A espiritualidade ortodoxa tem suas raízes no Império Bizantino, onde a religião fazia parte da vida cotidiana e a Igreja trabalhava em estreita colaboração com o Estado. O monasticismo desempenhou um papel central, especialmente após o século X, quando monges como Cirilo e Metódio ajudaram a espalhar a fé ortodoxa para os eslavos. O grande cisma de 1054 dividiu a Igreja entre as tradições ocidental e oriental.
A espiritualidade ortodoxa tem suas raízes no Império Bizantino, onde a religião fazia parte da vida cotidiana e a Igreja trabalhava em estreita colaboração com o Estado. O monasticismo desempenhou um papel central, especialmente após o século X, quando monges como Cirilo e Metódio ajudaram a espalhar a fé ortodoxa para os eslavos. O grande cisma de 1054 dividiu a Igreja entre as tradições ocidental e oriental.
A espiritualidade ortodoxa tem suas raízes no Império Bizantino, onde a religião fazia parte da vida cotidiana e a Igreja trabalhava em estreita colaboração com o Estado. O monasticismo desempenhou um papel central, especialmente após o século X, quando monges como Cirilo e Metódio ajudaram a espalhar a fé ortodoxa para os eslavos. O grande cisma de 1054 dividiu a Igreja entre as tradições ocidental e oriental.
Professora: Andreia Cristina Serrato Alunos: Otoniel Wallysson e Rafael Tessitori
Espiritualidade Ortodoxa
Na espiritualidade bizantina vamos perceber que a religiosidade faz
parte de cada aspecto de sua vida cotidiana, e é neste âmbito religioso que vamos perceber que a Ortodoxia afirmar e tem como base aquilo que os Concílios foram deliberando os homens como seres imperfeitos, mas estes mesmos homens que são levados pela ação do Espírito Santo, na pessoa do Bispo que não significa somente um ser que era distante e que realizava os concílios, mas sim a presença de um pai de todo o seu povo, aquela presença amiga e que protegia as pessoas que tinham problemas e a ele recorriam, a presença no meio dos pobres e aqueles que viviam alguma opressão, com base naquilo que João Crisóstomo tinha vivido e convidado a viver, sendo assim cumpridas as obrigações sociais da Igreja dentro do império bizantino, que era uma de suas prioridades como espiritualidade a caridade. A Espiritualidade Ortodoxa teve um papel muito importante para a vida religiosa em Bizâncio, daí se expandindo por todos os países ortodoxos, sendo assim dando a conhecer e compreender que a maneira mais forte de se adentrar na espiritualidade ortodoxa é por meio monástico, e dentro da vida espiritual ortodoxa vamos encontrar grandes formas de viver esta dimensão espiritual, mas a oração e vivencia monástica é ainda a maior delas, sendo uma instituição perpétua, que surgiu no século IV no Egito, e de lá foi se espalhando por todo Cristianismo. Logo após a conversão de Constantino a vida monástica se desenvolveu de forma rápida e forte, nos tempos onde as perseguições eram fortemente armadas, logo os monges eram os mártires, e corriam o sério risco de confundir o reino de Deus com o reino terrestre, os monges então saem do meio da sociedade e adentram ao deserto, e assim exerciam uma vida profética, e escatológico dentro da Igreja, fazendo lembrar a todo o povo que o Reino é de Deus e não do mundo, isso por volta de 350 DC, e até nos dias de hoje isso é forte na Espiritualidade Ortodoxa, que podemos até observar desde os primeiros eremitas, aqueles que viviam uma vida só em suas cabanas, tumbas e até mesmo nas alturas das colunas. Um grande nome da vida eremítica foi Santo Antônio do Egito (251 - 356), e também podemos citar aqui o grande pioneiro São Pacômio do Egito (286 - 346), ele que criou a regra que São Bento irá usar futuramente, mas de uma maneira geral dentro da espiritualidade Ortodoxa a grande tarefa é a oração, e através dela ajudar o próximo, não sendo importante o que o monge faz, e sim o que ele é na vida dos outros e da Igreja. O império Bizantino então desde o século X foi a espiritualidade mais importante de monasticismo ortodoxo sendo ele chamado de Athos, e aí se tem um grande templo no meio da rocha no Norte da Grécia que se projeta no Mar Egeu e termina em um alto pico de 2033 metros de altura, sendo conhecido como uma montanha santa, ali vive mais de vinte mosteiros, e várias casas menores, tendo também alguns eremitérios. Sabemos que não existem Ordens no monasticismo ortodoxo, no ocidente um monge está ligado a uma ordem cartusiana, cisterciense ou uma outra ordem, já no oriente participa a uma fraternidade onde tem monges e monjas, e ligados a um mosteiro particular, sendo São Basílio uma grande figura ortodoxa, mesmo ele não fundando nenhuma, suas obras e regras são consideradas no meio espiritual ortodoxo. Em lugar de total responsabilidade e especial, o Imperador assume um papel importante no ritual da Igreja, não podendo é claro celebrar a eucaristia, mas recebendo também a sagrada comunhão, as vezes podia proferir o sermão, e em algumas solenidades podia incensar o altar, tendo em base as vestimentas que os bispos ortodoxos usam nos dias de hoje, para saber que este tipo de vestimenta era do tipo que os imperadores usavam, a Igreja e o estado formavam um só corpo, sendo que o poder do presbiterado era distinto do poder do imperador, ambos trabalhando para uma total cooperação. Sabendo que o Imperador e o Padre tinham uma sintonia nas ações, e nenhum tinha mais controle sobre o outro, aqui vemos uma lei forte dentro da Espiritualidade Bizantina, que foi regido por Justiniano e depois compreendida em várias obras sobre a espiritualidade Bizantina. Tanto como o imperador tinha o poder de convocar os concílios, tanto tinha autonomia para que fossem acatadas as decisões a serem cumpridas, mas somente ao Bispo se tinha o poder de decidir as questões da fé, porque foram os bispos que foram escolhidos por Deus para ensinar ao povo a fé, e ao imperador o dever de proteger a Ortodoxia, é claro que havia vezes em que o imperador se metia nos assuntos que eram devidamente eclesiásticos, mas quando se adentrava em uma questão básica no âmbito religioso e espiritual, a Igreja se manifestava sua vontade particular. Então na história espiritual da Igreja Ortodoxa sabemos que o Estado e a Igreja, cada uma tinha sua independência, e não subordinada uma à outra, mas caminhavam rumo a um espírito de organização para que tudo na sociedade caminhasse bem, juntos caminhavam para que acontecesse as políticas totalmente cristãs, tanto no governo e assim também nas vidas cotidianas, e a espiritualidade bizantina era verdadeiramente uma grande tentativa de colocar e aceitar as diretrizes onde se aplicava as implicações do mistério encarnado do Cristo, os bizantinos tinham um grande desafio de identificar o que era o Reino terreno com o Reino de Deus, o que era povo grego e o que era o povo de Deus. Então o grande cisma que aconteceu na espiritualidade ortodoxa, acontece no século X, que marca o começo e a força da vida monástica, que vinha se criando no mundo Bizantino, então por volta dos anos 860, alguns monges que nasceram na Tessalónica, sendo eles Cirilo e Metódio, começam a evangelizar as vilas dos eslavos, e para que melhor comunicassem a mensagem, usam de métodos novos, usando assim também um novo alfabeto, que hoje conhecemos como o alfabeto cirílico, que ainda é muito usado na Rússia e em alguns países vizinhos. O eremita Atanásio nos anos de 963, cria então um primeiro mosteiro na ilha do Monte Athos, logo em seguida na Polónia, e depois a Rússia, usando da imagem de seus príncipes, que se converteram ao cristianismo, em seguida no ano 1000, se expande para a Hungria a fé cristã ortodoxa, daí temos no ano de 1054 a grande separação entre as Igrejas, sendo a Igreja do Ocidente a Católica de língua latina, e a do Oriente, assumindo sua ortodoxia de língua grega, é claro que a unidade já se tinha rompido antes, por motivos de rivalidades entre os imperadores romanos e bizantinos, até mesmo na pessoa do Papa de Roma e os Patriarcas de Constantinopla. Então com esta cisão se tem uma nova Igreja Cristã, conhecida como Ortodoxas, do grego orthos, aquilo que é direito ou justo, aquilo que se considera e se acredita numa verdadeira herança e fiel ao cristianismo original do que a Igreja católica, esta espiritualidade bizantina usa e tem como modelo a vida dos Padres do Deserto, que totalmente consagraram a sua vida à oração e contemplação. Na Igreja Ortodoxa, os monges ocupam um lugar central, como os Pais da espiritualidade e da comunidade, um desses é Atanásio de Alexandria, que dizia: “Deus fez-se homem para o que o homem se faça Deus”, esta teologia teve grande influência em todo o Oriente, daí que se vê a importância que os Ortodoxos dão as comunidades monásticas, e três destas comunidades são de muita importância, sendo elas: o Mosteiro de Santa Catarina do Monte Sinai, que fica no lugar onde, conforme a Bíblia, Deus se revelou e falou com Moisés numa sarça ardente; o Stoudion, em Constantinopla, e o Monte Athos, que no século XI contava 180 mosteiros. Na Espiritualidade Ortodoxa, vamos ver o movimento onde se dá valor ao Espírito Santo e três mistérios: a Trindade, a Encarnação e a Transfiguração, esta espiritualidade que exalta o ser divino do homem que é criado à semelhança de Deus, então os religiosos ortodoxos, acreditam muito na teologia da beleza, e isso enxergamos em seus cantos, e nas celebrações o uso da arte do ícone, que alastrou aos católicos e protestantes durante o século XX.