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ESCOLA BÍBLICA DA ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO TLAVANA

Adultério

Docente: Isaura F. N. Sequice

Discente: Felisberto José Nhabinde

Matola, Abril de 2024


Núcleo do Fomento
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1
1.1. Objectivos.........................................................................................................................1
1.1.1. Objective Geral..........................................................................................................1
1.1.2. Objectivos Específicos...............................................................................................1
2. Adultério...................................................................................................................................2
2.1. As diferentes perspectivas sobre a adúltera no Antigo e Novo Testamento.....................3
2.2. A visão da igreja sobre o perdão e o arrependimento da adúltera....................................4
2.3. Os exemplos bíblicos de personagens que cometeram adultério......................................4
2.4. Consequências do adultério..............................................................................................5
2.4.1. A dor e o sofrimento provocado pelo pecado............................................................5
2.4.2. A extensão do pecado................................................................................................5
2.4.3. O efeito duradouro do pecado....................................................................................6
3. Conclusão.................................................................................................................................7
4. Referências bibliográficas........................................................................................................8

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1. Introdução
Infelizmente, hoje, há muitas forças tenebrosas que empurram as pessoas para o adultério, uma
sexualidade cada vez mais acintosa e provocante, especialmente pela internet, televisão, filmes,
revistas. Por outro lado, os problemas conjugais, as inseguranças e carências dos cônjuges, criam
circunstâncias perigosas que, muitas vezes, empurram alguns para a falta do adultério.
O adultério é considerado um pecado em todas as religiões. A Bíblia decreta a sentença de morte
para ambos os adúlteros (Levítico 20:10). Pune tanto o adúltero como a adúltera. A Bíblia
somente considera adultério o caso extraconjugal de uma mulher casada (Levítico 20:10,
Deuteronómio 22:22, Provérbios 6:20 e 7:27).
"Se um homem é encontrado dormindo com a esposa de outro homem, ambos devem morrer.
Deve-se expurgar o mal de Israel" (Deuteronómio 22:22).
"Se um homem comete adultério com a esposa de outro homem, ambos, adúltero e adúltera
devem ser colocados para morrer" (Levítico 20:10).
Conceito de adúltera na Bíblia é aquele que comete adultério, ou seja, que é infiel ao seu
cônjuge. Esse pecado é condenado e traz consequências sociais e religiosas tanto na época
bíblica quanto na atualidade. Compreender os termos e definições relacionados ao adultério nos
ajuda a refletir sobre a importância da fidelidade conjugal e a aplicar os ensinamentos bíblicos
em nossa vida diária
1.1. Objectivos
1.1.1. Objective Geral
 Analisar impacto do adultério e as suas consequências
1.1.2. Objectivos Específicos
 Definir adultério no contexto bíblico
 Identificar as causas do adultério
 Explicar as consequências do adultério

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2. Adultério
Algumas culturas não consideram errada uma pessoa casada, principalmente o marido, ter
relações sexuais fora do casamento. E outras não consideram o casamento uma união
permanente.
Na Bíblia, Adultério costuma se referir às relações sexuais consensuais entre uma pessoa casada-
homem ou mulher - e alguém que não é seu cônjuge. (Jó 24:15; Provérbios 30:20). O adultério é
detestável aos olhos de Deus. No antigo Israel, essa ação era punida com a morte. (Levítico
18:20, 22, 29) Jesus ensinou que seus seguidores não devem cometer adultério.- Mateus (5:27,
28); Lucas (18:18-20).
Deus proíbe o adultério ao ordenar: “Não adulterarás” (Êxodo 20:14). Ele também expressa Seu
repúdio contra o divórcio: “‘Eu odeio o divórcio’, diz o Senhor, o Deus de Israel, e ‘o homem
que se cobre de violência como se cobre de roupas’, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso tenham
bom senso; não sejam infiéis” (Malaquias 2:16).
Cobiçar a mulher ou o homem alheio é uma forma de adultério. A Bíblia diz em Mateus (5:27-
28): “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar
para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.”
Em caso de divórcio ocorrido por causa de incompatibilidade, ambos cônjuges não têm o direito
moral de se casar com outra pessoa, pois isso seria adultério:
“Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade
sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará
cometendo adultério” (Mateus 5:32).
De modo implícito o texto acima revela que se o divórcio ocorre em decorrência de “imoralidade
sexual” (adultério, homossexualismo, pedofilia, incesto), a parte inocente fica livre para um novo
casamento. Entretanto, todo esforço deve ser feito no sentido de se buscar o perdão para que
possa ocorrer a reconciliação e restauração do casamento. Esse pode ser um processo lento, mas
possível, se ambas partes se dispuserem a recomeçar.
Em caso de incompatibilidade ou desacordo, a Bíblia orienta: “Todavia, aos casados mando, não
eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem
casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1 Coríntios 7:10,
11).

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Por Deus considerar o casamento tão sagrado, pois foi Ele quem o criou, Ele faz declarações
muito fortes a fim de nos advertir contra a prática do adultério. É nesse tom que Pedro escreveu
um alerta sobre um tipo de pessoa considerada maldita:
“Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração
exercitado na ganância. Malditos!” (2 Pedro 2:14).
Algumas pessoas se iludem pensando que serão mais felizes e realizadas vivendo em adultério.
As consequências são destruidoras. Não importa quão difícil seja a situação no casamento, o
adultério nunca será a solução. Além de ser traumático, é reprovado por Deus. Se você vive uma
tempestade no matrimônio, talvez seja oportuno considerar que esta pode ser uma oportunidade
de analisar as atitudes pessoais que não foram corretas e que novas disposições podem ser
adotadas.
Muitos que optam pelo divórcio, o fazem de modo irresponsável, pois não dão chance para uma
nova oportunidade, acumulam mágoas que se tornam em ressentimentos (ressentir significa
sentir novamente), perdem a perspectiva e a esperança sem nunca terem buscado ajuda,
orientação profissional e aconselhamento bíblico.
2.1. As diferentes perspectivas sobre a adúltera no Antigo e Novo Testamento
No Antigo Testamento, o termo adúltera é mencionado principalmente no contexto da Lei de
Moisés, que estabelecia que o adultério era um pecado grave que merecia punição por parte da
comunidade. Nessa perspectiva, a adúltera era vista como uma pessoa impura e imoral, que
desrespeitava os mandamentos de Deus e colocava em risco a estabilidade familiar e social.
Já no Novo Testamento, a perspectiva sobre a adúltera muda. Com a chegada de Jesus Cristo, há
um enfoque maior na misericórdia e no perdão, e as mulheres adúlteras são retratadas de forma
mais humana e compassiva. Ainda assim, o adultério continua sendo considerado um pecado,
porém é enfatizado o arrependimento e a possibilidade de perdão através do amor divino.
Além disso, no Novo Testamento, é apresentada a figura da adúltera como uma representação
simbólica do relacionamento entre Deus e seu povo. Assim como uma mulher infiel e
arrependida pode ser perdoada por seu marido, a humanidade pode ser perdoada por Deus
através da fé e do arrependimento.
É importante ressaltar que as diferentes perspectivas sobre a adúltera no Antigo e Novo
Testamento revelam a evolução da sociedade e das crenças religiosas ao longo do tempo.

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Enquanto no Antigo Testamento havia um enfoque mais legalista e punitivo, no Novo
Testamento há uma abordagem mais amorosa e misericordiosa.
2.2. A visão da igreja sobre o perdão e o arrependimento da adúltera
Na Bíblia, o perdão é um tema recorrente. É ensinado que Deus é misericordioso e perdoa
aqueles que se arrependem de seus pecados. No caso específico da adúltera, o perdão e o
arrependimento são fundamentais para a restauração do relacionamento com Deus e com a
comunidade religiosa.
Nas escrituras, há exemplos de personagens que cometeram adultério, como Davi e Bate-Seba, e
foram perdoados após confessarem seus pecados e se arrependerem. Isso demonstra que, mesmo
diante de um grave erro, há chance de restauração e perdão por parte de Deus.
A igreja também ensina que o perdão e o arrependimento são fundamentais na relação entre o
casal. A fidelidade conjugal é vista como um compromisso sagrado diante de Deus e do cônjuge,
e o adultério é considerado uma quebra dessa aliança. Por isso, é importante buscar o perdão e o
arrependimento para a restauração do relacionamento e a reconciliação com Deus.
Além disso, a igreja também enfatiza a importância do perdão entre os membros da comunidade
religiosa. A adúltera pode enfrentar consequências sociais e religiosas, mas deve ser acolhida e
encorajada a buscar o perdão e a restauração de sua vida espiritual.
Vale ressaltar que o perdão e o arrependimento não significam que a adúltera não enfrentará
consequências por seus atos. A Bíblia enfatiza a importância da disciplina e do arrependimento
genuíno para a restauração da comunhão com Deus e com os irmãos de fé.
2.3. Os exemplos bíblicos de personagens que cometeram adultério
Dentre os diversos casos de adultério presentes na Bíblia, podemos encontrar exemplos que
trazem consequências tanto sociais quanto religiosas para os personagens envolvidos. Um desses
casos é o de Davi e Bate-Seba, descrito no Antigo Testamento.
Outro exemplo bíblico é o de José, filho de Jacó, que foi vendido como escravo pelos seus
irmãos invejosos. José resistiu às investidas da esposa de Potifar, seu senhor, e foi acusado
injustamente e lançado na prisão. No entanto, sua fidelidade a Deus e aos mandamentos o
levaram a ser promovido a governador do Egito, mostrando que mesmo diante da tentação, é
possível permanecer fiel.
O Novo Testamento também apresenta casos de adultério, como o da mulher adúltera que foi
trazida diante de Jesus pelos fariseus. A lei da época prévia que ela seria apedrejada, mas Jesus,

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com sua compaixão e sabedoria, disse: “Aquele que nunca pecou atire a primeira pedra”. A partir
desse momento, os acusadores foram embora e Jesus perdoou a mulher, mas também a exortou a
não pecar mais.
2.4. Consequências do adultério
Todo pecado, sempre traz consigo uma consequência danosa. Não há tamanho de pecado ou grau
de diferenciação, que torne um pecado mais grave que outro. Todavia, o adultério, é um pecado
que traz consequências terríveis não só para a pessoa que o pratica, mas também para a família e
amigos do adultero ou adultera.
Um dos exemplos mais claros destas terríveis consequências do adultério está registrado na vida
do Rei Davi, que cometeu adultério com Bate-Seba. Ele menciona nos Salmos (31, 32 e 51),
algumas consequências do seu pecado. É preciso entender, que mesmo homens como Davi, que
foi chamado “o homem segundo o coração de Deus” (I Sm 13:14; At 13:22), podem cair na
desgraça do adultério.
2.4.1. A dor e o sofrimento provocado pelo pecado
Nos Salmos (31:9) e (10 e 32:3 e 4), Davi fala da dor que sente por ter traído a confiança de
Deus em si. Expressa seu sentimento de angustia, dizendo inclusive que o seu corpo sente a dor
do pecado. O pecado, é claro, não é algo de natureza física, mas causa tamanha inquietude no ser
humano, que o mesmo acaba sentido os reflexos disto no seu próprio corpo. A Bíblia chama o
pecado de lepra, comparando-o a esta doença devastadora. A lepra como sabemos degenera o
corpo humano, gangrenando as partes afetadas, tornando-as chagas fétidas e purulentas. O
pecado também causa peso na consciência. Uma mente atormentada por culpa, gera no ser
humano a sensação de estar carregando um fardo tão pesado, que o faz encurvar-se.
2.4.2. A extensão do pecado
O rei de Israel, Davi, o homem amado por seu povo, de repente vê os amigos e a própria família
afastarem-se dele. O pecado é capaz de separar os melhores amigos! Ainda um efeito mais
terrível: gera inimigos! Famílias são destroçadas pelo adultério, separando pais e filhos antes tão
unidos, gerando muitas vezes ódio no coração de crianças, adolescentes e jovens, que não se
conformam com o pecado cometido seja pelo pai ou pela mãe. Ainda mais, pessoas que não
fazem parte do circulo de amizades ou da família, são afetadas também, gerando uma repulsa
pelo indivíduo que causou a separação.

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2.4.3. O efeito duradouro do pecado
Davi, só se dá conta da duração de seu acto, quando o profeta Natã, vem confrontá-lo com uma
parábola, na qual ele, Davi, dá a sentença para o homem usurpador da parábola contada pelo
profeta. Ele agora toma conhecimento, que o seu pecado trará consequências no futuro. Disse o
profeta Natã:
"Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a
mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o Senhor: Eis que da tua própria casa
suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o
qual se deitará com elas, em plena luz deste sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto
perante todo o Israel e perante o sol." Então disse Davi a Natã: "Pequei contra o Senhor". Disse
Natã a Davi: “Também o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás. Mas, posto que com isto
deste motivo a que blasfemassem os inimigos do Senhor, também o filho que te nasceu morrerá"
(II Sm 12:10-15).

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3. Conclusão
O adultério na bíblia é claramente condenado como uma violação do compromisso matrimonial e
dos princípios divinos. As Escrituras nos alertam sobre as consequências devastadoras dessa
prática, tanto para o indivíduo quanto para o relacionamento.
No entanto, a Bíblia também nos mostra o caminho do arrependimento, do perdão e da
restauração. Deus é capaz de perdoar e transformar corações arrependidos, oferecendo esperança
e cura para aqueles que buscam Sua graça.
Não sigamos por este caminho de morte e destruição, peçamos ao Senhor que tire do nosso
coração qualquer sentimento que não seja puro e bom, siga o conselho da Palavra:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo
o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há
algum louvor, nisso pensai” - (Filipenses 4:8)
Vimos alguns exemplos bíblicos que mostram que o adultério é um pecado grave e traz
consequências não apenas para a pessoa que comete, mas também para aqueles ao seu redor. No
entanto, também é possível encontrar na Bíblia exemplos de perdão e restauração, como no caso
da mulher adúltera perdoada por Jesus.
Com esses relatos, podemos compreender a importância da fidelidade conjugal na fé cristã e a
necessidade de seguir os ensinamentos e mandamentos de Deus para evitar as consequências do
adultério. Além disso, fica claro que o arrependimento e o perdão são fundamentais na vida de
uma pessoa que cometeu adultério. Portanto, é essencial aplicar os ensinamentos bíblicos sobre o
adultério na vida moderna, buscando viver de acordo com os padrões estabelecidos por Deus em
sua Palavra.

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4. Referências bibliográficas
FARIA, Camila Conceição Faria. «Adultério». Consultado em 6 de março de 2013

FIGUEIREDO, Cândido (1913). Novo dicionário da língua portuguesa. [S.l.: s.n.]


p. www.gutenberg.org/ebooks/31552

PAULO, em São; Agências, Com (24 de outubro de 2015). «Igreja pode acolher divorciados
'caso a caso', decide Sínodo dos bispos». Mundo. Consultado em 14 de maio de 2021

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