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LIÇÃO 1

João 1
EBD
O VERBO DE DEUS PREEXISTENTE E HUMANIZADO

Leitura Bíblica para estudo João 1: 1-18

TEXTO REFERÊNCIA: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio


de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como unigênito do pai”
João 1:14
II - ATITUDES QUANTO AO VERBO – JO 1:6-9

João deixa de apresentar o Verbo para introduzir seu arauto e as reações a ele.
A) O ANUNCIADOR DO VERBO – JO 1:6-9
“Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como
testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a
crer por intermédio dele”. (1.6-7).
João Batista foi enviado para testemunhar de Jesus, a fim de que todos
colocassem sua confiança nele. João sabia o seu lugar. Ele era o anunciador da
luz, e não a luz; era o amigo do noivo, e não o noivo; era a voz, e não a
mensagem; era o servo, e não o Senhor. Jesus é a verdadeira luz que ilumina a
todo homem (1.9). são numerosas as testemunhas da verdade da
autorrevelação de Deus no Verbo: há o testemunho da mulher samaritana
(4.39), das obras de Jesus (5.36; 10.25), do Pai (5.32,37; 8.18), do Antigo
Testamento (5.39,40), da multidão (12.17), do Espírito Santo e dos apóstolos
(15.26,27). Todos esses dão testemunho de Jesus. Todo esse testemunho foi
dado com o propósito de promover fé em Jesus. Esse é o objetivo com o qual
esse Evangelho foi escrito (20.31)
B) A REJEIÇÃO E A ACEITAÇÃO – JO 1:10-11
“Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
11
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.”
O Verbo estava no mundo, e este foi feito por meio Dele, mas o mundo não o
reconheceu. Ele veio para os judeus, o povo escolhido que lia e conhecia as leis
e os profetas, e esperavam por Sua vinda. E, mesmo assim, quando ele veio, os
judeus não o receberam, Eles o rejeitaram, o desprezaram e o pregaram na
Cruz, Jesus veio para o que era Seu, e os Seus não o receberam. Embora tenha
amado Seu povo, foi por ele rejeitado. A aceitação do Verbo (1.12,13)
A salvação ultrapassa as fronteiras de Israel e se estende para o mundo inteiro,
Pessoas de todas as tribos raças e povos, todos os que receberem a Cristo,
recebem o poder de serem feitos filhos de Deus, de fazerem parte da família de
Deus. Esse poder é conferido não aos que se julgam merecedores por suas
obras, mas aos que creem no Seu nome. Ser filho de Deus aqui significa muito
mais do que ser criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27) é ter um
relacionamento íntimo e pessoal com ele. Esse direito do nascimento divino não
tem nada a ver com laços raciais, nacionais ou familiares. Depende da recepção
pela fé daquele a quem Deus enviou.

C) A ENCARNAÇÃO DO VERBO – JO 1:14


“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e
vimos a sua gloria, glória como do unigênito do Pai”

Depois de afirmar a perfeita divindade do Verbo, João agora passa ver a sua
perfeita humanidade. Jesus 100% Deus e 100% homem. E perfeitamente Deus
e perfeitamente humano.
a) O VERBO SE FEZ CARNE (1.14a) A expressão “se fez” tem aqui um sentido
muito especial. Não é um “se fez” ou “se tornou”, no sentido de ter cessado de
ser o que era antes. Nele as duas naturezas, divina e humana, estão presentes.
Deus, o Filho, sem cessar por um momento de ser divino, se fez homem e
habitou entre nós.
b) O VERBO TROUXE SALVAÇÃO PARA A RAÇA HUMANA (1.14b). “Cheio
de graça e de verdade”. Neste verso vemos a manifestação da graça de Deus à
humanidade! Graça é um dom completamente imerecido, algo que jamais
poderíamos alcançar por nosso esforço. O fato de jesus ter vindo ao mundo
para morrer na cruz pelos pecadores está além de qualquer merecimento
humano.
c) O VERBO VEIO REVELAR A GLÓRIA DO PAI (1.14c) E vimos a sua glória
como a glória de unigênito do Pai. Encontramos aqui a glória de Deus sobre os
homens Jesus é a exata expressão do ser de Deus. Nele habita corporalmente
toda a plenitude da divindade (C12.9). Quem o vê, vê o Pai, pois Ele e o Pai são
um.
III - O TESTEMUNHO DO VERBO – JO 1:15-18
João Batista, como anunciador de Jesus, abre as cortinas e faz sua
apresentação. Três verdades essenciais são apresentadas

A) O VERBO TEM PRIMAZIA – JO 1:15


“João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu disse o que
vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de
mim.”
João Batista testemunhou a respeito Dele, exclamando: “E sobre este que eu
falei Aquele que vem depois de mim está acima de min, pois já existia antes de
mim”. Ora, se Jesus nasceu seis meses de pois de João Batista e veio depois
dele, como já existia antes dele? A única resposta é que, antes de Jesus nascer
como homem, já existia eternamente como Deus, por isso tem a primazia.

B) O VERBO TRAZ GRAÇA E O FIM DA LEI – JO 1:16-17


“Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque
a lei foi dada por intermédio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de
Jesus Cristo”
GRAÇA E LEI
O apóstolo João faz esta afirmação definitiva quanto à diferença entre a Lei e a
Graça de Deus. Ele está revelando aqui, pelo Espírito Santo, que são duas
maneiras totalmente distintas de Deus agir a favor do homem.
A Lei foi dada por Moisés para revelar o quanto o homem é pecador e
merecedor de condenação. Por isso, na Antiga Aliança, as pessoas deveriam
cumprir a Lei com base em obras humanas, que incluíam as festas anuais
(Páscoa, Tabernáculos e Pentecostes), sacrifícios de animais e a dependência
do ministério dos sacerdotes levíticos – tudo para que vivessem debaixo da
bênção de Deus.
É importante enfatizar que todas estas “obras da Lei” apontavam para o
Messias, que viria para cumpri-las em sua vida, morte e ressurreição. Esta é a
razão pela qual o Senhor Jesus Cristo declarou: “Está consumado”, quando
estava sendo crucificado na cruz.
A Graça é Deus agindo a favor dos homens unicamente através da pessoa e
dos méritos de Jesus Cristo. Ou seja, não existe qualquer mérito humano.
Assim, a Graça anula as obras da Lei baseadas em esforços humanos para que
recebamos a revelação do infinito amor de Deus, que salva e justifica (absolve
de toda condenação), liberta, restaura, cura e abençoa unicamente através da fé
em Jesus Cristo, conforme o apóstolo Paulo declara em Gálatas 2:16:
“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim
mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que
fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da
lei ninguém será justificado.”

A fundamental diferença
A fundamental diferença entre elas é que a Lei exige a justiça dos homens,
enquanto a Graça concede justiça aos homens através de Jesus.
Uma observação é necessária: a Graça de Deus, em Cristo, jamais nos dá o
direito de vivermos no pecado. Esta realidade é precisamente revelada no
capítulo 6 de Romanos:
“1 Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? 2 De
modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”
6 Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo
do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.
11Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas
vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.
12
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes
em suas concupiscências;
13
Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por
instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre
mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
14
Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da
lei, mas debaixo da graça.
15
Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da
graça? De modo nenhum.
18E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.
19
Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como
apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade
para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à
justiça para santificação.
20
Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.
21
E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais?
Porque o fim delas é a morte.
22
Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso
fruto para santificação, e pôr fim a vida eterna.

Esta passagem revela que a Graça, ao contrário de nos conduzir a uma vida de
fé sem compromisso com a vontade de Deus, nos leva ainda a um maior
comprometimento com o Senhor, que nos libertou da culpa e da condenação do
pecado.

A graça não apenas anula o pecado, mas o supera Pela graça, somos
capacitados a viver para Deus. Contudo, como nos alerta o apóstolo Paulo (Rm
5.20; 62), a ilimitada graça de Deus não significa que temos uma “licença” para
praticar livremente o pecado. A graça nos liberta do pecado para vivermos uma
vida que verdadeiramente agrade ao Criador O Verbo é o fim da Lei (Jo 1.17). A
Lei é boa, santa e justa, porém nós somos pecadores. Ela é per feita, mas
somos imperfeitos. Por isso, a Lei não pode justificar. A Lei não tem poder para
curar. A Lei pode ferir, mas não pode fechar a ferida. A Lei é inflexivelmente
exigente, e nunca conseguimos atender as suas exigências. Por isso, pela Lei
estamos condena dos. Assim, o papel da Lei nunca foi no salvar, mas
convencer-nos do pecado, tomar-nos pela mão e conduzir-nos a Cristo. Ele é o
fim da Lei. Nele encontramos graça e verdade. Nele temos copiosa redenção,
Moisés foi o mediador da Lei, Jesus Cristo é mais que media dor, é a
corporificação da graça e da verdade.
C) O VERBO É O REVELADOR DO PAI – JO 1:18

“Ninguém jamais viu a Deus, o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é o
quem, o revelou.”

Deus é invisível, pois é Espírito. Contudo, Jesus, o Verbo eterno, velo ao mundo
exatamente para nos revelar Deus. Concordo com David Stern, quando diz que
João ensina que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, contudo faz uma distinção
entre o Filho e o Pai, para que ninguém possa dizer que o Filho é o Pai. João
declara que o Verbo encarnado tornou Deus conhecido. Veio para revelar o Pai.
Nem Abraão, o amigo de Deus, nem Moisés, com quem o Senhor tratava face a
face, puderam ver a glória divina em sua plenitude. Contudo, Jesus pode nos
tomar pela mão e nos levar a Deus. Ninguém pode ir ao Pai senão por Ele.
Ninguém pode conhecer o Pai senão através de Sua revelação. Ele é a perfeita
imagem. do Deus invisível. Ele é o resplendor da glória, a expressão exata do
ser de Deus. Quem o vê, vê a Pai, pois Ele e o Pai são um.

APLICAÇÃO PESSOAL

Jesus é o Filho de Deus. Depositar a fé Nele garante-nos força, coragem e


segurança para nossa caminhada cristã.

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