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estão debaixo de maldição; porque está debaixo de maldição, pois está escrito:
Maldito todo aquele que não permanece em praticar todas as coisas escritas no livro da
todas as coisas escritas no Livro da lei, para Lei” 3.10 Dt 27.26 . 11É evidente que diante
11E é evidente que, pela lei, ninguém é “o justo viverá pela fé” 3.11 Hc 2.4 . 12A Lei
12Ora, a lei não procede de fé, mas: 18.5 . 13Cristo nos redimiu da maldição da
Aquele que observar os seus preceitos por Lei quando se tornou maldição em nosso
eles viverá. Lv 18.5 lugar, pois está escrito: “Maldito todo aquele
13Cristo nos resgatou da maldição da lei, que for pendurado num madeiro” 3.13 Dt
fazendo-se ele próprio maldição em nosso 21.23 . 14 Isso para que em Cristo Jesus a
JUSTIFICAÇÃO
1) Segundo alguns BIBLISTAS, o ato judicial de Deus por meio do qual ele, pela sua graça,
perdoa os seres humanos de sua culpa. V. JUSTIÇA (
2). A base para esse perdão é que Jesus cumpriu a Lei em lugar dos seres humanos e sofreu o
castigo pelos pecados deles (Rm 5.12-21). As pessoas são justificadas através da fé (Rm 3.21-
25,28; 5.1), que Deus lhes dá pela ação do ESPÍRITO SANTO.
2) Segundo outros biblistas, justificação é o ato pelo qual Deus, como Rei, Senhor e Salvador,
aceita e põe em relação correta consigo a pessoa que faz com ele uma ALIANÇA, a qual é
baseada na fé em Cristo. A justificação é originada e mantida pelo Espírito Santo (v. JUSTIÇA (
JUSTIFICAÇÃO
VISÃO GERAL
Justificação é a maneira pela qual Deus traz os pecadores para um novo relacionamento com
Ele. Esta aliança com Deus se torna possível através do perdão dos pecados.
Desde a Reforma Protestante, quando Martinho Lutero declarou que a justificação vinha
somente pela fé (não pelas obras), essa idéia assumiu uma importância especial na história da
teologia. A igreja católica medieval enfatizava o papel do comportamento do cristão na
obtenção da salvação. Lutero, dando uma nova ênfase às cartas de Paulo, afirmou que todos
são pecadores, mas que somente pela fé na obra expiatória de Cristo na cruz temos a salvação.
Segundo ele, uma vez que colocamos nossa fé em Cristo, estamos “justificados” diante de Deus,
que não nos vê mais como pecadores, embora continuemos a pecar. Para Lutero, o cristão é ao
mesmo tempo pecador e santo.
No grego, “justificação” e “justificar” são também termos jurídicos, isto é, referem-se à corte da
lei e ao ato de absolver ou acusar alguém por crime. Tem a ver com inocência ou virtude de
uma pessoa. Porém, mais amplamente, se refere a qualquer relacionamento.
NO NOVO TESTAMENTO
Quase toda a discussão sobre justificação no Novo Testamento se encontra nas cartas de Paulo,
principalmente Romanos e Gálatas, onde ele procura explicar o que a obra de Cristo significa
para a humanidade pecadora. Ele afirma que somos justificados pela fé, não por observar
perfeitamente a lei – de fato, Paulo olha essa última idéia como uma mensagem anticristã que
requer a maior condenação (Gálatas 1:6-9). A palavra e obra de Cristo deveriam nos lembrar que
justificação é um dom de Deus através do sangue de Jesus Cristo (Hebreus 13:20). A lei não é
capaz de levar uma pessoa à justiça, nem foi feita para isso. Justificação está separada da lei
(Romanos 3:21). Gálatas 3:15-25 nos explica claramente a função da lei, que veio 430 anos
depois da aliança de Deus com Abraão. Independente de qual tenha sido o seu propósito, ela
não foi dada para nos fazer justos. “Porque se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida,
a justiça, na verdade seria procedente de lei” (Gálatas 3:21).
A obra expiatória de Cristo para a justificação das pessoas tem a ver com aliança, não com lei.
“Justiça” é, portanto, uma palavra relacional – nós nos tornamos justos pela fé e somos trazidos
para um justo relacionamento com Deus. A lei traz julgamento, ela nos confronta com nossa
incapacidade de suportar o pecado (Atos 13:39, Romanos 8:3). Através da justificação o crente
está livre da condenação (Romanos 8:1). Paulo menciona Abraão em Romanos e Gálatas para
mostrar que a aliança tem sido sempre a única esperança da humanidade. Deus mantém sua
aliança, embora seu povo a viole todos os dias.
Nos escritos de Paulo, Deus é justo e o único que justifica. O pecado demanda julgamento e
está relacionado com ele. O plano de Deus para trazer pessoas para o seu relacionamento é o
ministério e morte de Cristo, que foi dado como propiciação para expiar pelos nossos pecados
(Romanos 3:21-26). O pecado tem a ver diretamente com a morte Daquele que não tem
pecado, que Se tornou pecado por nós de modo a nos permitir compartilhar da justiça de Deus
(II Coríntios 5:21).
Para Paulo, então, a justificação vem somente pela graça de Deus. Tornou-se acessível pela obra
de Cristo, presente de Deus. Assim, podemos confessar que Cristo morreu “por nós” (Romanos
5:8; I Tessalonicenses 5:10), ou “pelos nossos pecados” (I Coríntios 15:3). Recebemos essa graça
somente através da fé (Romanos 3:22; 5:1). O entendimento básico da pessoa justificada é que
seu relacionamento com o Deus vivo nada tem a ver com boas obras. É tão somente um
presente do amor infinito de Deus.
A justificação vem pela fé. Mas o livro de Tiago nos lembra que a fé sem obras é morta (Tiago
2:17). O Novo Testamento sempre afirma que os verdadeiros seguidores de Cristo são
conhecidos pelos seus “frutos”, isto é, o resultado de sua fé. Esta é a razão pela qual católicos,
ortodoxos e alguns grupos protestantes consideram a justificação uma idéia perigosa: alguns
crentes tendem a acreditar tão fortemente na sua justificação pela fé que se esquecem de seguir
os mandamentos de Jesus. Assim, devemos estar alertas para não enfatizar tanto a idéia da
justificação pela fé de tal modo que falhemos em atender o chamado de Deus para renovação
dos nossos corações. Uma pessoa justificada deve mudar seu comportamento para com os
outros e com Deus. Justificação deve sempre ser seguida de santificação.
Nos Evangelhos, a idéia de justificação aparece na parábola do fariseu e do cobrador de
impostos que foi ao templo orar. O fariseu chamava atenção para os seus atos piedosos e sua
superioridade moral. O cobrador de impostos, humilhado por um profundo senso de seu
próprio pecado e indignidade, somente chorava por perdão. Este homem, de acordo com Jesus,
voltou para sua casa justificado (Lucas 18:14). Esta parábola deveria lembrar-nos da oposição de
Jesus às pessoas que superestimam sua piedade, que pensam de si mesmas como “as melhores”
dentre as pecadoras. (7:36-50). Somente o que se humilhar diante de Deus será exaltado
(Mateus 18:4; 23:12). Somente o pecador ouve a palavra de graça (Lucas 5:32; 15:7, 10; 19:7). Os
que se julgam indignos encontram cura (Mateus 8:8).
É importante lembrar que a justificação vem pela fé, porque o homem tende a se apoiar no seu
próprio comportamento para se salvar. Mas o cristão deve lembrar que o justo vive pela fé
(Romanos 1:17; Hebreus 10:38; 11:7).