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N’O Segredo da Vida Perfeita, o autor James Mangan apresenta-nos um levantamento acerca

do maior desejo do ser humano.. Em primeiro lugar as pessoas afirmam desejar encontrar em
Deus o fim último, ou seja o grande objectivo de suas vidas. No fundo, desejam encontrar em
Deus o grande sentido da vida. O segundo desejo assemelha-se ao primeiro, já que se pretende
ver o outro como irmão, à luz dos ensinamentos presentes no Livro Sagrado. O terceiro desejo
dá-nos conta de uma contemplação da vida e de a viver serenamente e com a sabedoria de um
espectador. O quarto objectivo será talvez o mais vulgar, e dá-nos conta da obtenção de um
êxito como último degrau no caminho da felicidade. O quinto objectivo passa por vermos algo
de nós em alguma forma de arte, enquanto que o sexto nos fala da obtenção de uma
segurança superior no corpo e na pessoa em si mesma. O sétimo objectivo é o mais lato, uma
vez que aponta a felicidade para um conjunto de pequenos desejos. O oitavo objectivo prende-
se ao dinheiro e ao desejo de um grande número de pessoas de ter mais do que aquele que
tem presentemente. O nono objectivo apresentado diz respeito ao prazer e à forma como as
pessoas gostariam de a ele recorrer mais frequentemente. A saúde é a grande temática do
décimo desejo onde sobressai principalmente a intenção de fugir à dor. O penúltimo desejo
manifesto tem a ver com a vivência de um amor puro, construído num todo de confiança e
segurança relativas ao próprio ser humano. O último e, a meu ver, mais interessante desejo
prende-se com um desenvolvimento baseado numa construção gradual do Homem rumo à
perfeição.

Sem espaço para uma maior discussão acerca do verdadeiro significado da felicidade,
revelo desde já que o autor em questão vê a mesma como a união daquilo a que ele chama
personalidade consciente e inconsciente. Ele afirma ainda que todo e qualquer um de nós já
vivenciou a felicidade, sendo estes momentos reconhecidos como aqueles em que o mais
importante é o ser humano. Através desta obra, James Mangan expõe este estudo fantástico,
onde a base reside na crença de que o ser humano só será feliz se conseguir unificar as duas
personalidades referidas e, acima de tudo, se conseguir preservar esta união de forma
saudável. Esta união irá criar harmonia e, acima de tudo, paz interior. Com o desenvolvimento
desta, o autor indica-nos que o Homem irá estar em maior contacto consigo mesmo, estando
mais atento por exemplo a capacidades escondidas. Para além disto, irá também ser mais
eficaz ao alcançar objectivos anteriormente propostos, irá conseguir preservar melhor a
juventude, acima de tudo, irá encontrar melhores formas de vencer todas as lutas da vida
quotidiana.

Ao longo de inúmeros casos práticos vivenciados pelo autor, é demonstrado o método


prático que permite efectuar a unificação entre a personalidade consciente e inconsciente.
Através da sua observação e da sua experiência, foi possível reconhecer que a melhor forma de
chegar ao objectivo proposto era através de palavras simples dirigidas ao inconsciente, mais
tarde designadas palavras-contacto. Estas palavras eram formas de o consciente transmitir
modelos de pensamento ao inconsciente e de melhorar a comunicação entre ambos.

Num dos exercícios apresentados, o autor solicita que o leitor sorria. Sempre a sorrir,
pede que se pense numa pessoa que seja menos grata e que contra ela se engendre um plano
de vingança. Após esta tentativa, comprovei que é dificílimo levar até ao fim este objectivo.
Esta breve experiência serviu para demonstrar que quando o consciente está empenhado em
algo o inconsciente muito dificilmente o conseguirá distrair. De forma a fazer com que as duas
personalidades actuem em conjunto, o autor deixou-nos algumas das palavras-contacto que
permitem que se usufrua do casamento entre consciente e inconsciente.
A primeira palavra descoberta foi a palavra «unidos» que o autor nos indica ser o
interruptor geral de todo este processo. Pude apreender que para aqueles que só agora
pretendem experimentar este processo devem utilizar apenas esta palavra durante alguns dias,
de modo a iniciar a máquina que permite tornar este processo possível. Para além desta,
existem inúmeras palavras, sendo que vou salientar algumas que mais úteis me pareceram. A
palavra «adapta» por exemplo destina-se a um encorajamento relativamente ao
começo de tarefas desagradáveis. Quando se trata do desejo de alívio da dor experimente
«muda» ou «obtém». A última palavra a que me vou referir pode ser utilizada em
inúmeros contextos e destina-se a apagar do inconsciente alguma má imagem ou sensação
experimentada, sendo ela «anula».

A escolha deste livro deve-se principalmente ao facto de que, mesmo não prometendo
milagres, é um livro positivo que nos indica um excelente caminho no sentido do
aperfeiçoamento pessoal e no fortalecimento do ser humano enquanto ser completo e único.

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