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INÍCIO: Roda de conversa sobre o assunto “Primícias” trabalhado até aqui e o que
eles entenderam até aqui, dúvidas. Lembrando o que cada um escreveu na parede e
dialogando como tem sido essa separação durante os dias.
LOUVOR: (ATOS 2) “A adoração não apenas mostra nosso amor e nossa devoção a
Deus, mas também nos dá forças para guardar Seus mandamentos.”
OBJETIVO DA AULA: Dar sequência ao trabalho com o tema “Primícias”, que até
o momento foi abordado com maior ênfase no Antigo Testamento, dando início a
Introdução do Novo Testamento (Já que foi abordado o tema de forma que seja
apresentado as “Primícias” no AT e NT, acho extremamente importante uma pincelada
na diferença e correlação dos dois Testamentos para que haja uma compreensão maior
do âmbito em que estamos abordando o assunto e suas diferenças e importantes
relações).
.
RELAÇÃO ENTRE O AT E NT
O Antigo Testamento é o fundamento; O Novo constrói sobre esse fundamento com
mais revelação de Deus.
O Antigo estabelece princípios que são vistos como ilustrativos das verdades do
Novo Testamento.
O Antigo contém muitas profecias que são cumpridas no Novo.
O Antigo fornece a história de um povo; O foco do Novo Testamento é sobre uma
pessoa.
O Antigo mostra a ira de Deus contra o pecado (com vislumbres de Sua graça); O
Novo Testamento mostra a graça de Deus em relação aos pecadores (com vislumbres da
ira dEle).
A VINDA DO CRISTO
As profecias do Antigo Testamento relacionadas à vinda de Cristo, embora
incrivelmente detalhadas, contêm uma certa ambiguidade que é esclarecida no Novo
Testamento. Por exemplo, o profeta Isaías falou da morte do Messias (Isaías 53) e do
estabelecimento do reino do Messias (Isaías 26) sem pistas sobre a cronologia dos dois
acontecimentos – não há sugestões de que o sofrimento e a construção do reino possam
ser separados por milhares de anos. No Novo Testamento, fica claro que o Messias teria
duas vindas: no primeiro Ele sofreu e morreu (e ressuscitou), e no segundo Ele
estabelecerá Seu reino. Porque a revelação de Deus na Escritura é progressiva, o Novo
Testamento traz em princípios de foco mais nítidos que foram introduzidos no Antigo
Testamento.
O Antigo Testamento dá a Lei. O Novo Testamento esclarece que a Lei deveria
mostrar aos homens a sua necessidade de salvação e nunca pretendia ser o meio da
salvação (Romanos 3:19). Em resumo, o Antigo Testamento estabelece os alicerces para
a vinda do Messias que se sacrificaria pelos pecados do mundo (1 João 2:2).
O Novo Testamento registra o ministério de Jesus Cristo e depois olha para trás o
que Ele fez e como devemos responder.
Isto não quer dizer que, depois do Concílio, a Igreja Gentílica não precisasse de
mais nenhuma instrução ou doutrina. Caso contrário, o Novo Testamento não teria sido
escrito. Aquilo limitava, naquele momento, a herança mosaica a ser passada aos gentios.
Contudo, posteriormente, ao ensinarem os princípios divinos à Igreja Neo-
Testamentária, os apóstolos ainda apresentavam figuras poderosas para fortalecerem
doutrinas da Nova Aliança prefiguradas no que se fazia anteriormente nos dias do
Antigo Testamento. Isto não significava que eles estavam tentando retroceder, e sim que
queriam esclarecer as figuras que Deus havia projetado por intermédio dos princípios
praticados na Antiga Aliança.
“Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das
coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que,
ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.” (Hb 10.1 – Tradução Brasileira)
A sombra é diferente do objeto real que a projeta. Assim também, o que se via
nas ordenanças da Antiga Aliança eram características similares às dos princípios que
Deus revelaria nos dias da Nova Aliança. As observâncias materiais eram figuras das
práticas espirituais.
O cordeiro sacrificado na Lei Mosaica foi apontado como uma figura (ou sombra) de
Jesus, que veio para morrer em nosso lugar (Jo 1.29). A oferta de incenso do
Tabernáculo passou a ser reconhecida como uma figura da oração dos santos (Ap 5.8).
A Ceia da Páscoa deixou de ser praticada, e esta festa passou a ser uma aplicação
espiritual dos princípios que ela figurava (1 Co 5.7,8). Assim também, outros detalhes
da Lei que envolviam comida, bebida, e dias de festa, começaram a ser vistos, não como
ordenanças materiais pelas quais quem não as praticasse poderia ser julgado, mas como
uma revelação de princípios espirituais, cabíveis na Nova Aliança:
“Ninguém, portanto, vos julgue pelo comer, nem pelo beber, nem a respeito de um dia
de festa, ou de lua nova ou de sábado, as quais coisas são sombras das vindouras, mas o
corpo é de Cristo.” (Cl 2.16,17)
Foi com esta mentalidade (de se aplicar as sombras e figuras), e não tentando
retroceder a uma prática material da Lei Mosaica, que o apóstolo Paulo nos revelou a
aplicação espiritual da Lei das Primícias no Novo Testamento:
Isto não apenas explica o que são as primícias, mas também nos mostra o poder
que elas têm de santificar o restante daquilo de onde foram tiradas