Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As chamadas festas juninas estão entre as três grandes festas anuais do calendário
brasileiro (carnaval, juninas e natal). O país fica animado com a música (caipira e
irritante), comidas típicas à base de milho e mandioca e as famosas quadrilhas
(como se no Brasil já não as tivéssemos o bastante o ano inteiro). As festividades
são dedicadas a três "santos" do romanismo: Antônio (dia 13), João Batista (24) e
Pedro (28). Quero considerar tais práticas à luz da história e da bíblia.
As festas populares juninas são mais antigas que o cristianismo. Esta época
(solstício de verão e ápice da estação) era marcada pelo início da colheita. Os
celtas, bascos, egípcios e sumérios faziam rituais para garantir a fertilidade da
terra (e das mulheres que em muitos lugares tinham relações com diversos homens) e
o crescimento da vegetação após o inverno que começava a se aproximar.
Em Roma (sempre lá) havia as festas junônias, em homenagem à deusa Juno (dona do
mês de junho). Seria daí o nome "festas juninas"? Estas celebrações coincidiam com
a data da comemoração do nascimento de João Batista, e como a igreja de então não
conseguia extirpar o mal, preferiu "encampá-lo", vestindo-o com uma nova roupagem
pseudocristã. Mais tarde os jesuítas trouxeram estas festividades para o Brasil,
realizando várias alterações e inserindo práticas novas e sincretistas.
A primeira resposta é: as festas idólatras são vedadas aos verdadeiros cristãos [Ez
20.7: Então, lhes disse: Cada um lance de si as abominações de que se agradam os
seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu sou o SENHOR, vosso
Deus]. Veja também a advertência de Deus através do profeta Oséias [Os 14:8: Ó
Efraim, que tenho eu com os ídolos? Eu te ouvirei e cuidarei de ti; sou como o
cipreste verde; de mim procede o teu fruto]. Não importa o motivo alegado, por mais
santo que possa parecer qualquer participação em festas idólatras é idolatria e é
um pecado gravíssimo [I Co 10.22: Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso,
mais fortes do que ele?] e horrível cousa é sofrer o merecido castigo de Deus sobre
os pecados cometidos, especialmente voluntaria e conscientemente [Hb 10.31:
Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo].
Não era assim no início da Igreja Cristã. Os cristãos dos primeiros séculos
poderiam salvar a sua vida se apenas aceitassem dizer uma frase: "César é senhor",
mas a grande maioria deles preferiu a morte, afirmando veementemente que somente
"Cristo é o Senhor" [I Co 12.3: Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala
pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer:
Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo]. Ninguém podia tomar uma atitude
semelhante se não fosse impulsionado pelo Espírito de Cristo em seu coração (bem
diferente do espírito do mundo).
Lembremos que os promotores das festas juninas querem pagar promessas por dádivas
que teriam sido recebidas dos seus santos patronos (ou pedir-lhes algo).
Isto na prática é invocação de mortos, uma atitude condenada veementemente pelas
escrituras, em textos como Lv 19.31 [Não vos voltareis para os necromantes, nem
para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o
SENHOR, vosso Deus], Lv 20.6 [Quando alguém se virar para os necromantes e
feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei
do meio do seu povo] e Lv 20.27 [O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam
feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles]. Veja
ainda Is 8.19 Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que
chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos
se consultarão os mortos?].
Mas a verdade é que mortos nada fazem por mortos [espirituais], e somente de Deus
nos vêm todas as bênçãos [Tg 1:17: Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do
alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de
mudança]. Se ele não aceitava a necromancia em Israel, aceitá-la-ia na igreja,
santuário do seu Espírito Santo [I Co 3.16: Não sabeis que sois santuário de Deus e
que o Espírito de Deus habita em vós?]? É óbvio que não.
Considerando tudo isto, pergunto: você acha lícito um cristão verdadeiro (e não é o
fato de ter o nome numa lista de membros de determinada igreja - por mais ortodoxa
que ela seja - que faz de alguém cristão) participar de uma festividade cuja origem
está na idolatria pagã?
Quero lembrar as palavras de Paulo, que, embora trate de coisas lícitas, as julga
inconvenientes. Quanto mais para coisas ilícitas à luz das Escrituras [I Co 10.23:
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas
edificam]. Termino com uma citação do livro que acaba com todas as dúvidas: a
bíblia sagrada (pelo menos para o cristão):
Dt 27.15
Só este verso já deveria acabar com o culto idólatra a Antônio, Cosme, Damião, João
Batista ou Pedro - e a todos os outros, que lhe são semelhantes. Ao que nos cabe,
então bradar: "Fugi da idolatria [I Co 10.14], povo de Deus - para não se tornarem
partícipes dos flagelos destinados aos idólatras": o fogo do inferno, não uma
simples fogueirinha.