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Guia de estudo 03 – Casamento Sagrado

“Infelizmente, muitos cristãos modernos foram profundamente influenciados pela cultura ao seu
redor, de maneira que também passaram a ver seus relacionamentos e casamentos em termos
puramente individualistas. Seus casamentos são percebidos como sendo unicamente para seu
próprio benefício e não como existindo também para o bem da igreja e de seu testemunho no
mundo”.
Jonathan Grant, Sexo divino: uma visão cativante sobre relacionamentos cristãos em uma era
hipersexualizada

“Por isso o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, e os dois se tornam um só. ” Esse é um
grande mistério, mas ilustra a união entre Cristo e a igreja.
Efésios 5.31-32 (NVT)

❖ Quebra gelo (ORIENTAÇÃO PARA O LÍDER)

O quebra gelo de hoje deve ser realizado no fim do momento do lanche. O objetivo é ressaltar a
natureza altruísta e complementar do relacionamento conjugal. O desafio será tentar levar a comida até
a própria boca com uma colher ou garfo SEM DOBRAR OS BRAÇOS. Depois das tentativas frustradas (e
divertidas), o líder mostra que, embora a limitação imposta no desafio impeça que os participantes
levem a colher à própria boca, eles conseguem levar a comida até a boca de seu próximo, servindo e
sendo servidos.

❖ Momento de partilha

Homens e mulheres são criados à imagem de um Deus que é essencialmente relacional (o ensino cristão
tradicional de Deus como trino nos dá a visão de Pai, Filho e Espírito Santo que se conhecem, amam e
alegram um no outro, desde toda a eternidade, e que fomos criados para participar da vida divina).

Em seu livro O significado do casamento, Timothy e Kathy Keller declaram:

A narrativa de Gênesis deixa implícito que nossa intensa capacidade relacional, criada e dada a
nós por Deus, não se realiza inteiramente em nosso relacionamento “vertical” com Deus. Ele nos
criou para precisarmos de relacionamentos “horizontais” com outros seres humanos. Por isso,
até mesmo no paraíso a solidão era algo terrível. [...] Diante dessa solidão de Adão, Deus criou o
que o texto chama de ’ezer, um termo que significa “companheira-auxiliadora”, uma amiga.
Vemos dessa forma que, no princípio, Deus deu ao homem uma companheira para ser sua
esposa.

Isso significa que os relacionamentos são estabelecidos por Deus como meio de cumprirmos a vocação
de refletir a imagem de Deus. E o que pode ser dito dos relacionamentos em geral é ainda mais
verdadeiro a respeito do casamento. O casamento não é mero arranjo social, mas está enraizado na
ordem da criação. Por sua natureza e propósito, o casamento é tão importante para Deus.

Mas, por causa do Pecado, o casamento não tem sido o que Deus pretendia que fosse. Além de
desordens de natureza pessoal (egoísmo, abusos, vícios, etc), nossa cultura tem compreensões
distorcidas do casamento, dos papéis que homens e mulheres desempenham, e da sexualidade. De
formas significativas, essas noções erradas minam o fundamento da experiência do casamento. E,
infelizmente, os cristãos não estão imunes a tais influências. Jonathan Grant escreveu a respeito cristãos
que ele conhecia, os quais “pareciam receber sua visão sobre Deus diretamente da igreja, mas a sua
visão sobre sexo e relacionamentos diretamente da cultura popular”. O fundamento da ética sexual
contemporânea é o lema: “nada é errado se te faz feliz”; e as únicas condutas consideradas “pecado”
são a hipocrisia e a intolerância. Alienada de Deus, a humanidade busca encontrar identidade e
propósito longe dEle.

Como cristãos, somos chamados a considerar sexualidade e casamento a partir da visão bíblica, pelas
lentes da criação, queda e da redenção: o que Deus desejava quando criou nos criou, como o Pecado
afeta nossa sexualidade, e como o evangelho restaura essa dimensão vida. O evangelho, crido e
vivenciado em comunidade, redime esse aspecto da experiência humana. Ele é poder de Deus tanto
para nos renovar pessoalmente quanto para reorientar nossa compreensão da realidade. Jonathan
Grant ressalta a importância do evangelhos nas palvras a seguir:

O evangelho não oferece aos cristãos uma fuga do mundo. Ele muda o status do mundo. O
evangelho reimagina o mundo como ele deveria ser, em vez de apenas descrevê-lo como o
encontramos, com a inevitável disfunção dos relacionamentos humanos. [...] Jesus entrou na
história e fundiu-se ao destino humano para mudar fundamentalmente as possibilidades da vida
humana, e não apenas para se compadecer de nossas lutas.

A vocação que a humanidade recebeu de refletir a imagem de Deus, desprezada quando nos rebelamos
contra nosso Criador, é cumprida por Cristo e, por estarmos unidos a Ele, essa mesma vocação é
assumida pela igreja, a nova humanidade redimida. E quando, no fim, Deus restaurar todas as coisas nos
céus e na terra e estabelecer seu Reino, Cristo e a igreja serão unidos em uma grande festa, que, não
por acaso, é chamada de “Bodas (casamento) do Cordeiro”. Enquanto isso não acontece, nossos
casamentos devem encarnar esse mistério (ver Ef. 5.31-32)

Para saber mais detalhes a respeito do cremos como comunidade a respeito do casamento
e da sexualidade, leia o tópico 4 do Manual da Igreja A Ponte no Brasil.

Perguntas que estimulem a reflexão

● Que diferenças podem ser apontadas entre a noção bíblica de relacionamento/casamento e a


noção da cultura popular pós-moderna?
● Como essas diferenças moldam as expectativas e atitudes quanto ao sexo e ao casamento?

❖ Momento de oração

● Pelas famílias – para que Deus as fortaleça diante das desafios atuais; para que traga
restauração para os casamentos em crise; pelos esposos (as) não cristãos; etc
● Pela VILA – Pela liderança, atividades e família assistidas pelo ministério;
● Pelos pedidos pessoais compartilhados no encontro.

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