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Romanos é a epístola de Paulo mais longa, mais teológica e mais influente. Talvez por essas
razões foi colocada em primeiro lugar entre as do apóstolo. De modo contrário à tradição católica
romana, a igreja de Roma não foi fundada por Pedro, nem por qualquer outro apóstolo. Ela talvez
foi iniciada por convertidos de Paulo provenientes da Macedônia e da Ásia, bem como pelos
judeus e prosélitos convertidos no dia de Pentecoste. Paulo não tinha Roma como campo
específico de outro apóstolo.
Paulo, ao escrever esta epístola, perto do fim da sua terceira viagem missionária estava em
Corinto como hóspede na casa de Gaio (16.23).
Enquanto escrevia a carta aos Romanos através do seu auxiliar Tércio (16.22), planejava voltar a
Jerusalém para o dia de Pentecoste (At 20.16; provavelmente na primavera de 57 ou 58 d.C.) e
entregar pessoalmente uma oferta de socorro das igrejas gentias aos crentes pobres de
Jerusalém (15.25-27). Logo a seguir, Paulo esperava partir para a Espanha levando-lhe o
evangelho, visitar de passagem a igreja de Roma e receber ajuda dos crentes ali para prosseguir
em sua caminhada para o oeste (15.24, 28).
Paulo escreveu esta carta a fim de preparar o caminho para a obra que ele esperava realizar em
Roma e na sua missão prevista para a Espanha.
Propósito
1º Segundo parece, os romanos tinham ouvido boatos falsos a respeito da mensagem e da
teologia de Paulo (3.8; 6.1,2, 15); daí ele achou necessário registrar por escrito o evangelho que
já pregava há vinte e cinco anos.
2º Queria corrigir certos problemas da igreja, causados por atitudes erradas dos judeus para com
os gentios ( 2.1-29; 3.1, 9), e dos gentios para com os judeus (11.11-32).
Características Especiais
Sete destaques principais caracterizam Romanos.
(1) Romanos é a mais sistemática epístola de Paulo; a epístola teológica por excelência do NT.
(2) Paulo escreve num estilo de pergunta-e-resposta, ou de diálogo (3.1, 4-6, 9, 31).
(3) Paulo usa amplamente o AT como a autoridade bíblica na apresentação da verdadeira
natureza do evangelho.
(4) Paulo apresenta “a justiça de Deus” como a revelação fundamental do evangelho (1.16,17);
Deus restaura e ordena a situação do homem em Jesus Cristo e através dele.
(5) Paulo focaliza a natureza dupla do pecado, bem como a provisão de Deus em Cristo para
cada aspecto:
(a) o pecado como uma transgressão pessoal (1.1—5.11)
(b) o pecado como lei (gr. he hamartia), i.e., a tendência natural e inevitável à pecar, existente no
coração de toda pessoa, desde a queda de Adão (5.12—8.39).
(6) O capítulo 8 é o mais longo da Bíblia sobre a obra do Espírito Santo na vida do crente.
(7) Romanos contém o estudo mais profundo da Bíblia sobre a rejeição de Cristo pelos judeus,
bem como sobre o plano divino-redentor para todos, alcançando por fim Israel na plenitude dos
gentios (9–11).
Cap 1
Porque Jesus é o filho de Deus. O justo viverá pela fé. idolatria e homossexualidade
Cap 2
A circuncisão que tem valor é a do coração.
Cap 3
Justificação. (um ato jurídico entre o pai e o filho, que acontece no céu uma única vez, no
momento da decisão por cristo, onde o Deus declara que o individuo é justo, pois a injustiça dele
é substituta pela justiça ou conduta santa de cristo)
Cap 4
Todo aquele que tem fé é considerado por adoção filhos de Abraão, pois ele é o pai dos que tem
fé.
Cap 5
A lógica da salvação, pecado por um só homem X justiça por um só homem.
Cap 6
O ser do pecado que habita em nós na carne, que nos dominava a viver para a prática do pecado
está crucificado com Cristo, e aquele ser espiritual, que morreu na queda de adão ressurgiu com
Jesus na ressurreição, possibilitando-nos a vivermos, não mais dominados pela carne ou pecado,
mas pelo Espírito Santo, e a praticar obras de santidade.
Cap 7
Paulo personifica, como um ator, o Paulo anterior, que vive a lei de Moisés, e demonstra que esta
não consegue habilita-lo a praticar coisas boas, pois é dominado pelo pecado que habita nele e
usa a lei como ferramenta para fazê-lo pecar, pois a lei determinou o que é pecado. Rm 7. 17-24.
Cap 8
Em contraste com o personagem do cap 7, ele volta a se apresentar como o Apostolo Paulo
novamente, demonstrando que o Espírito Santo é o agente que habita em nós, e nos induz a
viver em santidade.
Cap 9
Paulo mostra a causa do fracasso espiritual dos Israelitas, alcançar a justiça divina pelas obras da
lei.
Cap 10
Paulo mostra o caminho da salvação, reconhecer que a lei de Moisés não pode salvar. E que
Jesus Cristo é o Messias, o Filho de Deus, e o próprio Deus, confessando isso publicamente, não
só no falar, mas no agir, pois “invocar” (13) implica crer e crer implica devoção.
Cap 11
Paulo mostra que Deus, endureceu o coração de Israel momentaneamente, devido suas
transgressões e por causa dos gentios, os usando para causar “ciumes” em Israel, e quando na
plenitude dos gentios, que já começou e tem seu ápice no arrebatamento da igreja, quando após
7 anos de tribulação, Israel reconhecerá que Jesus é Deus.
ROMANOS 12
Paulo abordou o sacrifício que Cristo fez por nós na cruz como prova da misericórdia de Deus.
Agora, ele versa sobre o sacrifício que devemos oferecer a Deus como prova da nossa gratidão a
Ele. Até o capítulo 11 Paulo tratou da doutrina; agora, tratará da ética. Ele passa da teologia para
a vida, do ensino para o dever. O teólogo escocês Frederick Fyvie Bruce, afirma que a Bíblia
nunca ensina uma doutrina para torná-la simplesmente conhecida. Ela é ensinada para que seja
transferida para a prática. Paulo repetidamente apresenta uma exposição doutrinária, e em
seguida apresenta uma exortação ética, interligando ambas, pela conjunção “pois/portanto” .
Nunca é demais ressaltar que Paulo sempre baseia o dever na doutrina; deduz a vida da crença;
mostra que o caráter é determinado pelo credo.
No capítulo 12, Paulo foca sua atenção nos relacionamentos: com Deus, com nós mesmos, com
o próximo e com os inimigos. Uma vida transformada tem relacionamentos transformados. Não
podemos amar a Deus e odiar nossos irmãos. Não podemos ter um relacionamento vertical
correto se os relacionamentos horizontais estão errados.
Portanto/Pois (gr. oun) Paulo leva seus interlocutores a senso de valorização, ao refletirem no
feito de Deus do capítulo 11. Que foi endurecer o coração dos Israelitas, para oportuniza-los um
relacionamento com Deus, que outrora era restrito aos israelitas, o direito à salvação e também
motivá-los a viver pelos ideais do evangelho.
Gamaliel era neto de Hilel, chamado de “O Ancião” (heb, Há-za-ken), foi o mais proeminente
mestre e rabino judeu do primeiro século da era cristã. Seu período de maior fama foi 70 A.C. a
10 D.C. Foi o fundador de uma influente escola, que tem o seu nome, a escola rabínica de Hilel
ou Bete Hilel. Foi um dos responsáveis pela formação do Talmud, uma coletânea de livros
sagrados dos judeus, onde estão registrados as discussões rabínicas sobre: à lei, a ética, os
costumes e história do judaísmo.
Muitas lendas surgiram em torno de seu nome. Uma delas, bem conhecida entre os estudiosos
da Bíblia, envolve um gentio, que teria vindo consultar a ele e a Shammai , outro famoso rabino
judeu, que era seu oponente. Esse gentio disse que abraçaria o judaísmo, se um deles pudesse
dizer-lhe a essência dessa religião, em pé, sobre apenas uma perna. Shammai não conseguiu
fazê-lo. Mas Hilel, em pé sobre um única perna, disse: Não faças ao próximo aquilo de que não
gostas: essa é a lei inteira, e o resto é apenas um comentário.
Porém deixando de lado tal posição, faz uso da ideia do privilégio que o cidadão romano possuía,
chamado em Latim de “Appellatio ad impérium”, na linguagem jurídica, interposição de recurso,
ou um “Apelo/Pedido”, para receber julgamento em um tribunal superior, que era presidido pelo
imperador.(At 25.11-12). Ele fez uso dessa ideia apontando como autoridade maior, comparada a
sua, a misericórdia de Deus.
Misericórdia (gr. oiktirmon) Paulo os leva a refletir na misericórdia/compaixão de Deus, que é
tudo aquilo que aconteceu, acontece, e acontecerá de bom em nossas vidas.
Jhon Sttot diz... “não há motivação maior para uma vida de santidade, do que contemplar as
misericórdias de Deus.”
A mais sublime demonstração de amor e misericórdia de Deus está em Jo 3.16 Fp 2.6-8
Apresenteis vossos corpos (gr. parastesai ta somata humon) a melhor comparação para se
entender esse termo é lembrar-se de uma cerimônia de casamento onde os noivos, fazendo
publicamente voto de fidelidade, se entregam um ao outro, de forma definitiva, tendo a morte
como único meio de separação.
Mas com Cristo nem a morte pode nos separar desse ato, pelo contrário, ela sela o matrimonio.
Rm 8.35-39.
Sacrifício vivo ( gr. thusian zosan) Em contraste ao sacrifício de um animal morto, num ritual que
era em um só local, durante um só momento, Deus requer um sacrifício vivo, que não está restrito
a locais e momentos, é um sacrifício que tem início, mas não tem fim, começa num local de
adoração e continua onde estivermos.
Santo (gr. hagian) o motivo de santidade é mais do que óbvio, considerando o agente santificador
e o receptor do sacrifício não poderia ser diferente. Santidade implica exclusividade.
Agradável, Aceitável (gr. euareston) a fé (Hb 11.6) e o andar do cristão (Rm 8.5-9) são fatores
determinantes na aceitação ou não desse sacrifício.
Nm 6.1-8
Vers 1-2 O voto do Nazireado deveria ser voluntário...Deus determinou essa voluntariedade com
propósito de mostrar para Israel que a devoção a Deus deveria brotar no coração.
Vers 3-4 O votante, não poderia comer nada derivado de uvas, que era algo comum e que não
era pecado, exceto aos sacerdotes quando estivessem de serviço. (Lv 10.9). Isso fala do dever
da Abnegação do cristão. ( Mt 16.24 1Co 6.12)
Vers 6-8 O votante não poderia se quer chegar perto de um morto... Essa regra era exigida
também ao sumo-sacerdote (Lv 21.11)
“A morte é produto do pecado, tudo que o pecado produz e o cristão “usufrui” prejudica seu
relacionamento com Deus”
Culto racional (gr. Latreian Logiken) Paulo ao fazer essa colocação nos faz lembrar como somos
agora, após o novo nascimento, considerados por Deus.
Paulo diz que a oferta do nosso corpo a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável é nosso
culto racional. A palavra grega logikos, “racional”, carrega a ideia de razoável, lógico e sensato.
Trata-se, portanto, de um culto oferecido de mente e coração, culto espiritual em oposição a culto
cerimonial. Para F. F. Bruce, talvez seja preferível “culto espiritual”, em contraste com as
exterioridades do culto do templo de Israel. Para Adolf Pohl, o culto racional é apenas um culto
que corresponde de modo coerente e adequado à misericórdia de Deus em Jesus Cristo.