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Subsídio para a Lição Bíblica – Classe de Adultos – CPAD

1º Trimestre de 2022
A Supremacia das Escrituras – A Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus

LIÇÃO 8 – A LEI E OS EVANGELHOS REVELAM JESUS

Texto Áureo: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.”


(Dt 6.4)

Objetivos da Lição: I) Apontar que a Lei era transitória e esboçava o plano da redenção em Cristo; II)
Afirmar que os Evangelhos são boas-novas do Reino de Deus e da salvação em Cristo; III) Ressaltar que a
Lei não salva, mas a obediência ao Evangelho transforma as vidas..

Palavra Chave: REVELAR

INTRODUÇÃO

Já passamos da metade do trimestre, e temos nos alegrado com tamanha qualidade do material
de estudo disponibilizado, para esta lição, poderemos utilizar parte do subsídio da Lição 4 (a
estrutura da Bíblia). Precisamos ter esta visão geral da Palavra do Senhor, para entender-mos as
maravilhas que nos fora Reveladas, inspiradas e escritas. Nesta lição conseguiremos notar Jesus,
tanto nos Evangelhos Escritos, bem como, nos cinco livros iniciais, de autoria de Moisés, chamados
de Pentateuco (a Lei).

A Lei esboça o plano de redenção em Cristo confirmado pelos Evangelhos. Por isso que o
Pentateuco e os Evangelhos têm relação profunda na revelação da pessoa de Jesus Cristo. Quando
o cristão lê o Antigo Testamento, ele tem o Novo Testamento como base, principalmente nos
Evangelhos, para compreender a Lei. Por isso, compreendemos que toda a Bíblia tem como tema
principal a pessoa bendita de Jesus Cristo.

RESUMO DOS TÓPICOS

1º - O PENTATEUCO: A LEI DE DEUS

É importante ressaltar o conceito da Lei. Geralmente quando encontramos esse nome nas
Escrituras ele se refere ao Antigo Testamento como um todo, conforme nosso Senhor em João
10.34, e o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 14.21. Porém, a palavra “Lei” também se refere ao
conteúdo descrito principalmente entre Êxodo e Deuteronômio, onde uma série de leis está
expressa. Nesse sentido, o livro de Gênesis aparece como uma introdução à Lei presente entre
Êxodo e Deuteronômio. Por isso os cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico,
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Números e Deuteronômio) são denominados Pentateuco. Nestes livros percebemos que um dos
propósitos da Lei é revelar o nosso pecado e a corrupção; mas também mostrar que temos a
necessidade da graça de Deus.

1. Os cinco livros da Lei. Pentateuco é uma palavra que deriva de dois termos gregos, penta e teuchos,
que significa “cinco volumes”. Trata-se do conjunto formado pelos cinco primeiros livros do Antigo
Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. No texto hebraico, e pelos judeus ainda
hoje, esses volumes são denominados de “Torá” com o sentido de “instrução, ensino, direção”. A totalidade
do Pentateuco é identificada, nas páginas da Bíblia Sagrada, como a “Lei” (Êx 24.12; Mt 5.17); a “Lei de
Moisés” (Js 8.31,32; At 13.39); a “Lei de Deus” (Ne 8.8; Rm 7.22); e a “Lei do Senhor” (Ne 10.29; Lc 2.22,23).

(A LEI e a FÉ CRISTÃ)
A Escritura afirma que a função da Lei era transitória (Hb 10.1). O texto de Hebreus descreve que a
Lei não passava de uma sombra, e não a imagem exata das coisas, e que a necessidade de oferecer
sacrifícios ano após ano demonstra a ineficácia do ritual levítico. O autor da Epístola já tinha
declarado que a Lei nada aperfeiçoou (Hb 7.19). Essa é uma declaração que atesta a insuficiência
da antiga aliança para efetuar a redenção da humanidade. Por isso, pela Lei ninguém será
justificado diante de Deus (Gl 3.11).
Donald Hagner destaca que “a lei era apenas um estágio antecipatório dos bens futuros, não
possuía em si mesma significado duradouro, ou final”.12 Martinho Lutero ensinou que “a função
primária da lei de Moisés consistia em fazer com que as pessoas se sentissem culpadas, para que
reconhecessem sua pecaminosidade e aceitassem que mereciam a ira de Deus”.13 O apóstolo
Paulo assevera que a Lei era uma medida temporária, ela foi dada para revelar e punir o pecado, e
assim demonstrar a necessidade da graça (Gl 3.19).

Nessa perspectiva, a Lei encerrou a toda a humanidade debaixo do pecado (Gl 3.22,23). Assim
sendo, ninguém pode ser salvo pelas obras da Lei (Gl 2.16). Não obstante, a Lei também serviu de
“aio” para nos conduzir à redenção em Cristo (Gl 3.24). Rudolf Gwalther pondera que a Lei “não se
opõe a Cristo, antes nos leva a Ele e incentiva a nos voltarmos para Ele”.14 Desse modo, a Lei nos
faz conscientes do pecado e nos leva a buscar refúgio e misericórdia em Deus.

Nesse aspecto, a obra de Cristo nos resgatou da maldição da Lei (Gl 3.13), e nos deu vida mediante
o Evangelho (2 Tm 1.10). Somente quando Cristo veio, a Lei finalmente foi cumprida (Mt 5.17-20).
A revelação divina se consumou em Cristo (Hb 1.1,2). Cristo, o único sem pecado é mediador de
um melhor concerto, de uma Nova Aliança: a dispensação da graça (Ef 3.2; Hb 4.15; 8.6; 12.24).
Agora, livres do jugo da Lei, vivemos debaixo da graça divina (Rm 6.14). E, todo aquele que
permanece em Cristo não vive pecando, porque é nascido de Deus (1 Jo 3.6,9).

Texto extraído da obra:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: A Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.49,53
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2º - OS EVANGELHOS: A MENSAGEM DE CRISTO

1. O conceito de Evangelho. O termo “evangelho” tem origem no grego euangelion com o


significado de “boas novas”. Refere-se à mensagem do Reino de Deus e da salvação por meio de
Cristo (At 15.7; 20.24). Seus autores são chamados de evangelistas, que significa “portadores de
boas-novas”. Os três primeiros, Mateus, Marcos e Lucas, são chamados de “sinóticos” porque são
semelhantes entre si. Os sinóticos registram, especialmente, o ministério de Jesus na Galileia. O
quarto Evangelho, João, tem peculiaridades próprias e enfatiza o ministério de Cristo na Judeia.
Ressalta-se que, embora retratada de modo distinto, a mensagem dos Evangelhos é única (Gl 1.8).
_ Para fixar estas informações citadas, confira imagem abaixo:

Se a Lei nos mostra a causa do problema, os Evangelhos nos mostram a solução por meio da
mensagem de Cristo. Assim, os Evangelhos têm como propósito ressaltar o ministério terreno de
Jesus, bem como sua natureza divina, plenamente confirmado pelas profecias do Antigo
Testamento. Por exemplo, o evangelista Marcos, no primeiro capítulo, e primeiro versículo,
escreve: “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. O evangelista inicia assim para
mostrar que Jesus é o Messias e Senhor nosso. Ele é o Cristo, o Filho de Deus, a pessoa prometida
pelo Antigo Testamento para salvar o homem dos seus delitos e pecados. Essa ênfase de Marcos
também aparece em diferentes graus e recortes nos demais Evangelhos. Nesse aspecto, o Novo
Testamento confirma o Antigo e, por isso, o Senhor Jesus Cristo é o principal tema das Escrituras
inteiras.(Subsídios da Revista Ensinador Cristão)

3. A mensagem da Salvação. Nos Evangelhos, Jesus é identificado por três títulos principais: Salvador,
Cristo e Senhor (Lc 2.11). Mateus registra que Ele veio para salvar o povo dos pecados (Mt 1.21). Marcos
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afirma que é preciso crer em Cristo para ser salvo (Mc 16.16). Lucas assevera que Ele veio salvar o que
estava perdido (Lc 19.10). João esclarece que Ele é o Salvador do mundo (Jo 4.42). Por isso a mensagem da
salvação é um ato do amor e da graça divina pelos méritos de Cristo (Jo 3.16). Os elementos dessa salvação
incluem fé no sacrifício de Cristo, arrependimento de pecados e Novo Nascimento (Jo 3.3,15). Nesse
sentido, Cristo declarou: “aquele que crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47).

3º - UMA MENSAGEM TRANSFORMADORA

Mostrar que a Bíblia tem um tema predominante por meio dos Evangelhos e do Pentateuco
encoraja os alunos a compreender melhor o plano de Deus para a salvação de suas próprias vidas.
Por isso, o nosso trabalho como professor, e professora, é trazer luz à causa que abraçamos: a
salvação em Cristo. É muito precioso que nossos alunos tenham essa profunda convicção a
respeito do plano de redenção de Deus.

3. A Regeneração da Sociedade: Nossa Declaração de Fé afirma que “a estrutura dos Dez


Mandamentos se resume no amor a Deus e ao próximo, diz respeito a Deus e à sociedade e
envolve pensamento, palavras e obras”. 31 Desse modo, todo o sistema mosaico — a Lei e os
Profetas — está resumido em duas ações: “amar a Deus e amar ao próximo como a si mesmo” (Mt
22.37-40). O amor a Deus deve ser pleno. Deus requer um amor que envolve a pessoa toda:
“coração, alma e entendimento” (Dt 6.5; Mc 12.30; Lc 10.27). O amor ao próximo se estende a
todas as pessoas, inclusive ao inimigo (Lv 19.18; Mt 5.44; Lc 10.29-37). Os Evangelhos asseguram
que o amor de Deus para com a humanidade é a base da salvação (Jo 3.16; 15.13). Por
conseguinte, a virtude do amor é o princípio basilar de todas as ações do crente salvo por Cristo,
entre tantas: “o amor não faz mal ao próximo” (Rm 13.10); “o amor não se conduz de forma
inconveniente” (1 Co 13.5, NAA); “o amor não se alegra com a injustiça” (1 Co 13.6, NAA). Em vista
disso, os cristãos receberam a missão de proclamar a mensagem do amor de Cristo às nações (Mt
28.19). Esse amor perdoa, salva, cura, liberta e regenera a sociedade. Assim sendo, a Igreja fiel e
guiada pelo Espírito, ao pregar e viver o evangelho, torna-se em sal da terra e luz do mundo (Mt
5.13,14).
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CONCLUSÃO

A função da Lei era transitória; ela revela o pecado, mas, também aponta o plano da
salvação em Cristo (Gl 3.24,25). O Senhor Jesus nos libertou da condenação da Lei
(Gl 3.10-13). Nos Evangelhos, as Boas-Novas dessa salvação estão reveladas. Em
suma, as obras da Lei não justificam, mas pela graça somos salvos, por meio do
arrependimento e da fé em Jesus Cristo.

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