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Modulo I

A Base

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA
Deus pensa em termos de família.

Deus pensa em termos de família, e não apenas indivíduos (Gn 12.1-3/6.17,18;) na


nova Aliança (Atos 11.14/16.30)

Precisamos compreender esse propósito divino para família.

Vimos em Gênesis 12.1-3 que, no plano de Deus, a família tanto é abençoada como
também e abençoadora.

E o interessante notar que, na bíblia, sempre que Deus abençoa alguém, também
abençoa a sua família (2 Samuel 6.12).

Deus não só abençoa a família, mas também vê a própria família como uma benção
oferecida aos homens (Salmos 68.6/113.9; Gn 22)
• Mandamentos familiares: honrar pai e mãe, não cobiçar a mulher do
próximo, esse são mandamentos presentes entre os dez, mais ao decorrer das
escrituras Deus estabelece mais. (Ef 6.1-4/5.22-24; 1 Tm 5.4/3.4,5/5.28; Cl 3.19)

Para quem deseja viver no lugar correto de importância a família atribuídos por Deus,
a primeira coisa a ser feita é conhecer a escala de valores do ponto de vista de Deus, ou
seja, aquilo que a bíblia ensina. Depois, é lutar para colocar em pratica.
• Deus em primeiro lugar: nada e mais importante que Deus em nossas
vidas. (Marcos 12.28-31).
• Família em segundo lugar: E errado pensar que ministério e igreja vêm
logo depois de Deus. Na verdade, a família vem em segundo lugar (1 Timóteo 5.8/ 1
Timóteo 3.2,4 e 5).A família foi estabelecida muito antes da igreja, e o meu dever é
primeiro com minha família. ( D.L Moody)
• O trabalho em terceiro lugar: O trabalho é uma ordem bíblica. E o meio
do homem sustentar sua casa e viver dignamente (2 tessalonicenses 3.10-12).

ALIANÇA DE SANGUE
A palavra aliança merece uma atenção especial.

Velho Testamento, de acordo com a Concordância de Strong, a palavra hebraica


utilizada nos originais é “beriyth”, procedente de “barah” (no sentido de cortar) e significa
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“acordo”, “aliança”,” compromisso”. Pela sua própria raiz, a palavra transmite a ideia de
“cortar uma aliança”, o que reflete um princípio da antiguidade de ratificar uma aliança
com sangue.

Veja um exemplo deste conceito bíblico: Hebreus 9.18-20

O sangue, entre outros simbolismos, enfocava alguns conceitos fortíssimos acerca da


aliança, entre eles: mistura de vida e lealdade até a morte. E pelo próprio significado que a
aliança tinha (que era considerada algo sagrado aos povos antigos), não podia ser feita de
qualquer forma. Normalmente havia a necessidade de alguns elementos essenciais à
aliança:

Juramentos – determinam as condições (ou termos) da aliança; (compromisso e


acordo)

Objetos memoriais – eram os presentes trocados e serviam como um “sêlo” da


aliança; (torna a aliança lembrada)

Testemunhas – presenciam e atestam a aliança firmada entre as partes que se


pactuam. (Desde tempos remotos, a cerimônia matrimonial é feita em público, diante de
testemunhas, em muitas culturas.)

O casamento e uma dupla aliança, e uma aliança que os cônjuges afirmam entre si e
também com Deus. (Malaquias 2.14)

A aliança matrimonial traz consigo uma poderosa força de ligação. Um dos seus
efeitos é o de mistura de vida, o de tornar o casal uma só carne. Gn 2.24

O casamento e uma instituição divina e, como tal, deve ser respeitado, pois é santo
pelo propósito divino a que serve.

A uma afirmação que, desde o início da criação, Deus não quis que o homem vivesse
sozinho (Gn 2.18-24).

Há algumas coisas importantes a serem destacadas acerca do casamento como uma


instituição divina.
• “não é bom que o homem viva só” o único momento em que o criador
reconhece que algo que fez, não está bom ou completo, foi quando o homem estava
sozinho. Só vem a ficar de fato bom quando Deus cumpre o seu propósito e inicia e
faz a mulher.
O casamento e ideia e criação de Deus, e o homem só vivera bem se aceitar os
desígnios e propósitos do seu criador, sujeitando-se a eles.

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• “Far-lhe-ei uma auxiliadora que seja idônea”. O Criador desde o início
reconhece que o homem precisa de ajuda, e criou a mulher com o status de
ajudadora.
• “Uma só carne”. O relacionamento que devemos dar maior importância
e o com Deus, em segundo lugar e o casamento, o casamento e uma proposta
extraordinária de parceira a ser vivida pelo casal e claro e mais importante que o
próprio relacionamento com os pais.
Jesus chama o casamento como união divina (Mateus 19.4-6).

O casamento do cristão deve ser feito no Senhor (1 Coríntios 7.16).

Se caso ele não seja, é melhor converte-lo primeiro.

O matrimônio deve ser algo de honra (hebreus 13.4)

É UM LUGAR DE DELEITE (SATISFAÇÃO)


Deus planejou o matrimônio para ser um lugar de alegria. Mais não significa que não
haverá conflitos ou necessidades de ajustes, mas que a felicidade e a realização devem
prevalecer sobre qualquer outro tipo de circunstâncias ou sentimento.

As escrituras falam do homem promovendo felicidade da mulher (Deuteronômio


24.5).
• “Deleite físico”. O matrimônio foi criado para que o casal desfrute do
deleite físico, da plenitude do ato sagrado do sexo (Provérbios 5.18,19).
• “Deleite emocional”. Fala da alegria de se constituir o lar juntos, gerar
filhos, envelhecer juntos em bela amizade e parceria, adquirir e conquistar bens
materiais e outros alvos (Eclesiastes 9.9).
• “Deleite espiritual”. E importante destacar o aspecto da realização
espiritual (Provérbios 18:22). O casal pode desfrutar de paz, proteção, oração
respondida, bênçãos e, acima de tudo presença de Deus.

A bíblia diz que “melhor serem dois do que um”, o que deixa isso bem claro
(Eclesiastes 4.9-12)

Embora essa palavra não se aplica exclusivamente ao matrimônio, este princípio


bíblico também não exclui, a relação conjugal. E é dentro desse contexto, da vida do casal,
que queremos buscar entender não apenas o texto em si, mas como essas verdades se
relacionam com outras declarações a respeito do casamento.
• Parceria: Mesmo sendo o cabeça do lar e tendo a responsabilidade final
nas decisões, o esposo deve ouvir os conselhos de sua esposa e incluí-la em seus
projetos (Gn 2.18)

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• Suporte: é correto esperar receber suporte do seu cônjuge, mas antes de
esperar receber, devemos oferecer suporte (1 Coríntios 7.33,34)
• Cuidado: expressão de carinho por meio de palavras, presentes e
atitudes. (Efésios 4.26,27)
• Proteção: fala de defesa mutua, cobertura recíproca. (Efésios 6.18)

A VIDA CONJUGAL
O casamento traz consigo direitos e deveres. Tanto o marido como a mulher devem
algo a seu cônjuge. (1 Coríntios 7.3)

O objetivo do casamento e fazer o outro feliz!

O princípio bíblico fala de casar para fazer o cônjuge feliz. O que a palavra diz a
respeito do homem recém-casado (Deuteronômio 24.5).

Damos uma ênfase à frase “promoverá felicidade à mulher que tomou”. Esse
princípio não deve ser seguido apenas pelo marido. Vemos que a mulher em Gêneses 2.18
foi criada por causa do homem. (1 Coríntios 7.32b-34)

Devemos constantemente buscar o interesse do outro, e não o nosso próprio, vamos


ver mais sobre isso (Filipenses 2.4 NTLH).

Precisamos aprender a servir nosso cônjuge! É uma clara ordenança bíblica e, como
toda ordem divina, é para o nosso próprio bem.

O padrão divino para o relacionamento está claramente revelado na bíblia: Eu não


exijo (dos outros) aquilo que desejo (para mim mesmo). Eu primeiramente ofereço (aos
outros) aquilo que desejo e, então, como consequência, eu mesmo recebo de volta o que
dei! Foi o que o Senhor Jesus nos ensinou. (Marcos 7.12/10.42-45)

DEVERES DO MARIDO
Quanto o homem quanto a mulher, receberam de Deus atribuição para vida familiar
– algumas iguais, algumas diferentes. Exemplo: Criou a mulher para ser “ajudadora do seu
marido”, o papel do homem e ser o cabeça do lar (ou governo).

Também encontramos nas escrituras ordens claras sobre a responsabilidade do


marido de amar (honrar) sua esposa (Efésios 5.25) e, o que separamos como um papel
ainda distinto, ser amante (físico) de sua mulher (1 Coríntios 7.3-5).

Quero destacar os cinco principais deveres do marido, além do que já ensinamos.


• Ser o cabeça do lar
• Amar sua esposa
• Ser amante (sexual)
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• Ser provedor
• Ser protetor

Ser o cabeça do lar: Ser o cabeça trata-se da questão da autoridade do homem sobre
a sua própria casa, começando pela relação marido e mulher (este é o primeiro nível vivido
antes - e depois – da chegada dos filhos). (Números 30.1-15) (proteger, prover, liderar e
não ser abusivo em relação a autoridade que tem, uma autoridade abençoadora e não
abusiva).

Assim como Deus é o cabeça de Cristo e Cristo o cabeça do homem (1 Coríntios 11.3),
com exercício de uma autoridade abençoadora e não dominadora ou ditatorial, assim
também deve ser o exercício da autoridade do marido no lar. Os valores do reino são
diferentes dos valores deste sistema mundano e dos da nossa inclinação carnal (Marcos
10.42-45).

Governo Espiritual do lar: Ser o cabeça envolve conduzir não apenas as questões
naturais da vida familiar, mas também (Principalmente) o governo espiritual do lar. (1
Timóteo 3.3,4)

O chefe da família deve conduzir sua casa no temor do Senhor. Isto não é missão
apenas de um candidato ao ministério, mas de todo cristão! Porque o ministro deve servir
de exemplo, dele é requerido o modelo que os demais cristãos devem seguir (1 Timóteo
4.11).

O homem deve amar sua esposa: Amar e mais que sentir algo, é doar-se! Se o amor
(em especial o cônjuge) fosse algo meramente espontâneo, não haveria a necessidade de
recebermos uma ordem divina acerca de amar a esposa (Efésios 5.25).

Observe que o padrão estabelecido por Deus é de que o marido não apenas ame a
sua esposa, mas faça isto dentro do mais alto padrão de entrega. “como Cristo amou a
igreja e a si mesmo se entregou por ela”.

O amor também tem a ver com atitude de respeitar, de tratar bem (Colossenses 3.19
NTLH).

O apostolo Pedro ensinou sobre a atitude de consideração e honra que o marido


deve ter para com a sua esposa (1 Pedro 3.7).

O homem deve ser amante de sua esposa: Quero fazer distinção entre o dever do
homem de amar sua mulher (o que envolve carinho, apreço, dedicação, cuidado e
valorização) e de ser amante de sua mulher (o que conota a expressão física do amor,
intimidade e vida sexual do casal). O versículo bíblico usado será. (1 Coríntios 13.4-7)

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O homem deve ser o provedor e protetor de sua esposa: Outro dever importante
dos maridos está relacionado ao quesito provisão. O homem deve ser o provedor das
necessidades da sua esposa (Efésios 5.28-30).

Proteção está relacionado à responsabilidade de exercer devidamente seu papel de


governo espiritual e estender cobertura de oração pela casa. Papel de ensinar sua casa a
andar na Palavra de Deus e, assim protegê-los da influência do mundo e do pecado
(Deuteronômio 6.7 e 1 Coríntios 14.35).

OS DEVERES DA ESPOSA
A mulher também tem deveres a cumprir no casamento. Suas responsabilidades
matrimoniais incluem:
• Ser ajudadora
• Ser submissa
• Ser administradora do lar
• Ser amante

Deve ser ajudadora de seu marido: A primeira menção que o próprio Criador faz
acerca de seu papel no matrimônio (Genesis 2.18).

Deus criou a mulher para ajudar o marido em tudo, até no governo do lar,
obviamente não usurpando sua autoridade, mas contribuindo com a sugestão de bons
conselhos. Precisamos desenvolver no lar a visão de equipe, o marido não pode edificar o
lar sozinho (Provérbios 14.1).

Deve ser submissa a seu marido: Um dos deveres abordados na Palavra de Deus é o
de que a esposa deve submeter-se ao seu marido. E isto envolve mais que respeito, reflete
o entendimento do governo do lar e da cadeia de comando estabelecida por Deus (Efésios
5.22-24).

Há uma forma correta de andar no Senhor (Colossenses 3.18).

Perante Deus, não há distinção alguma entre homem e mulher, entretanto, as


autoridades foram instituídas por Deus.

Mais a palavra submissão deve ser melhor entendida. Submissão no original grego é
“hupotasso”, e significa: Organizar sob subordinar/sujeitar, colocar em sujeição/sujeitar-se,
obedecer.

Quando olhamos para o conceito da palavra submissão, pode parecer exagerado e


até assustador (mais para mulheres do que para homens). Em contrapartida, o marido deve

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governar e exercer autoridade como Cristo! E quando olhamos para liderança de Jesus não
vemos uma atitude de domínio, mas uma liderança servidora.

No entanto mesmo que o marido não levante um cetro de domínio em sua casa, sua
liderança deve ser respeitada (Romanos 13.2).

Deve ser administradora do lar: A bíblia refere-se a mulher como donas de casa, isso
não quer dizer que a casa seja só delas, mas que o dever e a responsabilidade do cuidado e
condução do lar pertence a elas.(Provérbios 31.10-27).

Deve ser amante de seu marido: Deus mandou suprir esta necessidade de seu
cônjuge, não mandou boicotá-la! Negligenciar a intimidade é dar lugar para que o inimigo
entre no casamento (1 Coríntios 7.5).

VIDA ESPIRITUAL
Governo x sacerdócio: O homem e quem governa o lar mais, ambos são sacerdotes.

Em 1 coríntios 11.3 fala de cristo ser o cabeça do homem e o homem ser o cabeça da
mulher, claramente esse versículo está relacionado à governo e sujeição. Porém, por
alguma razão, passamos a tratar como se falasse de sacerdócio, ensinando algo mais ou
menos assim: Se Cristo, por ser cabeça do homem é seu sacerdote, logo o homem, por ser
cabeça da mulher é sacerdote dela.

Todos somos sacerdotes. A única questão em que o homem se destaca é no governo


do lar que lhe foi confiado.

Antes de governar a igreja, o homem deve governar sua casa. (1Tm 3.2).

Não e porque vai governar a igreja que deve ter um bom lar, mas e justamente o
contrário.

Governar bem o lar, incluindo a vida espiritual e para todo cristão. E isto envolve uma
excelente conduta espiritual (Tito 1.5,6).

Cobertura de oração: também vemos que o cabeça do lar deve cobrir os seus com
oração. A Palavra de Deus mostra que Isaque orava por Rebeca, sua mulher (Gn 25.21).

O homem e a mulher de Deus devem ter um coração e uma vida de oração voltados
para cobrir e proteger a família (Esdras 8.21).

Além disso, sempre que possível, a família também deve procurar orar junta, como
muitas vezes acontecia também com os irmãos da igreja em seu início (Atos 21.5).

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Exercer o governo espiritual do lar não é so declarar a palavra de Deus dentro de
casa, mas primeiramente vive-la.

- MINISTRANDO AOS FILHOS

Os pais cristãos devem entender a sua responsabilidade de suprir não somente as


necessidades materiais, como também emocionais e espirituais.

Nossos filhos são propriedades do Senhor (Sl 127.3).

O Senhor nos confiou o cuidado deles, especialmente no que diz respeito a sua
formação espiritual (Pv. 22.6, Dt.6-8).

Educar os filhos no temor do Senhor é uma responsabilidade de todos os pais -


(Ef.6.4). o que faz da desobediência a ele pecado

ORAÇÃO JUNTOS

Quando o casal ora junto experimenta o gozo dos princípios operando em seu favor
(Mt. 18.19-20 e Amós 3.3).

Aumenta o poder de fogo contra o adversário, quando dois se unem no reino de


Deus o efeito é de multiplicação (Dt. 32.20).

DIVORCIO E NOVO CASAMENTO


Um dos maiores questionamentos entre os cristãos deste século está relacionado ao
divórcio e ao novo casamento. Não há maneira de se posicionar sobre o assunto a não ser
pela luz da Palavra de Deus. A pergunta deve ser: O que a Bíblia diz sobre o assunto?

Quero inicialmente dividir a exposição do assunto do divórcio e novo casamento


dentro de dois diferentes focos: Aqueles que se renderam ao senhorio de Cristo depois de
já terem passado pelo divórcio ou novo casamento; Aqueles que passaram pelo divórcio ou
novo casamento depois de já terem se rendido ao senhorio de Cristo.

É importante ressaltar que o que acontece antes e depois da conversão tem um peso
diferente. O livro de Lucas aborda as diferenças de conhecimento:

“— Aquele servo que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez
segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a
vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele
a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito
mais lhe pedirão.” Lucas 12.47-48

Sendo assim, a primeira abordagem será relacionada aos tempos de ignorância.


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OS TEMPOS DA IGNORÂNCIA

Em Atos 17.30 o apóstolo Paulo faz uma declaração que auxilia no entendimento
sobre aqueles que passaram pelo divórcio e novo casamento antes da conversão:

“Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as
pessoas, em todos os lugares, que se arrependam.” Atos 17.30

Isso não significa que o que foi feito anteriormente ao conhecer a Cristo, não seja
pecado, mas que com o arrependimento, é recebido o perdão pelos erros no tempo da
ignorância.

Ao encontrar com Jesus, não importa o passado, Ele é capaz de tornar o pecador em
nova criatura: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já
passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Coríntios 5.17. Não há mais culpa, nem condenação.
O sangue de Jesus purifica de todo pecado.

Desta forma, aquele que se converte ao Senhor, já no segundo ou terceiro


casamento, não deve desfazer sua família, mas, sim, arrepender-se e permanecer, sabendo
que Deus não leva em conta os tempos da ignorância.

O Altíssimo tem para todos um recomeço de perdão e restauração, aponta um


caminho a ser trilhado após a conversão em Jesus.

Agora, para aqueles que já são cristãos, Deus revela em sua Palavra sua vontade em
relação ao casamento e apresenta princípios inegociáveis.

A REVELAÇÃO DO CASAMENTO PARA O NOSSO TEMPO

A Bíblia apresenta diferentes períodos referentes ao casamento, mas também a


revelação de Deus para cada um deles. Os princípios da Lei mosaica são diferentes dos da
Nova Aliança. A poligamia por exemplo não é mais tolerada, a monogamia é o padrão (1
Timóteo 3.2), isso acontece porque o sacerdócio foi mudado: “Pois, quando se muda o
sacerdócio, necessariamente muda também a Lei.” Hebreus 7.12

Jesus, em Mateus 19.3-10 responde o questionamento de fariseus que perguntavam


sobre o divórcio, se poderiam fazê-lo por qualquer motivo, a resposta foi clara:

“Jesus respondeu: — Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés
permitiu que vocês repudiassem a mulher, mas não foi assim desde o princípio. Eu, porém,
lhes digo: quem repudiar a sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e
casar com outra comete adultério.” Mateus 19.8-9

Em sua resposta, o Salvador aborda três momentos diferentes, o primeiro é: “não foi
assim desde o princípio”, trata dos dias de Adão, o começo da trajetória humana. O
segundo período em que era permitido o divórcio é: “por causa da dureza do coração de

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vocês que Moisés permitiu que vocês repudiassem a mulher”. O tempo da Lei que Moisés
recebeu. Ao afirmar: “Eu, porém, lhes digo”, Jesus marca um terceiro período, a Nova
Aliança.

Primeiro Período: De Adão a Moisés (Romanos 5.14). Jesus disse: “não foi assim
desde o princípio”. Não há menção bíblica de Deus tratar o divórcio nessa fase da história
da humanidade.

Segundo Período: De Moisés a Jesus (João 1.7). Na Lei mosaica, o divórcio foi
permitido em caráter de exceção, por um único motivo: a dureza do coração dos homens.

Terceiro Período: De Jesus até sua vinda, quando se dará a consumação da redenção.
Há o retorno ao padrão anterior à Lei mosaica.

A permissão para o divórcio por causa da dureza do coração dos homens, veio
porque as pessoas não nasciam de novo (João 3.3), não participavam da natureza de Deus
(2 Pedro 1.4), e o Espírito Santo não habitava nelas.

Hoje, a partir de uma rendição, o Espírito Santo opera em trazendo amor, perdão,
compreensão, paciência e tudo que é necessário para que o casamento seja bem sucedido.
O sucesso do matrimônio depende de uma vida de entrega total à vontade de Deus.

O DIVÓRCIO

Em Malaquias 2.16, a palavra afirma:

“Porque o Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio.”

A vontade do Senhor nunca foi a separação de um casal, Jesus deixa claro que o
divórcio era para aqueles cujo coração estivesse endurecido. Não significa que nunca possa
acontecer, como em casos de violência doméstica por exemplo, o qual é aconselhável a
separação.

O cristão deve se posicionar contra o divórcio, caso seja inevitável, a menos que
envolva relações sexuais ilícitas, não lhe dá o direito de um novo casamento.

“Aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido.
Mas, se ela se separar, que não se case de novo ou que se reconcilie com o seu marido. E
que o marido não se divorcie da sua esposa.” 1 Coríntios 7.10-11

Um novo casamento que não seja com o cônjuge original, se configura em adultério.
Está fora do padrão da Palavra de Deus.

O NOVO CASAMENTO

A bíblia relata duas ocasiões específicas para um novo casamento, são elas: morte de
um cônjuge ou relações sexuais ilícitas.
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Romanos 7.2-3 diz:

“Por exemplo, a mulher casada está ligada pela lei a seu marido, enquanto ele vive;
mas, se o marido morrer, ela ficará livre da lei conjugal. De modo que será considerada
adúltera se, enquanto o marido estiver vivo, ela se unir com outro homem. Mas, se o
marido morrer, ela estará livre da lei e não será adúltera se casar com outro homem.”

O texto é claro ao mostrar que após o falecimento do marido ou esposa, é possível


haver um novo casamento sem que esse seja considerado adultério. Além desse caso
temos o de Mateus 19.9, uma exceção apresentada por Jesus: “Eu, porém, lhes digo: quem
repudiar a sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra
comete adultério.”

Jesus chama todo divórcio seguido de novo casamento de adultério, com exceção de
uma separação causada por relações sexuais ilícitas.

O termo relações sexual ilícitos vem da palavra grega “porneia”, que significa
“imoralidade”, “adultério”, “prostituição”, fornicação” e todo tipo de relação sexual
condenada biblicamente.

O plano de Deus é uma aliança matrimonial por toda a vida. Assim como a aliança do
casamento é consumada a partir da relação sexual, ela pode, igualmente, ser destruída por
meio do adultério.

Quando a exclusividade sexual é quebrada, a aliança do casal também é.

É possível que haja restauração de um casamento mesmo após o adultério, o perdão


e a restauração divina podem reverter a quebra de aliança. Para saber mais acesse os
estudos: Compreendendo o perdão e Milagre no casamento.

A ALIANÇA É UM COMPROMISSO UNILATERAL?

A aliança matrimonial é bilateral, assim como a aliança com Deus, pode ser renovada
mesmo depois de ter sido quebrada. Desistir do casamento, como mencionado acima, não
deve ser a primeira opção, mesmo quando há infidelidade, Deus tem um propósito e planos
para o matrimônio, deve haver misericórdia, perdão e luta por restauração.

Deus é capaz de restaurar a aliança sem que o divórcio e novo casamento seja
necessário.

A QUESTÃO DO ABANDONO

Muitos defendem um novo casamento em questões como abandono, mas essa


perspectiva fere a única exceção que Jesus deixou em relação ao divórcio seguido de novo
casamento.

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A única razão, além da morte, para a quebra da aliança matrimonial, é o adultério.

Não existem garantias de que um cônjuge infiel buscará por restauração em seu
casamento, é possível que persista no erro e abandone sua família. Assim como aquele que
abandona sua casa dificilmente a deixará para viver sozinho, caso aconteça o adultério é
uma quebra de aliança matrimonial. Nessas circunstâncias, a vítima tem o direito de
reconstruir sua vida.

Deus é capaz de restaurar o que parece impossível, creia em milagres e lute pelo
casamento. Que não haja injustiça com aqueles que

Modulo II

REDENÇÃO

ENTENDENDO A REDENCAO
1 Pedro 2:9

E não há como falarmos de coisas que dizem respeito à propriedade de Deus, sem
antes estudarmos a Lei da Redenção.

Significado de redenção.

• A palavra “redenção” significa “resgate” ou “remissão”. Ela retrata o ato de se


readquirir uma propriedade perdida.
• Redimir – é comprar ou comprar de volta, quer como transação comercial quer
como resgate.
• Redenção – centraliza na má situação dos pecadores que foram resgatados
pela cruz.

Antes de Deus estabelecer algumas verdades no Novo Testamento, Ele determinou


que elas fossem primeiramente ilustradas no Antigo Testamento (Hebreus 10.1).

Por exemplo, o ato da circuncisão deixou de ser “literal” e passou a ser uma
experiência no coração (Rm 2.28,29). Outro exemplo é a serpente que Moisés levantou no
deserto e se tornou uma figura da obra redentora de Cristo na Cruz (Jo 3.14).

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Foi assim com o sacrifício do cordeiro que os israelitas repetiam anualmente em
várias cerimônias; por fim, vemos João Batista apontando para Jesus e dizendo:(João 1.29)

Paulo se referiu a Jesus como sendo o Cordeiro Pascal (1 Co 5.7).

REDENÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO


O Livro de Rute nos mostra Boaz resgatando (ou redimindo) as propriedades de
Noemi. Ele estava readquirindo uma posse perdida. (Rt 3 e 4)

Lemos em (2 Reis 4.1-7) que uma mulher viúva teria seus filhos transformados em
escravos se ela não pagasse a sua dívida.

Vejamos (Levítico 25.25-28).

Neste texto, que fala somente da perda da terra, e não dá escravidão, vemos que
havia três formas de alguém recuperar a suas posses:

• A redenção (o pagamento feito por um parente);


• O perdão da sua dívida, proclamado no ano do jubileu;
• A sua própria possibilidade de pagar caso viesse a prosperar (o que não ocorria
no caso dos escravos).

Sendo os Dois Hebreus ele ficaria escravo por apenas 6 anos (Êxodo 21:2).

O homem se transformou num escravo de Satanás ao render-se ao pecado no Jardim


do Éden. A Bíblia declara que “aquele que é vencido fica escravo do vencedor” (2 Pe 2.19).
O Diabo se assenhoreou do homem e da Terra, que fora dada ao homem (Sl 115.16), e
afirmou isto para Jesus na tentação do deserto (Lc 4.6).

O QUE CRISTO FEZ POR NÓS


Cristo nosso Resgatador – Col 1:13,14 e 2:14,15;

Observe o termo “resgatou” e “redenção” essa redenção foi um ato de compra,


efetuado pelo pagamento da dívida do pecado.

• Despojo significa: privar de posse, espoliar, desapossar.


• Redenção – Mc 10:45; 1 Tm 2:6; Tt 2:14; Gl 3:13
• Somos agora sua propriedade. (1 Pe 2:9 e 1:18,19)

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Não somos mais escravos de satanás e sim escravos de Deus e, servi-lo e a verdadeira
liberdade (Apocalipse 5:9b,10).

Mais a redenção e vista como um ato de misericórdia e amor.

Ele não nos trata como escravo e sim como filhos, como parentes.

Mas devemos ter a consciência de que mesmo sendo filhos de Deus, nada que temos
e de fato nosso (Gálatas 4:4-7; 1 Coríntios 6: 18-20).

O vocabulário da redenção também foi usado para descrever a LIBERTAÇÃO de Israel


tanto da ESCRAVIDÃO no Egito quanto do EXÍLIO na Babilônia (Êx 6.6; Dt 7.8; 2Sm 7.23; Is
48.20).

HONRA AO SENHOR

Malaquias 1:6ª; 1 Samuel 2:30

A consciência da redenção deve provocar em nós uma atitude de gratidão


e de culto a Deus. Paulo falou sobre vivermos uma vida de santidade, que é o
fruto dessa consciência. 1 Coríntios 6: 18-20;
Assim como Deus redimiu o nosso corpo, Ele redimiu também os nossos
bens.

A SIMBOLOGIA DO QUE JOSÉ FEZ


José comprou para Faraó todo o povo egípcio (Gênesis 47.18,19,23).

O que Cristo fez conosco por meio do seu sacrifício na Cruz foi algo semelhante. Isto
é o que significa “redenção”.

Mais o que fez o rei egípcio com o povo? (Gênesis 47.24)

Jesus instituiu uma Ceia Memorial para que sempre recordássemos o que Ele fez por
nós na Cruz (1 Co 11.24,25).

Assim como a Ceia faz parte de um culto de gratidão e anuncia uma mensagem (a
morte do Senhor até que Ele venha – 1 Co 11.26), assim também a entrega dos dízimos
celebra a Redenção e testemunha à nossa consciência que pertencemos ao Senhor.

UM ATO PROFÉTICO

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A entrega dos dízimos é um ato profético (Êx 12.12).

Cada um deles deveria aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa aos umbrais de suas
portas (Êxodo 12.13).

O sangue naquela noite era um sinal de propriedade. E o Diabo não pode ir além do
sangue. Lemos em Apocalipse 12.11 sobre um grupo de fiéis que venceram a Satanás, e o
texto revela que eles o venceram pelo sangue do Cordeiro!

Satanás não pode tocar no que é de Deus (1 João 5.18) No momento em que o crente
entrega os seus dízimos diante de Deus e de todo o reino espiritual, ele está reconhecendo
a Redenção. E o Diabo não se atreve a tentar tocar no que pertence a Deus! (Ml 3:10-11)

Benção e maldição (Lucas 16.10).

MORDOMOS, NÃO DONOS!

“Os cristãos são mordomos do dinheiro do Senhor. Nós somos apenas agentes d’Ele
para distribuí-lo de acordo com a Sua direção. Portanto, não temos condições de fazer
algo contrário à Sua vontade.”

(John Wesley)

Gênesis 39:4

Tudo o que somos e temos pertence a Deus, então devemos viver como bons
mordomos, administrando bem o que é do Senhor.

O Dicionário Aurélio define “mordomo” como sendo “o serviçal encarregado da


administração duma casa”. É alguém que cuida do que não é seu (Lucas 12.42-46).

Prestaremos contas do que fizermos com o que Ele nos deu. (Lc 16:1, 2)

Ao lermos a Parábola dos Talentos (Mt 25.14-30), encontramos, este conceito de


mordomia, que se aplica a todas as áreas das nossas vidas, inclusive a financeira.

Honrar ao Senhor com os nossos bens inclui a boa mordomia. Deus nos confia o que
é d’Ele e ainda nos dá a liberdade de usufruirmos o que nos foi confiado (Lucas 19.13-26).

O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS?


Não basta fazermos o que é certo, temos que fazer da maneira certa (2 Coríntios
9:7).
15
• Abel e Caim ambos fizeram uma oferta, mas apenas um agradou a Deus. (Gn
4:3-5)
• Jesus exorta os fariseus por que de fato eles faziam o que era certo, mas
negligenciaram outros princípios. (Mt 23:23-24)
• A pratica do jejum (Mt 6:17,18)
• Ananias e Safira ao ofertarem. (Atos 5:1-4)

Alguns ficam com medo da prestação de contas, como se não fossem capazes de lidar
com o que Deus lhes confiou, mas há um princípio inquestionável na mordomia instituída
por Deus: Ele, em Sua sabedoria e justiça, nunca pedirá a ninguém para fazer alguma coisa
que não consiga fazer (Mateus 25.14,15).

Modulo III

SACERDÓCIO

HISTÓRIA BÍBLICA DO SACERDÓCIO


Êxodo 19:5,6

Mesmo sabendo que o sacerdócio também é um ofício, antes disso, cremos que o
homem é um ser sacerdotal. Em uma primeira demanda, o homem é sacerdotal em sua
natureza, em segundo lugar, o sacerdócio também se torna um ofício.

No livro de Gênesis percebemos que há aparição da ideia sacerdotal de Deus já no


Éden. Se fosse o contrário, veremos que o sacerdócio teria seu início apenas na época em
que o serviço religioso judaico foi instituído. No entanto, percebemos através do livro das
origens (Gênesis), que essa ideia sacerdotal de Deus nasci com homem já no seu santo
Jardim.

Cultivar e Guardar - o sacerdócio nasce no Éden, na Aliança de Deus com Adão. O


homem é colocado como um intercessor entre Deus e o mundo, essa intercessão é
traduzida nas expressões cultivar e guardar do texto de Gênesis 2.15.

o mandamento quíntuplo de frutificar, multiplicar, encher a terra, sujeitar e dominar


dado em Gênesis 1:28, seria executado proporcionalmente na medida em que o homem
cultivaria e guardaria o jardim em que fora inserido.
16
• A palavra cultivo - é derivada do mesmo radical de culto, cultura. Em termos mais
simples, o homem cultuava Deus por meio daquilo que ele cultivava no jardim, assim,
culto tinha mais a ver com o modo de vida do que com o rito em si.

• A palavra guardar - tem uma conotação sacerdotal em alguns outros textos. Em


alguns se refere a guardar utensílios do tabernáculo (Mm 1.50; 3.8; 2Rs 22.14);
guardar a lei do senhor (Dt 4.6; 5.1). Neste caso, guardar é sinônimo de cuidar
proteger um ambiente que Deus plantou (Gn 2.8). Guardar, nesse sentindo, também
é uma posição de intercessão. Hoje, intercessão é quando oramos a Deus em favor
de outro alguém, só que no Éden a ideia de intercessão significa supervisão, de
guardar.

Adoração e Intercessão – Adoração e a interseção no sentido bíblico tem muito mais


um sentido de trabalho do que uma prática litúrgica. Eles estão ligados ao texto de Gênesis
2.15, onde há o verbo guardar e cultivar. guardar fala sobre cuidar, zelar, e está relacionado
a ação de interceder. Cultivar nos remete a culto. Mandato cultural é uma forma de
adoração e intercessão ou de cultivo e guardar da terra, o trabalho derivado de um culto ou
guardar de um lugar. ter uma vida de adoração e intercessão está relacionado a trabalhar
no que Deus está fazendo, não apenas o atual ritmo musical ou de oração dentro das
nossas liturgias. sermos além sobre a palavra adoração intercessão, poderíamos dizer que é
se apropriar de quem Deus é (imagem) e trabalhar no que ele está trabalhando (ofício).

A proposta original de Deus ao homem acerca do sacerdócio era excelente. No


entanto, sabemos que o homem Adão falhou em cultivar e guardar o jardim, e logo que
houve uma falha no sacerdócio, seu governo sobre a terra estava também comprometido.
O homem foi expulso do Jardim e perdeu o direito de governar.

SACERDÓCIO NA HISTÓRIA DE ISRAEL


Mas Deus não desistiu da humanidade e nunca alterou sua proposta original para o
homem. Na verdade, percebemos que o plano de Deus era de desenvolver o sacerdócio ao
homem, para que a imagem de Deus fosse restaurada no homem, e esse homem, a imagem
do Criador, cumprisse seu mandato sobre a terra (Gn 1.28). no desenrolar da história
bíblica, Deus escolhe um homem pagão chamado Abraão e nele ele pretende restaurar
uma história. O projeto é que, por meio de um filho de Adão, ele possa gerar uma nação
com a imagem de Deus a fim de que alcance as demais nações da terra (Gn 12.1-3). Deus
chamou Israel para que, por meio do sacerdócio, ele habitasse no meio deles (Ex 19.5-6).

17
O Início do Sacerdócio Como Ofício Religioso - Moisés recebeu de Deus o modelo de
um tabernáculo que representaria a morada de Deus no meio do povo (Ex 25.9,40; Hb
9.24). Nesta morada, o povo escolhido poderia exercer o seu sacerdócio. No tabernáculo de
Moisés começamos a enxergar o sacerdócio com um ofício dentro de um serviço religioso.

ADÃO E CRISTO

Ser sacerdote é ser um lugar de conexão. Um sacerdote se coloca entre o mundo


visível e o invisível, entre os homens e Deus, entre Deus e os homens. Dentre os pontos
principais que são de suma importância a análise, estão dois aspectos que resolvemos
chamar de formação e posição, na qual o homem foi inserido.

Sua Formação - Deus cria o homem com as próprias mãos, do pó da terra e sopra
fôlego de vida (Gn 2.7). Esse versículo é um dos textos mais importantes nas escrituras ou
até mesmo o mais importante para pensarmos sobre a natureza sacerdotal do homem.

• Foi criado do pó da terra (natureza física terrena).

• Deus soprou sobre ele fôlego de vida (natureza divina, eterna e proveniente do céu
– lugar onde Deus habita).

Podemos perceber o pó terreno e a vida de Deus, o que vem da terra e o que vem do
alto, inseridos no homem. Isso conclui que a formação do homem por si só é ponto de
encontro entre duas realidades – céus e terra.

Sua posição - originalmente o homem foi colocado em um jardim que o próprio Deus
havia plantado (Gn 2.8). é importante ver que a formação desse Jardim também se
distingue das demais criações de Deus, porque toda a flora citada em Gênesis 1 é fruto da
palavra de Deus, sua ação criativa, enquanto que o Jardim, Deus plantou. Esse Jardim era
uma espécie de santuário na terra, no qual Deus andava para encontrar-se com um
homem. o Éden era uma espécie de centro governamental da terra, onde o Soberano
encontrava-se com o administrador.

Na queda, quando o homem pecou, sua natureza foi comprometida por que ele havia
perdido esse lugar (Éden).

Assim, observamos através da vida de Adão, que o sacerdócio possui uma natureza
que dialoga com uma posição e uma formação. No caso de Adão a posição é o Jardim do
Éden e a formação é o pó da terra e o fôlego de vida.

18
Em Cristo, o Último Adão - se no primeiro Adão fica claro o princípio formação
imposição, vemos esse padrão se repetindo no último Adão, Jesus Cristo.

Sua formação - Jesus veio em carne (natureza terrena), mas também foi concebido
pelo Espírito Santo (natureza divina). assim como foi necessário a interação entre céu e
terra para criar o primeiro Adão, assim também ou foi para criar o último.

Sua posição - ao assumir a natureza humana Jesus executou sua missão terrena e,
após isso, entrou como sumo sacerdote no santo dos santos (HB 9.11,12).

O autor de hebreus usa também esses elementos de posição para nos comunicar,
através do Messias, uma volta a natureza sacerdotal do homem

• Ele entrou em um lugar que não foi feito por mãos humanas assim como no Éden (Gn
2.8 e HB 9.11).

• Ao assumir esse lugar no santo dos santos, Jesus, como homem, levou a humanidade
ao lugar de encontro com Deus, como era no Éden (Col 1.20; Ap 1.6; Gn 2.8; 3.8 e HB
9.12).

ATUAÇÃO SACERDOTAL (TRÊS ESFERAS DO SACERDÓCIO)


Como vimos anteriormente, o sacerdócio é parte da natureza original humano. Esse
homem sacerdotal, em sua origem no Éden, tinha capacidade de exercer domínio, e que
funcionava através de um triplo relacionamento, podendo ser dividido da seguinte
maneira: a devoção do homem para com Deus (Céus), sua relação com os outros seres
humanos (santos), sua manifestação para toda a terra (mundo).

19
A DEUS
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito
fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

João 15:5

Jesus, em seu ministério terreno, retomou o discurso de que nada pode ser feito se
não o for em conexão com Deus. Todo o trabalho do homem deveria ser consequência
direta de sua relação com Deus (Atos 13.1-3).

Sacerdócio fala de trabalho, trabalho fala de gastar tempo (gastar tempo com Deus).
Em relacionamento, estar com Ele, se transformado pela sua glória, ser tocado por Ele
individualmente ou coletivamente.

a perspectiva bíblica para o sacerdócio é que homem se relacione com Deus e, com
isso, consigam abençoar o restante da criação.

O sacerdócio é o meio pelo qual retomamos a nossa imagem perdida no Éden e


abençoamos a toda a ordem criada. Esta é a única forma da terra encontrar descanso, em
Deus. Não há sacerdócio sem devoção à Deus, sem sacerdócio não a imagem de Deus no
homem, sem imagem de Deus não há domínio, sem domínio, a Terra é fútil e entregue a
decadência (Rm 8.20,21), ou seja, sem o sacerdócio não a restauração de todas as coisas
conforme lembrada por Pedro (Atos 3.21).

AOS SANTOS
Muito tem se falado em sacerdócio e devoção nos dias de hoje, porém, a nossa
devoção não nos impulsionar a nossa missão, haverá um desvio no sacerdócio bíblico. Tudo
que Deus faz coopera para sua missão, inclusive nosso amor por ele. Se estamos
apaixonados por Deus, mas isso não nos impulsiona ao serviço e a doação para igreja, nossa
relação estará recheada de um narcisismo, que busca, na devoção, sensações para si
próprio. Não há ser dócil se não há serviço. Funcionar em nosso sacerdócio a Deus é servir a
igreja.

Todo o processo de edificação do corpo de Cristo se dá por meio do serviço que


prestamos através de diferentes dons. As diferentes formas de ensino, pastoreio e cuidado
que vemos durante a missão de Jesus com seus discípulos, relatada nos evangelhos, e
depois com os apóstolos, relatados em Atos, nas cartas e epístolas (Mt 5 ao 8, Mt 13.10, At
20.7; Ef 4.11-16; Cl 1.28).

20
AO MUNDO
A terceira implicação do sacerdócio é que os Santos são chamados para
manifestarem-se ao mundo como um sinal da imagem e da Glória de Deus que está prestes
a se estabelecer de modo visível e palpável em toda a Terra. A forma como Jesus se
manifestava em suporte, auxílio e Socorro aos necessitados cura aos enfermos, libertação
dos cativos, anúncio das boas novas aos humildes e o julgamento aos que recusaram a
proposta de arrependimento (Is 61.1-3; Lc 4.18).

Modulo IV

Purificação e Gloria

O CHAMADO PARA SER SANTO


A bíblia declara que somos chamados por Deus. Não diz apenas uma vez, mas muitas
– o que revela a importância do assunto.

Você sabe qual é o chamado divino? Você o conhece com clareza? Para cumpri-lo é
necessário entende-lo. Normalmente associamos a expressão “chamado” a um mero
convite ao serviço. Mas há algo maior, bem maior que isso.

A bíblia define o chamado de Deus para o homem como uma convocação a ser, e não
meramente a fazer. 1Cor 1.1,2

O chamado na vida de Paulo e o chamado na vida de cada um de nós são para ser
santo. O que o ministro precisa entender que algo é primário nas nossas vidas o chamado é
para ser e depois o fazer.

Mas ser o quê? O chamado divino enfoca a santidade. Somos chamados para ser
santos! O Apostolo apresentou esse chamado aos irmãos em Roma. Rm 1.7

O chamado tem duas características distintas. Moralmente, o cristão e chamado para


a santidade, dinamicamente, ele é chamado para o serviço.

A palavra de Deus nos exorta a uma vida diferente daquela que tínhamos antes da
conversão. O padrão definido é o próprio Deus, a Santidade divina. 1 Pe 1.14-16

Podemos afirmar que santidade, assim como o pecado, é uma questão de natureza.
Antes da conversão éramos, por natureza, filhos da desobediência (Ef 2.3) e depois, no
novo nascimento, quando participamos da natureza divina (2Pe 1.4) nos tornamos filhos da
obediência (1Pe 1.14).
21
Porém não e porquê e uma questão de natureza que a santidade deixa de ser uma
ordenança.

Até porque a natureza que nos domina depende, também, da nossa decisão de
obedecer ou não o mandamento. É de suprema importância entender que estamos falando
de um mandamento divino. Ou seja, santidade não é uma opção!

Mas como alcançar essa vida santa? 2Pe 1.3,4

Participando da natureza divina – e se deixar ser controlado por ela. Jesus viveu aqui
sem pecado e tornou-se o nosso modelo, o padrão divino para todo homem. Rm 8.29

A salvação que nos foi oferecida não tem apenas o propósito de perdoar, mas de nos
transformar na imagem de Cristo.

Assim como Adão foi o cabeça de uma raça e gerou muitos seres semelhante a si,
também Cristo veio para ser o cabeça de uma nova raça. 1Co 15.45-49; Rm 5.12; Jo 3.6

SER VERSUS FAZER


O que fazemos deveria ser uma extensão do que somos. Mt 7.22,23; Ap 2.2-5

Elas realizaram as obras e o ministério em nome de Jesus. E tiveram resultados! No


entanto o fazer não suprime a necessidade de ser, de ter o caráter que reflita santidade e
compromisso com Deus.

Quando Paulo escreve a Timoteo sobre aqueles que almejam o episcopado (1 tm 3.1)
destaca que o bisco precisa ser irrepreensível. Ele apresenta uma lista de 16 qualificações
que o obreiro de ter – somente uma dessas qualificações envolve habilidade “seja apto
para ensinar” 3.2 – as demais são traços de caráter.

1- Irrepreensível (não fala de ser perfeito, mas de alguém que não anda no erro e,
então alguém que não merece ser corrigido Fl2.15)

2-esposo de uma só mulher (é logico que o texto se refere a monogamia, não pode
ter relações extraconjugais Mt19.9)

3- Temperante (discreto, comportamento diante das circunstancias, apropria forma


de falar pode refletir temperança Cl4.6)

4- Sóbrio (mente sã, equilibrado, fala de auto controle, não só quanto a bebida, mas
também em relação a cada aspecto da vida espiritual, emocional e física 2Tm 4.5

22
5-modesto (respeitável, conveniente, comportamento agradável e humilde)

6-hospitaleiro (generoso para as visitas, alguém que se importa com outros e não é
egoísta Hb 13.2

7-apto para ensinar (apto e hábil no ensino, há um entendimento bíblico para viver e
ensinar a palavra em todos os aspectos, o que inclui a capacidade de correção e a refutação
de erros Tt1.9-11)

8-Não dado ao vinho (não proíbe a ingestão de bebidas Ef 6.18, necessidade de


cuidado e atenção nessa área Gn 9.21 e Pv 20.1)

9-Não violento (não espancador, trata de quem se domina emocionalmente e não é


pavio curto 2Tm 2.24)

10-cordato (integro, gentil, educação, amabilidade e simpatia)

11-inimigo de contendas (pacifico, que se abstêm de luta, alguém que não tem a
briga ou a intriga como opção)

12- Não avarento (não apegado ao dinheiro; refere se a contentamento Fl4.11; Hb


13.5 e ausência de ganância 1Pe 5.2

13-Que governe bem a própria casa (a família do líder deve ser referência e modelo
ao rebanho) a razão de deus ter eliminado Eli do exercício do sacerdócio foi a desestrutura
familiar 1Sm 3.12-14)

14-Não seja neófito (novo na fé, recém convertido não de maturidade cronológica e
sim espiritual 1Tm 4.12

15-Ter bom testemunho dos de fora (a vida cristã deve primeiro ganhar o
testemunho dos que conhecem no dia a dia, para depois servir de referência a igreja, caso
contrário você será envergonhado e preso pelo inimigo)

16-Dê uma só palavra (homens de palavra – com compromisso com o que se diz Sl
15.4; Mt 5.37; Tg5.12)

A liderança deve ser fundamentada pelo caráter – Mt 23.3

O profeta Isaias nos inspira a responder sim a Deus. A dizer “eis-me aqui, envia-me a
mim”. Porém, antes de se dispor a fazer algo para Deus, ele mesmo reconheceu a
importância de refletir a santidade de Deus, de ser diferente dos demais pecadores. Isaias 6

23
Podemos experimentar esse nível de santificação, vamos falar mais sobre esse
assunto nos próximos ensinos.

O convite de Deus para nós é: Sejam Santos! E então transbordem isso através do
fazer (obras).

TRÊS NÍVEIS DE SANTIFICAÇÃO


A santificação dá-se em três níveis: Rm 6.22 “libertados do pecado” inicial “fruto para
santificação” progressiva “e por fim, a vida eterna” final. 1 Cor 1.1-3.

1. Inicial – quando nascemos de novo, ao nos redermos ao senhorio de Cristo


tornando-nos santos. At 26.18; 1Cor 6.9-11; Hb 13.11,12
2. Progressiva – Além da santificação inicial, há uma obra de continuidade daquilo
que já experimentamos no novo nascimento. Hb 10.10-14; 2Cor 7.1; Is 1.18;
1ts 3.13; 1ts 5.23.
3. Final – Essa etapa da santificação e alcançada com a vinda do nosso Senhor
Jesus. Rm 8.19-23

ENTENDIMENTO CORRETO
Para ter frutificação na vida cristã se faz necessário ser instruído e obter o correto
entendimento da graça divina. Col 1.3-7

1. Quando o apóstolo destaca o compromisso dos colossenses com a fé em Jesus


e o amor por Todos os Santos e em seguida, quando reconhece que o
evangelho estava produzindo fruto entre eles.
2. Paulo atestou que a frutificação provinha do entendimento.
3. Os colossenses só alcançaram o entendimento correto acerca da graça porque
houve alguém que havia instruído.

Observe a advertência de Judas, em sua epístola, falando acerca da distorção da


verdade das escrituras. Judas 1.3,4

De todas as possíveis ameaças nessa advertência, uma é acentuada: a graça estava


sendo transformada em libertinagem.

Graça não é permissão para o pecar, é uma manifestação divina para libertar as
pessoas do pecado. A mesma graça que salva o homem (At 15.11) também o ensina acerca
de como deve ser a conduta após a conversão.

24
O QUE É GRAÇA?
Uma definição de graça e “favor imerecido”. Trata-se de algo maior que o mérito.

Precisamos da graça de Deus para tudo. Jo 15.5. Para suportar adversidades 2Co
12.7. para o chamado e exercício do ministério Ef 3.7 e 4.7. Os dons que recebemos são
uma manifestação da graça Rm 12.6. Para ser santos, também precisamos dela. 2Co 1.12

A graça e uma força capacitadora. É fonte de socorro para o homem.

TRONO DA GRAÇA
O autor de Hebreus faz menção do trono da graça e do auxilio eu dele emana Hb 4.16

O autor de hebreus termina o cap 3 falando que eles não entraram no descanso de
Deus. A causa foi incredulidade, eles não deixaram que a palavra fosse unida com fé em
seus corações. Hb 3.12-14

A responsabilidade de não deixar que o coração se endureça pelo engano do pecado


é nossa, não de Deus. Envolve esforço da nossa parte. Hb 4.11-13; Mc 7.21-23

A bíblia fala do esforço humano e graça divina.

Entendido o contexto de que o esforço humano deve se alinhar a graça divina para
que o homem não ceda as suas próprias fraquezas, emerge o fator “TRONO DA GRAÇA” (Hb
4.14-16)

Trono é o assento dos reis e governantes. Na Bíblia, essa figura remete a juízo – como
quando Cristo descreve a si mesmo sentado no trono de sua gloria para julgar as nações
(Mt 25.3)

Onde está o trono da graça? A uma oração de distância. Ele também se manifesta na
palavra e pelo Espirito Santo. Está disponível para quem precisa de ajuda.

Abordaremos primeiramente 2 períodos distintos: de Adão até Moisés, período antes


da lei, e de Moisés até Jesus.

João 1.17

LEI E GRAÇA
É preciso primeiramente entender a lei, para depois, somente depois, entender a
graça. não podemos falar da graça que nos trouxe salvação sem abordar a lei que nos
encerrou sob a condenação.

25
A lei de Deus pode ser definida como uma expressão de seu caráter justo e santo.
Deus criou o homem para viver sob a sua lei. Isso significa que o homem não foi criado para
viver segundo o seu próprio padrão moral, mas segundo o padrão moral exigido por Deus.

1. Lei Moral: indica o comportamento que Deus exige ao homem, e proíbe aquilo
que lhe desagrada. A lei moral é sintetizada nos Dez Mandamentos e no
pentateuco.
2. Lei Cerimonial: se refere a todo sistema religioso praticado no Antigo
Testamento (cultos, rituais, etc.).
3. Lei Civil: tinha o objetivo de regular a vida em sociedade da nação de Israel
(regras sociais e criminais).

romanos 5. 12 -14

Os tempos nos quais mergulharemos a seguir são muito claros e bem divididos no
ensino do novo testamento.

1. De Adão até Moisés esse período abrange a queda do homem e suas


consequências: o pecado entrou no mundo, e a morte passou a toda a
humanidade. Apesar de haver pecado no mundo, contudo ele não é levado em
conta quando não há lei romanos 4.15. Ainda assim, a morte reinou de Adão
até Moisés. com a chegada da lei finda-se o primeiro período, ao qual farei
referência como antes da lei.
2. De Moisés até Jesus João 1. 17 Aqui temos a manifestação da lei que pôs
todos os seres humanos debaixo do pecado, realçando a força que este possui
romanos 5.20 e 1 Cor 15.56 e que serviu de tutor para conduzimos a Cristo
gálatas 3.23,24 começa em Moisés e termina com a primeira vinda de Jesus.
citarei esse período como a lei.
3. Da primeira até a segunda vinda de Cristo. Quando Paulo escreve a Tito, fala
da graça de Jesus, Que se manifestou salvadoras aos homens, e nos ensina a
viver uma vida sóbria e esperando a sua vinda Tito 2.11-13 a graça
compreende, portanto da primeira segunda vinda de Cristo quando
experimentaremos a plenitude da salvação romanos 8.19-23 esse período
chamarei de graça.

ANTES DA LEI
A bíblia diz que o criador nos escolheu nele antes da criação do mundo para sermos
Santos e irrepreensíveis em sua presença. Efésios 1.4 indicando a existência de um objetivo
para a criação que data de antes do início de tudo.

O episódio do Jardim do Éden é a base para a compreensão de todo o mistério da


existência humana e sua escolha quanto ao futuro.

26
O apóstolo Paulo vai nos falar dos danos consequentes do pecado estendidos a toda
a humanidade. Romanos 5.12-14

A Transmissão do pecado

O pecado afetou a natureza de Adão romanos 3.23 romanos 5.15-19 ao pecar,


contudo Adão se desconectou do criador comprometendo a natureza divina que receberá.

A presença do pecado em todos os homens mediante a Transmissão geracional e


evidente nas escrituras. Vale ressaltar, porém, um contraponto: se houve pecado nesse
primeiro período da história humana, também houve manifestação da graça divina. A graça
é uma manifestação do caráter Divino e este, por sua vez, é eterno e imutável.

quando o primeiro casal pecou, também descobriu sua condição espiritual de nudez.
Gênesis 3; Co 13 apocalipse 3.3-18

Para que as vestes de pele ou de couro fossem produzidas é certo que um animal
teve que morrer.

Trata-se da primeira menção bíblica de sacrifício pelo pecado apontando


figuradamente para a obra de Cristo em nosso favor. Hebreus 9.22 romanos 13.14

Logo encontramos no Eden não somente a presença do pecado como também a


manifestação da graça divina. O perdão foi proporcionado, ao mesmo tempo que foi feita a
primeira promessa messiânica. Gn 3.15

O homem pecou e passou a ter a necessidade de um futuro salvador. Quero destacar


que mesmo sem existir uma lei escrita havia a necessidade de obediência há Deus. Vamos
falar do caráter da Lei, porém vemos os patriarcas cumprindo mandamentos dado pelo
senhor.

Vemos Abel fazendo sacrifícios a Deus no período após a queda e a advertência de


Deus a Caim “ se fizer oque e certo, você também sera aceito”. Vemos que a humanidade
entrou no ápice do pecado, a ponto de não se arrependerem dos seus pecados. Mais Noé
achou graça diante de Deus. 1Pe 3.20

Mesmo sem existir lei escrita, a palavra vai nos mostrar que o senhor instruiu Abraão
a preparar linhagem para o cumprimento do proposito: Gn 17.9-10 e o seu chamado a
obediência. Gn 18.19.

Romanos 5
Vimos que antes de Moisés não existia nem vigorava uma lei embora já houvesse
mandamentos específicos a serem observados.

27
DIFERENÇA ENTRE LEI E GRAÇA
Qual é a diferença básica entre a antiga e a Nova Aliança? Ou lei e graça, termo
utilizá-los pelo apóstolo João. João 1.17

Além de reconhecer que Cristo se manifestou apenas na Ultima Aliança, qual outro
contraste que existe entre a lei de Moisés e a graça de Jesus?

PRAZO DE VALIDADE
João 1.17

Lei tinha um prazo de validade, porque ela foi a preparação para algo superior que
estava por vir, sendo substituída por algo melhor.

O que fica evidente no decorrer dos escritos do novo testamento e esse caráter
transitório da lei, que teve seu tempo. A própria declaração de Joao, denota que houve
substituição de uma era por outra: Lei, depois Graça e verdade.

Nesse sentido, o autor de Hebreus destaca a supremacia de Cristo em relação ao


primeiro legislador, Moises. Hb 3.3-6

Aliás ao longo de toda a carta dirigida aos crentes Hebreus, o escritor prova a
superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo em relação ao sacerdócio Levítico, estabelecido
juntamente com a Lei. Hb 8.6-7

O escritor se refere a uma deficiência de essência, incorrigível.

Qual é essa deficiência? A Lei era ineficiente na obra de justificar o pecador. Gl


3.11,12; quero também destacar Gl 3.15-18.

Paulo destaca a promessa divina feita a Abraão que ela tanto aponta para cristo
como se cumpre nele.

A Lei de Moisés e apenas um desdobramento temporário da promessa divina feita a


Abraão; juntando as peças, podemos resumir que a estratégia divina de como redimir o
homem já estava em curso antes do estabelecimento da lei em si. Gl 3.19-22;23-25 Ênfase
no vrs 19

O apostolo classificou a lei como um guardião ou tutor que conduzia o homem a


Cristo. Disse que os homens permaneceriam sob sua tutela até um dia futuro que a fé
haveria de revelar-se. Com a chegada da fé na primeira vinda de Jesus o proposito para o
qual a lei foi criada se cumpriu. Hb 8.7-13

28
PROPOSITO DA LEI
Sem entender o objetivo pelo qual foi estabelecido um tutor, ou guardião, para
conduzir o homem a Cristo, provavelmente será difícil entender a razão de sua substituição.
Hb 7.11;18;19; Hb 9.9,10; 10.1

O motivo da primeira aliança ter sido revogada e anulada. Rm 7.7-11

É nesse sentido que a lei serviu de tutor para levar a Cristo – Gálatas 3.24. Porque a
obediência plena a Deus estava além da capacidade daquela natureza corrompida.

A lei preparou essa base de reconhecimento da natureza pecaminosa.

Não há outra forma de aproximarmo-nos de Cristo, a não ser pelo reconhecimento


de que somos desobedientes as leis divinas, ou seja, pecadores.

Um evangelho que foca apenas a remoção da condenação e da culpa pelos pecados


cometidos, mas não apresenta o poder transformador da graça que viabiliza ao homem
viver em obediência, nunca levara ninguém ao lugar esperado por Deus. Rm 8.3-4

O que tornou a Lei tão fraca, doente e inoperante? A carne!

O Problema não era a lei; Rm 7.12. Apenas revelou o verdadeiro transtorno a


natureza pecaminosa do homem.

EXISTE DISTINÇÕES E SIMILARIDADES.

As similaridades.
1. Necessidade de obediência. Na antiga Aliança, a lei foi dada para ser obedecida. Lv
19.37. Na nova Aliança, também se encontra o mesmo propósito. MT 28.19,20
2. Consequências de desobediência. Na antiga Aliança a quebra da lei de Deus gerava
juízo: DT 11.26,28 Na Nova Aliança, também há juízo sobre o pecado. Observe as
palavras do senhor Jesus na carta à igreja a Tiatira. AP 2.21,22

O livro de hebreus, ao falar da mudança de aliança e, consequentemente, de


sacerdócio. declara: Hb7.12.

Jesus repetiu várias vezes a frase ouvistes o que foi dito aos antigos, uma Clara
referência a lei de Moisés, mas observe que também a repetição de “eu, porém vos digo. O
que indica a chegada, atualização o ajuste da lei de Deus”. Outra prova e a declaração de
Paulo aos Coríntios: não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo 1Co
9.21. destaque na lei de Cristo.

Além de permanecer o dever de obedecer a uma lei – agora a lei de Cristo – ainda há
consequências para a desobediência.
29
As Distinções
1. Incapacidade de obedecer. Paulo declarou aos romanos que a lei veio provar que o
homem não tinha condições de obedecer. Rm 3.10. de onde exatamente vem essa
incapacidade de obedecer e praticar a lei de Deus? Da natureza humana! Paulo usa
a expressão filhos da desobediência para referir-se ao nosso passado e afirmar que
éramos, por natureza filhos da ira Ef 2.2,3; Rm 7.5. A lei do revelou a força do
pecado. Romanos 7.7-23.
2. Capacidade de obedecer. O grande contraste entre a antiga e a nova aliança e a
capacidade de obediência. O novo nascimento proporcionou uma mudança de
natureza 2Pe 1.4 e passamos a ser chamados filhos da obediência 1Pe 1.14. esta
última declaração vem acompanhada da afirmação de que podemos viver sem pecar
(desobedecer) e, consequentemente, manifestar a santidade de Deus. 1Pe 1.14-16.

O padrão estabelecido na graça não foi um relaxamento das exigências, não foi um
ato de rebaixar os princípios divinos em função da incapacidade demonstrada pelo homem
durante a lei. pelo contrário! O padrão foi elevado. Mateus 5

Mas se o homem já não conseguia cumprir o padrão inferior, por que Deus
aumentaria ainda mais o nível de exigência? Porque o homem seria revestido com uma
nova natureza, empoderado pelo Espírito Santo e capacitado pela graça! Romanos 6.14

Na lei a humanidade não conseguia cumprir os mandamentos e se tornou escrava do


pecado. Na graça, o homem não foi apenas perdoado da desobediência, mas liberto do
domínio do pecado e capacitado a viver uma vida de obediência ao seu criador.

COOPERANDO COM A GRAÇA


A verdade é que o homem não pode fazer sozinho sem a graça. Por outro lado, a
graça não opera sozinha sem a cooperação do homem. Tt 2.11

É necessária a interação com a graça. 1Pe 5.12; 2Tm 2.1; Lc 2.52; 2Pe 3.18

HERANÇA DOS SANTIFICADOS


Afinal todos nós somos sacerdotes. Ap 1.6

Pelo profeta Ezequiel, o senhor destaca uma linhagem sacerdotal que cumpriu o
dever e não se extraviou – os filhos de Zadoque. Ez 48.11

Os integrantes desta linhagem sacerdotal – os filhos de Zadoque – foram destacados


por Deus como “sacerdotes santificados” (poderíamos ainda chamá-los de “ministros
comprometidos” com o Senhor

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A PROMESSA DE UMA CASA FIRME
Ao estabelecer um ministério, o Senhor não apenas determina o que o mesmo deve
fazer e como deve agir, mas também deixa claro que um dia haverá uma prestação de
contas e uma recompensa (boa ou não) de tudo o que ele fez.

No entanto, alguns ministérios podem ser julgados pelo Senhor, até mesmo antes da
futura prestação de contas. O apóstolo Paulo declarou a Timóteo que há um juízo imediato
e um não-imediato: “Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo
que os de outros só mais tarde se manifestam” (1 Tm 5.24).

Foi exatamente o que aconteceu com o sumo sacerdote Eli.

Por causa dos seus contínuos pecados contra o Senhor (bem como de seus filhos),
depois de muita expressão da longanimidade de Deus (o que me parece óbvio pelo fato de
Eli ter chegado à velhice), o Altíssimo, por meio de um profeta, declarou uma dura palavra
de juízo contra Eli: 1Sm 2.27-36)

Algumas coisas muito claras foram anunciadas nesta profecia:


1. Foi o Senhor que escolheu e levantou a Casa de Eli para o ministério.
2. O Senhor não Se agradou de Eli e de sua casa, que O desonraram com o pecado.
3. O Senhor decidiu julgá-los (e à sua descendência), removendo-os do ministério.
4. O Senhor prometeu levantar um sacerdote fiel e edificar lhe uma casa estável
(outras versões bíblicas usam a expressão “casa firme”) no local de habitação
desta família.

Estas verdades devem estar no coração de todos os que foram chamados ao


ministério.

A promessa divina de juízo e de substituição da família sacerdotal de Eli também nos


mostra algumas verdades importantíssimas com relação ao ministério:
1. Até mesmo com uma declaração anteriormente feita, que expressava que a
vontade divina era que a Casa de Eli permanecesse sempre no ministério, isto não
se concretizou pela falha do próprio sacerdote.
2. Sempre que alguém falha em cumprir o propósito divino, outro é levantado em
seu lugar (Et 4.14; At 1.20).
3. O critério principal da nova escolha de Deus é encontrar alguém que não falhe da
mesma forma que falhou o que foi substituído (1 Sm 13.14).

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Como é triste saber que alguém que o Senhor escolheu para Si foi rejeitado e
substituído! Mas o juízo divino declarado contra a Casa de Eli não é algo exclusivamente
dele; o mesmo princípio é aplicado a qualquer ministério que “zombe” de Deus, como Eli e
seus filhos fizeram, pois, a Escritura declara: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba;
pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6.7)

O cumprimento da profecia feita a Eli aconteceu anos depois, envolvendo dois


sacerdotes distintos: Abiatar e Zadoque. Na pessoa de Abiatar, vemos o cumprimento da
destruição da família de Eli. Na pessoa de Zadoque, encontramos o cumprimento da
promessa a um sacerdote fiel.

Observemos primeiramente a história de Abiatar. Depois analisaremos a história de


Zadoque. O profeta Samuel ainda estava vivo quando começou a acontecer o juízo sobre a
casa de Eli: 1Sm 22.16-21

A Bíblia nos mostra que esta era a linhagem sacerdotal de Eli: 1 Sm 14.3

Tanto Aías como Aimeleque eram filhos de Aitube e bisnetos de Eli. E, dentre os
sacerdotes, todos morreram (oitenta e cinco diante de Saul somente, além dos que
morreram em Nobe), com a única exceção de um descendente de Eli, o seu tataraneto
Abiatar, que escapou com vida e foi – por vários anos – o único sobrevivente desta
linhagem. Porém, quando Salomão assumiu o trono, a sentença profética contra a Casa de
Eli enfim veio a cumprir-se: 1 Reis 2.26,27

Quando Abiatar foi expulso do ministério sacerdotal, a palavra do Senhor contra a


Casa de Eli finalmente se cumpriu! Entretanto, esta palavra profética não dizia respeito
somente à remoção desta família do sacerdócio. Deus prometeu levantar um outro
sacerdote que fosse fiel e, através dele, levantar uma “Casa Firme”. Vemos o cumprimento
deste aspecto da profecia na vida de Zadoque.

É importante destacarmos que Zadoque foi sacerdote juntamente com Abiatar, mas,
diferentemente deste outro sacerdote, ele não apenas se manteve fiel durante os seus dias
de vida, mas também instruiu toda uma linhagem a manter-se fiel ao Senhor!

Ao falar de uma “Casa Firme”, o Senhor revelou o Seu desejo de ver, não apenas um
ministro, mas também toda uma linhagem, mantendo-se estáveis e firmes na devoção e
fidelidade a Ele e aos Seus mandamentos. 1 Timóteo 3.2a,4,5

A nossa resposta ao chamado ministerial não diz respeito somente a nós, ministros
do Senhor, mas também envolve toda a nossa família! Os nossos filhos e os filhos dos

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nossos filhos (e toda uma linhagem) deveriam ser muito bem instruídos com relação a
como andarem em fidelidade ao Senhor. Cada ministro do senhor deve não apenas se
consagrar pessoalmente mais ser cheio de zelo pela santidade. Nm 25.1-9

Finéias não admitiu o insulto daquele israelita. Sob uma ordem dada pelo Senhor de
exercer juízo sobre os que encabeçavam aquela corrida ao pecado, o sacerdote agiu,
mostrando um grande zelo por Deus e sua santidade. Nm 25.10-13

A linhagem de Finéias seria perpetuamente estabelecida no lugar de serviço. O


sacerdote Zadoque era da linhagem de Finéias e estava incluído na aliança do sacerdócio
perpétuo. 1Cr 6.50-53

Portanto o que nos estabelece ou remove da função ministerial é o compromisso


com Deus, o zelo de santidade – ou falta dele.

Eles receberam como herança natural terras ao redor do templo para os horar pelo
seu sacerdócio santificado. Veremos agora que a herança espiritual e determinada pela
mesma postura de compromisso a Deus. Ez 44.10-16

Se a nossa herança natural (Ez 48.10) e espiritual (Ez 44.15) e determinada pela nossa
santificação, então devemos aprofundar o compromisso com o Senhor! E a única forma de
desfrutar da herança dos santificados.

ALCANÇANDO A SANTIFICAÇÃO COMPLETA


VIDA ABUNDANTE – JOÃO 10.9-10

ESTAMOS EM GUERRA! – EFÉSIOS 6.12

ENTORPECIMENTO ESPIRITUAL – 1PE 5.8; EFÉSIOS 4.27

TEMOS QUE CONHECER NOSSO INIMIGO – 2COR 2.9-11;

TÁTICAS DE GUERRA. NM 13.1E2 17.19;

DIREITO DE TENTAÇÃO – o direito de tentação e o direito que satanás tem de atuar


em nossas vidas a partir das nossas tentações e desejos. Tiago 1.14-15; 1 Coríntios 10:13;

DIREITO DE POSSE – – ou seja a consumação do pecado conforme vimos em Tiago ele


gera em nossas vidas maldição e morte. (Nm 13 e 14 mapeando e após esse mapeamento
nos arrependemos, confessamos e abandonamos).

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DIREITO DE PROVAÇÃO – e quando Deus deixa o inimigo agir contra os seus, para que
eles possam ser aperfeiçoados. (Tiago 1.2-4; Jo 1)

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