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Guia de estudo 05 - Pastores(as): pessoas comuns… chamado extraordinário

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Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas,
outros para pastores e mestres. 12 Eles são responsáveis por preparar o povo santo para
realizar sua obra e edificar o corpo de Cristo, 13 até que todos alcancemos a unidade que
a fé e o conhecimento do Filho de Deus produzem e amadureçamos, chegando à
completa medida da estatura de Cristo.
- Efésios 4.11-13 (NVT)

Nosso lugar [dos pastores] na sociedade é, em alguns aspectos, singular: ninguém mais
ocupa esse exato nicho que parece tão inofensivo, mas que é, de fato, muito perigoso
para o status quo. Temos o compromisso de manter viva a proclamação e de cuidar das
almas em uma era que nega e banaliza a alma. No entanto, isso não é fácil. Forças
poderosas, tanto sutis quanto óbvias, tentam domesticar os pastores para servirem à
cultura como ela é ou nos seduzir a usar nossa posição para nos tornarmos poderosos e
importantes nos termos do mundo.
- O pastor descartável. Eugene Peterson

❖ Quebra gelo (ORIENTAÇÃO PARA O LÍDER)

No momento do quebra-gelo, o líder vai dividir os participantes em dupla, em que um deles vai
tentar desenhar, sem olhar, uma figura a partir da descrição do outro membro da dupla
(somente quem vai descrever a figura pode vê-la). Depois devem comparar o desenho original
com o que foi desenhado às cegas. O objetivo é destacar as dificuldades no processo de liderar,
guiar, orientar a partir de um ideal quando as pessoas estão mais ou menos dispostas a seguir
orientação, etc.

❖ Momento de partilha

As pressões culturais impõem novos desafios às igrejas e às suas lideranças. Diante de apelos de
uma sedutora cultura de líderes glamourosos e bem-sucedidos (em termos empresariais, não
em termos bíblicos), pastores(as) leais ao Senhor que os vocacionou devem ser
intencionalmente contraculturais (que significa ser engajado, mas criterioso, e não retrógrado e
intolerante).

O papel dos pastores, de acordo com o texto, é trabalhar para promover a unidade da igreja,
preparar o povo santo para o serviço que Deus lhe designou e para edificar do Corpo de Cristo,
o que, como Paulo explica no texto, significa fazer os cristão, individual e coletivamente,
chegarem à maturidade, uma conformidade e semelhança cada vez maior com Cristo. Em
Gálatas 4.19, Paulo escreve: “Meus filhos, novamente estou sofrendo dores de parto por sua
causa, até que Cristo seja formado em vocês”. E em uma das cartas que escreveu a Timóteo,
Paulo insiste em que o jovem pastor deveria servir à igreja, ensinando tanto por preceito
quanto pelo exemplo pessoal (ver 1Tm 4.1-16). Além do ensino sadio, livre de erros, Timóteo
deveria ser um modelo das virtudes que ele recomenda (v. 12).
A esse respeito, Eugene Peterson, considerado por muitos um pastor de pastores, escreveu:

Quando fui ordenado pastor e chamado para dirigir uma congregação, imaginei que
minha incumbência seria ensinar e pregar a verdade das Escrituras para que essas
pessoas conhecessem a Deus e soubessem como ele opera a salvação; imaginei que
deveria ajudá-las a tomar decisões morais para poderem viver felizes para sempre com
uma consciência limpa. Imaginei que deveria orar com elas e por elas, reunindo-as na
presença de um Deus santo que fez os céus e a terra e enviou Jesus para morrer por
nossos pecados. Percebi, então, que se tratava de mais que apenas um aprendizado
correto, mais que ajoelhar-se nas manhãs de domingo. O que estava em jogo era a vida
— a vida deles, a alma deles, a alma deles em comunidade. As pessoas podem pensar
corretamente, comportar-se de modo adequado, cultuar com educação e, ainda assim,
não viver bem — ter uma vida anêmica, de individualismo egoísta, uma vida entediada,
insípida e trivial.

A Bíblia não expõe apenas a atitude do pastor em relação à igreja, mas também a atitude da
igreja em relação a seus líderes: “Irmãos, honrem seus líderes na obra do Senhor. Eles
trabalham arduamente entre vocês e lhes dão orientações. Tenham grande respeito e amor
sincero por eles, por causa do trabalho que realizam” (1 Tessalonicenses 5.12-13); “Os
presbíteros [pastores] que fazem bem seu trabalho devem receber honra redobrada [ou
honorários em dobro], especialmente os que se dedicam arduamente à pregação e ao ensino”.
(1 Timóteo 5.17); “Lembrem-se de seus líderes que lhes ensinaram a palavra de Deus. Pensem
em todo o bem que resultou da vida deles e sigam seu exemplo de fé [...] Obedeçam a seus
líderes e façam o que disserem. O trabalho deles é cuidar de sua alma, e disso prestarão contas.
Deem-lhes motivo para trabalhar com alegria, e não com tristeza, pois isso certamente não
beneficiaria vocês”. (Hebreus 13.7, 17).

Um último ponto merece atenção: a despeito da resistência característica de determinados


ramos da igreja evangélica, tem crescido expressivamente o apoio à ordenação de mulheres ao
ministério pastoral. Ao tratar do tema, o Manual da Igreja A Ponte expõe os argumentos
bíblico-teológicos favoráveis à ordenação feminina, reconhecendo suas incontáveis
contribuições tanto na história bíblica quanto na história da igreja (antiga e recente), e
reconhecendo também que são parceiras dos homens no privilégio-responsabilidade da
vocação pastoral. Por isso, deve ser criado um ambiente que possibilite o reconhecimento,
preparo e valorização das vocacionadas ao ministério pastoral.

Para saber mais detalhes a respeito do cremos a respeito do ministério pastoral e do


papel dos líderes na comunidade, leia o tópico 5 do Manual da Igreja A Ponte no Brasil.

Perguntas que estimulem a reflexão

● Como relacionamos a ideia de um ministério ordenado à verdade do sacerdócio


universal de todos os santos?

❖ Momento de oração
● Pelos pastores e líderes, por suas famílias e ministérios;
● Pelos doentes e pelos que sofrem;
● Pelos pedidos pessoais compartilhados no encontro.

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