Para ter frutificação na vida cristã se faz necessário ser instruído e
obter o correto entendimento da graça divina. Col 1.3-7 Quando o apóstolo destaca o compromisso dos colossenses com a fé em Jesus e o amor por Todos os Santos e em seguida, quando reconhece que o evangelho estava produzindo fruto entre eles. em segundo lugar, Paulo atestou que a frutificação provinha do entendimento. A compreensão foi a base para o desenvolvimento da fé. Em terceiro lugar, os colossenses só alcançaram o entendimento correto acerca da graça porque houve alguém que havia instruído. O entendimento da graça foi vital para os cristão colossenses. Observe a advertência de Judas, em sua epístola, falando acerca da distorção da verdade das escrituras. Judas 1.3,4 De todas as possíveis ameaças nessa advertência, uma é acentuada: a graça estava sendo transformada em libertinagem. Graça não é permissão para o pecar, é uma manifestação divina para libertar as pessoas do pecado. A mesma graça que salva o homem (At 15.11) também o ensina acerca de como deve ser a conduta após a conversão. O que é Graça? Uma definição de graça e “favor imerecido”. Trata-se de algo maior que o mérito. Precisamos da graça de Deus para tudo. Jo 15.5. Para suportar adversidades 2Co 12.7. para o chamado e exercício do ministério Ef 3.7 e 4.7. Os dons que recebemos são uma manifestação da graça Rm 12.6. Para ser santos, também precisamos dela. 2Co 1.12 A graça e uma força capacitadora. É fonte de socorro para o homem. Trono Da Graça O autor de Hebreus faz menção do trono da graça e do auxilio eu dele emana Hb 4.16 O autor de hebreus termina o cap 3 falando que eles não entraram no descanso de Deus. A causa foi incredulidade, eles não deixaram que a palavra fosse unida com fé em seus corações. Hb 3.12-14 A responsabilidade de não deixar que o coração se endureça pelo engano do pecado é nossa, não de Deus. Envolve esforço da nossa parte. Hb 4.11-13; Mc 7.21-23 A bíblia fala do esforço humano e graça divina. Entendido o contexto de que o esforço humano deve se alinhar a graça divina para que o homem não ceda as suas próprias fraquezas, emerge o fator “TRONO DA GRAÇA” (Hb 4.14-16) Trono é o assento dos reis e governantes. Na Bíblia, essa figura remete a juízo – como quando Cristo descreve a si mesmo sentado no trono de sua gloria para julgar as nações (Mt 25.3) Onde está o trono da graça? A uma oração de distância. Ele também se manifesta na palavra e pelo Espirito Santo. Está disponível para quem precisa de ajuda. Abordaremos primeiramente 2 períodos distintos: de Adão até Moisés, período antes da lei, e de Moisés até Jesus. João 1.17 É preciso primeiramente entender a lei, para depois, somente depois, entender a graça. não podemos falar da graça que nos trouxe salvação sem abordar a lei que nos encerrou sob a condenação. romanos 5. 12 -14 Os tempos nos quais mergulharemos a seguir são muito claros e bem divididos no ensino do novo testamento. 1 De Adão até Moisés esse período abrange a queda do homem e suas consequências: o pecado entrou no mundo, e a morte passou a toda a humanidade. Apesar de haver pecado no mundo, contudo ele não é levado em conta quando não há lei romanos 4.15.ainda assim, a morte reinou de Adão até Moisés. com a chegada da lei finda-se o primeiro período, ao qual farei referência como antes da lei. 2 De Moisés até Jesus João 1. 17 Aqui temos a manifestação da lei que pôs todos os seres humanos debaixo do pecado, realçando a força que este em Moisés e termina com a primeira vinda de Jesus. citarei esse período como a lei. 3 Da primeira até a segunda vinda de Cristo. Quando Paulo escreve a Tito, fala da graça de Jesus, Que se manifestou salvadoras aos homens, e nos ensina a viver uma vida sóbria e esperando a sua vinda Tito 2.11-13; romanos 8.19-23 Antes da lei A bíblia diz que o criador nos escolheu nele antes da criação do mundo para sermos Santos e irrepreensíveis em sua presença. Efésios 1.4 indicando a existência de um objetivo para a criação que data de antes do início de tudo. O pecado entrou no mundo no início do primeiro período com Adão e Eva, muito antes da lei de Moisés. O que para muitos não passa de mito, o episódio do Jardim do Éden é a base para a compreensão de todo o mistério da existência humana e sua escolha quanto ao futuro. O apóstolo Paulo vai nos falar dos danos consequentes do pecado estendidos a toda a humanidade. Romanos 5.12-14 A Transmissão do pecado O pecado afetou a natureza de Adão romanos 3.23 romanos 5.15- 19 ao pecar, contudo Adão se desconectou do criador comprometendo a natureza divina que receberam. A presença do pecado em todos os homens mediante a Transmissão geracional e evidente nas escrituras. Vale ressaltar, porém, um contraponto: se houve pecado nesse primeiro período da história humana, também houve manifestação da graça divina. A graça é uma manifestação do caráter Divino e este, por sua vez, é eterno e imutável. quando o primeiro casal pecou, também descobriu sua condição espiritual de nudez. Gênesis 3 Co 13 apocalipse 3.3-18 O senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher. Para que as vestes de pele ou de couro fossem produzidas é certo que um animal teve que morrer. Trata-se da primeira menção bíblica de sacrifício pelo pecado apontando figuradamente para a obra de Cristo em nosso favor. Hebreus 9.22 romanos 13.14 Logo encontramos no Eden não somente a presença do pecado como também a manifestação da graça divina. O perdão foi proporcionado, ao mesmo tempo que foi feita a primeira promessa messiânica. Gn 3.15 O homem pecou e passou a ter a necessidade de um futuro salvador. Mesmo sem existir lei escrita, a palavra vai nos mostrar que o senhor instruiu Abraão a preparar linhagem para o cumprimento do proposito: Gn 17.9-10 e o seu chamado a obediência. Gn 18.19. Lei e Graça Romanos 5 Vimos que antes de Moisés não existia nem vigorava uma lei embora já houvesse mandamentos específicos a serem observados. Diferença entre lei e graça Qual é a diferença básica entre a antiga e a Nova Aliança? Ou lei e graça, termo utilizá-los pelo apóstolo João. João 1.17 Além de reconhecer que Cristo se manifestou apenas na Ultima Aliança, qual outro contraste que existe entre a lei de Moisés e a graça de Jesus? Prazo de Validade João 1.17 Lei tinha um prazo de validade, porque ela foi a preparação para algo superior que estava por vir, sendo substituída por algo melhor. O que fica evidente no decorrer dos escritos do novo testamento e esse caráter transitório da lei, que teve seu tempo. A própria declaração de Joao, denota que houve substituição de uma era por outra: Lei, depois Graça e verdade. Nesse sentido, o autor de Hebreus destaca a supremacia de Cristo em relação ao primeiro legislador, Moises. Hb 3.3-6 Alias ao longo de toda a carta dirigida aos crentes Hebreus, o escritor prova a superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo em relação ao sacerdócio Levítico, estabelecido juntamente com a Lei. Hb 8.6-7 O escritor se refere a uma deficiência de essência, incorrigível. Qual é essa deficiência? A Lei era ineficiente na obra de justificar o pecador. Gl 3.11,12; quero também destacar Gl 3.15-18. Paulo destaca a promessa divina feita a Abraão que ela tanto aponta para cristo como se cumpre nele. A Lei de Moisés e apenas um desdobramento temporário da promessa divina feita a Abraão; juntando as peças, podemos resumir que a estratégia divina de como redimir o homem já estava em curso antes do estabelecimento da lei em si. Gl 3.19-22;23-25 Ênfase no vrs 19 O apostolo classificou a lei como um guardião ou tutor que conduzia o homem a Cristo. Disse que os homens permaneceriam sob sua tutela ate um dia futuro que a fé haveria de revelar-se. Com a chegada da fé na primeira vinda de Jesus o proposito para o qual a lei foi criada se cumpriu. Hb 8.7-13 Proposito da Lei Sem entender o objetivo pelo qual foi estabelecido um tutor, ou guardião, para conduzir o homem a Cristo, provavelmente será difícil entender a razão de sua substituição. Hb 7.11;18;19; Hb 9.9,10; 10.1 O motivo da primeira aliança ter sido revogada e anulada. Em Rm 7.7-11 É nesse sentido que a lei serviu de tutor para levar a Cristo – Gálatas 3.24. Porque a obediência plena a Deus estava além da capacidade daquela natureza corrompida. A lei preparou essa base de reconhecimento da natureza pecaminosa. Não há outra forma de aproximarmo-nos de Cristo, a não ser pelo reconhecimento de que somos desobedientes as leis divinas, ou seja, pecadores. Um evangelho que foca apenas a remoção da condenação e da culpa pelos pecados cometidos, mas não apresenta o poder transformador da graça que viabiliza ao homem viver em obediência, nunca levara ninguém ao lugar esperado por Deus. Rm 8.3-4 O que tornou a Lei tão fraca, doente e inoperante? A carne! O Problema não era a lei; Rm 7.12. Apenas revelou o verdadeiro transtorno a natureza pecaminosa do homem. As similaridades. 1. Necessidade de obediência. Na antiga Aliança, a lei foi dada para ser obedecida. Lv 19.37. Na nova Aliança, também se encontra o mesmo propósito. MT 28.19,20 2. Consequências de desobediência. Na antiga Aliança a quebra da lei de Deus gerava juízo: DT 11.26,28 Na Nova Aliança, também há juízo sobre o pecado. Observe as palavras do senhor Jesus na carta à igreja a Tiatira. AP 2.21,22 O livro de hebreus, ao falar da mudança de aliança e, Consequentemente, de sacerdócio Hb 7.12 . Jesus repetiu várias vezes a frase ouvistes o que foi dito aos antigos, uma Clara referência a lei de Moisés, mas observe que também a repetição de eu porém vos digo. O que indica a chegada, atualização o ajuste da lei de Deus. Outra prova e a declaração de Paulo aos Coríntios: não estando sem lei para com Deus mas debaixo da lei de Cristo 1Co 9.21. destaque na lei de Cristo. Além de permanecer o dever de obedecer a uma lei – agora a lei de Cristo – ainda há consequências para a desobediência. As Distinções 1. Incapacidade de obedecer. Paulo declarou aos romanos que a lei veio provar que o homem não tinha condições de obedecer. Rm 3.10. de onde exatamente vem essa incapacidade de obedecer e praticar a lei de Deus? Da natureza humana! Paulo usa a expressão filhos da desobediência para referir-se ao nosso passado e afirmar que éramos, por natureza filhos da ira Ef 2.2,3; Rm 7.5. A lei do revelou a força do pecado. Romanos 7.7-23. 2. Capacidade de obedecer. O grande contraste entre a antiga e a nova aliança e a capacidade de obediência. O novo nascimento proporcionou uma mudança de natureza 2Pe 1.4 e passamos a ser chamados filhos da obediência 1Pe 1.14. esta última declaração vem acompanhada da afirmação de que podemos viver sem pecar (desobedecer) e, consequentemente, manifestar a santidade de Deus. 1Pe 1.14-16. O padrão estabelecido na graça não foi um relaxamento das exigências, não foi um ato de rebaixar os princípios divinos em função da incapacidade demonstrada pelo homem durante a lei. pelo contrário! O padrão foi elevado. Mateus 5 Mas se o homem já não conseguia cumprir o padrão inferior, por que Deus aumentaria ainda mais o nível de exigência? Porque o homem seria revestido com uma nova natureza, empoderado pelo Espírito Santo e capacitado pela graça! Romanos 6.14 Na lei a humanidade não conseguia cumprir os mandamentos e se tornou escrava do pecado. Na graça, o homem não foi apenas perdoado da desobediência, mas liberto do domínio do pecado e capacitado a viver uma vida de obediência ao seu criador. COOPERANDO COM A GRAÇA A verdade é que o homem não pode fazer sozinho sem a graça. Por outro lado, a graça não opera sozinha sem a cooperação do homem. Tt 2.11 É necessária a interação com a graça. 1Pe 5.12; 2Tm 2.1; Lc 2.52; 2Pe 3.18 E Impossível atentar para o ensino bíblico da santificação e ignorar a necessidade de interação humana com a graça divina, bem como nossa capacidade de impedi-la de cumprir seu proposito em nós. Hb 12.14,15