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Ao sermos alcançados pela graça de Jesus, temos nova vida com Ele, e isso
implica em uma mudança tão radical de modo de pensar e agir, que Paulo
compara essa mudança à morte. (Gálatas 6. 14) Este, de fato, é o coração
do cristianismo, o firme alicerce da fé em Cristo. Porque em nós, isto é,
em nossa carne, não há nada de bom. (Romanos 7:18) Ninguém consegue
seguir os passos de Cristo, fazer a vontade de Deus e guardar Seus
mandamentos por conta própria. Os Judeus tinham a lei dada por Deus e
se gloriavam no seu cumprimento (ou na aparência do seu cumprimento),
porém o texto deixa claro que a lei não pode justificar o pecador, tanto faz
se for judeu ou gentio, o sacrifício vicário de Cristo se fez necessário para a
remissão dos pecados. Se a lei então é ineficaz em relação a justificação,
qual é a função da lei para com os homens? Qual o seu propósito? A
resposta é que a lei nos trouxe o conhecimento das nossas transgressões,
Metaforicamente, podemos dizer que a Lei foi o “raio-x” usado por Deus
para exibir a real condição humana depois da queda adâmica: “Porque
antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado
não é levado em conta.” (Romanos 5:13) Então, a Lei, através do
conhecimento do pecado, veio diagnosticar a “doença” inserida pelo
primeiro homem na criação e trazer a morte anunciada por Deus a Adão,
quando disse: “Se você pecar, certamente morrerá”: “porquanto pelas
obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois o que vem
pela lei é o pleno conhecimento do pecado; Que diremos pois? É a lei
pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela
lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não
cobiçarás. 8 Mas o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento operou
em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está
morto o pecado. 9 E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o
mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.” (Romanos 3:20; Romanos
7:7-9) Antes da Lei o pecado já existia, mas não era imputado e não
matava (espiritualmente falando). Assim, o “certamente morrerás” que
Deus estabeleceu a Adão não se cumpriria sem o advento da Lei. Logo, ao
estabelecer o primeiro pacto, Deus diagnosticou a deturpada condição
humana e a exibiu ao próprio homem, cumpriu sua sentença de morte
(espiritual) dada ao primeiro transgressor e ainda conduziu o homem à
cura que viria posteriormente. Então como podemos ser justificados? A
resposta é o primeiro ponto identificado no texto: por meio da graça
manifestada no sacrifício de Cristo.
2 – Ver 17- 19: Morto para a lei e vivo para Deus, também morto para o
pecado.
Paulo neste trecho enfatiza que eles (judeus) são tão transgressores da lei
quanto os gentios, pois não houve uma só pessoa que não pecou
(Romanos 3. 10-12)
Porém, junto com Cristo, morremos para a lei, assim como morremos para
o pecado, então nem o pecado nem a lei têm poder sobre os justificados
por Cristo, logo, estão mortos com Ele.
O sacrifício de Jesus satisfez as exigências da lei, coisa que ninguém
poderia fazer, logo devemos viver em Cristo e por Cristo, justificados por
Ele.