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FACULDADE LUTERANA DE TEOLOGIA

CARLOS LUIZ KRUGER

CASAMENTO
UMA ALIANÇA MANTIDA PELO COMPROMISSO?

SÃO BENTO DO SUL


2017
FACULDADE LUTERANA DE TEOLOGIA

CARLOS LUIZ KRUGER

CASAMENTO
UMA ALIANÇA MANTIDA PELO COMPROMISSO?

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Faculdade Luterana de
Teologia – FLT, como requisito parcial à
obtenção do título de especialista em
Aconselhamento Familiar Pastoral

Orientador: Adelaide Graeser Kassulke

SÃO BENTO DO SUL


2017
FACULDADE LUTERANA DE TEOLOGIA - FLT
Pós-Graduação em Aconselhamento Pastoral Familiar

CASAMENTO, UMA ALIANÇA MANTIDA PELO COMPROMISSO?1

Carlos Luiz Kruger2

RESUMO
A aliança matrimonial, baseado no compromisso entre um homem e uma mulher,
cuja afinidade os leva a comprometerem-se mutuamente e assim permanecer por
toda a vida. Embora seja este o interesse e desejo comum no início da relação, para
muitos, com o passar dos anos, acaba mudando. Diante disso, numa sociedade
fragmentada, cheia de relacionamentos descartáveis, também o casamento sofre
com isso. Para tanto, a Palavra de Deus lembra que o compromisso firmado é
duradouro e o próprio Deus se coloca junto com casais, não apenas para mantê-los
unidos para toda a vida, mas fazer desse relacionamento algo agradável e aprazível
para os componentes dessa união, dessa aliança.

PALAVRAS – CHAVE: Aliança; Compromisso; Relacionamento.

1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por finalidade buscar em literaturas a fundamentação
de que o compromisso firmado no início de uma relação pode ajudar a mantê-la pelo
tempo determinado. No caso da aliança matrimonial, um compromisso para toda a
vida.
Numa retrospectiva, através de literatura, constatou-se que o casamento
nem sempre teve a mesma conotação como o percebemos hoje. Por outro lado,
também se percebe que a relação rompida sempre causa ferimentos nas partes
envolvidas. Por isso, numa visão maior que a do ser humano, que envolve o Criador
e as diretrizes por Ele deixadas ao ser humano, pode-se detectar que o homem e a
mulher, ao relacionarem-se e assumirem o compromisso da união, podem buscar
nele e através do desejo próprio a restauração e superação de dificuldades

1Artigo apresentado ao Curso de Especialização em: Pós Graduação (lato sensu) em Aconselhamento Pastoral
Familiar. FLT – Faculdade Luterana de Teologia – São Bento do Sul/SC, 21/05/2016.

2 Bacharel em Teologia. Faculdade Luterana de Teologia. São Bento do Sul/SC, 2009. E-mail:
p.carloskruger@gmail.com.
relacionais, bem como um suposto esfriamento ou imperceptibilidade do amor.
Desta forma, além da literatura, também casais foram questionados a
respeito do seu relacionamento e compromisso, expondo seu ponto de vista sobre
como entendem o compromisso que assumiram e o que seriam capazes de fazer
para mantê-lo.
Para tanto, vale perguntar se o casamento ainda tem seu espaço no meio
da sociedade? É merecedor de investimento, crescimento? Mesmo que para alguns
o casamento é algo fora da moda, ultrapassado; para a família e sua
sustentabilidade, sua funcionalidade, ele continua sendo vital, digno de ser olhado
com mais atenção e responsabilidade.

2. O CASAMENTO

Para o ser humano se manter, bem como para perpetuação da espécie,


depende de relacionamentos, de parcerias e de uma organização para viver, o que
conseguimos identificar como sociedade. Nesse contexto, o ser humano, segundo
a tradição bíblica (BÍBLIA SAGRADA, Gênesis 2.20), não consegue viver sozinho e,
por isso, o homem recebe uma companheira para estar ao seu lado, ajudá-lo,
satisfazê-lo, bem como dar continuidade à sua espécie.
Partindo deste ponto de vista bíblico, é possível supor que durante todos os
tempos civilizados o casamento era uma instituição como hoje o compreendemos,
porém, nem sempre foi assim. Ele surgiu com a burguesia por volta do séc. XVIII.
Até então, o amor e a paixão não faziam parte do casamento. Era um negócio de
família e a sexualidade era voltada para procriação: “O principal papel do casamento
era servir de base a alianças, cuja importância se sobrepunha ao amor e à
sexualidade” (ARAÚJO, 2002, p. 72).
A Igreja até o V século não interferiu nos casamentos, “era um ato privado
ocorrido entre os nobres, tendo como função a transmissão da herança, de títulos e
a formação de alianças políticas” (ARAÚJO, 2002, p.73). O casamento iniciava com
uma promessa ou pacto e a cerimônia acontecia na casa da noiva, onde se reuniam
familiares e testemunhas, como também palavras e dotes eram trocados. O marido
recebia do sogro autoridade legal sobre a noiva e retribuia o gesto com um contrato,
pois a mulher passava, a partir de então, a fazer parte do patrimônio familiar e
marcava a união das famílias (VAINFAS, 1986). Isto geralmente acontecia entre
famílias reais e nobres. Outras uniões, não tão formais, também aconteciam: o moço
pagava pela virgindade da moça ao pai dela, ou seja, ela era emprestada. Destes
relacionamentos surgiram filhos conhecidos como bastardos (ARAÚJO, 2002, p. 76).
Depois deste período, com a perda da expansão do Império Romano, o
casamento aos poucos começou a ser instituido como meio de procriação e como
uso legítimo para o relacionamento sexual, coibindo toda forma de leviandade. Por
volta do séc XVIII, passou a ser sacramentado e acontecia não mais numa casa,
mas numa igreja e a cerimônia era conduzida por um sacerdote. Esta união era
legítima para dar o prazer e, sempre, tendo como objetivo final, a procriação
(VAINFAS, 1986).
Nos dias atuais aconteceu uma grande mudança. O casamento passou a
ser, mais frequentemente, relacionado ao resultado de paixão, amor e erotismo
(VAINFAS, 1986). Este relacionamento passou a ser um vínculo baseado em amor,
cuidado, afeto, parceria, compreensão e paciência, mas isso nem sempre aconteceu
ou continua acontecendo.
A partir desta breve apresentação do histórico do casamento, são
observadas as mudanças nas práticas sociais e culturais da sociedade ocidental, as
quais possibilitaram o surgimento da representação social do “casamento” na
atualidade. Apesar dos casamentos serem associados ao amor, à paixão e ao
companheirismo em tempos atuais. Destaca-se que nem sempre o que se sonha ou
almeja vai se concretizar, isto é, nem sempre um casamento oferece relações
saudáveis e positivas para os membros envolvidos.

3. RELACIONAMENTO E COMPROMISSO CONJUGAL

O relacionamento de um casal, geralmente, tem a expectativa de criar e de


manter um vínculo baseado no cuidado, no amor e na integração com o parceiro.
Mas nem sempre essa relação ocorre de maneira harmônica. Os problemas
enfrentados nessa sociedade formada por homens e mulheres são muitos, não
fossem apenas as questões de saúde, emprego, segurança, surgem também os
problemas relacionais, os quais muitas vezes resultam em discussões, brigas e
rompimentos (BARBOSA; BARLETTA; PIOVESAN, 2010). Isso em parte ocorre
porque o relacionamento conjugal se dá por pessoas que passam a conviver juntas
de maneira íntima, como até então não haviam convivido. A relação íntima baseia-se
na interação recíproca, no compartilhamento espontâneo e nas trocas empáticas
entre os envolvidos. Conforme Beck (1995) cita: “As pessoas que se casam querem
agradar uma à outra, gratificando-se quando uma faz a outra feliz e ficam tristes
quando o ser amado está triste. Ao tentarem se agradar, procuram ver tudo do ponto
de vista do outro” (BECK, 1995, p.118). Esta afirmação do autor demonstra que na
relação de casamento em que há intimidade, ocorre uma troca interativa em que as
pessoas se sentem à vontade e ao mesmo tempo em conexão com a outra, estando
cada membro sensível e atento aos sentimentos e aos comportamentos do outro.
A proposta de Beck (1995) sobre o fato de o relacionamento conjugal ter
como premissa o ideal de agradar ao outro, é um tema que já foi abordado por
passagens bíblicas, como aponta o Apóstolo Paulo ao se referir ao casamento como
uma entrega completa, sem cobrança, conforme a Bíblia Sagrada, Efésios 5.22-33:
As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o
marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este
mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim
também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa
mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para
que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra,
para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar a
sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque
ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também
Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixará
o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma
só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. Não obstante,
vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa
respeite ao marido.
Ali amor e compromisso estão presentes.
Por outro lado, sabe-se que numa relação entre casal, há duas pessoas
envolvidas. Cada uma com sua história de vida, seus padrões de comportamento,
seus interesses, sonhos e afazeres diários, os quais podem ser congruentes ou não
com o do seu cônjuge. Isto é, uma relação a dois pode ser um desafio e também
uma oportunidade para o desenvolvimento pessoal. Por ser um desafio compartilhar
e interagir com os comportamentos, as expectativas e os interesses do outro, muitas
dificuldades podem surgir nessa relação, tais como conflitos e rompimentos. Porém,
como diz Fromm (2006), sem amor a humanidade não poderia existir um dia sequer.
Ele precisa se conectar com outras pessoas e em caso contrário este fracasso pode
significar a loucura e destruição de si mesmo e dos outros:

A mais profunda necessidade do homem, assim, é a necessidade de superar sua


separação, de deixar a prisão em que está só. A falência absoluta em alcançar
esse alvo significa loucura, porque o pânico do isolamento completo só pode ser
ultrapassado por um afastamento do mundo exterior de tal modo radical que o
sentimento da separação desapareça (FROMM, 2006, p.16).
Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE (2012) o número de divórcios tem aumentado significativamente. O número de
casais que não conseguem mais conviver juntos aumenta a cada ano. Este estudo
apoia a hipótese de que tais separações podem ser resultado de fuga diante das
divergências entre o casal bem como uma indisposição de honrar o compromisso ao
viver ao lado do outro e, também, apoia que diante desta realidade vão ocorrer
mudanças no contexto familiar. Essas transformações podem ser analisadas como
benéficas ou prejudiciais, a depender do contexto e da situação familiar analisada,
no entanto, os rompimentos afetivos de forma geral ocasionam sofrimento. Diante
de situações em que o casal utiliza de recursos coercitivos opressores, têm-se
prejuízos familiares, o que em muitos casos resulta em violência, separação,
abandono e divórcio.

Conforme a Bíblia, há três componentes que podem fazer uma aliança


matrimonial se desfazer: Em caso de adultério (Mateus 19.8: por causa da dureza do
coração é que Moisés permitiu repudiar sua mulher); em caso de jugo desigual,
quando um dos cônjuges não aceita a confissão de fé do outro, nesse caso, o que
não crê poderia sair da relação, não o que crê (1 Coríntios 7.15: mas se o descrente
quiser apartar-se...) e por morte de uma das partes (1 Coríntios 7.39: a mulher está
ligada enquanto vive o marido, se falecer o marido, fica livre para casar com quem
quiser...). (CASAMENTO: União Divina, p 13), ou seja, o ser humano não está
debaixo da lei de morte, pois Cristo já venceu todas as coisas por ele. Neste sentido,
o casal é chamado a observar e assumir a responsabilidade e o compromisso
efetuado no dia do casamento.

4. O COMPROMISSO ASSUMIDO NO CASAMENTO

O conceito de compromisso, segundo o dicionário é: Obrigação contraída


entre diferentes pessoas de sujeitarem a um árbitro a decisão de um pleito;
Promessa mútua; Concordata de falido com os seus credores; Acordo político;
Estatutos de confraria; Escritura vincular; Convenção; Contrato; Comprometimento;
Ajuste. Tomar compromisso: obrigar-se. (AURÉLIO, 2008). Para Rodrigues (2011), o
comprometimento é uma estabilidade da associação, ou seja, uma forma de
caminhar e viver a vida entre duas pessoas de maneira que haja promoção da vida e
interação entre as partes. Portanto, primeiramente, é preciso observar no que
consiste este compromisso firmado no casamento que também é chamado de amor
conjugal, para então firmar-se nesses termos.
Segundo a teoria de amor de Stenberg (RODRIGUES, 2011), há três
maneiras que constituem essa relação chamada amor. Ela consiste em atração,
satisfação e amor. A atração se dá pela forma como a pessoa é gratificada,
correspondida, valorizada. A satisfação é concedida de acordo com o nível de
comparação, se a pessoa sempre teve um alto fator de satisfação, seus níveis de
exigência serão também maiores. O amor seria uma maneira de pensar, sentir e
comportar-se em relação a outra pessoa, de forma que a presença, o cuidado, a
confiança e a tolerância estivessem intrinsicamente entrelaçados na vida dessas
pessoas (RODRIGUES, 2011).
Segundo Costa, Falcke e Mosmann (2015), a presença de conflitos não
aponta a disfuncionalidade numa relação, pois conflitos podem estar associados
com a forma como os cônjuges costumam se comunicar e há um progresso na
construção do relacionamento quando os cônjuges são empáticos, otimistas e
valorizam sempre mais os fatores positivos do que negativos do outro. Os conflitos
que surgem com o tempo, não estavam presentes nos primeiros anos do
relacionamento, podem ser decorrentes de mágoas e situações que não foram
resolvidas, por isso acabaram desencadeando conflitos. Mesmo assim, não
necessariamente torna a relação disfuncional.
Com o passar dos anos, o desejo não realizado, que antes idealizado,
pode gerar uma angústia interna e desmotivação para continuar (QUIRINO, 2005).
Isso pode ter relação com a maneira como aconteceu o relacionamento, por
conveniência, por altruísmo ou por um encanto. Porém, se o desejo é de viver um
relacionamento duradouro, mesmo que não tenha começado da maneira correta,
cada casal precisa ter claro que, independente como foi o inicio do casamento, a
maneira como aconteceu, os dilemas e conflitos enfrentados até o momento, nada
disso deveria ser motivo para desistir, abandonar, entregar os pontos. Quando se
deu o início da relação, se deu, de alguma maneira, um compromisso firmado com a
intenção de ser duradouro.
Bom, pelo menos quando se fala em casamento, é assim que se imagina e
idealiza ele. Então, lembrar que:
Estar casado ou em relacionamento é saber que se possui um compromisso. Um
compromisso ativo de reinventar o amor e a paixão. Isso é sua responsabilidade.
Não possui fórmulas mágicas desencantadoras e levantadores de defunto, salvo os
casos de comprimidos azuis, como alguns de vocês sabem (QUIRINO, 2005).
Lutero disse que o “temor e o amor a Deus moldam o convívio conjugal”
(LUTERO, 1981, p. 426). Um namoro e noivado decente (longe de prostituição e
fornicação), podem levar a um casamento decente, consequentemente, o resultado
pode ser um relacionamento feliz e duradouro, pois quem é feliz vai desejar
continuar vivendo nesta felicidade.
Aos pais e magistrados corre o dever de supervisionar os jovens, a fim de serem
criados para decência e respeito, e, quando crescidos, casem no temor de Deus e
honradamente. Não faltaria a isso Deus com sua benção e graça, de modo tal, que
daí se houvesse prazer e alegria (LUTERO, 1981, p.427).
Seja na teoria triangular do amor de Stenberg, seja na presença de
conflitos, seja a forma como se deu o início do relacionamento, há um compromisso.
Mas que compromisso? Seria um compromisso que leva a um verdadeiro
relacionamento? Um amor, conceituado como verdadeiro, é caracterizado pelo
cuidado, pela responsabilidade, pelo respeito e pelo conhecimento; já o falso amor,
ou amor de interesses, é baseado em submissão, em passividade, ou até contornos
neuróticos (HERNANDES e OLIVEIRA, 2003). Um amor real preserva a integridade
e individualidade, constrói junto com o outro. Visto como uma necessidade de algo a
ser preenchido, contido de segurança, pertencimento e autoestima, além de afeição
e respeito.
Visto o amor não ser um sentimento, segundo nos relata o apóstolo Paulo
em 1Coríntios 13.8: “o amor é eterno” (Bíblia Sagrada), pois sentimentos vem e vão.
Sendo assim, o amor pode ser considerado então uma decisão. A decisão de amar
outra pessoa e com o tempo, o compromisso de continuar amando a outra pessoa.
Como também afirma Fromm (2006):
O amor não é, primacialmente, uma relação para com uma pessoa específica; é
uma atitude, uma orientação de caráter, que determina a relação de alguém para
com o mundo como um todo, e não para com um “objeto” de amor (FROMM,
2006, p. 40).
Esse amor leva o ser humano a aproximar-se do outro. Um relacionamento marcado
que une e quando se trata do cônjuge, o completa. Esse compromisso, mesmo que
possa carecer de intimidade e paixão, é ainda o componente que mantém a relação
(HERNANDES e OLIVEIRA, 2003). Segundo pesquisas realizadas, há cinco
componentes que formam esse amor: Dependência romântica; excitação física;
compatibilidade romântica; equidade e satisfação. Essa satisfação também apontada
por Stenberg (apud RODRIGUES, 2011). Ainda segundo HERNANDES e OLIVEIRA
(2003), há diferentes tipos de demonstrar amor, o que pode ser chamado de hábito,
quando “parceiros não conseguem ver nada além de um ao outro”. Quando a Bíblia
nos fala em amor, menciona o termo ágape, amor incondicional, diz Efésios 5.25:
“Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si
mesmo por ela” (Bíblia Sagrada). Paulo está comparando o amor de um homem por
uma mulher semelhante ao de Cristo pela Igreja, um amor que o levou a entrega
completa e absoluta, de morte, para resgatar sua amada. Esta expressão de amor
“ágape” é o que resulta a união cerceada por Cristo e acompanhada pela sua
presença. Onde conflitos surgirem, a presença do Deus abençoador, trará sabedoria
para que o real motivo do relacionamento aconteça na vida do casal, buscando
formas e diretrizes de restauração, seja por meio do casal em harmonia com Deus,
por busca de auxílio profissional na restauração matrimonial e condições prazerosas
da efetivação do compromisso assumido. “Uma das expressões mais significativas
do amor, e especialmente do casamento, nessa estrutura alienada, é a ideia de
‘equipe’” (FROMM, 2006, p. 68).
Uma família, originalmente vista como um projeto de Deus,
É tão importante para Deus, que já nas primeiras páginas da Bíblia encontramos
valiosas afirmações a seu respeito ... ‘sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra’.
Assim, Deus cria a família. A sua benção, que perpassa a união entre homem e
mulher marcada pelo amor, faz com que surja a família e por extensão a própria
sociedade. É através da família e da sociedade que o ser humano, homem e mulher,
como imagem de Deus, o representam nesse mundo (WANKE, 2014, p. 6).
Wanke (2014) traz subsídios para a credibilidade do compromisso, para
continuidade de um plano valoroso do Criador que por si só, escolheu o ser humano
para representá-lo aqui neste mundo, formou o homem e lhe deu uma companheira.
Essa companheira, no termo hebraico “eser”, se refere a um auxiliador, assim como
Deus é o auxílio para o ser humano e sem esse Deus, ele não consegue sair da sua
solidão sozinho. Então Deus o presenteia com a mulher, a mulher auxiliadora, sem a
qual o homem não é capaz de realizar e encontrar satisfação no que faz. Por esse
motivo, todo compromisso assumido, mesmo que, por vezes, pareça difícil, merece
ser honrado. Quem mais tem a ganhar são justamente os que fizeram essa aliança.
Muitos casais acabam entrando num relacionamento já convictos com a
ideia: “se não der certo, nos separamos”. Mesmo que há um elevado número de
divórcios no Brasil, percebe-se que o problema da Igreja não é, em si, os divórcios,
mas o fracasso do casamento (STANGE, 2014, p. 11). O casamento fracassado traz
como consequência uma sociedade fracassada, lembrando o que diz Wanke (2014).
E ainda: “em nenhum lugar da bíblia, lemos que devemos casar com a pessoa que
amamos, mas encontramos inúmeras orientações que animam para amarmos a
pessoa com quem casamos! ” (STANGE 2014, p. 11). Isso é honrar o compromisso.

5. MANTENDO O COMPROMISSO

Muitos casais têm perdido dentro de casa seu valioso tesouro: “seu
cônjuge”. É quase como a parábola que Jesus traz em Lucas 15.8-10 da mulher que
perdeu uma moeda e a procura até encontrar. Quando encontra, faz uma festa e
convida os vizinhos. Parece que a separação já não é mais vista como a perda de
um tesouro valioso. Ao contrário, para muitos, apenas mais um casal que se separa.
Por que isso virou algo tão normal para a sociedade contemporânea? Segundo
CARDOSO (2000),
As pessoas têm uma capacidade surpreendente de se acomodar de forma gradativa
a situações desfavoráveis na vida. Alguns perdem completamente a noção do
prejuízo que estão amargando, aceitando com resignação amargas condições de
existência. As perdas diluídas em suaves prestações diárias podem ser
contabilizadas em proporções inimagináveis, depois de alguns anos. Há aqueles que
minimizam suas perdas, dizendo: ‘é assim mesmo, isto acontece com todas as
famílias’. Com esta atitude, rebaixam suas expectativas e não se dispõem a lutar para
transformar sua condição (CARDOSO, 2000, p. 31).
Essa citação tem 16 anos, mas continua real, também dentro de igrejas, onde
pessoas se conformam com as situações e não lutam contra elas, não praticam o
que Paulo diz em Romanos 12.2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de
experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Numa pesquisa informal, realizada durante um encontro, com 20 casais
em uma Comunidade Evangélica Luterana no mês de abril de 2016 com a seguinte
pergunta: “Quando a paixão no casamento desaparece, o ‘amor’ esfria, o
compromisso do casamento é suficiente para manter o relacionamento conjugal”?
Das pessoas entrevistadas, que compunham casais de um ano a 43 anos de
casamento, 90% acredita que o casamento precisa da paixão e do amor, mas
quando eles desaparecem, é no compromisso firmado com Deus que a paixão e o
amor são resgatados.
Erich Fromm (2006) ao se referir ao amor, nos mostra que o amor é como
uma arte a ser aprendida. Nada diferente de uma profissão, como por exemplo: um
pintor, um músico ou mesmo a medicina como a engenharia. O amor não é uma
situação acidental em que nele se “tropeça” e então o amor se tornará eterno, mas
uma qualidade que vai exigir conhecimento e uma boa parcela de esforço. A teoria e
a prática, o exercício de manter unido precisam andar juntos (FROMM, 2006, p. 14).
Também é preciso compreender que o ser humano é um ser complexo e se realiza
quando todo o seu ser se satisfaz. É nessa satisfação que também o relacionamento
conjugal tem respeitável parcela, pois um complementa o outro. Quando essa
complementariedade está ausente, a infelicidade aparece.
A fim de ‘curar’ essa falha e ajudar os casais infelizes que não conseguiam amar-
se mutuamente, muitos livros davam instruções e conselhos relativos à correta
conduta sexual e prometiam, implícita ou explicitamente, que felicidade e amor
viriam em seguida. A ideia subjacente era a de que o amor é filho do prazer
sexual, a de que, se duas pessoas aprendem a satisfazer-se sexualmente, amar-
se-ão uma à outra. Adequava-se à ilusão geral da época imaginar que o uso das
técnicas corretas é a solução não só dos problemas técnicos da produção
industrial, como também de todos os problemas humanos. Ignorava-se que a
verdade está no oposto a essa ideia subjacente (FROMM, 2006, p.68).
Esse amor, não é firmado em ventos passageiros ou em técnicas, mas na sua
própria essência que é Deus, conforme 1 João 4.16: “Deus é amor”. Sendo assim,
podemos observar que mesmo em meio a crises e dilemas, quando a intenção de
um casal é permanecer unido, encontra-se meios para isso. Esse continua sendo o
papel de conselheiros e terapeutas em ajudar casais e famílias a manterem seus
vínculos, lembrando que a vivência em sociedade também é consequência daquilo
que a família busca e realiza em seu lar, além de todos os componentes externos,
como globalização, estresse, etc.
Do ponto de vista de Deus o lar deve ser um lugar: Atraente, aconchegante, limpo,
de capricho. Pois não é um depósito de lixo! O lar verdadeiro imprime em seus
descendentes valores que se perpetuam de geração para geração. O tipo de
educação que dermos a nossos filhos dentro de nossos lares ajudará a
desenvolverem bons hábitos, senso de obrigação, amor, lealdade e respeito para
com os outros. Se o lar é a oficina de Deus, se os pais são as ferramentas que
Deus quer usar para a formação de seus filhos, se nossa sociedade clama por
homens justos e tementes a Deus, qual deve ser a nossa posição diante de
tamanhos desafios? - Fazer de nossos lares um altar, onde o holocausto
(sacrifício) de nossas vidas, sirva de fiel para a glorificação de Jesus Cristo.
(Casamento: União Divina p. 65).

6. O ELEMENTO ESSENCIAL

O ser humano tem em si a essência de Deus. Deus sopra nele do seu


espírito. Ele é fruto da muito boa criação de Deus, criado segundo sua imagem e
semelhança (Genesis 1). Como contém a imagem e semelhança de Deus, contém
também o seu caráter, sua forma de ser e também sua forma de se conduzir. Porém
a desobediência ao Criador tem tirado isso do ser humano, que se inclinou para o
mal ao não dar ouvidos à voz de Deus (Genesis 3). Sendo assim, abriu caminho
para o adversário “matar, roubar e destruir” (João 10.10).
Neste agir do inimigo, conforme Jesus mesmo declarou, encontrar uma
sociedade, cujos integrantes estão movidos pelo momento, o imediato, assim como
declara Baumann:
E assim é numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto pronto
para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que
não exijam esforços prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e
devolução do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar é a oferta (falsa,
enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a
“experiência amorosa” à semelhança de outras mercadorias, que fascinam e
seduzem exibindo todas essas características e prometem desejo sem ansiedade,
esforço sem suor e resultados sem esforço. Sem humildade e coragem não há
amor. Essas duas qualidades são exigidas, em escalas enormes e contínuas,
quando se ingressa numa terra inexplorada e não-mapeada. E é a esse território
que o amor conduz ao se instalar entre dois ou mais seres humanos. (BAUMANN,
2004, p.18).
Por isso, num relacionamento conjugal, quando sua base de vida e fé não
estão firmadas no Criador, naquele que se deu em parte para o ser humano na sua
criação, não haverá formas de fortalecer ou mesmo manter uma relação, pois a vida
está fora da sua essência. Tim e Beverly (2002), no seu segundo livro: O Ato
Conjugal após os quarenta definem o casamento como uma vida prazerosa, em
todos os sentidos, por toda a vida, mesmo aos 80 anos de idade, incluindo a relação
sexual (LAHAYE, 2002, p 22). Assim sendo, o casal perante Deus tem uma
estabilidade de permanecer, não apenas casado, cumprindo sua aliança, mas
também desfrutando de uma vida com gozo e prazer, na presença do seu cônjuge.
Lahaye (2002) ainda descreve o ser humano como um ser completo nos
elementos que o compõem, que são: o aspecto mental, emocional, físico e espiritual
(LAHAYE, 2002, p. 228). Sabe-se que o ser humano preciso estar bem em cada um
desses componentes, caso contrário, uma área da sua vida estará debilitada. Muitas
vezes o ser humano dá importância ao bem-estar físico e social. Para isso se
aperfeiçoa, estuda, investe e muitas vezes esquece sua essência. Esquece de onde
veio, qual seus componentes e o que o integra. Quando falta a essência de Deus no
casamento, a comunhão com o Criador, a complementação da obra divina ao criar
para o homem a esposa, a ausência dessa interação também faz com que não haja
suprimentos suficientes para honrar o compromisso.
Num mundo no qual o descartado está em alta, o amor assume a vontade
de cuidar e de preservar o outro. Um desejo centrífugo, ao invés do centrípeto. Ir
para fora ao invés de ingerir. Amar é contribuir para o mundo, doando-se ao amado.
Um estímulo a proteger, alimentar, abrigar e, ao mesmo tempo, um afago e um
mimo. Um simplesmente estar a serviço, à disposição, um corresponder ao amado,
bem como um assumir de responsabilidades. Domínio mediante renúncia, sacrifício
resultando em exaltação (BAUMANN, 2004, p. 36).
Porém, não se trata apenas de um amor erótico que é confundido com
explosões súbitas e passageiras, sendo de estranhos ou não. Não é este amor que
fará uma união tornar-se duradoura. Mesmo se começar somente com um amor
erótico, conforme afirma Fromm (2006), ele precisa crescer e para isso precisa ser
estimulado. “Se o desejo de união física não for estimulado pelo amor, se o amor
erótico não for também amor fraterno, nunca levará a mais que uma união orgiástica
e transitória” (FROMM, 2006, p. 68).
Levados pela construção de um amor duradouro, fruto de investimentos
diários, podemos concluir que a realização do ser acontece, como ainda descreve
Fromm (2006):
Neste conceito de amor e casamento, a principal ênfase é colocada no encontro
de um refúgio para o que, de outra forma, seria insuportável sentimento de
solidão. No “amor” encontra-se, afinal, um porto ao abrigo da solidão. (FROMM,
2006, p.68).
Este amar corresponde à essência da criação do ser humano. É nisso que o homem
e a mulher declaram ter o conhecimento e a presença de Deus. Isso é que faz a
relação saudável, prazerosa. Vivemos numa sociedade, cujas raízes estão infiltradas
ou são oriundas das igrejas e comunidades cristãs, por isso cabe às igrejas
continuarem declarando que o casamento convencional é algo essencial. É preciso
ensinar os pais a amarem seus filhos, a cuidarem deles, é preciso fortalecer as
famílias para que a própria sociedade se torne mais forte e esses valores
transmitidos às crianças para que aprendam o valor do relacionamento (COLE,
2006, p.167).

Sem a presença de Deus na vida de um casal não existe a possibilidade


do completar-se e aprimorar-se como casal, como uma relação. Ambos necessitam
viver sua vida conjugal compromissada um com o outro, mas principalmente, com
Deus. O mistério da relação de duas pessoas, oriundas de família diferentes, muitas
vezes de culturas diferentes, precisam entender que uma relação que mantenha o
gozo e a alegria no compromisso conjugal tem a ver com algo que está além do ser
humano e daquilo que ele pode alcançar por mérito próprio (BREPOHL, 2003).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao compreendermos que amor não é sentimento, mas uma decisão e


toda decisão requer de empenho, força de vontade, busca e dedicação. Assim, não
é diferente o casar e permanecer casado, pois ambos requerem um atenuante
crescimento. Para Fromm (2006), é um aperfeiçoamento diário, assim como coloca:

A prática de qualquer arte tem certos requisitos gerais, inteiramente


independentes de lidarmos com arte da carpintaria, da medicina ou a arte de
amar. Antes de tudo, a prática de uma arte exige disciplina. Nunca serei bom em
coisa alguma, se não a fizer de modo disciplinado; tudo que eu só puder fazer
quando ‘estiver disposto’ pode ser uma diversão bonita ou aprazível, mas nunca
me tornarei mestre nessa arte (FROMM, 2006, p. 81).

Sendo assim, podemos constatar que quando um casal decide se amar e cultiva
esse amor, ele vive isso a cada dia. Seria como um jardim que é regado e cultivado.
A ausência disso resultaria em sequidão e crescimento de ervas daninhas, ou seja, a
falta de água impede a vida e a falta do cultivo, da retirada das ervas daninhas,
implica em sufocar o amor, o relacionamento.
Talvez essa seja a principal razão de tantos casais não continuarem no
compromisso conjugal, ou simplesmente dizerem que o amor não existe mais. Mas
seria o amor que não existe mais ou ele está simplesmente sufocado pela falta de
cultivo e cuidado? Neste ínterim, podemos perceber que o compromisso pode sim
manter o relacionamento e acontecerá quando for regado e cultivado.
Este trabalho não tem como princípio fazer um ensejo apologético ou
legalista de forçar um relacionamento por causa do compromisso assumido, apenas
mostrar que quando honramos um compromisso e caminhamos junto com um Deus,
fazemos das nossas decisões não um peso, mas uma caminhada suave e prazerosa
e Deus, o Criador do ser humano e do relacionamento, terá todo o prazer de
abençoar o casal que assim decidir caminhar.
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