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JESUS, O DISCÍPULO E A LEI

Lição 3
O Na sequência do estudo do sermão do
monte, iniciaremos a parte do discurso em
que Jesus mostra a superação da lei com a
Sua vinda.

O Jesus veio cumprir a lei e permitir que Seus


discípulos estivessem num patamar
superior ao estabelecimento pela lei.
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O Já no introito desta parte do sermão, o Senhor Jesus
vai mostrar que não tinha vindo para ab-rogar a lei, ou
seja, revogá-la, declará-la sem validade, substituí-la,
porquanto a lei fora dada por Deus e Deus não é
homem para que minta, nem filho do homem para que
se arrependa (Nm.23:19).

O Quem entregou a lei para Israel foi Deus, por


intermédio de Moisés (At.7:38; Gl.3:19,20) e sabemos
que as palavras do Senhor não são “sim e não”, mas
sempre são “sim e amém” (II Co.1:19,20).

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O Portanto, como as Escrituras não podem ser anuladas
(Jo.10:35), o que foi dito alguma vez por Deus, não pode
simplesmente ser revogado, ser deixado de lado. A lei,
ademais, por ser proveniente do Senhor, é algo santo, justo e
bom (Rm.7:12).

O Tornava-se, pois, necessário e indispensável que o Senhor


Jesus ensinasse aos Seus discípulos qual era o papel da lei e
como deveria o cristão se posicionar diante da lei, tendo em
vista o cumprimento do tempo da vinda do Messias e a
chegada do reino de Deus, que era a pregação do Evangelho
feita pelo próprio Jesus (Mc.1:14,15).

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O Jesus diz qual é o Seu papel em relação à
lei logo no sermão do monte, que é o Seu
discurso ético por excelência, onde temos o
resumo da Sua doutrina (Mt.7:28).

O O Senhor diz que não veio abolir a lei, mas,


antes, cumpri-la (Mt.5:17).
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O Jesus disse que não veio invalidar a lei, pois,
sendo Deus, sabia que a lei era imutável, vez que
expressava a vontade de Deus.

O Jesus disse que veio cumprir a lei, ou seja:


a) completá-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e
alcance;
b) realizá-la, ou seja, torna-la não um objetivo
inalcançável, mas um fato histórico, uma realidade.

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O A lei não havia sido inscrita nos corações dos
israelitas, que se distanciaram do monte Sinai
logo após Deus ter pronunciado a síntese da
lei, os dez mandamentos.

O A síntese da lei estava dentro da arca, que


ficava no lugar santíssimo, a demonstrar que
era algo inacessível aos israelitas.
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O Jesus não somente fez o que a lei mandava, não
somente a cumpriu integralmente, mas,
primeiramente com o Seu exemplo e, depois, com
o Seu ensino, mostrou como a lei poderia ser
também cumprida por todos aqueles que O
seguissem (At.1:1).

O Jesus leva a lei até o seu sentido pleno, pois é


Deus, está acima da lei, e pode trazer para o
homem aquilo que Moisés não pôde trazer a
Israel.
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O Para se entrar no reino de Deus, portanto, é
necessário que se vá além do que estatuído na
lei (Mt.5:20).

O Os discípulos de Jesus, sendo novas criaturas,


podem, em Cristo, cumprir a lei, pois não mais
vivem, mas Cristo vive neles, têm suas vidas
escondidas em Cristo (Cl.3:3; Gl.2:20).
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O Jesus cumpriu a lei integralmente:

a) os preceitos morais – pois nunca pecou (Jo.8:46;


Hb.4:15).
b) os preceitos civis – pois foi cidadão exemplar, tanto
que as autoridades não encontraram n’Ele culpa alguma
(Mt.26:59-66; Lc.23:4,14,22);
c) os preceitos cerimoniais – pois ofereceu sacrifício
perfeito que tirou o pecado do
(Jo.1:29; Hb.10:1-12).

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O Ao cumprir a lei, o Senhor Jesus nos permitiu chegar perto de
Deus (Ef.2:13), formando um novo povo, decorrente da união
de judeus e de gentios, a Igreja, criando um novo homem,
desfazendo a inimizade, ou seja, a lei dos mandamentos
(Ef.2:14-16).

O A lei dos mandamentos era a perfeita demonstração da


inimizade que havia entre Deus e os homens, porquanto
denunciava a existência do pecado em nós e, portanto, nos
dava consciência de nossa condenação, de nossa carnalidade,
da impossibilidade que tínhamos de ser salvos pelos nossos
próprios méritos (Rm.7:13-24).

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O A lei, portanto, era um sinal de maldição, porquanto nos
fazia conscientes de nossa perdição eterna, sem
condições de nos salvar (Gl.3:11-13), sendo, neste
sentido, o pacto da escravidão (Jo.8:34; Gl.4:21-25).

O Não estamos, pois, como Igreja, debaixo da lei. Cristo


nos resgatou da maldição da lei, uma vez que,
morrendo por nós e pagando o preço dos nossos
pecados, pôde nos trazer a graça, ou seja, o favor
imerecido de recebermos o perdão dos pecados, a
retirada dos pecados, pela fé em Cristo Jesus, fazendo-
nos, portanto, chegar perto de Deus.

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O A lei ainda cumpre um papel para a Igreja na
medida em que, primeiro, dá-nos a conhecer os
nossos pecados e as nossas misérias, mas, ante o
anúncio do Evangelho, que nos faz saber como
somos salvos dos pecados e da nossa miséria, a
lei é como que ultrapassada pela obra salvífica de
Cristo.

O Por meio desta obra, uma vez salvos, acabamos


por cumprir a lei, em gratidão a Deus por esta tão
grande salvação.

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O Quando não mais vivemos, mas Cristo vive em
nós, podemos cumprir os mandamentos, em
sinal de gratidão a Deus e como resultado da
vida de comunhão que temos com o Senhor.

O É esta a unidade que o Senhor Jesus diz ter


vindo estabelecer, em Sua oração sacerdotal,
quando afirma que esta unidade é constituída
para que o mundo creia que Ele foi enviado
pelo Pai (Jo.17:22,23).
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O Mesmo salvos em Cristo Jesus, não temos condição de
cumprir integralmente os mandamentos, visto que a
natureza pecaminosa ainda habita em nós e, vez ou
outra, pecamos, visto que ainda não fomos glorificados.

O Uma vez salvos em Cristo, porém, não vivemos sem


qualquer regra ou princípio, mas, antes, precisamente
por estarmos salvos, somos levados a cumprir os
preceitos morais estatuídos na lei, não para sermos
salvos, mas, precisamente, porque estamos salvos em
Cristo.

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O A fé em Cristo não anula a lei, mas, antes, a estabelece
(Rm.3:31), pois, a partir do momento que somos salvos pela
graça, pela fé em Cristo, tendo os nossos pecados perdoados e
nascendo de novo pelo Espírito, passamos a ser homens
espirituais (I Co.2:14,15) e, como novas criaturas, podemos,
então, cumprir os preceitos morais da lei, a chamada “lei de
Cristo” (I Co.9:21; Gl.6:2).

O Somos resgatados, ou seja, libertos da maldição da lei. A lei


não pode mais nos condenar, porque, embora não tenhamos
condição de cumpri-la, Cristo já a cumpriu por nós e, pela Sua
graça, podemos ter vida eterna.

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O Uma vida de santificação fará com que, cada vez mais,
cumpramos os preceitos morais da lei até aquele dia em que,
glorificados, quando o “velho homem”, a “carne” for aniquilada
de nosso ser, chegaremos à perfeição.

O A graça e a verdade vindas de Jesus Cristo torna a lei algo


real, factual, algo verificável pelos homens e não apenas um
livro cujos preceitos são inatingíveis e inacessíveis. As duas
tábuas de pedra que ficavam na arca, separada de todo o povo
pelo véu, agora são inscritas nas carnes dos corações dos
homens e, deste modo, os discípulos de Cristo se tornam
“cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens” (II
Co.3:2).

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O Não há, portanto, em absoluto, um
“antinomismo” na graça. O discípulo de Cristo,
a nova criatura surgida pela fé em Cristo Jesus
está, sim, submetida a lei de Deus.

O As novas criaturas andam conforme “esta


regra”, constituindo o Israel de Deus
(Gl.6:15,16).
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O Reside aqui a verdadeira liberdade, que é a
chamada liberdade heterônoma, ou seja,
somente somos verdadeiramente livres
quando nos submetemos à vontade de
Deus, à “lei da liberdade” (Tg.2:12).

O Não temos “liberdade” para pecar (Rm.6:1-


7).
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O Somente são discípulos de Cristo aqueles que têm as
qualidades do fruto do Espírito, as “bem-
aventuranças”.

O Em virtude da nossa fé em Cristo Jesus, portanto,


podemos trilhar no caminho do cumprimento da lei, que
não é perfeito, mas que caminha em direção à
perfeição, já que não há mais nenhum entrave ou
obstáculo para entrarmos em comunhão com Deus e
podermos ter tal lei inscrita em nossos corações,
mostrando, pela nossa vida, a presença de Deus em
nós.

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O O verdadeiro e genuíno cristão cumpre a lei
e, neste cumprimento, revela a sua filiação
divina.

O Não estamos, pois, mais debaixo da


maldição da lei, mas agora a lei está em
nós e nos leva a testificar que somos
discípulos de Jesus.
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O O Senhor Jesus é bem claro ao dizer que toda a lei seria
cumprida, nos seus mínimos pormenores (Mt.5:18),
cumprimento que se faria não só por Ele, como,
também, em todos os Seus discípulos que cressem
n’Ele.

O O discípulo de Cristo está, em relação à lei, num


patamar superior ao dos israelitas, porque, em Cristo, é
capaz de cumprir a lei e ensiná-la, tendo a mesma
autoridade que seu Mestre que, ao expor a Sua
doutrina, mostrou toda a Sua autoridade à multidão
(Mt.7:28,29).

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O O discípulo de Cristo tem de exceder em justiça
aos escribas e fariseus (Mt.5:19,20), pois, se
assim não for, não entrará no reino de Deus.

OO reino de Deus é, portanto, muito mais


exigente que a lei, a graça é muito mais
exigente que a lei. Lembremos sempre disso!

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Amém.

Pr. Caramuru Afonso Francisco

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