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Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem
Mateus 19.6.
Objetivos da Lição:
I) Expor o divórcio no contexto bíblico;
II) Pontuar os aspectos legal e moral do divórcio;
III) Refletir a respeito da prática pastoral com pessoas em situação de divórcio.
Questionamentos:
1. O que é imoralidade sexual?
2. O divórcio sempre esteve presente na biblia?
3. Quais esferas sociais o divórcio afeta?
4. Pessoas divorciadas precisam de ajuda da igreja?
Oração
Introdução: O divórcio é entendido como um ato por meio do qual o casamento é dissolvido. Nesse
aspecto, o divórcio é a dissolução absoluta da aliança conjugal, tendo como resultado a anulação de seus
efeitos civis. Dependendo da cultura, dos pressupostos religiosos praticados e da motivação que levou a
ruptura do casamento, a prática do divórcio pode permitir os cônjuges contrair um novo casamento ou
não. A lição de hoje fará uma análise sobre 0 divórcio no contexto das culturas bíblica e contemporânea.
Devido à tendência contemporânea de vulgarizar o divórcio, tornando-o banal e normal, a presente lição
tomará como padrão aquilo que as Escrituras Sagradas ensinam sobre esse assunto. Também se orientará
por aquilo que o nosso documento confessional, a Declaração de Fé, ensina e orienta sobre o divórcio.
Palavra-Chave: DIVÓRCIO
É importante, antes de entrarmos no tema que é Divórcio, nós falarmos um pouco sobre o tema
passado Imoralidade Sexual, pois o Divórcio acaba sendo uma extensão dessa tópico.
No Novo Testamento, a palavra mais frequentemente traduzida como “imoralidade sexual” é
porneia.
Esta palavra também é traduzida como “prostituição”, “fornicação” e “idolatria”.
Significa “rendição da pureza sexual” e é usada principalmente para relações sexuais antes do
casamento.
Desta palavra grega temos a palavra portuguesa pornografia, decorrente do conceito de “venda”,
por tanto podemos concluir que imoralidade sexual é a “venda” da pureza sexual e envolve
qualquer tipo de expressão sexual fora dos limites de um relacionamento conjugal biblicamente
definido.
Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher'
e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma
só carne'?
Mateus 19:4-5
A adoração de ídolos pagãos muitas vezes envolvia atos sexuais perversos e imorais realizados no
templo de um deus falso.
Quando usamos os nossos corpos físicos para propósitos imorais, estamos imitando a adoração
pagã ao profanar o santo templo de Deus com atos que Ele chama de detestáveis.
As proibições bíblicas contra a imoralidade sexual são muitas vezes acompanhadas de advertências
contra a “impureza” , no grego a esta palavra é akatharsia., que significa “contaminado, imundo,
cerimonialmente impróprio”.
Conota ações que tornam uma pessoa imprópria para entrar na presença de Deus, aqueles que
persistem em imoralidade e impureza impenitentes não podem entrar na presença de Deus.
É impossível manter uma intimidade saudável com Deus quando nossos corpos e almas estão
entregues a impurezas de qualquer tipo.
A sexualidade é o projeto de Deus. Só Ele pode definir os parâmetros para o seu uso.
A Bíblia é clara que o sexo foi criado para ser desfrutado entre um homem e uma mulher que estão
em uma aliança matrimonial até que um deles morra, a sexualidade é o Seu sagrado presente de
casamento para os seres humanos. Qualquer expressão fora desses parâmetros constitui abuso do
dom de Deus.
Abuso é o uso de pessoas ou coisas de maneiras que não foram projetadas para serem usadas.
Nesse caso vemos como imoralidade sexual: Idolatria ao corpo, adultério, fornicação - sexo antes
do casamento, pornografia e relações homossexuais, ou qualquer coisa que está fora do projeto de
Deus, o que os torna pecado.
Pontos importantes:
1. Não é errado você se amar.
Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também
Cristo faz com a igreja.
Efésios 5:29
O cuidado com o corpo é algo tão importante que na Bíblia serve como figura do cuidado de Cristo
com sua Igreja.
Os crentes devem entender que eles não são donos de seu próprio corpo, mas são mordomos dele
a serviço do Senhor, isto é, Diante de Deus também temos o dever de cuidar de nossos corpos
O que não podemos é idolatrar nosso corpo, e viver em função de deixar ele bonito e belo não
para nós mesmo, mas para as pessoas o desejarem.
O pecado no sexo não é relacionado simplesmente a amor, e sim a condição do casal perante Deus.
A Bíblia não faz distinção entre relações sexuais “amorosas” e “desamorosas”.
A única distinção bíblica é entre pessoas casadas e solteiras.
O sexo dentro do casamento é abençoado; o sexo fora do casamento é “fornicação”.
3. Os tempos mudaram, e o que era errado nos tempos bíblicos não é mais considerado pecado.
A maioria das passagens que condenam a imoralidade sexual também incluem males como
ganância, luxúria, roubo, etc.
Não temos problemas em entender que essas outras coisas ainda são pecado. O caráter de Deus
não muda com a opinião da cultura.
5. Ainda posso ter um bom relacionamento com Deus porque Ele entende
O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
Provérbios 28:9
Nós nos enganamos quando pensamos que podemos teimosamente escolher o pecado e Deus não
Se importa.
A imoralidade sexual é errada.
O sangue de Jesus pode nos purificar de todo tipo de impureza quando nos arrependemos e
recebemos o Seu perdão
Mas essa limpeza significa que a nossa velha natureza, inclusive a imoralidade sexual, é condenada
à morte.
Tópico 2: Divórcio no Antigo Testamento
O plano de Deus para a raça humana é que o casamento fosse monogâmico e vitalício.
"Eu odeio o divórcio", diz o Senhor, o Deus de Israel, e "o homem que se cobre de violência como se cobre
de roupas", diz o Senhor dos Exércitos. Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis.
Malaquias 2:16
Contudo, em certos casos, o divórcio era previsto e em outros aparece como uma permissão.
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus
olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a
despedirá da sua casa.
Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem,
E este também a desprezar, e lhe fizer carta de repúdio, e lha der na sua mão, e a despedir da sua casa, ou
se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer,
Então seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la, para que seja sua mulher, depois
que foi contaminada; pois é abominação perante o Senhor; assim não farás pecar a terra que o Senhor teu
Deus te dá por herança.
Deuteronômio 24:1-4
Moisés não institui nem ordena o divórcio. O espírito exato da passagem é dado nas palavras de
nosso Senhor aos judeus: “Moisés, por causa da dureza de seu coração, fez com que você afastasse
suas esposas”.
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres;
mas ao princípio não foi assim.
Mateus 19:8
Não apenas a instituição original do casamento, conforme registrada por Moisés Gênesis 2:24 ,
estabelece a perpetuidade do vínculo, mas os versículos diante de nós claramente indicam que o
divórcio, embora tolerado por um tempo, contraria a ordem da natureza e de Deus.
A mulher divorciada que se casa novamente é “contaminada”, e é agrupada neste particular com a
adúltera.
"Não se deite com a mulher do seu próximo, contaminando-se com ela.
Levítico 18:20
Nosso Senhor estava então falando de acordo com o espírito da lei de Moisés, quando declarou:
“Quem medeia sobre o que é posto de lado, comete adultério”.
Mas Moisés não podia absolutamente pôr fim a uma prática tradicional e comum aos judeus com
outras nações orientais. Seu objetivo é, portanto, regular e, assim, mitigar um mal que ele não
poderia extirpar.
A nação hebraica se acostumou à liberdade de afastar suas esposas de motivos de aversão.
Moisés, sendo sensível que sua dureza de coração e severidade de temperamento, a restrição
absoluta de tal liberdade gera maiores inconvenientes e distrações nas famílias; ele agora decretou
que, quando qualquer marido trabalhasse com absoluta aversão a sua esposa, seja por causa de
alguma doença corporal ou por seu desagradável temperamento, deveria ter o privilégio de se
separar dela.
Contudo, não de maneira violenta, apressada e apaixonada, mas deliberadamente, dando-lhe,
assinada com as próprias mãos, uma descarga de toda a relação posterior com ele; de onde ela
obteve o direito total de se casar com qualquer outra pessoa.
A lei determina que um atestado de divórcio (ou de extinção, assim chamado, como extinguiu uma
mulher do marido) deveria ser escrito e entregue à mulher.
Fica claro também que, após o divórcio, a mulher poderia se casar com outro homem e que, nesse
caso, ela não estaria cometendo adultério. Em outras palavras, em tal circunstância, o seu segundo
casamento era legítimo. Mas, seu primeiro marido, de quem ela havia se divorciado, não poderia se
casar novamente com ela.
Então, no Antigo Testamento, Ele estabeleceu algumas leis com o objetivo de proteger os direitos
dos divorciados, em particular das mulheres, mesmo com a ressalva da contaminação, a carta de
repúdio permeia o novo casamento.
Tópico 3: Divórcio no novo testamento
A polêmica a respeito do divórcio e do novo casamento, se são ou não permitidos de acordo com a
Bíblia, gira basicamente em torno das palavras de Jesus em Mateus 5:32 e 19:9.
A frase “a não ser por causa de infidelidade” é a única coisa nas Escrituras que possivelmente dê a
permissão de Deus para o divórcio e um novo casamento.
Muitos intérpretes compreendem esta “cláusula de exceção” como se referindo à “infidelidade
matrimonial” durante o período de “compromisso pré-nupcial”.
Segundo o costume judeu, um homem e uma mulher eram considerados casados mesmo durante o
período em que estavam ainda “prometidos” um ao outro. A imoralidade durante este período em
que estavam “prometidos” seria a única razão válida para um divórcio.
Entretanto, a palavra grega traduzida como “infidelidade conjugal” é uma que pode significar
qualquer forma de imoralidade sexual. Pode significar fornicação, prostituição, adultério...
Jesus está possivelmente dizendo que o divórcio é permitido se a imoralidade sexual for cometida,
já que as relações sexuais são uma parte muito importante do laço matrimonial.
Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.
Gênesis 2:24
Por este motivo, uma quebra neste laço por relações sexuais fora do casamento pode ser uma
razão permissível para o divórcio.
O novo casamento são permitidos se ocorrer a cláusula de exceção, qualquer que seja sua
interpretação.
É importante notar que somente a parte inocente tem a permissão de se casar uma outra vez, a
permissão para um novo casamento após o divórcio é demonstração da misericórdia de Deus para
com aquele contra quem se pecou.
Pode haver casos onde a “parte culpada” tenha a permissão de se casar novamente, mas tal
conceito não é ensinado neste texto.
Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão;
mas Deus chamou-nos para a paz.
1 Coríntios 7:15
Alguns compreendem I Coríntios 7:15 como uma outra “exceção”, permitindo um novo casamento
se o cônjuge descrente se divorciar do crente.
Entretanto, o contexto não menciona um novo casamento, mas apenas diz que um crente não está
obrigado a continuar um casamento se um cônjuge descrente quiser partir.
Outros afirmam que o abuso (conjugal ou infantil) é uma razão válida para o divórcio, embora não
esteja listado como tal na Bíblia.
Embora esse talvez seja o caso, não é sábio fazer suposições com a Palavra de Deus.
Às vezes, perdido neste debate a respeito da cláusula de exceção está o fato de que qualquer que
seja o significado da “infidelidade conjugal”, ela é, de fato, uma permissão para o divórcio, não uma
exigência.
Mesmo quando o adultério ocorreu, um casal pode, pela graça de Deus, aprender a perdoar e
começar a reconstruir o casamento.
Quem é salvo em Cristo recebeu perdão e foi alcançado pela graça. Cabe a quem recebe o favor de Deus
ser compassivo e bondoso.
Efésios 4:32