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Igreja Ágape

Escola Bíblica
2° semestre/21

Teologia e vida
Temas propostos:

Introdução: No que acreditamos. Nossa confissão de fé.

Lição 1 - Vitoria sobre a tentação.


Lição 2 - A perda do primeiro Amor.
Lição 3 - Reputação diante de quem?
Lição 4 - Doze características do verdadeiro filho de Deus.
Lição 5 - Como está sua vida de oração?
Lição 6 - Novo nascimento.
Lição 7 - Falando sobre sexo com os filhos pequenos.
Lição 8 - Cinco benefícios da comunhão entre os irmãos da fé.
Lição 9 - Uma igreja acolhedora.
Lição 10 - Uma vida comprometida com a excelência.
Lição 11 - Cuidado com o autoengano.
NO QUE ACREDITAMOS.Nossa confissão de fé.
Texto: 1° Pedro 3. 10 a 17
Alguém já perguntou a voce no que acredita? E, ao perguntar voce teve condições de
responder? Voce sabe no que voce crer? Como igreja local queremos lhe ajudar e
compartilhar com voce aquilo que acreditamos. São bases, fundamentos da nossa fé. A
partir desses fundamentos nos movemos, atuamos e edificamos nossa vida.

As Escrituras:
Cremos na inspiração plenária das Escrituras, que elas são a Palavra de Deus ao
homem, Sua revelação plena e final de Si mesmo e de Sua santa vontade. Os sessenta
e seis livros da Bíblia são a revelação escrita de Deus para o homem, inspirado
verbalmente por Deus (2 Timóteo 3.16), absolutamente sem erro nos documentos
originais. O conteúdo de cada livro é nada menos que a Palavra de Deus (1 Coríntios
2.7-14; 2 Pedro 1.20-21).

O Espírito Santo orientou os autores humanos que, através de suas personalidades


individuais e diferentes estilos de escrita, compuseram e registraram a Palavra de Deus
para o homem sem erro (2 Pedro 1.20-21; Mateus 5.18; 2 Timóteo 3.16).
A Palavra de Deus é uma revelação objetiva e proposicional, ao contrário de uma
alternativa subjetiva ou intangível (1 Tessalonicenses 2.13; 1 Coríntios 2.13). Preferimos
a interpretação histórico-gramatical ou gramático-histórico da Escritura, acreditando que,
embora haja inúmeras interpretações humanas subjetivas, existe uma intenção autoral
específica (tanto do autor humano quanto divina), que é o verdadeiro significado do
texto. É nossa responsabilidade discernir essa intenção, com base nas palavras
escolhidas e no seu contexto. Se apoiando no fundamento apostólico e profético tendo
Cristo como cabeça e chave de interpretação bíblica.
Uma vez que a Bíblia é a revelação verbal inspirada de Deus, é a única, suprema e
suficiente autoridade em todas as questões de fé e prática (Mateus 5.18; 24:35; João
10.35; 16.12-13; 17.17; 1 Coríntios 2.13; Efésios 2.20; 1 Tessalonicenses 2.13; 2
Timóteo 3.16; Hebreus 4.12; 2 Pedro 1.21; Apocalipse 22.18-19). Isso significa que nada
mais é ou pode ser autoritário para a nossa crença e prática; isso inclui qualquer pessoa,
organização, crenças e/ou tendências que sempre estão em mudança na cultura,
psicologia, educação, ciência, religião e na política.

A Trindade:

Cremos na existência de um Ser Supremo, pessoal, eterno, soberano na criação,


providência e redenção. Três Pessoas co-iguais, co-eternas, co-substanciais que
subsistem numa mesma essência – Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, tal
como revelado nas Escrituras (Salmo 115.3; Isaías 6.3; Jeremias 10.10; João 4.24; Atos
17.24-25; 1 Coríntios 8.4; 1 Tessalonicenses 1.9; 1 Timóteo 1.17; 6.15; Tiago 1.17;
Apocalipse 4.11; 5.12-14).
Deus:
Cremos que existe apenas um Deus verdadeiro, que existe eternamente em três
pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo (Gênesis 1.1; João 4.24; 10.30;
Deuteronômio 6.4; Mateus 28.19; 2 Coríntios 13.14).

Cristo:
Cremos que o Senhor Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus, tornou-se homem, sem
deixar de ser Deus, tendo sido concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria.
Cristo encarnou para que pudesse revelar Deus e redimir o homem dos seus pecados.
Ele realizou a nossa redenção através da Sua morte na cruz como um sacrifício
substitutivo. A nossa redenção é segura para nós por Sua ressurreição física literal
dentre os mortos (João 1.1-2, 14; Lucas 1.35; Romanos 3.24-25; 4.25; 1 Pedro 1.3-5).
Ora, tendo cumprido a obra da redenção, e tendo feito a reconciliação pelos pecados de
Seu povo, Ele, ao terceiro dia, ressuscitou corporal e gloriosamente dentre os mortos,
subiu ao céu e está agora assentado à destra do Pai, com toda glória e majestade, onde,
como o Sumo Sacerdote do Seu povo, cumpre o ministério de Representante,
Intercessor e Advogado (Hebreus 9.24; 7.25; Romanos 8.34; 1 João 2.1-2).

O Espírito Santo:
Cremos que o Espírito Santo é uma pessoa divina da mesma natureza que Deus Pai e o
Filho. Ele foi ativo na criação, Ele convence homens de pecado e restringe o maligno até
que o propósito de Deus seja cumprido. Ele é o agente sobrenatural na regeneração,
batizando todos os crentes no corpo de Cristo, habitando-os e selando-os até o dia da
redenção. Acreditamos que o Espírito Santo guia os crentes em toda a verdade. Todos
os que são salvos podem e devem ser cheios do Espírito (João 6.63; 2 Coríntios 3.6;
Romanos 8.11; 1 Pedro 3.18; Efésios 5.18).

O Homem:
Cremos que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus, mas que, no pecado
de Adão, a raça humana caiu, tornou-se alienada de Deus, herdou uma natureza
pecaminosa e é incapaz, por sua própria vontade, de buscar a Deus e remediar sua
condição perdida (Gênesis 1.27; Romanos 3.22-23; Efésios 2.12).

A Queda:
Cremos que Deus, por um ato criativo definido e direto, fez Adão à Sua imagem e
semelhança – íntegro, inocente e justo – capaz de comunicar com seu Criador, servi-lo e
glorificá-lo; todavia, Adão, tendo pecado e sendo destituído da glória de Deus, e seu
pecado tendo sido imputado à sua posteridade, sofreu as consequências de sua
desobediência. E não somente ele, mas Eva e toda sua posteridade já nascem num
estado de culpa e condenação, corrupção, inclinação ao pecado – todos filhos da ira,
separados e alienados de Deus, sujeitos à morte eterna (Gênesis 3.6-8, 13; 6.5;
Eclesiastes 7.20; Romanos 3.10-18, 23; 5.12, 20-21; 11.32; 1 Coríntios 15.21-22; 2
Coríntios 11.3; Efésios 2.1-3).
Salvação:
Cremos que a salvação é o dom de Deus, dado ao homem pela graça (não obtido pelos
esforços do homem) e recebido pela fé pessoal no Senhor Jesus Cristo, cujo sangue foi
derramado pelo perdão de nossos pecados (Efésios 2.8-10; João 1.12; Efésios 1.7). Os
crentes podem saber que são salvos e guardados pelo poder de Deus e, portanto, são
seguros em Cristo (João 10.28-29; Romanos 8.31-39; 1 João 5.13). É privilégio dos fiéis
se alegrar com a garantia de sua salvação.

A Igreja:
Cremos que a Igreja, que é o corpo e a noiva de Cristo, é um organismo espiritual
composto de pessoas nascidas de novo desta era, independente da sua afiliação com
organizações cristãs (Efésios 1.22-23; 5.25-27; 1 Coríntios 12.12-24). A igreja local está
no coração do plano do reino de Deus. A Igreja é edificada a partir da unidade no
Espírito e da diversidade nos serviços visando chegar a maturidade de Cristo! Somos
uma família para o Pai, uma esposa para o Filho e uma morada para o Espírito.

Satanás:
Cremos na existência de Satanás, um anjo caído, que é o inimigo aberto e declarado de
Deus e do homem (Jó 1.6-7; Mateus 4.2-11; Isaías 14.12-17). Satanás não é oposto ou
igual a Deus; o diabo é apenas uma criatura, e não pode agir sem a permissão soberana
de Deus (Jó 1.9-12). Acreditamos em anjos caídos (desobedientes eternamente) e em
anjos celestiais (mensageiros de Deus, servos celestiais a serviço de Deus)

O Regresso de Jesus Cristo:


Cremos que num dia e hora desconhecidos por todos os homens, o SENHOR Jesus
Cristo irá novamente retornar em pessoa, em toda Sua glória, levantando dentre os
mortos tanto justos quanto injustos, para em seguida julgar todos os homens. Ele lançará
os ímpios à condenação eterna, preparada para o diabo e seus anjos, e receber os
justos e piedosos no Reino que lhes preparou desde a fundação do mundo (Mateus
16.27; Lucas 21.27, 34-36; João 14.1-3; 1 Coríntios 1.7-8; Hebreus 9.28; Tito 2.11-14; 1
Tessalonicenses 2.19; 3.13; 5.23; 2 Tessalonicenses 2.1, 8; Apocalipse 20.11-15).

O Estado Eterno:
Cremos que as almas daqueles que confiaram no Senhor Jesus Cristo para a salvação
passam imediatamente para Sua presença na morte, as quais permanecem em
comunhão consciente até a ressurreição por ocasião da Sua Vinda, quando a alma e o
corpo reunidos estarão associados a Ele para sempre na eternidade. As almas dos
incrédulos permanecem após a morte na desgraça consciente até o julgamento final do
grande trono branco no final do milênio, quando a alma e o corpo reunidos serão
lançados no lago do fogo, para não serem aniquilados, mas punidos eternamente na
presença gloriosa e poderosa do Senhor em ira e justiça (Lucas 16.19-26; 23.42; 2
Coríntios 5.8; Filipenses 1.23; 2 Tessalonicenses 1.7-9; Judas 6-7; Apocalipse 20.11-15).
Acreditamos em um céu e inferno literais e eternos.
A Família.
Cremos na família, (Homem e Mulher, macho e fêmea) como um projeto divino, santo,
eterno, proclamador e revelativo (revelação) da missão de Deus no universo. (Genises 1.
28; Genises 2.24; Efésios 3.15; 1° Tm 5.8; ).

Autoria / adaptação: Alessandro Santos.


LIÇÃO 1 - Vitória Sobre Tentação.

Texto: Mateus 4. 1 a11

Havia uma vez um homem que tinha como animal de estimação um leopardo. Um dia o
leopardo estava lambendo a mão de seu mestre quando um dos seus dentes raspou
aquela mão. De repente, o leopardo saboreando o gosto de sangue virou e atacou seu
mestre. O animal de estimação matou seu dono. Você talvez não iria ser tão insensato
de criar um animal silvestre tão perigoso quanto um leopardo. Mas, você pode estar
criando algo mais perigoso ainda se você alimenta hábitos ou amizades ou contatos com
pessoas ou situações que podem acabar com sua vida espiritual. Você está criando um
animal de estimação perigoso?

I - Os “Provérbios do Diabo”.
Nosso adversário, o diabo, é muito esperto. Ele sabe apelar também para nosso desejo
de ser esperto e inteligente. Às vezes queremos ser inteligentes e aproveitar ao máximo
as oportunidades que temos. Mas, creio que às vezes nosso inimigo coloca
pensamentos nas nossas cabeças que podem nos levar a uma grande queda. Pelo
menos, ele deve ficar contente quando nos vê pensando assim.
Em seguida vou relatar alguns “provérbios do diabo” que tenho observado. São
pensamentos que, quando seguidos, podem nos levam a pecar.

1. “O pasto está sempre mais verde do outro lado da cerca.”


Já notou que o namorado, marido, esposa, família daquele (a) fulano sempre parece
mais bonito, e charmoso que o seu? Talvez é a roupa dela, o cabelo dela, ou o fato que
os pais dela tem mais dinheiro que os seus.
Já olhou para algum amigo e pensou “Poxa, se eu tivesse um carro como ele.. “Se eu
tivesse um computador, se eu tivesse um bom emprego, se eu tivesse”.. Sempre parece
que há algo melhor, maior, mais bonito, mais desejável com a outra pessoa.
Prov 27:20 “O inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se
satisfazem.” De certa forma o que estamos dizendo a Deus com isso é “Eu não estou
satisfeito com aquilo que o Senhor me deu. O Senhor errou na medida. Eu mereço
melhor.” Com isso o inimigo começa a ganhar espaço para trabalhar nas nossas mentes
e nas nossas vidas. Solução: Agradecer a Deus por tudo que você tem.

2. “Deus vai me impedir de pecar.”


Você já brincou um jogo sobre a tentação? Ele vai da seguinte forma: Você está
enfrentando uma tentação. Então, você pense para si mesmo “Se Deus não quiser que
eu faça isso, então ele vai me parar.” Eu já vi gente que orava algo assim “O, Senhor, se
eu realmente não devo ir para aquela festa ou sair com tal rapaz, então impeça ele de
chegar aqui ou me faça parar no caminho.” A Bíblia não diz que Deus sempre vai provar
uma força para resistir?
1 Cor 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e
não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário,
juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais
suportar.”

É verdade que a Bíblia nos prometa livramento, uma saída para não pecar. Mas, muitas
vezes enfrentamos a tentação e nada acontece. Caímos e pecamos como se Deus não
tivesse nos ajudando. Parece que Deus não respondeu a seu pedido. Será então que
Deus permitiu? Na hora em que José foi tentado pela mulher de Potifar (Gen 39:6-20)
ele recebeu alguma visão ou revelação que o ajudasse a resistir? Quando Daniel foi
ameaçado com a morte se continuasse orando para Deus, ele recebeu alguma ajuda
especial?
Como foi então que estes homens resistiram? De onde veio o livramento? José resistiu a
tentação porque ele já havia decidido não pecar contra Deus. Daniel continuou fiel a
Deus porque já havia decidido que sua confiança era em Deus. Geralmente pensamos
que o livramento vem na hora da tentação, como se Deus fosse mandar um anjo para
nos obrigar a parar de ir àquela festa ou entrar naquele quarto de motel. Mas a hora do
livramento de Deus vem bem antes.

Ef 6:13 “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia
mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.”
Paulo nos chama a colocar toda a armadura de Deus antes de chegar a tentação. Note
que ele não diz, quando chegar a tentação, corra para calçar seus pés com o Evangelho.
Quando é a hora do livramento de Deus? É hoje.
Solução: Se preparar agora. Se fortalecer hoje contra o inimigo. A hora de colocar a
armadura que nos ajudará a resistir a tentação é agora, antes da tentação.

3. “É só uma vez.” A primeira vez pode ser também a última para sua condenação.
Quantas vezes Davi cometeu adultério? – Uma. O adultério de Davi, uma só vez, levou
às seguintes consequências: Uma outra pessoa foi levada a pecar - Bate Seba. O
marido dela, Urias, foi assassinado. A morte do filho de Davi, o filho de Bate Seba. A
briga entre os filhos de Davi sobre uma mulher. A morte de dois dos filhos de Davi. O
povo de Deus ficou dividido entre Absalão e Davi. Tudo isso veio como resultado de
apenas um pecado. Sua primeira vez com alguns pecados pode ser sua última:

1. É com a primeira vez que você transar com alguém que perde para sempre sua
virgindade.
2. É com uma única vez de ter relações sexuais que você pega a AIDS ou outras
doenças sexualmente transmissíveis, ou uma gravidez indesejável.
3. É com o primeiro copo de bebida que o alcoólatra começa sua queda para o vício.
Não foi o último copo que o destruiu, mas o primeiro.

4 - Solução: Fugir: Um dos primeiros passos que precisamos tomar é de fugir


daquilo que nos tenta. Há várias tentações na Bíblia e em alguns casos somos
exortados a resistir.
Paulo aconselha os irmãos em Éfeso a ficarem firmes contra “as ciladas do diabo.” (Ef
6:11). Tiago e Pedro aconselham os irmãos a resistirem o diabo (Tiago 4:7; 1 Pedro 5:9).
Há situações em que não tem saída. Se um Cristão está sendo ameaçado pelo governo
por pregar o Evangelho, ele não tem como fugir. Ele tem que ficar firme, resistir e pregar.
Mas, há outras situações em que nós podemos nos proteger. O conselho de Paulo é um
só “Fugi da impureza.” (1 Cor 6:18 “porneia”) ele diz para os Cristão em Corinto.

Há situações em que o melhor é simplesmente sair correndo. Para o jovem Timóteo,


Paulo aconselha que ele também foge das paixões 2 Timóteo 2:22 “Foge, outrossim, das
paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração
puro, invocam o Senhor.”

Chaves Para a Vitória :


Uma das chaves para resistir a tentação é cuidando do olho e não olhando coisas que
provocam pensamentos pecaminosos. A Bíblia fala do poder do olho. Sl 101:3 “Não
porei coisa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam;
nada disto se me pegará.”

Pv 17:24 “A sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do insensato vagam pelas


extremidades da terra.”

Pv 27:20 “O inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se


satisfazem.”

Ec 1:8 “Todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir; os olhos não
se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir.”

Ec 6:7 “Todo trabalho do homem é para a sua boca; e, contudo, nunca se satisfaz o seu
apetite.”

Mat 5:29 “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém
que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.”

Mat 6:22-23 “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu
corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em
trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”

A melhor arma contra a tentação? Agradecimento a Deus. A gratidão a Deus é uma


ferramenta poderosa contra a tentação. Sabe a pessoa mais difícil de se tentar? -
Aquela que está satisfeita. Alguém disse: “Há duas maneiras de ser rico - possuir cada
vez mais, ou ficar satisfeito com aquilo que você tem.” A pessoa satisfeita, contente com
tudo que Deus já deu, é um alvo duro para o inimigo. Outra arma poderosa contra a
tentação é de encher nossas mentes com a Palavra de Deus. Decorando versículos e
mantendo um tempo de leitura e estudo na Bíblia diariamente ajudam a manter os
nossos pensamentos nas coisas lá do alto.
Mas, se cairmos? O que podemos fazer? Às vezes caímos na tentação. Pecamos. Aí,
ficamos desanimados. Ficamos frustrados conosco mesmo. Às vezes até dá vontade de
desistir. Podemos até sentir como hipócritas.

Uma das mentiras mais devastadoras do inimigo é esta - “Você não consegue.” “Você
não presta.” Quem diz isso não é Deus, é seu inimigo. Porque Deus espera você voltar
para Ele. A solução? - Se levantar de novo.

Prov 24:16 “ porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos são
derrubados pela calamidade.”

Conclusão: Vamos orar.

Autor: Dennis Downing


LIÇÃO 2 – A PERDA DO PRIMEIRO AMOR
Texto: Apocalipse 2. 1 a7

De acordo com a mensagem de Jesus na Carta à Igreja de Éfeso, a perda do primeiro


amor não é apenas uma questão de “relaxarmos” no trabalho de Deus, pois o Senhor
lhes disse: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança” (Ap
2.2a).
A palavra grega traduzida como “labor” é “kopos”, que, de acordo com a Concordância
de Strong, significa: “intenso trabalho unido a aborrecimento e fadiga”. Este tipo de labor
seguido de perseverança, por parte dos Efésios, não nos permite concluirmos que eles
tenham demonstrado alguma queda de produtividade no serviço ao Senhor. “Perder o
primeiro amor” também não é “enfrentar uma crise de desânimo” ou “desejar desistir”,
uma vez que, nesta mensagem profética, o Senhor Jesus elogia a persistência desses
cristãos de Éfeso: “e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e
não te deixaste esmorecer” (Ap 2.3).

A perda do primeiro amor também não pode ser vista como sendo um momento de crise
no trabalho ou na dedicação, uma vez que é algo que Deus “tem contra nós”: “Tenho,
porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste,
arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu
lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2.4,5)

Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada de pecado, e


necessita arrependimento. Há muitos crentes que continuam se dedicando ao trabalho
do Senhor, mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo,
pelo galardão, por quaisquer outros motivos, os quais, acompanhados daquele primeiro
amor intenso, fariam sentido, mas sozinhos não!

O Senhor Jesus tampouco está exortando esta igreja por não O amarem mais! Não se
tratava de uma ausência completa de amor, pois ainda havia amor! No entanto, o amor
deles havia perdido a sua intensidade e não era mais o amor que Ele esperava encontrar
neles!

PORQUE PERDEMOS O PRIMEIRO AMOR: O primeiro amor é como um fogo. Se


colocamos lenha, ele fica mais inflamado. Contudo, se jogamos água, ele se apaga!
Falhamos por não alimentarmos o fogo e por permitirmos que outras coisas o apaguem!
Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade.
No entanto, há quatro coisas, especificamente, que eu gostaria de enfatizar aqui. Se
quisermos nos prevenir e evitar esta perda, ou se quisermos uma restauração, depois
que perdemos este amor, precisaremos entender estes aspectos e a maneira como eles
nos afetam:
1. O convívio com o pecado
2. A falta de profundidade
3. A falta de tratamento
4. As distrações
O CONVÍVIO COM O PECADO:
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.” (Mateus 24.12)

Ao falar do “convívio com o pecado”, ao invés do pecado em si, estou pretendendo


estabelecer uma diferença importantíssima. É óbvio que quem vive no pecado está
distante de Deus. A ausência do primeiro amor é chamada de “pecado”, mas este
pecado não é necessariamente ocasionado por um outro pecado na vida da pessoa que
sofreu esta perda. Muitas vezes esta frieza é gerada pelo “convívio com o pecado dos
outros”! Creio que, em Mateus 24.12, Jesus está Se referindo aos pecados da sociedade
em que vivemos. Devido à multiplicação do pecado à nossa volta (e não
necessariamente em nossas vidas), passamos a conviver com algumas coisas que,
ainda que não as pratiquemos, passamos a tolerar!

Precisamos ter o cuidado de não nos acostumarmos com o pecado à nossa volta. Muitas
vezes o enredo dos filmes que nos proporcionam entretenimento faz com que nos
acostumemos com alguns valores contrários ao que pregamos. Acabamos aceitando
com naturalidade a violência, a imoralidade, e muitos outros valores mundanos. Ainda
que não cedendo a esses pecados, se não mantivermos um coração que aborreça o
mal, ficaremos acostumados com esses valores errados a ponto de permitirmos que o
nosso amor se esfrie! Precisamos agir como Ló, que se afligia com as iniquidades das
pessoas à sua volta: E, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-
as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver
impiamente; e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles
insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles,
atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles)… porque
o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o
Dia de Juízo.” (2 Pedro 2.6-9)

FALTA DE PROFUNDIDADE:
O segundo fator que contribui para o esfriamento do nosso amor pelo Senhor é a nossa
falta de profundidade na vida cristã. Há muitas pessoas que vivem superficialmente o
seu relacionamento com Cristo.

Na Parábola do Semeador, Jesus falou sobre a semente que caiu em solo pedregoso. O
resultado é uma planta que brota depressa, mas não desenvolve a profundidade, porque
a sua raiz não consegue penetrar profundamente no solo que não tem muita terra,
tornando-se assim superficial. O risco que esta planta corre, pelo fato de que ela se
desenvolveu na superfície, é que, saindo o sol (figura do calor das provações), ela pode
morrer rapidamente: “A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a
recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da
provação, se desviam.” (Lucas 8.13)

O segredo de não nos afastarmos do Senhor nem perdermos a alegria inicial é o


desenvolvimento da profundidade em nossa vida espiritual. Muitos cristãos vivem
somente dos cultos semanais. Não investem tempo num relacionamento diário, não
oram, não se enchem da Palavra, não procuram mortificar a sua carne para viverem no
Espírito, não se envolvem no trabalho do Pai. São cristãos sem profundidade, que vivem
meramente na superfície!

A questão da profundidade nas coisas espirituais é aplicada não somente em nossa vida
com Deus, mas também nos que servem a Satanás. Na Carta à Igreja de Tiatira, no
Apocalipse, o Senhor Jesus elogiou os que não conheceram as profundezas de Satanás:
“Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm
esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra
carga vos não porei. Mas o que tendes retende-o até que eu venha.” (Apocalipse 2.24,25

O mesmo princípio da profundidade que se aplica à vida espiritual de quem se encontra


no Reino de Deus também se aplica a quem está no Reino das Trevas. Se quem vive no
engano do Reino das Trevas chega a desenvolver uma profundidade nesta caminhada
que leva à perdição, então nós, que conhecemos a verdade, não podemos nos
relacionar com esta verdade de um modo meramente superficial. Se desenvolvermos
raízes profundas em Deus, não fracassaremos na fé!

A FALTA DE TRATAMENTO:
O terceiro fator que contribui para o esfriamento do nosso amor pelo Senhor é a falta de
tratamento em algumas áreas das nossas vidas. Já vimos na Parábola do Semeador que
um dos exemplos de como o potencial de frutificação da Palavra de Deus pode vir a ser
abortado na vida de alguém é a falta de raiz, de profundidade. Mas há um outro exemplo
que o Senhor Jesus nos deu nesta parábola – da semente que caiu entre
espinhos:“Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a
sufocaram.” (Lucas 8.7)

Os espinhos não pareciam ser tão comprometedores porque eram pequenos. E,


justamente por não parecem perigosos, não foram arrancados. Depois, eles cresceram e
sufocaram a semente da Palavra, abortando assim o propósito divino de frutificação.“A
que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados
com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.”
(Lucas 8.14).

As áreas que não são tratadas em nossas vidas talvez não pareçam tão nocivas hoje,
mas serão justamente as áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor
posteriormente.

A queda espiritual nunca é um ato instantâneo ou imediato. É um processo que envolve


repetidas negligências da nossa parte, e são estas mesmas “inocentes” negligências que
nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às áreas que precisam ser
trabalhadas em nossas vidas!
AS DISTRAÇÕES:
Diferentemente do cristão que está travando uma luta contra o pecado, o cristão que
costuma ser enredado pelas distrações é, via de regra, alguém que não tem cedido ao
pecado, mas perde o alvo ao distrair-se com coisas que talvez sejam até mesmo lícitas,
mas roubam-lhe o foco.

A Bíblia diz que, quando Moisés foi ao Egito com uma mensagem de libertação, o Faraó
aumentou o trabalho do povo para que eles se esquecessem da ideia de adoração a
Deus: (Êxodo 5.5-9). Este quadro, no meu entendimento, é uma ilustração da estratégia
que Satanás tenta aplicar hoje contra os cristãos. Aliás, na tipologia bíblica, Faraó é uma
figura do Diabo, o nosso antigo tirano e opressor, de quem Deus nos libertou (Cl 1.13).

Hoje em dia há muitas pessoas que se envolvem tanto em seus trabalhos e negócios
que não têm tempo sequer de se lembrarem de buscar a Deus. Já na Antiga Aliança,
Deus exigia um dia semanal de descanso, onde as pessoas não somente paravam de
trabalhar, mas também usavam esse tempo para buscarem e adorarem ao Senhor.
Infelizmente, este tem sido um fator de distração e esfriamento para muitos cristãos
sinceros, que não cederam às pressões do mundo ou do pecado.“O que realmente eu
quero é que estejais livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do
Senhor, de como agradar ao Senhor; mas o que se casou cuida das coisas do mundo,
de como agradar à esposa, e assim está dividido. Também a mulher, tanto a viúva como
a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito;
a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do mundo, de como agradar ao
marido. Digo isto em favor dos vossos próprios interesses; não que eu pretenda enredar-
vos, mas somente para o que é decoroso e vos facilite o consagrar-vos,
desimpedidamente, ao Senhor.” (1 Coríntios 7.32-35)

Até mesmo o nosso próprio serviço prestado ao Senhor pode se tornar uma distração!
Os irmãos de Éfeso perderam o seu primeiro amor, ainda que não tivessem parado de
trabalhar para Deus! Encontramos também uma clara advertência do Senhor Jesus no
episódio bíblico de Marta e Maria (Lc 10.38-42). Enquanto Maria estava aos pés de
Jesus, Marta se queixava pelo fato de haver ficado sozinha na cozinha, servindo. Não
creio que Marta estivesse trabalhando somente para manter a casa em ordem. Penso
que ela tinha uma boa motivação: ela queria ser uma boa anfitriã; ela queria receber e
servir bem ao Senhor Jesus! No entanto, até mesmo os bons motivos podem se tornar
distrações, e por isso Jesus disse o seguinte a Marta: "Respondeu-lhe o Senhor: Marta!
Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário
ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”
(Lucas 10.41,42) “Uma só coisa é necessária”! Nada, absolutamente nada é mais
importante do que a nossa concentração em buscá-lo sem distração alguma!

Precisamos vigiar com relação a todas as coisas (até mesmo as coisas boas e lícitas que
podem ser consideradas como bênçãos em nossas vidas!) que podem nos distrair, tirar o
nosso foco de termos o Senhor Jesus em primeiro lugar!
Este é um caminho de proteção do nosso amor pelo Senhor. O nosso cuidado nestas
quatro áreas é útil para prevenirmos e evitarmos a perda (ou depreciação) do nosso
primeiro amor. Contudo, há os que já perderam o seu primeiro amor! Assim sendo, é
preciso fazer alguma coisa com relação à perda já sofrida. Para essas pessoas, eu
gostaria de compartilhar o que eu tenho entendido nas Escrituras como sendo o caminho
de volta.

CONCLUSÃO:

O CAMINHO DE VOLTA - O caminho de volta é o caminho da restauração. Foi o próprio


Senhor Jesus que propôs o caminho da restauração: “Lembra-te, pois, de onde caíste,
arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu
lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2.5). Cristo mencionou três
passos práticos que devemos dar a fim de voltarmos ao primeiro amor:
1. Lembra-te!
2. Arrepende-te!
3. Volta à prática das primeiras obras!

O primeiro passo é um ato de recordação, de lembrança do tempo anterior à perda do


primeiro amor. Não há melhor maneira de retomá-lo do que esta: relembrarmos os
primeiros momentos da nossa fé, da nossa experiência com Deus! O profeta Jeremias
declarou: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lamentações de
Jeremias 3.21)

Algumas lembranças têm o poder de produzirem em nós um caminho de restauração.


Muitas vezes não nos damos conta do que temos perdido. Uma boa forma de
dimensionarmos as nossas perdas é contrastarmos o que estamos vivendo hoje com o
que já experimentamos anteriormente em Deus. Recordo-me de uma ocasião em que fui
visitar os meus pais e entrei no quarto que, quando solteiro, eu compartilhava com os
meus irmãos. O simples fato de eu entrar naquele ambiente trouxe à minha memória
inúmeras lembranças. Revivi em minha mente os momentos de oração e intimidade com
Deus que eu havia passado lá. Recordei, emocionado, as horas que, diariamente, eu
passava lá, trancado em oração! Sem que ninguém me falasse nada, percebi que a
minha vida de oração já não era como antes. Estas lembranças ocasionaram naquela
época uma retomada da minha dedicação à oração, e, até mesmo hoje, ao recordar
aqueles momentos da poderosa visitação de Deus que eu vivi naquele quarto, sinto-me
motivado a resgatar o que eu deixei de lado!

Contudo, a lembrança em si do que eu havia provado lá não produziu mudança alguma.


Ela simplesmente trouxe um misto de saudade com tristeza e arrependimento, pelo fato
de eu ter deixado de lado algo tão importante! E esta é exatamente a segunda atitude
que Jesus pediu aos irmãos de Éfeso:“Arrepende-te!” Não basta termos saudades de
como as coisas eram anteriormente! É preciso que sintamos dor por termos perdido o
nosso primeiro amor! Precisamos lamentar, chorar, e clamar pelo perdão de Deus.
É imperativo reconhecer que a perda do primeiro amor é mais do que um desânimo, ou
qualquer outra crise emocional! É um pecado de falta de amor, de desinteresse para
com Deus!

À semelhança dos profetas do Antigo Testamento, Tiago definiu como devemos nos
posicionar em arrependimento diante do Senhor. Deve haver choro, lamento e
humilhação: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos,
pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e
chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos
na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.8-10)

O fato de nos humilharmos perante o Senhor é o caminho para a exaltação (restauração)


diante d’Ele. Se reconhecermos que abandonamos o nosso primeiro amor, teremos que
separar rapidamente um tempo para orarmos e chorarmos em arrependimento diante do
Senhor e para buscarmos uma renovação.

Eu sei que recordar e chorar pelo passado também não é a cura em si, mas é um passo
em sua direção! É um estágio de preparação, por assim dizer. Por isso o conselho
proposto pelo Senhor na Carta à Igreja de Éfeso ainda tem um terceiro passo prático:
“Volta à prática das primeiras obras!” Portanto, não basta apenas revivermos as
lembranças e chorarmos! Temos que voltar a fazer o que abandonamos!

Essas primeiras obras a que Cristo Se refere não são o primeiro amor em si, mas estão
atreladas a ele – são uma forma de expressarmos e alimentarmos o nosso primeiro
amor! Elas têm a ver com a forma pela qual O buscávamos e também a maneira como O
servíamos. Jesus não protestou porque os Efésios não O amavam mais, e sim porque já
não O amavam mais como anteriormente! Precisamos mais do que o reconhecimento da
nossa perda! Precisamos voltar a agir como no início da nossa caminhada com Cristo!

É tempo de resgatarmos o nosso amor ao Senhor e dar-lhe nada menos que um amor
total! Que possamos sempre nos apossar da graça do Senhor, para vivermos
intensamente a nossa obediência ao Maior Mandamento!

Autor; Luciano Subira.


LIÇÃO 3 - REPUTAÇÃO DIANTE DE QUEM?
Textos: Hebreus 13.18 – Romanos 12. 10 – 1° Timóteo 1. 17 - 1° Samuel 2. 30

Quando entendemos a importância de não buscar honra para nós mesmos, a


preocupação é menor com o que as pessoas pensam de nós e o foco, maior no que
Deus vê em nós. Muitos buscam reputação diante de homens, quando deveriam se
preocupar com sua reputação diante do Senhor.
O contraste entre os comportamentos de Saul e Davi é enorme. Deus rejeitou Saul e
escolheu Davi, mas normalmente não achamos que a preocupação errada com a
reputação possa ter sido fator determinante na escolha divina.

O rei Saul demonstrava valorizar mais a reputação diante dos homens do que diante de
Deus, razão pela qual decidiu desobedecer a ordem divina em troca de ficar bem com o
povo, que já o estava deixando (1 Sm 13.8-12). O rei Davi, mesmo depois de pecar, não
demonstrou preocupação com aquilo que poderia perder diante dos homens, e sim com
o quanto aquele pecado afetaria sua relação com Deus:“Não me repulses da tua
presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação..”
(Sl 51.11,12).
Depois de ter pecado, a única coisa que Saul pareceu ter visto como perda foi a posição
diante dos homens; por isso pediu que Samuel o honrasse perante o povo (1 Sm 15.30).
Davi, por sua vez, após pecar, demonstrou grande pesar por ter ferido o coração de
Deus, tanto que admitiu: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante
os teus olhos” (Sl 51.4).

Percebemos o desprendimento quanto a reputação humana até no desentendimento


entre Davi e Mical, quando o rei retornava para casa depois de trazer de volta a arca da
aliança para Jerusalém. Mical, que carregava o legado de Saul, seu pai, desprezou a
atitude de Davi, acusando-o de exposição excessiva perante o povo (2 Sm 6.16, 20-22).
A preocupação dela era o que as pessoas pensariam do rei. Já Davi não se importava
com isso, pois sabia que o verdadeiro Rei não era ele, e sim Aquele que estava
representado na arca (2 Sm 6.14,15,20-22).

Quantos têm falhado nisso! Consideremos o pecado de Ananias: ele não se


preocupou em agradar ao Deus que tudo vê e sabe, e sim a homens que não sabiam
que ele havia retido parte da oferta. Por que alguém doaria a maior parte da venda de
uma propriedade, se não queria, de fato, entregar ao Senhor seus bens materiais? Qual
outra razão motivaria a oferta? Imagino que Ananias entregou boa parte de seus
recursos financeiros como “uma compra de popularidade”, em troca de “conquistar o
respeito” dos demais cristãos da comunidade. Preocupou-se mais com a reputação
diante dos homens do que com a reputação diante de Deus.

Da mesma forma, o problema de Simão, ex-mágico de Samaria, não foi só ter oferecido
dinheiro para comprar dos apóstolos o dom de levar pessoas a receberem o Espírito
Santo por meio da imposição de mãos. Normalmente lembramos apenas da parte em
que Pedro o repreendeu por isso.
Se você levar em consideração quem foi Simão antes de o evangelho chegar a Samaria,
pode entender melhor essa história: “Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali
praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto;; ao qual
todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus,
chamado o Grande Poder. Aderiam a ele porque havia muito os iludira com mágicas.”
Atos 8.9-11. Ele havia sido o grande vulto da cidade. De repente, Filipe chega
proclamando o evangelho de Cristo com poder e “rouba a cena”, com diversos sinais e
milagres operados (At 8.5-8).

Acredito que o verdadeiro motivo que levou Simão a oferecer dinheiro a Pedro tinha a
ver com o anseio por ter de novo o reconhecimento que perdera. Ele estava se dispondo
a “comprar” a popularidade (At 8.18-20). Nesse anseio, pecou contra Deus (At 8.21-24).
Por outro lado, Filipe recebe a ordem divina de deixar para trás uma cidade em meio a
um grande avivamento para ir evangelizar um homem. Que contraste! Diferentemente de
Simão, para Filipe o que importava não era a audiência das multidões, mas o sorriso no
rosto do Senhor.

Precisamos escolher diante de quem queremos ter reputação.


Um episódio bíblico que mexe muito comigo é o da morte de Estevão. O ministério desse
camarada era uma verdadeira potência, tanto na palavra como nos dons do Espírito.
Mas, apesar de tão promissor, teve pouca duração. Tornou-se o primeiro mártir. Estevão
não priorizava a aprovação humana, basta analisar o resultado de sua pregação:
“Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rangiam os dentes contra ele” (At
7.54). Em contrapartida, alcançou reputação diante do Senhor: “Mas Estêvão, cheio do
Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua
direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de
Deus.” Atos 7.55,56.

Em toda a Bíblia, você verá exemplos de reis assentados em tronos nas audiências
públicas. Os textos também falam sempre de Jesus assentado à destra de Deus. Mas,
na visão de Estevão, Jesus estava em pé! Isso contraria o padrão. Creio que Cristo
mandava uma mensagem a seu servo: “Estevão, alguém como você eu recebo de pé!”

Essa é a única honra que conta. Vivamos para alcançá-la! Como o apóstolo Paulo
afirmou, é possível exaltar-se até mesmo por causa das gloriosas experiências com
Deus (2 Co 12.7). Portanto nunca podemos deixar de guardar o coração, assim
evitaremos cair no mesmo erro e, consequentemente, na mesma condenação do Diabo.

Autor: Luciano Subira


LIÇÃO 4 – DOZE CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO FILHO DE DEUS
Texto: Primeira carta de João.

Fazendo uma leitura da primeira epístola de João, podemos concluir rapidamente


algumas características do verdadeiro filho de Deus apresentadas. É nossa esperança
que o crente cresça em sua segurança da salvação, e que os não convertidos venham
ao reconhecimento de que ainda precisam conhecer a Cristo.
Observemos algumas evidencias, algumas provas do verdadeiro filho de Deus.

Prova 1: Sabemos que somos cristãos porque andamos na luz (1João 1.4–7). Nosso
estilo de vida está aos poucos se conformando ao que Deus nos revelou sobre sua
natureza e vontade.
Prova 2: Sabemos que somos cristãos porque nossa vida é marcada por sensibilidade
ao pecado, arrependimento e confissão (1João 1.8–10).
Prova 3: Sabemos que somos cristãos porque guardamos os mandamentos de Deus
(1João 2.3–4). Desejamos conhecer a vontade de Deus, nos esforçamos por obedecê-la
e lamentamos quando somos desobedientes.
Prova 4: Sabemos que somos cristãos porque andamos conforme Cristo andou (1João
2.5–6). Desejamos imitar a Cristo e crescer em conformidade a ele.
Prova 5: Sabemos que somos cristãos porque amamos os outros cristãos, desejamos
comunhão com eles e procuramos servi-los em atos e em verdade (1João 2.7–11).
Prova 6: Sabemos que somos cristãos porque temos desdém cada vez maior pelo
mundo rejeitamos tudo que contradiz e se opõe à natureza e vontade de Deus (1João
2.15–17).
Prova 7: Sabemos que somos cristãos porque continuamos nas doutrinas históricas e
práticas da fé cristã, permanecendo dentro da comunhão com outros que fazem o
mesmo (1João 2.18–19).
Prova 8: Sabemos que somos cristãos porque professamos que Cristo é Deus e o
consideramos em mais alta estima (1João 2.22–24; 4.1–3, 13–15).
Prova 9: Sabemos que somos cristãos porque nossa vida é marcada por anseio e busca
prática de santidade pessoal (1João 3.1–3).
Prova 10: Sabemos que somos cristãos porque praticamos a justiça (1João 2.28–29;
3.4–10). Fazemos as coisas que se conformam ao padrão da justiça de Deus.
Prova 11: Sabemos que somos cristãos porque vencemos o mundo (1João 4.4–6; 5.4–
5). Embora muitas vezes sejamos pressionados e cansados, vamos em frente pela fé.
Continuamos seguindo a Cristo e não voltamos para trás.
Prova 12: Sabemos que somos cristãos porque cremos naquilo que Deus revela sobre
seu Filho, Jesus Cristo. Temos a vida eterna somente nele (1João 5.9–12).

Se temos essas qualidades, e admitimos que elas estão aumentando em nós, temos a
evidência de que conhecemos a Deus e produzimos o fruto de um filho de Deus. Porém,
se tais qualidades estão ausentes em nossa vida, devemos nos preocupar grandemente
por nossas almas. Temos de ser diligentes em buscar a Deus com respeito à nossa
salvação. Temos de examinar-nos novamente para ver se estamos na fé. Temos de ser
diligentes e tornar seguros nosso chamado e nossa eleição.
Autor. Paul Washer.
LIÇÃO 5. Como está sua vida de oração?
Texto: Lucas 18. 1 a 8

Qual é o lugar da oração em sua vida? Que proeminência tem ela em nossas vidas? É
uma pergunta que eu dirijo a todos. É necessário que ela atinja tanto o homem que é
bem versado nas Escrituras e que tem um bom conhecimento de doutrina e teologia,
quanto a qualquer outro. Que lugar a oração ocupa em nossas vidas e quão essencial
ela é para nós? Será que temos percebido que sem ela desfalecemos? “Se todo o meu
conhecimento não me conduz à oração, certamente há algo de errado em algum lugar.”

1) Nossa condição definitiva como cristãos é testada pelo caráter da nossa vida de
oração. Isso é mais importante que o conhecimento e o entendimento bíblico. Não
pensem que eu estou diminuindo a importância do conhecimento. Tenho passado a
maior parte da minha vida tentando mostrar a importância de se ter um bom
conhecimento e entendimento da verdade. Isso é de importância vital. Só há uma coisa
que é mais importante: A oração.

O teste definitivo da minha compreensão do ensino bíblico é a quantidade de


tempo que eu gasto em oração. Como a teologia é, no final das contas, conhecimento
de Deus, quanto mais teologia eu conheço, mais ela deveria me guiar na busca desse
conhecimento – A oração.

Não se trata de conhecer sobre Ele, mas de conhecê-lo. O objetivo inteiro da salvação é
me trazer a um conhecimento de Deus. Eu posso aqui falar de uma maneira acadêmica
sobre regeneração, mas o que é, afinal, a vida eterna? É que eles possam conhecer a
Ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a quem enviaste. Se todo o meu
conhecimento não me conduz à oração, certamente há algo de errado em algum lugar.

Espera-se que ele faça exatamente isso. O valor do conhecimento é que ele me dá uma
tal compreensão do valor da oração, que eu passo a dedicar tempo a ela e a me deleitar
com ela. Se meu conhecimento não produzir esses resultados em minha vida, há algo de
errado e espúrio nele, ou então devo estar lidando com este conhecimento de uma
maneira completamente equivocada.

I – A oração é um fundamento. Uma relação profunda onde, a partir da oração tudo deva
ser construído. (Mateus 6. 7, 8) “Nada deveria ser edificado sem oração”.

II – Orar é se mover em direção a voz de Deus. Oração arranca-nos do comodismo, do


desanimo, da mediocridade. (Tiago 5. 16)

III – A oração é prioridade no reino de Deus. De madrugada, quando ainda estava


escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.
(Marcos 1.35)
Jesus sempre deu prioridade à vida de oração. Assim, renovado e descansado por meio
da oração, Jesus enfrentava às pressões de seu ministério intenso. É esse ritmo, entre a
oração e o ministério, entre a renovação e o engajamento, que capacitou Jesus para
resistir às pressões de seu ministério. E se ele necessitou disso, quanto mais nós
necessitamos!

IV – A desobediência não santifica suas orações. A oração nos conduz a um


caminho de arrependimento e obediência.
A oração parece ser uma coisa muito simples, quando Jesus fala sobre ela.
Simplesmente Pedi …, buscai …, batei …, e, em qualquer caso, receberemos a
resposta. Não obstante, é uma simplicidade ilusória; há muita coisa por detrás dela.
(John Stott)
Primeiro, oração pressupõe conhecimento. Considerando que Deus só concede
dádivas de acordo com a sua vontade, temos de esmerar-nos em descobri-la – pela
meditação nas Escrituras e pelo exercício da mente cristã disciplinada nessa meditação.

Segundo, oração pressupõe fé. Uma coisa é conhecer a vontade de Deus; outra é nos
humilharmos diante dele e expressarmos a nossa confiança em que ele é capaz de
executar a sua vontade.

Terceiro, oração pressupõe desejo. Podemos conhecer a vontade de Deus e crer que
ele pode executá-la, e ainda assim não deseja-la. A oração é o principal meio ordenado
por Deus para a expressão de nossos mais profundos desejos. É por isso que a ordem
de “pedir – buscar – bater” está no imperativo presente e em escala ascendente, para
desafio de nossa perseverança. Assim, antes de pedir, precisamos saber o que pedir e
se está de acordo com a vontade de Deus; temos de crer que Deus pode concedê-lo; e
precisamos genuinamente desejar recebê-lo. Então, as graciosas promessas de Jesus
se realizarão.

V – A oração fez parte da igreja apostólica em Atos. Isso significa que devemos seguir o
exemplo de Jesus e o exemplo dos apóstolos.
2) Paulo escrevendo a Timóteo fala sobre os aspectos da oração. Vejamos 1 Tm 2.1-
"Embora Paulo use esse conjunto de 4 palavras, todas elas enfocam um único ponto, ou
seja, elas (as orações) devem ser feitas em favor de todos os homens (vs.1)”. E Como
disse Mattew Henry: “Os discípulos de Cristo devem ser gente que ora; todos, sem
distinguir nação, seita, nível ou partido”. Na minha opinião, estes 4 sinônimos formam a
oração ou podemos dizer que são os pilares em que a oração está construída.
Doravante a isso, senão vejamos o significado de cada uma delas.

1 - Súplicas.
Este substantivo grego “deriva de uma raiz que significa carecer, estar desprovido ou
estar sem. Todavia, esse tipo de oração é motivado por uma necessidade”. É uma
Oração feita com insistência e submissão;
é um pedido feito com humildade” em que se solicita favor ou graça; Em outras palavras,
este sentimento que leva a súplica “surge de necessidades especificas e urgentes”.

2 - Orações:
A palavra orações tem um sentido mais amplo e geral. “A diferença básica entre Súplicas
e orações é que a primeira pode estar dirigida tanto ao homem como a Deus, enquanto
que a segunda nunca se usa para outra coisa senão para uma aproximação a Deus”.

3- Intercessões:
No original grego, “o verbo da qual deriva este substantivo tem o significado de ter
audiência com o rei, ter a sorte de ser admitido a uma audiência para apresentar um
pedido”. “O verbo da qual deriva essa palavra é usado em referência à intercessão de
Cristo e do Espírito Santo pelos cristãos (Rm 8.26; Hb 7.25)”.Em outras palavras, “uma
tradução mais adequada para intercessões seria petições”.

4 - Ações de graças:
“Deve-se ter em mente que não só é preciso fazer súplicas, orações, intercessões, mas
também ações de graças em favor de todos os homens”. A expressão final ação de
graças “(eucharistias) significa demonstração de gratidão, confirmação de gratidão” Esta
mesma expressão grega também é usada como referência a comunhão entre os irmãos
na ceia do Senhor.

O Senhor estabeleceu pela oração e pelo testemunho da igreja que muitos dos seus
filhos fossem alcançados e transformados. Por isso, devemos perseverar na oração e no
testemunho, a fim de cumprirmos diligentemente o nosso chamado cristão, e glorificar
cada vez mais de forma promissora Cristo Jesus em nossa vida.

Autor. Martyn Loyd Jones


LIÇÃO 6 – Novo nascimento
Texto: João 3:1-21

Cerca de 30 anos atrás, a fábrica de automóveis Daxon teve uma mudança de nome. A
fábrica maior que era proprietária dela resolveu que seus carros seriam chamados
Nissam. No meu país, esta mudança de nome foi acompanhada por comerciais dizendo
“Daxon nascido de novo”. Ao mesmo tempo, três políticos famosos dos EUA mudaram
de partido. Eles foram então chamados pela empresa de “republicanos nascidos de
novo” ou “democratas nascido de novo”. Ao mesmo tempo, a impressa começou a falar
de cristãos nascidos de novo. Na visão secular, eles eram cristãos, gentes de gente
fraca, mas amigáveis: traiçoeiros idiotas de direita. O que significa nascer novamente?
Mudar de nome, mudar o partido ou ser algum tipo de religioso idiota?

A primeira pessoa a usar essa expressão foi o próprio Jesus. Quando Jesus a usou,
Nicodemus não fazia ideia do que isso significava. Se nós queremos entender o quão
importante esta linguagem é nos evangelhos, nós não temos um lugar melhor para
estudar do que nesta passagem.

1. O que Jesus disse sobre Novo Nascimento (v. 1-10) Nicodemus era um fariseu
membro da elite judaica. Membro de um partido religioso conservador muito sério a
respeito da pureza religiosa. O texto diz que ele foi ver Cristo pela noite. Alguns acham
que é por ele estar envergonhado a respeito de ir questionar a Cristo, mas no capítulo 7
ele argumenta diante do sinédrio e mais tarde vai à Pilatos pedir o corpo de Jesus. Ele
não parece preocupado com o que pensam dele. Se você quer saber o que João quer
dizer quando diz que Nicodemus foi ver Jesus pela noite, você tem que saber que João
sempre trabalha com o simbolismo a respeito de dia e noite. No capítulo 13, quando
Judas é dispensado na ultima ceia, João comenta: “ele saiu, e era noite”. Ele menciona
isso porque, sim, era noite, mas também porque Judas estava adentrando na mais
profunda escuridão. Embora Nicodemus tenha várias vantagens, ele aparentemente
chega a Jesus no meio de trevas espirituais. Sim, era noite, mas João associa um
simbolismo espiritual a este momento de noite. O verso 19 também traz esta ideia: “a luz
veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras
eram más”. Ele chama Jesus de “Rabi”. No primeiro século, este não era um termo
técnico para ordenação, mas uma grande honraria.

Em toda geração, em toda religião, em toda cultura você vai encontrar falsos
curandeiros: há no islamismo, no budismo, no século XVI, no segundo século, no
cristianismo… Mas o que Jesus estava fazendo tinha uma qualidade diferente. O
evangelho de João apresenta alguns casos em que essa questão da qualidade é
totalmente diferente. Jesus realizou milagres de natureza bem diferente das de outros
curandeiros que ali andavam. “Nós sabemos que você é um mestre vindo de Deus se faz
este tipo de coisa”.
Quando Nicodemus diz e infere que Jesus vem de Deus porque ele está realizando
coisas muito poderosas, o que ele quer dizer é que está vendo o Reino operando. Ele
está vendo o Reino de Deus nas ações de Jesus. O que Jesus diz de fato é:“Nicodemus,
você não está vendo nada do Reino, pois você não vai ver até que nasça novamente.
Você pode ver o milagre, mas não pode ver o genuíno Reino até que você nasça
novamente”. Jesus está cutucando a pretensa visão de Nicodemus.

Nicodemus responde a metáfora sobre nascer novamente com outra metáfora. Ele
questiona se um homem pode vir a ser outra pessoa além da que já é. “O que somos,
somos”. Ninguém pode entrar no ventre da mãe e nascer novamente. Certo poeta disse:
“Há que surgisse em mim um homem, para que o homem que sou não mais seja”. Outro
poeta disse: “Se a vida tivesse uma segunda edição, como é que eu corrigiria os
originais”. Quer saber de uma coisa: você não pode voltar atrás. Você não pode refazer.
Foi feito. Está no registro. No verso 5 Jesus continua. Quem não nascer da Água de do
Espírito não pode ver o Reino de Deus.

Esta expressão não fala de dois nascimentos, mas um só: o nascer novamente. Jesus
critica Nicodemus por não entender aquelas coisas mesmo sendo mestre em Israel. Isso
significa que ele deveria saber destas coisas. Então, algo a respeito disso deveria estar
no Antigo Testamento. Água e Espírito estão ligados em várias passagens no Antigo
Testamento. Ezequiel 36:25-27 é o exemplo mais claro disto. Ímpios dão à luz a ímpios
assim como macacos dão à luz a macacos, galinhas à galinhas, porcos à porcos. Outro
nascimento é necessário para que eles se tornem outra coisa, vindo de Deus.

Se você nasceu de Deus, você e outros vão ver os efeitos disto na sua vida, tão certo
como você vê os efeitos do vento. Mesmo que você não consiga explicar a mecânica de
como isso aconteceu, você não pode negar os efeitos. Você não pode dizer que conhece
a Jesus e continuar a viver como o mundo, a carne e o diabo. As evidências da salvação
são públicas. Você pode argumentar sobre a mecânica de como isso acontece, mas
você certamente vai poder contemplar o resultado.

2. Por que Jesus poderia falar com tamanha autoridade sobre o Novo Nascimento
(v. 11-13)
O que impressiona no verso 11 é perceber que o próprio Senhor Jesus usa a primeira
pessoa do plural. Jesus está respondendo o “nós” de Nicodemus, no verso 2. Jesus fala
com tal autoridade porque ele veio do céu, como diz o verso 13. Ele não é mais um Rabi
que está argumentando com um bando de outros Rabis, ele é o eterno Filho de Deus,
ele fala daquilo que Ele sabe porque Ele vem de Deus. “Se eu falo sobre isso de forma
terrena, como você acreditaria se eu te mostrasse o trono de Deus?”.

3. Como Ele efetua o Novo Nascimento (v. 14-15)


Jesus leva Nicodemus a Números 21:4-9. As pessoas estavam reclamando do que
estava acontecendo no Deserto. Deus manda, então, serpentes que mordem o povo,
fazendo com que milhares morram com aquelas picadas.
Moisés ora para que Deus os livre daquilo, e o Senhor ordena que eles colocassem um
escultura de uma serpente, a fim de que, todos os que olhassem para ela, fosse curado.
Jesus coloca a si mesmo como aquele que seria levantado, de modo que todos os que
olhassem para ele seriam curados.

4. Porque Ele foi enviado para pregar este Novo Nascimento (v. 16-21)

Por que o amor de Deus aqui é tão espetacular? O amor de Deus é grande porque o
mundo é grandão? “O amor deve ser um grande amor porque ele ama tanta gente”.
Outros vão para uma conclusão psicológica: “Se Deus me ama, talvez eu não seja tão
ruim assim”. Porém, a palavra mundo no evangelho de João está profundamente ligada
à ordem da criação. No evangelho de João, o amor de Deus é tão grande porque o
mundo é tão mau. Ele ama o mundo, judeus e gentios, e os ama mesmo eles sendo tão
pecadores e imundos.

Autor: D.A Carson


LIÇÃO 7 – Falando sobre sexo com os filhos pequenos.
Texto: Provérbios 22. 6

Vivemos em uma sociedade sexualizada. Numa sociedade assim, somos tentados a


imaginar que o mais adequado a fazer é não falar sobre sexo com os nossos filhos.
Imaginamos algo do tipo: “quanto menos eles ouvirem sobre o assunto, melhor!” Mas,
seria essa a postura mais adequada de pais cristãos?

Penso que não. Primeiro, porque Deus nos deu a tarefa de educar os nossos filhos,
visando conduzi-los à sabedoria, cujo princípio é o temor do Senhor. Sabedoria nada
mais é do que a conformidade à vontade de Deus no todo da vida, o que inclui a
dimensão da sexualidade.
Em segundo lugar, evitar o assunto não é o caminho porque evitá-lo não significa deixar
os nossos filhos sem qualquer informação. Ao invés disso, significa permitir que o
entendimento deles seja construído pela interação com outros formadores de opinião: os
colegas da escola, os youtubers, as animações assistidas na TV, etc. Por essas duas
razões, pelo menos, pais cristãos devem falar sobre sexo com o seu filho. Mas, quando?
E, o que? Há tempo certo para tudo, inclusive para falar sobre sexo com os filhos.
Quando pensamos nisso, costumamos fazê-lo de modo objetivo, como se existisse um
momento único, uma idade específica, em que todas as crianças estivessem preparadas
e/ou precisassem aprender sobre sexo. Eu penso que a coisa não é tão simples assim.
Há um tempo adequado, mas esse tempo não está relacionado, exatamente e
simplesmente, à faixa etária das crianças e não é o mesmo para todas elas. Ele está
mais relacionado à maturidade que eles atingem no desenvolvimento pessoal e/ou à
necessidade promovida por situações da vida.

Em meus sonhos ideais, tendo a pensar que o momento mais natural para este assunto
vir à tona seria o da pré-adolescência, quando, em virtude do próprio desenvolvimento
natural, as crianças começam a manifestar maior interesse pelo assunto. O problema é
que não vivemos no mundo ideal. Vivemos em uma sociedade sexualizada, na qual,
lamentavelmente, as coisas têm sido antecipadas. E isso, frequentemente, pode exigir a
antecipação da conversa sobre sexo com os nossos filhos, apesar do nosso desejo
original. Por mais responsáveis que sejamos na criação de nossos filhos, é impossível
ter controle absoluto das circunstâncias a que eles serão submetidos ao longo do seu
crescimento. É impossível controlar, por exemplo, tudo o que eles haverão de ver e
ouvir. Bem antes da fase da puberdade, eles podem ser submetidos a situações que
gerem questionamentos e exijam alguma resposta.
Isso significa que, no fim das contas, mais do que obter uma resposta precisa sobre
quando falar sobre sexo com os nossos filhos, o importante é estar atento aos sinais
enviados por eles e manter o canal de comunicação aberto para que eles tenham
liberdade de enviar com naturalidade esses sinais. E ao receber esses sinais, é
importante lembrar que eles não precisam saber tudo de uma vez. Não é porque uma
criança ouviu alguma coisa e fez uma pergunta sobre sexo que ele precisa se tornar
expert no assunto aos 6 anos de idade. Quando isso acontece, é preciso investigar
cuidadosamente o quanto ele descobriu sozinho para oferecermos respostas suficientes,
que resolvam a inquietação do momento e permitam a ampliação do conhecimento
depois. Isso que diz respeito ao “quando” também diz respeito “o que”. O conteúdo de
nossa fala com os nossos filhos também deve variar de acordo com a maturidade
adquirida por eles e/ou a necessidade imposta pela circunstância. Por isso, neste texto
eu não pretendo oferecer uma grade de conteúdos objetiva, que você deve ministrar ao
seu filho em momentos específicos, nem frases prontas que você possa usar em um
momento ou outro. Mas mencionar as ideias gerais que devem reger a nossa
comunicação aos nossos filhos quando falamos sobre sexo com eles.
São as seguintes:
O sexo é bom. Frequentemente, na tentativa de livrar os seus filhos da imoralidade
sexual, pais cristãos acabam exagerando e comunicando que o sexo em si é imoral.
Além disso não ser a verdade sobre o sexo [ele foi criado por Deus e, portanto, é
bom, como tudo aquilo que foi criado por Ele] isso pode gerar problemas para a
criança no futuro, quando ela já estiver adulta. Uma das coisas que nossos filhos
precisam aprender sobre o sexo é que ele é bom. Para comunicar isso a crianças, eu
costumo usar a analogia do “presente”, dizendo que o sexo é um presente muito
valioso que Deus deu ao homem.
O sexo possui um contexto adequado. O problema não é o sexo, mas o sexo fora
do contexto. Esta é a segunda coisa que os nossos filhos precisam entender. Ainda,
valendo-me da analogia do presente, eu costumo me referir aos limites impostos por
Deus à prática sexual à embalagem. Costumo dizer que quando damos um presente
às pessoas, sobretudo quando este presente é valioso, nós tomamos o cuidado de
colocá-lo numa embalagem forte, que o proteja.
O contexto adequado para o sexo é o de um compromisso íntimo e duradouro:
o casamento. Em nossa sociedade, as pessoas costumam ver o sexo apenas como
questão biológica ou afetiva [na verdade, hoje, em dia, o segundo é o fator mais
determinante]. É importante que nossos filhos aprendam que o contexto adequado
para a prática sexual não é apenas biológico ou afetivo, mas, sobretudo, moral e
espiritual. Deus criou o sexo para ser “o conector físico mais poderoso, para o
relacionamento humano mais especial e mais íntimo que podemos ter nesta terra”
(William P. Smith); um relacionamento tão especial que foi destinado a expressar a
relação entre Deus e o seu povo. Enquanto presente, o sexo é daqueles que tem
escrito na embalagem: cuidado, frágil! Para não quebrar o presente e evitar nos
machucar com ele, é preciso abri-lo com cuidado, com a pessoa certa.

Certamente, há outras coisas que podemos ensinar aos nossos filhos sobre o assunto.
Mas eu creio que aqui estão, resumidamente, os temas maiores e mais centrais.

Aqui vão algumas dicas práticas para você que está envolvido na situação:

1. Crie espaços seguros. Se queremos ajudar os nossos filhos, é fundamental que


eles confiem em nós e desfrutem de liberdade para nos dizer o que pensam e
sentem. Onde há medo não costuma haver aprendizado.
1. Trate do assunto com naturalidade. Ao invés de convocar o seu filho, regularmente,
para conversas solenes, aproveite os momentos da vida comum em que o assunto
sexo for naturalmente sugerido.
2. Aproveite as perguntas de seus filhos. Não faça pouco da curiosidade deles. Ao
invés disso, leve as questões deles a sério e procure respondê-las com seriedade.
Procure fazer isso também de forma natural, mesmo que em seu coração você
esteja pensando: “achei que fosse demorar bem mais tempo para falar sobre isso”.
3. Não se limite às perguntas deles. Em conversas regulares, esteja atento à visão que
eles estão construindo a respeito de relacionamentos e sexualidade. Sabe aquela
história de testar as nossas opiniões colocando-as sobre um terceiro: “conheço uma
pessoa”, então, os seus filhos poderão fazer isso, eventualmente – falar de si, nos
outros. Esteja atento.
4. Ore pelas conversas que você tem com o seu filho. Lembre-se que suas palavras
são importantes, mas é a Palavra de Deus que fala ao coração. Portanto, lembre-se
de pedir a Ele para que a Palavra dEle, entremeada às suas, entre no coração do
seu Filho e o conduza ao caminho da vida.

Autor. Felipe Fontes


LIÇÃO 8 - 5 benefícios da comunhão entre irmãos na fé
Texto: Salmo 133
Vamos ser honestos, nem sempre é fácil conviver com outras pessoas. Ninguém é
perfeito, nem mesmo o cristão mais espiritual! Todos cometemos erros. Mesmo assim,
somos chamados a viver em comunhão com nossos irmãos cristãos.

O desejo de Jesus para sua Igreja é a união. Com todos os nossos defeitos e fraquezas,
nós precisamos uns dos outros. Quem acha que pode ser cristão e seguir Jesus sozinho
está muito enganado! Viver em comunhão é uma ordem de Jesus (e uma grande
bênção). Somente somos Igreja quando estamos juntos.

A comunhão com nossos irmãos na fé traz vários benefícios:


1. Encorajamento - Hebreus 10:25
Quando estamos sozinhos e isolados, facilmente caímos no desespero diante das
dificuldades da vida. Vêm as dúvidas: será que consigo superar os problemas? Jesus vai
mesmo me ajudar? Vale a pena seguir Jesus? E tantas outras perguntas, que abalam
nossa fé e nos enfraquecem. Mas quando temos comunhão com nossos irmãos,
encontramos encorajamento! Juntos, podemos partilhar nossas experiências e lembrar
uns aos outros sobre quanto Deus tem feito. Para as dúvidas que uma pessoa tem, outra
pessoa pode ter a resposta. E, quando temos comunhão, encontramos mais motivação
para continuar, porque vemos que não estamos sozinhos.

2 – Crescimento – 1 Tessalonicenses 5:11 - Edificar significa construir. Quando


vivemos em comunhão com nossos irmãos, ajudamos uns aos outros a crescer e a ficar
maduros. Em Jesus, todos estamos unidos, como os membros de um corpo. Assim
como um membro não consegue viver e crescer sem o resto do corpo, nossa vida
espiritual definha sem comunhão com nossos irmãos. Se queremos crescer, precisamos
ter união com outros cristãos.

3 – Ajuda - Gálatas 6:2 - Ser cristão não é fácil! Enfrentamos muitos desafios,
dificuldades e tentações. Mas, em Jesus, encontramos a ajuda que precisamos para
vencer. Em muitas situações, ele usa outros cristãos para nos ajudar. Todos somos
chamados a ajudar uns aos outros. Em vez de enfrentar todos os desafios sozinhos,
podemos partilhar a carga com nossos irmãos, agindo em solidariedade.

4 – Força - Provérbios 27:17 - A união faz a força! Ter comunhão com outros cristãos,
crescendo juntos em Cristo, nos fortalece espiritualmente. Quando um cai, o outro ajuda
a levantar e aprendemos juntos como enfrentar as dificuldades da vida. Até os apóstolos
mais experientes viajavam em equipe. Eles sabiam que juntos tinham mais força e
segurança. Uma igreja unida pode fazer muito mais que vários cristãos separados, que
não têm comunhão.

5 – Amor – João 13:35 O amor é a melhor parte de ter comunhão com os irmãos na fé.
Quando temos comunhão, partilhamos nossa vida com nossos irmãos, ganhamos
intimidade e aprendemos a amar de verdade.
O amor perfeito de Jesus se expressa em nossos relacionamentos.

O amor que vem da comunhão é muito especial. As pessoas com quem temos
comunhão se tornam nossa família, unidas pelo elo mais forte que existe: o amor que
vem de Deus. Não é perfeito, muitas vezes é complicado, mas é maravilhoso!

Autor. Alessandro Santos


LIÇÃO 9 - Uma Igreja acolhedora.
Texto: Romanos 15.5-7
Uma pessoa decide-se por uma igreja, via de regra, por causa da acolhida que lhe é
dada. Ninguém fica numa igreja, onde não consegue fazer amizade. Porque as
pessoas são importantes para Deus, as pessoas contam. A igreja é a comunidade mais
importante da história da humanidade. Jesus está edificando a sua igreja. Ela é a
menina dos olhos de Deus. Ela é a noiva do Cordeiro. Ela é a agente do Reino de Deus
na história. Ela é o corpo de Cristo no mundo.
A igreja é um projeto de qualidade total – “até que todos cheguemos à unidade da fé e
do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura
da plenitude de Cristo” (Ef 4:13).

a) A igreja não é a sede de um clube, onde cada um paga a sua mensalidade e vive
isoladamente;
b) A igreja não é um abrigo de salvos, onde cada busca os seus próprios interesses;
c) A igreja não vive a santidade umbilical, onde cada um está voltado para si mesmo;
d) A igreja busca procura a qualidade total, como corpo, busca ser igual a Jesus.
Como nós podemos ser uma igreja acolhedora?

I. SENDO UMA IGREJA QUE AGE COMO CORPO – 1 Co 12:12-26

1. Um corpo possui UNIDADE – v. 12-13 (unidade sem diversidade é uniformidade,


mas diversidade sem unidade é anarquia).
2. Um corpo possui DIVERSIDADE – v. 14
a) Complexo de Inferioridade – v. 15,16
b) Complexo de Superioridade – v. 21 (um olho azul de 75 kg seria um monstro)
3. Um corpo possui MUTUALIDADE – v. 25-26
a) A solidão e o isolamento da vida moderna – O homem é apenas um número, sem
nome, sem cara, sem sonhos. A igreja é a comunidade da solidariedade e não da
solidão;
b) O tratamento pessoal é fundamental – A importância de chamar as pessoas pelo
nome. É assim que Jesus faz conosco (Jo 10:14,27);
c) A necessidade de ser sensível às necessidades das pessoas – Jesus ensinou,
pregou e curou. Ele se compadecia das multidões porque estavam exaustas e aflitas
como ovelhas sem pastor.
d) A necessidade de nos envolvermos com as pessoas – Neemias perguntou: Vai tudo
bem?
e) A necessidade de sermos afetuosos no relacionamento – Paulo beija e chora com os
presbíteros de Éfeso. O conselho do presbítero Uziel.
f) A necessidade de acolhermos uns aos outros como Deus em Cristo nos acolheu –
Jesus tocou o leproso + Jesus abraçou as crianças + Jesus conversou com a
samaritana + Jesus comeu com os pecadores + Jesus hospedou-se na casa de
publicanos + Pessoas eram mais importantes do que rituais.
g) A necessidade de entendermos que a somos conhecidos como discípulos pelo amor
II. SENDO UMA IGREJA QUE AGE COMO FAMÍLIA – 1 Ts 4:9-10

1. Uma família ama com amor “Filadélfia” – Numa família as pessoas são diferentes, mas
é uma só família. As pessoas não vivem competindo. É inimaginável pensar que um
irmão cobiça a mulher do outro, que se entristece com a vitória do outro. É amar os
outros com amor de irmão de sangue. É chorar com os que choram e se alegrar com os
que se alegram.

III. SENDO UMA IGREJA QUE GERA PESSOAS SAUDÁVEIS E MADURAS – Ef 4. 12-
13
1. A igreja não é uma plateia, onde o culto é um espetáculo os crentes vêm como
espectadores.
2. A igreja não é uma sala de obstetrícia, onde o pastor age como médico obstetra; mas
o pastor treina os crentes para o desempenho do ministério.
3. Os principais problemas que impedem de termos crentes saudáveis na igreja:
a) Crescimento retardado – Desenvolvimento sadio é obedecer no tempo certo (Hb 5:11-
14). Uma pessoa depois de 15 anos usando fralda. Igreja berçario – 15 anos depois –
Igreja APAE.
b) Hidrocefalia – Cabeça grande e corpo mirrado. Crentes que têm muito conhecimento,
mas não praticam o que sabem.
c) Sedentarismo – Alimento sem exercício. Torna-se obeso atrofiado. Come sem se
exercitar. Corre o risco de colesterol alto e infarto.
d) Flacidez – descanso sem atividade.
e) Altismo – desligado de tudo à sua volta. No seu mundo só tem espaço para si mesmo.
f) Alimentação inadequada – morte na panela.
g) Inanição – crentes que se alimentam apenas uma vez por semana.

IV. SENDO UMA IGREJA QUE AGE COMO COMUNIDADE TERAPÊUTICA

1. Há igrejas doentes que precisam de Cura – A igreja de “Areias” o pastor suicidou-se, o


outro pastor abandonou a família e fugiu com uma adolescente, o diácono subiu na torre
da igreja para pular de lá de cima, os membros disseram-me: estamos doentes.

2. O que adoece uma igreja?


a) Relacionamentos quebrados – Amargura e ressentimento: falar mal (Tg 4:11),
antropofagia (Gl 5:15), autofagia (Fp 4:6).
b) Problemas desinstaladores – enfermidade, luto, divórcio, falência, desemprego,
reprovação vestibular, término noivado.

3. Como uma igreja pode ser comunidade de cura?


a) Sendo uma comunidade de Aceitação – Barnabé acolhe a Paulo (At 9:26-27; 11:22-
26) e acolhe a João Marcos (At 15:36-39). Devemos acolher uns aos outros, como Deus
em Cristo nos acolheu.
b) Sendo uma comunidade de Confissão – Tg 5:16
c) Sendo uma comunidade de Perdão – Cl 3:13; Lc 17:3-6
d) Sendo uma comunidade de Comunhão – Fp 2:3-4 (A igreja de Jerusalém).
e) Sendo uma comunidade de Ajuda Mútua – At 2:44-45; 11:27-30 – Ilustração: O
homem morrendo de frio intenso (Polo) e ao tentar salvar outro homem que estava
morrendo, aqueceu-se e ambos foram salvos.
f) Sendo uma comunidade sem preconceitos – At 13:1-3; Tg 2:2-4
g) Sendo uma comunidade sensível aos visitantes – Rm 15:7
1) A ilustração do Jantar: A) O visitante que chega em hora indesejável – uma igreja
hostil aos visitantes; B) O visitante que chega sem avisar – Uma igreja que recebe bem
os que chegam, mas não lhes tributa o valor devido; C) O visitante que é convidado para
o jantar – Uma igreja sensível aos visitantes.
2) A ilustração da clientela: Por que os clientes desaparecem? 1% dos clientes
morrem; 3% mudam para outro lugar; 5% encontram um preço melhor; 9% em função de
conveniência; 14% descontentamento pessoal; 68% em função de indiferença
demonstrada pelos empregados.

3) Os dez mandamentos do relacionamento humano


1) Fale com o visitante
2) Sorria para as pessoas – São necessários 72 músculos para franzir o rosto e apenas
14 para sorrir
3) Mencione o nome das pessoas
4) Seja amigável e cooperador – quer ter amigos? Seja amigo!
5) Seja cordial – Tenha uma palavra e uma atitude encorajadora.

6) Tenha um interesse genuíno pelas pessoas


7) Seja generoso nos elogios e cauteloso nas críticas
8) Tenha consideração com os sentimentos das pessoas
9) Considere a opinião das outras pessoas
10) Esteja pronto para ouvir.

5) Como podemos, de forma prática, sermos uma igreja acolhedora?


Pergunte a classe.

E, perceba que: Nós sabemos o que deve ser feito, mas não fazemos.

Autor. Hernandes dias Lopes


LIÇÃO 10 - Uma vida comprometida com a excelência.
Texto: Genises 24. 2 a 14

1. Leve a sério cada ESCOLHA que você faz.


A nossa vida é o resultado das escolhas que fazemos e essas escolhas são feitas com
base nos valores que norteiam a nossa caminhada. É impossível viver um dia sem fazer
escolhas e tomar decisões. Muitas escolhas são irrelevantes e não implicam em nada,
outras tem consequências eternas.
Quando se trata de uma escolha semelhante a que o servo de Abraão iria fazer, é
imprescindível que sejamos criteriosos. Quais os cuidados que Abraão tomou?

Primeiro: Se a escolha é relevante, é necessário que chamemos pessoas de confiança


para se envolver. "Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo
o que possuía:.." (Gn 24.2). Este servo era um homem de confiança.

Segundo: Toda escolha relevante deve ser orientada pelos princípios da Palavra. "...não
tomarás esposa para o meu filho das filhas dos Cananeus entre os quais habito". (2 Co
6.14)
1) Algumas escolhas erradas que ficaram registradas na Bíblia:
• Adão e Eva foi colocada para fora do Jardim, porque não soube escolher.
• Davi manchou sua história com um caso de adultério, porque errou na escolha.
• Jonas colocou em risco a vida de muitos, causou um prejuízo enorme, porque não
escolheu certo.

• O filho pródigo desceu até o ultimo degrau da escada, perdeu tudo, porque escolheu
errado.
• Judas fez a pior escolha e terminou suicidando.

II - Quem tem promessas de Deus não pode brincar com as escolhas que faz.
2. Leve a sério COMPROMISSOS.
"Jurou fazer conforme o resolvido..." Quem não aprendeu a levar a serio compromisso,
terá sempre uma vida marcada pela mediocridade. O discipulado é uma chamada para
assumir COMPROMISSO. "Quem quiser vir a pós mim, negue-se a si mesmo e siga-me,
disse Jesus". (Mt 16.24) "Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida". (Ap 2.10) "Seja,
porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência
maligna". (Mt 5.37.

3. Tenha INICIATIVA própria. "Não espere ser mandado".


Sem que Abraão pedisse, o servo pegou dez camelos... Por que dez e não um? Por que
dez e não dois? Pessoas excelentes tem mente larga, expandida, sabem pensar grande.

4. Coloque EXCELÊNCIA em tudo o que você faz.


A importância daquilo que fazemos depende da visão que temos. Ele fez para o seu
senhor como se estivesse fazendo para si mesmo.
5. Tenha um coração de SERVO.
"...bebe meu senhor e tirarei água também para os camelos..."
Quem tem o coração de servo, serve a Deus e ao próximo sem esperar nada em troca.
Rebeca serviu sem saber quem estava servindo... Servir a Deus é ser solidário com o
próximo...

6. Tenha prazer no trabalho. "Quem nada faz nada vale".

7. VÁ ALÉM do que a obrigação lhe impõe.


Eliezer pediu água para ele, mas a moça foi além, ofereceu água para os seus
camelos...

8.TERMINE o que você propõe a fazer. "Perseverança e determinação são marcas das
pessoas bem sucedidas".

Compromisso, determinação e propósito eram marcas do caráter de Rebeca.... "Até que


todos bebam..." Pessoas comprometidas com a excelência não param na metade do
projeto... sempre vão até o fim...

Autor. Josué Ricardo


Lição 11 - Cuidado com o AUTOENGANO.
Textos: Salmos 101. 7 – 1Pedro 2. 1
Temos que ter cuidado com o engano. Colossenses capítulo 2, versículo 4 diz assim:
“Digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas”. Existe uma
diferença entre erro e engano. É muito fácil pularmos fora de um erro, mas o engano
sempre tem uma aparência da verdade.

O QUE É AUTOENGANO? Se o conceito clássico de Insanidade é fazer sempre a


mesma coisa aguardando um resultado diferente dos muitos anteriormente alcançados
[...] — então, Autoengano é fazer isto sem tal consciência consentida; ou seja: sem os
jogos da sorte, como com frequência acontece com a Insanidade que faz a mesma coisa
achando que terá resultados diferentes apenas porque, conquanto a coisa seja a
mesma, o tempo é outro...; ou seja: tratando-se, nesse caso, de um novo jogo ou de uma
nova sorte.

Autoengano, portanto, é a deliberação que nos faz fazer algo que, consciente ou
inconscientemente, suspeitamos que não alcance os objetivos desejados, mas que, pela
nossa boa intenção, desta vez, estabelecer-se-á diferente apenas porque cremos
sinceramente que será diferente.

Autoengano, por tal razão, é uma deliberação da fé/crença; a qual crê que a boa
intenção mudará o resultado das coisas!
Desse modo, podemos dizer que autoengano é um ato de fé/crença que assola o ser
bem intencionado!...
Assim também se pode dizer que autoengano é uma deliberação das boas intenções,
como se a boa vontade tivesse o poder de mudar o significado das coisas,
independentemente de que as coisas tenham mudado ou não...
Autoengano não demanda a conversão da pessoa/sujeito de nossa esperança; ou do
objeto do vínculo por nós pretendido; ou mesmo dos fatos em si [...]; mas, supostamente,
depende apenas da nossa boa intenção!...

Os agentes podem ser os mesmos, mas se as intenções por nós auto definidas forem
outras, nos parece [ilusoriamente] que houve uma mudança radical e objetiva das coisas
ou das condições em questão.

Dessa forma, é o autoengano que nos faz crer que as mesmas coisas ou pessoas, sem
alterações constatadas pelo tempo/fato/história — porém reunidas em outro tempo e
outras superficiais circunstâncias —, automaticamente nos darão outro resultado [...];
diferente dos anteriores.

Pela mesma razão se pode dizer que autoengano é uma decisão mágica da alma boa; a
qual, contra toda lógica e sabedoria, acredita que a boa intenção tem o poder de alterar
a realidade, a nossa e a do outro; ou mesmo tem a capacidade de transformar as
circunstancias implicadas na e da mesma decisão antes malfadada.
Autoengano, desse modo, é a mais sutil e dissimulada magia da alma!
Sim, das almas boas; posto que somente as boas almas sofram de tal esperança sem o
peso da sabedoria. Ou seja: em tal caso, o autoengano é a deliberação da boa intenção
apaixonada, ou crente de si mesma como fenômeno de sinceridade alteradora da
realidade [...]; e isto contra os fatos e a sabedoria impostos pelo tempo e pelas
experiências acumuladas.

Por tal constatação se pode dizer que autoengano é a deliberação da paixão ou do


capricho do ser amante do bem, mas que ignora a realidade do outro ou das
circunstâncias; ou seja: dos agentes coadjuvantes de sua esperança; o qual é... [ou os
quais são], de fato, perversos agentes de sua ex-perança. Isto no caso de algo singular
como um “ex/qualquer/coisa”; e que, portanto, trate-se de um “ex” contra toda esperança
que se fundamente em fatos, mas apenas nas intenções mágicas do desejo santificado
pela boa vontade!

É em tal engano que as almas boas caem todos os dias!

Sim, contra toda a sabedoria, contra as advertências dos Provérbios da Vida, e contra
todo acumulo de entendimento! — lá se vão [...], aos milhares, santificando a insensatez
pelas boas intenções!

Daí o autoengano ser tão sutil; posto que seja santificado pela boa intenção daquele que
julga que sozinho pode mudar uma realidade que implique em dois ou até em muitos
outros agentes envolvidos...

Todavia, apesar do que já disse, devo acrescentar que o ser humano frequentemente
recorre ao autoengano como forma de auto-justificação, ou como alívio à frustração, ou
como consolação na carência afetiva ou sexual [todos no nível quase total da
inconsciência ou da quase total inadmissão consciente] —; isto, é claro, nos casos
vinculados a relações sem futuro de felicidade ou comprovadamente inadequadas, mas
que subliminarmente ainda se façam desejosas pela alma.

No caso do autoengano como elemento de auto-justificação, normalmente se percebe na


alma uma forte dose de direito que se sente sonegado. Geralmente é quando o coração
não foi de todo curado de algo pela total adesão dos sentimentos ou desejos às razões
da mente/consciente [...]; e, assim, a tal coisa, pessoa ou experiência [...] em nós
reaparece; e, para nós, se torna na nossa necessidade oculta de a ela responder
positivamente [...], como uma forma de vingança ambivalente do nosso inconsciente —
ainda que não se dê conta de tal sentir como forma ambivalente de vingança. Nesse
caso, é como se a decisão um dia assumida em relação ao afastamento que decorreu da
percepção de que tal coisa, pessoa ou experiência não nos serviam [...], volta sobre nós,
só que agora como raiva existencial dissimulada, em razão de que não se tenha podido
ter o que se almejava como um dia se pretendeu. Então a alma corre o risco de ceder e
recorrer ao que já se tinha dado como equivoco [...], pela reação ambivalente e
inconsciente da vingança em oposição à imposição da razão e dos fatos contra as
imagens de um sonho que não se realizou conforme os nossos sonhos.
Assim, a auto-justificação é aquela que afirma o capricho vingativo do desejo contra a
existência e sua implacabilidade, da qual dela um dia nos confessamos convencidos,
embora não de todo.

Quando se abre espaço para o autoengano como forma inconsciente de alívio ante a
frustração, o mecanismo em operação não é vingativo, mas sim de profunda auto-
piedade e auto-vitimização. Não se trata de direito à vingança existencial contra a
implacabilidade da existência, mas sim de pena de si mesmo. Nesse caso, os
mecanismos psicológicos em operação são mais leves e sutis; posto que na auto-
vitimização inobjetiva [...] a alma apenas se adule como quem se embala em sua própria
orfandade de sonhos não concretizados.

Porém, quando se recorre ao autoengano como expressão de carência afetiva e sexual,


as forças operantes na alma são fortemente pulsionais e, portanto, passionais como
cegueira de desejo [...]; o que faz com que o desejo seja em si mesmo a razão de tudo;
e, em tal caso, todos os mecanismos lógicos e todas as razões cessam [...], dando-se
assim espaço apenas à fome afetiva e ou sexual como causa de si mesma; e ponto final.

Entretanto, essas divisões são de natureza pedagógica, posto que por vezes os três
fatores se casem, um alimentando o outro; e, dessa forma, não sendo possível ao ente
auto-enganado, na hora de sua agonia, discernir o que lhe está a acontecer no agitado
mar das suas emoções e sentimentos. E, como já disse, tudo isto se traveste de piedade
ou bondade nos pretextos aos quais a alma se aferra a fim de prosseguir no seu intento.

Por esta razão, devo dizer que o autoengano é a mais piedosa forma de dissimulação
inconsciente; a
qual, em tempo de aviso [de terceiros], nunca é atendida [...]; e isto em razão de que
para o bem intencionado tal “contraditório” lhe soe como uma heresia contra a boa
intenção sentida como verdade e sinceridade inquestionáveis.

Assim, lutar contra o autoengano de alguém é sempre como enfrentar esperanças [...] e
descrer da própria verdade instituída como desejo santificado pela boa intenção e pela
esperança bondosa do ser bom — e que deseja crer contra os fatos e a realidade.
Portanto, trata-se de uma batalha perdida!

Isso porque, psicologicamente, o autoengano faz “edição inconsciente da realidade” [...],


deixando ficar na memória apenas aquilo que o “editor bem intencionado” da bondade [o
auto-enganado], arbitrariamente determine que sejam os fatos importantes e essenciais
da realidade a serem privilegiados para fins de adesão/edição [a dele] da realidade —; e
isto sem o peso do juízo e da culpa, como convém a ele que seja.

E quem poderá contraditar tal suposta “realidade” uma vez que ela se sacramente pela
unção da sinceridade auto-imposta?
É por esta razão que o autoengano somente possa ser curado por um choque dolorido e
dramático de realidade; isto, ainda, se o auto-enganado se deixar conduzir minimante
pela sabedoria...

Do contrário, mesmo em tais ocasiões, a relutância de sua boa intenção o fará sentir-se
traindo a si mesmo caso renuncie ao seu intento [...]; ou seja: negando a bondade que
ele
ou ela projetaram sobre o “sujeito/objeto” de seu bem intencionado engano/santificado.

De coração espero que, sem autoengano, você tenha me compreendido; pois, de mim
mesmo, sei que somente o Espírito Santo pode nos guiar a toda Verdade e vencer em
nós o autoengano!

O que aqui escrevi [...] esclarece apenas aquele que não esteja em processo de
autoengano; pois sei que nada pode contra aquele que, pela unção das boas intenções,
já tenha mergulhado nas enganosas e ilusoriamente cristalinas águas do autoengano
[...]; sejam quais forem os seus pretextos de direito, piedade, bondade ou até de amor
[...] aos quais tenha recorrido a fim de dar prosseguimento à sua própria e dissimulada
vontade.

Atitudes para vencer o AUTOENGANO:

I)Ouça opiniões contrarias a respeito do assunto proposto ou decisão a ser tomada.

II)Ouça as pessoas que estão próximas a voce. (família / esposa (o) / Pastores)

III)Tenha uma vida de oração diária. E não somente para resolver problemas.

IV)Vença o orgulho e reconheça seus limites.

V)Sempre pergunte o que Jesus faria a respeito.

Conclusão: Vamos orar para que todo autoengano seja vencido pela verdade do
evangelho. E que haja clareza em nossa mente e coração.

Autor; Francis Shaffer – adaptado por Alessandro santos

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