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Breve Resumo do livro de Romanos

Introdução:

Paulo foi o autor desta epístola, e ela possui evidências e autenticidade de que
ele a escreveu. Quando ou por quem o Evangelho foi pregado pela primeira vez em
Roma não conseguimos achar nas escrituras. Aqueles que defendem a idéia que
Pedro foi o fundador, não podem apresentar nenhuma base sólida para apoiar essa
opinião. Se este apóstolo tivesse pregado o Evangelho pela primeira vez naquela
cidade, não é provável que o evento tivesse passado despercebido nos Atos dos
Apóstolos (tendo em vista que Lucas foi cirúrgico em seus relatos), onde os
trabalhos do apóstolo são detalhados com os do Apóstolo Paulo, que de fato
formam o assunto principal do livro. Aqueles que afirmam que esta Igreja foi
fundada conjuntamente por esses dois apóstolos têm menos razão ainda; pois é
evidente em Romanos 1:8/16:32, que Paulo nunca tinha estado em Roma antes de
escrever esta epístola. Dessa forma é mais provável que nenhum apóstolo tenha
sido o fundador dessa igreja, e que o Evangelho foi pregado lá pela primeira vez
por algumas daquelas pessoas que se converteram em Jerusalém no dia de
pentecostes. Em Atos 2:10 vemos que havia em Jerusalém estrangeiros de Roma,
judeus e prosélitos. Desse modo os que o Espírito havia convencido naquele dia,
declarariam naturalmente as maravilhas que haviam visto e anunciariam aquela
verdade pela qual eles próprios receberam a salvação.
Romanos

Paulo começa a epístola nos dando uma das mais importantes lições que devemos
entender e viver. Ele inicia a carta se referindo como servo de Cristo, antes
mesmo de seu título de apóstolo. Ensina-nos que em primeiro lugar devemos ser
servos. Vemos que o mais importante em Paulo não era o seu conhecimento
intelectual como doutor da lei judaica, conhecedor da cultura grega ou sua
cidadania românica, ele tinha o prazer de dizer quem ele era; servo de Jesus
Cristo, nosso Senhor. Paulo também mostra aos romanos seu chamado divino para
o apostolado, e para que fim ele foi denominado. Vemos seu desejo sincero de
ver os irmãos em Roma a fim de reparti bênçãos espirituais para eles serem
fortalecidos (Rm 1.11). Paulo fala o que esse Evangelho é (Rm 1.16), como somos
aceitos por Deus (Rm 1.17), fala dos crimes e pecados cometidos, pois mesmo
Deus tendo se revelado desde o principio e seus atributos serem vistos por todos,
a humanidade o nega, sendo assim indesculpáveis e merecendo o justo juízo de
Deus (Rm 1.20-32).

O apóstolo exortando a conduta dos judeus que condenavam os gentios. Eles se


sentiam dignos de receberem a salvação por conta da sua linhagem, quando
também eram culpados dos mesmos crimes. Dessa forma eles mesmos não
escapariam do justo julgamento de Deus (Rm 2.1-3). Paulo mostra que por conta
de seus corações perversos, os tas estavam acumulam ira (Rm 2.5-9) e que seriam
condenados de acordo com suas respectivas vantagens e desvantagens. Os judeus
por terem a lei escrita e os gentios por terem a revelação da criação e dos
atributos de um Deus soberano e proprietário do universo, imutável em bondade,
sabedoria, justiça (Rm 2-12-13 / Art.4°da Breve Exposição Fundamentas do
Cristianismo). Paulo continua questionando os judeus, por terem a lei, estavam
certos de que assim tinham o conhecimento da verdade, e realmente tinham, mas
eles não praticavam essa verdade. Condenavam os adúlteros, idólatras, ladrões...
Mas eles mesmos roubavam do templo e adulteravam (Rm 2.17-23). Paulo
Considera os ritos e práticas judaicas sem vantagem, a menos que sejam
acompanhadas de mudança de conduta e atitude (Rm 2.25-26). Ele mostra aos
gentios que o verdadeiro judeu (escolhido, separado, salvo) são aqueles que
foram circuncidados em seu coração, algo que só o Espírito Santo pode fazer, e
que ao fazer somos aceitos por Deus (2.28-29). O tema destes capítulos, portanto,
pode ser assim formulado: O homem encontra sua justificação única e
exclusivamente na misericórdia de Deus, em Cristo, ao ser ela oferecida no
evangelho e recebida pela fé.
Paulo mostra aos judeus que o Senhor se revelou primeiramente a eles através de
Sua lei, mas mostra que eles assim como os gentios pecaram, perdendo assim o
favor de Deus. Vemos que o Senhor é imutável e que mesmo esse povo sendo
rebeldes, as promessas que Deus prometeu a Abraão não mudaria. Deus é
verdadeiro e o homem mentiroso, o Senhor não está sob o juízo do pecado, mas
nós, Ele é imutável. Devemos defender está posição, pois quando parece que uma
promessa não é cumprida, precisamos ver se a condição que foi dada também
foram cumpridas (Rm 3.1-4)

Como disse Adam Clarck: “Se algum homem disser que a promessa de Deus falhou
para com ele, que examine seu coração e seus caminhos, e descobrirá que se
afastou daquele caminho em que somente Deus poderia, de forma consistente com
sua santidade e verdade, cumprir a promessa.”

Paulo refuta perguntas que poderiam fazer, deixa claro que Deus é justo ao julgar
o pecado e se defende de falsas acusações sobre o que ele ensinava às igrejas (Rm
3.8). Afirma que tanto os judeus quanto os gentios estão em mesma condição, sob
o domínio do pecado (Sl 14.1-3; 53.1-3, conforme a Septuaginta, Rm 3.10-18). Diz
que o propósito da lei é evitar desculpas e mostrar ao mundo que somos culpados
diante de Deus (Rm 3.19-20). Vemos como o homem sem distinção de raça, cor e
qualquer diferença é reconhecido como justo aos olhos de Deus, somente pela Fé
que é dado através da obra de Cristo na cruz e do Espírito. Ele mostra algo
chamado graça, algo que não se pode ganhar por meios próprios, é dado sem levar
em conta quem éramos (inimigos de Deus). Deus separando Jesus como sacrifício,
fazendo os judeus lembrar de como eles pagavam pelos seus pecados. Desse modo
Deus é justo por condenar o pecador e justificador por declarar justo o pecador
que crê em Jesus (Rm 3-26). Ele termina este capítulo afirmando que só
conseguimos cumprir a lei quando temos fé em Cristo.

Como disse Charles Spugeon: “ O evangelho da graça de Deus é a melhor


vindicação de sua lei.”

No capítulo 4 ele da um excelente de justificação pela fé. Abraão creu em Deus,


por esse motivo ele foi considerado justo (Rm 4.1-5), o apóstolo também cita
Davi. Note que ele põem como exemplo homens de grande nomes para o povo de
Israel, ele explica que antes de Abraão ter sido circuncidado ele cria em Deus,
esse foi o motivo pelo qual Deus o considerou justo. Dessa forma ele desconstrói a
idéia que apenas os judeus eram aceitos por serem circuncidados. Quando Abraão
foi considerado justo, as Escrituras dizem que foi também para o nosso benefício,
pois cremos naquele que ressuscitou Jesus, nosso Senhor (Atos dos Apóstolos
13.39).
No capítulo 5, Paulo continua defendo a justificação pela fé em Cristo, nosso
Senhor. A justificação trouxe paz com Deus e essa paz nos livrou da justa Ira que
estava sob nós. Jesus provou da ira do Pai, quando ainda éramos Deus enviou seu
Filho por amor e nEle somos justos. Por conta do pecado original toda a
humanidade sofreu as conseqüências, estávamos mortos (Rm 6.23). Porém a graça
de Deus nos alcançou, estávamos caídos e mortos, mas o Senhor nos levantou para
novidade de vida (Rm 5.15), somos livres do poder da morte por conta dessa
dativa, desta graça, por conta de Cristo, nosso Salvador. Estando em Cristo somos
santificados e já não vivemos como vivíamos, afinal morremos com cristo e assim
como Ele ressuscitou dos mortos, hoje vivemos uma nova vida (6.1-4). Paulo
continua falando do poder dessa justificação durante o capítulo, e ele mostra com
sua própria vida, vemos um homem que de perseguidor passou a seguir ao Senhor,
usando de todos os recursos que possuía para glorificar a Deus.

No capítulo 7, ele inicia uma discussão concernente a lei. Ele usa um exemplo e
logo afirmar que não vivemos mais para lei pois morremos com Cristo. Ela em si
mesma, não pode fazer nada a não ser nos condenar. Mas deixa claro que a culpa
não é da lei do Senhor, mas sim nossa, nós não conseguirmos cumpri-lá. Paulo nos
dar base para acreditar que não temos o livre-arbítrio, não conseguimos por
vontade própria negar ao pecado (Rm 7.14-24) Agora fica a pergunta: Quem nos
livrará desse corpo dominado pelo pecado? E a resposta Jesus Cristo, nosso
Senhor.

No capítulo 8, Contém consolo e esperança. Agora que ele explicou quem o


homem é, e o quanto carecia de Deus, ele mostra que em Cristo temos vida. Se
pela lei não havia como obtermos a salvação por sermos caídos, em Cristo
obtemos pela fé. Paulo fala de duas naturezas, uma controlada pela carne e outra
pelo Espírito. Aos que negam essa fé e recusam o favor gratuito de Cristo só resta
a morte, esses não podem agradar a Deus (Is 64.6), suas “ boas obras” enjoam a
Deus, e provarão sua ira. Aos que são controlados pelo Espírito, esses tem a
certeza em Cristo Jesus que serão ressuscitados, pois o mesmo Espírito que
ressuscitou Jesus nos ressuscitará. Paulo por experiência própria diz sobre as
tribulações que podem e vão passar durante esse curto período de vida, mas que
não se comparam com a glória que há de vir. Eu te pergunto, qual é essa glória?
Será algo terrestre? Talvez as experiências que teremos no céu? Será o próprio
céu? Eu digo, Não, não é nada disso. Não é nem terrestre porção nem uma
porção celestial ; mas DEUS próprio , que será está porção. Não é o paraíso que
eles herdarão; é DEUS, que é infinitamente maior e mais glorioso do que o próprio
céu. Ele é suficiente e infinitamente satisfatório.
Entendendo este ponto, passar pelas provações diárias realmente não se compara
com está magnífica glória que há de vir. Paulo continua este capítulo falando
sobre a criação, sobre a expectativa de nosso reencontro com o Criador e
proprietário de todo universo, diz que nada pode nos separar do amor de Cristo,
ele põem como exemplo o mais alto problema, algo que ao nosso olha humano nos
separariam, a morte. Muitos tem medo da morte, de como será apôs ela, mas nós
não, nós temos a certeza que ressuscitaremos como Cristo ressuscitou, temos paz
com Deus e estamos livres do poder do pecado, nada pode nos separar do amor
desse Deus.

No capítulo 9, Paulo começa falando de sua sincera tristeza por conta da situação
do povo que foi separado a ser exemplo para os outros, o povo de Israel. Enumera
diversos privilégios desta nação. Mostra que Deus não falhou em suas promessas e
explica que os descendentes de Abraão, são aqueles que foram gerados
espiritualmente e não de modo carnal. Mostra sua eleição sem levar em conta os
méritos ou deméritos (9.11-13) cometidos pelos salvos. Deus tem o mesmo poder
sobre a raça humana, que o oleiro sobre a argila. Mostra que a misericórdia de
Deus independe do erro ou acerto do homem. O apostolo mostra que pela fé os
gentios foram considerados justos, mas o povo de Israel tentando obter a
justificação pela lei, não alcançaram essa. Finaliza o capítulo informando que
Jesus Cristo, o Messias esperados pelos israelitas foi uma pedra de tropeço, o
profeta Isaías já havia falado que seria assim. Eles queria um messias que viesse
liberta-lós com a espada, porém Cristo veio manso, familiarizados com
sofrimentos, porém veio e redimir a humanidade, não por sua espada ou poder
secular , mas por sua humilhação, paixão e morte ( Is 8.14 / Is 8.26).

No capítulo 10, o apóstolo continua a demonstrar o amor por seu povo e o desejo
que eles sejam salvos. Paulo entendia que eles tinham zelo por Deus, o mesmo
que ele tinha quando perseguia os cristãos. Que pecam mais por falta de
conhecimento do que por malícia, acreditando que se tornam justos através da
lei, sendo Jesus o propósito da lei (Rm 10.1-4). Nova mente mostra como somos
declarados justo (Rm 10.5-13) independente de etnia. Mostra-nos a importância
dos mensageiros que levam as boas novas (Rm 10.14-15), o evangelho pregado
ente as nações (Rm 10.18) e a ingratidão e desobediência dos israelitas. O
apóstolo lembra que como na ocasião de Elias, ainda existe os remanescentes,
verdadeiros cristãos, conhecidos de antemão pelo Criador, esses não se perderão.
Esse chamado a justificação é unicamente baseado pela graça.
Paulo não se cansa em dizer essas verdades, umas vez que seu povo, assim como
ele, foi ensinado em ganhar por méritos próprios está salvação (Rm 11.1-7). Tendo
o povo rejeitado está graça, ficaram cegos, não tropeçaram para serem
finalmente rejeitado, mas por conta da queda deles a salvação chegou até nós
(Rm 11.11-15). Ele ensina que os gentios não devem de modo algum se vangloriar
ou insultar os ramos (Israel). Ele está dizendo; Você não foi o meio de obter
qualquer bênção sobre o povo judeu, mas por meio desse mesmo povo, que você
pode ser tentado a desprezar, todas as bênçãos e excelências que você desfruta
foram dadas a você (Rm 11.18). ela alerta para que tenham cuidado, para não se
tornarem semelhante ao povo de Israel, e acreditarem que pelas obras adquiram
a salvação, cuidado para não ser cortado da videira. O capítulo 12, trata das
normais gerais da vida cristã, uma vida de sacrifício. O 13 em sua maior parte fala
da autoridade das lideranças, também fala do exercer o amor, esse é o maior
dom dado pelo Espírito (13.8-10). Em seguida ele adiciona aqueles preceitos que
regulamentam nossa vida, o que já havia mencionado. Paulo fala sobre os ritos
tais como alimentos, dias sagrados, e explica que devemos viver para Cristo. Se
não comemos um tipo de alimento, não comemos para a glória de Deus, mas que
não deve haver julgamento das partes que não concordam com esse tipo de
prática. Nos alerta a lidar com sabedoria os fracos na fé, não discutindo sobre
assuntos que o mesmo não ainda não entendem. Estejamos plenamente convictos
do que faz, dessa forma cada um será julgado de acordo com sua consciência (Rm
14.1-13). O reino de Deus se resume em uma vida de justa, paz e alegria no
Espírito Santo (Rm 14.17). Assim como Cristo fez, o forte deve suportar os mais
fracos, não agradando a si mesmo, mas ao próximo, esse é o exemplo de Cristo
(Rm 15.1-3). Devemos aceitar uns aos outros como Cristo nos aceitou, dessa forma
Cristo é glorificado. Paulo fala sobre seu ministério e seu trabalho, explicando que
por conta de do trabalho não conseguia ir vê-los, mas que planejava ir a Espanha e
passaria em Roma. Finaliza o capítulo pedindo ajuda em oração, para ocorresse
bem e assim conseguisse viajar. O capítulo 16, é praticamente todo ele dedicado a
saudações e algumas considerações finais, concluindo com uma oração.

Conclusão: Neste livro vemos a miséria em que estávamos por conta do pecado
original, reconhecemos que éramos merecedores da justa ira de Deus, que somos
inclinados a cometer o mal, que sem a intervenção do Espíritos continuaríamos
caídos, mas que pela graça somos justificados, não por obras, mas pelo sacrifício
de Cristo, o autor e consumador da nossa fé. Apreendemos que nada tem o poder
de nos separar de Cristo, confiamos que a morte não é o fim, pois cremos no
Cristo ressurreto, o qual está hoje a destra de Deus Pai e de lá virar para nos
buscar. Portanto para ele seja a glória por sua sabedoria em conceber a nós
pecadores a salvação; e sua bondade em enviar Cristo Jesus para executar o plano
perfeito. A Ele, por meio de Cristo Jesus, seja a glória para sempre ! Porque este
plano durara para sempre, amém.

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