Você está na página 1de 7

ESTEM BRASIL

Escola Internacional de Ministérios


_______________________________________________________________________________________

Teologia Paulina
 A Lei e a Graça

“Quando Ele diz Nova torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado
e envelhecido está prestes a desaparecer. (Hebreus 8.13)

“A graça é uma qualidade que dá ao homem a força de executar as exigências da lei”.


(Martinho Lutero)

A LEI DE DEUS

A Lei foi dada por Moisés para revelar o quanto o homem é pecador e merecedor de
condenação. Por isso, na Antiga Aliança, as pessoas deveriam cumprir a Lei com base em
obras humanas, que incluíam as festas anuais (Páscoa, Tabernáculos e Pentecostes),
sacrifícios de animais e a dependência do ministério dos sacerdotes levíticos – tudo para que
vivessem debaixo da bênção de Deus. É importante enfatizar que todas estas “obras da Lei”
apontavam para o Messias, que viria para cumpri-las em sua vida, morte e ressurreição. Esta
é a razão pela qual o Senhor Jesus Cristo declarou: “Está consumado”, quando estava sendo
crucificado na cruz.

A GRAÇA DE DEUS

A Graça é Deus agindo a favor dos homens unicamente através da pessoa e dos
méritos de Jesus Cristo. Ou seja, não existe qualquer mérito humano. Assim, a Graça anula
as obras da Lei baseadas em esforços humanos para que recebamos a revelação do infinito
amor de Deus, que salva e justifica (absolve de toda condenação), liberta, restaura, cura e
abençoa unicamente através da fé em Jesus Cristo, conforme o apóstolo Paulo declara em
Gálatas 2.16: “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim
mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos
justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será
justificado.”

“Mas, agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, sendo testemunhada pela Lei e pelos
Profetas. É a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os
que creem. Porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação, no seu sangue, mediante a fé.
_______________________________________________________________________________________
Bacharel em Teologia Livre 1
ESTEM BRASIL
Escola Internacional de Ministérios
_______________________________________________________________________________________

Deus fez isso para manifestar a sua justiça, por ter ele, na sua tolerância, deixado impunes
os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça no
tempo presente, a fim de que o próprio Deus seja justo e o justificador daquele que tem fé
em Jesus. Onde fica, então, o orgulho? Foi totalmente excluído. Por meio de que lei? A lei
das obras? Não! Pelo contrário, por meio da lei da fé. Concluímos, pois, que o ser humano
é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.” (Romanos 3.21-28)

A LEI - O VELHO PACTO.

1. A lei é santa, justa e boa. “Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e
justo, e bom. (Romanos 7.12)

Em Romanos 7.12, a lei reflete o caráter de Deus ("santo"); é a norma objetiva para a
reação pactual da humanidade para com Deus ("justo"); e é benéfica para cada um de nós,
pessoalmente, visto que fomos criados à imagem de Deus ("bom").

A lei é espiritual. O problema não é com a lei. Ela é espiritual, vem de Deus, que é
Espírito, e compartilha sua natureza. Mas, sob a luz da lei, o pecador tem que confessar que
não é espiritual. Temos aqui uma outra descrição sobre a lei, em adição ao que se lê no v.
12. Longe de repudiar a lei (3.31), Na posição de ruína moral, atualmente sob reconstrução,
ele exibia as marcas daquilo que ele era em resultado da influência de Adão, bem como em
resultado da influência de Cristo.

Resta saber por que Deus deu a Lei, se ela não podia produzir santidade? O que ele
tinha em mente? Bem, Paulo fez duas descobertas que respondem a essa pergunta: (1) A
Lei, em si mesma, é espiritual, mas (2) o crente é carnal, vendido para o pecado. Paulo
declara que ela estabelece o padrão ao qual a vida governada pelo Espírito deveria
conformar-se. Fazendo contraste com a lei, ele se chama de "carnal", visto que não podia
atingir a plenitude desse padrão. O orgulhoso fariseu deve ter se sentido humilhado em
descobrir que sua natureza era material e incapaz de obedecer à lei de Deus!

a) A Lei revela o pecado, pois as coisas que ela condena aparecem em nossa vida quando
a lemos.
b) A Lei desperta o pecado, e este se agita em nossa natureza. A Lei engana e mata o
pecador (vv. 9-11) ao fazê-lo perceber que é muito fraco para satisfazer o padrão de
Deus. A Lei revela a malignidade do pecado (v. 13), principalmente em nossas atitudes
malignas, e não apenas em nossas ações exteriores. O crente não consegue se tornar
santo pela Lei, porque nossa natureza é tão pecaminosa que não pode ser controlada
nem transformada pela Lei; não porque a Lei de Deus não seja santa ou boa.

_______________________________________________________________________________________
Bacharel em Teologia Livre 2
ESTEM BRASIL
Escola Internacional de Ministérios
_______________________________________________________________________________________

Dois princípios (7.15-25) - Paulo concluiu que há dois princípios (ou "leis") que operam
na vida do crente após sua experiência frustrante com a Lei: (1) a lei do pecado e da morte
e (2) a lei do Espírito da vida, em Cristo (veja 8.2). Portanto, ele lida com a presença das duas
naturezas nos filhos de Deus. A salvação não quer dizer que o Senhor muda ou purifica a
velha natureza. Hoje, a velha natureza do crente é tão perversa e opõe-se ao Espírito como
no dia em que ele foi salvo! A salvação significa que o Senhor dá uma nova natureza ao
crente e crucifica a velha. Agora, o cristão anseia pela santidade, embora ainda tenha
capacidade para pecar. A dinâmica para o pecado ainda está lá, mas não o desejo por ele.

2. Sem lei o pecado está morto. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento,
despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o
pecado. (Romanos 7.8)

3. Foi introduzida para que o pecado abundasse. “Sobreveio à lei para que avultasse a
ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.” (Romanos 5.20)

4. Quem a ofender num ponto é culpado de todos. “Pois qualquer que guarda toda a
lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.” (Tiago 2.10)

5. Ninguém a pode cumprir. “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava
enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de
carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne,
o pecado.” (Romanos 8.3) – “Não vos deu Moisés a lei? E nenhum de vós observa a
lei...” (João 7.19) “Vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a
guardastes.” (Atos 7.53)

6. Foi nosso aio para levar-nos a Cristo. “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos
conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” (Gálatas 3.24)

7. Não foi dada para o justo, mas para o transgressor. “Tendo em vista que não se
promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e
pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas.” (I Timóteo 1.9)

8. A lei não é da fé. “Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus
preceitos por eles viverá.” (Gálatas 3.12)

A LEI FOI UM MINISTÉRIO DE MORTE.

1. Fomos feitos ministros de um novo pacto. “O qual nos habilitou para sermos
ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata,
mas o espírito vivifica.” (2 Coríntios 3.6)

_______________________________________________________________________________________
Bacharel em Teologia Livre 3
ESTEM BRASIL
Escola Internacional de Ministérios
_______________________________________________________________________________________

2. O ministério de morte teve glória. “E, se o ministério da morte, gravado com letras
em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a
face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente; porque, se
o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o
ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste
respeito, já não resplandece, diante da atual sobresselente glória.” (2 Coríntios 3.7,
9,10)

3. O ministério do Espírito permanece. “Porque, se o que se desvanecia teve sua glória,


muito mais glória tem o que é permanente.” (2 Coríntios 3.11)

POR QUE A LEI E A GRAÇA SÃO INSEPARÁVEIS?

A palavra graça é comumente utilizada por algumas pessoas religiosas como


substituta de toda necessidade de obedecer à lei de Deus. Esta conclusão não é apenas
equivocada, mas também diabólica! Aqui está a razão: Sem lei não haveria necessidade de
graça. A palavra graça, assim se traduz a palavra grega “charis” no Novo Testamento,
significa demonstrar livremente um “favor” — um presente (de charis deriva a palavra
portuguesa caridade).

Em um contexto religioso, a palavra graça é usada mais frequentemente para o dom


do perdão. Isso se refere a como Deus estende seu favor aos pecadores arrependidos,
perdoando sua passada desobediência à Sua lei — seus “pecados anteriormente cometidos”
(Romanos 3.25, NVI). Isto é necessário porque “todo aquele que pratica o pecado também
transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei” (1 João 3.4, ARA). Se não há lei
para transgredir não existe nenhum pecado. E se não há pecado a própria ideia de graça,
como o perdão de Deus, não tem nenhum significado.

Deus não apenas deixa de lado nossos pecados, nossas iniquidades. E nem
simplesmente ignora-os. Pelo contrário, “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as
Escrituras” (1 Coríntios 15.3) “para que, pela graça de Deus, [Ele] provasse a morte por
todos” (Hebreus 2.9). Em outras palavras, foi o favor de Deus — Sua graça — que possibilitou
que todos se arrependam (abandonem o pecado) porque Jesus “se deu a si mesmo por nós,
para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas
obras” (Tito 2.14).

Portanto, a graça abrange mais do que o perdão dos pecados passados. Ela também
inclui o dom do Espírito Santo, que nos ajuda a obedecer às leis de Deus. Na verdade, ela se
refere a todos os dons gratuitos e imerecidos de Deus. Isso inclui a Sua ajuda, inicialmente
nos afastando do pecado e levando-nos à Sua verdade e Seu caminho de vida, o Seu perdão
de nossos pecados passados e, finalmente, concedendo-nos o maior de todos os Seus dons
— a vida eterna no Seu Reino.

_______________________________________________________________________________________
Bacharel em Teologia Livre 4
ESTEM BRASIL
Escola Internacional de Ministérios
_______________________________________________________________________________________

Mas sem lei, a graça não teria sentido, porque não haveria maneira de definir o
pecado. No entanto, sem a graça, o perdão dos pecados por transgredir a lei de Deus não
poderia ser disponibilizado para nós.

Então, Jesus morreu e ressuscitou para tornar a graça disponível para qualquer um
que esteja disposto e desejoso de “não pecar mais” (João 8.11).

Através da graça, primeiro podemos ser perdoados da nossa transgressão da lei e


ser capazes, pelo Espírito Santo, de obedecer à lei de Deus com o coração — com o objetivo
final e a promessa de ser capaz de viver por toda a eternidade em perfeita obediência.

Assim, a lei e a graça são absolutamente inseparáveis. A lei é necessária para definir
o pecado e suas consequências. A graça é necessária para os pecadores poderem ser
perdoados e ser guiados para obediência a Deus através do poder do Espírito Santo e do
auxílio de Jesus Cristo, que é o nosso Salvador e Sumo Sacerdote.

 Legalismo Cristão
As autoridades religiosas, que acusaram Jesus Cristo de transgredir o Sábado, têm
sido retratadas como legalistas. Mas o que significa o termo legalismo? Um dicionário define
assim ‘legalismo’: “É uma conformidade estrita, literal ou excessiva à lei ou a um código
religioso ou moral”.

Um significado popular atribuído à palavra hoje em dia é que qualquer tipo de


observância da lei bíblica é legalismo e, portanto, deve ser evitado. A palavra é usada
pejorativamente, especialmente contra tais práticas, ou concordar com outras leis dadas no
Antigo Testamento. No entanto, esse modo de usar a palavra é incorreto. Obedecer
corretamente às leis de Deus não é ser legalista. Ser legalista é fazer mau uso das leis de
Deus de uma forma nunca pretendida.

AS INTERPRETAÇÕES DOS FARISEUS PREJUDICARAM A LEI DE DEUS

Os fariseus, um ramo excessivamente rigorosos do Judaísmo, cujas interpretações


religiosas dominaram o pensamento popular na época de Cristo, foram exemplos disso. Eles
acrescentaram muitas de suas próprias regras e normas humanas às leis de Deus, que
tiveram o efeito de deturpar e aplicar erroneamente essas leis.

Suas interpretações adicionadas às leis de Deus distorciam tanto seu propósito


original que as tornavam ineficazes (Mateus 15.6), anulando-as. Ao seguir as interpretações
e os decretos dos fariseus as pessoas já não estavam mais seguindo a lei de Deus (João 7.19).

_______________________________________________________________________________________
Bacharel em Teologia Livre 5
ESTEM BRASIL
Escola Internacional de Ministérios
_______________________________________________________________________________________

Essa visão equivocada da lei de Deus levou muitos a rejeitarem a Jesus Cristo como
o Messias prometido, apesar de que muita profecia na lei era sobre Ele (João 5.39-40;
Lucas 24.44).

Foi por isso que Cristo condenou tão veementemente a falta de compreensão e a
hipocrisia dos líderes religiosos de Seu tempo. Ele ensinou um retorno ao ensino e a prática
correta das leis de Deus, de acordo com sua intenção original e propósito, e também que
Ele era o Messias prometido.

PAULO CONDENOU A ADULTERAÇÃO DA LEI

O apóstolo Paulo também escreveu muitíssimo contra aqueles que queriam


corromper o uso adequado da lei de Deus. Isto é particularmente evidente no livro de
Gálatas. O que Paulo abordou não se referia à observância correta da lei de Deus, a qual ele
mesmo confirmou (Romanos 3.31; 7.12, 14, 22, 25), mas acerca da alegação de que a
justificação (o perdão e restauração de um pecador a um estado de justiça) poderia ser
alcançada através da circuncisão e da estrita observância da lei.

Alguns falsos mestres (Gálatas 2.4; 5.10, 12; 6.12-13) subverteram as igrejas da
Galácia, insistindo erroneamente que a circuncisão e a observância da lei eram requisitos
suficientes para a justificação e salvação, à parte da fé em Cristo e de Cristo.

Paulo condenou esta doutrina errada, observando que a obediência à lei nunca
tornou possível alcançar a vida eterna (Gálatas 3.21). Ele deixou claro que a justificação —
ser feito justo aos olhos de Deus e, assim, ter acesso à vida eterna — só é possível através
de Jesus Cristo (Gálatas 2.16; 3.1-3, 10-11, 22; 5.1-4).

Paulo também deixou claro que o perdão do pecado exige um sacrifício, e que nem
mesmo a observância estrita da lei pode acabar com a necessidade desse sacrifício.

Portanto, a lei de Deus continua sendo o padrão de justiça pelo qual toda a
humanidade será julgada (Tiago 2.8, 12). A lei não é anulada ou abolida pela fé em Cristo
(Romanos 3.31), como muitos acreditam erroneamente. Em vez disso, Paulo disse que o uso
adequado da lei é estabelecido pela fé.

Quando Salomão concluiu que o dever de todo homem é “temer a Deus e guardar os
Seus mandamentos” (Eclesiastes 12.13), ele expressou a propósito perene de Deus para
toda a humanidade. O apóstolo João concordou com sua conclusão de que se amamos a
Deus guardaremos os Seus mandamentos (1 João 5.3).

_______________________________________________________________________________________
Bacharel em Teologia Livre 6
ESTEM BRASIL
Escola Internacional de Ministérios
_______________________________________________________________________________________

Jesus disse à mulher apanhada em adultério para “não pecar mais” (João 8.11) — em
outras palavras, guardar e viver pela lei de Deus! Jesus disse ao jovem rico, que veio a Ele
perguntando o que poderia fazer para ter a vida eterna: “Se queres, porém, entrar na vida,
guarda os mandamentos” (Mateus 19.17).

EXEMPLOS BÍBLICOS DE LEGALISMO

Então, o que a Bíblia nos diz sobre o legalismo? Legalismo é substituir as leis de Deus
por leis elaboradas por homens, como fizeram os fariseus. Contar com a observância de
qualquer lei para se fazer justo aos olhos de Deus, em vez de contar com a fé em Cristo, é
legalismo.

Se todo o enfoque de uma pessoa é na obediência à lei, como motivação para agradar
e amar a Deus e ao próximo, distorcendo assim o objetivo da lei (Mateus 22.36-40; Romanos
13.10), então isso é legalismo. Se cremos que observando a lei de Deus podemos ganhar a
nossa salvação como recompensa, então somos culpados de legalismo.

A obediência técnica ou estrita da exata letra da lei, enquanto se procurava contornar


o propósito subjacente e a intenção da lei, é legalismo. Porém, os ensinamentos de Jesus
Cristo e o restante da Bíblia deixam uma coisa muito clara: a obediência adequada à lei de
Deus não é legalismo.

Após a conversão, o cristão recebe um entendimento muito mais amplo do propósito


e da intenção da lei de Deus. Ele entende a importância de ter fé na pessoa e no sacrifício
de Jesus Cristo. Ele recebe uma compreensão mais completa do motivo dessa obediência.
Mas necessidade de obedecê-la continua a mesma. E isso não significa legalismo.

Obedecer aos mandamentos bíblicos de Deus com uma atitude adequada, guardando
suas palavras para viver uma vida santa, não é legalismo.

_______________________________________________________________________________________
Bacharel em Teologia Livre 7

Você também pode gostar