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Lição 7 – O Fruto do Espírito

Introdução:

 Novo nascimento: Jo 3.3-7


 Paralelo – simbologia do batismo. Contextualização. Mc 16.16

Tópico I – As evidências do novo nascimento

 O que evidencia o novo nascimento? Mudança de comportamento


 O que eu recebo com este novo nascimento - Novo nome, atitudes novas, sentimentos novos, vestes novas,
amizades novas, locais novos: 2Co 5.17
 Jo 3.7 Necessário vos é nascer de novo.
 Porém somos nascidos da carne, herdamos o pecado de Adão. Rm 3.23
 Por isso Jesus disse que aquele que não nascer de novo não entrará no reino de Deus.

Tópico II - O CONFLITO ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO – O velho e o novo homem

 Paulo diz que o viver na carne faz o ser humano ter o seguinte fruto, todos obras da carne: Gl 5.19.21
 Esfera sexual:
o Prostituição (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, o também, gostar
de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At o 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os
termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em o português: prostituição.
o Impureza (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, o inclusive maus
pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).
o Lascívia (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e o maus desejos a
ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).
 Esfera Religiosa:
o Idolatria (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e o também a confiança
numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade o igual ou maior que Deus e sua
Palavra (Cl 3.5).
o Feitiçarias (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios o e o uso de
drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; o 18.23).
 Contra o próximo:
o Inimizades (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e o inimizade extremas.
o Porfias (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; o 3.3).
o Emulações (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros o (Rm 13.13; 1Co
3.3).
o Iras (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e o ações violentas (Cl
3.8).
o Pelejas (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp o 1.16,17).
o Dissensões (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação o sem qualquer
respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).
o Heresias (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando o conluios egoístas
que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19).
o Invejas (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo o que não temos
e queremos.
o Homicídios (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do o termo phonos na
Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por o tratar-se de práticas conexas.
 Esfera de moderação (Contra você mesmo):
o Bebedices (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio o de bebida
embriagante.
o Glutonarias (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e
desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes
 Viver segundo o Espírito é negar a carne Ou seja, negar este fruto que foi dito agora.
 O que é negar a si mesmo?
o É negar a vontade pessoal, é deixar Cristo viver em nossas vidas.
o Não dependemos mais dos nossos planos nem de nossas ideias, mas estamos, sempre, à disposição
do Senhor e da Sua vontade.
o Suas opiniões não valem nada para Deus... é necessário esvaziar-se para usufruir do fruto. Mt 16.24-
25
o Implica em abrir mão de sua vontade para fazer a vontade de Deus
 Não mais andamos segundo a nossa vontade, mas, sim, segundo a vontade d’Aquele que nos salvou.
Deixamos de ter querer e o nosso querer passa a estar submetido a vontade divina.
 Passamos a ser guiados pelo Espírito de Deus (Rm.8:14), passamos a ter uma vida dirigida por Deus.
 Com a remoção dos pecados, o espírito se religa a Deus e passa a dominar o homem, vez que entra em
comunhão com o Espírito Santo, que infunde, no ser humano, as virtudes do amor, da fé e da esperança,
numa completa transformação.
 O homem, então, passa a servir a lei do Espírito de vida (Rm.8:2).
 A santificação envolve a nossa disposição para produzir fruto, ou seja, para sermos instrumentos nas mãos
do Senhor para a glória do Seu nome.
o Isto somente se dará se tivermos atitudes que denunciem a nossa nova natureza.
 A conduta do cristão deve ser totalmente diferente das dos demais homens, porque temos um propósito,
que é o de fazer com que os homens glorifiquem ao nosso Pai que está nos céus (Mt.5:16)

A árvore e os frutos

 Cada arvore tem o seu determinado fruto


 Quando o apóstolo passa a recomendar como o cristão deve viver, ele usa a expressão fruto do Espírito no
singular.
 Cada arvore só dá um tipo de fruto, segundo a sua espécie. Ex. Mexirica
 Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Mt 7.19-20
 Desta forma o cristão começa a usufruir do fruto do Espírito, que é:
o Caridade (amor) (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada
querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
o Gozo (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas
e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co
6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).
o Paz (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem
entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).
o Longanimidade (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o
desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).
o Benignidade (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl
3.12; 1Pe 2.3).
o Bondade (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa
em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
o Fé (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por
promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt
2.10).
o Mansidão (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode
irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for
preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf.
2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
o Temperança (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões,
inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
 O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver
aqui indicado.
 O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes
impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.
 Se dermos lugar ao ESPÍRITO SANTO e santificarmos nossas vidas todos verão que DEUS está em nossas
vidas, pois pelos frutos somos conhecidos tanto pelo mundo, como pelo pai.
 O fruto do espírito representa os atributos de DEUS; os traços do seu caráter; o fruto vem de dentro e
aparece do lado de fora, no cotidiano.
 Do amor precede todos os demais atributos de DEUS que são desenvolvidos no crente pelo ESPÍRITO SANTO
que nele habita.
 Nossa maturidade cristã é medida pelo grau de permissão que damos ao ESPÍRITO SANTO de agir e dirigir a
nossa vida.
 Resumidamente podemos ver a diferença entre as inclinações da carne e do Espírito da seguinte forma:

 Comunhão significa um estado em que há comunidade Jesus demonstra, claramente, que é preciso que haja
um relacionamento interdependente entre Jesus e os salvos, um relacionamento que se dá entre seres da
mesma natureza, que se comunicam diretamente, sem qualquer distinção essencial.
 Como obtemos esse relacionamento?
o Este processo de separação do pecado é o que se chama de santificação, um processo diário e
contínuo, que deve perdurar até o fim, seja este fim a nossa morte física, seja o dia do
arrebatamento da Igreja, se vivos estivermos nesta ocasião.
 Se, entretanto, não nos separarmos do pecado, ou seja, se pecarmos, certamente voltaremos a ficar sob o
domínio do pecado.
o Jesus foi claro ao afirmar que quem pratica o pecado é servo do pecado (Jo.8:34)
 O apóstolo aqui é enfático ao mostrar que andar segundo a carne, ou seja, submeter-se ao pecado, ser
dominado pelo pecado, é algo incompatível com o filho de Deus, com o verdadeiro salvo (Rm.8:5).
 …É impossível obedecer à carne e ao Espírito ao mesmo tempo (vv.7,8 [Rm.8:7,8]; Gl.5.17,18).
o Se alguém deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo
contrário, passa a viver segundo a carne (v.13[Rm.8.13]), torna-se inimigo de Deus ([Rm]8.7; Tg.4.4),
e a morte espiritual e eterna o aguarda (v.13[Rm.8.13]).
 Aqueles cujo amor e solicitude estão prioritariamente fixados nas coisas de Deus podem esperar a vida
eterna e a comunhão com Cristo.

Tópico IV – O papel do Espírito Santo na vida do homem justificado

 O Espírito Santo é mencionado no AT como Espírito (Gn 1.2; Êx 31.3; Sl 104.30; Is 44.3; 37.14).
 Já no NT, onde se dá especificamente a dispensação do Espírito, Ele é mais citado como Espírito Santo, o que
destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente.
 Essa distinção de ofício do Espírito Santo no Antigo e NT é claramente percebida em 2 Corintios 3.7,8. O
versículo 8 assevera: Como não será de maior glória o ministério do Espirito?
 Desta forma, vamos destacar os ministérios do Espírito Santo:
o O Espírito Santo habita (Rm 8.9).
 No AT, o Espírito agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.11-b), mas com o advento de Cristo
e por sua mediação, o Espirito habita no crente, conforme profetizou nas Escrituras (Jr 31.31-
34; cf. Hb 10.14-17; Ez 36.26-27).
 Este privilégio é também reafirmado em (I Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; e Gl 4.6).
 A palavra habitar no grego oikeõ que significa: ocupar uma casa, isto é, no sentido figurado,
habitar, residir, permanecer.
 É o Espírito quem aplica a obra da redenção em nós. Sem sua presença e ação, nenhum
homem pode tornar-se um cristão. Passamos a pertencer a Cristo quando o Espírito habita e
opera em nós
o O Espírito Santo liberta (Rm 8.2).
 Nos nossos membros, temos a lei do pecado, da qual não conseguimos por nossos próprias
forças nos desvencilharmos (Rm 7.21-24).
 Todavia, por intermédio do Espírito, fomos libertos dessa escravidão.
 Quando dependíamos de nós mesmos para atender às demandas da lei, vivíamos prisioneiros
do pecado e caminhávamos para a morte; mas, agora, uma vez que o Espírito Santo habita
em nós, saímos da masmorra do pecado e fomos libertados da sua tirania.
o O Espírito Santo inclina (Rm 8.5).
 Segundo o Aurélio (2004, p. 285) a palavra inclinação significa: disposição, tendência,
propensão, pendor.
 O apóstolo Paulo nos diz que, antes éramos inclinados para as coisas da carne, e a
consequência deste pendor é a morte (Rm 8.6-a).
 No entanto, depois de justificados, nos tornamos habitação do Espírito e passamos a ser
inclinados para as coisas do Espírito, a medida que nos submetemos diariamente à Sua
vontade.
o O Espírito Santo vivifica (Rm 8.11).
 O Aurélio diz que a palavra vivificar significa: dar vida ou existência a. Por causa do pecado o
homem é separado de Deus (Is 59.2), e o seu espírito está morto (Ef 2.1-3; Lc 15.32; Cl 2.13),
sem poder para exercer a função de ser o meio de contato com Deus.
 Todavia, quando o pecador é justificado, o Espírito Santo lhe comunica vida, a vida de Deus,
dando-lhe a certeza da salvação (Rm 8.16), a qual faz com que ele clame Abba Pai (Rm 8.15;
Gl 4.16)
o O Espírito Santo mortifica (Rm 8.13).
 O homem mesmo justificado, ainda conta a presença do pecado em sua natureza humana. Ele
não conseguirá vencê-la por suas próprias forças, senão pelo Espírito Santo mas, se pelo
Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
 A velha natureza não irá prevalecer se andarmos no Espírito Digo, porém: Andai em Espírito, e
não cumprireis a concupiscência da carne (Gl 5.16).
 Isso exige um trabalho em parceria do homem com o Espírito (Cl 3.5).
 A nova maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e
influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado,
especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (Rm 8.5-14; 8.14; 2Co 6.6;
Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9)
o O Espírito Santo guia (Rm 8.14).
 A palavra guiar segundo o dicionário Aurélio quer dizer: servir de guia a; orientar; dirigir.
 Jesus havia prometido que ia rogar ao Pai, que enviasse o Consolador para guiar os seus
seguidores:
 Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade (Jo
16.13-a).
 Sermos guiados pelo Espirito de Deus é o mesmo que caminhar em conformidade com o
Espirito Santo.
 Caminhar implica a participação ativa e o esforço do cristão. Ser conduzido sublinha o lado
passivo, a dependência submissa de cada cristão ao Espirito. Esses são filhos de Deus.
o O Espírito Santo testifica (Rm 8.16).
 Neste versículo, Paulo nos diz que o Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos
filhos de Deus.
 A palavra testificar segundo o dicionário Aurélio significa: afirmar, assegurar, comprovar,
atestar.
 Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo Espírito Santo de
que Deus é o nosso Pai celeste e de que somos filhos de Deus.
 É, pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do Espírito Santo, concernente a nossa
salvação em Cristo.
 O apóstolo acrescenta ainda a informação de que E, se nós somos filhos, somos logo
herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17-a).

o O Espírito intercede (Rm 8.26,27).


 Apesar de sermos salvos, ainda permanecemos na fraqueza do nosso atual corpo.
 Todavia, Paulo nos diz que o Espírito Santo está bem presente para nos ajudar.
 Frequentemente, por causa das nossas limitações, não sabemos quais são nossas reais
necessidades.
 Queremos realizar a vontade de Deus, mas nem sequer sabemos orar conforme deveríamos.
Então, o Espírito vem nos socorrer, intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis.
CONCLUSÃO

 A nossa condição de pecado parecia ser irremediável, todavia, Deus, por meio de Cristo assumiu a nossa
culpa, e, assim, de condenados agora somos salvos.
 Deus também nos fez habitação do Seu Espírito, a fim de que fôssemos libertos do poder do pecado e
pudéssemos viver segundo a vontade de Deus, produzindo frutos dignos de arrependimento.
o Mt 3.8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;

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