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Setenta Semanas. Respostas à Reavaliação.

Parte 2

Um dos subtemas abordados no estudo sobre "Reavaliação das Setenta Semanas. Parte 4" foi o
sacerdócio terreno. E como foi dito, é perceptível que o sacerdócio surgiu muito antes da família
de Abraão. O que quer dizer que não surgiu só na época do povo de Israel, com o fim de
aproximá-los a Deus. Muito menos foi à resposta de Deus aos sacerdócios pagãos existentes a
milhares de anos entre as nações pagãs.

Se sem pecado haveria sacerdócio não sei, mas a bíblia dá a entender que o sacerdócio foi
resposta ao pecado. E a primeira intervenção sacerdotal, como mostra o livro de Gêneses, foi o
próprio Deus no Éden ao sacrificar o animal em prol do casal edênico. Já não entraremos mais
neste quesito, porquanto estes e mais alguns outros pormenores do sacerdócio terreno foram
abordados no estudo "Reavaliação das Setenta Semanas. Parte 4". Vamos sim abordar o que é de
mais importante, e aquilo que nos leva a dar resposta às perguntas formuladas no estudo
"Reavaliação das Setenta Semanas. Parte 4".

E as perguntas foram:

Haverá um novo templo em Jerusalém ou haverá um novo templo de Deus em


Jerusalém?

Haverá dois sacerdócios na causa de Deus?

O sacerdócio terreno substituirá o sacerdócio celestial?

Colocando uma das hipóteses acima (substituição do sacerdócio, ou coexistência de dois


sacerdócios), será que a bíblia mostra uma destas hipóteses?

Se por um lado é fácil conceber um templo e um sacerdócio no milênio até que a morte seja
tragada para sempre, isto para os adeptos do tempo descontínuo, por outro, é mais complicado
aceitar, segundo os adeptos do tempo contínuo, que o céu autoriza a construção de um templo
terreno, quando o templo e o ministério sacerdotal celestial são maiores que o terreno.

E por quê? Porque todo o cristão tem como base de sua fé no Messias que foi morto e reviveu, e
que até hoje se assenta a direita da Majestade nas alturas, intercedendo pelos seus, no santuário
celestial. Todo cristão compreende que o ministério sacerdotal do Messias no céu é o substituto
legítimo do sacerdócio terreno. Todos sabem também que, toda cerimonia realizada no templo
terreno foi copia/tipo daquilo que está no céu.

Agora para respondermos com coerência as perguntas centrais do estudo de hoje precisamos
responder as perguntas abaixo:
As cerimonias do santuário terreno foram copias daquilo que está no céu ou daquilo que esteve no
céu? São cerimonias realizáveis ou rompidas/anuladas na terra e no céu?

Estas perguntas são de tamanha importância, pois elas nos dão a entender se haverá novamente
um templo de Deus na terra e a sua razão de existir.

No estudo "Quem é a Descendência Que Guarda os Mandamentos de Deus" falamos um bocado de


como, em alguns momentos, Cristo se posicionou em relação à lei e suas ordenanças. Abaixo,
apresentarei um estudo sobre a abolição ou não de tais cerimonias e como devemos nos
posicionar em relação a este tema, porquanto a maneira como entendemos a posição de Cristo
conseguimos entender se o santuário terrestre é proporcional à lei.

Jesus aboliu a lei cerimonial?

Um erro muito comum em alguns cristãos é afirmar que Jesus aboliu a lei cerimonial, que também estava no
livro da lei. O que Jesus diz a esse respeito.

"Não penseis que vim revogar a Lei (Torah) ou os Profetas; NÃO VIM PARA REVOGAR, mas para cumprir
(plero).

Porque em verdade vos digo: Até que o céu e terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei até que
tudo se cumpra.

Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será
considerado mínimo no reino dos céus." Mt 5:17-19.

Observem que Jesus deixa claro que não veio abolir ou mudar nada da lei, nem os mandamentos
considerados menos importantes, mas veio dar-lhes seu verdadeiro sentido. Veio engrandecer a lei (Torah) e
fazê-la gloriosa Is 42:21 ARA e não para abolir a lei.

Outro texto se encontra em Lc 16:17 e diz: "É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei."
Nestes dois textos Jesus fala do livro da lei conhecido como Torah e não apenas da lei moral, e Jesus afirma
que não veio abolir nada da lei.

Por que a lei cerimonial não foi abolida? Porque toda a lei cerimonial continua válida na pessoa de Cristo. Ele
é o sacrifício Jo 1:29, o sacerdote Hb 7:16, sumo sacerdote Hb 7:25.

Nós que adoramos a Deus no Espírito somos a circuncisão Fl 3:3 por isso a circuncisão permanece em nós.

Cristo é nossa Páscoa 1 Co 5:7, por isso a Páscoa não foi abolida, porque Cristo não foi abolido. A ceia do
Senhor Lc 22:19-20; 1 Co 11:23-28.

Aquilo que os sacerdotes e sumo sacerdotes faziam em figuras e símbolos no santuário terrestre não seria
encerrado, mas seria realizado por Cristo no santuário celestial Hb 9:1-5, logo todo o serviço religioso do
santuário continua sendo realizado e nada foi abolido.

Somente a prática dos rituais sacrificais e preceitos cerimoniais cessaram para os cristãos, mas os princípios
permanecem e todo o serviço sacrifical religioso vigora em Cristo e é realizado por ele até a conclusão do
plano da redenção.
Por: MARCOS 'ROGERIO

Provavelmente alguém pode perguntar: Artur, Paulo não diz que a lei foi abolida? Paulo não diz
que a lei passou e os preceitos são inválidos?

Faço-te as seguintes perguntas:

Será que Paulo anulou a lei que Jesus não aboliu (Mt 5:17)? Ou ainda: Há alguma cerimonia do
santuário terrestre que não esteja a ser cumprido no santuário celestial? O Messias aboliria a lei
que ele mesmo, hoje, cumpre?

Cristo é ou não até hoje o Cordeiro de Deus? É ou não o Sacerdote? O Sumo


Sacerdote/Intercessor? A nossa pascoa? A oferta para o pecado?

Para tua reflexão: Uma das cerimonias religiosas do antigo testamento e que está na lei, é que
no dia da expiação o sumo sacerdote devia salpicar o sangue do animal no propiciatório (ou seja,
apresentar o pecado no propiciatório para ser purificado). Certo? Cristo faz ou não faz propiciação
por nós (intercessão diante do propiciatório celestial)? Estaria Cristo fazendo um trabalho que ele
mesmo já aboliu na cruz?

Independentemente de tudo quanto se diz sobre as citações de Paulo a respeito da lei, o que mais
me chama a atenção é o facto dele mesmo (Paulo) ter sido observante da lei que os intérpretes de
hoje dizem ter sido abolida na cruz.

No dia seguinte Paulo foi conosco até a casa de Tiago para se encontrar com ele. E todos
os presbíteros da igreja estavam presentes ali. Então Paulo os cumprimentou e deu um
relatório completo de tudo o que Deus tinha feito por meio dele entre os não judeus.
Depois de o ouvirem, todos eles deram graças a Deus e disseram a Paulo: Veja bem,
irmão! Há milhares de judeus que se tornaram cristãos e todos eles são fiéis à Lei de Moisés. Eles
ouviram dizer que você ensina os judeus que moram em outros países a abandonarem a
Lei, dizendo a eles que não circuncidem os seus filhos, nem respeitem os costumes dos
judeus. O que vamos fazer? Com certeza eles já ouviram dizer que você chegou.
Portanto, faça o que vamos dizer: estão aqui entre nós quatro homens que têm de
cumprir uma promessa a Deus. Então vá, tome parte com eles na cerimônia de purificação e
pague a despesa para que eles possam rapar a cabeça. Assim todos saberão que não é verdade o
que se diz de você. Pelo contrário, vão ficar sabendo que, de fato, você vive de acordo com
a Lei de Moisés. Mas, quanto aos não judeus que se tornaram cristãos, nós já mandamos
uma carta a eles, dizendo o seguinte: Não comam carne de animais que foram oferecidos
em sacrifício aos ídolos, nem sangue, nem carne de nenhum animal que tenha sido
estrangulado. E também não pratiquem imoralidade sexual. (Atos 21:18-25)
Já imaginou se Paulo fosse o teu sumo pastor e abaixo dele estivesse o pastor da tua igreja
dizendo que a lei foi abolida? Será que hoje, novamente, não nos encontramos com os mesmos
denunciadores (pastores) do trabalho de Paulo? Eles ouviram dizer que você ensina os judeus
que moram em outros países a abandonarem a Lei, dizendo a eles que não circuncidem
os seus filhos, nem respeitem os costumes dos judeus.

Alguns artífices da bíblia diante do contexto acima poderão dizer: A lei é só para os Judeus.

Afirmação sem nenhum sentido, pois são os mesmos que dizem que a lei foi abolida. Se a lei foi
abolida como é que a mesma lei serve para os Judeus? Por outra, e mais importante, não pode
haver abolição da lei para os gentios, pois estes nunca cumpriram a lei. Os gentios são resultado
do esforço incansável de Paulo, que é posterior a Cruz.

Alguém na sua sapiência poderia explicar como é que se consegue abolir algo que não existe numa
sociedade? Para a lei ser abolida no seio dos gentios, a mesma (lei), antes, teria de estar em
cumprimento. Só assim faz qualquer sentido a sua abolição.

Por muito tendencioso que fosse, por mais vontade que tivesse em dizer aquilo que vai à minha
alma, o texto de Paulo acima, remove todas as interpretações errôneas a respeito da lei. Pois um
facto importantíssimo aconteceu na época de Paulo: milhares de Judeus aceitaram a Cristo. Outro
facto é que nenhum deles deixou de observar a lei e nem foram repreendidos pelos discípulos.
Mas, o maior facto é que Paulo, por causa das inverdades, em desfavor do seu ministério, tomou
parte nas cerimonias/leis religiosas, com quatro Judeus convertidos no Messias ressurreto. Ou
seja, se Paulo fosse o teu sumo pastor e abaixo dele estivesse o pastor da tua igreja dizendo que a
lei foi abolida, Paulo cumpriria todos os requisitos da lei a frente do teu pastor e de você, sabes
por quê? Assim todos saberão que não é verdade o que se diz de você (Paulo) (Atos
21:25).

Se a lei está revogada, como se diz, Paulo, Apostolo ("exemplo") dos gentios, jamais entraria
neste negócio de cumprir uma lei abolida. Paulo atuaria tal como atuou quando Pedro de forma
errada se afastou do meio dos gentios ao ver a aproximação dos Judeus, ou seja, Paulo
repreenderia publicamente aqueles que o incentivaram a tomar parte nas cerimonias da lei se a
observância da lei fosse um fardo inútil. Mas mais do que isso, se a lei que regeu o templo
terrestre está abolida, então o santuário celestial e suas cerimonias perdem todo o sentido (Leia
Apoc. 8:1-5), logo Cristo faz propiciação vã por nós.

Provavelmente temos muita gente confusa em relação ao que se está abordar neste estudo, e
possam levantar algumas questões: Artur, onde quer chegar? O estudo é sobre a profecia de
Daniel ou sobre a validade da lei?

Deixa que lhe diga, querido leitor: Tudo quanto se está a abordar está intrinsicamente ligada a
qualquer profecia bíblica, e sabeis o porquê? Daí que vamos agora responder as inquietações
levantadas no estudo: "Reavaliação das Setenta Semanas. Parte 4", são elas:
Haverá um novo templo em Jerusalém ou haverá um novo templo de Deus em
Jerusalém?

Haverá sim, novamente, um templo de Deus em Israel.

Só com uma lei inalterável e em vigor (Mat. 5:17) é que é possível conceber, sem incoerência, a
existência de um templo de Deus em Israel. Perceba que não pergunto sobre um novo templo, em
Israel, construído a revelia pelos Judeus sem o consentimento dos céus. Falo de um Templo de
Deus em Israel.

Se até agora não percebeu o porquê da abordagem inicial sobre a lei atenta para como uma parte
do mundo cristão está mergulhado na incoerência profética a respeito do templo, e tudo por causa
da exclusão da lei.

Muita gente crê que Deus não vai levantar novamente um templo em Israel, pois o sacerdócio de
Cristo no santuário celestial é suficiente (pensamento coerente e lógico).

Outros creem que Deus levantará novamente um templo em Israel. Mas o que me chama a
atenção é o facto de que parte deste grupo não creem na observância da lei.

Você crê que a lei faz parte do passado e ao mesmo tempo crê que Deus vai levantar um templo
em Israel? Então, amigo, a tua luta contra a lei te cega e te tornaste extremamente incoerente.
Sabe o porquê? As cerimonias religiosas do terceiro templo serão exatamente as mesmas que
aprendemos do "antigo testamento". Não há nenhum texto que diz que a cerimonia religiosa do
terceiro templo em Israel será igual ao que se vê hoje nas igrejas.

Se a lei fosse abolida, Deus jamais levantaria um templo com lei revogada. Muito menos faz parte
da santidade de Deus revogar e voltar a atualizar uma lei. No mínimo o novo templo em Israel
teria de ter os mesmos cultos das igrejas cristãs. E Daniel não dá hipotese para qualquer outro
entendimento que não seja: sacrifício diário e oblações (Dan. 12:11).

Resumindo e concluindo, haverá, sim, um novo templo de Deus em Israel, porque a bíblia o diz de
forma categórica que haverá, mas também porque só com o exercício da lei é que se poderá
santificar o templo, ou seja, não existe sacerdócio sem a validação da lei e muito menos templo de
Deus sem lei. Embora o querido amigo possa pensar o contrário, a verdade é que a bíblia afirma
que sem sangue (cumprimento da lei) não há santificação.

Haverá dois sacerdócios na causa de Deus?


Não. Não haverá dois sacerdócios no tempo do fim.

Deus jamais precisaria de dois sacerdotes na mesma causa, sob pena de um dos sacerdotes servir
de figura do outro, pois em tudo o sacerdocio celestial teria sempre primazia.

O sacerdócio terreno substituirá o sacerdócio celestial?

Sim. O sacerdócio terreno substituirá o sacerdocio celestial.

Como disse no estudo em que levantei estas questoes: Não vale dizer que haverá um novo templo
em Jerusalém se não se tirar de cena o sacerdocio celestial ou pelo menos acopolar o sacerdocio
terreno ao celestial. Não mencionar sobre o sacerdocio celestial quando se fala do terceiro templo
é fugir a questões importantíssimas que poderiam preencher as lacunas interpretativas.

Alguém poderia perguntar: Artur, substituição do sacerdócio celestial pelo terreno? O que estás
pra aí a dizer?

Daí que é importante responder a terceira: Colocando uma das hipóteses acima (substituição
do sacerdócio, ou coexistência de dois sacerdócios), será que a bíblia mostra uma destas
hipóteses?

No meu estudo "O Grande Sinal No Céu. Parte 2" falo sobre a saída de Cristo do santuário celestial
antes de satanás ser expulso para a terra.

Relembremos o que foi abordado sobre esta substituição:

Todo aquele que alguma vez tenha estudado os trabalhos realizados no santuário sabe que só o
sumo sacerdote tem competência para realizar as cerimonias no lugar santíssimo, uma vez que só
ele pode lá entrar.

No santuário celestial não foge à regra, pois Cristo é o sumo sacerdote. É ele quem realiza a
propiciação diante do Altíssimo, Paulo afirma isso (Heb. 2:17). Embora a bíblia afirme que o
ministério sacerdotal no santuário celestial é realizado somente por Cristo (1Tim. 2:5), ainda
assim, a bíblia também apresenta outro relato que foge à regra celestial, onde Cristo, o único com
competência para realizar as cerimonias no santíssimo celestial deixa de realizar tais cerimonias. E
sobre um pequeno silêncio bíblico.
E o relato da ausência do Sumo sacerdote (Cristo) começa assim:

E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado
muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que
está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a
mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do
altar... (Apoc. 8:3-5)

Se prestarmos atenção ao que é relatado nos capítulos 5, 6 e 7, percebemos que Cristo ao ser
introduzido na visão de João realizou todas as atividades que se impunham em cada etapa. Ou
seja, nenhum dos factos encontrados nos capítulos 6 e 7 foram realizados sem a intervenção do
sumo sacerdote celestial.

Mas sobre o capítulo 8 o relato diz que além dos sete anjos que acham diante do trono, entrou
outro anjo no santíssimo celestial e este realizou as cerimonias religiosas que cabe somente ao
Sumo sacerdote realizar. Por que será? Por que além dos sete anjos entraria outro anjo no
santíssimo? E realizaria as cerimonias do sumo sacerdote?

Se fizermos comparação a ação de Cristo no celestial com o realizado santuário terrestre


percebemos que seria impossível tal acontecer. Nenhum sumo sacerdote terrestre se excluiria de
realizar tal tarefa, pois sabia que sem ele o dia da purificação jamais se realizaria. Aliás, ninguém
além dele pode entrar no santíssimo, sob pena de morrer ali mesmo.

Será que o Messias preferiu descansar, dando lugar a quem não é sumo sacerdote no céu? Sabeis
o que isso quer dizer?

Quando o sétimo selo for aberto Cristo não mais poderá ministrar no santuário celestial. Porque
aquando da abertura do sétimo selo, o santuário de Deus na terra será inaugurado pelo seu povo.
A cerimonia que Apocalipse 8:1-5 apresenta, é somente a primeira cerimonia em que Cristo, como
sumo sacerdote, não está no templo, mas também representa a aceitação do santuário terrestre.
Digo isto por três fatores:

O primeiro fator é que somente Ele (Cristo) poderia realizar o trabalho religioso no santuário
celestial, por ser sacerdote e sumo sacerdote, mas não executou sua exclusiva tarefa. Teve de ser
outro a realizá-lo.

E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado
muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que
está diante do trono. (Apoc. 8:3)
Tal como o texto acima mostra, Cristo, o sumo sacerdote celestial não exerceu sua função de
colocar o incenso no altar, mas há uma coisa que só o Messias podia fazer. Nem anjo nem outra
divindade podia, só o sumo sacerdote homem podia podia interceder. E isto Cristo o fez.

Como entender a intercessão de Cristo no texto Apocalipse 8? Perceba, nos versículos 1-5 Daniel
afirma que o anjo colocará as orações dos santos sobre o altar de ouro. E quem estudou a
cerimonia de purificação sabe que primeiro vem à intercessão e só depois a queima do incenso.
Logo, alguém teria de interceder. E segundo a bíblia as orações só podem ser apresentadas a Deus
por meio de intercessão do sumo sacerdote. Ou seja, nenhuma oração vai ao Pai sem que primeiro
passe por Cristo. Mas, em que momento intercederia?

E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. (Apoc. 8:1)

Ou seja, Cristo por quase meia hora intercederá pelo santuário, pela cidade e pelo povo de Israel.

O segundo fator é precisamente a oração dos santos e a resposta do céu. Em todo contexto das
profecias bíblicas não há um único momento em que o céu responde diretamente as orações dos
santos, a não ser neste momento em que o sumo sacerdote celestial culmina sua tarefa celestial
em prol do povo de Israel.

Mas para compreendermos melhor este acontecimento (oração e resposta celestial), precisamos
rebuscar o aconteceu no dia da inauguração do templo de Salomão.

Quando Salomão terminou a oração, desceu fogo do céu e queimou completamente o


animal oferecido em sacrifício e os outros sacrifícios que tinham sido oferecidos; e a
glória do Senhor Deus encheu o Templo. E, por causa dessa luz, os sacerdotes não
puderam entrar no Templo. Ao verem o fogo descer e a glória do Senhor encher o
Templo, todos os israelitas que estavam ali no pátio se ajoelharam e encostaram o rosto
no chão. Eles adoraram a Deus e o louvaram, dizendo: Louvem a Deus, o Senhor, porque
ele é bom, e porque o seu amor dura para sempre.

Quando Salomão e o povo oraram para que Deus aceitasse o santuário e o sacerdócio que ali ia se
realizar, o céu respondeu com fogo e a glória do Senhor sobre o templo.

O mesmo (resposta) irá se passar em Israel no dia da inauguração do templo. Aliás, este será um
dos sinais que o ministério sacerdotal de Cristo no céu estará terminado, quando o céu responder
as orações dos santos por meio de Vozes, trovões, relâmpagos e terremotos (Apoc. 8:5) que
se verão, sentirão e ouvirão em solo Israelense.

Terceiro fator: Se buscarmos a passagem de Daniel para compreendermos a ausência de Cristo o


santuário celestial serviria, não de por menor, mas por maior.
Na minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de um homem, vindo com as
nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. Daniel 7:13

O Filho do Homem a ser conduzido na presença do Altíssimo só pode significar que esteve
ausente. E para que fim serviu a sua intromissão?

A ele foram dados autoridade, glória e reino; todos os povos, nações e homens de todas
as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino
jamais será destruído. Daniel 7:14

Cristo pouco antes de descer a terra será NOVAMENTE introduzido na presença de Deus, e este é
quem vai lhe investir de toda autoridade diante dos povos da terra.

Ou seja, em algum momento da história o nosso sumo sacerdote sairá do santuário celestial. O
santuário terrestre assumirá sua responsabilidade, preparando assim o povo de Israel para o há de
vir. O poder do bem reduzirá, mas sinais e prodígios testemunharão a glória de Deus. Mas o poder
do mal crescerá muito, pois neste tempo, Satanás em pessoa estará entre nós. O templo será
destruído para coibir a adoração. As imposições, o medo, as incertezas, as tribulações romperão
até a grande tribulação. E é neste instante que o Filho do Homem será introduzido na presença do
Altíssimo e sairá dali não só como sacerdote de Deus, mas também como Rei dos reis e Senhor
dos senhores.

Continua...

"Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras"

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