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FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO

JUSTIFICAÇÃO II
ROMEU BORNELLI

Vamos abrir as nossas Bíblias em


2ª Coríntios, cap. 5: 21 AQUELE QUE NÃO CONHECEU PECADO, ELE O FEZ
PECADO POR NÓS; PARA QUE, NELE, FÔSSEMOS FEITOS JUSTIÇA DE DEUS.
Epístola de Gálatas, cap. 3:13 CRISTO NOS RESGATOU DA MALDIÇÃO DA
LEI, FAZENDO-SE ELE PRÓPRIO MALDIÇÃO EM NOSSO LUGAR (PORQUE ESTÁ
ESCRITO: MALDITO TODO AQUELE QUE FOR PENDURADO EM MADEIRO). E o
último texto
1ª epístola de João, cap. 3: 5 SABEIS TAMBÉM QUE ELE SE MANIFESTOU
PARA TIRAR OS PECADOS, E NELE NÃO EXISTE PECADO.

Vamos orar.

Pai. Toda a expectativa de nossos corações estão voltadas para Ti


mesmo. Toda a atenção do nosso coração estão voltadas para Ti mesmo. Todo
o desejo do nosso coração é ver algo mais de Ti. Pedimos ao Senhor que
traga luz na Tua palavra aos nossos corações. Abre com mais profundidade
para nós essa tremenda verdade da Justificação pela Fé. Nós entregamos a Ti
nossas vidas, nos colocamos, pela fé, debaixo da cobertura do precioso sangue
do Senhor Jesus, pedindo-te que o Senhor mesmo possa distribuir a Tua
palavra a nós. Em nome de Jesus. Amém.

Irmãos, nós demos então início na reunião anterior ao partilhar a


respeito dessa tremenda verdade da igreja, Justificação pela Fé. Como já
citamos em outras ocasiões, Paulo diz, quando escreve a Timóteo, que a igreja
é coluna e baluarte da verdade. Que importância tem isso irmãos, quanta
importância? A igreja é coluna. A igreja foi designada, comissionada pelo
próprio Senhor para dar sustentação a um corpo de verdades que são
inegociáveis, a um corpo de verdades que a Bíblia chama de “a fé”, ou “a sã
doutrina” ou “o bom depósito”, vários termos que se referem à mesma coisa.
Paulo quando escreveu para Timóteo diz que a igreja é coluna porque ela vai
sustentar todo esse corpo de verdades, mas ele diz também que ela é baluarte
da verdade, porque além de sustentar, a igreja então irá proclamar. Um
baluarte serve para proclamação, e que importância então para nós podermos
estar solidamente estabelecidos neste corpo de verdades, não só sustentando
mas proclamando na certeza de que apenas uma clareza no sustento e uma
ousadia na proclamação dessas verdades, é que podem realmente produzir
aquilo que está no coração de Deus, nos dois aspectos, salvação de pecadores
que não crêem, e edificação dos santos que já creram. O Senhor apenas
cumpre o seu propósito salvando os pecadores que não crêem e edificando o
corpo de crentes desta forma, se a igreja se comporta dessa maneira, se ela
sustenta esse corpo de verdade de uma forma clara e se ela proclama esse
mesmo corpo de verdades de uma forma clara. Irmãos, o que nós teríamos
para pregar se nós não tivéssemos visão do Deus triuno? Irmãos o que nós
teríamos para pregar se nós não tivéssemos o firme fundamento da
Encarnação? O que é que nós teríamos para sustentar e proclamar se nós não
tivéssemos visão da Expiação, do valor do sangue, da cruz? O que é que nós
teríamos para falar para a igreja e para os que não crêem, se nós não temos
uma clareza sobre o modo como o pecador impuro, perdido pode ser
justificado diante de Deus e colocado em uma relação correta com Ele. Qual é
o meio? É a lei? São as obras? É a religião? É a iluminação espiritual? É o
esoterismo? Qual é o meio do homem ganhar uma correta relação com o Deus
Santo? Só há um meio. Se a igreja não conhece, não sustenta e não
proclama, nós perdemos completamente a nossa condição de testemunhas. O
Senhor disse aos seus discípulos e por extensão a nós, que com o descer do
Espírito Santo, constituindo a igreja o Seu corpo, nós seríamos testemunhas,
tanto em Jerusalém, na Judéia, Samaria e até os confins da terra. A igreja só
se porta como testemunha se ela realmente sustenta e proclama as verdades
essenciais da fé. Então, nós temos visto isto que temos chamado então de o
quarto grande alicerce. De certa forma, todos os outros convergem para ele.
Nós precisamos daqueles três anteriores para vermos bem a Justificação pela
Fé e todos os que nós vamos ver posteriores tem a ver com a Justificação pela
Fé. São de certa forma a expressão da Justificação pela Fé. Cristo ressuscitou -
a próxima verdade que nós vamos ver em outras ocasiões - por causa da
nossa Justificação. Paulo fala isso em Romanos 4, no último versículo. 25 O
QUAL FOI ENTREGUE POR CAUSA DAS NOSSAS TRANSGRESSÕES E RESSUSCITOU
POR CAUSA DA NOSSA JUSTIFICAÇÃO. Ele ressuscitou por causa nada nossa
justificação, porque sem a sua ressurreição não haveria nenhuma segurança de
aquele sacrifício da sua morte, foi aceitável a Deus. A prova de que o
sacrifício da sua morte foi suficiente para nossa justificação é que Deus
ressuscitou a Cristo. Então os irmãos vejam que a ressurreição tem a ver com
a justificação, e com os outros alicerces que vem em seguida. Da mesma
maneira, o Espírito Santo. Por que é que nós podemos receber Deus
habitando em nós na pessoa do Espírito Santo? Deus não habita em nós?
Ele habita em nós. Por que? Nós somos pecadores, mas o Senhor habita em
nós. Por que? Porque nós somos pecadores justificados pelo sangue do
Senhor. Então a habitação do Espírito Santo tem tudo a ver com a justificação.
É porque somos justificados que somos Templo do Espírito. A próxima
verdade que nós vamos ver lá na frente - O Corpo de Cristo - outro alicerce
tremendo, a Igreja. O que é a Igreja? A Igreja é o corpo dos justificados.
Todos aqueles que creram e foram justificados pela graça baseado unicamente
no sacrifício de Cristo. Então irmãos, vejam que essa verdade da justificação
pela fé, ela não está no centro apenas desse esqueleto que nós fizemos aqui
não. Mas está no centro, realmente de toda a revelação de Deus, desse
propósito redentor de Deus, da revelação de Deus em Cristo. Não é a toa, não
foi por acaso, como falamos na reunião anterior que Deus preparou alguns
vasos, e um de forma muito especial, muito especial mesmo – Martinho
Lutero – desde o ventre da sua mãe, traçando as características naturais até do
seu temperamento como homem, como já falei na reunião anterior, passando
por aquelas agonias e angústias espirituais tremendas, crises de consciência,
lutando com tudo que era capaz para ser justificado diante de Deus, depois
daquela experiência que ele passou naquela tempestade, ele viu que estava
completamente despreparado para se encontrar com Deus, para a morte,
então ele se retirou do mundo foi para aquele mosteiro, e tudo o que ele queria
era ser aceitável a Deus. Ele fez tudo o que podia, como um bom monge,
para que alcançasse aquela aceitação, mas nada. Mais crise, mais
condenação. Quanto mais ele fazia, mais indigno ele se julgava. Então Deus
foi moldando, moldando aquele vaso, trabalhando aquela consciência, para
que aquela luz, no meio de umas trevas muito palpáveis, daquela luta
interior, com relação a esse assunto do tornar-se justo aos olhos de Deus,
como tornar-se justo aos olhos de Deus, quanto mais ele tentava, mais trevas,
mais agonia, mais perturbação e Deus estava forjando aquele vaso, embora é
claro, nem ele mesmo soubesse. Até que naquele dia, como nós falamos, o
Senhor o levou, de uma forma muito especial, ao Salmo 22, e a luz começou a
raiar. Ele viu que a justiça de Deus, um nome que segundo ele mesmo diz,
ele odiava, era revelada na Bíblia não como uma justiça ativa que pune
pecadores, mas como uma justiça passiva que justifica pecadores. Ele
começou a ver isso no Salmo 22. O Senhor Jesus se assentando ao lado do réu,
do lado do culpado. Quando ele confrontou aquele Salmo – Deus meu, Deus
meu, porque me desamparaste - ele ficou muito impressionado, porque como
nós falamos, eles sabiam que aquele Salmo se referia a Cristo, de uma forma
muito clara. E se o Senhor Jesus estava falando aquilo - Deus meu, Deus meu,
porque me desamparaste – ele então estava sofrendo um desamparo muito
real, que ele próprio Lutero estava experimentando na sua vida. Ele próprio
estava experimentando algo, Jesus experimentou algo na sua pessoa, que
Lutero também estava experimentando nele mesmo. Então o Senhor usou
aquilo para identificar, de alguma maneira Lutero, aquela experiência pessoal
de Cristo, e a partir daí começou a abrir-se o caminho da justificação para ele.
E quando pouco tempo depois, ele começou a estudar, já ali ministrando a
outros alunos naquela universidade, o livro de Romanos, então a luz se abriu
de todo para ele e logo do início da epístola como falamos, quando lá no
verso 16 e 17 ele leu 16 ¶ POIS NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO, PORQUE
É O PODER DE DEUS PARA A SALVAÇÃO DE TODO AQUELE QUE CRÊ, PRIMEIRO DO
JUDEU E TAMBÉM DO GREGO; 17 VISTO QUE A JUSTIÇA DE DEUS SE REVELA NO
EVANGELHO, DE FÉ EM FÉ, COMO ESTÁ ESCRITO: O JUSTO VIVERÁ POR FÉ. Então
a luz se abriu de uma vez por todas para ele e com clareza ele viu qual o
caminho da justificação. Sua consciência teve paz.
Irmãos, é claro que um homem trabalhado desta forma pelas mãos de
Deus, nunca poderia colocar essa verdade, agora vista tão claramente, depois
de vinte e tantos anos de agonia, de depressão, de angústia, um homem que
viu essa verdade com essa clareza, o que é que nós poderíamos esperar? Que
ele pegasse essa verdade e cobrisse com um barril? Claro que não. Nós só
poderíamos esperar o que realmente aconteceu. Deus usou aquele homem
em uma ousadia tremenda, com poder, graça, unção, a qual ninguém podia
resistir. Então os irmãos sabem aquela virada aqui, principalmente através de
Martinho Lutero, uma das figuras mais importante da reforma, sem sombra
de dúvida, Deus o usou então para dar aquela guinada, depois de mil anos de
trevas. Os irmãos já pensaram nisso? Mil anos de trevas. Mil anos no qual a
Bíblia nem estava na mão do povo, apenas em mosteiros, trancadas em baús,
porque nem os monges liam a Bíblia. Mil anos de trevas. Deus forja um vaso
de uma forma muito especial, para que verdade tremenda da justificação pela
fé fosse a primeira a ser resgatada no meio desse corpo de doutrina todo, nessa
época, e a partir daí, todas as outras importantes. Então irmão, que verdade
tremenda. A história da igreja mostra a importância dessa verdade e por isso é
importante conhecer a história da igreja. A própria história da igreja mostra a
importância dessa verdade da justificação pela fé.
Hoje então nós vamos prosseguir um pouquinho nesse assunto e
Domingo, talvez a gente encerre mais esse alicerce, e hoje eu gostaria com
cuidado, devagar, comentar esses três textos que nós acabamos de ler juntos,
por causa da importância desses versículos. E antes de entrar com mais
detalhes na exegese - {(gé) sf (gr exégesis) Comentário, explicação de textos, especialmente
se aplica à interpretação gramatical e histórica da Bíblia} - desses versículos, eu gostaria
que os irmãos guardassem duas palavras na sua mente, para que os irmãos
estejam pensando nela durante todo esse período do nosso partilhar, uma
dupla de palavras que precisam ser vistas, lembradas, sempre que abordamos a
verdade da justificação pela fé, para que elas sejam entendidas com clareza e
nunca confundidas. A primeira palavra é „IMPUTAÇÃO”. E nós vamos
ver o que significa essa palavra imputar, imputação. A segunda palavra é
“INFUSÃO”.
Irmãos, na reunião anterior eu disse que o sistema católico romano, ele
inverteu completamente o lugar dessas doutrinas. Ele colocou e coloca a
santificação, claro, pelas obras, pelas obras, pela penitência, pela confissão,
pela prática dos rituais exigidos pela religião, como então os meios pelos quais
a pessoa vai se santificando, santificando, santificando até que talvez um dia,
se ela puder em vida adquirir o que Deus então considera suficiente em vida,
então ela é justificada no final da sua vida e passa direto dessa terra para o
céu, sem entrar no purgatório. Mas se ela for se santificando, santificando,
mas essa santificação não for suficiente, ela vai entrar no purgatório, onde essa
alma vai ser então purgada, purificada, para que então ela possa ascender um
dia ao céu. Essa é a doutrina do sistema católico romano. Justificação pelas
obras. Pode começar nessa vida, continuar depois da morte, e terminar quem
sabe no outro período. Então a santificação como caminho para a justificação.
A Bíblia ensina o contrário. A Bíblia ensina que a justificação é pela fé,
baseado exclusivamente no que o nosso Bendito Senhor fez naquela cruz,
um sacrifício todo perfeito, todo suficiente, feito como diz o livro de Hebreus,
“uma única vez”, uma vez por todas. Não carece ser repetido porque é
plenamente eficaz. (1 PEDRO 3:18 POIS TAMBÉM CRISTO MORREU, UMA ÚNICA
VEZ, PELOS PECADOS, O JUSTO PELOS INJUSTOS, PARA CONDUZIR-VOS A DEUS;
MORTO, SIM, NA CARNE, MAS VIVIFICADO NO ESPÍRITO,)( HEBREUS 10:12 JESUS,
PORÉM, TENDO OFERECIDO, PARA SEMPRE, UM ÚNICO SACRIFÍCIO PELOS
PECADOS, ASSENTOU-SE À DESTRA DE DEUS,) Não é sangue de bode, não é
sangue de touros, mas é o seu próprio sangue. Ele efetuou uma eterna
redenção e então crendo, confiando, entregando-nos voluntária e
deliberadamente a esse Salvador fora de nós, não é um Salvador dentro de
nós, isso vem depois, primeiro é um Salvador fora de nós, objetivo, alguém
que fez algo para nós, por nós, fora de nós. É muito importante os irmãos
verem esse contexto da Justificação pela Fé assim. Justificação pela Fé não é
algo feito em nós. Justificação pela Fé é algo feito em Cristo, que nós nos
apropriamos como uma verdade confirmada, uma obra realizada na pessoa de
Cristo, e então disponível a nós pela fé. Nós somos justificados pela fé, mas
a base dessa justificação não está em nós. Nem mesmo é feita em nós, mas é
feita em Cristo. Foi feita em Cristo. Estou colocando este contexto para que
os irmãos entendam essa primeira palavra que eu abordei aqui: IMPUTAR.
O que é imputação? Significa que você colocar algo sobre alguém. Esse é o
sentido de imputar. Colocar algo sobre alguém, como uma cobertura. Isso é
imputação. Isso significa Justificação.
Agora, nós vamos entrar com mais detalhes nisso para os irmãos
compreenderem. Nós vamos ter um panorama primeiro desses dois conceitos.
O que seria INFUSÃO? Infusão seria o ensino católico romano. A justiça de
Deus ela deve estar sendo infundida, para dentro de nós, até que um dia então,
vamos ser justificados, justificados por infusão. Essa justiça vai sendo
infundida na medida em que nós vamos fazendo obras e praticando rituais
religiosos. Então irmãos, há um contraste tremendo na nossa visão de
Justificação, na visão Bíblica de Justificação. Um contraste tremendo entre
Imputação e Infusão. Como nós fomos justificados? Por infusão de justiça
em nós? Não. Definitivamente não. Irmãos. Quão importante é
compreender isso, porque nós só podemos entender o processo depois da
justificação que a Bíblia chama de santificação, se nós compreendermos bem
esse conceito. A Santificação que vem depois da nossa Justificação, depois
de termos crido em Cristo, depois de saber que pertencemos a Ele, que Ele é o
nosso Salvador, Ele cumpriu a justiça de Deus por nós, então esse processo
que a Bíblia chama de santificação, ele não é realizado para sermos aceitos por
Deus. Ele é realizado porque já somos filhos de Deus e já fomos aceitos por
Deus. E o que é que é santificação? Infusão de Justiça. Agora sim entra esse
conceito. Os irmãos percebem o lugar adequado de cada um deles? Nunca
confunda irmão: ser justificado pela fé diante de Deus, entrar em uma relação
adequada com Deus, ser tornado filho de Deus, de tal forma que nenhuma
condenação há para aqueles que pertencem a Ele. Isso não é uma questão de
Deus infundir justiça dentro de nós. Isso é uma questão de Deus imputar
justiça de Cristo a nós. Talvez a melhor maneira dos irmãos compreenderem
seja com a visão da cobertura. Irmão. Se eu tenho uma Bíblia aqui, e eu
coloco um lenço, um pano, um guardanapo em cima dessa Bíblia, a Bíblia,
ainda é Bíblia.. A Bíblia não é guardanapo e nem o guardanapo é Bíblia. A
Bíblia ainda é Bíblia. Só que ela está totalmente oculta e coberta pelo pano,
pelo guardanapo. É isso que significa imputação. Mas infusão é diferente, é
claro. Infundir significa colocar dentro. Então nós não somos justificados
por infusão. Nós somos justificados por imputação de justiça. A Justiça de
Cristo sobre nós. Como que Deus nos vê? Deus nos vê debaixo da
cobertura da justiça de Cristo. Justiça perfeita. Justiça que ele cumpriu na sua
vida humana. Não é apenas a justiça do verbo eterno, do Filho eterno, porque
essa justiça é absolutamente perfeita, a justiça de Deus, mas é mais do que
isso. É muito mais do que isso, porque essa justiça não poderia nos justificar.
Os irmãos concordam? Essa justiça do Filho eterno, do Verbo eterno, só
poderia nos condenar, mas a justiça de Deus em Cristo, quando esse Verbo
eterno, esse Filho eterno se fez carne, viveu uma vida humana suportando
tentações, provas humanas, tentado em todas as coisas à nossa semelhança,
mas sem pecado, quando Ele cumpriu, passou pela sua vida humana,
plenamente homem, com espírito humano, alma, sentimentos, pensamentos,
vontade humana, corpo humano, provado em todas as coisas, cumprindo toda
a justiça de Deus, aprovado por Deus, então esse representante homem, ele
então é adequado para nos apresentar diante de Deus, como representado por
ele. Irmãos. Isso, só Cristo poderia fazer, por ser é Deus. Ele não era apenas
um homem representando o homem. Ele é Deus homem representando o
homem diante de Deus. Então os irmãos entendem que não é a justiça do
Filho eterno que nos justifica? Mas a Justiça que nos justifica é a justiça de
Deus homem. O Filho eterno não nos justifica. Ele nos condena, porque a
sua justiça é uma justiça límpida, plena. Não pode ter comunhão com o
pecado. Nós somos justificados pelo Deus homem, que viveu uma vida
humana, que cumpriu a justiça de Deus, perfeitamente, e que então, embora
lá daquele monte da transfiguração Ele pudesse subir ao céu e terminar o
assunto, porque Ele como homem, é um homem aprovado, não é? Ele já
havia ouvido aquela voz de aprovação, antes do início do seu ministério: “Este
é o Meu Filho amado. Nele, Eu tenho todo o meu prazer”. É um homem
perfeito. Não é? Depois Ele viveu a sua vida humana passando por testes,
por provas. Depois de ouvir essa voz foi levado para o deserto, pelo
Espírito, para ser tentado pelo diabo. O diabo pessoalmente o tentando, o
provando. Não foi assim? Então ele foi tentado, testado, provado, e
aprovado, até que três anos depois uma nova voz, lá no Monte da
Transfiguração: “Este é o Meu Filho, o Meu Eleito. A Ele ouvi”. A voz
está endossando Ele de novo. “Ele é perfeito. Ele é o meu Filho. Eu não
tenho mais uma mensagem através de Moisés, uma mensagem através de
Elias, e uma mensagem através do Meu Filho. Mas este é o meu Filho, o meu
Eleito. A Ele ouvi”. E a Bíblia então diz, que após essa voz dos céus, a
figura de Moisés e Elias desapareceram. Então os irmãos vejam a justiça
perfeita do Filho encarnado, na pessoa de Jesus. Então irmão, daquele Monte
da Transfiguração, Ele podia ascender aos céus, teoricamente falando, como
homem. Mas Ele não podia ascender aos céus porque Ele tinha algo para
completar, para consumar. Mas algo que não tem haver com Ele mesmo, no
que concerne então àquele sacrifício, aquele pecado, no que concerne a Ele
como sacrifício pelo pecado. Ele tinha algo a consumar na cruz, que tem
relação com a nossa redenção, porque por Ele mesmo, é claro, Ele não
precisava passar pela morte. Então irmãos, Ele desce o monte da
Transfiguração, caminha mais seis meses, e sobe ao Monte Calvário. E no
Monte Calvário, o que acontece, é o que acabamos de ler em 2ª Coríntios,
cap. 5: Aquele que não conheceu pecado, Ele – se referindo a Deus o Pai -
o fez pecado por nós, para que Nele, nós, que somos pecadores, mais Nele
porque Ele se fez pecado, sendo justo, nós somos pecadores Nele, somos
feitos justiça de Deus. Então os irmãos estão vendo a substituição? Essa é
uma sólida verdade bíblica, dentro da assunto da justificação pela fé. Como
que nós somos justificados pela fé? Por causa da eficácia, do valor do
sacrifício substitutivo de Cristo. Ele nos substituiu, assim como no Velho
Testamento, o animalzinho substituiu o ofertante. Não é? O animal era
oferecido no lugar do ofertante. O pecador era o ofertante. Não era o animal.
Mas o animal é que era oferecido. Desde o Velho Testamento Deus foi
trabalhando a verdade substituição. O homem só pode ser justificado pela
substituição. Ele não pode fazer nada para se justificar. Ele precisa de um
representante puro. Ele precisa de um representante justo, ele precisa de um
representante aceitável a Deus. Um bode é aceitável? Um touro é aceitável?
Um carneiro é aceitável? É claro que não irmão. Aquilo era Tipo, aquilo
era Sombra. Quando o Senhor então se revelou, João Batista disse: Eis o
Cordeiro. Agora, as sombras ficam atrás. Eis o Cordeiro, e então nós pudemos
ser dignamente representados, perfeitamente representados. Irmão. Essa
verdade é de uma compreensão necessária, fundamental. O que é que você
faz quando você tem crise de consciência, se porventura tem lutado com isso?
Não era para ter mais se você é um cristão, que já compreendeu a
justificação. Mas alguns cristãos, as vezes, ainda tem crise de consciência,
no que concerne à justificação, embora não devessem ter. Mas quando você
tem, o que é que você faz? Para onde você corre? “Senhor me perdoe. Eu
sou mesmo pecador. Eu vou tentar de novo. Vai dar certo agora, eu vou
melhorar, eu vou fazer isso, eu vou fazer aquilo mais, eu vou ser dedicado, eu
vou observar mais isso”. Quantos votos você faz para procurar acertar a sua
relação com Deus? Você sabe que cada voto destes é uma ofensa a Deus?
Você sabe irmão? Porque a única pessoa que acertou a nossa relação com
Deus foi Cristo. Quando nós pecamos, o que nós fazemos é confessar o
nosso pecado. Não é promessa de retidão futura. Não é promessa de acerto,
de melhora. Mas é confessarmos os nosso pecados porque Ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados, para nos purificar de toda injustiça, e quanto
mais clara a compreensão da graça, menos brincadeira com o pecado.
Aqueles que brincam com o pecado, não compreenderam a graça. Nós
falamos disso na reunião anterior. Algumas pessoas tentando fugir dessa
verdade, elas pregam uma meia graça. Sabe o que é uma meia graça? É uma
graça que dá uma meia justificação. Então você está meio justificado, mas
olhe lá. Cuidado. Conforme o que você fizer, você cai da graça. Você cai da
graça. Então você precisa rever os seus caminhos para você recuperar a graça.
Mas isso não é graça. Se tem preço, não é graça. Graça é sem preço. Nós
somos justificados absolutamente e perfeitamente pela graça em Cristo.
Quando nós pecamos, nós confessamos os nossos pecados. Ele é não só justo
mas fiel à aliança que Ele estabeleceu em Cristo para nos perdoar os
pecados. Quanto mais profunda a nossa compreensão desse fato, mais
agradáveis a Deus, de forma agradável a Deus, nós vivemos.
Então irmão, se você quiser saber de um cristão que compreendeu bem
a verdade da Justificação pela Fé, veja como ele vive. Se ele vive de uma
forma santa, agradável a Deus, servindo aos irmãos, com um bom
testemunho, dos que são de fora, dos que são de dentro, como diz a palavra;
se ele vive de uma forma agradável a Deus, ele compreendeu bem o tamanho
do preço da sua justificação: o sangue de Cristo. Ele compreendeu bem o
que custou para o Senhor Jesus lá na cruz dizer: “Deus meu, Deus meu. Por
que me desamparaste?” Sabe qual que é a resposta para essa pergunta?
Você sabe? Por causa do pecado. É a resposta a essa pergunta. Por que me
desamparaste? Por causa do pecado. Por que Jesus tinha pecado? Qual
foi o terceiro texto que nós lemos no início da reunião? 1ª JOÃO 3:5 ELE SE
MANIFESTOU PARA TIRAR OS PECADOS E NELE - o que é que diz? –NELE, NÃO
EXISTE PECADO. Então Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por
causa do pecado, porque Deus não desampara o justo, o santo. Ele
desampara o pecador. Por que desamparou a Cristo? Porque aquele Cristo
que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós. Irmãos, que coisa
tremenda, não é? Que impacto que tem para nós a cruz quando nós vemos
assim, não é? Que impacto que tem para nós o pecado quando nós vemos
assim? O que é que vai significar para nós agora, tocar o pecado, brincar
com o pecado, zombar do pecado? Vai ter um outro significado para nós,
porque o pecado foi o que custou aquela separação no Calvário. : “Deus meu,
Deus meu. Por que me desamparaste?” Por causa do pecado, meu e seu.
Então irmão, quanto mais compreensão da graça, da justificação somente pela
fé, mas de forma santa nós vivemos. Conseqüência. Mais dessa justiça é
infundida em nós. Agora sim. Em nós. Essa justiça que já foi imputada,
sobre nós. Então os irmãos devem ter muito cuidado na compreensão dessas
coisas, porque nós temos irmãos uma consciência, e é por isso que esse tema
da justificação pelas obras agrada tanto. Claro. Não podia ser diferente. Eu
estou me referindo aqui, não só ao catolicismo romano. Estou me referindo ao
protestantismo também, porque uma grande parte do protestantismo hoje
prega uma meia graça que você pode, de alguma forma, cair da graça e que
sua justificação é condicional. A doutrina, a linha chamada armeniana: a sua
justificação é condicional. Cuidado com o que você faz com a sua justificação,
porque você pode perdê-la. Você pode cair da graça. Quem prega isso não
são os católicos, são os protestantes e de uma forma completamente avessa à
revelação bíblica. A justificação é um ato de Deus, realizada em Cristo, de
uma vez por todas, completado, “imexível”, irreversível. Essa é a verdade
da palavra de Deus. Baseado nesse ato eterno, glorioso, santo, tremendo,
profundo, perfeito é que nós somos santificados. Nunca vamos cair dessa
posição que Deus nos colocou. Você não pode cair, se você mesmo não subiu.
Você foi colocado nessa posição por Deus. Se você tivesse subido a escada,
você poderia ter caído, não é? Mas não foi você quem subiu. Foi Ele quem
desceu. E Ele desceu, o Verbo se fez carne, e nos colocou em uma posição
da qual não podemos cair, porque a segurança dessa posição depende
exclusivamente do que Ele fez, e não do que nós fazemos. Então irmãos, essa
compreensão ela é inesgotável. Nunca nós vamos olhar a justificação pela fé,
como alicerce do passado. Isso não existe irmão. Você pode ter uma gloriosa
casa erguida em cima das bases, dos alicerces. O alicerce ninguém vê. Não
é? Quando você passa e vê uma linda casa, você não fala assim: Que beleza
de alicerce. Você não está nem ao menos vendo os alicerces. Você está
vendo uma linda casa. Mas se esses alicerces tremerem, um pouquinho que
seja, você vai ver uma casa em ruínas. Toda a glória dessa casa está sustentada
pelo subterrâneo, pelos alicerces, e nós vamos mais longe nessa figura, mais
longe do que a figura natural. A beleza dos alicerces se vê na glória da casa.
A beleza dos alicerces se vê na glória da casa. Quanto mais glória há na casa,
mas se vê nela, a glória dos alicerces. Há glória na casa por causa da glória
dos alicerces. Os alicerces recebem sua glória na casa. Ele se mostram na
casa. É assim que nós precisamos ver. Não existe coisas, alicerces que ficam
para trás na vida cristã. “essa questão de justificação pela fé eu já estudei e
já compreendi”. Isso é inesgotável, tanto quanto Cristo é inesgotável. A cruz
é inesgotável; o valor do sangue é inesgotável. É um assunto para nós
estarmos orando e estudando, orando e estudando, meditando, porque essa
verdade vai crescer. De uma rolinha para um cordeirinho, para um carneiro,
para um novilho. Grande novilho. A visão da justificação pela fé, ela vai
crescendo, crescendo. São verdades tremendas. Deus nos justificou livre e
incondicionalmente, soberanamente, pela sua vontade, escolheu os que quis,
revelou-se a quem quis, quando quis e como quis. Colocou essas pessoas em
união com Cristo, nos lugares celestiais, e ninguém as mudará de posição
eternamente.
Irmão. Nós temos tendências a compreender essas verdades
teoricamente. Isso faz muito mal para as nossas almas. Isso não é
religião. Quando você toma esses assuntos e começa a meditar neles, meditar
e a mastigar, e a roer aquilo, e a degustar aquilo, você vai ver que realmente a
glória dos alicerces é refletida na casa. Você vai ver que o seu ser vai
ganhando uma substância, uma segurança, um conteúdo que você nunca podia
obter de outra forma. Então irmão, que importância nós estarmos mesmo
rememorando, retomando, e o que nós estamos fazendo aqui, como temos
falado. É só darmos umas pinceladas para que o apetite dos irmãos seja
aguçado e você medite por você mesmo. Claro. Ore por você mesmo. Leia por
você mesmo. Vá a fundo por você mesmo. Irmão. Deus não tem mais nada
para dar a nós, além do que Ele já depositou na igreja. Não se iluda. Não se
iluda. Deus não tem mais nenhuma revelação acessória; Deus não tem mais
nenhum profeta especial; Deus não tem mais nenhuma nova unção, coisas
que nós escutamos por aí hoje em dia. O que Ele tem para fazer em nós é
usar a sua velha e antiga palavra, com uma novidade de poder e de vida, capaz
de edificar os santos assim como edificou em todas as gerações. Lembra
Paulo quando de despediu daqueles presbíteros de Éfeso lá em Mileto? Atos
20:32 AGORA, POIS, ENCOMENDO-VOS AO SENHOR (mas não só ao Senhor) E À
PALAVRA DA SUA GRAÇA, (e ele continua assim) QUE TEM PODER PARA VOS
EDIFICAR E DAR HERANÇA ENTRE TODOS OS QUE SÃO SANTIFICADOS. Edificar é
dar herança a todos os que são santificados. Então, quanto mais profunda a
nossa compreensão dessas verdades, mais nós revelamos a glória desses
alicerces na casa. Mais solidamente.
Vamos olhar então de novo esses três textos e procurar compreender
essas duas questões de imputação e infusão. Talvez seja bom nós darmos
uma olhadinha, em Romanos cap. 3, só para nos ajudar um pouco mais
nesse assunto. Nós vamos só começar hoje e Domingo prosseguimos.
Romanos 3, a partir do verso 19. Preste bem atenção nesse contexto. Hoje
eu só queria tirar uma ou duas palavras aqui e Domingo nós voltamos neste
contexto para uma maior abertura. Romanos 3:19 ORA, SABEMOS QUE TUDO O
QUE A LEI DIZ, AOS QUE VIVEM NA LEI O DIZ PARA QUE SE CALE TODA BOCA, E
TODO O MUNDO SEJA CULPÁVEL PERANTE DEUS. A lei não foi dada por Deus
para justificar ninguém, mas a lei foi dada para que se cale toda a boca, porque
a lei diz assim: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração”. Você ama?
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Você é suficiente para isso?
“Não cobiçarás”. Você nunca cobiçou nada na sua vida, nada, absolutamente
nada? Então a Bíblia diz assim: a lei foi dada para os que vivem na lei.
Qual o propósito? Para que eles fossem justificados pela lei? PARA QUE SE
CALE TODA A BOCA. E TODO O MUNDO SEJA CULPÁVEL PERANTE DEUS. Irmão.
Não é que Deus vem trazer culpa sobre o homem. Não. Isso não é de acordo
com a natureza de Deus. Deus não vem trazer culpa sobre ninguém. A
culpa está em nós por conseqüência: por causa de Deus ser quem é, e nós
sermos quem somos. Nós somos culpados por natureza, porque a nossa
natureza testifica de culpa, que nós temos culpa, que nós temos pecado, que
nós não somos agradáveis a Deus. Por que é que Ele então deu a lei? Para
que isso ficasse patente aos nossos olhos. Sabe irmão, que a lei mostra a
seriedade do pecado? Primeiro veio o pecado. O homem pecou antes da lei.
A lei foi dada por Moisés, e o homem pecou com Adão. Não é? Paulo
desenvolve este argumento em Romanos. Primeiro veio o pecado, depois
veio a lei, e depois veio o Evangelho. Nós podemos perguntar assim: Mas se
a lei não ia justificar o homem, para que é que Deus deu a lei? Por que ele não
passou direto do pecado para o Evangelho? Do pecado para a graça. Por que é
que a lei está no meio? Tremenda questão, porque o pecado que vem
primeiro, nos tornou tão absolutamente cegos, tão medonhamente cegos que
nós somos capazes de olhar para nós e achar virtudes. Então Deus deu a lei
para que nós usássemos esse binóculo chamado lei, e olhássemos para nós e
víssemos assim: não há virtude. Paulo diz assim: pela lei vem - não a
salvação, não a justificação- pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
Está vendo? É como um binóculo. Antes a gente estava olhando o pecado
de longe. Nosso pecado estava longe, até difícil de ver até, difícil de achar,
mas quando Deus deu a Lei, Ele deu binóculos. Aí você vê bem de perto.
“Não cobiçarás”. Aí você vê o pecado. Cobiça. Nós cobiçamos tudo.
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração”. De novo você vê o
pecado. Não ama a Deus. Eu só amo a mim mesmo, com um amor egoísta,
um amor maligno, um amor invejoso, ciumento, possessivo, depravado,
terrível. De modo algum isso é amor. Não é? Nós só vemos isso por cauda da
lei. O Espírito Santo usa a lei para então revelar o nosso pecado. Não é para
trazer pecado para nós. Nós já temos. E nem para trazer culpa para nós, pois
nós já somos culpados. É para revelar, porque o pecado nos tornou tão
miseravelmente cegos que nós não vemos. Jeremias 17:9 ENGANOSO É O
CORAÇÃO, MAIS DO QUE TODAS AS COISAS, E DESESPERADAMENTE CORRUPTO;
(e o Senhor pergunta) QUEM O CONHECERÁ? Será que eu e você somos
capazes, suficientes, para conhecer o nosso coração? A Bíblia diz não.
Então Deus deu a lei. Pela lei, vem o pleno conhecimento do pecado. Isso é
um argumento sólido na epístola aos Romanos. Vocês estão vendo aqui,
mais uma vez o apóstolo Paulo dizer isso e ele vai falar no verso 20.
ROMANOS 3:20 VISTO QUE NINGUÉM SERÁ JUSTIFICADO DIANTE DELE POR
OBRAS DA LEI, EM RAZÃO DE QUE PELA LEI VEM O PLENO CONHECIMENTO DO
PECADO. Esse era o Lutero, por exemplo, tentando lá angustiadamente se
justificar. Em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. E
agora olhe o verso 21 e comece a ver esse conceito da imputação e não da
infusão. Uma palavrinha aqui que é muito especial para mostrar essa
imputação para nós. Vamos chegar nela aqui já, já. 21 Mas agora (antes era
a lei trazendo visão do pecado. A lei não justifica), sem lei, se manifestou a
justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; O Senhor Jesus não
veio trazer uma lei. Irmão aqui nós somos ajudados, de novo, porque existem
correntes evangélicas aí que não vem nada mais no Evangelho do que uma lei
melhorada, uma lei que vai nos condenar mais ainda do que a outra lei, porque
se a outra lei diz: “Não matarás” a lei, entre aspas, que o Senhor Jesus
pronunciou diz assim: “Aquele que tiver ira contra o seu irmão, já o
assassinou, já o matou”. Se aquela lei antiga lá do passado dizia “não
adulterarás” e aqueles anciãos, aqueles rabinos reduziram isso apenas a uma
questão externa embora nunca foi isso que houve no coração do Senhor,
porque a lei é espiritual, mas eles reduziram a lei ao natural, então adulterar
para eles era adulterar mesmo, ter um ato físico de adultério. O Senhor
Jesus tomou aquela lei e falou assim: Na lei está escrito, não adulterarás, mas
Eu vos digo, “qualquer que tiver impureza no coração, já adulterou”. Então
irmão se aquela lei já era impossível, a lei do Senhor Jesus é completamente
ilógica para nós. completamente inadequada para pessoas como nós. Só
Cristo pode cumprir essa lei. Então a Bíblia diz assim: 21 MAS AGORA, SEM
LEI. Porque Ele não veio trazer um novo caminho de lei, lei mais alta, lei
aprimorada. Não. É sem lei. Aquilo que Ele pronunciou no Sermão no
Monte é lei? Não. O que ele pronunciou no Sermão no Monte é graça.
Só Ele pode viver daquele jeito. Só Ele tem aquele tipo de vida. Então aquilo é
graça na pessoa Dele. Se nós podemos, se nós devemos viver aquele tipo
de vida, só tem uma maneira. Só uma. Nós temos que estar Nele, e Ele tem
que estar em nós. Por que é que Paulo lá em Gálatas diz assim: Gálatas 2:20
LOGO, JÁ NÃO SOU EU QUEM VIVE, MAS CRISTO VIVE EM MIM; Só tem uma
maneira de viver aquela vida. Dessa maneira. Então Ele não vem trazer lei.
Ele veio trazer graça. Só que Ele mostrou que esse tipo de vida da graça, ela
é tão tremendo, tão inalcançável, que nós só podemos obter Nele. Primeiro
nós temos que ser colocados Nele, em união com Ele, e Ele então colocado em
nós, pelo Seu Espírito, para que possamos viver esse nível de vida cristã, o
que Paulo chama de andar no ESPÍRITO (GÁLATAS 5:16 DIGO, PORÉM: ANDAI
NO ESPÍRITO) (GÁLATAS 5:25 SE VIVEMOS NO ESPÍRITO, ANDEMOS TAMBÉM NO
ESPÍRITO.) Andar no Espírito. Vamos lá, continuando. Romanos 3:21 MAS
AGORA, SEM LEI, SE MANIFESTOU A JUSTIÇA DE DEUS. Os irmãos imaginem
então o quanto que essa expressão era atrativa para Lutero? Ele dizia que
ele tinha ódio nas suas palavras. Ele tinha ódio dessa expressão: Justiça de
Deus, porque, como eu já disse, ele contemplava um Deus que era justíssimo,
santíssimo, que queria ter relacionamento com o homem – porque Ele criou
o homem para ter relacionamento com ele, não para brincar com o homem -
Ele criou o homem para relacionar com o homem, mas Ele é um Deus
santíssimo, nas palavras Dele, justíssimo, que quer ter um relacionamento
com o homem, mas que não providenciou os meios para esse relacionamento,
porque ele já tinha tentado todos eles, e quanto mais ele tentava, pior ele se
sentia. Ele tinha ódio dessa expressão Justiça de Deus, justiça que pune,
justiça que condena, justiça que expulsa. Mas agora ele compreendeu: Justiça
de Deus, segundo a revelação de Romanos, é aquela justiça que justifica
pecadores indignos. É uma justiça revelada em Cristo. A Justiça que pune
pecadores, ainda será manifestada, quando da segunda vinda do Senhor. Os
homens comparecerão diante Dele e serão julgados por Ele, um a um,
conforme o fato de terem crido no Filho, ou não crido no Filho. Quem crê
no Filho tem a vida, e quem não crê no Filho, não tem a vida. É simples. Os
homens serão julgados assim, quando Ele vier. Mas quando da sua primeira
vinda, Ele mesmo disse: Eu não vim para julgar o mundo, Eu vim para
salvá-lo. Não é? Então Lutero compreendeu isso, e esse foi o júbilo do seu
coração. É o que Paulo diz. A justiça de Deus, que justiça? A justiça que
pune pecadores, a justiça que vinga o pecado do homem. Aqui não fala nada
disso. Aqui diz: Justiça de Deus, mediante a Fé em Jesus Cristo - olhe agora
essa expressão, duas preposições importantes aqui - para todos. E depois
sobre todos.

Seria um erro tremendo, dentro da visão de outros textos, da coerência bíblica


se isso tivesse escrito aqui isso seria uma tremenda incoerência escriturística,
porque a justiça da justificação não é uma justiça em nós. Não. A justiça da
justificação, é uma justiça sobre nós, porque não é justiça nossa. É de Cristo.
Não é uma justiça infundida. É justiça imputada. Então justiça de Deus,
mediante a fé, para todos e sobre todos os que crêem. Sobre então é muito
importante aí, porque não há distinção, porque todos pecaram e carecem da
glória de Deus. Tremendo texto. Une a justificação à glória. Os irmãos
estão vendo a questão da casa que eu coloquei aqui? Estão vendo?
Justificação – alicerce. Glória - edificação. O texto está unindo as duas
coisas. Justificação pela fé, porque nós pecamos e carecemos da glória de
Deus. Então a justificação nos trás de volta para a glória de Deus. A
justificação nos trás de volta para a expressão de Deus. É o que significa
glória. A justificação nos trás de novo numa posição na qual nós podemos
expressar Deus, manifestar Deus. Glória de Deus. Todos pecaram e carecem
de glória. Aí o verso 24 volta na justificação. Muito interessante e sugestivo os
irmãos verem a palavrinha, a expressão glória de Deus entre duas menções da
justificação, no verso 22 e no verso 24. Romanos 3:24 SENDO JUSTIFICADOS
GRATUITAMENTE, POR SUA GRAÇA, MEDIANTE A REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO
JESUS. Gratuitamente. Por sua graça. Qual a base da justificação? Aquele
alicerce anterior que nós estudamos que é a Expiação. Aqui diz mediante,
através. Por que é que nós podemos ser justificados? Porque o Senhor Jesus
na cruz realizou redenção, ou expiação. A Expiação, a Redenção que há em
Cristo Jesus, a quem Deus propôs no seu sangue como propiciação, ou
Expiação. É o mesmo sentido. Já falamos dessas duas palavras. Expiar ou
propiciar é exatamente a mesma coisa. O Senhor Jesus é propiciação, é
expiação e por isso nós somos justificados. Terceiro e quarto alicerce que nós
temos partilhado. Romanos 3:24 sendo justificados gratuitamente, por sua
graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. ........... mediante a fé, para
manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos; Quando anteriormente cometidos? No
tempo da lei. Irmão, como que Moisés, Arão, os filhos de Arão, o povo de
Israel, etc, Isaías, Jeremias, os homens e mulheres de Deus no Velho
Testamento, como que eles foram salvos se Cristo não havia se encarnado
ainda? Baseado em que sangue que eles foram perdoados? Sangue de bode?
Sangue de touro? Baseado em qual sangue que eles obtiveram perdão de
pecado? Ou eles não obtiveram? O que é que os irmãos acham? Quando
o Senhor Jesus voltar, quando Ele se reunir nas bodas do Cordeiro, aqueles
que são Dele, na Nova Jerusalém, onde vão estar esses santos do passado?
Eles estão salvo, eles estão perdoados, eles estão purificados? Claro que sim,
não é? Mas, baseado no quê? Eles só tinham bodes naquela época. Só
carneiro, só, só touros. Baseado em qual sangue? No sangue de Cristo. Por
que? Porque o sangue de Cristo tem eficácia fora do tempo, porque é o
sangue do Deus homem. Quando João teve aquela visão no Apocalipse ele
disse: Eu vi – mais de sessenta anos depois, do Senhor Jesus já ter
ressuscitado e ascendido aos céus, sessenta anos de história, mais ou menos já
haviam se passado, e João quando tem aquela visão em Patmos, ele diz: “eu
vi um cordeiro como que recentemente imolado”. Recentemente imolado.
Sessenta anos haviam se passado, porque João viu aquele valor, frescor eterno,
absoluto aos olhos de Deus. Então os santos do Velho Testamento foram
justificados em Cristo. Eles foram como que guardados para essa justificação
que se revelaria em Cristo. Deus, como diz o texto aí, deixou impune. Que
lindo versículo, irmão, porque não está dizendo que puniu no cordeiro, puniu
no touro, puniu no animal de qualquer espécie. Não. Aquilo era só uma
sombra, um tipo. Deixou impune, deixou em suspenso. Se o Senhor Jesus não
tivesse encarnado, se Ele não tivesse morrido, se Ele não tivesse
ressuscitado, se Deus não tivesse considerado o sacrifício desse
homem-Deus, perfeito, os santos do Velho Testamento estariam perdidos, e
nós também. Mas porque Deus considerou o sangue desse homem-Deus,
perfeito, os santos do Velho Testamento foram justificados e os do Novo
Testamento também. Todos baseados no mesmo sangue. É isso que esse
texto está dizendo. O que é que o irmão acha disso? É claro que quando
Martinho Lutero viu isso, os seus olhos se arregalaram, e ele então pregou
por toda a sua vida, tremenda verdade – Justificação somente pela graça, por
meio da Fé, em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem. Não há
distinção. Todos pecaram e carecem da glória de Deus. Que mensagem!!
Que segurança. É baseado nessa segurança que nós temos certeza, que nós
temos alegria, que nós temos gozo da salvação. Então, não confunda essas
duas palavras. Nunca tente responder ao inimigo, baseado em qualquer outra
arma, que não seja essa.

....com novos votos, quem sabe procurando méritos, quem sabe olhando o
passado – mas eu fiz – quem sabe transferindo pecados? Mas aconteceu por
causa desse, por causa daquele, por causa da circunstância, aquela pessoa,
aquela dificuldade. Nada disso. Essas armas são alfinetes. Não tem valor de
ferir o inimigo. Nós só podemos responder ao acusador, baseado no sangue.
Lembra lá em Apocalipse 12? Fala dos vencedores de Cristo ali? Lá diz
que eles venceram o acusador, aquele mesmo que os acusa de dia e de
noite, diante de Deus. Eles o venceram, diz a palavra, por causa do sangue do
Cordeiro, em primeiro lugar. Em segundo, por causa da palavra do
testemunho que deram. Qual o testemunho que eles deram? Da eficácia do
sangue. Da plena redenção de Cristo. Da suficiência do sacrifício de Cristo
para Deus. Não é fazendo votos de melhoria. Não é confiando no seu
arrependimento. Não é confiando na sua confissão de pecado. O irmão
consegue separar isso na sua experiência? Quando você peca e é convencido
pelo Espírito Santo de pecado, confessa a Deus o seu pecado, no que é que
você confia? Você confia na sua confissão? E acha que foi perdoado por
causa da sua confissão. Você confia no seu arrependimento? E acha que foi
perdoado por causa do seu arrependimento? Todas as duas bases são areia
movediça. Você não foi perdoado porque se arrependeu e nem foi perdoado
porque confessou. Você foi perdoado por causa da eficácia do sangue eterno,
e todas as vezes que você confessar pecado ao Senhor, saiba que você se
aproxima e tem ousadia por causa desse sangue, porque esse sangue foi
derramado em dado momento da história, mas é um sangue que tem eficácia
supra histórica, eterna, fora do tempo. É um sangue eterno.
Irmão. Entenda você da maneira como quiser, para o seu próprio
problema diante de Deus do que eu vou falar aqui, ma seu preciso te dizer.
Todos os pecados que você ainda não cometeu, já estão perdoados. Se você
quiser sair hoje pecando de todas as formas possíveis e imaginárias, pode sair.
Você vai responder diante de Deus por cada uma dessas situações, mas se
porventura, você realmente creu no Senhor Jesus, você está justificado, mas,
se a tua visão da justificação é clara e segura você nunca vai viver dessa
maneira. Conclusão: se você vive dessa maneira, talvez você nunca tenha
compreendido a justificação. Então a sua alma está em perigo. Se você vive
brincando com o pecado, sua alma está em perigo, porque você pode não ter
compreendido a justificação pela fé. E esse é um assunto decisivo. Se você
não compreendeu a Justificação pela Fé, não recebeu a Cristo como seu
Salvador, não creu Nele, não viu que a sua salvação está fora de você, está no
sacrifício que Ele fez, se essa graça não tem ganho você, então a sua alma está
em perigo. Perigo eterno. Entre o céu e o inferno. E essa questão tem que ser
decida hoje, agora. Não é assunto para amanhã. É assunto para agora. Você
está justificado? Você crê na eficácia eterna do sangue? Você sabe que o
seu Salvador está fora de você: é Cristo Jesus, o Deus homem? Que aquele
sangue que Ele derramou na cruz foi suficiente para satisfazer a Deus, e Deus
ressuscitou a Cristo para a sua justificação? Que basta que você entregue a
sua vida, confiadamente a Ele, você está salvo por Ele mesmo? Então
irmão, reveja a sua experiência no tocante a essa verdade, para que você não
tenha apenas um ensino intelectual nessa noite, mas para que você tenha um
confronto com a verdade de Deus para segurança da sua própria alma.
Amém. Vamos orar.

Ó Pai. Nos ajuda Senhor, mais uma vez reconsiderarmos esse assunto
da justificação pela Fé, nos nossos corações, com toda a sinceridade e
verdade diante de Ti Senhor. Nós queremos aqui como igreja, interceder uns
pelos outros, para que o Senhor pela tua graça, o Senhor possa clarear para nós
essa verdade como ela é, límpida e maravilhosa, e possa conceder aos nossos
corações aquela certeza, profunda, serena, tranqüila, santa certeza, de que nós
fomos justificados pelo sangue precioso do Senhor Jesus, e Senhor, que essa
certeza reflita em nossas vidas com os frutos da justificação. Que as obras que
o Senhor preparou para que nós andássemos nelas, antes da fundação do
mundo, obras da fé, sejam vistas na nossa vida. Nós pedimos ao Senhor que
possa evidenciar, de uma forma cada vez mais clara, o poder dessa justificação
do Senhor sobre as nossas vidas. Ajuda-nos Senhor. Ajuda-nos a ver hoje,
pela tua bondade, com mais clareza esse assunto. Convence Senhor, os
nossos corações, individualmente aqui, cada um de nós. Choca-nos Senhor,
mais uma vez com essa verdade. Confronta-nos. Não nos permita descansar
Senhor, enquanto não tivermos aquela plena certeza, confiança e descanso, no
nosso Salvador, o Senhor Jesus. Nós te pedimos Pai, em nome do Senhor
Jesus. Amém.

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