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EBD - Lição 12 - [Adultos] - Vivendo no Espírito - 19-03-2023

TEXTO ÁUREO
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança.” (Gl 5.22)

VERDADE PRÁTICA
O avivamento espiritual traz uma realidade de vida no Espírito.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.19-25


19- Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,
20- idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21- invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro,
coma já antes vos disse,que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
22- Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança.
23- Contra estas coisas não há lei.
24- E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25- Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

Hinos Sugeridos: 101, 367, 458 da Harpa Cristã

PALAVRA-CHAVE – Espírito
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
I) DESTACAR o que significa andar no Espírito e a sua importância para a condução da vida
espiritual;
II) APONTAR os aspectos que envolvem o confronto entre a carne e o Espírito;
III) RESSALTAR os dons e o Fruto do Espírito como predicados essenciais para a vida e o caráter
cristão.

PLANO DE AULA
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo veremos que o verdadeiro avivamento
espiritual proporciona ao crente uma nova dinâmica de vida no Espírito. No entanto, isso não
significa que o crente esteja isento de enfrentar lutas espirituais, bem como batalhas na carne
para que não obedeça à vontade de Deus. Aponte para seus alunos que a caminhada espiritual
requer do crente o esforço para preservar uma vida santa, consagrada a Deus por intermédio
da oração e leitura da Palavra. O Senhor Jesus alertou aos seus discípulos de que enfrentariam
aflições neste mundo, mas deveriam manter o bom ânimo, haja vista que Ele mesmo venceu
esse sistema pecaminoso (Jo 16.33). A Bíblia ressalta que o nascido de Deus tem condições de
vencer o mundo mediante a fé (1 Jo 5.4). Logo, o estilo de vida pela fé requer andar no Espírito.

B) Motivação: O apóstolo Paulo destacou que há uma batalha incessante entre a carne e o
Espírito para que não façamos o que queremos (Rm 7.18-20). Essa batalha se mostra presente
nas ocasiões em que intentamos praticar a vontade de Deus, porém, o mal do pecado está
sempre presente para nos impedir. Paulo conclui que somente a graça de Deus, mediante a
ação do Espírito no crente, pode resultar na obediência a Deus (Rm 8.1).

INTRODUÇÃO
O salvo em Cristo Jesus, desde quando aceitou a Jesus como seu único e suficiente Salvador,
pode passar por diversas situações em sua vida para experimentar o avivamento espiritual. A
vida cristã é uma jornada espiritual que começa no dia da conversão e prossegue até à morte,
se a pessoa perseverar até o fim (Mt 10.22). Na caminhada espiritual, o crente precisa conservar-
se fiel, vivendo de acordo com a vontade de Deus. Para isso é necessário andar no Espírito.
Na lição de hoje veremos o que precisa ser feito para nutrirmos uma vida espiritual no Espírito
e longe do pecado. Toda a lição se concentrará nas seguintes perguntas: A santificação tem
sido o alvo principal da nossa nova vida em Cristo? Ou a negligência com esse compromisso
tem sido uma constância em nosso cotidiano?
Precisamos ter em mente que todas as lições estudas tem como objetivo conhecermos a
vontade de Deus para praticarmos o que aprendemos. Para isso além de estudarmos a Palavra,
precisamos orar para pedir que a Deus nos ajude a cumprir sua vontade e nos dê vigilância para
não cedermos as tentações.

I – A VIDA NO ESPÍRITO
Esse tópico responderá as seguintes perguntas em relação a vida no Espírito:
1. Definição - O que é?
2. Motivo – Por quê?
3. Maneira – Como?

1. Andando em Espírito
Na Bíblia, o verbo andar tem o sentido figurado de viver, experienciar, praticar e conduzir na
vida espiritual. Por isso, Paulo escreve: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a
concupiscência da carne” (Gl 5.16). O andar em Espírito, com “E” maiúsculo, tem um significado
espiritual muito elevado e profundo. É ter uma vida cristã subordinada à direção do Espírito
Santo, pautada nos ditames da santa Palavra de Deus. É ter uma vida espiritualmente avivada
(Rm 8.1).
Ainda no A.T. temos uma exemplo de um homem que andou com Deus e o Senhor o tomou
para si. Gn 5:24 na (ARC) diz: E andou Enoque com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus
para si o tomou. Enoque foi um homem que em meio a uma geração perversa resolveu viver
segundo a vontade de Deus.
LIÇÃO PRINCIPAL
Andar em Espírito é uma escolha que cada cristão deve fazer todos os dias. Significa submeter-
se à direção do Espírito Santo e buscar a santidade em todas as áreas da vida.

2. Por que andar em Espírito?


O crente em Jesus deve andar de acordo com o Espírito Santo para não cumprir os desejos da
natureza carnal (Gl 5.16). Cumprir aqui traz a ideia de praticar os desejos. Então a pessoa sente
desejo de fazer algo errado, e quando não é guiada pelo Espírito, ela cede a esses desejos.
Escrevendo aos romanos, o apóstolo Paulo disse: “Portanto, agora, nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
Carne aqui não fala do nosso corpo físico e sim da natureza pecaminosa que está em nós. Paulo
ensina que aqueles que nasceram do Espírito (Regeneração – Novo Nascimento), não estão
mais debaixo de condenação, porque tiveram seus pecados perdoados. Porque a lei do Espírito
de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.1,2). Por isso, andando
no Espírito, o salvo tem vitória sobre o império do pecado e da morte.

LIÇÃO PRINCIPAL
O cristão não é mais escravo do pecado e por isso não vive para satisfazer os desejos da carne,
pois é guiado pelo Espírito e tem vitória sobre o pecado e a morte.

3. Como andar em Espírito?


Não é fácil andar no Espírito. Infelizmente, a inclinação da natureza carnal, herdada de nossos
primeiros pais, inerente a todos os seres humanos, faz com que busquemos as coisas que não
agradam a Deus. Aqui fica claro que pecamos porque somos pecadores. Pecar é uma
consequência de quem somos. Quando as pessoas aceitam a Cristo como Salvador, tornam-se
novas criaturas, pelo processo salvífico do Novo Nascimento (Jo 3.3; 2 Co 5.17). Isso quer dizer
que ela recebe no novo nascimento, uma nova natureza e uma nova posição em Deus. Dessa
forma passa de pecador condenado, para pecador arrependido e filho de Deus. Então, uma vez
que essa pessoa se torna filho de Deus pelos méritos de Cristo, deixa de viver uma vida de
satisfação de seus desejos carnais, para viver uma vida de santidade, pois deve se parecer com
Cristo. Entretanto, elas precisam cultivar o relacionamento espiritual e perseverante com Deus.
Portanto, para o crente andar em Espírito é preciso ter o Espírito Santo dentro dele (Jo 14.17) -
Aqui está se falando da regeneração ou novo nascimento. Todo Cristão sendo ou não
pentecostal tem o Espírito Santo morando dentro dele; ser guiado pelo Espírito (Rm 8.14); ser
cheio do Santo Espírito (Ef 5.18). Nesse caso ser guiado pelo Espírito e ser cheio do Espírito em
relação a esses dois textos falam da mesma coisa (Santificação). É buscar a orientação e a
capacitação do Espírito Santo e submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de
Deus. É estar sempre consciente de que estamos na presença de Deus, e nEle confiarmos para
que nos assista e nos conceda a graça de que carecemos para que a sua vontade se realize em
nós e através de nós.

LIÇÃO PRINCIPAL
A maneira de andarmos no Espírito é cultivando um relacionamento íntimo e continuo com
Deus. Isso impede cedermos aos desejos produzidos pela nossa natureza pecaminosa.
SINÓPSE I
Ter uma vida espiritualmente avivada é andar no Espírito e viver de acordo com os
ensinamentos bíblicos.

II – O CONFRONTO ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO


Esse tópico definirá o seguinte:
1. Que luta interna é essa?
2. O que são as obras da carne?

1. Carne x Espírito.
Em termos espirituais, é a maior luta da vida do crente salvo. A natureza carnal, herdada de
Adão, é alimentada pela concupiscência da carne. Ela se inclina para as estruturas pecaminosas
criadas pelo Diabo com o objetivo de afastar os seres humanos para longe de Deus. Na prática
funciona da seguinte maneira. O ser humano por causa do pecado, passou a ter a inclinação em
sua natureza para atitudes pecaminosas que a Bíblia chama de obras da carne. Os demônios se
aproveitam desses desejos em cada pessoa que podem se manifestar de formas variadas e
tentam nos incitar que satisfazer tais desejos irá nos saciar. Eles usam o sistema pecaminoso
do mundo para isso. Uma vez que cedemos a essa proposta pecamos contra Deus. Isso quer
dizer que nosso inimigo usa desejos que já estão em nós. Por isso, o apóstolo João escreveu:

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não
está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1 Jo 2.15,16).
Concupiscência da carne
Inclui os pecados sexuais da carne, mas também todas as ambições mundanas e todos os
desejos egoístas. Estar submetido aos desejos da carne é julgar todas as coisas do mundo
segundo normas puramente materiais.

Concupiscência dos olhos


É nos deixar seduzir pelas aparências superficiais. É o espírito que não pode ver nada sem
desejá-lo. É o espírito que crê que a felicidade se encontra nas coisas que pode comprar com
dinheiro e desfrutar com os olhos.

Soberba da vida
A soberba da vida é a ostentação pretensiosa (riqueza, poder, inteligência, status social, carros,
entre outros). Algumas pessoas querem, a todo custo, fama, dinheiro e prestígio.
Infelizmente, muitas pessoas não querem saber de Deus. Elas são seduzidas e afastadas para
longe de Deus por meio de vários instrumentos: pelas falsas religiões, pelo humanismo,
materialismo etc. Como resultado, as pessoas se esquecem de Deus e procuram agradar ao
Diabo e à própria natureza carnal, corrompida pelo pecado. Não por acaso, o apóstolo Paulo
admoestou a respeito dessa luta entre a carne e o Espírito (Gl 5.16,17).
LIÇÃO PRINCIPAL
Paulo aborda a batalha espiritual que todo crente salvo enfrenta em sua vida contra sua
natureza carnal, que é influenciada pelo Diabo para lhe afastar de Deus. O inimigo usa os meios
corrompidos do mundo como as falsas religiões, humanismos e o materialismo. Se somos de
Cristo, devemos ser guiados pelo Espírito e não pela carne.
Carne e Espírito são duas coisas diferentes que existem dentro de nós. A carne é como se fosse uma voz dentro da
nossa cabeça que nos diz para fazer coisas erradas, como mentir, brigar, falar palavrão e outras coisas que não
agradam a Deus.
Já o Espírito é a voz dentro de nós que nos ajuda a fazer coisas boas, como ser bondoso, amar as pessoas, ser
honesto e outras coisas que agradam a Deus.
Essa dicotomia é baseada na ideia de que existe uma luta constante entre a natureza pecaminosa do homem
(representada pela "Carne") e a natureza divina (representada pelo "Espírito Santo").

Segundo a Bíblia, a Carne é uma tendência humana ao pecado e às coisas mundanas, enquanto o Espírito Santo
representa a graça divina que guia o homem na direção do bem e da salvação. Essa luta entre a Carne e o Espírito é
retratada em vários textos bíblicos, como na Epístola aos Gálatas, que fala sobre a batalha entre a carne e o espírito,
e que só pela ação do Espírito é possível vencer a carne e seus desejos.
Assim, para os cristãos, é importante estar consciente dessa batalha espiritual e buscar a ajuda do Espírito Santo
para vencer as tentações e os desejos pecaminosos da Carne. Além disso, é necessário praticar os valores e
virtudes que são atributos do Espírito, como amor, paz, paciência, alegria, fé, humildade, autodisciplina, entre outros,
para que se possa crescer espiritualmente e viver em harmonia com a vontade de Deus..

2. As obras da carne.
Em termos bíblicos, do grego sarx, “a carne” é a natureza decaída do homem, cuja inclinação é
a prática do que não agrada a Deus. Assim, “as obras da carne”, segundo a Epístola aos Gálatas,
são as práticas, atitudes e pensamentos contrários à santidade exigida por Deus para os que
são fiéis à Palavra. É algo que se manifesta a partir do interior do ser humano.
Mt 15:19 na (ARC) diz: Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios,
prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
Coração nesse texto aponta para o centro da vontade humana, seus desejos pecaminosos.
Identificadas em pelo menos 15 tipos, sem fechar a lista, pois o autor bíblico acrescenta “e
coisas semelhantes a estas”, essas obras podem ser classificadas em várias categorias: práticas
sexuais ilícitas (5.19); práticas religiosas (5.20a); mau relacionamento humano (5.20b; 21); e
vícios e maus hábitos (5.21). O apóstolo Paulo encerra essa parte da carta, dizendo “que os que
cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.21; cf. 1 Co 6.9).
Paulo está listando várias práticas que tem relação com a natureza pecaminosa, mas, nós como
Cristãos jamais podemos ser guiados pelas obras da carne, pois os que são guiados por ela, são
aqueles que não receberam ainda salvação. E a consequência de uma vida vivida para seus
desejos é a condenação eterna.

LIÇÃO PRINCIPAL
As obras da carne são práticas daqueles que são dominados por sua natureza pecaminosa. Elas
são contrárias a santidade de Deus. Quem as pratica não herdarão o reino de Deus, por isso um
salvo não pode viver nas obras da carne, pois recebeu uma nova natureza para ser guiado pelo
Espírito.
As obras da carne são os comportamentos e atitudes que se opõem ao Espírito e são contrários à vontade de Deus. O
apóstolo Paulo enumera algumas dessas obras na passagem bíblica de Gálatas 5:19-21: "prostituição, impureza,
lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas".
Essas obras da carne são prejudiciais não apenas para a nossa relação com Deus, mas também para os nossos
relacionamentos interpessoais e para a nossa própria saúde física e emocional. Elas nos afastam da presença de Deus
e nos levam a viver em pecado e sofrimento. Por isso, é importante buscarmos a ajuda do Espírito Santo para vencer
essas tentações e escolhermos viver segundo a vontade de Deus.

SINÓPSE II
Em termos espirituais, o confronto entre a carne e o Espírito trata-se da maior luta da vida do
crente.

III – O AVIVAMENTO PELO FRUTO DO ESPÍRITO


Esse tópico definirá o seguinte:
1. O que é o Fruto do Espírito?
2. O que significa cada Fruto?
3. Qual o resultado do cultivo do Fruto?
O avivamento pelo fruto do Espírito é um processo de renovação espiritual que acontece quando permitimos que o
Espírito Santo trabalhe em nós, produzindo em nós o fruto do Espírito, como mencionado nas Gálatas 5:22-23: "amor,
alegria, paz, paciência , amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio".
Esse processo de avivamento ocorre quando nos submetemos ao Senhorio de Cristo e nos esforçamos para viver de
acordo com a Sua vontade. Quando permitimos que o Espírito Santo nos transforme, nos tornemos mais parecidos com
Cristo e possamos experimentar a Sua presença e o Seu poder em nossas vidas.
O avivamento pelo fruto do Espírito é importante porque nos ajuda a viver uma vida mais abundante e satisfatória, que
glorifica a Deus e abençoa aqueles ao nosso redor. Quando produzimos fruto do Espírito, somos capazes de amar e
servir ao próximo de forma desinteressada e altruísta, além de sermos mais pacientes e tolerantes em relação às
pessoas que têm opiniões diferentes das nossas.
Portanto, o avivamento pelo fruto do Espírito é um processo contínuo e essencial para a vida cristã, pois nos ajuda a
crescer espiritualmente e ter uma vida mais plena e significativa.
1. O Fruto do Espírito.
Dons e Fruto do Espírito são características essenciais para a vida e o caráter cristão. O uso dos
dons espirituais, sem a prática do Fruto do Espírito, pode ser apenas uma demonstração de
egoísmo e exibicionismo. Nem todos os cristãos são portadores da graça dos dons espirituais,
mas todos devem experimentar e testemunhar o Fruto do Espírito em sua vida. Os dons
espirituais estão relacionados com o serviço no Reino. Eles não atestam santidade, e muito
menos conferem àqueles que os receberam uma posição superior aos demais. Muito pelo
contrário, os que os receberam devem estar prontos para servir a igreja através desses dons. Já
o fruto do Espírito está ligado diretamente a transformação de caráter de cada cristão. Ele sim
atesta o nível da maturidade espiritual de cada cristão. Tanto os dons como o fruto do Espírito
são importantes na vida da igreja. Um cristão não pode dar bom testemunho sem a unidade do
Fruto do Espírito: não pode ter amor sem ter fé; não pode ter gozo (alegria) e não ter
benignidade, bondade ou temperança (Gl 5.22,23). Um aspecto do fruto não pode ser dissociado
do outro. Podemos usar o exemplo de uma fruta, como uma laranja, que tem vários gomos, mas
é um só fruto.

LIÇÃO PRINCIPAL
Dons sem o Fruto do Espírito pode gerar exibicionismo. A vida cristã depende do Fruto do
Espírito, pois ele está ligado a vida e o caráter cristão. Por isso devemos buscar todas as virtudes
desse Fruto.
O fruto do Espírito é uma expressão bíblica que se refere às características ou atributos que o Espírito Santo produz na
vida dos crentes. É uma manifestação do caráter de Deus em nós, e por isso é fundamental para a vida cristã. O
apóstolo Paulo descreve o fruto do Espírito em Gálatas 5:22-23: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. "

Cada uma dessas características é essencial para o desenvolvimento de um caráter cristão maduro e para a nossa vida
em comunidade. O amor, por exemplo, é o princípio fundamental que deve nortear todas as nossas ações e atitudes. A
alegria é uma expressão da presença do Espírito Santo em nossas vidas, e a paz é um estado de tranquilidade que
vem de Deus e que nos ajuda a enfrentar as adversidades da vida. A paciência é um atributo que nos ajuda a suportar
as dificuldades e esperar com confiança na promessa de Deus. A amabilidade e a ansiedade são expressões do amor
de Deus que se manifestam em nossas relações interpessoais, e fidelidade é a qualidade que nos mantém firmes na
nossa relação com Deus e com os outros. A mansidão é uma atitude de humildade e submissão diante de Deus e dos
outros,

O fruto do Espírito é uma manifestação da vida de Deus em nós, e por isso é essencial para o nosso crescimento
espiritual e para o nosso testemunho como cristãos. Quando desenvolvemos essas características em nossas vidas,
nos tornamos mais semelhantes a Cristo e somos capazes de impactar o mundo ao nosso redor com o amor e a graça
de Deus.

2. Os nove aspectos do Fruto do Espírito (Gl 5.22).


Na Bíblia, amor (ou caridade) (gr. ágape) é mais que filantropia, pois significa o verdadeiro amor
como sinônimo do amor ágape, o amor de Deus no coração do homem (Fp 1.9; 1 Jo 4.7-8,16);
gozo (gr. chara) é a alegria produzida pelo Espírito Santo (Lc 8.13; Fp 1.4); paz (gr. eirene) é “a
paz de Deus que excede todo o entendimento” (Fp 4.7); longanimidade (gr. makrothumia) é a
paciência para suportar as adversidades, os defeitos do outro (Ef 4.2; 2 Tm 3.10; Hb 12.1);
benignidade (gr. chrestotes) é a qualidade de quem é benigno, bondoso, complacente,
perdoador (Ef 4.32); bondade (gr. agathosune) refere-se àquele que é bom (Mt 12.35; Ef 5.9; Sl
37.23); fé (gr. pistis), não é a fé natural, mas a produzida pelo Espírito Santo no coração dos que
creem em Deus, conforme as Escrituras (Jo 7.38; Rm 1.17; 3.28; Hb 11.6); mansidão (gr. prautes)
diz respeito àquele que é manso, sinônimo de “brandura, de gênio afável, sossegado, dócil” (Mt
5.5; 1 Tm 6.11) ; temperança (gr. egkrateia) quer dizer autocontrole, domínio próprio, é o
aspecto elevadíssimo do relacionamento com os outros, com situações e fatos diversos na vida
(Tt 1.8; 2 Pe 1.6).
Amor: um amor altruísta que busca o bem do próximo sem esperar nada em troca.
Alegria: uma felicidade profunda que não é abalada por circunstâncias externas.
Paz: uma tranquilidade interior que vem da confiança em Deus e da ausência de conflito com os outros.
Longanimidade: uma paciência perseverante que suporta as dificuldades e os erros dos outros.
Benignidade: uma bondade gentil e generosa que se preocupa com o bem-estar dos outros.
Bondade: uma virtude que envelhece em benefício dos outros, fazendo o bem de forma prática e concreta.
Fé: uma confiança inabalável em Deus que permite acreditar no impossível e perseverar nas dificuldades.
Mansidão: uma humildade serena que não se ofende com as provocações e injustiças dos outros.
Temperança: um autocontrole que regula os desejos e paixão, mantendo a moderação e a sobriedade em todas as
coisas.
LIÇÃO PRINCIPAL
Aprendemos as características do Fruto do Espírito para verificarmos se essas nove virtudes
estão sendo desenvolvidas em nossas vidas. Precisamos buscar a cada dia que elas estejam
presentes em nossas atitudes, pois essa é a vontade de Deus.

3. Contra o Fruto do Espírito, não há lei.


A conclusão de Paulo sobre o fruto do Espírito é impressionante. Ele afirma de modo incisivo e
categórico: “Contra essas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as
suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5.23-
25). Que Deus nos ajude a cultivar o Fruto do Espírito em nossas vidas. Os dons espirituais só

têm valor se forem acompanhados do Fruto do Espírito. Isso é viver na plenitude do Espírito,
tendo uma vida verdadeiramente avivada.

“E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.”


De que maneira fomos crucificados? Como ocorreu essa crucificação? Qual é o nosso papel
nessa experiência? Em resposta, é importante observar que a nossa crucificação está
intrinsecamente ligada à cruz de Cristo. Não nos crucificamos a nós mesmos, mas, em um
sentido passivo, fomos "crucificados com Cristo". Assim, a morte de Cristo na cruz é o alicerce
para todas as outras crucificações que ocorrem no corpo de Cristo (igreja). Através da fé,
podemos participar da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Romanos 6.1-6). Em
resumo, segundo a perspectiva divina, as experiências de Cristo se tornam as nossas próprias
experiências.

LIÇÃO PRINCIPAL
Aqueles que vivem uma vida guiada pelo Espírito, não estão debaixo de condenação, pois se
uniram a Cristo em sua morte e ressurreição. Suas vidas agora manifestam o Fruto do Espírito,
onde os dons são usados da forma correta e as relações pessoais são agradáveis a Deus.

SINÓPSE III
O uso dos dons espirituais e o Fruto do Espírito são práticas indissociáveis.

CONCLUSÃO
Crentes avivados são beneficiados com grandes bênçãos da parte de Deus, pois eles andam em
Espírito, e não andam conforme as concupiscências da carne (Gl 5.16). Além dos dons
espirituais, eles têm o Fruto do Espírito: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22). Por isso, Deus concede bênçãos em abundância
sobre os crentes que andam e vivem no Espírito: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”
(Ef 1.3).
Em conclusão, a lição "Vivendo no Espírito" nos ensina sobre a importância de andarmos no Espírito, e não na carne.
Devemos buscar a plenitude do Espírito em nossas vidas e permitir que o Fruto do Espírito se manifeste em nossas
atitudes e comportamentos. Enquanto as obras da carne nos levam ao pecado e à separação de Deus, o Fruto do
Espírito nos conduz ao amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. É importante

entender que essa transformação só é possível através de um relacionamento genuíno com Jesus Cristo e da nossa
disposição em viver de acordo com a Sua vontade. Que possamos buscar sempre a presença de Deus e permitir que

o Espírito Santo nos guie em todos os aspectos de nossa vida.

Quais aspectos do Fruto do Espírito você encontra maior dificuldade Dele produzir em você?
Essa autoanálise é necessária para a saúde da vida cristã. Considere que, à medida que o crente
busca o fortalecimento da vida espiritual e o compromisso contínuo com a prática dos
ensinamentos bíblicos, haverá menor influência das obras da carne sobre o comportamento
diário. O apóstolo João ensina em sua Carta que "Aquele que diz que está nele também deve
andar como ele andou" (1 Jo 2.6).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Qual o sentido do verbo “andar” na Bíblia? Na Bíblia, o verbo andar tem o sentido figurado de
viver, experienciar, praticar e conduzir na vida espiritual.
2- De que a natureza carnal é alimentada? A natureza carnal, herdada de Adão, é alimentada
pela concupiscência da carne.
3- Segundo os termos bíblicos, o que é “carne”? Em termos bíblicos, do grego sarx, “a carne” é
a natureza decaída do homem, cuja inclinação é a prática do que não agrada a Deus.
4- O que são as características essenciais para a vida e o caráter cristao? Dons e fruto do
Espírito são características essenciais para vida e caráter cristão.
5- O que quer dizer “temperança”? Temperança (gr.egkrateia) quer dizer autocontrole, domínio
próprio, e qualidade elevadíssima no relacionamento com os outros, com situações e fatos diversos
na vida (Tt 1.8; 2 Pe 1.6
Viver no Espírito significa ter uma vida guiada pelo Espírito Santo de Deus, buscando agradar a Deus em tudo o que se
faz. É uma caminhada espiritual constante, que envolve a renúncia às obras da carne e busca por produzir e cultivar o
Fruto do Espírito em nossa vida. Isso inclui amar ao próximo, ter paz, ser paciente, bondoso, ter fé, autocontrole, entre
outras virtudes que são frutos da presença e do trabalho do Espírito Santo em nós. Viver no Espírito é, portanto, uma
transformação interior que se reflete em todas as áreas da vida, e que tem como resultado uma vida mais plena, mais
feliz e mais próxima de Deus.
A plenitude do Espírito Santo se refere a uma condição em que o crente está completamente cheio do Espírito Santo,
permitindo que Ele governe todas as áreas de sua vida e capacite para viver uma vida cristã vitoriosa e frutífera. Isso
envolve um relacionamento íntimo com Deus e uma submissão constante à Sua vontade e direção. A plenitude do
Espírito se manifesta através do Fruto do Espírito em nossas vidas, que é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
felicidade, fidelidade, mansidão e autocontrole (Gálatas 5:22-23). Quando vivemos em plenitude do Espírito, somos
transformados em nossa maneira de pensar, falar e agir, refletindo a imagem de Cristo e sendo usados por Ele para
fazer a Sua vontade na Terra.
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