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2º Princípio: Consagração

“Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a
comunidade; e elegeram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe,
Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.” Atos 6:3-5
Os discípulos iniciaram o ministério da oração com consagração e oração, durante o
tempo que andaram com Jesus. O processo de ascensão ao Pai se iniciou com um
pedido para aprender a orar. Depois, foram discipulados por Jesus e, chamados para
estabelecer uma casa de oração comunitária. Então, se consagraram para
estabelecer a prioridade de orar e o ministrar a Palavra do Senhor.

“e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra” Atos 6:4

O livro de Atos, em seu capítulo 6, relata a ocasião em que os apóstolos decidiram


que fossem eleitos sete homens para servirem aos necessitados da Igreja. Temos
visto nesse texto a origem do serviço diaconal. Essa decisão dos apóstolos foi tomada
a fim de que o serviço às viúvas não os afastasse da oração e do ministério da
palavra. Afinal, eles aprenderam com o Mestre que a oração é algo de singular
importância e de caráter indispensável na vida cristã.

Eles conheceram de perto o Jesus que se retirava para lugares solitários para orar
(Lucas 5:16;), que se levantava de madrugada para orar antes de decidir para que
cidade ir (Marcos 1:35-38). Que orou uma noite toda antes de escolher os apóstolos
(Lucas 6:12,13), que intercedia ao Pai em favor deles (João 17; Lucas 22:31,32). Com
certeza experimentaram o resultado da intercessão de Jesus por suas vidas. Por isso
sabiam que nada, por mais nobre que fosse, poderia afastá-los da oração. Nem
mesmo o serviço às viúvas, que não apenas é nobre aos olhos do homens, mas
também é reto diante de Deus.

Oração é algo prioritário. A melhor coisa que eles poderiam fazer pela Igreja era orar
e servir-lhes a Palavra. Eles também se tornaram modelos para a Igreja na prática
dessas coisas, uma vez que orar é dever de todos os que seguem a Jesus (I Timóteo
2:1), até mesmo daqueles que são chamados para servir às viúvas. Pela vida de
oração expressamos o quanto dependemos de Jesus, e sem Ele nada podemos fazer.

Quando olho para o exemplo dos apóstolos, fico a avaliar minha vida de oração e
quais são as causas que me fazem deixar de orar. Será que o que me afasta da oração
é algo tão nobre e justo como servir as viúvas? É o fato de gastar e me gastar em
favor dos meus irmãos? Ou será que meus motivos não são tão nobres assim? Ou até
mesmo não tenham nobreza alguma.
Mas o que é um processo de consagração?
Consagração é aquilo que você oferece, se oferta, pode ser coisas como pode ser sua
própria vida para um fim especifico.
Na realidade podemos dizer que a consagração é um processo de santificação,
porque SANTIFICAR significa separar com exclusividade o que você oferece ao
Senhor.
Os apóstolos estavam se entregando ao ministério da oração e da palavra,
entenderam o seu chamado para oração desde que pediram a Jesus pra serem
ensinados a orar. Lucas 11:1.
Entendemos que se você está aqui nesta escola de oração ensina-nos a orar é porque
realmente você tem fome e sede para tal empreendimento, mas a ascensão para o
seu ministério tem alguns outros princípios que serão tratados neste encontro de
oração
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de
Jesus,
pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,
e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero
coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e
lavado o corpo com água pura.” Hebreus 10:19-22
O Senhor também nos consagrou, nos separou para a oração, nós não somos mais
uma pessoa qualquer, você não é qualquer um, as pessoas quando olharem você
tem irão ver as evidencias da sua consagração ao Senhor e para o Senhor, com
exclusividade.
A decisão dos Apóstolos de se consagrarem para o ministério da Palavra, passou por
um processo de conscientização do chamado deles. Assim como eles entenderam
que no meio do povo haveria, também os chamados, os quais seriam consagrados a
servir aos Santos e as viúvas.
“E agora, irmãos, eu vos peço o seguinte (sabeis que a casa de Estéfanas são as
primícias da Acaia e que se consagraram ao serviço dos santos)” 1 Coríntios 16:15
Qual o resultado na vida espiritual de uma pessoa que se consagra para o chamado
do Senhor?
“Mas o nobre projeta coisas nobres e na sua nobreza perseverará.” Isaías 32:8
Designava-se, durante a Idade Média e a Idade Moderna, como parte
da nobreza quem nascia com a qualidade de nobre, isto é, pessoas que pertenciam a
antigas famílias que transmitiam, por via sanguínea, seus direitos e deveres perante
o soberano pelas sucessivas gerações. Além do nascimento, tornou-se possível na Era
Moderna ascender à nobreza mediante uma dádiva especial do monarca ou como
recompensa pelos serviços prestados ao Estado.
Os nobres viviam na corte do Rei. Eram pessoas privilegiadas, sabiam de todas as
ações do Rei.
Nossa consagração nos permite vivenciar a nobreza de um filho de Deus, no seu
Reino. Somos cidadãos de um Reino.
Paulo tinha tripla cidadania: Judeu, Romano e cidadão dos céus. Ele era triplamente
NOBRE.
“Quando o estavam amarrando com correias, disse Paulo ao centurião presente: Ser-
vos-á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?
Ouvindo isto, o centurião procurou o comandante e lhe disse: Que estás para fazer?
Porque este homem é cidadão romano . Vindo o comandante, perguntou a Paulo:
Dize-me: és tu romano? Ele disse: Sou. Respondeu-lhe o comandante: A mim me
custou grande soma de dinheiro este título de cidadão. Disse Paulo: Pois eu o tenho
por direito de nascimento. Imediatamente, se afastaram os que estavam para o
inquirir com açoites. O próprio comandante sentiu-se receoso quando soube que
Paulo era romano, porque o mandara amarrar.” Atos 22:25-29
Somos nobres, sobretudo, quem se dedica a oração, pois estamos diretamente
ligados com os céus, diretamente com o Rei da Gloria.
Você fala e o Senhor ouve, o Senhor fala e você ouve.
“O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua.
Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Aquele que domina com
justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus,” 2 Samuel 23:2,3
Vale a pena se consagrar ao Senhor para o ministério de oração.

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