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NAZARENO
“Santidade ao Senhor” (Êxodo 28:36)
Classe de discipulado
AS OBRAS DA CARNE
1- INTRODUÇÃO
2- OS PECADOS CONTRA O CORPO
3- OS PECADOS CONTRA DEUS
4- OS PECADOS CONTRA OS LIMITES
5- RESULTADOS DAS OBRAS DA CARNE
6- COMO VENCER A CARNE
7- CONCLUSÃO
AS OBRAS DA CARNE (Gálatas 5.16-21)
OBRAS DA CARNE
INTRODUÇÃO: Irmãos; iniciaremos o nosso estudo cujo tema é: Obras da carne e fruto do
Espírito. O estudo está baseado em Gl 5.16-23. Falaremos sobre cada obra da carne
separadamente, bem como de cada fruto do Espírito. Durante as aulas os amados perceberão
em que ponto precisa melhorar e no final o Senhor produzirá amadurecimento em vossas vidas.
As obras da carne são operações próprias da velha natureza, que procura se expressar na vida
do crente. Muitas das chamadas “obras da carne” são pecados considerados da natureza caída
do homem. A crucificação da carne é vista em uma vida de intimidade com Cristo. O apóstolo
dá a entender que o crente não pode mais viver uma vida de pecado, pois o “velho homem” foi
sepultado e com ele todos os desejos da carne. A velha natureza foi levada para a cruz e
devemos sustentar esta decisão através de uma vida guiada pelo Espírito.
Antes de entrarmos no tema é necessário darmos uma “pincelada” no contexto proximal que
abrange Gl 5.16-25
I-5-16
em Espírito- Na direção do Espírito. Embora ele habite em nós a partir da nossa conversão,
podemos resistir a sua vontade; o que não será proveitoso.
e não satisfareis à concupiscência da carne- Aquele que vive na direção do Espírito não
cumpre o que a carne deseja (concupiscência = desejo). A chave para não obedecer aos desejos
da carne não está em leis ou regras de “posso ou não posso”, e sim em uma vida cheia do
Espírito Santo, pois somente ele nos capacita a viver em santidade. Sofreremos tentações; mais
aquele que anda em Espírito obterá vitória sobre todas elas.
Nota: Carne na Bíblia pode ter vários significados dependendo do contexto. No caso aqui
estudado, refere-se à velha natureza com seus desejos e paixões.
É possível ao homem natural viver uma vida sem satisfação? Por quê?
E o homem espiritual?
II-5-17
A essas operações da natureza caída, a bíblia da alguns nomes que convém considerar.
1-Obras da carne. Este é o nome mais conhecido e como se pode ver pelo termo “obras”, é algo
que a carne “faz”.
4-Obras infrutíferas das trevas. São as obras que não produzem nada, e pertencem a Satanás.
7-Concupiscência dos olhos. Satisfazer o desejo dos nossos olhos. Os nossos olhos são portas
para a entrada de desejos ilícitos; podemos dizer que é uma prisão da alma no aspecto externo
das coisas.
1-PROSTITUIÇÃO: Relacionamento sexual com a pessoa que não seja o próprio cônjuge,
seja casado ou solteiro, envolvendo pagamento.
II)Definição:
Partindo da definição da palavra no original e na língua portuguesa, bem como a sua aplicação
na Bíblia e no dia a dia, podemos dizer que a prostituição é o ato de vender, entregar ou trocar o
seu próprio corpo colocando-se então em situação de desmoralização. Aquele que se prostitui
nem sempre o faz para receber dinheiro.
Em I Co 6.18 existe uma advertência a respeito da prostituição. O apóstolo Paulo nos ensina que
aquele que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. A gravidade esta em dois pontos:
1º) I Co 6.19 diz que o corpo do crente é templo do Espírito Santo, ou seja, Deus habita em nosso
corpo desde quando aceitamos a Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas. Onde Deus
habita não pode haver imundície; isto significa que devemos ser santos (Hb 12.14;I Pe1.15 e16).
Quando Jesus chegou ao templo em Jerusalém, expulsou todos os vendedores que negociavam
ali (Mt 21.12 e 13). Se Deus importou-se com um templo de pedras, quanto mais se importará
com o nosso corpo.
2º) Não pertencemos a nós mesmos e sim a Deus. Fomos comprados, e aquele que nos comprou,
tornou-se Senhor da nossa vida.
O preço foi caríssimo: O precioso sangue de Jesus.
Todo nosso ser pertence a Deus (I Co6.20),portanto não podemos desmoralizar aquilo que
pertence ao Senhor, se é que verdadeiramente nos entregamos a ele.
Os que se prostituem não herdarão o céu!
A Palavra de Deus deixa bem claro que os que se prostituem ficarão de fora do reino de Deus.
Confira em: Hb13.4,Ap 22.15 e Ef 5.3 .
II)Definição: Podemos definir que a impureza é tudo o que contamina o nosso corpo. Dentro
deste contexto, toda prática sexual que contamina o nosso próprio corpo como templo de Deus.
III)A impureza a luz da bíblia: No pensamento de Gálatas 5.19, o apóstolo Paulo não nos
mostra apenas que a impureza é uma obra da carne, mais no sentido da aplicação da palavra,
ele deixa claro que a impureza sexual contamina o corpo e torna o crente imundo. O apóstolo
faz isso sem citar quais os tipos de impurezas ou vícios sexuais, mais o faz de uma forma
abrangente.
Devemos lembrar que toda prática sexual impura quebra a nossa comunhão com Deus e
contamina o nosso corpo.
IV)Tipos de praticas sexuais que contaminam o corpo: Existem formas variadas de impureza
sexual; a seguir deixamos alguns exemplos.
Sodomia e masoquismo- Prática de ato sexual em várias formas aberrantes e muitas vezes com
uso de violência espontânea(masoquismo).
Este tipo de perversão sexual levou à destruição as cidades de Sodoma, Gomorra e adjacências.
A Bíblia traz uma lista de pecados abomináveis na área sexual em Levítico, capítulo 18. Os
sodomitas não entrarão no reino de Deus (I Co 6.10; I Tm 1.9,10; Ap 21.27).
Masturbação (satisfação do desejo desenfreado pelo prazer sexual; satisfação do “eu”, que vem
associada com pensamentos impuros e leva ao aprisionamento a esta pratica). Devemos lembrar
que no relacionamento sexual conjugal, o marido visa satisfazer a sua esposa e vice-versa.
II)Definição: Podemos dizer que a lascívia é o desejo incontrolável pelo sexo a ponto de abusar
da moralidade pública e privada.
Lightfoot define lascívia como devassidão, indecência aberta e desavergonhada.
A pessoa envolvida pela lascívia possui um desejo incontrolável podendo este desejo levar a
pensamentos pervertidos e a atitudes imprevisíveis.
III)A lascívia a luz da palavra de Deus: A palavra grega para lascívia ocorre em alguns textos
como, por exemplo: Mc 7.22; II Co 12.21 e II Pe 2.7(ver a tradução ARA).
Este tipo de pecado era marcante nas cidades de Sodoma, Gomorra e circunvizinhanças. Os
cidadãos daquelas cidades possuíam um desejo incontrolável pelo sexo a ponto da imoralidade
tornar-se pública. Devido a isto, aquelas cidades foram destruídas por Deus. Em Sodoma e
Gomorra os homens queriam satisfazer seus impulsos ainda que estes fossem pervertidos ou
viessem a ferir outrem.
Todo impulso sexual anormal procede da natureza caída e vem do coração. No texto de Marcos,
capítulo 7, versículos de 14 a 23, Jesus deixa este princípio bem claro.
IV) A lascívia hoje: Vivemos em uma sociedade na qual a apelação sexual é intensa. Somos
“massacrados” diariamente por imagens e notícias ao nosso redor que levam a banalização do
sexo e dos princípios morais. Pessoas que se dizem psicólogos e educadores encaram o ser
humano como um mero animal que teve a sorte de ser um pouco mais evoluído. Até mesmo as
leis cede espaço a libertinagem. Todo este ambiente gera no ser humano caído e sem Deus, um
clima propenso para a lascívia que arrasta consigo outros tipos de problemas de cunho moral.
Os impulsos sexuais anormais são encarados como instintos, como por exemplo, o desejo por
satisfação sexual entre pessoas do mesmo sexo (homossexualismo). Resumindo: O que é
passado é que você deve dar lugar aos seus desejos, você deve ser “feliz”, ninguém deve
determinar o que você deve fazer, ninguém deve coibir os seus impulsos!
A Bíblia deixa claro que entre o homem e o animal existe uma grande distância. O ser humano
não deve ser encarado como um simples animal, pois Deus lhe deu atributos que nenhum
animal possui.
A Palavra de Deus ensina que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26-28). O
Senhor pôs no homem tudo o que era necessário para a sua sobrevivência e o dotou de
raciocínio (algo que somente o ser humano possui). O ser humano recebeu também o livre
arbítrio (capacidade de escolha) que o torna responsável por seus próprios atos. Além de tudo
isso, a constituição humana é bem diferente: Enquanto a alma do animal é mortal e este não
possui espírito, a alma do homem é imortal e ele possui espírito. O que dizer ainda do
pensamento abstrato, etc...
Finalizamos afirmando que o homem não poderá jamais ser visto como um simples animal,
sendo, portanto, responsável diante de Deus por todos os seus atos.
1-IDOLATRIA
Introdução:
Segundo o dicionário: Culto a ídolos, amor demasiado.
Podemos definir idolatria em um sentido mais abrangente, como qualquer dedicação ou amor
excessivo prestado a alguém ou algo sem ser Deus; em outras palavras: colocar Deus em
segundo plano.
Idolatrar se refere ao reconhecimento público dado aos “deuses”, ou ainda ao reconhecimento
público de que algo é mais valioso do que Deus para uma pessoa, ainda que muitas vezes não
declare isso, mais os seus gestos demonstrem.
Desenvolvimento:
1ª Parte
A adoração aos ídolos sempre foi algo condenado por Deus. Ainda no antigo testamento vemos
como esta prática é abominável aos olhos do Senhor e como o povo de Israel sofreu com este
pecado, que para os judeus, era considerado como origem de muitos outros males. O apóstolo
Paulo confirma este pensamento ao escrever sua epístola aos romanos falando no capítulo 1
sobre a depravação dos gentios (Rm 1.18-32).
A idolatria é condenada veementemente também no novo testamento; para os cristãos dos
primeiros séculos os ídolos nada eram, no entanto quem os adorava fazia a vontade dos
demônios (ICo 8.4-13 , 10.19-21).
Quando falamos em idolatria logo pensamos na adoração de ídolos ou coisa semelhante,
pensamos também nos ímpios idólatras que não conseguem enxergar que seus ídolos não
servem para nada. Quando lemos Gálatas 5. 20 aprendemos que a idolatria é uma obra da
carne; mais será que Paulo estava escrevendo para ímpios? Certamente que não!
Como servos de Deus devemos estar atentos para a idolatria em suas mais variadas faces, pois
em um sentido mais abrangente, como já vimos, idolatria não é apenas ajoelhar-se diante de um
ídolo qualquer, veja a advertência que o apóstolo Paulo faz em I Co 10. 1-13.
2ª Parte
Crentes idólatras?
Infelizmente percebemos em nossas igrejas que a idolatria tem se infiltrado de um modo muito
astuto; a carne tem falado mais alto na vida de muitos, e como no tempo antigo e também nos
dias de hoje entre os ímpios, a idolatria arrasta consigo muitos outros problemas. Um crente
idólatra causa problemas para si e para a igreja.
Observamos os seguintes tipos de idolatria na vida de alguns que dizem amar a Deus em
primeiro lugar: Amor ao dinheiro, idolatria a determinado cantor, idolatria ao líder (ainda que
ele esteja caído é venerado), idolatria à mulher, namorada, filhos, carro, etc...
O amor ao dinheiro:
Este problema é considerado por Deus como uma forma de idolatria.
Jesus comparou o dinheiro com um “outro deus” e afirmou ser impossível ama-lo e amar ao
dinheiro ao mesmo tempo (Mt 6. 24).
Na epístola aos Colossenses, no capítulo 3, versículo 5, Paulo diz que toda espécie de avareza é
idolatria.
A avareza é mencionada e advertida em passagens como: Rm 1.29; Ef 5.3; Hb 13.5 e II Pe 2.14.
O amor ao dinheiro é a causa da queda de muitos “cristãos” e Paulo orienta ao jovem pastor
Timóteo para ter cuidado com estas coisas ( I Tm 6. 6-12).
Poderíamos citar muitas outras passagens, mais aqui fica o alerta dado por Paulo aos Coríntios:
“... amados, fugi da idolatria...” ( I Co 10. 14).
Problemas advindos da idolatria ao dinheiro: O crente idolatra faz a sua igreja local sofrer, pois
não gosta de contribuir e ainda induz os outros a fazerem o mesmo.
Além de sua vida espiritual estar indo “por água a baixo”, ele prejudica a comunidade com
críticas constantes. O crente idólatra não percebe que o dinheiro para ele é mais importante do
que Deus, e esquece do amor aos irmãos. A avareza torna o crente um verdadeiro “parasita
espiritual”.
Outros exemplos:
2- FEITIÇARIA
INTRODUÇÃO:
Hoje iremos estudar sobre a feitiçaria, uma obra da carne que faz parte do segundo grupo da
lista de Gálatas 5.19-22. Juntamente com a idolatria, a feitiçaria é um pecado diretamente contra
Deus. Do mesmo modo que na aula anterior; iremos descobrir que a prática da feitiçaria faz
parte da liturgia e às vezes de doutrinas existentes em algumas igrejas evangélicas.
Definição:
No dicionário da língua portuguesa, feitiçaria é bruxaria; encantamento; magia; mandinga.
A palavra grega usada no texto é “pharmakeia”, alusão ao uso de drogas de qualquer tipo (boas
ou venenosas). Visto que as feiticeiras e bruxas usavam drogas em seus ritos, essa palavra veio a
designar a prática de feitiçaria, da mágica, das bruxarias e de todas as formas de encantamento.
Se observarmos bem, a palavra esta no plural, o que nos leva a entender as várias formas de
feitiçaria, mágica, encantamento e adivinhações existentes.
A feitiçaria no Brasil:
Segundo as estatísticas; o Brasil é um dos maiores países espírita do mundo. Este dado
assustador revela a grande tendência do brasileiro para o ocultismo, para o sobrenatural e
prodígios, sendo uma presa fácil para espíritos enganadores, charlatões e toda sorte de
feitiçaria.
Será que estes dados influenciam de algum modo igrejas que se dizem cristãs?
Infelizmente a nossa resposta é sim! O povo brasileiro é extremamente supersticioso e quando
chegam em uma igreja, ao invés de procurarem a Jesus e aprenderem o que a Bíblia diz, buscam
sinais, prodígios e supostos dons sobrenaturais. Para muitos Deus somente está em um lugar
quando podem ver algum sinal, querem “ver para crer”.
Não devemos esquecer que a Bíblia ensina que vivemos por fé e não por vista ( II Co 5.7).
Devemos lembrar também do que Jesus disse em (Mt 7.15-23); sem contar ainda que o anticristo
vem com todos os sinais e prodígios da mentira ( II Ts 2.8 e 9).
Deixamos claramente a nossa posição bíblica de que cremos nos dons sobrenaturais do
Espírito, bem como em sinais e prodígios do Senhor, no entanto o cristão não deve andar
atrás destes sinais, eles são conseqüências de uma vida frutífera; o mais importante para o
crente é o fruto do Espírito em sua vida.
Quando uma igreja é edificada sobre a Palavra de Deus, certamente os seus membros
dificilmente serão enganados pelas artimanhas do Diabo, suas vidas serão verdadeiramente
transformadas e amadurecerão espiritualmente, estando prontos para vencer qualquer
dificuldade.
A brecha deixada pela falta de ensino, unida com interesses financeiros e de poder dos próprios
líderes, bem como o coração do povo pendente ao sobrenatural, leva a certas prática dentro de
igrejas que deixam os servos de Deus boquiabertos!
É nesse contexto que a feitiçaria entra dentro das igrejas e no coração de muitos.
O fator preguiça:
Vale lembrar que para muitos é mais fácil ir ao vidente do que ler a Bíblia é mais fácil ir ao
“profeta” que não o conhece, do que ir até o pastor pedir aconselhamento, haja vista que ele
sabe quem são as suas ovelhas e provavelmente dirá o que não lhe agrada.
1-INIMIZADES
I) CONSIDERAÇÕES:
Entraremos agora na análise das obras da carne contidas no 3º grupo da lista; trata-se dos
pecados cometidos contra os nossos irmãos; aqueles que quebram a unidade do corpo ferindo o
amor fraternal. Lembramos que aquele que peca contra o próximo, peca contra Deus. A Bíblia
nos adverte que se não amamos aos irmãos que nós vemos, como iremos amar a Deus, o qual
não vemos ( I Jo 4. 20 )?
Neste grupo existe uma longa lista que a primeira vista parece ser repetitiva, no entanto
fazendo uma análise acurada iremos perceber que há uma diferença entre cada uma delas.
II) INTRODUÇÃO:
Nossa aula de hoje tratará do assunto inimizades.
Infelizmente muitas vezes ouvimos certos irmãos dizerem o seguinte: “Não vou com a cara
daquele irmão” ou “Não gosto daquele irmãozinho”.
Quando não gostamos de alguém, sentimos aversão por este alguém e isto é sentimento de
inimizade!
Como cristão, fica difícil imaginar não amar aquele pelo qual o nosso Senhor deu a sua vida
também!
Veja amado, como é grave este sentimento advindo de um coração contaminado pelas paixões
da carne!
Preste bastante atenção no que a Bíblia diz nestas passagens: I Jo 2.9, 4.8, 5.1 .
V) O MESMO ESPÍRITO
Sabemos pela Palavra do Senhor que possuímos o mesmo Espírito e o mesmo Senhor ( Ef 4. 4 e
5 ), portanto possuímos também os mesmos objetivos e alvos e jamais poderíamos ter
inimizades no mesmo corpo.
As inimizades quebram a unidade da igreja ( Ef 4. 1-6 ) e causam muitos outros problemas e
hostilidades de todas as formas, tais como as divisões, iras, etc...
DEFINIÇÃO:
Porfia segundo o dicionário significa discussão, disputa, luta, teimosia.
Analisando o sinônimo de porfia no dicionário, não podemos ter uma definição precisa da
palavra no texto bíblico, haja vista a palavra no português ter o mesmo sentido da palavra
peleja que é citada no mesmo versículo. Por este motivo algumas traduções optaram por utilizar
outra palavra para peleja.
Existe uma significativa diferença entre as traduções que podem auxiliar na compreensão do
texto.
Na lista de Gl 5.20 encontramos a seguinte seqüência respectivamente:...Porfias, emulações,
iras, pelejas na tradução ARC; porfias, ciúmes, iras, pelejas na tradução Almeida ed.
Contemporânea; porfias, ciúmes, iras, discórdias na tradução ARA; porfia, emulações,
ira, pelejas na tradução AC e Fiel; brigas, ciumeiras, acessos de raivas, ambições egoístas na
tradução da BLH e como último exemplo, na tradução católica da Bíblia de Jerusalém
temos: Rixas, ciúmes, ira, discussões.
A importância de se comparar traduções está no fato de uma ajudar na compreensão mais exata
do termo existente na outra.
Recorrendo ao original.
No texto de Gálatas que nos foi exposto, a palavra usada para porfia é “eris”, que significa
ainda desavença, contenda.
A palavra usada para peleja é “eritheiai” que significa discórdia. No grego trata-se de uma das
formas pela qual se manifesta o egoísmo.
Resumindo todas estas informações; no texto em pauta, porfia fala da atitude de luta, briga;
e peleja da ambição egoísta, cobiça pelo poder, divergência de pensamentos.
Posteriormente estudaremos sobre a peleja, no momento o que interessa ao nosso estudo é a
porfia.
Agora que já sabemos definir o que é porfia, passaremos a estudar como elas surgem, suas
causas e exemplos.
CAUSAS:
Como vimos acima, as porfias originam dissensões e divisões.
Do mesmo modo que a inimizade, a porfia enfraquece a unidade da igreja e por se tratar de
algo exterior, o testemunho cristão é prejudicado podendo gerar escândalos.
É extremamente desagradável quando observamos no seio da igreja contendas e, até mesmo,
discussões com ofensas e teimosias (que são formas de lutas) e, até mesmo, brigas.
O líder deve estar atento a este tipo de atitude por causar dano à igreja, tanto aos mais fracos,
quanto a novos convertidos e àqueles que estão a nossa volta.
EXEMPLOS:
Quando Paulo escreve a sua 1ª Epístola aos Coríntios, ele diz no 1º capítulo, no versículo 11 que
havia contendas entre os crentes daquela igreja. Na verdade estas contendas eram brigas e
disputas oriundas de divisões partidárias. A gravidade está no fato de que qualquer pessoa
poderia observar claramente a desavença existente entre eles sendo uma prova externa de
desunião da igreja. Estas atitudes mostravam falta de amor e eram reprovadas pelo apóstolo.
As porfias causavam também dissensões mostradas no levante contra a autoridade de Paulo,
acentuavam as divisões e uma casa dividida não pode subsistir.
Em Filipenses 1.15; Paulo afirma que existem alguns que pregam por porfia, ou seja, sem ser
por amor, apenas para disputar com quem prega com sinceridade.
Não deve ser costume de crentes em Jesus contender entre si ( I Co 11.16, II Tm 2.23-26); no
entanto, uma contenda ao nível de apologia da fé sem entrar em discussão ou exaltação, deve
ser exercida pelo cristão( At 15. 1,2), tendo-se o cuidado para não causar escândalos (Mt 7.6;Tt
3:10).
Trazendo para a prática, é inadmissível ver irmãos brigando entre si na igreja, isto é uma prova
de carnalidade! O pior é que existem porfias por motivos tão fúteis que até mesmo os ímpios se
espantam ao ver tal atitude na vida de alguns que se dizem cristãos.
E o que dizer daqueles que por qualquer motivo brigam até mesmo com ímpios? Irmãos, não
convém que isto seja assim! O mau testemunho é uma coisa lamentável.
3-CIÚMES
I)INTRODUÇÃO:
Hoje iremos falar sobre o ciúme e é interessante que especialmente os casais, sejam de
namorados, noivos ou cônjuges prestem bastante atenção, pois se trata de algo relativo ao velho
homem e não tem nada a haver com amor, pelo contrário, é um sentimento que prejudica o
próximo e causa muitas feridas e problemas. Na verdade este tipo de problema não se limita
apenas aos casais, mais pode invadir todo tipo de relacionamento.
II)DEFINIÇÃO:
A tradução mais correta é a que diz ciúmes e não emulações. No grego o termo tinha também
um sentido positivo, pois a palavra também poderia significar zelo.
Trazendo para a pratica, podemos definir ciúmes dentro do contexto das obras da carne, como
sendo um sentimento egoísta e possessivo com relação a outrem.
Na verdade os significados de ciúmes e invejas estão tão próximos que muitas vezes são
confundidos.
III)ZELO OU CIÚMES?
Existe uma grande diferença entre os ciúmes e o zelo, o primeiro destrói o segundo protege; o
primeiro aniquila, o segundo busca amadurecimento; o primeiro vem da carne, o segundo é
proveniente de Deus.
O ZELO DO SENHOR
O termo “zelo” é usado na Bíblia por várias vezes ligado ao sentimento que Deus tem por nós e
facilmente podemos perceber que vem do amor do Senhor pela nossa vida.
Vejamos por exemplo os textos de Sl 69.9; Is 9.7; Jl 2.18; Zc 8.2 ; Jo 2.17 e Tg 4.5. Todas estas
passagens mostram respectivamente que o zelo do Senhor é o seu cuidado extremo pelo
templo, por Israel e pela nossa vida. O zelo de Deus, portanto, é o seu cuidado!
O zelo de Deus nos protege e nos conserva em seus caminhos; aleluia!
Como criaturas transformadas por Deus devemos andar neste mesmo zelo.
Zelo na vigilância Ap 3.19
Zelo nas obras Tt 2.14
Zelo pelo líder II Co 7.7
Zelo na contribuição II Co 9.2
Zelo pelo rebanho II Co 11.2 etc...
No casamento, por exemplo, devemos ter zelo pelo cônjuge; este zelo deseja sempre o melhor
para o próximo.
É bom ter zelo, mais com entendimento (Rm 10.2).
O CIÚME
Ao contrário do zelo, o ciúme não provém do Senhor; é uma obra da carne!
O ciúme causa muitos problemas, a saber: Opressão, aniquilamento do próximo, desconfiança,
dependência, doenças, brigas e até destruição.
Muitos acham que o fato de terem ciúmes de alguém significa que amam este alguém; vejamos
o que a Bíblia fala sobre o verdadeiro amor:
Em I Co 13. 1-4 , uma das passagens que mais retrata o amor que vem de Deus, o apóstolo
Paulo ensina que o verdadeiro amor não se arde em ciúmes.
O ciúme está ligado ao egoísmo, ou seja, “a pessoa ou objeto me pertence e não pode ser
dividido com ninguém, nem mesmo com Deus”; logo se é meu, deve ser para me satisfazer! Na
verdade quem tem ciúme não pensa no próximo, mais em si próprio.
4-IRAS
I) INTRODUÇÃO:
Quantos já ouviram como justificativa para as suas crises de raiva a seguinte explicação: “Deus
permite que o homem fique irado!”. Estas pessoas fazem citação do versículo 26 de Ef 4 que diz:
“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira”.
Falam os nervosinhos que a Bíblia diz que podemos irar, todavia, sem pecarmos. Será verdade
isto? Pode alguém estar irado sem estar pecando?
Pode o servo do Senhor se irar?
No sentido de ser possível, sim! No sentido de permissão, não!
A ira é uma obra da carne e como tal, não deve fazer morada no coração do crente.
II) DEFINIÇÃO:
Ira significa raiva, cólera (segundo o dicionário). No grego a palavra usada é “thumoi”, que tem
o mesmo significado.
A ira dá a idéia de mau temperamento, oposto a temperança.
As explosões de ira criam sentimentos de hostilidades contra os nossos semelhantes e destroem
o “espírito de amor cristão”; transformando em inimigos aqueles que deveriam ser amigos.
1º) Usando o princípio de que na Bíblia não há contradição, certamente que Paulo neste texto
não autoriza qualquer prática de ira, haja vista as iras (mais correto o termo no plural) serem
sentimento da carne e condenada em toda Bíblia, como por exemplo, nos textos de Jó 5.2; Pv
19.19; 27.3; IICo12.20 ; Gl 5.20 ; Ef 4.31; Cl 3.8 ; I Tm 2.8 ; Tg1.20,etc...
2º) Em Ef 4.26, Paulo não permite a ira e sim, ensina que caso ela surja, deve ser logo sufocada
para que sejam evitados problemas maiores.
Paulo na verdade desencoraja o espírito rancoroso. O apóstolo é contrário ao homem iracundo!
3º) Irai-vos está no imperativo e não tem sentido permissivo e sim contrário a ira no contexto do
versículo.
Veja bem a diferença entre as frases:
a)Você pode até se irar, mas cuidado, esta ira pode te destruir e prejudicar alguém.
b)Você está autorizado a extravasar a sua ira.
4º) Não se ponha o sol...
Significa que se a ira surgir, deverá ser contida e não perdurar, pois isto causará danos a quem
está irado e também àquele com quem você se irou.
5º) Paulo não diz também, que a ira sem explosão não é pecado, mais sim que ela deve ser
solucionada, pois as conseqüências da ira vão se tornando cada vez piores enquanto ela
perdurar.
6º) O versículo seguinte mostra outro motivo pelo qual as iras devem ser abafadas: para que
Satanás não aproveite a ocasião.
7º) Toda epístola fala de unidade do corpo e as iras quebram esta unidade, portanto devem ser
cortadas. Observe o versículo 31.
Neste texto está bem claro que a ira referida é a ira de Deus.
5-PELEJAS (DISCORDIAS)
INTRODUÇÃO:
Meus amados, a luta pelo poder é algo bastante comum entre as pessoas neste mundo voltado
para o eu e cheio de orgulho e soberba. Apesar de ser comum, o cristão não deve ser levado por
essa busca ambiciosa, mais o triste é que muitos se envolvem nesta luta, e, pior ainda, é
encontrar este sentimento dentro da igreja no que se refere a cargos, posições, serviços e
ministérios. Jesus já afirmava em certa ocasião, quando os apóstolos “ensaiaram” uma disputa
entre eles, que no reino de Deus as coisas não deviam ser assim (Mt 20:26-28).
Nosso assunto de hoje é justamente a respeito desta disputa pelo poder.
DEFINIÇÃO:
Quando falamos sobre porfia, aprendemos que em nossa língua as palavras porfia; briga; peleja
e luta, possuem um sentido praticamente igual, no entanto, quando verificamos o original
grego, percebemos que a palavra para peleja é “eritheiai” que é mais corretamente traduzida
para a língua portuguesa como discórdias (como está na tradução de Almeida Revista e
Atualizada-ARA). A palavra discórdia tem o mesmo sentido que desavença, divergência,
desarmonia e discordância pensamentos. Esta tradução nos fornece uma melhor definição e
diferenciação com relação à porfia.
Considerando o fato de que no momento em que existe desarmonia e divergências de
pensamentos dentro da igreja sempre haverá uma busca por primazia por parte de alguém, as
discórdias são acompanhadas pela ambição de poder e formação de partidos dentro da
congregação. Aquele que busca a primazia busca também atrair outros após si mesmo.
Esta é uma das formas em que se manifesta o egoísmo e a soberba.
De fato, no original grego o termo para discórdia dá sempre uma noção de luta pelo poder.
AS DISCÓRDIAS NA BÍBLIA
Primeiramente precisamos saber que se estamos no mesmo corpo é por que possuímos o
mesmo Espírito e isso significa que precisamos ter o mesmo parecer. Todos podem opinar,
todos podem dar sugestões, mais isso é diferente de discórdia! Quando nos reunimos para
decidir algo, poderemos encontrar idéias diferentes, mais quando as decisões são tomadas elas
devem ser obedecidas.
Os textos de Rm 12.16 e II Co 13.11 respectivamente, mostram claramente isso.
O Senhor Jesus orientou aos seus discípulos para que não houvesse entre eles qualquer espécie
de luta por poder (Mc 9. 33-35).
João, o apóstolo, viu-se em uma situação bastante difícil com um tal de Diótrefes que buscava o
domínio da igreja ( III Jo. 9-11 ).
Uma das causas da formação de partidos na igreja de Corinto eram as discórdias e contendas
entre os irmãos (I Co 1.11- 13). Existiam os “defensores de Apolo”, “os defensores de Jesus”, “os
defensores de Paulo” e “os defensores de Pedro”.
No antigo testamento vemos um exemplo clássico de ambição na vida de um dos filhos do rei
Davi chamado Absalão. Este jovem (diz a Palavra de Deus) era bonito e valente, sua vida era
marcada por uma extrema soberba e orgulho a ponto de roubar o coração dos súditos do rei
buscando atrair para si mesmo adeptos e posteriormente tomar o reino (II Sm15. 1-6).
AS DISCÓRDIAS NA IGREJA
As discórdias podem surgir na vida de qualquer membro que se deixe levar por sua carne. Ela
pode aparecer até mesmo entre obreiros dos mais variados cargos e departamentos.
Cuidado quando alguém se aproximar de você com a célebre frase: “Não concordo com o que o
pastor está fazendo!”, ou então: “se eu fosse líder do louvor eu não faria assim...”. Geralmente
estas pessoas estão envolvidas pela carne e buscam para si a atenção ou até mesmo o domínio.
Quando o pastor ou líder observa em uma igreja alguém lutando para atrair a atenção e
questionando constantemente as decisões de outrem (que geralmente é um líder), esta pessoa
está envolvida pela ambição de sua carne e na primeira oportunidade tentará “roubar os
corações a seu favor”, o que poderá gerar um partidarismo, um levante, ou mesmo divisão;
devendo, portanto, ser cortado imediatamente este mal.
EFEITOS
Como já mencionamos, as discórdias geram na igreja as facções, levantes contra autoridades e
até mesmo os “rachas” de igreja.
6-DISSENSÕES
Introdução: Quando o apóstolo Paulo escreve as suas epístolas pastorais,
vemos constantemente ele orientando aos jovens obreiros com relação ao tipo de pessoas que
eles iriam encontrar pela frente; hoje não é diferente! O alerta encontrado em II Tm 3.1-5 e a
advertência encontrada em I Co 5.9-11 fica cada vez mais claro aos nossos corações, haja vista
Jesus estar mais perto de voltar agora do que ontem.
Nesta aula estudaremos sobre as dissensões e seus efeitos. As dissensões são mais comuns na
igreja devido à apostasia de muitos, e os líderes devem estar atentos para que o mal seja cortado
imediatamente.
As dissensões no NT
As rebeliões deixam marcas e feridas na igreja que somente o poder do Espírito Santo pode
sarar, além de causar sérias divisões.
O apóstolo Paulo sofreu com aqueles que se levantavam contra a sua autoridade apostólica (
ICo 9 ; IICo 13.1-6 ). Podemos ver o apóstolo defendendo a sua autoridade em muitas
passagens e em especial nos capítulos 10,11,12 e 13 de II Coríntios.
João também sofreu com um tal de Diótrefes ( III Jo 9,10 ).
Muitos são os exemplos de levantes no novo testamento; os mais graves foram os feitos pelas
autoridades religiosas contra o próprio Senhor Jesus culminando com a traição de Judas
Iscariotes que era um dos doze.
7-FACÇÕES (HERESIAS)
INTRODUÇÃO:
Vamos estudar sobre as facções, em algumas traduções está escrito heresias. Quanto mais o fim
dos tempos se aproxima, mais podemos observar nas igrejas as obras da carne; existem muitos
motivos para isso ocorrer e podemos citar ao menos dois, um é a falta de conversão verdadeira
e o outro a falta de interesse pela Palavra de Deus não valorizando o ensino na igreja. A Bíblia
fala no livro de Oséias, capítulo 4, versículo6, que o povo de Deus é destruído por faltar
conhecimento.
As facções são obras da carne que podem ocorrer na igreja como corpo invisível de Cristo ou
dentro da própria igreja local.
DEFINIÇÃO:
No grego a palavra usada neste texto é “aireseis”, cuja tradução mais literal seria heresia, mais
dentro do contexto indica espírito faccioso. A raiz do termo grego mostra a idéia de dar
preferência, uma escolha.
Na filosofia denotava a tendência demonstrada por uma escola de pensamento qualquer.
As idéias e ambições rivais tendem para a formação de partidos ou divisões no seio do
cristianismo.
Chegamos à conclusão que o uso da tradução para facção ou heresia estão corretas.
AS FACÇÕES NA IGREJA
Uma das causas do partidarismo está na propagação das heresias, estas por sua vez, possuem
várias origens, tais como: egoísmo, apostasia, avareza, etc...
A Palavra de Deus nos ensina que as heresias se propagariam com intensidade cada vez maior;
estamos vivendo os últimos anos da igreja na terra e certamente a ação diabólica contra a igreja
tem aumentado. Podemos ver claramente a propagação de heresias como nunca houve, existem
inúmeras facções no seio da cristandade apóstata e nós devemos estar atentos e firmados na
Palavra de Deus para que não sejamos envolvidos por estas doutrinas.
Vejamos o que a Bíblia nos mostra sobre isto:
A apostasia final- I Tm 4.1-5
O Evangelho como fonte de lucro I Tm 6.3-10
O caráter dos falsos cristãos infiltrados no meio do povo- II Tm 3.1-9
Seguirão aqueles que falam o que querem ouvir e acreditarão em mentiras- II Tm 4.1-5
Os falsos mestres- II Pe 2.1-3 e epístola de Judas
A igreja de Laodicéia( gr. Governo do povo)- Ap 3.14-22
8- INVEJAS
INTRODUÇÃO:
A última obra da carne nesta lista que se refere a pecados contra os irmãos. Na próxima aula
entraremos no 4ºgrupo da lista.
A inveja é um sentimento difícil de ser tratado pelo fato de muitas vezes permanecer oculto por
longo tempo; ela destrói o coração, separa amigos, quebra a unidade e causa inúmeras ações
malignas.
Podemos notar muitas vezes ao nosso redor, problemas causados por este sentimento.
A inveja muitas vezes não é detectada pela própria pessoa ( Jr 17.9 ), e devemos considerar
ainda que é um dos pecados mais difíceis de ser admitido. Raramente alguém ora: -“Senhor,
perdoa-me por que morro de inveja do fulano!”.
DEFININDO A INVEJA.
Segundo John Gill; inveja é: “Uma aflição inquieta que tortura a mente, entristecida ante o bem
alheio, pelo fato de alguém se encontrar em igual (ou melhor) situação”.
Adam Clark define a inveja da seguinte maneira: “É a dor sentida e a malignidade concebida, à
vista da excelência ou da felicidade. É a paixão mais vil e a menos possível de cura, dentre todas
quantas desgraçam ou degradam a alma decaída”.
No dicionário da língua portuguesa; inveja é o desgosto ou pesar pelo bem dos outros.
No original grego;“invejas” é “phthonoi”. Deve-se notar o plural que mostra a variedade de
desejos invejosos. O sentido é o mesmo do português, também podendo significar malícia.
A inveja é oposta à benignidade; uma pessoa ao sentir inveja de outra fica triste com o
progresso dela e sente pesar pela sua felicidade chegando até mesmo a desejar o seu mal.
EXEMPLOS DE INVEJAS.
O que leva uma pessoa a invejar a outra? Certamente que isso ocorre em um coração
contaminado e não deve ter lugar no cristão.
Na vida de Caim, a inveja que teve de Abel, foi por causa da oferta do seu irmão ter sido aceita
por Deus e a sua não! O resultado disso foi o assassinato de Abel e a rejeição de Caim. Gn 4.4,5.
Os irmãos de José tiveram inveja dele por ele ser mais querido pelo pai; como resultado,
venderam o seu irmão.Gn 37.11,28.
Coré, Datã e Abirão invejaram a liderança de Moisés e foram engolidos pela terra.Nm 16.3, 31-
33.
Hamã teve inveja do simples Mardoqueu por estar à porta do rei. Sua inveja o levou a fazer
uma forca que seria para ele próprio. Et 5.13,14.
A posição de Daniel bem como a sua obediência ao Senhor, levou os príncipes e presidentes
persas a lançarem Daniel na cova dos leões. A história termina com o livramento para Daniel e
com os invejosos virando comida de leão. Dn 6.4,19-24.
Paulo e Barnabé também enfrentaram a inveja dos judeus em At 13.45, quando na cidade de
Antioquia da Pisídia pregou o Evangelho atraindo uma grande multidão.
Existem muitos exemplos na Palavra de Deus de pessoas que foram envolvidas pela inveja e
podemos ver claramente o quanto é terrível este sentimento; poderia citar outras passagens,
mais entendo que estas são o suficiente para o objetivo desta aula.
Meu irmão, se você observou bem, causas variadas de inveja foram citadas anteriormente,
vejamos então:
1º) Adoração verdadeira
2º) A afeição do pai
3º) A liderança
4º) A posição do humilde
5º) A obediência e prosperidade do servo fiel
6º) Os sacerdotes invejavam a Jesus por vários motivos, tais como: ensinava com autoridade,
quebrava as tradições dos fariseus, fazia milagres, era seguido pelas multidões, etc...
7º) O ensino verdadeiro.
Muitas outras coisas são alvos de inveja, entretanto, vale lembrar novamente que elas não
deveriam estar no coração do crente, pois o seu coração deve ser transformado pela ação do
Espírito Santo, porém, o que nos espanta é vermos crentes cheios de inveja dentro da igreja!
“Irmãos” que invejam o outro que foi separado ao ministério; invejam a voz do irmão, invejam
a prosperidade ministerial do outro, o crescimento do outro departamento, a felicidade
conjugal, a liderança, etc...;e o incrível: invejam até mesmo a aparente prosperidade do ímpio. Sl
73.
1-BEBEDIÇES
INTRODUÇÃO:
Ultimo grupo da lista de Gálatas, capítulo cinco. Os dois pecados contidos neste grupo referem-
se a excessos cometidos pela carne; estes excessos causam problemas não somente para os
outros como também para si próprio.
Hoje iremos falar sobre as bebedices; o consumo do vinho pelo cristão é um assunto bastante
polêmico e de grandes debates e controvérsias; uma questão difícil de se chegar a uma posição
única entre as igrejas.
Nesta aula o nosso objetivo não é o de debater sobre a bebida alcoólica ou dar um estudo sobre
o vinho a luz da Bíblia (isso faremos em ocasião oportuna se Deus o permitir), mais de explicar
sobre o seu excesso.
DEFINIÇÃO:
Bebedice não é o uso do vinho, e sim o excesso no consumo de bebida com teor alcoólico.
A palavra usada no texto original grego é “methai”, e dá a idéia de alcoolismo causado pelo uso
excessivo da bebida alcoólica. A forma plural mostra a repetição do estado de bebedeira.
Bebedice é o mesmo que embriaguez.
O primeiro caso relatado de abuso no uso do vinho esta na vida de Noé (Gn 9.20-27).Por estar
bêbado, descobriu-se em sua tenda. O resultado de tudo foi a maldição sobre a vida de Canaã.
O segundo caso está em Gn 19. 30-38, quando as filhas de Ló embebedaram ao seu pai. Ló teve
relação sexual com as suas filhas e elas engravidaram, dando origem aos moabitas e aos
amonitas.
Pv 23. 30-35 vemos como efeitos da embriaguez: repreensão e castigo(v.29 e 30), dor e
morte(v.32), prostituição(v.33), perda de controle e contaminação (v.33),tontura(v.34) e perda de
razão(v.35).
O rei Belsazar, após beber, cometeu blasfêmia, e por isso o seu reino foi cortado ( Dn 5.1 ).
Na igreja de Corinto existiam problemas relacionados com a embriaguez até mesmo durante a
ceia do Senhor ( I Co 11.20,21).
Em Ef 5.18 , Paulo deixa claro que a bebedice traz consigo a contenda.
2-GLUTONÁRIA
CONSIDERAÇÕES:
Chegamos no último pecado a ser estudado na lista de obras da carne contida em Gálatas 5 ;
com isto encerraremos também a primeira parte do nosso estudo .
A título de curiosidade, em algumas traduções, entre as palavras invejas e bebedices está
inserida a palavra homicídios. Esta palavra não faz parte dos mais antigos manuscritos nem dos
escritos dos pais da igreja (Irineu, Clemente, Orígenes e Agostinho). Trata-se de um acréscimo
feito pelo zelo de algum escriba antigo que o inseriu no texto, sem, entretanto, ser motivo de
grandes problemas; haja vista tratar-se realmente de uma obra da carne e a lista de Gálatas
5 não ser uma lista completa. Concluímos então que esta palavra não faz parte do texto original
e não tendo sido citada nos mais antigos manuscritos sem, porém, ser causa de problemas
doutrinários e sem causar dano ao texto.
INTRODUÇÃO:
Originalmente, a palavra traduzida por glutonarias ou orgias, no grego indicava cortejo festivo
em honra ao deus do vinho Dionísio(Baco). Comumente os participantes perdiam o controle e
vergonha partindo para a orgia, bebedeiras e glutonarias; daí esta palavra ter sido traduzida
para glutonaria ou orgia. Paulo provavelmente queria levar-nos a compreender ambos os
sentidos.
A ARC optou por glutonarias e a ARA por orgias, sendo esta última uma tradução mais precisa.
Dionísio (Baco) era adorado com excessos sexuais, bebedeiras e glutonarias. O conceito de
liberdade era identificado com o “direito” de praticar tais atos.
DEFINIÇÃO:
Partindo das observações acima descritas, podemos dizer que as orgias (ou glutonarias) são as
reuniões festivas onde são cometidos excessos abusivos que levam a perda de controle com
atitudes que não condizem com o testemunho cristão.
Os imperadores romanos envolviam-se em orgias sem fim; e eram comuns nos cultos
licenciosos daquela época, festas nas quais haviam abusos na bebida, comida, sexo e coisa
semelhantes. Não convinha que entre os crentes fosse da mesma maneira.
Foi em uma dessas festas abusivas que o rei Belsazar perdeu o controle e contaminou os
utensílios sagrados do templo do Senhor e por causa disso Deus deu a sua sentença
naquela mesma noite ( Dn 5 ). Herodes também mandou decapitar João Batista durante uma
festa ( Mc 6. 17-28 ).
Escravidão (Rm8:15)
CONCLUSÃO