisa, 4ª ed., Atlas, São Paulo, 2007 apud., Tatiana Engel
GERHARDT e Denise Tolfo SILVEIRA, Métodos de pesquisa, UFRGS., Porto Alegre, 2009, p.12.
6
Cleber Cristiano PR ODANOV e Ernani César de FREITAS, Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e
Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Académico, 2ª ed., Feevale, Novo Hamburgo, 2013, p.51.
7
Cf. António Carlos GIL, Métodos e técnicas de pesquisa social, 6ª ed, Atlas, Porto Alegre, 2008, p.28.
8
Cf. Ibidem.
14
e as características gerais entre elas. A síntese produz com base nos resultados obtidos na análise
e possibilita a sistematização do conhecimento.9
• Técnicas
Observação: “É uma técnica que faz uso dos sentidos para a apreensão de
determinados aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e examinar os factos, os fenómenos
que se pretende investigar”.11Este permitirá visualizar, observar o problema de forma mais
aproximativa de modo a constatarmos a realidade do facto em estudo. De facto, será uma
observação participativa porque é uma técnica qualitativa adequada ao investigador que
pretende compreender, num dado meio social, um fenómeno que lhe é exterior e que lhe vai
permitir integrar-se nas actividades/vivências das pessoas que nele vivem, realizando desta
forma o trabalho de campo.
• Instrumentos
9
Cf. Amado L. CERVO e Pedro A. BERVIAN, Metodologia Científico: para uso dos estudantes universitários.
3ª ed.,McGraw-Hill, São Paulo, 1983, p. 55.
10
António Carlos GIL, Métodos e técnicas de pesquisa social, 6ªed, Atlas, 2008, p. 16.
11
Ibidem
12
Cf.: Amado L. CERVO e Pedro A. BERVIAN, Metodologia Científico: para uso dos estudantes universitários,
3ª ed., McGraw-Hill, São Paulo, 1983, p. 55.
15
inquirido ou entrevistado faz dos mesmos, limitando-se a investigação às avaliações
subjectivas. 13
13
Cf.: Cleber Cristiano PRODANOV e Ernani Cesar de FREITAS, Métodos e técnicas… cit., p.54.
14
Tatiana Engel GRHARDT e Denise Tolfo SIVEIRA, Metodologia de Pesquisa, UFRGS, Rio Grande,
Porto Alegre, 2015, p. 72.
15
Ibidem.
16
CAPÍTULO I –A MASSAGEM DESPORTIVA NA PREVENÇÃO E
RECUPERAÇÃO DE LESÕES
17
1.1. Definições de conceitos
Para Barnett, a massagem é definida como ‘‘a manipulação mecânica dos tecidos
do corpo com movimentos rítmicos e cadenciados, visando ao aumento do fluxo sanguíneo e
consequente redução de edema e dor, aumento da remoção de lactato sanguíneo e alívio das
dores musculares tardias’’.17
Rose, define como sendo ‘‘Uma técnica indicada para atletas amadores ou
profissionais, pois ela trabalha com a manipulação e reabilitação dos tecidos moles do corpo,
incluindo músculos, ligamentos e tendões’’.18
Em 1952, Bear definiu a massagem como ‘‘termo usado para designar certas
manipulações dos tecidos moles do corpo’’.20
16
Michael McGILLICUDDY, Massagem para o desempenho desportivo, Editora: Artemed, 1ª Edição 2012.
17
A. BARNETT, Using recovery modalities between training sessions in elite athletes. Sports Medicine, Auckland,
v. 36, no. 9, p. 781-796, 2006.
18
Cláudia Mari ROSE, Massoterapia desportiva, Centro de Formação Profissional – São Carlos, Brazil,, 2016.
19
Douglas GRAHAM, Treatment by Massage: Its Mods of Application and Effects. Editions: Le Mono, 2016.
20
Gertrude BEARD; Elizabeth C. WOOD, Massage: Principles and Techniques. Publicher: Saunders, 1964.
18
Estas manipulações eram eficazmente aplicadas com as mãos e administradas com
o propósito de produzir efeitos sobre o sistema nervoso, muscular, respiratório, circulatórios
sanguíneo e linfático.21
Segundo Veríssimo:
21
Cf. Michael McGILLICUDDY, Massagem para o desempenho desportivo, Editora: Artemed, 1ª Edição 2012.
22
Suzana VERÍSSIMO, Lesões desportivas, tipos, tratamento e prevenção. Disponível em:
«https://www.maisquecuidar.com». Consultado aos 16 de Outubro de 2022.
23
Cf.: O. G. ARIVAN, Fisioterapia Esportiva em Alta. Disponível em:
«www.fisioterapiadesportiva.com.br/físico-desportiva». Consultado aos 18 de Outubro de 2022.
24
R. M. S.LAIS e P. M. M.DAYANA, Intervenção Fisioterapêutica nas Distensões, contusões e Lacerações
musculares. [monografia]. Goiania (GO): Faculdade Ávila; 2013.
19
Assim, podem diferenciar-se dois tipos de lesão desportiva: a aguda (resultantes de
acidente durante a prática desportiva) e a crónica, também denominada por lesão de sobrecarga
(resultante da repetição diária de um movimento específico).25
A lesão desportiva, no seu sentido mais amplo, é aquela que ocorre durante a prática
de desporto ou de exercício físico. As lesões relacionadas com o desporto podem acontecer a
qualquer pessoa, independentemente da sua experiência ou nível de condição física.
Nos livros sagrados dos hindus - os Vedas -, datados de 1800 a.c., se encontram
dados sobre o seu uso (Belzunce, 1959, p.43). Indianos, persas e egípcios também a utilizavam.
De acordo com Belzunce (1959), Homero se refere à massagem em seu famoso livro, a
ODISSÉIA, relatando que os atletas eram massageados com azeite a fim de aliviar a fadiga e o
cansaço. 27
25
Ibidem.
26
Cf.: IAC, Massagem desportiva. Disponível em: «https://blog.institutoalmaconsciente.com». Consultado aos 16
de Outubro de 2022.
27
Ibidem.
28
Cf.: Carolina Maccagnani Campos URSULINO, A massagem e suas aplicações no desporto. Faculdade de
Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Orientação: Campinas, 2003.
20
Na Idade Média a massagem foi abandonada, pois, nessa época, se pregava o
cuidado com a alma; o cuidado com o corpo era tido como imoral, crença essa criada pelos
sacerdotes fanaticamente cristãos.
Até hoje a massagem desportiva mantém-se como uma das técnicas mais utilizadas
pelos atletas, recorrendo praticamente às mesmas manobras dessa época, ou seja, a movimentos
mais rápidos e fortes, se compararmos com a massagem estética. Desta forma é possível
estimular a eliminação do ácido láctico que se encontra acumulado nos músculos após uma
actividade intensa, provocando imensas dores nesses órgãos.
1.3.1. Direcção
29
Ibidem.
21
Ling, no começo do século XIX, defendeu o deslizamento leve na direcção
centrífuga e os movimentos com pressão maior na direcção centrípeta. Mennell, por seu lado,
disse que os movimentos profundos de massagem deviam ser feitos centripetamente para ajudar
o fluxo venoso e linfático. As técnicas de massagem do tecido conjuntivo são específicas sobre
a direcção do movimento na área em que são aplicadas.30
1.3.2. Pressão
A consideração da pressão parece ter sido importante, desde as primeiras descrições
dos movimentos de massagem, apesar de haver grande variação de opiniões de como ser
aplicada. As técnicas de massagem do tecido conjuntivo utilizam pressão firme, mas evitam a
dor.
Estudos recentes mostram que a pressão deve variar de acordo com o estado do
músculo. Se esse se encontra bastante relaxado, a pressão deve ser mais leve e suave. Já, se o
músculo se encontrar rígido, a pressão exercida deve ser mais forte e profunda, a fim de
proporcionar o relaxamento dessa musculatura.31
1.3.3. Ritmo
Ling, no século XIX, sugeriu que o ritmo da massagem deve variar de acordo com
o movimento e com a finalidade da massagem. O inglês James B. Mennell diz que na busca de
um efeito calmante, o ritmo da massagem pode ser lento. Já, na busca de uma estimulação, o
ritmo da massagem deve ser mais rápido. Ele também notou que não importa a manobra que
seja feita, ela deve ser feita ritmicamente, pois esse ritmo impõe um ritmo à circulação
sanguínea e linfática.32
30
Cf.: Águeda GONÇALVES, Manual Técnico de Estética: Teoria e Prática para Estética, Cosmetologia e
Massagem. Efape. Escola de Estética e Especialização profissional Ltda, 2006.
31
O. G. ARIVAN, Fisioterapia Esportiva em Alta. Disponível em: «www.fisioterapiadesportiva.com.br/fisioco-
desportiva». Consultado aos 18 de Outubro de 2022.
32
Cf.: IAC, Massagem desportiva. Disponível em: «https://blog.institutoalmaconsciente.com». Consultado aos 16
de Outubro de 2022.
22
que tem um efeito calmante, antiespasmódico e analgésico, ideais para o período pós-treino e
pós-competição, auxiliando na remoção de toxinas nos músculos.
1.3.4. Duração
De acordo com Graham, a condição da pessoa tratada e o efeito da massagem
deveriam determinar a duração do tratamento. Bucholz dizia que a duração do tratamento
depende directamente do efeito desejado. A duração do tratamento poderá ser reduzida à
medida que sua aplicação for obtendo os resultados desejados. No mínimo 5 minutos e no
máximo de 30 minutos por região e em toda superfície corporal, cerca de 60 minutos.33
Assim sendo a duração depende da área a ser tratada, do tipo de massagem, dos
efeitos buscados, da idade e condições físicas do cliente.
1.3.5. Frequência
Alguns autores mencionam a frequência dos movimentos de massagem, mas
poucos falam sobre o ritmo. Outros combinam os dois. Nos movimentos de deslizamento,
alguns autores distinguem entre a frequência do primeiro movimento e do movimento de
retorno, fazendo o movimento de retorno mais rápido, o que resulta num ritmo desigual.
1.3.6. Meio
Os escritos de Homero relatam que, desde 1000 a.C., o óleo era usado na massagem.
De acordo com a Odisseia de Homero, uma mulher bonita esfregava e untava os heróis de
guerra para relaxá-los e refrescá-los. A massagem do tecido conjuntivo requer uma massagem
seca para o tratamento efectivo. Na massagem podem ser utilizadas muitas outras substâncias,
33
Ibidem.
34
Cf.: Carolina Maccagnani Campos URSULINO, A massagem e suas aplicações no desporto. Faculdade de
Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Orientação: Campinas, 2003.
23
consoante se massageia o rosto ou o corpo, e sempre em função do problema específico a
tratar.35
1.4.1. Pré-competição
O aquecimento é a preparação do corpo para a actividade física. A massagem de
pré-competição é indicada para preparar a musculatura para o dia da competição, o atleta sente-
se mais confiante e concentrado para a prova.
1.4.2. Pós-competição
35
Cf.: Águeda GONÇALVES, Manual Técnico de Estética: Teoria e Prática para Estética, Cosmetologia e
Massagem.Efape. Escola de Estética e Especialização profissional Ltda, 2006.
36
C.f.: P.A. ARCHER, Massagem terapêutica Desportiva. 1ª ed. brasileira. São Paulo: Manole, 2008.
24
personalizada para cada atleta e os estímulos dependem da fase de treinamento/competição e
de cada modalidade esportiva.37
A técnica, que tem ganhado cada vez mais adeptos, possui inúmeros benefícios,
entre eles:
É a massagem esportiva administrada pelo menos um dia após o atleta ter realizado
o exercício ou a competição. O seu propósito é reduzir a dor, restabelecer o fluxo sanguíneo,
aumentar a amplitude de movimentos, promover a drenagem linfática e restabelecer o equilíbrio
e a sensação de bem-estar.38
37
C.f.: S. FRITZ, Fundamentos da massagem terapêutica. São Paulo: Manole, 2002.
38
Cf.: P.A. ARCHER, Massagem terapêutica… cit. 2008.
25
1.4.4. Massagem modeladora
39
Cf.: Carolina Maccagnani Campos URSULINO, A massagem e suas aplicações no desporto. Faculdade de
Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Orientação: Campinas, 2003.
40
Cf.: Paul L. LIEBERT, Abordagem a lesões esportivas: prevenção e tratamento. Disponível em:
«https://www.msdmanuals.com/pt/». Consultado aos 30 de Outubro de 2022.
26
1.5.1. Lesões musculares
1.5.1.1. Entorses
Afectam sobretudo os tornozelos, que além do impacto dos movimentos dos pés e
das pernas, estão também sujeitos às irregularidades do terreno de jogo e, consequentemente,
aos maus jeitos provocados por mau posicionamento dos pés.41
41
Ibidem.
42
Cf.: T. C. B. BRUNO, M. C. ANÍSIA, Incidência de lesões traumato-ortopédicas na equipe do Ipatinga futebol
clube-MG. Movimentum. Revista Digital de Educação Física 2008.
27
• O ligamento colateral tibial ou medial (LCM), sendo a lesão ligamentar mais
comum.
1.5.3.1. Fracturas
Resultam quase sempre de traumatismos ou impactos fortes, como confrontos ou
choques entre jogadores, de quedas ou de movimentos violentos. A tíbia, na canela, é um dos
ossos mais comummente fracturados, a par da fíbula, osso mais fino e frágil nem sempre
protegido pelo uso de caneleiras.43
1.5.3.2. Luxações
Tratam-se do deslocamento de um ou mais ossos das articulações para uma posição
anómala, ocorrendo com alguma frequência ao nível das rótulas. É súbito e persistente, podendo
ser total ou parcial, e geralmente resulta de um traumatismo/choque, directo ou indirecto, na
articulação.44
43
Cf.:Suzana VERÍSSIMO, Lesões desportivas, tipos, tratamento e prevenção. Disponível em:
«https://www.maisquecuidar.com». Consultado aos 16 de Outubro de 2022.
44
Cf.:P. P. EVANDRO, M. C. BRUNO e A. L. ALINE, Lesões nos Jogadores de Futebol Profissional do Marília
Atlético Clube: Estudo de Coorte Histórico do Campeonato Brasileiro de 2003 a 2005. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte 2009.
45
Cf.: João Espregueira MENDES. Lesões desportivas mais frequentes no futebol. Disponível em:
«https://www.maisquecuidar.com». Consultado aos 31 de Outubro de 2022.
28
ligamentares. Caracterizam-se por dor súbita, pontual e facilmente localizável, podendo em
casos específicos impedir o movimento natural do joelho.
1.5.4.2. Pubalgia
Por actuar como o centro de gravidade do corpo, a púbis é uma das zonas mais
sobrecarregadas dos futebolistas. A pubalgia trata-se de uma inflamação nos tendões desta área
causada normalmente pelos movimentos repetitivos da prática desportiva e caracteriza-se por
uma sensação de esticão na virilha com dor associada. 46
46
Ibidem.
47
Cf.: P. LARS, Lesões do Esporte – Prevenção e Tratamento. 3. ed. Barueri (SP): Manole; 2002.
48
Cf.: Ricardo Hisayoshi TAKAHASHI, TenisElbow – exercícios de prevenção. Revista Tênis, ed 68, jun. 2009.
49
Ibidem.
29
2. Exercícios de estabilização: Uma estabilização do tronco permite um melhor
desempenho dos membros, gerando assim uma melhora na transferência de força enquanto
executa o movimento. Além disso, deve-se estabilizar todas as articulações envolvidas no
movimento, pois estudos mostram efeito significativo na habilidade do atleta em criar e
transferir forças para os membros inferiores.50
4. Treino sensório motor: Tem como objectivo fazer com que o atleta presencie
estímulos diferentes do que está acostumado, e assim treinar seus receptores articulares e
musculares e mandar a informação mais rápida para o cérebro para que o corpo permaneça
sempre em equilíbrio.52
50
Cf.: J. SHINKLE, T. W. NESSE, T. J. DEMCHAK e D. M. MCMANNUS. Effect of core strength on the
measure of power in the extremities.J Strength Cond Res. 2012.
51
Cf.: Ricardo Hisayoshi TAKAHASHI, op. cit., 2009.
52
Ibidem.
53
Ibidem.
54
Cf.: F. P. EMANUEL, Lesões muscular no futebol: tipo, localização, prevenção, reabilitação e avaliação pós
lesão. [monografia]. Porto: Universidade do Porto; 2007.
30
1.6.1. Recuperação de lesões no futebol
Muitos profissionais ligados à área da medicina do desporto, baseados em
observações e experiência prática, acreditam que a massagem pode apresentar efeitos benéficos,
em se tratando de recuperação pós-exercício. Com isso, vários estudos mostram que a técnica,
apesar de muito utilizada, não tem suas reais potencialidades definidas. Isso se deve à grande
variedade de protocolos utilizados. Tais protocolos são referentes à população de estudo, tipo,
duração e pressão da técnica aplicada.
55
K. CHEUNG, P. A. HUME e L. MAXWELL, Delayedonsetmusclesoreness: treatmentstrategiesand
performance factors.Sports Medicine, Auckland, v. 33, no. 2, p. 145-164, 2003.
56
Z. ZAINUDDIN, et al. Effects of massage on delayed-onset muscle soreness, swelling, and recovery of muscle
function. Journal of Athletic Training, Dallas, v. 40, no. 3, p. 174-180, jul./sep. 2005.
57
L.L SMITH, et al, The effects of athletic massage on delayed onset muscle soreness, ereatine kinase, and
neutrophil count: a preliminary report. The Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy, Alexandria, v.
19, no. 2, p. 93-99, feb. 1994.
31
excêntrico máximo,58 e o de Tiidus e Shoemaker, que também encontraram menor sensação de
dor muscular tardia, com massagem (3 horas após o exercício) do que sem tratamento em 48
horas pós-exercício excêntrico intenso.59
A maioria dos estudos indica que a massagem pode ser eficaz em minimizar a
sensação de dor muscular, porém falha em demonstrar seu efeito sobre a função muscular e o
desempenho. Essa inconsistência nos resultados das pesquisas pode ser atribuída a uma série
de limitações metodológicas (treinamento inadequado do terapeuta, diferentes técnicas de
massagem utilizadas, variação no tempo e intensidade de aplicação da massagem e duração
58
J. E. HILBERT, G. A. SFORZO, e T. SWENSEN, The effects of massage on delayed onset musele soreness.
British Journal of Sports Medicine, London, v. 37, no. 1, p. 72-75, feb. 2003.
59
P. M. TIIDUS e J. K. SHOEMAKER, Effleurage massage, muscle blood flow and long term post-exercise
strength recovery. International Journal of Sports Medicine, Stuttgart, v. 16, no. 7, p. 478-483, oct. 1995.
60
M. D. WEBER, F. J. SERVEDIO, W. R. WOODALL, The effects of three modalities on delayed onset muscle
soreness. The Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy, Washington, DC, v. 20, no. 5, p. 236-242, nov.
1994.
61
J. M. HART, C. B. SWANIK, R. T. TIERNEY, Effects of sport massage on limb girth and discomfort associated
with eccentric exercise. Journal of Athletic Training, Dallas, v. 40, no. 3, p. 181- 185, jul. 2005.
32
insuficiente do tratamento). Em síntese, até o presente momento, as provas não suportam a
massagem como um método totalmente eficiente na recuperação pós exercício.
62
P. A. ARCHER, Massagem terapêutica desportiva. 1ª ed. brasileira. São Paulo: Manole, 2008.
63
M. P. CASSAR, Manual de massagem terapêutica: um guia completo de massoterapia para o estudante e para
o terapeuta. São Paulo: Manole, 2001.
33
acelera o processo de regeneração e ainda purifica o organismo através da eliminação de toxinas
e resíduos metabólicos. A técnica previne o aparecimento de cãibras, melhora a mobilidade
articular e reduz edemas e inflamações.
A frequência ideal é de pelo menos uma vez por semana. Se faz desporto de
competição, o ideal será aumentar a frequência para duas vezes semanais ou até mesmo, sempre
após os treinos. Isto poderá fazer diferença caso esteja a preparar-se para uma prova. Deverá
ser realizada por terapeutas profissionais especializados na técnica e é contra indicada em caso
de problemas de saúde como doenças cutâneas, feridas, problemas circulatórios ou lesões
agudas.64
64
S. FRITZ, Fundamentos da massagem terapêutica. São Paulo: Manole, 2002.
34
CAPÍTULO II - MASSAGEM DESPORTIVA NA PREVENÇÃO E
RECUPERAÇÃO DE LESÕES: ESTUDO DE CASO NA EQUIPA DE
FUTEBOL DO ESCALÃO JÚNIOR MASCULINO DO CLUBE
NACIONAL DE BENGUELA
35
2.1. Apresentação e interpretação do resultado das entrevistas efectuadas à
equipa de futebol do Clube Nacional de Benguela Para obtenção de dados sobre
o tema: Massagem desportiva na prevenção e recuperação de Lesões dos atletas
de Futebol.
Dado o teor do problema em causa, foram entrevistados três grupos entre eles:
atletas, equipa médica (fisioterapeutas) e treinadores. Para uma boa compreensão os dados são
apresentados de forma separada (1º atletas, 2º equipa médica e 3º treinadores), com o fim de
unifica-los nas discussões dos mesmos resultados.
Face afirmação positiva e no interesse de saber quais as lesões mais frequentes nos
atletas da equipa de futebol do Escalão Júnior do Clube Nacional de Benguela, os mesmos
apresentaram seguintes respostas: As lesões mais frequentes são: Joelho e tornozelo
(entrevistado A1, A12 e A16);
As lesões mais frequentes nos atletas da equipa de futebol são: Dor na virilha e no
tornozelo (entrevistado A6, A8, A14 e A15);
As lesões mais frequentes têm sido no tornozelo, dores musculares e dor nos dedos
maiores (entrevistado A3, A4 e A17);
A lesão mais frequente na equipa de júnior é o entorse (entrevistado A1, A20, A2,
A5, A7, A9, A10, A11, A13 e A18).
36
Com base nas informações prestadas pelos entrevistados, os dados apontam que
realmente acorrem muitas lesões nos atletas. Entre os atletas foi notório que a maioria sofre
principalmente de dor na região do tornozelo.
Ciente das lesões mais frequentes, apontados pelos atletas, procurou-se saber aos
mesmos quais eram os métodos de recuperação e prevenção de lesões que a equipa possui, e
obteve-se seguintes afirmações: Massagens musculares, antibióticos e recuperação com treinos
normais (entrevistados A2-A3 e A18);
Os métodos de recuperação e prevenção de lesões que têm sido alvo na equipa, são,
massagens de recuperação e banho de gelo (entrevistados A1-A10 e A19);
Os métodos que têm sido alvo no clube são os primeiros socorros dos nossos
massagistas, entrevistado (A13).
De forma quase geral os atletas apontam a massagens nas suas mais diversas
técnicas (com gelo, com creme bálsamo) e um a outro vai apontando exercícios de relaxamento
como alongamento e actividades físicas moderadas como forma de recuperação activa.
37
Se por um lado os atletas apontaram os tipos de lesões mais frequentes e por outro,
os métodos de recuperação, foi possível interrogá-los sobre a forma como têm reagido apôs
uma fase de treino demasiado intenso, sem o respectivo processo de recuperação, pelo que,
obtivemos as seguintes respostas: Sentimos canseira, mal disposição e náuseas, (entrevistados
A4-A5 e A11);
Após uma fase de treino demasiado intenso sentimos dores musculares, tonturas e
cansaço físico. (entrevistados A3-A6 e A18);
A reacção tem sido mal porque sem as massagens o corpo fica totalmente
sobrecarregado e meio pesado (entrevistados A7, A10 e A17);
Concernente a esta questão, podemos aferir que de modo geral, os atletas se sentem
mal, pelo que se anseia sem subterfúgio a prestação de massagistas ou fisioterapeutas na equipa,
de modo a ajudar na recuperação passiva ou na reparação de alguns tecidos lesados através da
excessiva carga de treinos subsequentes intensos.
Para confirmar mesmo tal intuição nossa, sobre a necessidade de massagistas para
os atletas, eles apresentaram em relação importância da massagem desportiva, na recuperação
e prevenção de lesões seguintes opiniões: A massagem desportiva é importante porque ajuda a
recuperar rapidamente das lesões e do cansaço (entrevistadosA5, A6, A8, A10, A11, A12 e
A14);
38
As massagens são importantes porque nos ajudam a descontrair e a relaxar os
músculos, e ajuda também o atleta a recuperar rapidamente para o dia seguinte (entrevistado
A1, A17 e A19);
2.1.2. Entrevista aos Membros da equipa Médica de Futebol do Escalão Júnior do Clube
Nacional de Benguela
39
Lesão da rotura dos ligamentos, lesão do tornozelo; lesão do joelho ou pedal (rotula)
e dores normal dos nervos ciáticos, (entrevistado F3);
Quando se procurou saber como reagiam os atletas apôs uma fase de treino
demasiado intenso sem o respectivo processo de recuperação, os profissionais de saúde (neste
caso os Fisioterapeutas) afirmaram: Os atletas nessa fase sentem-se com muita fadiga e com
lesões musculares leves, devido o esforço (entrevistado F1);
Os atletas, após uma fase de treino demasiado intenso, sem o respectivo processo
de recuperação têm reagido com bastantes dores musculares (entrevistado F2);
40
O método mais usado é a massagem (entrevistado F4).
Uma vez encontrada a lesão nos atletas, os fisioterapeutas mostram cada um dos
métodos diferentes de recuperação de lesões onde tem-se com maior destaque as massagens e
crio terapia que foi dito por mais de 1 fisioterapeuta.
41
2.1.3. Entrevista dirigidas aos Treinadores de futebol do clube Nacional de Benguela
Por outro lado, no concernente a questão das lesões mais frequentes na mesma
equipa, os treinadores responderam: As lesões mais frequentes são: distinção muscular e
entorse, (entrevistado T1);
Quando interrogados sobre a reacção dos atletas, apôs uma fase de treino demasiado
intenso, sem o respectivo processo de recuperação, os treinadores responderam:
Reagem muito mal por não cumprir com o tempo de recuperação, (entrevistado T1);
Têm reagido com algumas dores musculares e nas articulações, (entrevistado T2);
Sem o processo de recuperação a reacção tem sido má porque apresentam fadiga
total, (entrevistado T3).
Numa só palavra, podemos conferir, sem sofismar, que os atletas depois de um
treino intenso e sem devida recuperação se sentem “mal”.
A par do mal-estar dos atletas através de treino intenso e sem devida recuperação,
ao procurar saber dos treinadores sobre métodos de recuperação e prevenção de lesões que a
equipa possui, os mesmos discorreram o seguinte:
Este risco pode ser minimizado pelo aquecimento pré-treino, ou jogo o qual permite
o aumento gradual de esforço demandado a musculatura e as articulações. A maioria das sessões
de aquecimento tem a duração entre 20 á 30 minutos (entrevistado T1);
42
Os métodos de recuperação de lesões têm sido apenas massagens frequentemente
(entrevistado T2);
Utiliza-se exercícios de alongamentos dinâmicos moderados para recuperar e
prevenir futuras lesões, incluindo um acompanhamento da equipa médica do clube
(entrevistado T3).
Os dados apresentados pelos treinadores relativamente aos métodos preconizados
para recuperação de lesões divergem, onde um aponta a massagem, outro aponta exercícios
moderados e o outro ainda fala das influências dos métodos de recuperação para os atletas em
vez propriamente dos métodos que são usados para recuperação.
Na medida em que cada treinador apontava os métodos de recuperação de seus
atletas, foram também interrogados sobre as opiniões em relação a acção da massagem
desportiva na recuperação e prevenção de lesões dos seus atletas, pelo que responderam:
massagem desportiva é uma técnica muito eficaz para os atletas. Promove muitos benefícios
seja antes ou depois do treino: previne lesões, reduz espasmos musculares, alivia as dores pôs
treino (entrevistado T1);
A minha opinião é as massagens tem sido bastante produtiva para os atletas
(entrevistado T2);
A massagem desportiva tem sido uma mais-valia para os atletas visto que é um
método eficaz, tendo um contacto directo com a zona afectada, é de extrema importância (T3).
De forma muito sucinta, podemos conceber que de um modo geral os treinadores
afirmam que há muitos benefícios na massagem desportivas para a recuperação de lesões em
atletas, pelo que a sua acção no corpo cansado é indispensável.
43
2.2. Discussão dos Resultados
Após a descrição dos dados apresentados pelos três grupos da equipa de futebol
Clube Nacional de Benguela em Júnior masculino, ficou patente que a situação existente é
carente de acompanhamento de uma equipa médica, ou seja, existem entre atletas lesões ditas
agudas que precisam de assistência de um técnico de saúde onde o fisioterapeuta é visto como
elemento fundamental na manutenção e recuperação das lesões dos atletas. Como já foi
apresentado, a partir da primeira questão sobre a existência de fisioterapeutas na equipa, os dois
grupos assim destacados (atletas e treinadores) foram unânimes em responder positivamente
pela existência destes técnicos pelo que, no nosso entender são indubitavelmente indispensáveis
para o bom rendimento dos atletas.
Crendo na existência dos fisioterapeutas, uma outra questão que mereceu a nossa
atenção foi, ao procurar saber das lesões frequentes na equipa, os três grupos apresentaram
como principais lesões “A torção ou entorse do tornozelo”, como sabemos este é
uma lesão muito frequente, na qual os ligamentos são alongados até se romperem. Ela pode
ocorrer quando pisamos mal por causas do desequilíbrio corporal no solo ou relva muitas vezes
causada pela fadiga corporal, o que faz com que o pé gire para dentro devido ao peso do corpo,
comprometendo os ligamentos do lado de fora em geral, os mais acometidos. Concernente ao
desequilíbrio causados pela fadiga, na questão sobre reacção dos atletas após actividade de
treino intenso sem devida recuperação, de uma forma geral, deduzida dos três grupos, os atletas
se sentem muito mal, e este mal pode desencadear desequilíbrios motores «se não mesmo
psicomotores» que em muito termina em leões como entorses no tornozelo e distensões
musculares entre outras.
Para que se reduza consideravelmente tais leões é necessário e indispensável que se
encontre e se estude os métodos eficazes que recuperem os atletas da carga anterior para
actuação posterior; pelo que, confrontados com a questão: “Que métodos de recuperação e
prevenção de lesões possuem a equipa de futebol do Escalão Júnior do Clube Nacional de
Benguela”. De forma geral, os três grupos apontaram a massagens nas suas mais diversas
técnicas (com gelo, com creme, bálsamo etc.) e exercícios de relaxamento como alongamento
e actividades físicas moderadas como forma de recuperação activa.
Face ao teor da massagem como forma de recuperação ao stress competitivo e do
treino, os grupos entrevistados foram unânimes nas suas opiniões afirmando a importância e a
indispensabilidade na recuperação da fadiga e de micro lesões bem como a predisposição para
44
o treino seguinte. Entretanto, esta afirmação dos grupos entrevistados remete a pertinência do
tema em estudo e sua legitimidade na busca de soluções de stress competitivo a partir da
massagem desportiva.
45
CONCLUSÕES
46
questão: “Que métodos de recuperação e prevenção de lesões possuem a equipa de futebol do
Escalão Júnior do Clube Nacional de Benguela”. De forma geral os três grupos afirmaram que
são feitas massagens nas suas mais diversas técnicas (com gelo, com creme, bálsamo etc.) e
exercícios de relaxamento como alongamento e actividades físicas moderadas como forma de
recuperação activa. Face ao teor da massagem como forma de recuperação do stresse
competitivo e do treino.
47
RECOMENDAÇÕES
48
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ANEXOS E APÊNDICES
52
ANEXO I
Eu____________________________________________________________________
53