Você está na página 1de 3

Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Disciplina: Teologia Moral Fundamental


Professor: Waldir Souza
Aluno: Rafael Cosme Tessitori

Moral da Libertação

Entrega de uma reflexão de duas laudas sobre a Moral da Libertação.


Impasses, alternativas e elementos de fidelidade à tradição.

Acredito que a Teologia da Libertação, como um grande movimento sócio


eclesial, que desde o seu surgimento dentro da Igreja Católica na década de
1960, e que desde o seu surgimento vem sido criticada e avaliada em sua
dimensão social, isso porque sua teologia como fundamento e base de ajudar a
população sempre mais pobre e oprimida na labuta e caminho de conseguir seus
direitos, e por muitas vezes por agir e levantar a bandeira de luta, muitos dos
seguidores do movimento libertador, entraram em colapso com o Estado,
colocando em cheque seus interesses pessoais, sendo econômicos, e até
mesmo adentrando na questão hierárquica da Igreja Católica.
Pudemos observar que com o passar dos tempos, nestes anos que a
Teologia da Libertação vem passando por diversas mudanças, e muitas destas
mudanças vem acontecendo desde o fim daquilo que foi a Ditadura Militar, onde
se foi fortificado e dando mais ênfase ao que se acreditava nas crenças religiosas
e numa nova forma de pensar dentro da Igreja Católica, Essa nova maneira de
pensar levou a Teologia da Libertação a ter grandes desafios na evangelização
e ação para com os necessitados, e ainda hoje nos deparamos com o desafio
de ainda compreender quais foram e ainda quais são as suas prioridades nos
tempos de hoje.
A Teologia da Libertação no seio da Igreja Católica, principalmente no
Brasil, teve que ter um posicionamento bem firme, afrontando assim os grandes
problemas econômicos e sociais que se passava no Brasil, sabemos do poder
que os militares tinham e exerceram durante o regime dentro do nosso país,
onde muitos cristãos foram perseguidos, foi assim que nasceu então uma
relação dentro de nosso país, onde se envolveu religiosos completamente
engajados com as questões sociais dentro do Brasil, e quanto mais os religiosos
denunciavam e trabalhavam em favor dos problemas no país principalmente
como a fome, o desemprego, a questão do agronegócio e a repressão dos
militares, quanto mais se envolviam, mais perseguidos os agentes cristãos eram,
isso fazia com que a determinação em combater todo esse tipo de mal.
O clero católico foi atingido e embasado fortemente através da Teologia
da Libertação, agindo fortemente na defesa das ideias, e podemos até evidenciar
hoje alguns pontos em que a Teologia da Libertação influenciou, o trabalho com
a liberdade do ser humano e o processo de salvação na pessoa do Cristo
libertador, também a nova leitura bíblica do povo de Deus, onde o crescimento
das comunidades eclesiais de base, no meio dos pobres como uma nova
realidade e maneira de ser Igreja, esta luta e preferência pelos pobres era o
caminho de solidariedade ajudando o ser humano a ser cada vez mais livre e
buscar o seu êxodo.
O discurso ao qual a teologia da libertação usou e usa é a ideia de que
todo homem deve ser livre, a prática religiosa embasada na liberdade humana,
sendo assim o caminho da ação social, os caminhos ao qual se levava a teologia
e o caminho transformador, onde se realiza de maneira expressiva a teologia
incentiva a ações transformadoras, daí ser fermento e caminho, sendo ele
cultural e todos seres responsáveis na luta pela libertação. Esse caminho
teológico nos leva a enxergar as movimentações na luta, e isso ia de
contrapartida com o pensamento da teologia tradicional, a teologia tradicional
estava mais preocupada na pessoa particular como uma salvação individual e
no conformismo político.
Tendo em vista este cenário, a Igreja se move para que se pudesse ter
um sentido participativo na missão do povo de Deus dentro da Igreja no mundo,
daí começamos a ver o movimentos progressistas ganhando campo e sem medo
de modificar algumas coisas, tentando dar novas respostas para todas as
transformações do momento, e isso até mesmo dentro da própria Igreja e no
ambiente social, econômico e político da sociedade, este movimento, acredito
criou vários outros movimentos dentro da Igreja, principalmente para a Igreja do
Brasil.
No âmbito tradicional, aquilo que sabemos por Igreja Conservadora,
sendo diferente de qualquer mudança social e sempre tendo uma atitude
passiva, que muitas das vezes apoiava as ditaduras e o que as elites
estabeleciam no país, e podemos ver na história que essa Igreja levava nas
costas o tema da ordem, o progresso e a fé, sem se preocupar com os
movimentos sociais em que a sociedade se encontrava, também neste contexto
se realizava grandes marchas das famílias rumo a liberdade, tinham um
pensamento ultraconservador, onde se tinha a tradição, Família e Propriedade,
podemos lembrar bem da TFP, que no Brasil, se levantaram grandes nomes
para representar a grande ala da Igreja.
Aquilo que entendemos como Igreja Progressista, onde livremente se
criticava os resultados que provinha do capitalismo e qual e onde estava a
posição da Igreja conservadora, neste contexto moral onde se vivia a Igreja e
Sociedade, vamos ter uma figura importante como a pessoa do bispo de Olinda
Dom Hélder Câmara, que foi o grande nome da corrente progressista, onde se
juntava as denúncias e as grandes injustiças sociais que aconteciam dentro do
capitalismo.
Então o movimento libertador pela qual a Igreja Libertadora passou e
ainda luta para se manter, dentro de uma perspectiva teológica moral, nos leva
a entender esta crítica forte pela qual a hierarquia da Igreja atua, ela tenta
aproximar o caminho entre as religiões e a ciência, ajudando aproximar aquilo
que é sagrado na realidade humana.

Você também pode gostar